CISCO - Teste de Cabos Ethrnet

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Excerto do centro de recursos Cisco Academy – CCNA 1 ver.3.1 pt/br

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Excerto do centro de recursos 

Cisco Academy – CCNA 1 ver.3.1 pt/br 

 

 

 

 

 

 

 

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Sinais e Ruídos 

 

Sinalização Através de Cabeamento de Cobre e Fibra Óptica 

 

Em  cabo  de  cobre,  os  sinais  de  dados  são  representados  por  níveis  de 

voltagem que representam uns e zeros binários. Os níveis de voltagem são 

medidos  com  respeito  a  um  nível  de  referência  de  zero  volts  tanto  na 

transmissora  quanto  no  receptor.  Esse  nível  de  referência  é  conhecido 

como terra do sinal. É  importante que tanto o dispositivo de transmissão 

como de  recepção se  refira ao mesmo ponto de  referência de zero volt. 

Quando este for o caso, diz‐se que estão adequadamente aterrados. 

 

Para que a rede local possa operar adequadamente, o dispositivo receptor 

deve  ser  capaz  de  interpretar  precisamente  os  uns  e  zeros  binários 

transmitidos como níveis de voltagem. Já que a tecnologia Ethernet actual 

sustenta faixas de dados de bilhões de bits por segundo, cada bit precisa 

ser  reconhecido, mesmo  que  a  duração  do  bit  seja  bem  pequena.  Isto 

quer dizer que o máximo possível da  intensidade do sinal original precisa 

ser  retido,  conforme  o  sinal  se  propaga  pelo  cabo  e  passa  através  dos 

conectores. Em antecipação de protocolos Ethernet cada vez mais rápidos, 

as novas  instalações de  cabos devem  ser  feitas  com os melhores  cabos, 

conectores  e  dispositivos  de  interconexão  disponíveis  como  blocos 

punchdown e patch panels. 

 

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Existem dois tipos básicos de cabos de cobre: blindado e não blindado. No 

cabo blindado, o material de blindagem protege o sinal de dados contra 

fontes  externas  de  ruído  e  contra  o  ruído  gerado  por  sinais  eléctricos 

dentro do cabo. 

 

 

 

 

O cabo coaxial é um tipo de cabo blindado. Ele consiste em um condutor 

de  cobre  sólido  envolto  por material  isolante,  e  depois  por  blindagem 

condutiva em malha. Em aplicações de redes locais, a blindagem de malha 

é  electricamente  aterrada  para  proteger  a  parte  interna  do  condutor 

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contra  ruídos  eléctricos  externos.  A  blindagem  também  ajuda  na 

eliminação da perda de sinais e mantém os sinais transmitidos confinados 

ao  cabo.  Isto  faz  com  que  os  cabos  coaxiais  tenham menos  ruídos  que 

outros tipos de cabeamento de cobre, mas também os tornam muito mais 

caros.  A  necessidade  de  se  aterrar  a  blindagem  e  grande  tamanho  dos 

cabos coaxiais dificultam mais a  instalação do que outro cabeamento de 

cobre. 

 

Existem  dois  tipos  de  cabos  de  cobre  de  par  trançado:  par  trançado 

blindado (STP) e par trançado não blindado (UTP).    

 

 

 

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O  cabo  STP  contém  uma  capa  externa  condutiva  que  é  electricamente 

aterrada para  isolar os  sinais  contra qualquer  ruído eléctrico externo. O 

STP também usa blindagens metálicas internas para proteger cada par de 

fios  contra  ruídos  gerados  pelos  outros  pares.  O  cabo  STP  às  vezes  é 

chamado  par  trançado  isolado  (ScTP)  erradamente.  ScTP  geralmente 

refere‐se  ao  cabeamento  de  par  trançado  Categoria  5  ou  Categoria  5e, 

enquanto STP refere‐se a um cabo específico da IBM que contém somente 

dois pares de condutores. O cabo ScTP é mais caro, mais difícil de instalar 

e menos frequentemente usado que o UTP. O UTP não contém blindagem 

e  é mais  susceptível  aos  ruídos  externos, mas  é mais  frequentemente 

usado pois é mais barato e mais fácil de se instalar. 

