Cito - Cancer de Mama

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ANA PATRÍCIA DE OLIVEIRA PEREIRA ELZIMAR BELLINI DE TOLEDO LARA SOARES ALEIXO DE CARVALHO CITOPATOLOGIA da MAMA Universidade Federal de Juiz de Fora Faculdade de Farmácia Disciplina de Citologia Aplicada às Análises Clínicas

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ANA PATRÍCIA DE OLIVEIRA PEREIRAELZIMAR BELLINI DE TOLEDO

LARA SOARES ALEIXO DE CARVALHO

CITOPATOLOGIA da MAMA

Universidade Federal de Juiz de ForaFaculdade de Farmácia

Disciplina de Citologia Aplicada às Análises Clínicas

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Câncer de Mama

Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano.

Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.

No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados.

Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

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Câncer de Mama

Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente.

Incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.

Em 2008: 11.860 mortes

sendo 11.735 mulheres 125 homens.

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Constituição da mama

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Divisão da mama

Quadrante superior interno, superior externo, Quadrante inferior interno e inferior externo.

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Alterações benignas da mama

Sintomas Mastalgia Nódulos ou Tumores benignos Derrames ou Secreções Mastites Alterações Cutâneas

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Alterações Funcionais da Mama

Cisto Mamário (cisto apócrino)

Manifestação mais comum da mama Mais frequente de 40 a 50 anos Pode desaparecer após a menopausa

De forma ovalada ou redonda Único ou múltipla De 1 mm a vários centímetros Moveis e dolorosos Consistência amolecida ou febroelástica

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Alterações Funcionais da Mama

Cisto Mamário (cisto apócrino)

Revestido por células apócrinas ou por epitélio pavimentoso simples

Maioria é unilocular (um

compartimento revestido por epitélio e preenchido por líquido)

Drenagem do líquido do cisto com o auxílio de uma agulha fina e analises microscópicas deste liquido.

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Alterações Funcionais da Mama

Fibroadenoma Os fibroadenomas (nódulos fibrosos)

mamários são pequenos nódulos sólidos benignos recobertos por tecido fibroso e glandular.

Estes nódulos geralmente ocorrem em mulheres jovens, freqüentemente em adolescentes.

Os nódulos são facilmente mobilizados, possuem bordas nitidamente definidas que podem ser palpadas durante o auto-exame.

Eles têm uma consistência de borracha porque contêm colágeno.

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Alterações Funcionais da Mama

Ginecomastia Ocorre em jovens e idosos, regressa

espontaneamente.

Produção deficiente de testosterona, aumento de produção de estrogênio.

Medicamentos Hormônios, cetoconazol, metronidazol, cimetidina, omeprazol, ranitidina amiodarona,

captopril, digitoxinas, enalapril, metil-dopa, nifedipina, reserpina, verapamil, diazepam, haloperidol, fenotiazinas, antidepressivos tricíclicos, anfetaminas, heroína, maconha; drogas anti-histamínicas como hidroxizine, cetirizina e loratadina, penicilamina, fenitoína e antiretrovirais.

Fator que pode favorecer o câncer de mama em homens.

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Neoplasias Malignas

As neoplasias malignas podem ser divididas em: tumores epiteliais (carcinomas), que podem ser de origem ductal

(maioria) ou lobular; e sarcomas, que se originam no tecido conjuntivo (mesenquimal) e

são mais raros. Os carcinoma correspondem a maioria das neoplasia

malignas da mama, sendo o carcinoma ductal invasor o tipo mais comum.

Os carcinomas, podem ser também in situ ou invasores.

Pode ser ainda do tipo inflamatório, que é uma formade apresentação incomum dos carcinomas invasores.

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Carcinoma Ductal

Carcinoma ductal: Forma-se nos ductos que levam o leite dos lóbulos para o mamilo (papila).

Carcinoma ductal in situ (intraductal): Proliferação dentro de um ducto que não ultrapassa a membrama basal e não invade o estroma. Pode se apresentar como massa palpável, derrame papilar ou alteração em mamografia (microcalcificações e formação nodular não palpável).

Doença de Paget: É um tipo raro de carcinoma in situ que se inicia nos ductos do mamilo.

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Carcinoma Ductal

Carcinoma ductal invasor: Representa 65 a 85% dos cânceres de mama. Forma nódulo sólido ou área de condensação no parênquima, com lesões espiculadas ou circunscritas:

Tumor do tipo Tubular: Não exibe necroses e suas células formam túbulos regulares e bem definidos. Apresenta excelente prognóstico, mesmo quando é multicêntrico (50% dos casos), estando a sobrevida livre da doença por 10 anos superior a 95%.

Tumor do tipo Medular: Possui um excelente prognóstico. Abundante em mitoses e com grande quantidade de linfócitos, geralmente só ocorre após a menopausa.

Tumor do tipo Mucinoso: Recebe esse nome pela quantidade de mucina que recobre um pequeno número de células tumorais bastante diferenciadas entre si. Também tem com bom prognóstico com mais de 85% de sobrevida maior que 5 anos.

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Carcinoma Ductal

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Carcinoma Ductal

DUCTONORMAL

HIPERPLASIAINTRADUCTAL

HIPERPLASIAINRADUCTALATÍPICA

CARCINOMAINTRADUCTALIN SITU

CARCINOMA DUCTAL INVASIVO

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Carcinoma Lobular

Começa nos bulbos que produzem o leite materno e infiltra nos tecidos vizinhos Carcinoma lobular in situ: Tumor de baixa proliferação

no interior de ductos terminais e lóbulos. Não costuma ter qualquer manifestação clínica evidente, nem é encontrado na mamografia, sendo um achado ocasional de biópsias mamárias indicadas por imagem suspeita.

