[Clã MacNach 02] No Silêncio Da Noite - Lynsay Sands

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  • 8/12/2019 [Cl MacNach 02] No Silncio Da Noite - Lynsay Sands

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    Copyright 1999 by Lynsay Sands

    Originalmente publicado em 1999 pela Kensington Publishing Corp.

    TTLO O!"#"$%L& 'ighland Promise

    (OO) *ditora $o+a Cultural Ltda.

    !esumo&

    *sc,cia- Sculo /0ois homens- unidos por la2os de sangue e por uma maldi23o 4ue assombra seu cl3-

    est3o condenados a uma +ida sombria e submetidos a dese5os estranhos e incontrol6+eis.Somente o casamento com mulheres 4ue n3o compartilham a nature7a desses dese5ospoder6 libert68los e dar no+a +ida ao cl3. ulheres dispostas a en:rentar perigos e intrigas-com a :or2a de seu amor..

    Com sua personalidade cati+ante- *+a Ca;ton a mulher ideal para libertar Connallac%die da maldi23o. Para *+a tambm- o casamento o

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    No Silncio da Noite

    Lynsay Sands

    Captulo I

    8 $3o tenha medo... 8 *+a se inclinou para a:agar o pesco2o de illie- a gua 4ue atransporta+a. Os rumores sobre os ac%die e os ac$ach s3o uma grande e rematadatolice= >ue grande estupide7 acreditar 4ue eles tenham sede de sangue...

    *+a se endireitou na garupa e ?tou os ca+aleiros 4ue a acompanha+am& dois @ :rente- doisatr6s e um de cada lado. Seis escoceses taciturnos e rudes. esde 4ue partiram do casteloCa;ton- na "nglaterra- nenhum deles dirigira a pala+ra a *+a- e;ceto para dar ordens ouinstru2Aes. $3o 4ue hou+esse oportunidades para con+ersas- pois +ia5a+am ha+ia dois diassem parar- subindo e descendo montanhas e atra+essando trilhas pelas Borestas.

    $o princpio *+a suportara bem a +iagem- mas- ao ?nal do primeiro dia- o cansa2o a atingiu&mais de uma +e7 *Dan- um dos ca+aleiros- :oi obrigado a se apro;imar e chamar8lhe aaten23o- para 4ue ela n3o adormecesse e casse da sela. *m certa ocasi3o- *Dan os :e7parar e sacudiu *+a at 4ue ela acordasse- dei;ando8a terri+elmente embara2adaE masretomaram o galope assim 4ue *+a despertou. $3o era :6cil adormecer num ca+alotrotando- mas @s +e7es o sono se torna+a t3o :orte 4ue era imposs+el impedir 4ue os olhosse :echassem e o corpo tombasse para :rente. *la sonha+a com o momento do descanso-apesar de saber 4ue s, ocorreria ao atingirem ac%die- o destino ?nal.

    *+a esta+a e;austa- e isso mina+a sua capacidade de se manter otimista e ter urna +is3opositi+a sobre o :uturo 4ue a aguarda+a. Se seu cansa2o n3o :osse t3o grande- tal+e7 tudolhe parecesse uma grande a+enturaE entretanto- o 4ue mais sentia era solid3o e temor.%?nal- dei;a+a para tr6s o castelo Ca;ton- o mundo 4ue conhecia- e partia rumo a uma +idaem meio a estranhos- numa terra distante- le+ando apenas a roupa do corpo e o conte

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    8 *sta gua me pertence h6 muitos anos e s, saiu de Ca;ton uma +e7- 4uando +ia5amos paraa corte. *u a conhe2o e sei 4ue est6 agitada por ca+algar por lugares estranhos. Por issocon+erso com ela& para acalm68la e garantir 4ue est6 tudo bem.

    *ssa e;plica23o pareceu ter con+encido os homens- 4ue 56 se apronta+am para +oltar @:orma23o habitual de galope. *ra bom 4ue obti+essem a con?rma23o de 4ue ela n3o eraloucaE pena 4ue +oltassem a ser os calados e taciturnos escoceses de sempre- pois ela

    adoraria con+ersar com algum ser +i+o 4ue n3o illie.*+a aprecia+a con+ersar. *m Ca;ton sempre ha+ia algum com 4uem :alar& a+is e osoutros criados do castelo- o :erreiro- o padre- o rapa7 4ue toma+a conta do est6bulo- oumesmo as crian2as. Todos a trata+am bem- e 5amais recusa+am con+ersar 4uando *+a osprocura+a ou encontra+a por acaso. *la n3o esta+a acostumada a longos perodos desilFncio- e a +iagem 56 come2a+a a incomod68la. Sentia8se irritada- sobretudo com 4uem acolocara em tal situa23o e a obrigara a +ia5ar& seu marido- Connal ac%die.

    *+a murmurou o nome do esposo em tom desanimado- e soltou um pro:undo suspiro. *m+e7 de ter ido busc68la pessoalmente- lorde ac%die en+iara seus homens para tra7F8la-como se ela :osse uma +aca ou uma o+elha. "sso indica+a 4ue sua +ida no castelo ac%dien3o seria muito di:erente da +ida em Ca;ton- onde o irm3o n3o lhe da+a o menor +alor.>uando soube 4ue o senhor ac%die ha+ia pago para casar- e 4ue o matrimHnio seria

    reali7ado antes de partirem e sem a presen2a do noi+o- ela alimentou esperan2as de 4ueConnal ac%die a :osse considerar algo mais do 4ue um ob5eto ine;pressi+oE mas ascircunstNncias 56 demonstra+am 4ue n3o seria assim.

    8 SenhoraJ 8 chamou Keddy.

    8 SimJ 8 *+a +irou8se distrada para o ca+aleiro rui+o e sardento.

    8 Por 4ue con+ersa com sua gua a respeito de nosso lordeJ

    8 *u ?7 issoJ 8 perguntou *+a- embara2ada por ter pro:erido pensamentos em +o7 alta.

    8 e7. $3o mesmo- onaidhJ

    8 Sim 8 con?rmou o ca+aleiro de ombros largos e compridos cabelos escuros- apro;imando8se tambm de *+a. 8 * n3o parecia nada satis:eita. Por acaso n3o est6 contente em ser a

    esposa de lorde ac%dieJ*+a ainda considerou mentir para n3o o:ender os ca+aleiros- mas mentir n3o :a7ia parte desua nature7a.

    8 *u pre:eriria 4ue lorde ac%die +iesse me buscar pessoalmente- em +e7 de mand68loscoletar8me como se eu :osse uma +aca comprada para aumentar o rebanho.

    8 %h= 8 *Dan trou;e seu ca+alo para mais perto- a ?m de tomar parte na con+ersa. Os outrosca+aleiros tambm ha+iam emparelhado ao lado de *+a- mas apenas *Dan :alou. 8% senhora inglesa- por isso n3o compreende. Lorde Connal 5amais en+iaria seis ca+aleiros parabuscar uma +aca. *n+iaria somente um homem- e n3o seria nenhum de n,s.

    Os demais homens concordaram- meneando a cabe2a de modo solene.

    8 *nt3o de+eria me sentir honrada por lorde ac%die ha+F8los en+iado para me buscar em+e7 de :a7F8lo ele pr,prio- em pessoaJ 8 *+a in4uiriu com rispide7.

    8 Sem d

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    8 Por 4ue lorde ac%die n3o podia ter +indo a meu encontroJ 8 *+a ainda n3o se con+encera.

    8 di:cil e;plicar... 8 *Dan mostrou8se hesitante.

    8 Por causa de sua condi23o 8 disse Keddy- tentando a5udar o companheiro.

    8 Condi23oJ 8 perguntou *+a- entre curiosa e preocupada.

    8 Sim. 8 O embara2o de *Dan era +is+el.

    8 >ue 4uerem di7er com issoJ O 4ue h6 de errado com lorde ac%dieJ

    8 $3o h6 nada de errado com nosso lorde 8 garantiu Keddy. 8 as a senhora ter6 de lheperguntar- e ele pr,prio e;plicar6.

    %pesar de insatis:eita com a resposta- *+a resol+eu n3o insistir- pois nenhum dos ca+aleirosdaria maiores e;plica2Aes. $a +erdade- eles 56 retorna+am ao silFncio habitual e se +ira+ampara :rente- desencora5ando 4ual4uer di6logo. *+a- contudo- detesta+a a idia de retomar osilFncio 4ue a incomoda+a e toma+a a +iagem triste e mais cansati+a. *la gostaria deconhecF8los melhor- saber 4uem eram e como +i+iam. %?nal- adentra+a em um pas 4ue n3oera o seu- e estaria rodeada de estranhos na no+a moradia.

    *+a costuma+a sonhar 4ue um dia se casaria e seu marido moraria em Ca;ton- para 4ue elan3o necessitasse abandonar o lugar e as pessoas 4ue conhecia desde a in:Nncia. Tal sonho-contudo- 56 n3o e;istia- pois ela desposara um lorde escocFs e ia se 5untar a ele na *sc,cia.*+a 5amais imaginara 4ue a solid3o era o 4ue o :uturo lhe reser+a+a.

    8 *st6 um lindo dia- n3o achamJ

    *ntretanto- nenhum deles respondeuE somente se entreolharam- espantados. *nt3o *+apercebeu 4ue dissera uma grande tolice- pois o dia esta+a cin7a e n3o tinha nada de bonito.Seu coment6rio :ora est

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    de Ca;ton- onde +i+era at ent3o& um lugar alegre e cheio de lu7. e alguma :orma- ocastelo l6 embai;o e as casinhas e +ielas 4ue o circunda+am e;plica+am a personalidadedos homens 4ue a acompanha+am& como podiam ser :alantes e simp6ticos +i+endo numlugar assimJ

    8 O sol est6 se pondo.

    *+a ?tou os ca+aleiros ao seu redor- e a e;press3o 4ue e;ibiam con?rma+a o tompreocupado no coment6rio de onaidh.

    8 antenham8se pr,;imos 8 instruiu *Dan- e imediatamente os ca+aleiros :echaram o cercoem tomo de *+a- a ponto de agitar illie- sua gua.

    8 *st6 tudo bem 8 sussurrou *+a- inclinando8se para a:agar o pesco2o do animal.

    % distNncia n3o era grande- mas a descida pela estrada ngreme pareceu durar umaeternidade. % tens3o e preocupa23o dos homens contagia+am- e agora tambm ela sesentia ner+osa e agitada. %ltos e :ortes- e montados em ca+alos maiores 4ue illie- osca+aleiros blo4uea+am a +is3o de *+a- 4ue nada podia +er ao redor. %p,s algum tempo- aestrada se tornou plana- e pouco depois eles cru7a+am um arco de pedra- indicando 4ueadentra+am a propriedade murada.

    O mo+imento e a agita23o e;plodiram de repente- no momento em 4ue eles ultrapassaramos portAes do castelo. *+a ainda mal conseguia +er o 4ue se passa+a- mas o barulhodemonstra+a 4ue as +ielas ao redor do castelo esta+am mo+imentadas como as pe4ueninasruas de Ca;ton ao meio8dia.

    istrada pelos rudos- *+a tardou um instante at notar 4ue os ca+aleiros rela;a+am e atens3o desanu+ia+a. inalmente eles se distanciaram um pouco- e ela pHde +er por ondecaminha+am- embora continuasse presa no crculo 4ue :orma+am. *m bre+e elesadentraram uma pra2a onde ha+ia tanta gente perambulando 4ue parecia o incio do dia- en3o da noite- 4uando todos se recolhem para comer e descansar. ma pro:us3o de tochaspenduradas nas paredes das casinhas ilumina+a de modo generoso o local- e *+a pensou4ue a4uilo seria considerado um desperdcio em Ca;ton.

    O :eudo ac%die parecia ser bem mais abastado do 4ue Ca;ton. e+ia ser um :eudo rico-a?nal a4uele lorde a aceitara como esposa sem dote e ainda recompensara seu irm3o pelomatrimHnio. Gonathan 56 ?caria satis:eito em 4ue a le+assem embora- e n3o teria :eito4uest3o de uma recompensa ?nanceira- mas o lorde certamente n3o sabia disso.

    Ser6 4ue o :ato de ter pago para me obter8me- :aria +aler mais a seus olhosJ

    *+a te+e os pensamentos interrompidos 4uando *Dan ordenou 4ue parassem. Os ca+aleiroscome2aram a desmontar- :a7endo8a crer 4ue en?m poderia obser+ar os arredores de suano+a casaE mas onaidh imediatamente se apro;imou- ergueu8a da sela e a colocou noch3o- tornando a impedir sua +is3o. %t 4uando continuar3o a proceder assim. ela pensou-irritada.

    8 *Dan 8 chamou uma +o7 :orte e gra+e.

    *+a se +irou para a dire23o de onde pro+inha o chamado- mas era imposs+el +er 4uem opro:erira. O tom de autoridade- contudo- indica+a 4ue se trata+a de lorde ac%die dirigindo8se ao primeiro ca+aleiro. *la tentou dar um 5eito nos cabelos e passou a m3o sobre o +estidopara alisar o amassado de tantas horas ca+algando- mas sem d

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    dese5o.

    8 *;celente 8 disse a +o7. 8 agaidhJ %h- a est6 +ocF. Suponho 4ue a recm8chegada este5ae;austa. Pode recebF8la e pro+er8lhe o necess6rioJ

    8 $3o se preocupe- eu a le+arei para o 4uarto e darei ordens para 4ue receba tudo 4ueprecisar 8 assegurou uma +o7 :eminina.