 

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O cabo de fibra óptica é usado para transmitir sinais de dados por meio de 

aumentar  e  abaixar  a  intensidade  da  luz  para  representar  uns  e  zeros 

binários.  A  intensidade  de  um  sinal  de  luz  não  diminui  tanto  quanto  a 

intensidade  de  um  sinal  eléctrico  transmitido  através  de  uma  distância 

idêntica. Os sinais ópticos não são afectados pelo ruído eléctrico, e a fibra 

óptica não precisa ser aterrada a menos que a capa contenha um metal ou 

um  membro  de  resistência  metálica.  Portanto,  as  fibras  ópticas  são 

frequentemente usadas entre edifícios e entre andares dentro do edifício. 

Conforme vão se abaixando os custos e vai aumentando a demanda pela 

velocidade, as fibras ópticas poderão tornar‐se os meios mais usadas em 

redes locais. 

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Atenuação e Perda por Inserção em Meios de Cobre 

 

A  atenuação  é  a  redução  da  amplitude  do  sinal  ao  longo  de  um  link. 

Longos comprimentos de cabos e altas  frequências de sinais contribuem 

para uma maior atenuação dos sinais. Desta maneira, a atenuação em um 

cabo é medida por um testador de cabos usando as mais altas frequências 

indicadas para o regime do cabo. A atenuação é expressa em decibéis (dB) 

usando números negativos. Os valores dB negativos menores indicam um 

desempenho melhor do link. 

 

Existem vários factores que contribuem para a atenuação. A resistência do 

cabo de cobre converte em calor um pouco da energia eléctrica do sinal. A 

energia do sinal é também perdida quando vaza pelo isolamento do cabo 

e pela impedância causada por conectores defeituosos. 

 

Impedância é a medição da resistência do cabo à corrente alternada (CA) e 

é medida em ohms. A  impedância normal, ou característica, de um cabo 

Cat5  é  de  100  ohms.  Se  um  conector  for  instalado  incorrectamente  no 

Cat5, ele  terá um  valor de  impedância diferente que o do  cabo.  Isto  se 

chama descontinuidade de  impedância ou uma diferença  (mismatch) de 

impedância. 

 

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As descontinuidades de  impedância causam a atenuação pois uma parte 

de um sinal transmitido será reflectida de volta ao dispositivo transmissor 

ao invés de continuar até o receptor, o que é bem semelhante a um eco. 

Este  efeito  é  intensificado  se  houver  várias  descontinuidades  causando 

com que porções adicionais do sinal restante sejam reflectidas de volta à 

transmissora.  Quando  esta  reflexão  volta  e  atinge  a  primeira 

descontinuidade, um pouco do sinal reflecte em direcção ao sinal original, 

criando múltiplos efeitos de ecos. Os ecos atingem o receptor a diferentes 

intervalos tornando difícil o receptor detectar precisamente os valores dos 

dados no sinal.  Isto é chamado atraso do sincronismo e resulta em erros 

nos dados. 

 

A combinação dos efeitos da atenuação do sinal e as descontinuidades de 

impedância  em  um  link  de  comunicações  é  conhecido  como  perda  por 

inserção. Uma operação adequada de rede depende de uma  impedância 

característica  constante  em  todos  os  cabos  e  conectores,  sem 

descontinuidades de impedância em todo o sistema de cabos. 

 

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Fontes de Ruído nos Meios de Cobre 

 

O  ruído  é qualquer  energia  eléctrica no  cabo de  transmissão que  torna 

difícil ao receptor a interpretação dos dados enviados pelo transmissor. A 

certificação  TIA/EIA‐568‐B  de  um  cabo  agora  exige  testes  para  uma 

variedade de tipos de ruídos. 

 

A  diafonia  envolve  a  transmissão  de  sinais  de  um  fio  até  outro  fio  nas 

imediações.  A  energia  electromagnética  é  gerada  quando  as  voltagens 

mudam  em  um  fio.  Esta  energia  é  irradiada  para  fora  desde  o  fio 

transmissor como é o caso do sinal de rádio de uma transmissora. Os fios 

adjacentes  no  cabo  funcionam  como  antenas,  recebendo  a  energia 

transmitida, que interfere com os dados naqueles fios. A diafonia também 

pode  ser  causada  pelos  sinais  em  cabos  separados  nas  imediações. 

