CLAUDIO LUIZ DOS SANTOS PNEUMOLOGISTA · PNEUMOCONIOSE DO MINERADOR DE CARVÃO • ... Rx é...

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CLAUDIO LUIZ DOS SANTOS PNEUMOLOGISTA

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CLAUDIO LUIZ DOS SANTOS

PNEUMOLOGISTA

28% CASOS ASMA SÃO DEVIDO EXPOSIÇÃO AMBIENTE DO

TRABALHO ,

SINTOMAS – TOSSE , DISPNEIA , SIBILANCIA ,

RINITE ASSOCIADA

ESPIROMETRIA – DVO REVERSIVEL

DIAGN- CLINICA + ESPIROMETRIA

BRONCOPROVOCAÇÃO

TESTE CUTANEO - IGE TOTAL + RAST

RX TORAX

TRATAMENTO – EVITAR ALERGENOS + CI + BD +BL

BICINOSE

EXPOSIÇÃO AO ALGODAO, LINHO OU CANHAMO

BRONQUITE - ASMA OCUPACIONAL –INFLAMAÇÃO

PNEUMONITE TOXICA

SINTOMAS – DISPNEIA – TOSSE SECA QUE TEM RELAÇÃO COM

A CHEGADA AO TRABALHO E REMISSÃO DOS SINTOMAS COM

AFASTAMENTO

ESPIROMETRIA –NORMAL PRE-TRABALHO

DVO APÓS EXPOSIÇÃO GMTE REVERSIVEL

OU DVO FIXA APÓS ANOS EXPOSIÇÃO

PROCESSO INFLAMATORIO CRONICO

TTO- AFASTAMENTO + BD + CORTICOIDES

TABAGISMO ( 40 – 45% FUMANTES ) DEFIC ALFA 1 ANTI-TRIPSINA POLUENTES AMBIENTAIS ( FULIGEM, IND ALIMENTICIA, FOGO A LENHA,

CALDEIRISTAS )

CLINICA –TOSSE SECA OU PRODUTIVA / DISPNEIA PROGRESSIVA SIBILANCIA OU REDUÇÃO MV CURSO HABITUALMENTE PROGRESSIVO PERDA VEF1 – 80 A 100 ML/ ANO

EXAMES RADIOLOGICOS RX TORAX - HIPERINSUFLAÇÃO /PERDA ÂNGULO COSTO FRENICO CT TORAX - BOLHAS / ESPESSAMENTO SEPTOS ESPIROMETRIA -- DVO ---- DVR

TRATAMENTO – AFASTAR AGENTE CAUSAL - BD + CORTICOIDES + ATB TRANSPLANTE PULMONAR

SILICOSE: o  Inalação de poeira com dióxido de sílica cristalina

o  Mineração de rochas duras , abrir túneis, jatos de areia, corte, moagem pedras, industria

ceramica

Formas clínicas

-  Agúda ou silicoproteinose alveolar: exposição a grandes quantidades de sílica

em curto período de tempo (5 anos).

-  Clássica ou Doença Intersticial Reticulonodular Crônica (10 - 20 anos)

• Simples

• Complicada ou Fibrose Maciça Progressiva

Complicações: Carcinoma e Tuberculose

-  Preditores de mortalidade

-  TB: 25 % dos casos silicose aguda ou clássica

-  Piora dos sintomas respiratórios

-  Progressão mesmo após interrompida a exposição

DIAGNÓSTICO

Exposição prolongada a baixas concentrações de sílica.

SIMPLES

• Nódulos peribronquiolares centrolobulares bilaterais (1 - 10 mm) • Porções superiores e peri-hilares, nas regiões posteriores • +/- Calcificações • Enfisema focal por inalação de particulas •Espirometria – dv restritivo leve • DDX: Sarcoidose e Linfangite Carcinomatosa

-  Distribuição peri-linfática

-  Nódulos subpleurais podem formar placas

-  Aumento dos linfonodos peri-hilares + calcificações tipicamente periféricas

SILICOSE CLÁSSICA

Expansão e confluência dos nódulos silicóticos, com aparecimento de grandes

opacidades (> 1cm)

•Sintomas respiratórios e piora da função pulmonar •Espirometria – DVR severo

  Grandes opacidades simétricas bilaterais de margens irregulares, com

predomínio superior e médio, +/- escavação central

  Bronquiectasias de tração, fibrose apical com áreas de enfisema cicatricial

  Calcificação

  Linfonodomegalias peri-hilares

  Anormalidades pleurais

TRATAMENTO

COMPLICADA ou FIBROSE MACIÇA PROGRESSIVA

ACHADOS RADIOLÓGICOS

H 54 anos, Silicose Simples

Múltiplos pequenos nódulos bem definidos e bilaterais de predomínio nos

campos pulmonares médios e superiores

H 56 anos com Silicose Simples

Imagens nodulares de tamanhos variáveis bilaterais de predomínio nos campos pulmonares médios e

superiores CT caracteriza a distribuição perilinfática e a tendência a coalescência das lesões periféricas

Silicose e Fibrose Maciça Progressiva

Grandes opacidades nos campos pulmonares superiores D e E, com elevação hilar

bilateral. CT mostra conglomerados com calcificações bilaterais.

