Classificação Tipográfica

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Gravura “As roupas de um impressor de letras.” Gravado por Bonnart para Les Méties. [1680] Fonte: Fonte Reference Guide ALEXANDRE MOTA DA SILVA

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Proposta de classificação do desenho tipográfico. Prof. Alexandre Mota

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Page 1: Classificação Tipográfica

Gravura “As roupas de um impressor de letras.”Gravado por Bonnart para Les Méties. [1680]Fonte: Fonte Reference Guide

ALEXANDRE MOTA DA SILVA

Page 2: Classificação Tipográfica

4.4 - CLASSIFICAÇÃO TIPOGRÁFICA

A descrição e classificação tipográfica é tema de debates

constantes e pouca unanimidade. Um quadro agravado pela

grande difusão de estilos tipográficos após a era digital. Esta

grande variedade impossibilita uma unanimidade

classificatória e gera confusão nas nomenclaturas. Termos

como moderno, grotesco e gótico são usados para definir

estilos completamente diferentes e acabam aumentando a

confusão. Existem várias tentativas de classificação, como a

DIN (Deutsches Für Normung), a Classificação Europa, o

Sistema de Francis Thibaudeau e, no Brasil, outras tantas. No

quadro ao lado colocamos alguns exemplos de classificações

comumente utilizadas. Não queremos destacar ou valorizar

nenhuma, apenas evidenciar a confusão de nomenclaturas.

Mas algumas classificações são mais importantes, como a

de Robert Bringhurst. Ele faz uma classificação histórica que

começa com a Renascença e continua denominando os

estilos como B a rro c o, N e o c l á s s i c o, R o m â n t i c o, R e a l i s t a ,

M od e rno geométrico, Mod e rno lírico e Pós-mod e rn o. A

classificação da Association Typographique Internationale

(AtypI) é a mais comum apesar de não ser a mais prática. Ela

é uma derivação da proposta criada por Maximilian Vox da

década de 50 e que inicialmente era dividida em 9 grupos. A

AtypI incorporou as categorias de Vox e com modificações

criou o seu padrão. Esta classificação é nomeada como

Classificação Tipográfica Vox/AtypI. Ela divide os tipos em

sete classes com algumas subclasses. Sendo as classes:

romanos, lineares, incisos, manuais, manuscritos, góticos e não

l a t i n o s. É muito difundida, apesar de não ser uma

unanimidade. Tomaremos como referência para descrever

esta classificação a obra de Lucy Niemeyer.*

67ALEXANDRE MOTA DA SILVA

ALGUMAS CLASSIFICAÇÕES

Classificação de Maximilian Vox [ 1954 ]1. Humanistas2. Garaldas3. Reale4. Didones5. Inciso6. Lineares7. Mecanizadas8. Scripte9. Manuais

Classificação DIN [ 1964 ]1. Romanas2. Barrocas3. Clássica4. Romana livre5. Romana Linear6. Block7. Script8. Blackletter9. Não Romana

Classificação British Standards [ 1965 ]1. Gráfica2. Humanistas3. Garaldo4. Transicional5. Didones6. Lineares7. SlabSerif8. Glyphic9. Script

Classificação Linotype [ 1988 ]1. Old Face2. Transicional3. Moderna4. Slab Serif5. Sem Serif6. Decorativa e display7. Script & Brush8. Blackletter. Broken9. Não-Romana10. Pi

* Niemeyer, Lucy. Tipografia: uma apresentação.Rio de Janeiro: 2AB. 2001. 98p.

Page 3: Classificação Tipográfica

4.4.1 - CLASSIFICAÇÃO VOX ATYPI

Nesta classificação os tipos romanos são divididos em

humanistas, garaldos, transicionais, didones e mecanizados.

Os romanos humanistas (ou venezianos) possuem as

influências humanistas das carolíngias. O desenho das letras

tem origem na posição inclinada da pena do calígrafo, desta

forma, percebe-se o eixo deslocado para a esquerda. Possuem

contraste médio entre hastes grossas e finas. As serifas são

t r i a n g u l a res ligadas à haste por curva. Como exemplo,

p odemos citar a Centaur*, Jenson e Ve rona.

