Cirurgia Segura Salva Vidas - Sobecc · ¢ SBA - COMISSÃO DE SEGURANÇA E QUALIDADE EM ANESTESIA...
Transcript of Cirurgia Segura Salva Vidas - Sobecc · ¢ SBA - COMISSÃO DE SEGURANÇA E QUALIDADE EM ANESTESIA...
Dra. Fabiane Cardia SalmanGerente de Qualidade – SMA
Comitê de Qualidade e Segurança em AnestesiaServiços Médicos de Anestesia (SMA)
Cirurgia Segura Salva VidasSafe Surgery Saves Lives
SEGURANÇA DO PACIENTE é a redução e a mitigação de atos não seguros no sistema de assistência à saúde, assim como a utilização das melhores práticas
que conduzem a RESULTADOS ótimos para o paciente.
The Canadian Patient Safety Dictionary. Canada, 2006
International Classification for Patient Safety (ICPS)TAXONOMIA - OMS
J. Rasmussen - Investigação do sistema, ambiente e aspectos humanos (RCA) James Reason - Entendimento das dinâmicas dos fatores humanos e das
condições latentes que levam aos erros.
Williams,BUMC, 2001
CIRURGIA SEGURA?
SEGURANÇA?
CIRURGIA SEGURA:PRIORIDADE EM SAÚDE PÚBLICA
- 234 milhões de cirurgias extensas/ ano;- 1 operação para cada 25 pessoas vivas;- DISTRIBUIÇÃO DESIGUAL: falta de acesso
- 30% da população = 75% das operações.
- Complicações após cirurgias em pacientes internados: até 25% dos pacientes;
- A mortalidade após cirurgias de grande porte é de 0,4 a 10% - pelo menos 1 milhão de pacientes morrem a cada ano durante ou após uma grande cirurgia;
- 7 milhões de pacientes sofrem complicações cirúrgicas ao ano;- Pelo menos metade dos casos de eventos relacionados a cirurgia são
evitáveis.
An estimation of the global volume of surgery: a modelling strategy based on available data The Lancet, published Online June 25, 2008
SEGURANÇA NO CENTRO CIRÚRGICO?
- ANESTESISTA
- CIRURGIÃO
- EQUIPE DE ENFERMAGEM...
ENGENHARIA CLÍNICAFARMÁCIA
SUPRIMENTOS
CCIHHIGIENE
BANCO DE SANGUE...
GESTÃO INTEGRADA - CENTRO CIRÚRGICO
CIRURGIA SEGURA?
ANESTESIA SEGURA:Grupo de Trabalho (WHO)
¢ MORTALIDADE EM ANESTESIA GERAL:
Três décadas atrás: 1 em 5.000
Atualmente: 1 em 200.000 (países desenvolvidos)
¢ Modelo de Segurança Internacional na Área da Saúde
¢ SBA - COMISSÃO DE SEGURANÇA E QUALIDADE EM
ANESTESIA (COMSEQ) - TEMPORÁRIA
¢ Checagem de Segurança Anestésica
O HOSPITAL É SEGURO?
CIRURGIA SEGURA?
Dados da Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations (JCAHO) Janeiro 1995 à Dezembro 2007
• 65% comunicação
• 58% orientação, treinamento
• 36% avaliação inicial do paciente
• 20% disponibilidade da
informação
• 18% diferenças entre níveis
profissionais
• 15% ambiente físico
•13% continuidade do cuidado
• 12% competências/credenciamento
• 12% conformidade com
procedimentos
• 8% sistemas de alarmes
• 8% cultura organizacional
AnAnáálise das Causas lise das Causas dos Eventos Adversos Eventos Adversos RCARCA
METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTEInternational Patient Safety Goals 2006Joint Commission International (JCI)
1. Identificar os pacientes corretamente
2. Melhorar a efetividade da comunicação entre os profissionais de saúde
3. Melhorar a segurança no uso de medicamentos de alta-vigilância
4. Assegurar Cirurgias com local de Intervenção Correto, Procedimento
Correto e Paciente Correto
5. Reduzir o risco de Infecções associadas aos Cuidados de Saúde
6. Reduzir o Risco de Lesões ao Paciente, decorrentes de Quedas
7. Envolvimento do paciente no processo de cuidados.
¢ National Patient Safety Agency – Reino Unido – Junho de 2000, estabelece áreas e procedimentos para monitoramento e ações de melhoria de desempenho pelas instituições de saúde (www.npsa.nhs.uk).
¢ Council for Safety and Quality in Healthcare – Austrália – desenvolveu o sistema “SHE” – Sentinel Health Events – lista nacional de eventos sentinela.