    8 Obrigado. >uanto a +ocFs- retrucou a +o7 de bartono- +enham encontrar8me depois dele+arem os ca+alos para o est6bulo.

    *+a permaneceu parada- sem nada :a7er nem di7er en4uanto os ca+aleiros toma+am asrdeas dos animais e partiam le+ando tambm sua gua illie. Sem a23o- ela se +iu comouma crian2a abandonada no meio da ruaE e ainda +irou o rosto tentando +er se en;erga+aa4uele 4ue de+ia ser seu marido- mas em +3o. Passado um instante- contudo- uma 5o+emmulher de cabelo escuro e muito bonita se apro;imou sorrindo.

    8 *+aJ

    8 Sim.

    8 Sou agaidh. *u a condu7irei para seu aposento. 8 % elegante e am6+el mulher tomou *+apelo bra2o e a condu7iu em dire23o @ enorme porta de madeira do castelo.

    8 eu marido :oi emboraJ 8 perguntou *+a com timide7 ainda maior ao entrarem.

    8 Connal tem ocupa2Aes a tratar agora. %lm disso- ele sabe 4ue +ocF est6 e;austa epre:eriria tomar um banho 4uente- comer algo e deitar. O lorde +ir6 cumpriment68laamanh3.

    %pesar da amabilidade da o:erta- n3o se trata+a de uma pergunta- mas sim de in:orm68la de4ue ela ia se banhar antes de 5antar. *+a n3o tinha idia de 4uem era agaidh- mas o ?no+estido 4ue ela tra5a+a e seu ar de autoridade demonstra+am 4ue era algum importante.

    8 0ocF irm3 de lorde ac%dieJ 8 perguntou *+a en4uanto atra+essa+am o sal3o do casteloem dire23o @ grande escadaria 4ue le+a+a aos 4uartos e aposentos pri+ados.

    8 Sou a m3e dele. 8 % mulher sorriu ao notar a surpresa e incredulidade estampadas no rostode *+a.

    8 eu eus= Casei8me com um garoto= 0ocF n3o tem idade para ser m3e de um menino demais de de7 anos.

    8 Connal mais idoso 4ue isso- acredite.

    *+a ia responder- mas ent3o lhe ocorreu 4ue a mulher decerto era m3e adoti+a de lordeac%die- pois n3o podia ha+er outra e;plica23o. e 4ual4uer maneira- a +o7 4ue ou+ira l6:ora n3o pertencia a um menino- e sim a um homem adulto e acostumado a dar ordens.

    8 Chegamos 8 a+isou agaidh- abrindo uma das portas do longo corredor 4ue sucedeu @escadaria.

    *+a n3o conte+e a admira23o ao entrar no aposento. Trata+a8se de um 4uarto muito maior emais rico 4ue seu aposento em Ca;ton- e tape2arias recobriam as paredes de pedra. O

    enorme leito esta+a preparado com peles ?nas e len2,is de linho- e uma grande lareira como :ogo aceso domina+a uma das paredes. 'a+ia tambm uma poltrona de couro- uma mesacom adornos entalhados na madeira- uma cHmoda e grossas cortinas de +eludo na 5anela.

    8 >ue 4uarto ador6+el= 8 *+a n3o escondeu 4ue n3o esta+a habituada a tal esplendor- dignode uma princesa.

    *+a se apro;imou do leito- e desli7a+a o dedo pelo tra+esseiro- 4ue de+ia ser de penas deganso- 4uando uma sucess3o de criados come2ou a entrar. ois rapa7es tra7iam uma tinade madeira 4ue :oi depositada de:ronte @ lareira- e duas criadas logo come2aram a enchF8lacom 6gua 4uente. ma terceira mulher tra7ia toalhas- 4ue colocou sobre a mesa. ma

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    5o+em se apro;imou com ptalas de Bores e ,leos arom6ticos e passou a despe568los na6gua.

    $um instante o banho esta+a preparado- e todos saram- com e;ce23o da 5o+em 4uetrou;era as Bores e 4ue se mantinha ao lado da tina- agora cheia de 6gua :umegante eper:umada.

    8 #lynis a a5udar6 com o banho 8 disse agaidh ao alcan2ar a porta. 8 O 5antar ser6 tra7ido4uando terminar.

    8 Obrigada 8 agradeceu *+a- com reconhecimento t3o grande e genuno 4ue seria di:cile;pressar em pala+ras.

    8 0ocF bem8+inda- crian2a. 8 agaidh sorriu- gentil. 8 *ste seu lar agora.

    *+a meneou a cabe2a- encantada com a calorosa acolhida da simp6tica mulher- mas semcompreender como podia cham68la de crian2a sendo ainda t3o 5o+em. $este momento#lynis- a criada 4ue a a5udaria- se apro;imou e a ?tou tambm com amabilidade e simpatia.#lynis era ainda mais 5o+em 4ue agaidh- e apesar dos cabelos rui+os e das sardas norosto- *+a imediatamente se lembrou de a+is.

    8 >uer 4ue a a5ude a tirar o +estidoJ 8 o:ereceu a mo2a.

    %pesar de estranhar a o:erta- *+a concordou com a cabe2a. *la n3o tinha o h6bito de sera5udada- e mesmo 4ue a+is por +e7es se comportasse como ama- ela apenas lhe esco+a+aos cabelos. *+a 5amais ti+era 4uem a a5udasse a +estir ou tirar a roupa- mas esta+a e;austano momento e a a5uda era bem8+inda.

    8 Sim- por :a+or. 8 * *+a o:ereceu as costas para a 5o+em desamarrar os la2os 4ue :echa+amseu +estido.

    8 Onde est6 elaJ 8 perguntou Connal ao se apro;imar da longa mesa 4ue domina+a o sal3odo castelo.

    8 ormindo- naturalmente. 8 agaidh ac%die parou de comer e ergueu o olhar para o ?lho.8 Tomou banho- comeu e adormeceu em seguida- +encida pela e;aust3o. $3o podiam terparado durante a noite para des2ansarJ 8 *la ?tou *Dan- tambm sentado @ mesa.

    8 ei ordens para 4ue n3o parassem 8 e;plicou Connal- 5untando8se a eles en4uanto umcriado corria a ser+ir8lhe +inho.

    8 * em conse4Fncia disso- a pobre 5o+em tem bolhas nas pernas por tantas horas sentadana sela 8 insistiu agaidh em tom repreensi+o.

    8 elhor ter bolhas nas pernas 4ue perder a +ida 8 retrucou Connal. 8 Com os ata4ues 4ue+enho so:rendo- me pareceu melhor n3o correrem riscos parando para descansar.

    agaidh suspirou ao pensar 4ue os rumores sobre os ac%die e ac$ach de :ato ha+iamaumentado nos

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    8 LoucaJ 8 e;clamou agaidh chocada. 8 *la uma 5o+em ador6+el.

    8 $3o pensei 4ue :osse louca 8 assegurou *Dan 8- mas ela con+ersa+a com o ca+alo e oshomens...

    8 Con+ersa+a com o ca+aloJ 8 interrompeu Connal.

    8 Parece 4ue a gua n3o esta+a acostumada a sair de Ca;ton- e a dama tentou acalm68la

    :alando com ela. * o :a7ia o tempo todo. 8 *Dan reBetiu 4ue se hou+esse algo de anormalcom a mulher- ent3o era melhor 4ue o lorde soubesse o 4uanto antes.

    Connal considerou a in:orma23o e resol+eu 4ue n3o tinha moti+os para se preocupar- poistambm ele a:aga+a e con+ersa+a com seu ca+alo para tran4ili768lo 4uando necess6rio.ais rela;ado- ele a?nal tomou um gole do +inho e lambeu os l6bios com pra7er aodepositar a ta2a de prata sobre a mesa. %gora ele podia saborear a bebida 4ue tantoaprecia+a- mas uma hora atr6s ainda precisa+a saciar uma sede de outro tipo- 4ue nenhumabebida poderia apa7iguar. %pesar de lutar contra o instinto 4ue produ7ia tal necessidade- eraimposs+el controlar8se- e +e7 por outra a4uela sede necessita+a ser satis:eita antes 4ue elese sentasse @ mesa para comer e beber.

    8e+ia tF8la cumprimentado 8 disse agaidh- ?tando o ?lho com ar de desapro+a23o. Connaldes+iou o olhar.

    8 Pensei 4ue ela pre:erisse descansar antes de me encontrar.

    8 ar8lhe boas8+indas tomaria apenas um instante- e ela poderia ent3o seguir para o 4uarto.

    Connal deu de ombros e tornou a beber +inho- mas se sentia embara2ado. *le n3o plane5arae+itar encontrar a esposaE o 4ue acontecera :ora :ruto de uma decis3o repentina. Connalacabara de sair do 4uarto secreto e entra+a no sal3o 4uando soube 4ue os ca+aleirosha+iam chegado. *le :ora @ porta do castelo com a inten23o de cumpriment68la- mas n3o apHde +er- escondida como esta+a entre o crculo de ca+aleiros altos e :ortes e a pe4uenamultid3o 4ue se aglutinara ao redor. $o ?nal- ele dispensara os ca+aleiros e tornara a entrarsem saud68la- sentindo at certo al+io por adiar o encontro com a esposa.

    *mbora n3o apreciasse a idia de se casar com uma mulher mortal- Connal prometera aoprimo Cathal 4ue o :aria- a ?m de reno+ar o sangue.da :amlia. Cathal casara8se na

    prima+era passada- mas Connal decidira esperar e se certi?car de 4ue o casamento doprimo da+a bons :rutos antes de :a7er o mesmo. Cathal agora +i+ia :eli7 com a esposaIridget- e 56 ha+iam gerado dois herdeiros gFmeos- 4ue garantiriam a continuidade do cl3dos ac$ach. Connal acredita+a 4ue poderia se considerar um homem :eli7 se ti+esse ametade da sorte de Cathal. 8 $uma +isita @ corte- Connal conhecera *+a Ca;ton- irm3 deGonathan Ca;ton- not,rio a+arento. *ncontrara8a por acaso no 5ardim do castelo do reiEcon+ersaram pouco- e ela lhe parecera simp6tica- sens+el e modesta. %pesar disso- a idiade casamento n3o lhe passara pela cabe2a na ocasi3o. >uando Connal dei;ou a corte para+ia5ar de +olta a ac%die- uma idia lhe ocorreu& Por 4ue n3o en+iar meus ca+aleiros comuma o:erta de casamento para a 5o+em Ca;tonJ %?nal- ele n3o :a7ia 4uest3o de dote e atpoderia o:erecer uma recompensa ao a+arento Gonathan. eli7mente- tudo ha+ia corridobem. Sua proposta :oi aceita- e o casamento :oi reali7ado a distNncia. Connal agora tinha suasenhora ac%die. Superada a 4uest3o do matrimHnio- s, :alta+a engra+id68la e gerar her8

    deiros de sangue misto para o cl3E e o problema estaria resol+ido.8 0ocF de+ia organi7ar uma cerimHnia apropriada- agora 4ue ela est6 a4ui 8 sugeriu agaidhde repente- despertando o ?lho dos pensamentos 4ue o absor+iam.

    8 Por 4uFJ O casamento a distNncia o?cial- e +ale tanto 4uanto um casamento presencial.

    8 as n3o a mesma coisa= 8 agaidh suspirou. 8 0ocF se sente casadoJ

    Connal calou um instante e reBetiu sobre a pergunta da m3e. *le n3o se sentia di:erente-sua +ida permanecia a mesma- e seus h6bitos n3o seriam alterados. %

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    trans:orma+a a rotina da +ida no :eudo.

    8 $ada mudou- n3o mesmo- ConnalJ 8 agaidh adi+inhara os pensamentos do ?lho.

    "rritado- Connal ?tou a m3e- sabendo 4ue ela ia insistir na 4uest3o.

    Organi7ar uma cerimHnia de casamento me parece perda de tempo- mas como con+encF8ladissoJ- pensou ele.

    8 Ser6 melhor para +ocFs dois 8 disse agaidh em tom apa7iguador- intuindo a irrita23o deConnal. 8 Tenho certe7a de 4ue *+a Ca;ton tambm n3o se sente casada. %lm do mais-uma cerimHnia p

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    'ora de me +estir- descer para comer algo e ?nalmente encontrar meu marido- pensou *+a.Contudo- 4ue +estido colocarJ $3o ha+ia muito a escolher- pois ela possua somente o+estido a7ul usado na +iagem- e outro cin7a- guardado na pe4uena trou;a de bagagem.Seria necess6rio tra5ar o +estido cin7a- pois o a7ul esta+a su5o e amassado. *ntretanto- *+an3o +iu sinal da trou;a 4ue trou;era ao subir. Tenta+a lembrar onde a ha+ia colocado4uando ou+iu baterem @ portaE num impulso- correu e tornou a deitar.

    8 Pode entrar= 8 *+a pu;ou as cobertas at o pesco2o.% porta abriu de+agar e #lynis- a 5o+em criada 4ue a a5udara a banhar8se na noite anterior-espiou dentro do 4uarto.

    8 G6 acordou 8 disse a mo2a de cabelos rui+os e rosto sardento- como o ca+aleiro 4ueescoltara *+a na +iagem.. 8 % Sra. agaidh me disse para lhe tra7er isto. 8 % 5o+em entrou elhe mostrou um +estido a7ul8claro.

