Classificação da Ponte da Arrábida como Monumento Nacional

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Classificação da Ponte da Arrábida como Monumento Nacional Documentos para instrução do processo de classificação Porto, Julho de 2010

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Classificação da Ponte da Arrábida como

Monumento Nacional

Documentos para instrução do processo de classificação

Porto, Julho de 2010

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Processo de Classificação da Ponte da Arrábida como Monumento Nacional

Casa Alvão, Porto

APRESENTAÇÃO

Razões para classificação como Monumento Nacional

O presente documento sustenta o pedido de classificação da Ponte da Arrábida sobre o

rio Douro no Porto como Monumento Nacional. As razões para tal classificação podem

ser resumidas nos sete pontos seguintes.

1 - A Ponte da Arrábida constitui uma obra-prima da Engenharia de Pontes,

sendo como tal reconhecida internacionalmente. Aquando da sua conclusão,

em 1963, constituía a ponte em arco de betão armado com maior vão em

todo o mundo. O seu processo construtivo, ao abrigo de um cimbre metálico

em arco apoiado nas duas margens, com peso de 2200 toneladas, e colocado

sucessivamente em três posições distintas, constituiu uma operação de

extraordinário rigor e engenho, nunca antes realizada.

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Processo de Classificação da Ponte da Arrábida como Monumento Nacional

2 – A Ponte da Arrábida é a primeira grande ponte sobre o rio Douro

integralmente concebida, projectada e construída pela Engenharia

Portuguesa. O seu autor, Engenheiro Edgar Cardoso, notabilizou-se como

projectista de pontes, combinando sabiamente nas suas obras, espalhadas

por quatro continentes, engenho, ousadia, inovação, sensibilidade e apuro

estético. No contexto do acervo de obras que deixou, a Ponte da Arrábida é,

para muitos especialistas, a sua maior obra-prima.

3 – O estuário do rio Douro junto ao Porto contém um notável conjunto de

pontes de diversos tipos, materiais e épocas. O facto de a Ponte da Arrábida

se inserir em tão singular conjunto, confrontando-se na concepção, na forma,

no material e na inserção nas margens com as restantes pontes, não só

acrescenta valor ao conjunto como é também por este altamente valorizada.

Desta forma, o conjunto das pontes no estuário do Douro tem valor bastante

superior ao do simples somatório de cada uma.

4 – Ao longo das últimas décadas a Ponte da Arrábida tornou-se um dos mais

poderosos símbolos da Cidade, provavelmente aquele que no futuro melhor

simbolizará o Porto do século XX. No presente, a Ponte da Arrábida, para

além da sua relevância utilitária como principal ligação entre as duas

margens do rio no coração da Área Metropolitana do Porto, constitui

Património no sentido mais nobre do termo. A identificação da Ponte com a

Cidade e os Cidadãos do Porto foi muito forte desde a sua conclusão mas –

como acontece com aquelas construções de excepcional apuro estético –

reforça-se uma e outra vez sempre que cada um nela, e no seu sítio,

descobre novas e ainda mais belas perspectivas.

5 – Tal como no nosso século XXI podemos usufruir das pontes que os nossos

antepassados construíram no século XIX e consideramos impensável delas

prescindir, impõe-se que deixemos aos vindouros as pontes que construímos

no século XX. Compete assim ao Estado Português empregar os meios

técnicos e financeiros necessários para assegurar a funcionalidade e a

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integridade da estrutura, por meio de obras regulares de conservação,

aplicando as tecnologias mais apropriadas que a investigação no domínio do

tratamento das estruturas de betão venha a desenvolver.

6 – De entre as pontes do estuário do rio Douro, a Ponte da Arrábida é a ponte

mais próxima da foz. Insere-se numa área muito sensível em que têm

surgido novas construções, em ambas as margens, quer à cota alta, quer à

cota das duas estradas marginais. Por outro lado, novas pontes sobre o rio

Douro, não longe do sítio da Ponte da Arrábida, têm sido alvo de ponderação

e discussão pública no passado recente. É imperioso que quaisquer novas

construções e estruturas na zona sejam apreciadas tomando em devida

consideração o extraordinário valor patrimonial da Ponte da Arrábida.

7 – A Ponte da Arrábida completa 50 anos no próximo dia 22 de Junho de 2013,

ano em que se completa o centenário do nascimento na cidade do Porto do

seu autor, o Engenheiro Edgar Cardoso.

Por todas as razões apresentadas, considera-se que, ao abrigo da legislação aplicável do

Estado Português, em particular do Decreto-Lei nº 309/2009, de 23 de Outubro, entrado

em vigor em Janeiro de 2010, a Ponte da Arrábida deve ser classificada como

Monumento Nacional.