¢ Institute for Healthcare Improvement (IHI)
(2004): Campanha 100 mil vidas – 18 meses = 122 mil mortes(2006): Campanha 5 Milhões de Vidas – 12 programas
Segurança do PacienteERA DA SEGURANÇA DO PACIENTE
No Brasil...LEI 8.080/ 90 LEI 8.080/ 90 –– Vigilância SanitVigilância Sanitááriaria
“Um conjunto de ações capaz de eliminar,
diminuir, ou prevenir risco à saúde e de
intervir nos problemas sanitários decorrentes
(...) da prestação de serviços de interesse da
saúde.”
ALIANÇA MUNDIAL
- 55º World Health Assembly (2002): Resolução WHA55.18 - Grupo de trabalho (OMS) com o objetivo de estudar metodologias para avaliar os riscos para a segurança do paciente nos serviços de saúde de forma sistemática.
- World Alliance for Patient Safety (Aliança Mundial para a Segurança do Paciente) - lançada em outubro de 2004 pela WHO com a missãode coordenar, disseminar e acelerar melhorias para a segurança do paciente em termos mundiais.
"Soluções Simples para a Segurança do Paciente“
ALIANÇA MUNDIAL: 12 ÁREAS DE TRABALHO
Área 1 – Desafios Mundiais para a Segurança do Paciente (Global Patient
Safety Challenges)
Área 2 – Pacientes envolvidos com a segurança do próprio cuidado (Patients
for Patient Safety)
Área 3 – Pesquisa para a segurança do paciente (Research for Patient Safety)
Área 4 – Taxonomia – Classificação Internacional de Segurança do Paciente.
(International Patient Safety Classification)
Área 5 – Relato e aprendizagem (Reporting and Learning)
Área 6 – Soluções para a segurança do paciente (Solutions for Patient Safety)
ALIANÇA MUNDIAL: 12 ÁREAS DE TRABALHO
Área 7 – A iniciativa: Os cinco principais problemas (High 5s initiative)
Área 8 – Tecnologia para a Segurança do Paciente (Technology for Patient
Safety)
Área 9 – Gerenciamento do Conhecimento (Knowledge Management)
Área 10 – Eliminar infecções na corrente sanguínea associadas ao uso de
cateter central (Eliminating central line-associated bloodstream infections)
Área 11 – Educação para Cuidado Seguro (Education for Safer Care)
Área 12 – Prêmio da Segurança (Safety Prize)
DESAFIOS GLOBAIS
Área 1 – Desafios Mundiais para a Segurança do Paciente
(Global Patient Safety Challenges)
1. CLEAN CARE IS SAFER CARE – 2005/ 2006
2. SAFE SURGERY SAVES LIVES – 2007/ 2008
3. Tackling Antimicrobial Resistance - 2009-2010
Enfrentando a Resistência Microbiana
No Brasil, a ANVISA está trabalhando em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) para implantar rotinas que aumentem a segurança do paciente.
CLEAN CARE IS SAFER CARE 2005/ 2006
¢ Diretrizes para a Higienização das Mãos no Cuidado àSaúde (Guidelines on Hand Hygiene in Health Care).
¢ Cinco Momentos da Higienização das Mãos (Five Moments for Hand Hygiene)
1. Antes do contato com o paciente;2. Antes da realização de procedimento asséptico;3. Após risco de exposição a fluidos corporais;4. Após contato com o paciente; e5. Após contato com as áreas próximas ao paciente.
¢ USO DE ÁLCOOL-GEL OU ÁLCOOL-SPRAY
Cirurgia Segura Salva VidasSafe Surgery Saves Lives
- Parceria com o MINISTÉRIO DA SAÚDE;
- Foco na aplicação de uma lista de verificação (checklist) para aumento da segurança;
- Processo Colaborativo e Multiprofissional;
- Coordenador (membro da equipe ou outro profissional);
- 3 FASES DO PROCEDIMENTO CIRÚRGICO:
. Antes da indução anestésica (“sign in”),
. Antes da incisão na pele (“time out”) e
. Antes do paciente sair da sala cirúrgica (“sign out”).
“SIGN IN” - ENTRADA
- Confirmação com o paciente (se possível)
- Marcação do Sítio Cirúrgico- Checagem de Segurança da
Anestesia- Programa Global de Oximetria
(RESOLUÇÃO 1802/2006)
- Revisão verbal com o anestesista:. Alergia. Via aérea difícil. Risco de Broncoaspiração. Risco de Perda Sanguínea.
# Materiais, Equipamentos e Medicamentos
# Confirmação/ Congruência -Agendamento
DEMARCAÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO
- Participação do Paciente- Lateralidade, múltiplas estruturas e níveis múltiplos- Procedimentos Invasivos fora do Centro Cirúrgico- Antes de ser encaminhado à Sala de Cirurgia/
Procedimento- Sítios não operatórios não devem ser demarcados- Marcador permanente (preparação)/ Adesivos- Claramente visível- Marca: seta, alvo, iniciais, nome do local a ser operado...