SILICOTUBERCULOSE •Nódulos ou consolidações assimétricas, escavação e rápida progressão

•Presença de escavação indica a possibilidade de silicotuberculose, mas pode resultar de

alterações isquêmicas nos conglomerados silicóticos

CT ao nível dos grandes vasos mostra lesão escavada com paredes espessas no LSE, achado sugestivo de

tuberculose pulmonar

CT ao nível dos brônquios principais mostra conglomerados bilaterais, múltiplos pequenos nódulos

centrolobulares e subpleurais e aumento de linfonodos mediastinais

PNEUMOCONIOSE DO MINERADOR DE CARVÃO

• 

Pulmao negro simples --- poucos sintomas / muitos evoluem com fibrose pulmonar

(tosse e dispneia incapacitante)

• 

Comum associação com sílica (Antrassilicose) maior gravidade

• 

História de exposição significativa (>10 anos)

AP: mácula da carvão, com 1 a 5 mm de diâmetro, e macrófagos carregados de

pigmentos, associada a fibrose mínima, de localização centrolobular e subpleural (PL)

Achados Radiológicos -  Simples: nódulos pequenos nos campos pulmonares superiores e posteriores +/-

calcificações

-  Complicada ou Fibrose Maciça Progressiva: conglomerado, que pode sofrer necrose e cavitação. Importante diferenciar do câncer de pulmão

-  Aumento de linfonodos hilares e mediastinais +/- calcificações periféricas

(presença de sílica na poeira do carvão)

Causada pela inalação da poeira de carvão ( sul brasil – bacias carboniferas)

ASBESTOSE E DOENÇA RELACIONADA AO ASBESTO

• 

Asbestose • 

Atelectasia redonda • 

Doença pleural associada ao asbesto

Asbestose: Fibrose intersticial difusa consequente da inalação de fibras de asbesto, -- mineração, fabricação telhas,caixa de água, lonas – pastilhas freios, tecelagem, papelão , tecidos , mangueiras

• 

História clínica confiável de exposição : dx clínico presuntivo • 

AP: Corpos de asbesto • 

Rx é limitada, recomenda-se imagens de TCAR em decúbito dorsal e ventral para definição diagnóstica -  Fibrose com predominância de faveolamento / PIU

–  Fibrose com predominância de bandas atelectásicas

Asbestose X FPI: espessamento da pleura parietal associado a fibrose

pulmonar em paciente com história de exposição ao asbesto

H 58 anos com Asbestose

Corpo de asbesto trata-se de fibras de

asbesto circundadas por proteínas

Discretas opacidades reticulares nas bases

pulmonares bilaterais

ASBESTOSE

Áreas de fibrose pulmonar periféricas, com bandas parenquimatosas bilaterais

ASBESTOSE - Estágio avançado

Faveolamento cortical póstero-basal bilateral, associado a bronquiolectasias de tração

Doença pleural associada ao asbesto

PLACAS PLEURAIS : Manifestação comum da exposição ao asbesto, considerado marcador de exposição   Porções posteriores e laterais da pleura torácica, entre a sexta e a décima costelas, e a pleura diafragmática, principalmente na sua porção superior.   A maior parte ocorre na ausência de asbestose e raramente detecta-se asbestose

quando placas pleurais não estão presentes.   Espessamentos pleurais focais, bilaterais, descontínuos, com bordas lisas +/- calcificações

DERRAME PLEURAL EXSUDATIVO BENIGNO   Manifestação clínica precoce nos primeiros dez anos após a exposição inicial ao asbesto e

os achados de imagem são inespecíficos.   Unilaterais ou bilaterais

  Persistentes ou recorrentes   É um diagnóstico de exclusão, sendo o mesotelioma maligno considerado diagnóstico

diferencial.

CARCINOMA BRONCOGÊNICO • 

A associação entre a exposição ao asbesto e o câncer de pulmão é considerada

como de causa e efeito.

•  Tabaco tem um efeito sinérgico mutilplicativo, elevando o risco em cerca de 500

em comparação com indivíduos não fumantes e não expostos.

MESOTELIOMA

A exposição ao asbesto está associada ao desenvolvimento do tumor em até 50% a 80% dos casos.

Achados radiológicos:   Derrame pleural unilateral.