Quando  a diafonia  é  causada por um  sinal  em outro  cabo,  é  conhecida 

como diafonia alheia. A diafonia é mais destrutiva a frequências mais altas 

de transmissão. 

 

Os instrumentos de testes de cabos medem a diafonia com a aplicação de 

um  sinal de  teste  a um par de  fios. O  testador de  cabos então mede  a 

amplitude dos sinais da diafonia não desejada induzidos nos outros pares 

de fios no cabo. 

 

O  cabo  de  par  trançado  é  desenhado  para  aproveitar‐se  dos  efeitos  da 

diafonia a fim de minimizar o ruído. Em um cabo de par trançado, um par 

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de fios é usado para transmitir um sinal. O par de fios é trançado para que 

cada  fio  sofra  diafonia  similar.  Já  que  um  sinal  de  ruído  em  um  fio 

aparenta  ser  idêntico  ao  do  outro  fio,  o  ruído  poderá  ser  facilmente 

detectado e filtrado no receptor. 

 

A  trança  de  um  par  de  fios  em  um  cabo  também  ajuda  na  redução  da 

diafonia dos dados ou sinais de ruído vindos de um par adjacente de fios. 

As categorias mais altas de UTP exigem mais torções em cada par de fios 

no  cabo  para minimizar  a  diafonia  a  altas  frequências  de  transmissão. 

Quando  se  liga  os  conectores  às  extremidades  do  cabo  UTP,  o 

destrançamento dos pares de  fios deve ser mantido ao mínimo absoluto 

para garantir comunicações de redes locais confiáveis. 

 

 

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Tipos de Diafonia 

 

Existem três tipos distintos de diafonia: 

 

Diafonia Próxima (NEXT – Near‐end Crosstalk) 

Diafonia Distante (FEXT – Far‐end Crosstalk) 

Diafonia  Próxima  por  Soma  de  Potências  (PSNEXT  –  Power  Sum 

Near‐end Crosstalk) 

 

A diafonia próxima  (NEXT)  é  calculada  como  a  razão das  amplitudes de 

voltagem entre o sinal de teste e o sinal de diafonia quando medidas na 

mesma  extremidade  do  link.  Essa  diferença  é  expressa  em  um  valor 

negativo de decibéis  (dB). Os números negativos menores  indicam mais 

ruído, assim como baixas temperaturas negativas  indicam mais calor. Por 

tradição, os testadores de cabos não mostram o sinal negativo  indicando 

os valores NEXT negativos. Uma leitura de 30 dB de NEXT (que na verdade 

indica  –30  dB)  indica menos  ruído,  e  consequentemente  um  sinal mais 

limpo, do que aquele que dá uma leitura de 10 dB de NEXT. 

 

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A NEXT precisa ser medida entre cada par e cada outro par em um link de 

UTP, e nas duas extremidades do  link. Para diminuir o tempo dos testes, 

alguns  instrumentos de  teste de  cabos permitem que o usuário  teste o 

desempenho  de  NEXT  de  um  link  usando  maiores  intervalos  entre 

frequências  do  que  o  especificado  pelo  padrão  TIA/EIA.  As  medições 

resultantes  podem  não  atender  aos  padrões  TIA/EIA‐568‐B  e  podem 

ignorar  falhas do  link. Para  verificar o desempenho adequado do  link, a 

NEXT  deverá  ser  medida  das  duas  extremidades  do  link  com  um 

instrumento de testes de alta qualidade. Isto é também um requisito para 

o cumprimento total das especificações dos cabos de alta velocidade. 

 

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Devido  à  atenuação,  a  diafonia  que  ocorre  longe  do  transmissor  cria 

menos ruído em um cabo do que a NEXT.   Isto é conhecido como diafonia 

mais distante, ou FEXT. O  ruído  causado pela FEXT ainda  se propaga de 

volta à fonte, mas é atenuado na sua volta. Desta maneira, a FEXT não é 

um problema tão sério quanto a NEXT. 