Álvaro Azevedo

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MEMÓRIA DESCRITIVA

1 – INTRODUÇÃO

A Ponte da Arrábida sobre o rio Douro no Porto foi inaugurada no dia 22 de Junho de

1963 segundo projecto do Engenheiro Edgar Cardoso. Era, naquela data, a ponte em

arco construída em betão armado com maior vão em todo o mundo: 270 metros. A

metodologia usada para a sua construção, por um lado, e a solução construída, por

outro, constituíram na época avanços notáveis a nível internacional.

A publicação “Obras Públicas Concluídas em 1963”, do Ministério das Obras Públicas,

Lisboa, 1964, descreve a obra como se indica seguidamente.

“A ponte é o tipo arco de tabuleiro superior, de tímpanos aligeirados, com a

rasante à cota de 68 m, tem 25 m de largura, comportando o seu perfil transversal

duas faixas de circulação de 8 m cada, duas pistas de 1,70 m para ciclistas, dois

passeios de 1,50 m e um separador central de 2 m. Com a nova ponte o vão sobre

o rio Douro é vencido por um só arco de flecha igual a 52 m e com uma corda de

270 m, o que o torna o maior vão do mundo de betão armado, entre os

executados até então, pois aquela dimensão excede em 6 m o actual “record” do

arco da ponte sueca de Sando. O arco é formado por duas costelas, cada uma com

a largura constante de 8 m, nas quais se apoia uma série de colunas rectangulares

que sustentam o tabuleiro. Este tem o comprimento de 493 m, e a ponte, entre

encontros, tem uma extensão total de cerca de 615 m”.

De facto, a Ponte da Arrábida foi a primeira grande ponte sobre o rio Douro em Portugal

projectada e construída pela Engenharia Portuguesa. Seguiu-se a outras pontes

notáveis, projectadas no século XIX por engenheiros de outras nacionalidades,

nomeadamente a Ponte Pênsil (Stanislas Bigot), já demolida, a Ponte Maria Pia (Gustav

Eiffel e Théophile Seyryg) e a Ponte Luiz I (Théophile Seyryg).

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O seu projectista, Engenheiro Edgar Cardoso, nascido no Porto (1913) e licenciado na

Faculdade de Engenharia (1937), ao longo de quase seis décadas de intensa vida

profissional, notabilizou-se como um excepcional projectista de estruturas, sendo autor

do projecto de pontes em quatro continentes. Tinha acabado de completar 50 anos

aquando da inauguração da Ponte da Arrábida, considerada por muitos uma das suas

obras-primas. Perto de três décadas depois, já quase octogenário, via concluída a Ponte

ferroviária de S. João, poucos quilómetros a montante da Ponte da Arrábida, e tal como

esta recorde mundial.

Nestas 5 décadas desde a sua construção a Ponte da Arrábida, para além de constituir a

principal ligação rodoviária entre as duas margens do rio Douro no coração da Área

Metropolitana do Porto, consolidou-se como um dos mais poderosos, se não o mais

poderoso, símbolo da Cidade. Naturalmente, tal facto resulta do seu apurado desenho e

harmonioso ajuste ao terreno onde está implantada, mas também da singular beleza do

estuário do rio Douro junto à foz, que a Ponte veio profundamente marcar e, também,

enriquecer.

Existe vasta documentação sobre a Ponte da Arrábida. De entre a documentação

recolhida e (ou) consultada, cuja lista se apresenta adiante, seleccionou-se a descrição

detalhada da estrutura e do processo construtivo efectuada por Luís Lousada Soares no

seu livro “Edgar Cardoso, engenheiro civil”, Edições FEUP, 2003. Esta escolha constitui,

de algum modo, uma homenagem àquele autor, falecido no ano da publicação do livro. É

pois da sua autoria o texto que compõe a caracterização da estrutura e do processo

construtivo, que se inclui na secção seguinte.

2 – CARACTERIZAÇÃO DA ESTRUTURA E DO PROCESSO CONSTRUTIVO

2.1 - Antecedentes

O aumento crescente de tráfego entre o Porto e Gaia na primeira metade do século XX

tornara rapidamente exíguas as capacidades das pontes metálicas existentes (Luiz I e

Maria Pia), ambas do século XIX.

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Os primeiros estudos para uma nova travessia datam de 1930. A ideia de uma ponte

ligando o Candal à Arrábida surgiu em 1945, e foi submetida ao Conselho Superior das

Obras Públicas em 1950. Decidiu-se avançar com uma ponte mista (rodoviária e

ferroviária) na zona da Arrábida, mas estudos posteriores levaram à opção de manter o

caminho de ferro independente da estrada, em face das dificuldades com as ligações às

redes de um e de outro lado.