A segunda classe chamada de Romanos Garaldos surgiu

da junção dos nomes de Claude Garamond e Aldus

Manutius. Foi em cima do trabalho deste último que

Garamond desenvolveu a famosa fonte Garamond*. A

diferença fundamental para o tipo humanista é o contraste

entre as hastes, que apresenta uma maior diferença entre

hastes grossas e finas. Nesta classe mantém-se o eixo

inclinado para a esquerda e as serifas triangulares.

As Romanas transicionais surgiram a partir do alfabeto

criado para Luis XIV, o Roman du Roi, desenhado em cima

de rígidas regras matemáticas. A Baskerville é considerada

um exemplo desta categoria onde o contraste entre as hastes

é ainda mais acentuado, o eixo aproxima-se do centro e as

serifas são planas e triangulares. São considerados tipos de

transição entre dois estilos marcantes: o Humanista e o

Didones.

Podemos observar algumas características comuns entre

estas 3 classes (Humanistas, Garaldos e Transicionais). Todas

possuem o eixo inclinado para a esquerda, apesar das

variações nas inclinações. Possuem serifas ligadas às hastes

por curvas, grandes aberturas e variação nas carcaterísticas

68ALEXANDRE MOTA DA SILVA

DESENHO DAS SERIFAS

Humanistas

Fonte Centaur

Fonte Garamond

Fonte Baskerville

hamburguers

hamburguers

hamburguers

ROMANOS HUMANISTAS

ROMANOS GARALDOS

Garaldos

hamburguers

hamburguers

hamburguers

Transicionais

hamburguers

hamburguers

hamburguers

Fonte Centaur MT

HamburguersABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUXZ

abcdefghijklmnopqrstuvxz[],!?”*&$ 1234567890

ABaefgAB

Fonte Garamond

HamburguersABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUXZ

abcdefghijklmnopqrstuvxz[],!?”*&$ 1234567890

ABaefgAB

hamburguers

hamburguers

hamburguers

Page 4: Classificação Tipográfica

das terminais. A letra G possui 2 andares fazendo o loop,

podendo ser aberto ou fechado. As hastes e barras possuem

contraste. Apesar destes tipos terem sido produzidos em

tipografia, a pena do calígrafo e a sua posição é uma

característica marcante no desenho destas letras.

Estas classes possuem as melhores proporções para

aplicação como fonte de texto. A veiculação ostensiva destes

desenhos de letras durante séculos consolidou a forma destes

tipos como mais confortáveis para leitura e de melhor

legibilidade.

O nome Didone surgiu da fusão dos nomes do francês

Didot e do italiano Bodoni. As fontes desenhadas por eles no

século XVIII seguem algumas tendências apontadas pelas

Transicionais: o contraste entre as hastes torna-se radical e o

eixo é completamente centrado. As serifas torn a m - s e

lineares, finas e perpendiculares às hastes. Como são baseados

em rígidas proporções matemáticas e com eixo centrado,

possuem uma configuração geométrica. Os tipos Didones só

foram possíveis devido a evolução técnica da calcografia que

possibilitava um maior nível de detalhamento na reprodução

tipográfica, mesmo em corpos menores. Como exemplo: a

Didot*, a Bodoni e a Walbaum.

E após a revolução industrial surgiram os Romanos

Mecanizados, estes eram tipos mais pesados e indicados para

visualização à distância, uma necessidade imposta pela

publicidade na época. Geralmente possuem hastes grossas,

mas uma característica marcante são as serifas acentuadas

fazendo um ângulo reto com a linha base. A American

Typewriter, a Clarendon* e a Lubalin são alguns exemplos

desta categoria. Estes tipos não possuem boa legibilidade em

corpos menores. São fontes de estilo próprio e característico.