 

 

 

A NEXT  por  Soma  de  Potências  (PSNEXT) mede  o  efeito  cumulativo  da 

NEXT de todos os pares de fios no cabo. A PSNEXT é computada para cada 

par de  fios baseada nos efeitos da NEXT dos outros  três pares. O efeito 

combinado  da  diafonia  de múltiplas  fontes  simultâneas  de  transmissão 

pode  ser muito  prejudicial  ao  sinal.  A  certificação  TIA/EIA‐568‐B  agora 

exige este teste da PSNEXT. 

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Alguns padrões Ethernet como 10BASE‐T e 100BASE‐TX recebem dados de 

apenas um par de  fios  em  cada direcção. No  entretanto, para  as novas 

tecnologias  como  é  o  caso  do  1000BASE‐T  que  recebe  dados 

simultaneamente  de  vários  pares  na mesma  direcção,  as medições  de 

soma de potências são testes muito importantes. 

 

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Procedimentos para Testar Cabos 

 

O padrão TIA/EIA‐568‐B especifica dez  testes que o  cabo de  cobre deve 

passar  antes  que  possa  ser  usado  em  redes  locais  Ethernet  de  alta 

velocidade. Todos os links de cabos deverão ser testados até a capacidade 

máxima que é aplicada à categoria do cabo sendo instalado. 

 

Os  dez  parâmetros  de  testes  primários  que  devem  ser  verificados  para 

que um link de cabo possa satisfazer os padrões TIA/EIA são: 

 

Mapa de fios 

Perda por inserção 

Diafonia próxima (NEXT – Near‐end crosstalk) 

Diafonia  próxima  por  soma  de  potências  (PSNEXT  –  Power  sum 

near‐end crosstalk) 

Diafonia  distante  de  mesmo  nível  (ELFEXT  –  Equal‐level  far‐end 

crosstalk) 

Diafonia distante por soma de potência de mesmo nível (PSELFEXT – 

Power sum equal‐level far‐end crosstalk) 

Perda de retorno 

Atraso de propagação 

Comprimento do cabo 

Desvio de atraso 

 

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O padrão Ethernet especifica que cada um dos pinos em um conector RJ‐

45 tenha um determinado propósito. Uma placa de rede transmite sinais 

nos  pinos  1  e  2,  e  recebe  sinais  nos  pinos  3  e  6. Os  fios  do  cabo UTP 

precisam  estar  conectados  aos pinos  correctos  de  cada  extremidade de 

um cabo. O teste de mapa de fios garante que não existe nenhum circuito 

aberto ou curto no cabo. Um circuito aberto ocorre se o fio não for ligado 

correctamente  ao  conector. Um  curto‐circuito ocorre  se dois  fios  forem 

ligados um ao outro. 

 

 

 

O  teste  de mapa  de  fios  também  verifica  se  todos  os  oito  fios  foram 

conectados aos pinos correctos nas duas extremidades do cabo. Existem 

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várias falhas diferentes de cabeamento que o teste de mapa de fios pode 

detectar.  A  falha  de  par  invertido  ocorre  quando  um  par  de  fios  é 

instalado  correctamente  em  um  conector,  mas  invertido  no  outro 

conector. Se o fio listrado branco/alaranjado estiver terminado no pino 1 e 

o  fio estiver  terminado alaranjado no pino 2 em uma extremidade, mas 

invertido  na  outra  extremidade,  então  o  cabo  possui  uma  falha  de  par 

invertido. Este exemplo é exibido no gráfico. 

 

 

 

Uma  falha de cabeamento de par dividido ocorre quando um  fio de um 

par é  trocado o com um  fio de um par diferente. Esta mistura engana o 

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processo de  cancelamento e  torna o  cabo mais  susceptível  a diafonia e 

interferência. Observe cuidadosamente os números dos pinos no gráfico 

para detectar a falha no cabeamento. Um par dividido cria dois pares de 

transmissão ou de recepção, cada par com  fios que não estão  trançados 

juntos. 

 

 

 

As falhas de cabeamento de pares transpostos ocorrem quando um par de 

fios  for  conectado  aos  pinos  completamente  diferentes  nas  duas 

extremidades. Compare isto com um par invertido, onde o mesmo par de 

pinos é usado nas duas extremidades.