Edgar Cardoso foi então incumbido, em 1952, de proceder à elaboração de

anteprojectos para a ponte rodoviária. Foram cinco os anteprojectos, correspondentes a

outras tantas soluções:

• Ponte em betão armado,

• Ponte de alvenaria regular,

• Ponte suspensa,

• Ponte metálica do tipo arco,

• Ponte de betão pré-esforçado.

A escolha recaiu na solução da ponte de betão armado, em arco, após parecer do

Conselho Superior das Obras Públicas.

2.2 – Descrição da estrutura

O projecto de execução da Ponte da Arrábida consistia, pois, numa ponte de arco com

tabuleiro superior, de tímpanos aligeirados, faixa de rodagem de 18 rn, dois passeios

com 3,50 m cada um. O comprimento da ponte, no seu conjunto, é de 483,20 m.

Acrescentando os muros de avenida, tal dimensão sobe para 614,60 m.

Elevadores instalados nas pilastras permitem a circulação de peões entre as duas

margens.

O arco em questão tem um funcionamento de compressão excêntrica, sob a acção do

peso próprio e do tabuleiro.

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A directriz do arco é uma poligonal curvilínea muito próxima do antifunicular da carga

permanente por forma a conseguir obter em todas as fibras longitudinais do arco uma

autocompressão que, combinada com as tensões de flexão produzidas pelas sobrecargas

e demais solicitações, produza tensões máximas semelhantes no intradorso e

extradorso.

Para aumentar os momentos de inércia e reduzir as tensões de flexão, em particular nos

banzos, foi adoptada para as costelas uma secção bicelular de largura constante, com

três almas, de grande rigidez torsional. Os banzos variam, na sua espessura, de 0,30 m

a 0,65 m. Por sua vez as almas, de 0,30 m de espessura, têm altura máxima nos

arranques do arco e mínima no fecho.

As costelas têm, todavia, secção maciça em troços localizados nos arranques e fecho do

arco por corresponderem às articulações provisórias daquele, do tipo rolante, com

contacto por chapa de chumbo.

As costelas do arco estão ligadas entre si por uma grelha de betão armado.

Grandes maciços de betão armado, encastrados nos terrenos rochosos de fundação

(graníticos) de um lado e do outro do rio, são o apoio do arco. Sobre o arco, as colunas

estão monoliticamente ligadas ao tabuleiro. Este é formado por doze vigas longitudinais,

com travessas flutuantes e carlingas de suporte da laje de 26,50 m de largura total (2 x

8,00 m para automóveis, 2 x 2,00 m para bicicletas, 2 x 1,50 m para passeios e um

separador de 2,00 m).

Para além do método analítico, o Projectista utilizou variados modelos reduzidos para o

estudo da estrutura da ponte, do seu dimensionamento, dos esforços produzidos pelas

diversas combinações de solicitações.

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2.3 – Processo construtivo

Por razões de economia, Edgar Cardoso concebeu um cimbre metálico galgando o rio de

um só vão – em vez da solução de execução directa do arco, em troços sucessivamente

espiados à parte já executada.

Tal cimbre foi dimensionado com três arcos de alma cheia, tipo "caixão", contraventados

entre si, e permitia construir uma das costelas.

Numa segunda fase seria ripado com as suas 2200 tf sobre caminhos de deslizamento

até à posição da segunda costela, dando lugar à betonagem desta.

Finalmente o cimbre seria colocado por baixo do vão entre costelas para a execução da

grade de contraventamento.

As fases mais espectaculares da obra foram precisamente a montagem do cimbre na sua

primeira posição e as suas ripagens posteriores – fases que tiveram lugar só após a

construção dos viadutos de acesso, com seus pilares, pilastras e tabuleiro.

Em cada margem, começou-se por montar os caixões do primeiro troço, apoiados em

maciços não rígidos, formados por "bolachas" e prumos de madeira, e com o recurso a

derricks fixos nas margens.

Depois, os caixões do segundo troço foram montados e ligados aos do primeiro por

rebitagem, ficando apoiados em pórticos provisórios de betão armado construídos nas

margens, para a amarração contra o vento. Aqui os derricks já estavam montados no

bordo dos primeiros troços. Os caixões destes primeiros e segundos troços foram

levados em camião até ao local de montagem.

Seguiram-se os terceiros, os quartos e os quintos troços, em que o transporte já foi feito

pelo rio, com batelões e seus rebocadores, e os derricks posicionados sempre na ponta

do troço anterior. O conjunto foi então espiado por uma série de cabos de aço ao

tabuleiro do respectivo viaduto de acesso, já construído.

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Nova operação semelhante foi seguida para os sextos e sétimos troços, com outra série

de cabos de amarração. A montagem dos oitavos troços precedeu uma das fases mais

celebradas desta obra – a montagem do tramo central de fecho, com 78 m de

comprimento, 500 tf de peso, elevado desde o batelão pelos derricks, agora instalados

no bordo dos oitavos troços.