    8 Oh= 8 e;clamou *+a- surpresa 4uando a criada se apro;imou com um lindo +estido de sedaadornado com la2os de tom a7ul mais escuro. 8 lindo= 8 *+a le+antou8se para tocar o tecidosua+e. 8 Tem certe7a de 4ue para mimJ

    8 Sim= 8 #lynis passou o +estido para *+a com enorme e;cita23o- como se a roupa :ossedestinada para ela mesma. 8 Ontem le+ei seus dois +estidos para la+68los e prepar68los para

    seu uso- mas a Sra. agaidh disse 4ue n3o eram apropriados para a dama ac%die. *nt3o-ela escolheu esta roupa para a senhora usar ho5e. *la disse tambm 4ue esse +estido agora seu. $3o lindoJ

    8 Sem d

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    8 isse 4ue a +iu na 5anela.

    8 Compreendo... 8 *+a mostrou8se embara2ada ao saber 4ue :ora +ista na 5anela- 4uandoainda tra5a+a a roupa de dormir- embora a camisola ti+esse gola alta- 4ue cobria at opesco2o.

    8 elhor a senhora descer- sen3o seu des5e5um especial +ai es:riar.

    *+a concordou com um sorriso- encantada pela gentile7a com 4ue a trata+am em ac%die.#lynis adiantou8se para abrir a porta- mas permaneceu do lado de dentro 4uando *+a saiudo aposento.

    8 $3o +em comigoJ

    8 0ou arrumar seu leito e a5eitar as coisas a4ui 8 e;plicou a criada. 8 as a senhora pode memandar chamar a 4ual4uer momento- se necessitar algo.

    *+a sentiu receio ante a perspecti+a de se dirigir so7inha para o sal3o. %pesar de ha+eracabado de conhecer #lynis- a companhia da mo2a proporciona+a con?an2a e a coloca+amais @ +ontade na4uele castelo estranho.

    8 $3o tenha medo 8 disse a 5o+em- percebendo sua inseguran2a. 8 % senhora bem8+indaa4ui.

    *+a respirou :undo e partiu pelo corredor em dire23o @ escadaria 4ue descia para o sal3o. %sensa23o de :rio no estHmago pelo temor de en:rentar os outros moradores do castelo a :e7lembrar de como se sentira ao +isitar a corte com Gonathan. Certa tarde- o irm3o ha+ia sadopara con+ersar com outros homens- obrigando8a a +oltar so7inha para seu aposento.

    *+a tra5a+a um +estido simples e de tecido barato- muito di:erente das roupas usadas pelasoutras damas no castelo do reiE ela ainda recorda+a os olhares de despre7o com 4ue a?ta+am en4uanto atra+essa+a uma in?nidade de corredores e salAes at ?nalmente chegar@ seguran2a e solid3o de seu 4uarto. %p,s esse incidente- ela se mante+e a:astada dosdemais- mesmo por4ue n3o possua outra roupa mais bonita. oi um duro golpe para *+asaber 4ue era al+o de 7ombaria- e 4ue a trata+am como se :osse in:erior.

    %gora- contudo- ela n3o usa+a um +estido barato e anti4uado- e era a esposa do senhor docastelo- ainda 4ue esti+esse longe de se sentir como tal. >ue ironia- *+a reBetiu- apressandoo passo. %o atingir o topo da escadaria- ou+iu +o7es +indas do sal3o. Parou um instante-inspirou e soltou o ar +agarosamente- tentando se acalmar. Seu cora23o- porm- n3oobedeceu e acelerou 4uando ela come2ou a descer. *nt3o- ela ou+iu uma +o7 masculina.

    %t 4ue en?m encontrarei meu marido. as enganara8se- pois @ mesa esta+am apenas*Dan e agaidhE n3o ha+ia sinal de lorde ac%die. % princpio *+a e;perimentou al+io porissoE mas imediatamente percebeu 4ue era estranho sentir8se ali+iada por ele n3o estarpresente.

    8 Iom dia= 8 *+a saudou ao chegar ao sal3o e caminhar em dire23o @ mesa. $o entanto-espantou8se 4uando a mulher se +irou e a ?tou& n3o se trata+a de agaidh- mas de umapessoa mais +elha- com o mesmo cabelo escuro e os tra2os :aciais da m3e de Connal.

    8 *sta %ileen. 8 *Dan le+antou8se para recebF8la- e :e7 um gesto na dire23o da dama

    desconhecida.8 Iem8+inda a ac%die 8 disse a mulher- tambm le+antando e presenteando *+a com uma:6+el sorriso.

    8 Obrigada 8 murmurou *+a com timide7 ao +er a4uela senhora 4ue se +estia com tantaelegNncia 4uanto agaidh- e 4ue tambm a recebia com ami7ade e calor.

    8 %ileen irm3 de lorde ac%die 8 e;plicou *Dan. 8 * minha esposa 8 acrescentou comorgulho.

    *+a ?tou a irm3 de Connal ac%die com surpresa- pois ela 8 parecia mais idosa 4ue

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    agaidh- a m3e deles.

    agaidh tambm de+e ser m3e adoti+a de %ileen- pensou *+a. eitas as contas- tudoindica+a 4ue seu marido tinha apro;imadamente a mesma idade de *Dan e %ileen- o 4ue otoma+a ao menos +inte anos mais +elho 4ue ela. as ela reBetiu 4ue n3o poderia serdi:erente& um rapa7 5o+em e lindo certamente n3o ia se dispor a lhe propor casamento semreceber o dote usualE um 5o+em assim n3o teria di?culdade em casar com damas da corte.

    8 Conseguiu se recuperar da +iagemJ 8 perguntou *Dan- retirando *+a de suas con5ecturas.*la percebeu 4ue agia de modo rude- pois permanecia em p e calada- obrigando os outrosdois a esper68la.

    8 Sim- obrigada- *Dan. ormi muito bem. 8 *+a sentou8se. 8 0ocF tambm descansouJ

    8 O su?ciente. 8 *le :e7 men23o de continuar a :alar- mas neste instante uma das portas dosal3o se abriu- e *Dan +irou a cabe2a para +er 4uem chega+a. 8 $ossa co7inheira preparoualgo para +ocF 8 ele anunciou ao notar os criados entrando com bande5as. 8 *st6+amoscuriosos para +er o 4ue era- ent3o permanecemos a4ui @ manh3 inteira.

    8 Sinto tF8los :eito esperar= 8 *+a ?cou constrangida- mas curiosa em saber 4ue iguariascontinham as di+ersas bande5as 4ue agora deposita+am sobre a mesa.

    8 Pare de ata7an68la 8 disse %ileen com um sorriso. 8 *Dan est6 brincando. $3o esper6+amos4ue :osse acordar cedo- pois sabemos 4ue a +iagem :oi longa e cansati+a. *u teriareclamado- mas meu marido contou 4ue +ocF suportou as agruras da +iagem sem reclamar.

    %s am6+eis pala+ras de %ileen ?7eram *+a sorrirE contudo- ela n3o conseguia dei;ar deprestar aten23o aos pratos ser+idos e ao aroma delicioso 4ue e;ala+am. Seu estHmagoreagia como se esti+esse h6 dias sem comer- mas isto n3o era +erdade- pois *Dan lheo:erecera bolinhos de trigo e mel durante a +iagem.

    8>ue delcia= 8*+a e;clamou 4uando os criados terminaram de arrumar as comidas epartiram.

    >ue di:eren2a das re:ei2Aes em Ca;ton- ela pensou ao ?tar os di+ersos bolos- os di:erentestipos de p3es e 4uei5os- gelias- carnes :rias- pudim e :rutas :rescas.

    8 Pelo +isto- nossa co7inheira preparou o bastante para todos n,s 8 disse *Dan.

    8 $aturalmente 8 comentou uma +o7 desconhecida.

    Curiosa para +er 4uem chega+a- *+a +irou o rosto para tr6s e deparou com uma robustasenhora de a+ental branco- 4ue se apro;ima+a a largos passos.

    8 %cha 4ue eu n3o sabia 4ue +ocF estaria esperando a4ui para tornar a comerJ Os homensac%die s3o go+ernados pelo apetite= 8 % mulher ?ngiu desapro+a23o- mas ha+ia alegria emseus olhos. 8 Iom dia- senhora 8 disse ela para *+a. 8 Sou *e- a respons6+el pela co7inhado castelo. Preparei este des5e5um para lhe dar boas8+indas- e dese5o de cora23o 4ue +i+amuitos anos :eli7es a4ui conosco.

    8 Obrigada= 8 *+a encantou8se com a cortesia da co7inheira. 8 Tudo tem um aspectodelicioso- e estou com 6gua na boca.

    8 *m geral sir+o p3o- 4uei5o- manteiga e gelia pela manh3- mas preparei algo s, para asenhora 8 in:ormou *e com orgulho. 8 Prometa 4ue +ai e;perimentar de tudo- pois estesbolos s3o receitas 4ue eu mesma in+entei. Posso ser+i8laJ

    *e mal esperou pela resposta a?rmati+a de *+a& passou a ser+ir +6rios pratos comsalgados e doces. $o ?nal- ha+ia tanta comida @ sua :rente 4ue ela chegou a du+idar 4ueconseguiria comer de tudo& :atias de di:erentes carnes- peda2os de bolos com :rutascristali7adas- bolinhos de mel- p3es claros e escuros com gelias de amoras e morangossil+estres- pudim e uma grande tigela com :rutas.

    8 *spero 4ue aprecie meus 4uitutes e coma bastante. % senhora necessita colocar um pouco

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    mais de carne ao redor destes ossos.

    8 Obrigada- muito generosa.

    *+a ?tou a comida apetitosa- sem saber por onde come2ar. >ue di:eren2a dos dias emCa;ton- em 4ue me es:or2a+a para comer pouco e n3o dar gastos ao meu irm3o.

    8 um pra7er ser+ir @ senhora de nosso castelo. %gora- se me permite- +ou +oltar @ co7inha-

    pois tenho muito trabalho. $3o @ toa 4ue os ca+aleiros ac%die s3o :ortes& eles possuemum apetite de le3o.

    %ntes de partir- a co7inheira ainda inclinou ligeiramente o tronco num gentil cumprimento e*+a sorriu em retribui23o.

    % re:ei23o :oi longa- e *Dan e %ileen ?7eram8lhe companhia todo o tempo. $o ?nal- ela sealimentara mais 4ue o su?ciente- e;citada como uma crian2a entre tantas mara+ilhasculin6rias.

    urante a con+ersa- *+a ?cou sabendo 4ue a cunhada %ileen e seu marido *Dan tinham um?lho e duas ?lhas. % princpio- ela achou 4ue :ossem crian2as- e ?cou :eli7 com a idia debrincar com eles e le+68los a passear. as %ileen in:ormou 4ue se trata+a de adultos& seu?lho completara +inte e sete anos- as ?lhas eram casadas e eles 56 eram a+,s- pois umadelas tinha uma crian2a.

    %o menos o neto deles ter6 idade para me ou+ir contar hist,rias- pensou *+a- re:a7endo ascontas mentalmente para calcular a idade dos no+os parentes. *la 5ulgara 4ue *Dan e %ileenti+essem por +olta de 4uarenta anos- mas o :ato de terem ?lhos adultos indica+a 4ue 56ha+iam ultrapassado os cin4enta. Se assim :osse- Connal tambm teria cerca de cin4entaanosE e a di:eren2a de idade entre ela e lorde ac%die chegaria a pelo menos trinta anos=

    ais uma +e7- Connal n3o aparecera para saud68la. Ser6 4ue n3o +em a meu encontropor4ue se arrependeu do casamentoJ

    %ileen e *Dan comentaram 4ue ele esta+a ocupado. *+a se sentia desapontada com aausFncia do esposoE pior& temia 4ue ele ti+esse se decepcionado com sua aparFncia.

    Posso n3o ser a mulher mais bonita da *sc,cia- mas pro+arei meu +alor a Connal. * *+aar4uitetou um plano para surpreender de modo positi+o- o maridoE para reali768lo- precisariada a5uda de #lynis.

    %o sair da passagem 4ue le+a+a ao 4uarto secreto onde dormia durante o dia- Connaldeparou com *Dan- 4ue o aguarda+a. Seu ca+aleiro 5amais o espera+a ali no corredorE issosugeria 4ue algum problema ocorrera. Connal acionou o mecanismo 4ue :echa+a a porta depedra atr6s dele.

    8 O 4ue aconteceu- *DanJ Outro atentadoJ

    8 $3o. $ada t3o srio.

    8 *nt3o- por 4ue me espera a4uiJ

    8$ecessito lhe in:ormar algo... as n3o importante 8 acrescentou rapidamente- ao notar4ue Connal :ran7ia a sobrancelha.

    8 $3o mesmo importanteJ

    8 Trata8se de sua esposa.

    8 O 4ue :oiJ 8 indagou Connal- num tom de surpresa 4ue logo se trans:ormou empreocupa23o. 8 %conteceu algo com elaJ

    8 $3o- meu lorde.

    8 as o 4ue hou+e- a?nalJ 8 Connal 56 se mostra+a impaciente.

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    8 $3o se trata do 4ue aconteceu com ela- mas do 4ue ela :e7.

    8 Conte de uma +e7 por todas- homem=

    Captulo IV

    8 O 4uFJ

    %o tomar conhecimento do 4ue *+a ?7era- Connal encheu8se de ira. *Dan sabia o 4u3o duroConnal podia ser 4uando o desagrada+am- e agora sentia pena dela. *le tambm se en:ure8cera com o ato de *+aE mas con:rontar8se com a :

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    8 Sim 8 replicou *Dan- e a bei5ou na :ace antes de sair. %ma+a a4uela mulher como trintaanos atr6s- 4uando pedira sua m3o em casamento a Connal.