Carcinoma lobular invasor: Apresenta-se como adensamento ou endurecimento local mal-definido. Em lesões avançadas, pode haver retração de pele e fixação. Calcificações não estão comumente presentes.

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Carcinoma Lobular

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Diagnóstico

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Diagnóstico

Mamografia: mulheres > 35 anos De acordo com o FDA, pode detectar um nódulo, até 2

anos antes de ele ser palpável;

Pode dar resultado falso negativo em pelo menos 10% dos casos devido a existência de tecido denso na mama.

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Diagnóstico

Ultra-sonografia (USG) : mulheres < 35 anos Possibilita identificar lesões que não podem ser

visualizadas na mamografia quando a mama é densa;

Permite distinguir, por exemplo, se a lesão é sólida ou cística;

Guia comum para biopsia percutânea e localização pré-operatória.

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Diagnóstico

Confirmação: Citológico: Punção aspirativa por agulha fina (PAAF)

Uma agulha fina é inserida no nódulo e as células são retiradas. Após retiradas da agulha, as células são colocadas em uma lâmina e encaminhada para o patologista analisar.

Histológico:Punção por agulha grossa (PAG)É também um procedimento ambulatorial, realizado sob

anestesia local, que fornece material para diagnóstico histopatológico (por congelação, quando disponível), permitindo inclusive a dosagem de receptores hormonais.

“Eu descobri meu câncer de mama tomando banho. Eu percorri minha mão pela minha mama e percebi que havia um espessamento ali.”

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Diagnóstico citopatológico

Os critérios citológicos para a avaliação das lesões mamárias podem ser categorizados como: padrão citológico benigno, negativo para malignidade; padrão citológico positivo para malignidade:

apresenta celularidade alta, com células epiteliais atípicas, geralmente isoladas e com citoplasma intacto, ausência de núcleos nus e redução da coesão celular. Sempre que possível acompanha a especificação diagnóstica do processo.

padrão citológico de malignidade indeterminada (tumor papilar, tumor filóide);

padrão citológico suspeito para malignidade (lesão epitelial proliferativa com atipias).“Foi importante ter todas as informações

necessárias sobre o meu diagnóstico e, então, eu estava capacitada a tomar as melhores decisões sobre o meu tratamento.”

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Células ductais benignas

• Pequeno tamanho• Núcleos regulares e uniformes• Regularmente espaçadas entre si

“Eu realizei uma mamografia três anos atrás e eles não gostaram do que viram. Então, eles decidiram fazer uma biópsia. Eu fui, realizei a biópsia e eles disseram que me informariam o resultado no dia seguinte.”

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Padrão Citológico

• Celularidade discreta ou moderada;• Células epiteliais dispostas em pequenos grupos, com

células mioepiteliais presentes;• Atipias citológicas e alterações nucleares mínimas ou

ausentes.

BENIGNO

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Padrão Benigno

PADRÃO BIMODAL

•Epitélio ductularEpitélio ductular• Núcleos nus bipolaresNúcleos nus bipolares

Eu e meu marido fomos no dia seguinte e o médico pôs a mão em meu ombro e disse “eu odeio te dizer isso, mas você tem câncer”.

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Padrão Citológico Maligno

• HIPERCELULARIDADE• PERDA da COESIVIDADE• ATIPIAS NUCLEARES

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Zona "cinzenta"

PAAF PAAF dede MAMA MAMA

BENIGNO BENIGNO MALIGNOMALIGNO

• Lesões indeterminadasLesões indeterminadas• Lesões suspeitas/ prov. malignas Lesões suspeitas/ prov. malignas

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Citologia Indeterminada Atípica Há alterações celulares discretas, em geral entremeadas

com áreas nitidamente benignas.

A conduta dependerá da correlação com clínica/radiografia.

Citologia Suspeita de Malignidade Há alguns critérios de malignidade, mas não suficientes

para um diagnóstico de câncer.

Biópsia é mandatória, independente dos achados mamográficos/ou clínicos.“Nós ficamos arrasados – desejamos deixar o

consultório e fingir que não éramos nós. Mas, eu conversei bastante com meu médico e também decidi ter uma segunda opinião e a tive. E fomos em frente.”

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Classificação do tumor

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Classificação do tumor

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Tratamento

As modalidades terapeuticas são:

Cirurgia

Radioterapia

Quimioterapia CMF – ciclofosfamida + metrotrexato + fluorouracil AC – adriblastina + ciclofosfamida FAC - fluorouracil + adriblastina + ciclofosfamida FEC – fluorouracil + epirubicina + ciclofosfamida

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Referencias

INCA: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/mama Abreu E, Koifiman S. Fatores prognósticos no câncer da mama feminina. Revista Brasileira de

Cancerologia, 2002 - inca.gov.br http://www1.inca.gov.br/rbc/n_48/v01/pdf/revisao.pdf Macias-Martinez V, Murrieta-Tiburcio L, Molina-Cardenas H, Dominguez-Malagon H. Epithelioid

angiosarcoma of the breast. Clinicopathological, immunohistochemical, and ultrastructural study of a case. Am J Surg Pathol 1997; 21:599-604.   

Instituto Nacional de Câncer; Ministério da Saúde. Câncer no Brasil: dados dos registros de base populacional, vol 3. Rio de Janeiro (Brasil): INCA; 2003.