Após a conclusão do cimbre procedeu-se à construção da costela, betonando-a por

secções espaçadas, de comprimentos variáveis. Por fim, quando só faltava o fecho,

foram bloqueadas as articulações das nascenças. Oito macacos de 700 tf foram

colocados no fecho. A acção de 4500 tf fez aumentar 0,10 m a abertura do fecho e,

nessa posição, ele foi betonado. Após a presa necessária, os macacos foram retirados e

a costela ficou a constituir um arco encastrado.

Macacos idênticos foram então utilizados na base dos primeiros troços do cimbre para

permitir aliviar e retirar uma primeira "bolacha" do apoio não rígido, a que se seguiram

outras "bolachas" até ao cimbre baixar 0,40 m, ficando apoiado em charriots de aço

através de interposta viga de betão armado.

De novo por meio de macacos, agora actuando na horizontal sobre as nascenças do

cimbre, foi lentamente arrastado sobre caminhos de deslizamento até à posição da outra

costela, 15,00 m a jusante da primeira.

Operação inversa da do descimbramento colocou o cimbre na posição correcta para a

construção da costela.

De idêntico modo se procedeu para, em terceira fase, colocar o cimbre no meio das

costelas com vista à execução da "grade" de betão armado que as une.

Finalmente o cimbre foi colocado em três posições sucessivas e desmontado costela a

costela, troço a troço, por meio de pórticos, diferenciais e equipamentos instalados sobre

a "grade".

Seguiu-se a construção dos pilares e do tabuleiro na parte correspondente ao arco, já

que os viadutos laterais estavam já concluídos antes da montagem do cimbre.

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O tabuleiro da Ponte da Arrábida ficou sendo uma peça contínua de quase 500 m de

extensão, ligando o Porto a Gaia.

Figura 1 – Fases da montagem do cimbre da Ponte da Arrábida. In “Ponte da Arrábida, sobre o rio Douro, e

seus acessos”, Junta Autónoma das Estradas, 1963

Figura 2 - Posições do cimbre para execução da 1ª costela, da 2ª costela e dos contraventamentos. In “Ponte

da Arrábida, sobre o rio Douro, e seus acessos”, Junta Autónoma das Estradas, 1963

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3 – FICHA TÉCNICA DA OBRA

Nota – os elementos desta secção foram retirados do Livro “As Pontes do Porto”, de

Paulo Cruz e José M. Lopes Cordeiro, Ed. Civilização, Porto 2001,

Início da construção

Inauguração

Pessoal envolvido na construção

Média diária de operários

Máximo diário de operários

Total de horas de trabalho

Consumo de materiais

Cimento

Betão

Varão de aço

Aço laminado no cimbre

Aço laminado na ponte (guardas)

Madeira em moldes, cavaletes e andaimes

Alvenarias e cantarias

Escavações e movimentos de terra

Reboco com argamassa de cimento e areia

no extradorso dos arcos incluindo pintura

Dimensões

Comprimento total:

Largura total da plataforma:

Largura de cada faixa de rodagem:

Largura de cada corredor para ciclistas:

Largura de cada passeio:

Largura do separador:

Custo previsto no projecto

Custo real

25 de Outubro de 1956

22 de Junho de 1963

400

1050

8 000 000

19 280 t

58 700 m3

2 250 t

2 200 t

74 t

6 600 m3

7 700 m3

93 000 m3

4 500 rn3

495 m

26,5 m

8 m

2 m

2 x 1,5 m

2 m

80 410 415$00 (5300$00 / m2)

112 799 039$00 (7 435$00 / m2)

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Projecto e assistência técnica

Prof. Eng. Edgar António de Mesquita Cardoso,

Com a colaboração do Arq. Inácio Peres Fernandes e dos Engenheiros José Francisco de

Azevedo e Silva e J. Canto Moniz, o primeiro responsável pelo estudo da iluminação e

ascensores e o segundo pelo estudo do pavimento da faixa de rodagem.

Direcção da obra

Director dos Serviços de Pontes da JAE:

Até Junho de 1958 - Eng. Carlos Guilherme Craveiro Lopes Couvreur. Depois desta

data Eng. Manuel Agostinho Duarte Gaspar.

Fiscalização

Engenheiro António Rebelo da Costa Franco e Abreu, da JAE. Engenheiro José dos

Santos Marques Alves Catarino, da JAE. Engenheiro José de Lemos Taveira de

Carvalho, da JAE (residente). Engenheiro-Geógrafo Joaquim José de Almeida, da

JAE.

Agente Técnico de Engenharia José Fernandes, da JAE (residente).