69ALEXANDRE MOTA DA SILVA

Fonte Didot

HamburguersABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUXZ

abcdefghijklmnopqrstuvxz[],!?”*&$ 1234567890

ABaefgAB

Fonte Clarendon

HamburguersABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUXZ

abcdefghijklmnopqrstuvxz[],!?”*&$ 1234567890

ABaefgAB

DESENHO DAS SERIFAS

Didones

Fonte Didot

Fonte Clarendon

Fonte Memphis

hamburguers

hamburguers

hamburguers

Mecanizados

hamburguers

hamburguers

hamburguers

Mecanizados

hamburguers

hamburguers

hamburguers

hamburguers

hamburguers

hamburguers

DIDONES

ROMANOS MECANIZADOS

Page 5: Classificação Tipográfica

A segunda classe de tipos é denominada Lineares, e é

composta de 4 sub grupos: grotescos, geométricos,

neogrotescos e humanísticos. A designação grotesco é usada

para caracterizar tipos pesados com algum contraste na

espessura das hastes. No desenho destes tipos as terminações

das hastes na linha base têm tendência à curva. A Franklin*

e a Akzidenz Grotesk são dois exemplos.

O linear geométrico possui influências geométricas e

racionalistas. Não possuem contraste entre as hastes e são

bastante geometrizadas. A Futura* e a Avant Gard são

exemplos desta categoria onde as formas básicas (triângulo,

círculo e quadradro) são influências marcantes, neste tipo

existe a tendência ao desenho do A minúsculo sem o gancho

e uma x-altura grande.

Os Neo grotescos surgem a partir da década de 50. A fonte

Univers, a Helvetica e a Arial são exemplos desta categoria

que possuem contraste entre as hastes e terminações de forma

oblígua. São tipos desenhados com boas características

estruturais de legibilidade e modulações bem planejadas.

E as Humanísticas, que resgatam alguns princípios

humanistas do desenho garaldo e dos romanos para formar

um desenho mais delicado e leve. Esta classe possui contraste

delicado entre as hastes. A Myriad, a Optima e a Gill Sans*

são exemplos desta categoria.

Estas são as duas classes onde se encontram a maioria das

fontes que encontramos, mas a Vox AtypI designa, ainda, a

classe do Incisos que se inspiram na letra esculpida em pedra e

possuem semi-serifa como no desenho da Albertus e da

Meridiem. Os Manuais que são os tipos desenhados

caligraficamente e tem vários ornamentos nas maiúsculas,

como na Snell*. O Brush que tem inspiração na cursiva, possui

70ALEXANDRE MOTA DA SILVA

Fonte Franklin

HamburguersABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUXZ

abcdefghijklmnopqrstuvxz[],!?”*&$ 1234567890

ABaefgAB

Fonte Gill Sans

HamburguersABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUXZ

abcdefghijklmnopqrstuvxz[],!?”*&$ 1234567890

ABaefgAB

Fonte Futura

HamburguersABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUXZ

abcdefghijklmnopqrstuvxz[],!?”*&$ 1234567890

ABaefgAB

GROTESCO

LINEAR GEOMÉTRICO

LINEAR HUMANÍSTICA

Page 6: Classificação Tipográfica

eixo inclinado e são desenhados imitando letras cursivas. A

própria brush é um exemplo. A classe Brush se diferencia da

Manuscrita pelo estilo, esta imita a escrita caligráfica enquanto

a outra se parece mais com um desenho. A fronteira entre estas

duas classes não é muito bem definida.

E, finalmente, o Gótico que são divididos em texturados,

rotundos, bastardos, fraktur e variantes. Possuem em comum

a ascendência do estilo tipográfico alemão antes da invenção

do processo tipográfico e a péssima legibilidade.

Como pode ser observado o assunto não encontra

unanimidade. E para as finalidades deste trabalho nenhuma

das classificações citadas se justifica pois ora se mostram

incompletas, ora se mostram vagas na definição dos seus

limites. Um outro agravante são os termos: old style, black

letter, fraktur, didones, venezian, slab-serif etc. Termos que

não encontram equivalência na língua portuguesa e de difícil

entendimento. Por isso, tomarei a licença de adotar uma

classificação simplificada para o desenvolvimento deste

trabalho. Não temos a intenção de substituir, superar ou

questionar as classificações existentes, mas apenas usar uma

classificação que use termos em português e que,

principalmente, estipule limites claros entre as categorias.