(evitar ”+” ou “X”)- Pelo cirurgião/ profissional que realizará o procedimento/
equipe cirúrgica
“TIME OUT”TEMPO DE PREPARO
- Pausa Cirúrgica- Nome e função dos membros da equipe- Confirmação verbal: paciente/ local/
procedimento- Previsão de eventos críticos pela
equipe
- Antibioticoprofilaxia *
- Exposição de Imagens Diagnósticas *
- COMUNICAÇÃO ATIVA!!
- # Posicionamento do Paciente
“SIGN OUT”
SAÍDA
- Nome do procedimento
- Contagem de instrumentais, agulhas
e compressas
- Identificação da amostra (patologia)
- Problemas com equipamentos
- Revisão dos cuidados pós-
anestésicos/ cirúrgicos.
- REGISTRO SISTEMATIZADO NO
PRONTUÁRIO!
PROTOCOLO UNIVERSAL - JCI
SITE: www.jointcommission.org/PatientSafety/UniversalProtocol/
Site da OMS/ WHO: www.who.int/patientsafety/safesurgery/en/
MATERIAIS DO SITE WHO
- Lista de Verificação - documento- Manual de Implementação- “Starter Kit”
- “Speakers' Kit”
- Questões/ dúvidas frequentes- Guidelines, Posteres, Vídeos, etc.
Site da OMS/ WHO: www.who.int/patientsafety/safesurgery/en/
-TEATRO?
-SOMENTE REGISTRO SEM ENVOLVIMENTO DA EQUIPE?
-CRIA BARREIRAS?
-MUDA CULTURA DE SEGURANÇA?
-ADEQUAÇÃO AO USO!! JURAN
- LEMBRETES/ QUADROS
-PROCESSO COLABORATIVO
-BOM SENSO!!!
TIME OUT!
A checagem é efetiva?
- Estudo recente em hospitais participantes da campanha Cirurgia Segura Salva Vidas da OMS demonstrou que, após a introdução da utilização do checklist, a taxa de complicações maiores caiu de 11% para 7%, e da mortalidade hospitalar após grandes operações caiu de 1,5% para 0,8%.
(New England Journal of Medicine, January 29, 2009)
Hospitais já usam checagem/ listas de verificação nos seus processos, mas não sistematizados e sem atenção quanto ao seu desempenho.
.
Panorama atual e Tendências...
Dificuldades na implementação:
• Difusão do conceito de riscos como realidade;
• Tempo;
• Atuação de equipe multidisciplinar;
• Comunicação;
• Mudança de cultura organizacional;
• Envolvimento da Equipe;
• Monitoramento do Desempenho e realização da checagem;
• Manutenção da melhoria contínua e dos processos de segurança.
99,9% é um padrão de segurança?
0,1% de erro significa:
l 20 mil prescrições erradas de remédios/anol 15 mil quedas acidentais de recém-
nascidos em hospitais/anol 500 cirurgias incorretas/semanal 2 mil documentos perdidos/horal PARA O PACIENTE = 100%
Medical Error. What do we know? What do we do? EUA: Jossey – Bass; 2002. p. 3-34.
E O PACIENTE??MAS… O HOSPITAL NÃO É SEGURO???
E O PACIENTE??
Ø Pulseiras/ crachás/ etiquetas com números e códigos de barras;
Ø Responde a cada procedimento seu nome, data de nascimento, nome da mãe, etc;Ø Informa para inúmeros profissionais toda a sua
história clínica e antecedentes;Ø Corpo marcado com um alvo para não ocorrererro/ troca;
Ø Termos de Consentimento “Informado” para anestesia, transfusão, cirurgias, exames, procedimentos…
Nome: MOMOMOSAME: 12345-6
Patients for Patient Safety
Prioridade: envolvimento do paciente e familiares/ acompanhantes
- Membro da Equipe de Saúde (To err is human, 2000)
Informação/ Educação/ Orientação = COMUNICAÇÃO!
“PACIENTE EXPERT”
-Influência na relação médico-paciente
-Informações de boa qualidade pelas instituições de saúde, profissionais, sociedades.
Considerações Finais
- Envolvimento do paciente e de toda a equipe éfundamental
- Processo e Registro Sistematizado- Implementação fora do Centro Cirúrgico- Soluções simples (WHO)- Adaptação da lista de verificação- Alertas/ Lembretes/ Quadros- Divulgação- Mudança de Cultura Organizacional- Comprometimento da Alta Direção
Dra. Fabiane Cardia SalmanGerente de Qualidade - SMA
Comitê de Qualidade e Segurança em Anestesia - SMAServiços Médicos de Anestesia (SMA)
e-mail: [email protected]
DESAFIO GLOBAL:Cirurgia Segura Salva Vidas
Safe Surgery Saves Lives
OBRIGADA!