Empreiteiros e subempreiteiros

Empreiteiro-Geral - Engenheiro José Pereira Zagallo.

Subempreiteiros

Para execução e montagem do cimbre - Sécheron Portuguesa, S. A.

Para os ascensores - Companhia Portuguesa de Elevadores S. A. (Comportel).

Motivos escultóricos

Prof. Escultor Salvador Carvão de Eça Barata Feyo.

Prof. Escultor Gustavo Teles de Faria Correia Bastos.

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4 – INTERVENÇÕES POSTERIORES À CONSTRUÇÃO

Na década de 1990 o perfil transversal da via foi alterado. Basicamente, tal envolveu a

eliminação das pistas para ciclistas e a redução da largura do separador central,

permitindo dessa forma que o atravessamento passasse a ter três faixas de rodagem em

cada sentido.

Já neste século, a Ponte sofreu importantes obras de beneficiação sob projecto da

empresa A2P – Consult – Estudos e Projectos, e executadas pela Empresa Teixeira

Duarte, Engenharia e Construções. Essas obras envolveram trabalhos de reabilitação

estrutural em elementos de betão armado degradados, reparações no tabuleiro,

substituição das juntas de dilatação e ainda a renovação das instalações eléctricas e de

comunicações.

5 – BIBLIOGRAFIA

Livros

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FEUP Edições, Porto, 2002.

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Câmara Municipal do Porto - Edição Comemorativa da Inauguração da Ponte da

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1992.

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Edição da Junta Autónoma das Estradas, Lisboa, 1963.

Junta Autónoma das Estradas - O Cimento e o Betão da Ponte da Arrábida, Lisboa, 1963.

Laboratório Nacional de Engenharia Civil - Ponte da Arrábida: Observação da Estrutura,

LNEC: Serviço de Edifícios e Pontes, Divisão de Observação de Obras, LNEC, Lisboa,

1963.

Marecos, José - Long-time observation of the Arrabida Bridge: fifteen years of activity,

LNEC, Lisboa, 1973.

Marecos, José - Observação e Ensaio de Pontes, LNEC, Lisboa, 1983.

Ministério das Obras Públicas - Obras Públicas concluídas em 1963. Anexo nº 14 ao

Boletim do Comissariado do Desemprego, Lisboa, 1964.

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Pessanha Ramos, Saul - Rumores e Trejeitos Circunfusos à Ponte da Arrábida, Porto,

1963.

Sobreira, J. C. A. - A Montagem do Cimbre da Ponte da Arrábida, Porto, Sécheron

Portuguesa, 1963.

Projectos e documentos de concursos [arquivo de Estradas de Portugal]

Cardoso, Edgar - Anteprojecto da ponte da Arrábida na EN1 sobre o rio Douro, Porto.

Solução em betão armado. Memória descritiva e justificativa, cálculos, verificação da

estabilidade. Direcção de Serviços de Pontes da Junta Autónoma das Estradas, Ministério

das Obras Públicas, 1954.

Cardoso, Edgar - Anteprojecto da ponte da Arrábida na EN1 sobre o rio Douro, Porto.

Solução em betão armado. Peças desenhadas. Direcção de Serviços de Pontes da Junta

Autónoma das Estradas, Ministério das Obras Públicas, 1954.

Cardoso, Edgar - Projecto da ponte da Arrábida na EN1 sobre o rio Douro, Porto. Peças

escritas. Memória descritiva e justificativa; ensaios experimentais em modelos

reduzidos; estabilidade do cimbre; desenhos de cálculo; medições; estabilidade do

tabuleiro; preços simples e de aplicação; iluminação e ascensores; estabilidade do arco;

orçamento; caderno de encargos. Direcção de Serviços de Pontes da Junta Autónoma

das Estradas, Ministério das Obras Públicas, 1955.

Cardoso, Edgar - Projecto da ponte da Arrábida na EN1 sobre o rio Douro, Porto.

Desenhos de construção. Direcção de Serviços de Pontes da Junta Autónoma das

Estradas, Ministério das Obras Públicas, 1955.

Cardoso, Edgar - Projecto da ponte da Arrábida na EN1 sobre o rio Douro, Porto.

Desenhos de cálculo. Direcção de Serviços de Pontes da Junta Autónoma das Estradas,

Ministério das Obras Públicas, 1955.

Junta Autónoma das Estradas - Concurso Público para a Empreitada de Construção da

Ponte da Arrábida, sobre o Rio Douro, na Estrada Nacional N.1, junto à Cidade do Porto:

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Processo de Classificação da Ponte da Arrábida como Monumento Nacional

Programa do Concurso, Caderno de Encargos, Mapa de Trabalhos e Orçamento, Carlos

Couvreur, Lisboa, 1955.