Tomamos como base o livro Font Reference Guide p a r a

desenvolver uma categorização que abarcasse as necessidades

da abordagem. Desta forma dividimos o desenho tipográfico

em três classes distintas, a primeira caracteriza-se pela pre s e n ç a

de serifa, a segunda pela ausência dela e a terceira abarca estilos

secundários. As categorias são Serifa Curva, Serifa Linear, Sem-

Serifa Geométrica, Sem-Serifa Humanista, Cursiva, Fantasia,

G ó t i c a e S í m b o l o s. Para efeito de nomenclatura chamare m o s

esta categorização de Classificação B.

71ALEXANDRE MOTA DA SILVA

Fonte Goudy text

HamburguersABaefgAB

GÓTICO

Fonte Snell

HamburguersABaefgAB

MANUAIS

Page 7: Classificação Tipográfica

4.4.2 - CLASSIFICAÇÃO B

O elemento determinante nesta classificação é a presença

ou não de serifas. As duas primeiras classes são,

historicamente, as mais comuns na formatação da mensagem.

Faremos uma breve descrição das classes.

4.4.2.1 - Serifa Curva

Os tipos Serifa Curva são influenciadas pelas

características do desenho de letra romana e são

influenciados pela forma dos desenhos de Nicholas Jenson e

Francesco Griffo feitos em Veneza, por volta de 1470. Estes

tipos foram a inflluência para o desenho tipográfico francês

de Garamond, Granjon e Jannon no século XVI. Mas

também influenciou o desenho do tipo Roman du Roi (e suas

variantes) do século XVII. Entre outros aspectos, esta

categoria se caracteriza pelo desenho humanista e as

influências do calígrafo no seu desenho estrutural. Observa-

se a presença obrigatória da serifa, variações no contraste

entre as hastes, que podem ser acentuados ou não. O eixo é

diagonal, podendo inclusive ter eixo duplo. A principal

característica difrenciadora são as serifas ligadas às hastes por

ligações curvas, sendo que as serifas podem ser triangulares,

curvas ou alinhadas pela base, pesadas ou leves.

72ALEXANDRE MOTA DA SILVA

CLASSIFICAÇÃO B

SERIFA CURVA

DESENHO DAS SERIFAS ROMANAShamburguers

hamburguers

hamburguers

hamburguers

hamburguers

hamburguers

hamburguers

hamburguers

hamburguers

hamburguers

hamburguers

hamburguers

Primeira classe Segunda Classe Terceira classe

LETRAS SERIFADAS LETRAS SEM-SERIFA OUTROS ESTILOS

SERIFA CURVA SEM SERIFA HUMANISTA CURSIVA

SERIFA LINEAR SEM SERIFA GEOMÉTRICA FANTASIA

FANTASIA

SÍMBOLOS

Page 8: Classificação Tipográfica

4.4.2.2 - Serifa Linear

Historicamente o tipo sem-serifa linear surge entre o final

do século XVII e o início do século XVIII com Giambattista

Bodoni, na Itália, e Firmin Didot, na França. Os dois

desenharam tipos bem diferentes do que existia até então,

mas bastante semelhantes entre eles. Dentre as

características desta classe podemos perceber tipos mais

delicados com hastes finas e grossas com contraste radical

entre elas. As serifas são delicadas com finas terminações

normalmente alinhadas pela linha base. As serifas podem ter

o desenho triangular na sua junção com a haste, mas nunca a

junção entre a haste e a serifa será feita com formas curvas.

Esta categoria, normalmente, possui eixo central, contraste

radical entre as hastes e presença de terminações mais finas e

delicadas alinhadas pela linha base. Nas versões mais pesadas

das lineares as serifas podem ser grossas, mas a característica

diferenciadora desta categoria é a conexão das serifas com as

hastes que sempre é feita com linhas.