    *Dan estranhou o silFncio ao descer a escada- pois na4uele hor6rio a longa mesa dere:ei23o de+eria estar repleta de pessoas- terminando de comer ou con+ersando ap,s o5antar. %o atingir o sal3o- ele notou 4ue %ileen n3o era a uando *Dan apareceu :uriosoE *+a desceu t3orapidamente da escada- na Nnsia de e;plicar seu ato- 4ue ele :oi obrigado a segur68la com:or2a para impedi8la de cair. %gora- alm dos dedos machucados por desamarrar tiras 4uepareciam 5amais terem sido abertas- tambm seu bra2o ostenta+a uma marca.

    $o ?nal- *+a acabou se arrependendo de suas a2Aes& ningum reagira de :orma positi+a- eos ca+aleiros se mostraram desgostosos ao aparecerem no sal3o e notarem os

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    Suas pala+ras pareceram causar descon:orto a Connal- mas *+a sabia 4ue ca+aleiroslutadores n3o aprecia+am admitir 4ue possuam um lado sua+e. *le a?nal sentou8se ao ladodela- e des+iou o olhar- como se tentasse ganhar tempo procurando o 4ue di7er. *+a-contudo- agora se sentia :eli7- pois n3o eram pe4uenas as chances de 4ue Connal sere+elasse gentil como marido. Sem contar 4ue era lindo. e repente- sentiu uma onda decalor in+adir8lhe o cora23o- como se :osse a mais bem8a+enturada das mulheres. *nt3o- elasorriu.

    8 Por 4ue me olha assimJ 8 perguntou Connal de repente.

    8 %ssim comoJ 8 *+a continua+a a sorrir.

    8 Como se esti+esse :eli7.

    8 *u estou :eli7. $unca soube o seu nome- pois n3o nos apresentamos- e 5amais imaginei 4ue:osse Connal ac%die- o lorde com 4uem me casei. as agora 4ue sei 4uem meu marido...tenho certe7a 4ue tudo dar6 certo.

    Con:uso- Connal resol+eu nada comentarE mas *+a ainda tinha necessidade de :alar.

    8 Ti+e receio 4ue meu esposo :osse +elho ou gordo demais- e 4ue eu n3o o achasse atraente-mas +ocF um homem lindo e 4ual4uer mulher se orgulharia em tF8lo como marido. %lmdisso- eu temia 4ue lorde ac%die :osse ruim ou mal8humorado- mas depois de nossacon+ersa na4uele 5ardim- sei 4ue gentil e n3o ser6 cruel comigo. Creio 4ue :oi minhaador6+el m3e no cu 4uem :e7 esta coisa boa acontecer em minha +ida.

    Tomado de surpresa pela :ran4ue7a de *+a- Connal pigarreou- e depois olhou para as 5anelasonde as cortinas abertas permitiam 4ue os +idros reBetissem a lu7 das tochas e +elas 4ueilumina+am o sal3o.

    8 *spero 4ue n3o se incomode 8 come2ou *+a- ner+osa ao +er 4ue Connal ?ta+a a mudan2a4ue ela promo+era. 8 %chei 4ue +ocF ia gostar- mas 56 n3o sei mais... 8 ela corou. 8 $otei 4ueo sal3o ?ca escuro e triste com as cortinas :echadas- e pensei 4ue a lu7 do sol alegraria oambiente. %gora 56 escureceu- e n3o poss+el +erE mas se +ocF obser+ar amanh3- duranteo dia- +ai perceber 4ue o ambiente ?car6 mais alegre- e poder6 admirar melhor a cHr dastape2arias nas paredes.

    *+a o ?tou- esperan2osa de 4ue Connal lhe desse ra73o e tal+e7 admirasse sua iniciati+aEmas o brilho :rio nos olhos do marido a alarmou.

    8 0ocF n3o gostouJ 8 ela perguntou- num misto de aBi23o- ansiedade e desNnimo.

    8 Iem 8 come2ou Connal- constrangido. 8 $3o se trata de gostar ou n3o gostar 8 ele a?rmou-embora a e;press3o em seu rosto indicasse 4ue n3o esta+a sendo :ranco. 8 O :ato 4ue ascortinas ter3o de ser :echadas esta noite.

    8 0ocF tambm n3o gostou... 8 *+a mostrou8se desapontada. 8 *u tinha certe7a 4ue +ocFgostaria 4ue hou+esse mais lu7 no sal3o durante o dia- mas me enganei.

    8 $3o acha 4ue se dese5asse as cortinas abertas eu 56 n3o teria mandado abri8lasJ

    % simplicidade do coment6rio a surpreendeu- e era imposs+el escapar @ l,gica clara ee;ata. Por 4ue isso n3o me ocorreu antesJ esmo assim- *+a tomou a olhar a 5anela-lembrando 4ue ele ainda n3o presenciara o espet6culo 4ue as cortinas abertas ocasiona+amdurante o dia.

    8Se passar a4ui amanh3- tal+e7 acabe gostando=

    8 $3o pretendo :a7F8lo. %s cortinas ser3o recolocadas imediatamente.

    8 as...

    8 $o :uturo- n3o :a2a mudan2as sem antes consultar a mim ou *Dan. 8 Connal ergueu8seabruptamente- indicando 4ue encerrara o assunto. 8 0ou sair- pois tenho coisas a :a7er. 0ocF

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    estar6 deitada 4uando eu +oltar- portanto lhe dese5o boa noite.

    Perple;a- *+a seguiu Connal com o olhar en4uanto ele se a:asta+a. %lm de n3o ter :eito are:ei23o- seu marido indica+a 4ue n3o pretendia 5untar8se a ela mais tarde. Semcompreender o 4ue ocorria- ela se sentiu triste e re5eitada. Todos em ac*ldie a recebiamde :orma acolhedora e calorosa- com e;ce23o de Connal.

    $esse momento- porm- *Dan e os demais ca+aleiros 5untaram8se a ela. *Dan e Keddysentaram8se a seu lado- um @ direita- outro @ es4uerda- en4uanto onaidh- #eordan-omhall e !agnall tomaram assento no outro lado. % atitude dos homens tinha algo desolid6rio- mas nenhum deles a olha+a nos olhos.

    8 Connal se 7angou muitoJ 8 perguntou Keddy.

    *+a +irou8se para ?t68lo- e percebeu 4ue ele a mira+a com pena e compai;3o. erida nopr,prio orgulho- ela se endireitou na cadeira e tentou sorrir de :orma natural.

    8 $3o. Porm- n3o apreciou a mudan2a 4ue ?7. 8 *la mordeu os l6bios para n3o ceder @sl6grimas 4ue teima+am em umedecer8lhe os olhos ante a ine+it6+el sensa23o de :racasso.

    8 Ora- ele nem chegou a +er o sal3o durante o dia 8 come2ou #eordan em tomcontempori7ador.

    8 * nunca o :aria 8 acrescentou Keddy.8 Por 4uFJ 8 indagou *+a. 8 Tal+e7 lhe :altasse tempo para :a7F8lo ho5e- mas 4uem sabeamanh3 ou depois ele poderia compro+ar 4ue o sal3o ?ca mais alegre com a lu7 do solbanhando estas :rias paredes de pedra.

    8 $osso lorde n3o suporta a lu7 do sol. 8 Keddy meneou a cabe2a. 8 % lu7 do dia o tornadoente. *le 5amais +iria a4ui se as cortinas esti+essem descerradas.

    8 as... n3o poss+el= 8 *+a- surpresa- +irou8se para *Dan e notou 4ue ele se en:ureceracom a re+ela23o de Keddy.

    8 *u de+ia ter lhe a+isado antes 8 come2ou *Dan- mas parou um instante- como seescolhesse as pala+ras para continuar. 8 % +erdade 4ue %ileen e Connal n3o suportam a lu7do sol. % pele de ambos muito sens+el- e a lu7 do dia lhes :a7 mal.

    8 *les tFm alergia @ lu7 solarJ

    8 Sim- *+a. %mbos s3o alrgicos ao sol. % pele deles reage imediatamente 4uando saem @lu7 do dia. %ileen ainda capa7 de suportar um pouco os raios solares- se n3o so:rere;posi23o diretaE mas Connal tem de e+it68los totalmente- sen3o ?ca doente a ponto decorrer risco de morte.

    8 Compreendo... 8 *+a lembrou8se de uma garota em Ca;ton 4ue en:renta+a problemasemelhante& :orma+am8se bolhas em sua pele caso ela se e;pusesse ao sol- mesmo 4ue porminutos. Tal rea23o- entretanto- n3o chega+a a ser :atal.

    e s

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    8 Sou um ac%die- ?lho de %ileen e *Dan 8 in:ormou onaidh- apontando o pai ao lado de*+a. 8 Tenho sangue misto- pois descendo dos ac%die e dos aconald- e suporto o sol- talcomo meu pai.

    8 *nt3o- 4uando me casei com Connal +ocF se tornou meu sobrinho 8 lembrou *+a. 8 Por 4ueningum me contou isso antesJ

    Pai e ?lho trocaram um r6pido olhar- e *Dan deu de ombros. 8 $3o era importante 8 disseele. 8 0ocF n3o perguntou 8 acrescentou onaidh.

    *+a nada disse- mas na +erdade se sentia magoada. %?nal- n3o seria de bom tom :a7erperguntas sobre 4uem era ?lho de 4uem- ou 4uais la2os de :amlia uniam as pessoas- e nemindagar por 4ue agiam de uma ou outra :orma.

    8 Tambm sou ac%die 8 Keddy re+elou. 8 as o sol n3o me a:eta como a Connal ou %ileen-apesar de meu corpo ganhar mais sardas sempre 4ue saio durante o dia. Como isso ocorrecom +6rios de n,s- muita gente pre:ere e+itar o dia e cuidar de seus a:a7eres @ noite.

    e repente- *+a compreendeu a ra73o das sardas serem t3o comuns nas pessoas da4uelecl3. "n

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    4ue a colocassem perto de uma das duas enormes e altas 5anelas 4ue domina+am o sal3o.%ssim 4ue a escada :oi colocada na posi23o correta- *+a arrega2ou as mangas do +estido ese dirigiu para a primeira 5anela.

    8 ei;e8nos :a7er isso 8 insistiu *Dan- dando um passo adiante.

    8 $3o. 8 *+a come2ou a subir. 8as tal +e7 algum de +ocFs possa :a7er a gentile7a de le+aralgo para meu marido comer- pois receio 4ue o incidente das cortinas o tenha :eito desistirde 5antar.

    as depois de subir +6rios degraus- *+a parou e se +irou para ?tar os homens 4ue ha+iamle+antado e a olha+am- perple;os.

    8 Pensando bem- eu mesma le+arei comida a Connal- pois assim terei oportunidade de pedirdesculpas. arei isso assim 4ue terminar com as cortinas.

    8Pense bem... Permita 4ue n,s cuidemos deste trabalho- eu pe2o= 8 *Dan insistiu mais uma+e7.

    Tudo aconteceu de modo r6pido e inesperado. Subindo os estreitos degraus- *+a trope2ouna barra do longo +estido- perdeu o e4uilbrio e despencou escada abai;o. *Dan e Keddycorreram para tentar amparar8lhe a 4ueda- mas n3o conseguiram segur68la a tempo e elaterminou se estatelando no ch3o.

    8 Oh- meu eus= 8 gritou #lynis- le+ando as m3os ao rosto em pNnico- antes do sal3omergulhar num pro:undo silFncio.

    Captulo V

    8 Pronto= 8 agaidh terminou de cobrir *+a com os cobertores de pele. 8escanse- e amanh3estar6 melhor. *+a suspirou- sem saber como agradecera gentile7a da sogra. $a +erdade-todos ha+iam sido gentis. anti+eram8na deitada no ch3o en4uanto *Dan a e;amina+a aprocura de algum osso 4uebrado. *m seguida- eles a carregaram para o 4uarto- ao constataro torno7elo torcido. agaidh apareceu num instante- +eri?cou a contus3o- mandou #lynisbuscar um b6lsamo e deu ordens para os ca+aleiros prosseguirem com as cortinas. epoisde aplicar o b6lsamo e enrolar uma :ai;a no local machucado- agaidh a :e7 tomar umapo23o de er+as son:eras- e ent3o a cobriu.

    8 0ocF tambm alrgica ao solJ 8 perguntou *+a.

    8 Sim 8 agaidh respondeu ap,s ligeira hesita23o.

    8 Suponho 4ue por isso n3o tenha descido para o sal3o. Sinto muito- eu n3o podia imaginar4uando abri as cortinas.

    8 $3o se preocupe- crian2a. 0ocF n3o tinha como saber.

    8 as poderia ter perguntado 4ual o moti+o de manterem as cortinas cerradas e iluminaremo sal3o com tochas mesmo durante o dia. Prometo me in:ormar antes de mudar algo da4uipara :rente.

    8 *stou certa 4ue sim.

    8 Terminei aborrecendo meu marido.

    8 $3o se preocupe- ele es4uecer6 num instante. Os homens n3o gostam de mudan2as 4uealterem seus h6bitos.