Junta Autónoma das Estradas - Ponte da Arrábida. Alargamento para 2x3 vias. Projecto

de execução.

Relatórios [Arquivo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil]

LNEC - Estudo das fundações da Ponte da Arrábida. 1º relatório, Secção de Fundações,

MOP, Lisboa, 1952.

LNEC - Estudos relativos às fundações da Ponte da Arrábida. 1º relatório, Secção de

Fundações, MOP, Lisboa, 1953.

LNEC - Estudos relativos às fundações da Ponte da Arrábida. 2º relatório, Secção de

Fundações, MOP, Lisboa, 1954.

LNEC - Observação da Ponte da Arrábida – Plano de observação dos deslocamentos

lineares por métodos ópticos. Secção de Estruturas, MOP, Lisboa, 1958.

LNEC - Observação da Ponte da Arrábida. 1º relatório, Secção de Barragens, MOP,

Lisboa, 1959.

LNEC - Observação da Ponte da Arrábida. 2º relatório, Secção de Barragens, MOP,

Lisboa, 1961.

LNEC - Observação da Ponte da Arrábida - 1ª fase de montagem do cimbre metálico.

Serviço de Edifícios e Pontes, MOP, Lisboa, 1962.

LNEC - Observação da Ponte da Arrábida - 3ª fase. Observação do arco de betão durante

a construção e descimbramento da costela de montante. Serviço de Edifícios e Pontes,

MOP, Lisboa, 1962.

LNEC – Nota sobre a observação geodésica da Ponte da Arrábida. Serviço de Barragens,

MOP, Lisboa, 1963.

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Processo de Classificação da Ponte da Arrábida como Monumento Nacional

LNEC - Observação da Ponte da Arrábida - 5ª fase. Observação do arco de betão durante

a construção do tabuleiro, conclusão da obra. Ensaio de carga. Serviço de Edifícios e

Pontes, MOP, Lisboa, 1963.

LNEC - Observação a longo prazo da Ponte da Arrábida – 1º relatório. Serviço de

Edifícios e Pontes, MOP, Lisboa, 1966.

LNEC - Observação a longo prazo da Ponte da Arrábida. Serviço de Edifícios e Pontes,

MOP, Lisboa, 1967.

LNEC - Observação a longo prazo da Ponte da Arrábida. Estudo realizado para a Direcção

de Serviços de Pontes da junta Autónoma das Estradas, MOP, Lisboa, 1968.

Links na internet sobre a Ponte da Arrábida

Wikipedia - Arrábida Bridge http://en.wikipedia.org/wiki/Arr%C3%A1bida_Bridge

structurae - Arrábida Bridge http://en.structurae.de/structures/data/index.cfm?ID=s0002216

Encyclopedia Britannica - Arrábida Highway Bridge http://www.britannica.com/EBchecked/topic/35988/Arrabida-Highway-Bridge

Manuel de Azeredo As Pontes do Porto http://www.fe.up.pt/~azr/pontes/pontes.htm

John Laidlar Oporto's Bridges: As Pontes do Porto http://www.lusa.u-net.com/opoponte.htm

Porto XXI - Cultura - Ponte da Arrábida http://www.portoxxi.com/cultura/ver_edificio.php?id=63

PortoTurismo - A Cidade do Porto - A Cidade das Pontes http://www.portoturismo.pt/index.php?m=1&s=6

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Processo de Classificação da Ponte da Arrábida como Monumento Nacional

António Amen PONTES DO PORTO - BRIDGES OF PORTO http://amen.no.sapo.pt/pontes%20do%20porto.htm

infopedia - Ponte da Arrábida http://www.infopedia.pt/$ponte-da-arrabida

Carlos Romão Blog "A Cidade Surpreendente" http://cidadesurpreendente.blogspot.com/2010/05/o-cimbre-da-ponte-da-arrabida.html

WIKIMEDIA COMMONS - Category: Ponte da Arrábida http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Ponte_da_Arr%C3%A1bida

flickr - Ponte da Arrábida http://www.flickr.com/photos/hfmsantos/4170655484/in/photostream/

PANORAMIO - Porto - Rio Douro e Ponte da Arrábida - Portugal http://www.panoramio.com/photo/35692880

MIMOA - Casa Ponte da Arrábida http://www.mimoa.eu/projects/Portugal/Porto/Casa%20Ponte%20da%20Arr%E1bida

projectos.com - Ponte da Arrábida http://aprendizagensnanet.blogs.sapo.pt/2720.html

flickriver - Nuno S. Sousa http://www.flickriver.com/photos/nunosousa/2770787642/

minube - Ponte da Arrábida http://www.minube.pt/sitio-preferido/ponte-da-arrabida-a1369