  Massas pleurais sólidas e espessamento pleural circunferencial com

tendência a encarceramento pulmonar.

  Espessamento irregular das fissuras, extensão para a pleura mediastinal,

pericárdio e parede torácica e sinais de comprometimento à distância.

•  A TC é o método de escolha na avaliação da presença e extensão do mesotelioma,

apesar de os sinais não serem patognomônicos

Mesotelioma pleural relacionado ao asbesto

TCAR demonstrando derrame pleural direito, associado a espessamento pleural difuso com extensão para a pleura mediastinal.

BERILIOSE -- 2% individuos expostos (sensibilidade)

• Fabricação de ligas metálicas, indústria aeroespacial e reatores nucleares

• AP: Granuloma não caseoso semelhante ao da Sarcoidose

FORMA AGUDA • Forma aguda - pneumonite - pode ser grave e, às vezes, fatal. Causa dispneia tosse, ins resp

o tto corticoides,vm  

FORMA CRÔNICA

ACHADOS RADIOLÓGICOS

•  Nódulos parenquimatosos e espessamento septal interlobular , de predomínio nas

regiões peribroncovasculares e septos interlobulares. • Faveolamento, conglomerado de massas, espessamento das paredes brônquicas ou linfadenopatia hilar ou mediastinal. • Nódulos parenquimatosos podem calcificar.

• Tosse e dispneia progressiva • Espirometria – DV restritivo • Doença pulmonar granulomatosa crônica.

H 49 anos com BERILIOSE

Aumento linfonodal hilar e mediastinal bilateral

Múltiplos pequenos nódulos peribroncovasculares e

nas fissuras associado a aumento dos linfonodos

hilares

BERILIOSE TCAR demonstrando sinais de fibrose no

LSE, com bronquiectasias de tração e

consolidações

PNEUMOCONIOSES NÃO FIBRÓTICAS - inalação de poeira inerte,

levam a anormalidades radiográficas significativas, mas poucos sintomas.

SIDEROSE - acúmulo de óxido de ferro . É a mais comum.

• 

Soldadores de circuitos elétricos e oxiacetileno

• 

Particulas inaladas acumulam-se nos macrófagos, que se agregam nos linfáticos

perivasculares e peribrônquicos, com mínima fibrose .

• 

Opacidades nodulares pequenas difusas e bilaterais , de predomínio peri-hilar,

reversíveis com a suspensão da exposição .

• 

Silicosiderose - incapacidade significativa e achados tomográficos semlhantes a

silicose.

TCAR com reconstrução com

técnica MIP demonstrando

múlOplos nódulos centrolobulares esparsos

bilaterais

5 A 10% CANCER DE PULMAO TEM RELAÇÃO A EXPOSIÇÃO

OCUPACIONAL

90 % TEM RELAÇÃO COM TABAGISMO

-SILICA

-ASBESTO

-ARSENICO

-EXAUSTAO DE DIESEL

-ETER BISCLOROMETILICO

-BERILIO

-CADMIO

-CROMIO

-NIQUEL

-RADONIO

-FULIGEM E FUMOS DE GASEIFICAÇÃO DO CARVAO

CÂNCER DE PULMAO

Inalação de antígenos orgânicos e químicos (+300 descritos) – sem

relação com atopia -- sem elevação IgE ou eosinofilos (tabaco reduz risco)

Ag bacterianos – fungos, bactérias, amebas (pulmão fazendeiro \criador

pássaros)

Substâncias químicas de baixo peso molecular (ind quimicas, alimenticia,

madeira, metalurgia-oleo corte)

SINTOMAS Sintomas agudos

o Dispneia, tosse , febre , mal estar

Crônico

o Dispneia – evolução para fibrose

Diagnostico

o História + RX + CT alta resolução

Espirometria – DV restritivo

Lavado broncoalveolar (linfócitos) e biopsia pulmonar

TRATAMENTO Afastamento – corticoides – imunossupressores

Fibrose avançada – transplante pulmonar

Prognóstico – bom na fase aguda e subaguda

Ruim na fase crônica - fibrose – insuficiência respiratória – cor pulmonale

(30% mortalidade)

PNEUMONIA DE HIPERSENSIBILIDADE

MUITO OBRIGADO!

Referências Bibliográficas:

• 

Paul & Juhl Interpretação Radiológica, 7° edição, Guanabara Koogan

Banks DE , parker JE. - occupational lung disease, 1 ed.

Ericson Bagatin - Pneumoatual - doenças pulmonares ocupacionais BBam

• 

SBPT -- Diretrizes brasileiras das doenças pulmonares intersticiais-

• 

TC de alta resolução do pulmão, Nestor Muller, 4 ° edição

• 

Imagem nas doenças ocupacionais pulmonares, J Bras Pneumol. 2006;32 (Supl 2):S103-S111.