    8 $3o creio 4ue a +ida de lorde ac%die tenha se trans:ormado muito- a n3o ser pelo :ato deele e+itar dormir em seu 4uarto desde 4ue cheguei 8 disse *+a num impulsoEQmasrubori7ando imediatamente.

    agaidh :ran7iu a sobrancelha ante a :ran4ue7a da nora- mas logo compreendeu a

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    inseguran2a de *+a e se como+eu.

    8 Suponho 4ue meu ?lho n3o tenha lhe contado sobre a cerimHnia de casamento. 8 agaidhsentou8se no leito e a ?tou- sorrindo. 8 Outra caracterstica dos homens& s3o pr6ticos e n3ogostam de dar e;plica2Aes.

    8 CerimHnia de casamentoJ as o casamento 56 :oi o?ciali7ado em Ca;ton.

    8 'a+er6 outra cerimHnia- agora 4ue +ocF chegou e os dois est3o 5untos. %lm de ser bompara ambos- daremos uma oportunidade @ nossa gente de testemunhar o e+ento e conhecera senhora ac%die.

    Surpresa- *+a admitiu 4ue a4uilo da+a outra lu7 ao :ato de Connal n3o ter ainda consumadoas nue moti+os teria para se arrependerJ

    0ocF uma mo2a cheia de 4ualidades- e est6 se es:or2ando para ser

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    8 Outras marcas ro;asJ 8 Connal se es:or2a+a para controlar a irrita23o.

    8 *la 56 ha+ia 4uase cado esta tarde- e acabei marcando seu bra2o ao ampar68la.

    8 Por 4ue n3o me contou isso antesJ

    8 *u mesmo n3o sabia- meu lorde. S, notei a marca em seu bra2o 4uando a carreguei para o4uarto- @ noite. uma marca grande- e me admira 4ue n3o tenha reclamado ou pedido

    remdio. e 4ual4uer :orma- ela agora tem marcas tambm nas pernas- e o torno7elo est6en:ai;ado. Sem mencionar os dedos machucados por lidar com as grossas tiras de corda dascortinas.

    8 Por 4ue um dos homens n3o :echou as cortinasJ

    8 "nsisti para 4ue nos dei;asse :a7er o ser+i2o- mas *+a se recusou terminantemente. >uiscuidar de tudo so7inha. Sua esposa inglesa=

    Calado- Connal passou as rdeas do ca+alo para um dos homens e seguiu para o castelo. %oentrar- agaidh e %ileen con+ersa+am na antecNmara do sal3o principal. Connal passou porambas cumprimentando8as com um r6pido menear de cabe2a.

    8 *la est6 dormindo 8 in:ormou agaidh en4uanto o ?lho se a:asta+a rumo @s escadas.

    "gnorando o coment6rio da m3e- Connal subiu para o 4uarto. *sta+a irritado- mas tambmpreocupado- e 4ueria saber a e;tens3o das lesAes 4ue *+a so:rera. %?nal- era ele orespons6+el pela integridade da esposa.

    Sentada perto do :ogo 4uase e;tinto da lareira- #lynis borda+a pe4ueninos adornos demadreprola num +estido para *+a- e se surpreendeu ao +er lorde ac%die entrar. *la :e7men23o de le+antar- mas Connal- com um gesto- indicou8lhe 4ue permanecesse sentada- eent3o se dirigiu para o leito onde *+a dormia pro:undamente.

    8 % senhora agaidh lhe deu uma po23o para dormir 8 in:ormou #lynis.

    Connal se inclinou sobre o leito e obser+ou a esposa. e olhos cerrados- ela respira+a comcalma e parecia bem- mas tinha um arranh3o no rosto. Connal pu;ou as cobertas comcuidado e mirou o corpo lNnguido en+olto numa camisola branca de tecido le+e. O peito de*+a inBa+a e torna+a a rela;ar nos mo+imentos da respira23o regular- e o bra2o desnudo

    mostra+a a enorme marca ro;a causada por *Dan ao ampar68la na4uela tarde.Com cuidado- Connal pu;ou ainda mais as cobertas- e o aroma de er+as balsNmicas +indo dop en:ai;ado inundou o ar. *le apro;imou o rosto para con:erir a e;tens3o do :erimento- ecompro+ou 4ue a tor23o no torno7elo ha+ia sido :orte- pois o incha2o chega+a at a canela-e tambm ali a carne esta+a ro;a e inBamada. eitada e sem consciFncia de 4ue ele a?ta+a- *+a era uma ?gura inde:esa e machucada- 4ue necessita+a descansar.

    *Dan e agaidh entraram silenciosamente- e Connal tornou a cobri8la.

    8 *la n3o chorouJ 8 Connal 4uis saber.

    8 $3o +erteu uma l6grima 8 assegurou *Dan.

    8 $em mesmo 4uando esta+am a s,s a4ui no 4uartoJ 8 Connal ainda perguntou- +irando8separa a m3e&

    8 $3o 8 respondeu agaidh. 8 Tenho certe7a de 4ue sentia dor- mas n3o chorou.

    Connal meneou a cabe2a- pensando 4ue a maioria das mulheres teria chorado. Tal+e7 elaa?nal se re+elasse uma boa escolha.

    8 $3o 4uero 4ue *+a carregue nada- sobretudo ao subir ou descer as escadas. 8 Connalpassou a instruir #lynis- 4ue le+antara e se postara atr6s deles. 8 Se por acaso ela dese5ar:a7er algo 4ue re4ueira :or2a ou se5a perigoso- chame um homem para a tare:a. inhaesposa a senhora deste castelo e n3o de+e reali7ar trabalhos 4ue e;i5am es:or2o :sico.

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    8 Sim- meu lorde 8 a4uiesceu a 5o+em rui+a e sardenta.

    Satis:eito- Connal considerou 4ue a4uilo resol+ia a 4uest3o pelo momento- garantindo 4ue aesposa n3o se :erisse outra +e7. $a +erdade- ele agora percebia 4ue es4uecera deconsiderar o passado de *+a e a maneira como esta+a habituada a +i+er. >ual4uer damachamaria os criados para desempenharem as tare:as de manuten23o do castelo- mas *+acrescera 5unto do irm3o a+arento- tentando :a7er o m6;imo para ser

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    :a7er 4ual4uer coisa. %lm do mais- seria di:cil lhe perguntar algo- pois nunca est6 por pertoM ela arrematou sem dei;ar de se di+ertir com a irrita23o 4ue ou+ia na pr,pria +o7. *+a +iramuito pouco o marido desde 4ue chegara a ac%dieE era imposs+el negar 4ue ele lhedispensa+a menos aten23o do 4ue seria de esperar da parte de um recm8casado.

    8 as seu torno7elo est6 inchado 8 continuou #lynis com aBi23o.

    % criada tinha ra73o- pois *+a sentia dor ao andar- e o incha2o parecia aumentar a cadapasso 4ue da+a. Contudo- obstinada como era- *+a n3o ?caria de cama por causa de umtorno7elo torcido.

    8 escansarei sentada no ca+alo- #lynis. >uando eu a+istar alguma planta medicinal- +ocF acolher6 e penduraremos na sela. O est6bulo ali embai;o- n3o J 8 4uis saber *+aapontando uma +iela pr,;ima ao castelo- ao ?nal da 4ual se +ia uma grande constru23o demadeira com pilhas de :eno @ :rente.

    8 Sim... 8 #lynis esta+a cada +e7 mais aBita. 8 as nosso lorde +ai se 7angar ao saber 4ue asenhora saiu ca+algando so7inha.

    8 $3o estarei s,& +ocF +ir6 comigo= 8 *+a caminhou com passos mancos em dire23o aoest6bulo.

    8 as o 4ue :arei se a senhora :or atacadaJ Posso pedir a um ca+aleiro 4ue nos acompanheJ8 pediu #lynis- com um olhar 4ue implora+a para *+a admitir 4ue n3o se trata+a de um bomplano sarem so7inhas para :ora dos muros do castelo.

    *+a sentiu pena ao perceber o estado de pNnico represado da 5o+em ama. *ra pro+6+el 4ueConnal ?casse contrariado ao saber 4ue ela ca+algara sem a prote23o de um ca+aleiro- mastal+e7 *Dan a impedisse de sair se ela re4uisitasse um homem para acompanh68la.

    8 Prometo 4ue n3o iremos longe e +oltaremos logo 8 assegurou *+a na tentati+a de acalmar#lynis- e num instante elas 56 se apro;ima+am da entrada do est6bulo. 8 Oh- +e5a s,= 8 disse*+a ao deparar com um c3o modorrento deitado ao lado da porta. 8 >uem +ocF- meuamigoJ

    8 o cachorro de %ngus- um dos homens 4ue tomam conta do est6bulo 8#lynis in:ormoucom ar condodo- mas preocupado. 8 *le tem uma pata traseira paralisada e n3o nada

    amig6+el.8 Coitadinho= 8 *+a sorriu 4uando o c3o se ergueu com es:or2o e come2ou a abanar a cauda.8 Parece amig6+el para mim. Creio 4ue s, precisa de um pouco de aten23o e carinho... 8 *+ainclinou8se para a:agar a cabe2a do animal.

    8 Cuidado 8 #lynis ainda gritou- antes 4ue o amig6+el cachorro de rabo abanandorepentinamente se trans:ormasse numa :era de dentes arreganhados e abocanhasse a m3ode *+a como se pretendesse arrancar8lhe um peda2o.

    Connal deparou com *Dan esperando8o outra +e7 no corredor- na sada da passagem 4uele+a+a a seu 4uarto secreto. Sem d

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    8 Rol:y a mordeu.

    8 O 4uFJ 8 e;clamou Connal- custando a acreditar no 4ue ou+ia. 8 O cachorro do est6buloJas a4uele animal nem consegue caminhar direito.

    8 Sua esposa 4uis a:agar8lhe a cabe2a- mas o c3o n3o respondeu muito carinhosamente.

    8 eu eus= 8 e;clamou Connal consternado. 8 % mordida :oi gra+eJ

    8 Sangrou bastante e :oi pro:unda- mas %ileen disse 4ue n3o dei;ar6 dano permanente.

    Parecendo ali+iado- Connal se +irou para caminhar pelo corredor- mas ent3o parou e tornoua se +irar para o cunhado.

    8 '6 algo mais 4ue eu de+a saberJ

    8 O padre chegou 8 anunciou *Dan- :eli7 por poder dar uma notcia boa.

    Com uma e;press3o mais sua+e no rosto- Connal retomou a caminhada em dire23o @ escada4ue le+a+a ao andar in:erior- pensando 4ue ao menos uma coisa boa o aguarda+a.

    8 elhor eu casar de uma +e7 e engra+idar minha esposa antes 4ue ela acabe matando a sipr,pria 8 disse ele ao sarem.

    8 *+a parece ser propensa a acidentes 8 comentou *Dan em tom le+emente di+ertido-seguindo Connal.

    8 Ob+iamente minha esposa n3o capa7 de tomar conta de si mesma... 8 Connal considerou4ue ser propensa a acidentes era uma maneira sua+e de descre+er o 4ue acontecia. 8 a4uiem diante 4uero 4ue seus homens a mantenham sob +igilNncia 4uando eu n3o esti+er porperto.

    8 Suspeitei 4ue ia 4uerer 8 disse *Dan- concordando 4ue era uma boa idia para mantF8la asal+o de acidentes.

    $o instante seguinte- os dois ca+aleiros adentraram o sal3o principal por uma das portas detr6s- mas Connal parou de caminhar ao perceber 4ue *+a con+ersa+a com o padre em p-ao lado da mesa. a posi23o onde esta+am- nem *+a nem o religioso notaram 4ue 56 n3o seencontra+am so7inhos e podiam ser ou+idos. Curioso para +er o 4ue se passa+a- o lorde :e7

    um sinal para 4ue o primeiro ca+aleiro manti+esse silFncio e escutou com aten23o.O padre tenta+a con+encF8la dos perigos 4ue corria ao casar com lorde ac%die e +i+erna4uele castelo- e a aconselha+a a :ugir en4uanto ainda era tempo. *+a- contudo-permanecia calada. Connal imediatamente notou a :

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    O padre a ?tou surpreso- mas ent3o empertigou os ombros e sustentou seu olhar.

    8 CrF 4ue os rumores n3o s3o +erdadeirosJ

    8 G6 me contaram estas tolices de 4ue os ac%die s3o seres da noite sem alma- e 4ue sealimentam de sangue. as seis ca+aleiros ac%die me trou;eram ca+algando durante doisdias sob a lu7 do solE e suponho 4ue o senhor tambm ca+algou durante o dia-acompanhado de ca+aleiros ac%die.

    8 Sim 8 admitiu o padre. 8 as ha+ia somente um ca+aleiro.

    8 mJ 8 *+a es:or2ou8se para n3o rir. Pelo +isto- Connal a 5ulga+a bem mais importantee 4ueo padre- pois ela +ia5ara na companhia de seis dos seus melhores homens.

    8 Tem certe7a 4ue os ca+aleiros 4ue a escoltaram eram ac%dieJ 8 perguntou padreacLure- des+iando seus pensamentos.

    8 *u e todos os 4ue +i+em a4ui somos ac%die 8 replicou *+a- sabendo 4ue- tal como a+is-o padre pretendia alegar 4ue os +ampiros possuam +assalos n3o suscet+eis @ lu7 do solpara desempenhar as tare:as 4ue eles n3o podiam :a7er. 8 *sta bobagem de di7er 4ue osac%die s3o seres noturnos 4ue n3o suportam o dia se baseia no :ato de Connal e sua irm3-%ileen- serem alrgicos @ lu7 do sol. 'a+ia uma garota em Ca;ton 4ue so:ria do mesmoproblema- e ningum 5amais insinuou 4ue :osse um... ser da noite.