MickPt - Ponte da Arrábida http://www.23hq.com/MickPt/photo/3601208

360portugal - Ponte da Arrábida http://www.360portugal.com/Distritos.QTVR/Porto.VR/vilas.cidades/Porto/a14_PonteArrabida.html

skyscrapercity - Ponte da Arrábida - Porto http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=333060

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CENTRO PORTUGUÊS DE FOTOGRAFIA

Casa Alvão

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CENTRO PORTUGUÊS DE FOTOGRAFIA

Estúdios Tavares da Fonseca

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ESPÓLIO FOTOGRÁFICO PORTUGUÊS

Fotografia Beleza

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FOTOGRAFIAS (2008 e 2010)

Álvaro Azevedo

Esmeralda Paupério

Ricardo Santos

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SERVIÇO CARTOGRÁFICO DO EXÉRCITO

Carta Militar nº 122, 1:25000

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Requerimento inicial do procedimento

de classificação de bens imóveis

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Palácio Nacional da Ajuda, 1349-021 Lisboa, Portugal | Tel.: +351 21 363 16 17- Fax: +351 21 361 42 02 | www.igespar.pt, [email protected]

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A – REQUERIMENTO INICIAL DO PROCEDIMENTO DE CLASSIFICAÇÃO DE BENS IMÓVEIS

∗ Campos de preenchimento obrigatório

1. IDENTIFICAÇÃO∗

1.1. Património Arquitectónico Património Arqueológico □ Património Misto □

1.2. Designação/Nome: Ponte da Arrábida sobre o Rio Douro e Casa da Arrábida

1.3. Outras Designações: _________________________________________________________

1.4. Local/Endereço: Ponte sobre o Rio Douro entre V.N. de Gaia e Porto e margem direita ______________

Localidade: Porto/V.N. Gaia ______________Freguesia: ____________________________________

Concelho: Porto/V.N. Gaia Distrito: Porto

1.5. Código Nacional de Sítio (CNS): _________________________(No caso de se tratar de património arqueológico)

2. CARACTERIZAÇÃO

2.1. Função Original: Ponte e edifício de apoio à obra

2.2. Função Actual: Ponte e edifício comercial

2.3. Enquadramento: Constitui o atravessamento rodoviário do rio Douro mais próximo da foz, ligando as cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia. A Ponte da Arrábida faz parte da Auto-Estrada A28/Itinerário Complementar nº 1, a qual está presentemente integrada na Concessão do Douro Litoral, cujo concessionário é a empresa Auto-Estradas do Douro Litoral, sa. As bases da concessão foram publicadas em anexo ao Decreto-Lei nº 392-A/2007 de 27 de Dezembro.

2.4. Descrição Geral: Trata-se de uma ponte em arco de betão armado, com 52 m de flecha e 270 metros de corda. O arco é formado por duas costelas, cada uma com a largura constante de 8 m e espessuras de 3 m no fecho e de 4,5 m nas nascenças. As duas costelas do arco estão ligadas entre si por um contraventamento reticulado funcionando nos planos vertical e horizontal. Sobre as costelas do arco apoia-se uma série de colunas rectangulares que sustentam o tabuleiro. Este é formado por doze vigas longitudinais, com travessas flutuantes e carlingas de suporte da laje-tabuleiro, com 26,5 m de largura e 493 m de comprimento. O arco apoia-se nas suas extremidades em grandes maciços de betão armado, encastrados nos maciços rochosos graníticos do lado interior das duas estradas marginais. Quatro pilastras, duas em cada margem, com secção quadrangular oca de 4 m de lado, separam a ponte propriamente dita dos viadutos de acesso e alojam no seu interior outros tantos elevadores que ligam as estradas marginais ao tabuleiro. A extensão total do atravessamento, comportando a ponte propriamente dita e os viadutos de acesso, é de cerca de 615 m, com rasante à cota de 68 m, comportando actualmente três faixas de rodagem em cada sentido, dois passeios laterais e um separador central. Do lado do Porto, inclui-se no conjunto um pequeno edifício de arquitectura moderna, situado na estrada marginal, do lado do rio, cerca de 150 m a jusante da ponte, edifício esse que albergou os escritórios da obra durante a construção.