4.4.2.3 - Sem Serifa Geométrica

As primeiras letras sem serifa foram desenhadas por

Willian Caslon IV por volta de 1816, mas na época o estilo

não foi muito utilizado. Durante o século XX as letras sem

serifa foram amplamente publicadas, principalmente na

segunda metade do século. A característica determinante

desta classe é a ausência de serifas. Esta classe usa o círculo, o

quadrado e o triângulo como estruturas básicas para o

desenho de suas letras. Possuem a letra A em formato de

círculo e o G minúsculo em gancho. São caracterizadas pela

impessoalidade, rigidez, estrutura formal e pelas form a s

geométricas. A letra A é marcante neste estilo de letra e a

monolinearidade nos traços das hastes é constante.

73ALEXANDRE MOTA DA SILVA

CLASSIFICAÇÃO B

SEM-SERIFA GEOMÉTRICA

Fonte Futura

HamburguersABaefgAB

CLASSIFICAÇÃO B

SERIFA LINEAR

DESENHO DAS SERIFAS LINEAREShamburguers

hamburguers

hamburguers

Page 9: Classificação Tipográfica

4.4.2.4 - Sem Serifa Humanista

Esta classe se diferencia da anterior pela modularidade das

hastes, uma característica que é uma espécie de resgate do

traço humanista da pena do calígrafo. No desenho estrutural

desta classe as hastes possuem estudados arredondamentos e

podem se encontrar com a linha base por meio de suaves

inclinações, que não podem ser consideradas serifas. A letra

A minúscula possui desenho em gancho e o G pode ser em

gancho ou com 2 andares. Letras desta classe são amplamente

divulgadas hoje e influenciaram os novos parâmetro s

estruturais no desenho de letras. Nesta classe se encontram,

entre outras, a Helvetica, a Univers, a Gill Sans, a Franklin

Gothic e a Akzidenz Grotesk, ou seja a maioria das fontes

clássicas sem serifa do século XX. As Sem Serifa humanistas

demonstram o estado intermediário entre a geometria e o

traço manual.

4.4.2.5 - Cursiva

Uma característica marcante desta classe é a referência à

escrita manual. Podem ser meras reproduções de escritas

manuscritas ou desenho de letras com referências delas.

Podem ter características formais ou informais, mas possuem

contraste entre as hastes, pouca rigidez na sua estrutura,

modularidade e algumas possuem conexões entre as letras.

São letras indicadas em situações específicas pois não

possuem boa legibilidade.

74ALEXANDRE MOTA DA SILVA

CLASSIFICAÇÃO B

SEM-SERIFA HUMANISTA

CLASSIFICAÇÃO B

CURSIVA

Page 10: Classificação Tipográfica

4.4.2.6 - Fantasia

Tipos decorativos sempre existiram na história do

desenho tipográfico. Já nos primeiros livros as capitulares

eram desenhadas com excessivos ornamentos e estilo bem

marcante. Mas a publicidade, durante o século XIX, e a

i n t rodução do Desktop Publishing, na década de 80,

impulsionaram o desenho deste estilo de letra, que em alguns

casos podem ser considerados tipos experimentais. Esta classe

não possui nenhum tipo de estrutura comum à tod o s

desenhos. Mas características marcantes deste estilo são a

forte identidade visual criada pelo desenho das letras, a pouca

legibilidade em corpos pequenos e, principalmente, são tipos

desenhados para aplicação em corpos grandes.

4.4.2.7 - Gótica

São tipos com características de modelos manuscritos,

onde a pena do calígrafo é marcante. O diferencial desta

classe para a classe cursiva é que as principais influências das

letras Góticas estão no período anterior à invenção da

tipografia. Normalmente são letras pesadas e de pouca

legibilidade.

4.4.2.8 - Símbolos

Esta classe inclui os caracteres desenhados com objetivos

pictográficos ou ideográficos e não possuem vínculo com a

escrita fonética. São usados para ilustrar ou referenciar

objetos, logomarcas, imagens, sinais, circunstâncias etc

75ALEXANDRE MOTA DA SILVA

CLASSIFICAÇÃO B

FANTASIA

CLASSIFICAÇÃO B

GÓTICA

CLASSIFICAÇÃO B

SÍMBOLOS