    8 %lergia ao solJ

    8 *;atamente.

    8 Compreendo. 8 O padre pareceu considerar o 4ue ou+ia. 8 * 4uanto ao :ato de n3oen+elheceremJ

    8 Pura tolice tambm. Iasta olhar para %ileen para notar 4ue est6 en+elhecendo.

    8 Tal+e7 ela en+elhe2a- mas o 4ue se di7 4ue Connal ac%die n3o en+elhece desde 4ueatingiu a maturidade- h6 trinta anos.

    *+a o ?tou sem conseguir esconder a surpresa. Se Connal atingira a maturidade h6 trintaanos- ele de+eria ter agora cin4enta e cinco- ou mesmo sessenta anos. Contudo- eraimposs+el 4ue um rapa7 t3o +igoroso- atraente e com pele t3o 5o+em ti+esse tal idade. TrFsdcadas atr6s- seu marido ainda n3o nascera- ou era um nenF. O pai de Connal- sim- poderiater essa idade caso :osse +i+o. Ob+iamente- pensou ela de repente- acreditandocompreender o 4ue gera+a a con:us3o.

    8 eu irm3o se chama Gonathan 8 *+a :alou.

    8 um bom nome 8 comentou o padre de :orma +aga.

    8 *le tem o mesmo nome de meu pai& Gonathan. Com certe7a Connal tambm possui o nomedo pai- e por isso di7em 4ue Connal ac%die n3o en+elhece. as n3o se trata da mesmapessoa- e sim de pai e ?lho. %lm do mais- n3o obser+ei sinal de +ampirismo desde 4uecheguei a este castelo- e o senhor h6 de con+ir 4ue um +ampiro 5amais mandaria buscar umpadre para celebrar um casamento 4ue 56 :oi reali7ado 8 continuou *+a com determina23o. 8Saiba 4ue meu casamento com lorde ac%die ocorreu em Ca;ton sem a presen2a de meu

    marido- mas ele decidiu :a7er uma segunda cerimHnia a4ui=8 Como 4ueira 8 disse o religioso- num tom de 4uem n3o se con+encera.

    *+a 56 se sentia bastante irritada com o teimoso padre 4ue n3o aceita+a seus argumentos-como se a idia de os ac%die serem monstros :osse interessante demais para ser dei;adade lado. *la ainda pretendia di7er 4ue considera+a um absurdo ele n3o crer em :atos claroscomo 6gua- 4uando notou 4ue algum se apro;ima+a pelo lado. $3o :oi di:cil imaginar4uem era- pois o padre engasgou imediatamente ao +er 4uem chega+a.

    %o +irar8se tambm- *+a deparou com Connal e te+e certe7a de 4ue ele ou+ira a con+ersa-

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    pois 5amais obser+ara em algum tanta :rie7a e :

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    ap,s o incidente no est6bulo se es4uecera completamente da tare:a. $3o 4ue :osse adiantaralguma coisa- *+a considerou entristecida- pois mesmo 4ue se lembrasse- seria imposs+elcon:eccionar o +estido no espa2o de uma hora. % conse4Fncia 4ue ia casar dentro deinstantes e nada tinha para +estir.

    8%inda bem 4ue ha+ia +6rias criadas dispon+eis para costurar ho5e.

    *+a se +irou ao ou+ir o coment6rio- e deparou com agaidh se apro;imando com umenorme sorriso e um +estido de seda em tom +erde8claro nos bra2os.

    8 Sei 4ue lhe pedi para escolher o tecido 8 come2ou agaidh 8- mas depois 4ue a dei;eiontem @ noite :ui in:ormada de 4ue o padre +iria ho5e- e pensei 4ue seria melhorcon:eccionar o +estido 4uanto antes- para o caso de Connal dese5ar reali7ar a cerimHniaimediatamente. Se ti+ssemos mais tempo- sem d

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    8 Tudo +ai dar certo.

    Connal s, percebeu 4ue :ala+a em +o7 alta 4uando *Dan lhe perguntou o 4ue 4ue ia darcerto.

    8 Tudo 8 disse Connal de :orma e+asi+a- ignorando o olhar curioso do cunhado.

    8 *ste casamento est6 sendo bem mais agrad6+el do 4ue o o?ciali7ado na "nglaterra 8

    comentou *Dan. 8 O outro casamento :oi r6pido- e parecia uma reuni3o de neg,cios.Gonathan Ca;ton insistiu 4ue o celebr6ssemos imediatamente- e *+a :oi chamada @s pressas-sem ter tempo para se preparar. *ra +is+el o embara2o dela- mas como seu irm3o :e74uest3o de n3o esperar- dali a instantes o padre chega+a @ capela- para pro:erir apenas aspala+ras estritamente necess6rias- a ?m de consumar a cerimHnia 4uanto antes. *u esta+acansado e empoeirado da +iagem- e gostaria de ter esperado at mais tarde- mas GonathanCa;ton n3o permitiu. *+a n3o se sentiu :eli7 na4uela ocasi3o- e tenho certe7a de 4ue ocasamento a4ui em ac%die ser6 muito mais a seu gosto.

    Connal olhou para *+a- 4ue se apro;ima+a& de :ato- ela esta+a ador6+el +estida de noi+a.Parecia um pouco ner+osa- mas algo em sua e;press3o indica+a satis:a23o e :elicidade.Connal hesitara em concordar com a sugest3o da m3e para :a7erem uma segundacerimHnia- por recear 4ue *+a n3o o apreciasseE mas agora se alegra+a por ha+erconsentido. *ra bom +er todo o cl3 ali reunido- e sua linda noi+a se apro;imando entre eles.Connal tinha consciFncia de 4ue passara pouco tempo com ela at agora- mas presta+aaten23o ao 4ue seus :amiliares- ca+aleiros e +assalos lhe conta+am.

    Todos se sentiam cati+ados por *+a. %t mesmo o ato de abrir as cortinas do sal3o :ora +istocomo urna tentati+a de melhorar +ida no castelo- e ningum a 5ulgara mal por isso. Tudodaria certo- Connal tornou a pensar- contanto 4ue ela aceitasse sem horror ou histerismo asre+ela2Aes 4ue mais cedo ou mais tarde :aria.

    Connal sabia 4ue seria necess6rio re+elar sua nature7a e suas origens- apesar de temer area23o da esposa. *le n3o tinha idia de como abordaria o assuntoE de 4ual4uer modo- seriamelhor 4ue ele contasse tudo de maneira calma e sensata. *le lhe daria mais tempo para seacostumar @ normalidade da +ida em ac%die- e ent3o re+elaria os :atos tais como eram.

    *n?m- *+a se apro;imou e subiu os degraus da entrada da capela para 5untar8se a Connal-

    *Dan e ao padre. Connal a ?tou nos olhos e se es:or2ou para sorrir- mas pro+a+elmente seusorriso pareceu estranho- pois ele se sentia ner+oso- uma sensa23o @ 4ual n3o esta+ahabituado. %mbos se +iraram para o padre acLure 4uando *+a +enceu o

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    % criada descre+era esta parte do corpo masculino como uma espcie de salsich3o co7ido.

    Com a mente presa em tais pensamentos- e sem perceber o 4ue :a7ia- *+a +irou a cabe2aum pouco para o lado- e abai;ou os olhos para ?tar a regi3o do corpo de Connal onde selocali7a+a o tal salsich3o co7ido. Seu noi+o tambm se +estira com elegNncia para ocasamento- e tra5a+a uma cal2a 5usta- de tecido ?no- bem di:erente das 4ue usa+a paraca+algar.

    Sem 4uerer- *+a se surpreendeu e at mesmo se assustou com o 4ue +iu- pois a+is lhee;plicara 4ue 4uanto maior o +olume entre as pernas masculinas- maior o tamanho da4uelaparte do corpo dos homens. %nsiosa- ela concluiu 4ue Connal certamente era +igorosotambm em suas partes masculinasE e sem 4uerer- apertou as pr,prias co;as- numa atitudede de:esa ao se imaginar lutando com o marido no leito at ele colocar o tal salsich3o entresuas pernas- como a+is descre+era.

    8 *+a.

    *la te+e um sobressalto ao ou+ir 4ue a chama+am- e rubori7ou de imediato- acreditando 4uehou+esse sido Bagrada em sua indiscri23o. as a e;press3o de Connal- somada @ atitude deespera do padre- a ?7eram crer 4ue se trata+a de outra coisa.

    8 %ceitaJ 8 perguntou o padre- ?tando8a como se repetisse a pergunta.

    8 %ceito 8 respondeu *+a.

    O re+erendo acLure prosseguiu ent3o com as pala+ras em latim- at o momento em 4uedisse a Connal&

    8 Pode bei5ar a noi+a.

    *+a se mostrou surpresa ao ou+ir tais pala+ras. Ser6 4ue a cerimHnia ?nalmente terminaraJParecia 4ue sim. *la cerrou os olhos e esperou pelo bei5o do marido- perguntando a sipr,pria como seria ser bei5ada. $o instante seguinte- sentiu os l6bios de Connal ro2ando osseus- num to4ue doce e terno e... gostou da sensa23o= $um impulso autom6tico- ela seergueu na ponta dos ps para pressionar seus l6bios mais :ortemente contra os dele- masConnal a:astou o rosto.

    *mbara2ada pela espontNnea rea23o de entrega ao marido- ela deu um passo para tr6sen4uanto ou+ia os gritos de rego7i5o da multid3o abai;o deles. "n:eli7mente- *+a s, lembrou4ue se encontra+a no topo da escada 4uando 56 era tarde demais& dese4uilibrou8se e caiupara tr6s- sentindo a perna bater com :or2a contra os degraus da entrada da capela antesde aterrissar de costas no ch3o- e ou+ir os gritos de +i+a da multid3o se trans:ormarem eme;clama2Aes de cho4ue e alarme.

    Captulo VII

    *+a suspirou- depositou a cesta de costura sobre a grama e ent3o ergueu a :ace para o sol-e cerrou os olhos. % calma e o silFncio impera+am no 5ardim do castelo. #lynis acertara aoinsistir em 4ue +iesse se sentar ali. % 5o+em criada lhe ?7era constante companhia toda asemana- e *+a sabia 4ue os dias de repouso teriam sido bem mais longos sem a con+ersa

    di+ertida e amig6+el da ama.Triste- ela se lembrou do casamento. m esplFndido ban4uete se seguira @ cerimHnia- e*e e;cedera a si mesma no preparo dos guisados- assados- bolos e doces. "n:eli7mente-*+a s, ou+ira :alar em tais mara+ilhas- pois passara um bom tempo inconsciente depois decair da escada da capela e ser carregada para o 4uarto. %o +oltar a si- seu corpo doa- e elan3o pHde :este5ar nem te+e apetite para pro+ar as iguarias. Te+e de se contentar em ou+iros sons da :esta 4ue ocorria no sal3o e na pracinha de:ronte ao castelo.

    !esol+eu :a7er um in+ent6rio dos machucados 4ue so:rera nos

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    torno7elo tambm ha+ia melhoradoE mas ela ainda caminha+a com cuidado- e sem colocarpeso no p torcido. Seus bra2os e pernas- porm- ostenta+am marcas ro;as e contusAes.

    *+a ti+era sorte em n3o 4uebrar nenhum osso- mas o acidente e conse4entes machucadosimpuseram o adiamento da noite de n

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    noite esta+a chu+osa- e ha+ia +entoE n3o era de espantar 4ue sentisse :rio. *le reconheceu4ue o :rio n3o o incomoda+a- mas n3o podia esperar o mesmo da esposa.

    80amos subir e 5ogar ;adre7 em nosso 4uarto 8disse Connal- apro;imando8se. 8 L6 estar6mais 4uente- sem portas sendo abertas o tempo todo.

    *+a sorriu- ali+iada ante a sugest3o do marido- e aceitou a m3o 4ue ele estendia para a5ud68la a le+antar.

    8 % noite est6 :ria- Connal.

    8 o ?m do +er3o. %s noites se tornam mais longas- os dias mais curtos- e 56 come2a aes:riar.

    $a +erdade- ele se preocupa+a cada +e7 mais com a integridade :sica de *+a. Connalso:rera outro ata4ue h6 duas noites atr6s- 4uando ca+alga+a pelo bos4ue com os ca+aleiros.*ra a terceira +e7 4ue tenta+am tirar8lhe a +ida nos uem o ataca+a- contudo- n3o pareceu se importar e te+e a sorte de conseguir escapar- poisseus ca+aleiros n3o o locali7aram entre as 6r+ores. Os homens 4ue o acompanha+ampossuam e;celente +is3o predat,ria noturna- e era admir6+el 4ue n3o hou+essem en8contrado o atacante. *ra 5ustamente isso o 4ue o preocupa+a& Conna possua todas as+antagens- mas mesmo assim ousaram atac68lo. Seu perseguidor parecia desesperado parale+ar a cabo seu intento- e homens desesperados s3o impre+is+eis.