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Palácio Nacional da Ajuda, 1349-021 Lisboa, Portugal | Tel.: +351 21 363 16 17- Fax: +351 21 361 42 02 | www.igespar.pt, [email protected]

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2.5. Estado de Conservação: Muito Bom MB B R M R

Paredes □ □ □ □ □ Pavimentos □ □ □ □ □ Coberturas □ □ □ □ □ Outros_______ □ □ □ □ □ MB – Muito Bom; B – Bom; – R – Razoável; M – Mau; R – Ruína

2.6. Espólio: __________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

2.7. Depositário do espólio/materiais: ______________________________________________

___________________________________________________________________________________________

3. SITUAÇÃO DA PROPRIEDADE (obrigatório apenas quando o proponente for o proprietário)∗ 3.1. Proprietário: Estado Português

Endereço: _________________________________________________________________

3.2. Artigo Matricial: ____________________________________________________________

4. OBSERVAÇÕES

___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

4.1. Intervenções previstas: ______________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

4.2. Pessoas/entidades que possam dar informações: __________________________________

___________________________________________________________________________________________

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4.3. Restrições à divulgação da informação: __________________________________________

___________________________________________________________________________________________

5. OUTRAS PROTECÇÕES (caso existam)

5.1. Classificação _______________________________________________________________

5.2. ZEP ______________________________________________________________________ 5.3. Instrumentos de gestão territorial (Dec-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, alterado e republicado pelo Dec-Lei n.º 310/03, de 10 de Dezembro)

6. CARACTERIZAÇÃO HISTÓRICO-ARTÍSTICA

6.1. Época(s) construtiva(s): A data do projecto é de 1955 (autor: engenheiro Edgar Cardoso). Início da construção: 25 de Outubro de 1956. Inauguração: 22 de Junho de 1963.

6.2. Síntese histórica: O aumento crescente de tráfego entre o Porto e Gaia na primeira metade do século XX tornara exíguas as capacidades das pontes metálicas existentes (Luiz I e Maria Pia), ambas do século XIX. Os primeiros estudos para uma nova travessia datam de 1930. A ideia de uma ponte ligando o Candal à Arrábida surgiu em 1945, e foi submetida ao Conselho Superior das Obras Públicas em 1950. Edgar Cardoso foi incumbido pela Junta Autónoma das Estradas, em 1952, de proceder à elaboração de anteprojectos para a ponte rodoviária. Das cinco soluções estudadas, a escolha recaiu numa ponte em arco, de betão armado. A data do projecto é de 1955. A construção iniciuou-se em 25 de Outubro de 1956. A ponte foi inaugurada em 22 de Junho de 1963.

7. CARACTERIZAÇÃO ARQUITECTÓNICA Ver descrição geral, no ponto 2.4. Quanto ao edifício, trata-se de um edifício de arquitectura moderna com 3 pisos e um terraço (um dos pisos situa-se a cota inferior à da estrada marginal), debruçado sobre o rio, totalmente envidraçado para o lado nascente, isto é, para o lado da ponte. Fátima Fernandes e Michele Canatá, no seu Guia da Arquitectura Moderna do Porto (2002) referem, a propósito do edificio: “O arrojo técnico é conferido a uma estrutura que, num dualismo constante, se assume ora estaiada, ora desoprimida pelo aterro rodoviário, balançando-se sobre o rio – a irredutibilidade e a independência da matéria e da energia; a disponibilidade na absorção das linhas de um idioma neoplástico do estilo moderno – que não deixa de nos remeter para as raízes do desenho holandês de De Stijl e o paralelismo português no desenho dos ousados rasgos e dissoluções de planos – extensões de um meticuloso estudo dos trabalhos de Arménio Losa, bem como a influência da escola de Viana de Lima – levam-nos a divagar acerca da hipótese desta estrutura, em momento algum ter sido desenvolvida como provisória!”.

8. CARACTERIZAÇÃO ARQUEOLÓGICA

8.1. Tipo de sítio: ______________________________________________________________

8.2. Período cronológico: ________________________________________________________

9. BIBLIOGRAFIA

Ver documentação em anexo.

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Palácio Nacional da Ajuda, 1349-021 Lisboa, Portugal | Tel.: +351 21 363 16 17- Fax: +351 21 361 42 02 | www.igespar.pt, [email protected]

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10. ELEMENTOS CARTOGRÁFICOS E FOTOGRÁFICOS (anexos)∗ Planta de localização com o imóvel assinalado

Escala: 1:2000 □ 1:5000 □ 1:25000 Documentação fotográfica

Interior □ Exterior Envolvente

X Y Z Datum Projecção 157293,60 464667,9 Lisboa 157222,77 464436,2 Lisboa

Longitude Latitude Altitude Datum Projecção

8º38’25.28’’W 41º08’51.22’’N 200 pés 8º38’33.73’’W 41º08’52.63’’N

11. IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE∗ 11.1. Proponente: Manuel António de Matos Fernandes, Professor Catedrático de Engenharia Civil.

Contacto: Praça de Liège, nº 104 r/c, 4150-455 Porto, telefones: 22 618 56 68 e 919735990

Documento de identificação: Bilhete de Identidade nº 2865543 de 12/05/2005, Porto.

11.2. Preenchido por: Proponente Data: 30/07/2010 Recebido por: Em:___/___/______