    $o ata4ue- uma pessoa ha+ia sido :erida. Trata+a8se de um ca+aleiro ac%die- 4ue tinha acapacidade de se recuperar de :erimentos instantaneamente. as o 4ue aconteceria se:osse *+a 4uem esti+esse 6 seu ladoJ * se a Becha acertasse o cora23o e n3o o bra2oJ

    Tal possibilidade o incomoda+a mais do 4ue ele poderia supor a princpio- obrigando8o aadmitir 4ue se sentia mais unido @ esposa. %os poucos- e sem perceber- Connal aprendia agostar e +alori7ar os momentos 4ue des:ruta+am 5untos- 5ogando ou con+ersando diante dalareira. *+a se re+ela+a uma mulher inteligente e sens+el- e era agrad6+el ou+i8la contar arespeito da in:Nncia em Ca;ton e de sua +ida antes de +ir para ac%die.

    *m di+ersas ocasiAes- Connal sentiu re+olta ao ou+i8la descre+er as circunstNncias em 4ue+i+era sob o 5ugo do irm3o a+arento 4ue passou a cuidar da :amlia depois da morte dospais. as *+a n3o guarda+a rancor pelo 4ue a ha+iam :eito passar- e e;ibia uma postura deaceita23o madura e at ?los,?ca- a?rmando 4ue os :atos 4ue lhe causaram so:rimentotambm a ensinaram a +alori7ar as coisas simples da +ida. *ra um pra7er ou+i8la :alar arespeito de siE e pouco a pouco Connal come2ou a admir68la.

    >uando subiram as escadas- Connal obser+ou a esposa +encer os

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    *la se calou de repente- consciente de 4ue se torna+a +ermelha como um piment3o- e semsaber como prosseguir. *la n3o ha+ia considerado o 4u3o di:cil seria tal con+ersa- masagora iniciara o assunto e n3o podia +oltar atr6s.

    8 *sta situa23o dei;a meus ner+os em :rangalhos- meu lorde= *u me pergunto se n3opoderamos resol+F8la logo.

    8 !esol+F8la... logoJ 8 Connal :ran7iu a sobrancelha.

    8 Sim 8 recome2ou *+a- es:regando ner+osamente as m3os. 8 Ter6 de acontecer cedo outarde- e o :ato de n3o saber e;atamente 4uando est6 me matando de ansiedade. como...um dente estragado 4ue preciso arrancar... *n?m- algo 4ue n3o se pode e+itar.

    8 ente estragado 4ue preciso arrancarJ 8 Connal repetiu- perple;o.

    8 *u... $3o me le+e a mal- mas... ou+i di7er 4ue consumar o casamento atra+s da uni3o:sica n3o algo muito dese56+el- nem tra7 pra7er=

    8 O 4ue :oi 4ue seu irm3o lhe disseJ

    8 $3o :oi meu irm3o- e sim minha ama. %h... $a +erdade- a+is n3o era minha ama... *latrabalha+a na co7inha- mas :a7ia @s +e7es de ama 4uando necess6rio... isto - ela me a5udouuma ou duas +e7es e... contou 4ue... 8 *+a come2ou a balbuciar outra +e7.

    8 O 4ue :oi 4ue a+is lhe contou a respeito do 4ue se passa entre um homem e uma mulherJ

    Connal parecia menos contra:eito agora- o 4ue a ali+iou.

    8 *la descre+eu o 4ue ocorria entre os criados- n3o necessariamente entre um marido e aesposa. a+is dormia 5unto com outros criados- num grande aposento. Iem- ela notou 4ueeles... por +e7es...

    8 Pare de gague5ar e conte8me o 4ue ela disse. $3o precisa ter medo.

    8 a+is disse 4ue o homem e a mulher lutam durante algum tempo- e ent3o ele coloca seusalsich3o co7ido entre as pernas dela.

    Connal reagiu com um som estranho- algo entre rir e pigarrear- e ent3o +irou como se4uisesse esconder o rosto. Seus ombros-contudo- come2aram a chacoalhar- indicando 4ue

    ele ria. "ndignada- *+a ia protestar- 4uando bateram @ porta. Tomada de surpresa- e irritada-caminhou para atender. %o abrir a porta- contudo- ela deparou com #lynis- 4ue tra7ia o+inho- e se :or2ou a trans:ormar a e;press3o de 7anga num sorriso.

    8 Obrigada= 8 *+a pegou a bande5a com a 5arra e as ta2as. 8 Obrigada tambm por teracendido a lareira.

    8 Pode dei;ar 4ue eu mesma le+o a bebida- senhora.

    8 $3o se preocupe- eu ser+irei o +inho 8 assegurou *+a em tom decidido- dando um passopara tr6s e se aprontando para :echar a porta com o p. %o :a7F8lo- contudo- ela come2ou aperder o e4uilbrio obrigando Connal a correr para a5ud68la.

    8 ei;e8me cuidar disso. 8 *le tomou a bande5a das m3os de *+a. 8 elhor e+itar acidentes 8continuou Connal ao atra+essar o 4uarto para colocar a bande5a ao lado do tabuleiro de

    ;adre7 na mesa entre as poltronas.$o entanto- *+a ha+ia perdido a +ontade de 5ogar- e tinha ainda menos +ontade de?nalmente proceder ao seu de+er de esposa. $a +erdade- o 4ue dese5a+a no momento eraser dei;ada a s,s para cuidar do orgulho :erido. Calada- :echou a porta e permaneceu ondeesta+a- en4uanto Connal ser+ia o +inho.

    8 a+is esta+a enganada- e dei;ou de contar coisas importantes 4ue se passam entre umhomem e uma mulher 4uando est3o 5untos no leito 8 disse ele ?nalmente- ao recolocar a5arra sobre a mesa.

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    8 Coisas importantesJ 8 *+a :ran7iu a sobrancelha.

    8 Sim 8 a?rmou Connal- apro;imando8se com as ta2as. 8 Ieba seu +inho.

    $um gesto autom6tico- *+a aceitou- e sor+eu um gole da bebida 4ue Connal o:erecia.

    8 a+is n3o mencionou nada a respeito dos bei5os- por e;emplo. 8 Connal tomou um gole de+inho.

    8 Iei5osJ 8 *+a come2ou a sentir um s

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    Os l6bios de Connal no+amente capturaram os dela- de maneira apai;onada e sedenta. *+ase sentia derretendo em seus bra2os- e o calor no interior de seu +entre pareceu deslocar8separa bai;o e ad4uirir umidade- como um dia 4uente de +er3o na Boresta. %lm de pu;68lade encontro a si- Connal ro2a+a seu corpo contra o dela- e suas pernas se encontra+am emcarcias 4ue continham ao mesmo tempo dure7a e sua+idade.

    Iei5ar era mara+ilhoso- ela pensouE e sem saber como nem 4uando a4uilo ocorrera-

    percebeu 4ue o topo do +estido esta+a cado na altura da cintura- e seus seios agora 4uasedesnudos toca+am o tecido da camisa de Connal.

    8 Oh= 8 e;clamou *+a- abrindo a boca em surpresa 4uando a m3o de Connal lhe engol:ou oseio direito- apertando8o de uma :orma 4ue n3o produ7ia dor nem incHmodo- e sim pra7er.

    * antes 4ue ela pudesse :echar a boca- de no+o Connal a in+adiu num bei5o mais pro:undo4ue todos os outros- usando a m3o li+re para enla268la pela nuca e pressionar seu rostocontra o dele. Por instinto- *+a come2ou a mo+imentar a lngua- tentando tambm seapro:undar dentro dele. Surpreendeu a si mesma ao alternar os mo+imentos da lngua compe4uenas mordidas nos l6bios de 8 Connal. e repente- era como se todo seu corpo tocasseo corpo dele- seus seios- +entre e co;as se sensibili7a+am e reagiam ao contato de m3os-estHmago- pernas e peito do marido.

    % s

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    Sem saber como- *+a se a5ustou @4ueles mo+imentos regulares- aumentando suaintensidade e alcance. G6 n3o ha+ia dor nenhuma- e ela adentra+a um n+el mais alto depra7er- 4ue embaralha+a a consciFncia e rouba+a a no23o de tempo e espa2o. Tudo 4uesabia era 4ue o corpo de Connal se mo+ia dentro do seu- en4uanto ela o abra2a+a com aspernas- as m3os e os bra2os- na4uela dan2a sublime 4ue os unia.

    >uando a e;plos3o de pra7er sobre+eio para *+a- podia ter durado um instante ou uma

    eternidade- pois o passar do tempo n3o ser+ia para medi8la. Connal come2ou a tremer- comose pressionado por uma con+uls3o- e o :renesi +oltou a tomar conta de *+a- com intensidaderedobrada- :a7endo8a enterrar os dedos nas costas do maridoE e ambos soltaram um grito depuro F;tase ao alcan2arem 5untos um clima; simultNneo.

    %o ?nal da e;plos3o- os dois ainda e;perimentaram sucessi+os tremores- 4ue aos poucosdiminuram- at *+a notar 4ue Connal rela;a+a sobre ela. % respira23o o:egante deles seacalmou- e em bre+e Connal respirou :undo e se retraiu com sua+idade. %?nal ele rolou ocorpo e deitou a seu lado.

    m le+e torpor come2a+a a tomar conta dos dois 4uando Connal se +irou e passou o bra2opor bai;o dela- :a7endo8a +irar8se tambm e lhe dar as costas- de maneira 4ue seus corposse a5ustassem um contra o outro. *+a principiou a adormecer.

    %lgum tempo depois- Connal a despertou com bei5os e carciasE e em bre+e pro+a+a 4ue ador 4ue ela sentira de :ato s, ocorria na primeira +e7.

    >uando ambos en?m deitaram lado a lado- e;austos e satis:eitos- a aurora rompia- e a lu7cin7a do incio do dia se insinua+a pelos lados da pesada cortina da 5anela. Prestes aadormecer- *+a percebeu 4ue Connal se mo+ia. Pensou 4ue o marido procurasse umaposi23o mais con:ort6+elE mas pouco depois o sua+e rudo da porta :echando despertou8apor completo. *la olhou ao seu redor e constatou 4ue se acha+a so7inha no leito.

    Sem pensar duas +e7es- saltou da cama e correu a abrir a porta. O longo corredor esta+aescuro- mas uma tocha ainda 4ueima+a- produ7indo lu7 su?ciente para 4ue *+a +isse Connalcaminhando na dire23o oposta @ da escada 4ue condu7ia ao sal3o. Com os diabos- aonde 4ue meu marido +aiJ *le nem mesmo se +estira- e caminha+a nu- carregando as roupas comas m3os. epois de um bre+e momento de hesita23o- *+a tornou a entrar no 4uarto- +estiurapidamente o roup3o e saiu- decidida a segui8lo.

    $otou 4ue Connal ha+ia parado no ?nal do corredor- e mesmo com a pouca ilumina23o:ornecida pela tocha- te+e certe7a 4ue ele toca+a uma das pedras na parede. mapassagem se abriu- e Connal desapareceu por ela. % passagem tornou a :echar de imediato-e a parede de pedra do corredor +oltou a seu lugar. *+a decidiu 4ue tentaria abrir apassagemE mas ent3o notou um +ulto 4ue se esgueira+a desde o :undo oposto do compridocorredor e caminha+a de modo sorrateiro em dire23o ao local por onde Connal desapa8recera. Surpresa- ela deu um passo para tr6s e se escondeu entre a porta entreaberta do4uarto- mas mante+e os olhos para :ora- de modo a +er o 4ue acontecia.

    O +ulto caminhou at atingir o ponto onde a passagem momentaneamente se abrira. *+aconsiderou suspeita a aparFncia da4uela pessoa& parecia ser um homem- mas eraimposs+el +er seu rostoE ha+ia pouca lu7- e ele usa+a uma capa escura de gola alta- 4ue lhecobria a :ace at a altura dos olhos. % ?gura agora mo+ia a m3o sobre a parede- buscando

    abrir a porta de pedra. *la pressentiu- tensa- 4ue o indi+duo tinha m6s inten2Aes. O +ultosombrio- contudo- parecia ter di?culdades para abrir a entrada da passagem secretaE depoisde certo tempo- ?nalmente desistiu- dando um passo para tr6s e sumindo com rapide7 peladire23o de onde +iera.

    *+a aguardou alguns instantes- e ent3o respirou :undo- saiu do 4uarto e caminhou para olocal do corredor por onde Connal desaparecera. !eprodu7indo o 4ue +ira o marido :a7er- elatocou a mesma pedra da parede- mas nada ocorreu. *la tomou a :a7F8lo- aplicando mais:or2a- mas ainda assim n3o hou+e resultado. *+a tinha certe7a 4ue toca+a a pedra correta-pois coloca+a a m3o e;atamente no mesmo local onde Connal o ?7era. Por 4ue n3o :un8

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    ciona+aJ Tentou mais duas +e7es- mas a passagem n3o abriu. rustrada e irritada- *+a deuuma palmada com a outra m3o na pedra ao lado- e para sua surpresa uma :resta se abriu derepente na parede.

    !eceosa- ela empurrou a porta de pedra. O mecanismo :unciona+a em silFncio- e bastouuma ligeira press3o para a porta abrir mais e uma passagem escura re+elar8se @ sua :rente.Seu cora23o trepida+a agora- mas *+a resol+eu prosseguir. %ileen dormia @ noite 5unto com

    *Dan- e passa+a o dia no 4uarto ou nos salAes escuros do castelo para se proteger da lu7 dosol- de modo a estar acordada 4uando o marido tambm esti+esse. *la agora sabia 4ueConnal dormia durante o dia e desperta+a 4uando o sol se punha- para assumir aadministra23o de ac%die. Iem- se a +ida no castelo era organi7ada desta :orma- elade+eria se a5ustar @s circunstNncias para poder dormir com o marido.

    %lm do mais- *+a 4ueria conhecer -o 4uarto de Connal. *Dan dissera 4ue a rea23o deConnal ao sol era ainda pior 4ue a de %ileen- e podia ser :atal. %ssim sendo- o 4uarto deConnal n3o de+ia ter 5anelas e seria absolutamente escuro. as isso n3o a incomoda+a- poisela conseguiria dormir em meio @ absoluta escurid3o.

    *+a a+an2ou para dentro da passagem- e notou 4ue n3o ha+ia nenhuma tocha @ +ista e eraimposs+el en;ergar. Seria necess6rio +oltar ao 4uarto para buscar uma +ela. *+a tornou asair para o corredor e agu2ou os ou+idos um instante- certi?cando8se 4ue n3o ha+ia rudos

    de algum por perto. % passagem era sem d

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    absoluta- tal como no corredor- e a lu7 da +ela era de pouca a5uda. *la se mo+eu de+agar eem silFncio- mas parou 4uando suas pernas tocaram a borda de um leito. Tornando aprender a respira23o- *+a ergueu a +ela tentando iluminar maisE ent3o- entre ali+iada ereceosa- percebeu a ?gura do marido deitado. Connal adormecera- mas solta+a ummurm

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    8 *+aJ

    *la ergueu o rosto- repousou o 4uei;o sobre o peito do amado e o ?tou.

    8 SimJ

    8 Como descobriu este lugarJ

    % pergunta a :e7 sentir embara2o e culpa- mas n3o ha+ia como :ugir. *+a des+iou o olhar ehesitou alguns momentos antes de come2ar a :alar.

    8 Sou sua esposa- e a4ui meu lugar. arido e mulher de+em dormir 5untos.

    8 mesmoJ 8 disse Connal- como se a4uilo o di+ertisse.

    8 Sim. eus pais- por e;emplo- dormiam 5untos.

    8 Compreendo... 8 Connal acariciou seu cabelo. 8 Pro+a+elmente por isso 4ue ti+eram +6rios?lhos.

    O coment6rio a :e7 corar le+emente- sobretudo por4ue Connal parecia di+ertir8se cada +e7mais com a con+ersa. Constrangida- ela resol+eu mudar de assunto. .

    8 $3o di:cil entender 4ue +ocF aprecie dormir neste 4uarto. 8 *+a +irou o rosto e notou 4uea +ela ia se e;tinguir em bre+e. 8 t3o 4uieto e escuro.

    8 0ocF ainda n3o e;plicou como +eio parar a4ui 8 ele tornou a insistir. 8 %lgum lhe contou-sobre este lugarJ

    8 $3o 8 *+a se apressou em responder- sabendo 4ue teria de contar a +erdade- mesmosentindo8se culpada. 8 *u acordei 4uando +ocF saa do 4uarto- e n3o consegui compreenderpor 4ue ia dormir em outro lugar depois de sermos... totalmente casados. *nt3o le+antei-corri para a porta e o +i entrando pela passagem no ?m do corredor.

    8 * conseguiu abrir a porta apenas obser+ando como eu o ?7J

    8 Sim- ou ao menos em parte. *u o +i pressionando a pedra do lado direito- mas descobri aoutra pedra mais abai;o por sorte. *u a to4uei por acaso- e me surpreendi 4uando a portaabriu 8 e;plicou *+a com honestidade. O ner+osismo- porm- a :e7 bai;ar o olhar e hesitar.%p,s um instante- ela desli7ou o dedo de modo ner+oso sobre o peito de Connal- e o ?toucom timide7. 8 *st6 7angadoJ

    8 $3o 8 ele respondeu- sorrindo com ternura. 8 *u teria lhe contado sobre este 4uarto maiscedo ou mais tarde. as n3o resta d

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    anoiteceu e n3o comeu nada o dia inteiro. Sua uando saiu da cama a ?m de se dirigir at o lugar onde dei;ara o roup3o- *+a sentiu o pes:riar ao tocar o ch3o. Surpresa- ela notou 4ue n3o ha+ia tapete ali- algo a 4ue n3o prestaraaten23o na noite anterior. *n4uanto +estia o roup3o- olhou em +olta para +er 8 como o4uarto esta+a mobiliadoE e apesar da pouca claridade- ela logo percebeu 4ue o aposento eratotalmente despo5ado e :rio- sem tape2arias nem m,+eis. $ada mais do 4ue o leito e alareira.

    8 Compreendo 4ue durma a4ui para e+itar o sol 8 come2ou *+a en4uanto :echa+a o roup3o. 8as por 4ue o 4uarto tem de ser mantido em segredoJ

    Connal hesitou um instante- mas continuou a se +estir sem responder.

    8 $3o de+o contar a ningum sobre este lugar- n3o mesmoJ 8 perguntou *+a. *le ent3o

    parou e olhou para a esposa.8 Sim- este 4uarto secreto. $3o conte para ningum.

    8 Por 4ue tem de dormir num 4uarto secretoJ 8 insistiu *+a.

    Connal suspirou e a ?tou- considerando o 4uanto de+ia re+elar. Ser6 4ue esta+a pronta paraou+ir a +erdade completa- ou seria melhor contar aos poucos e lhe dar tempo de seacostumar com os :atosJ *ra cedo demais para contar tudo- decidiu Connal. eias +erdadesteriam de bastar pelo momento.

    8 inha m3e mandou construir estes 4uartos 4uando eu era crian2a. % inten23o era meproteger do sol- mas tambm o :e7 por precau23o.

    8 Precau23oJ 8 perguntou *+a interessada.

    8 0ocF ou+iu os rumores sobre nosso cl3. %s pessoas tendem a recear o 4ue n3ocompreendem- e em geral destroem o 4ue ou 4uem lhes pro+oca medo. *stes 4uartossecretos s3o uma precau23o contra tal possibilidade.

    8 %credita 4ue o homem 4ue tentou entrar a4ui na noite passada tem medo de +ocFJ

    8 'ou+e trFs atentados contra minha +ida nos

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    *le apertou sua m3o com mais :or2a at atingirem o ?nal da passagem- e ent3o ensinou aela como :a7er para abrir a porta pelo lado de dentro- pois acaba+a de decidir 4ue *+adormiria com ele a partir da4uele momento. O incidente com o estranho 4ue tentara in+adira passagem era problem6tico por signi?car 4ue algum conseguira entrar no castelo epassar por todos at chegar ao andar superior. Ou... Tal+e7 o estranho n3o :osse t3oestranho assim- dedu7iu consternado. "n:eli7mente- parecia a hip,tese mais pro+6+el& ummembro de seu pr,prio cl3 dese5a+a sua morte. e 4ual4uer maneira- :osse o 4ue :osse- eletomaria as atitudes necess6rias para manter *+a em seguran2a.

    Connal :oi encontrar8se com *Dan- 4ue o espera+a numa saleta ao lado do sal3o principal docastelo. alta+a pouco para o sol raiarE *Dan e;ibia uma e;press3o de cansa2o e o cabelodespenteado- como se ti+esse cado no sono e despertado- 4uando :oi in:ormado 4ue seusenhor acaba+a de retornar da e;curs3o noturna. $os uase so:ri um ata4ue do cora23o ao +F8la cair daescada no sal3o- e o mesmo sucedeu com o acidente depois do casamento. %gora- ela

    ludibriou dois ca+aleiros esta noite- e desapareceu. *u me sinto cansado como se hou+esseen+elhecido de7 anos depois 4ue ela chegou a4ui.

    8 %calme8se- meu bom homem 8 disse Connal- colocando a m3o sobre o ombro do ca+aleiro.8 !espire- rela;e e conte e;atamente o 4ue aconteceu.

    *Dan suspirou- e ent3o recome2ou a :alar- de modo mais pausado.

    8 *+a desapareceuE procuramos por todo o castelo- sem conseguir encontr68la. *u 56come2a+a a temer 4ue ti+esse cado num po2o- ou 4ue hou+esse sido raptada- e n3o tinhaidia de como :aria para lhe dar uma notcia desse tipo. $o entanto- antes de me con:ormarcom seu desaparecimento- pensei 4ue ela podia estar em seu 4uarto secreto. %o chegar notopo da escada- eu a +i entrando pela passagem- mas n3o consegui alcan268la antes 4ue aporta :echasse.

    Connal ?tou com gratid3o o cunhado e amigo de tantos anos- reconhecendo seu estado deansiedade e cansa2o. %?nal- o sol ia raiar dali a pouco- e o pobre homem n3o ha+ia deitadoainda- algo desaconselh6+el para algum com mais de sessenta anos.

    8 0ocF necessita descansar 8 aconselhou Connal- em tom amistoso.

    8 - acho 4ue estou ?cando +elho... 8 *Dan suspirou.

    8 e modo nenhum. $3o se trata disso- meu amigo. *st6 cansado no momento- e tudo.$3o se preocupe com *+a- eu a encontrarei e :alarei com ela. >uanto a minha m3e- tambmn3o h6 moti+o para se preocupar. *la n3o esta+a no castelo por4ue +eio ca+algar conosco

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    esta noite. %gora me acompanhe- e lhe mostrarei como abrir a passagemE pois se +ocFsoubesse :a7F8lo- teria ido dormir mais cedo.

    epois de sarem da saleta- Connal condu7iu o cunhado para o andar superior- rumo aocorredor no 4ual se locali7a+a a passagem s2creta. *nt3oE ensinou *Dan a abri8la- e :e74uest3o 4ue *Dan tentasse so7inho duas +e7es- para se certi?car de 4ue seu primeiroca+aleiro sabia 4uais pedras de+iam ser pressionadas. epois de ter certe7a de 4ue ele

    aprendera a mane5ar a porta secreta- Connal o incitou a ir deitar8se- pedindo8lhe 4uerela;asse e dei;asse de lado a apreens3o.

    Connal permaneceu no corredor- obser+ando *Dan- seu +aloroso aliado- a:astar8se. !eBetiuacerca do tipo de +ida 4ue sua nature7a o obriga+a a ter. %ileen n3o reagia t3o se+eramenteao sol 4uanto agaidh e ele pr,prio- e por isso podia passar os dias dentro do castelo- desde4ue as cortinas esti+essem :echadas.

    Connal- contudo- n3o ti+era tanta sorte& a lu7 do dia o 4ueima+a- dei;a+a doente e chegariaa mat68lo caso se e;pusesse por muito tempo. ma carruagem especial ti+era de serpreparada para le+6lo na +iagem para a corte- e Connal se +iu obrigado a in+entar ra7Aespara recusar os con+ites 4ue en+ol+essem ati+idades durante o dia.

    %?nal- ele tornou a abrir a porta secreta e a+an2ou pela passagem escura como breu. %oentrar- porm- Connal ou+iu um rudo +indo do corredor l6 :ora- e +oltou8se para +er sealgum o obser+a+a. *ntretanto- ao encontrar tudo 4uieto e deserto- concluiu 4ue de+ia terou+ido o estalido da porta do 4uarto de %ileen- :echando8se 4uando *Dan entrou noaposento. Sem dar mais aten23o ao incidente- caminhou de no+o pela passagem e :echou aporta.

    Captulo X

    Connal a encontrou resmungando por n3o conseguir acender a lareira. %gachada e ocupada-*+a n3o notou 4ue o marido ha+ia entrado- e Connal resol+eu inspecionar as mudan2as no4uarto antes de re+elar sua presen2a. "n

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    8 % lareira est6 se recusando a cooperarJ

    8 0ocF 56 +oltou= 8 e;clamou *+a- le+ando um susto 4ue- agachada como esta+a- adese4uilibrou e obrigou a apoiar a m3o no ch3o para n3o cair.

    8 Sim 8replicou Connal- sorrindo.

    *+a retribuiu o sorriso- mas ent3o se ergueu rapidamente- tentando a5eitar o cabelo e o

    +estido.8 *u pretendia me arrumar para aguard68lo.

    8 *st6 ,tima assim 8 assegurou ele- apro;imando8se e tomando a iniciati+a de acender o:ogo.

    8 O 4ue achou do 4uartoJ 8 perguntou *+a- um pouco irritada ao +er 4ue Connal :a7ia numinstante o 4ue ela n3o lograra em +6rios minutos.

    8 O 4uartoJ 8 ele olhou ao redor. 8 Parece8me mais agrad6+el.

    *+a :ran7iu a sobrancelha- tentando interpretar o coment6rio do marido& a4uelas pala+rasindica+am 4ue ele apreciara as mudan2as ou n3oJ

    Connal- porm- n3o lhe deu tempo para chegar a uma conclus3o- pois a ergueu do ch3o de

    repente e a carregou para o leito.8 'ora de ir para a cama 8 anunciou ele.

    8as n3o estou cansada 8 retrucou *+a. 8 ormi um pouco durante a madrugada.

    8 Se dormiu durante a madrugada- 4uando :e7 as mudan2as ent3oJ 8 disse Connal- 4uecontinua+a a segur68la no colo.

    8 Logo ap,s o 5antar- 4uando +ocF saiu para ca+algar com os homens. $um instante tudo?cou pronto- e ent3o deitei para descansar. %dormeci- e terminei acordando pouco antes de+ocF chegar. Por isso agora estou sem sono.

    8 Utimo 8 a+aliou Connal- colocando8a sua+emente sobre a cama.

    8 Por4uFJ

    8 Por4ue +oltei a tempo de :a7F8la se cansar para 4uerer dormir... 8 e;plicou Connal- 56abrindo o cinto.

    *+a ergueu o rosto e se certi?cou de 4ue o mar