CAVALGADAS E CAVALOS • 1 A 15 DE JUNHO 2020 1 ANO VI • NO 92 • 1 A 15 JANEIRO • 2019www.cavalgadasecavalos.com.br ANO VI • NO 117 • 1 A 15 DE JUNHO • 2020

O SEU JORNAL DO CAMPO

NESTA EDIÇÃO

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Cólica em Equinos

Promoções Farmácia do Jockey

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Saiba como apostar no Jockey

Pág 4

Mudança no Trânsito de Animais

Ferrageamento: a quente ou

frio?O Médico Veterinário

e Ferrador Coordenador das

Olimpíadas Rio 2016, Luiz Gustavo

Tenório, compara as duas técnicas e

aponta prevenções e cuidados. Pág. 3

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Curitiba e Região Metropolitana

LaÇos & CausosPor Claudiane Crisóstomo Pasquali

Adoro gramática, e vejo o quão é interessante observar a ciranda das palavras que vão surgindo ou se alterando conforme o momento.

Há menos de 20 anos, antes de surgir o Smartphone ou Android, algumas palavras usadas hoje em dia, não tinham o mesmo sig-nificado e/ou a versatilidade do uso atual. As palavras curtir, compartilhar, nuvem, aplicativo, safari, copiar, colar, plataforma e navegador, são apenas algumas destas palavras, assim como as inglesas link, download, facebook, story, site, e-mail, whatsapp e iphone.

Curtir era usado como gíria e compartilhar era usado por pro-fessoras na hora da divisão do lanche, ou em sermões religiosos: compartilhar o pão e o vinho. Safári era viagem para África.

Plataforma era o tipo de salto das sandálias, ou local que a Petro-brás retirava petróleo. Copiar e colar não estavam juntas como hoje. Copiar um texto ou uma receita, não tinha que colar depois. Colar era passar cola em alguma coisa.

O surgimento ou nova utilização das palavras, em função da web, faz com que nasçam verbos em português, de palavras em inglês, devido a propagação do seu uso, como linkar, raquear, etc, aceitas em dicionários. Uma evolução.

Em termos gramaticais, é positiva a aceitação de novas palavras, visto que é forma da população se comunicar. Em contrapartida, esta mesma população, não aceita o negativismo por parte das instituições quanto as palavras Pandemia, Corona e Isolamento. Negativismo este que permite evoluir estas palavras – diferente das palavras da web – à morte da população.

ÁrabeUsada para montaria, corrida, saltos, lazer e apresentações, é a raça mais antiga e deu origem às demais raças de cavalos. Mede entre 1,47 e 1,57 metro e possui registros de existência no século 20 a.C.

AppaloosaRaça usada para sela e esportes, possui entre 1,47 e 1,57 metro e foi desenvolvida por índios do rio Palouse no noroeste dos Estados Unidos. Manchas e pintas pelo corpo são algumas de suas características físicas.

Quarto de MilhaIdeal para sela, corridas, saltos de obstáculos e lida do gato, a raça descende dos cavalos mustangues que foram levados para a América do Norte por colonizadores espanhóis. Tem entre 1,52 e 1,62 metro e uma grande força muscular.

AndaluzTambém conhecida como Puro Sangue Lusitano, a raça é típica do sul da península ibérica. Com cerca de 1,57 metro, é o cavalo mais antigo da civilização ocidental.

PercheronCom altura entre 1,5 e 1,8 metro, é usado para sela, tração, competições de carruagem e desfiles comemorativos. Originário do nordeste da França, é forte, porém dócil.

Puro Sangue InglêsPrincipal cavalo de corrida do mundo, mede entre 1,62 e 1,67 metro. Surgiu na Inglaterra no século 17 e é considerada a raça mais cara de cavalo. É corajoso e com bom vigor físico.

LusitanoUsado para sela, touradas, adestramentos e apresentações, mede entre 1,52 e 1,62 metro. É conhecido pela sua bravura, força, robustez e grande agilidade.

Claudiane Crisóstomo Pasquali é Diretora de Esporte Paraequestre da Federação Paranaense de Hipismo, endurista e apaixonada por

cavalos. Contato: claupasquali@uol.com.br

NOVAS VELHAS PALAVRAS

Raças de CavalosAo longo das próximas edições vamos falar um pouco de cada raça de cavalo, suas particularidades, origem e entrevistas com associações e criadores.

Árabe, Puro Sangue Inglês, Lusitano, Andaluz, Percheron, Quarto de Milha e Appaloosa são as raças mais conhecidas

Eles chamam atenção pela beleza, inteligência e habilidade. Podem valer milhões de dólares ou podem valer uma afetividade ímpar. Como também serem úteis na Equoterapia, cujo andamento específico, é peça chave para auxliar no tratamento.

Falaremos de tudo isso e mais um pouco nas próximas edições. Conheça agora as principais raças.

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Hematologia, Bacteriologia,P.R.P. e GTA

Exame de Anemia Infecciosa Equina e MormoExame Citológico

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CAVALGADAS E CAVALOS • 1 A 15 DE JUNHO 2020 3

O ASSUNTO É.. Por MV Luiz Gustavo Tenório

FERRAGEAMENTO QUENTE X FRIOSou Ferrador há 28 anos e desde o meu tenro iní-cio, ouço histórias e vejo problemas causados pela imperícia e imprudência de ditos profissionais no uso do ferrageamento a quente. Bem, vou tentar desmistificar essa rixa entre as duas técnicas de ferrageamento.

Ferrador Baiano, ajustando ferradura na bigorna em ferrageamento a frio.

Estrutura do cascoO casco equino é uma especialização da pele do cavalo, é uma estrutura rica em minerais, micro minerais, vitaminas, proteínas e água, na seguinte proporção (60% - 40%).

A muralha do casco possui a maior concentração de minerais e de proteínas, sendo extremamente rígida e resistente. A sola do casco é constituída do mesmo material da muralha sendo que a concen-tração de água é maior e a função da sola exige que seja dessa forma, pois ela sofre maior dilatação e participa ativamente da propriocepção do cavalo.

AnatômicaO cavalo é o único mamífero quadrúpede da terra que possui especialidades anatômicas para dormir sobre os cascos sem sobrecarregar os músculos, tendões e articulações. Essa especialização se dá porque o cavalo sempre foi uma presa na cadeia alimentar, e dormir de pé e tendo suas solas como radares, a fuga fica muito mais fácil.

Ambiente dos cascosNa natureza os cavalos são nômades, comem e an-dam atrás de comida e água e isso naturalmente au-menta o desgaste e diminui a contaminação, já que ele dificilmente vai pisar no próprio estrume ou urina.

Após a domesticação fez com que tudo isso sofresse uma mudança, uma adaptação, já que os animais

Luiz Gustavo Tenório, Médico Veterinário e FerradorFerrador responsável por toda a organização, planejamento e administração de Blacksmith área dos Jogos

Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016. luizgustavotenorio@gmail.com

Caramba, o que essas informações tem a ver com o ferrageamento quente ou frio? Explico agora!

tiveram sua mobilidade diminuída e o ambiente fi-cou mais propenso a contaminação já que ele come, estruma e urina no mesmo local.

Infelizmente isso é somado a um constante problema de manejo de baias com cama inadequada, mão de obra desqualificada e claro desequilíbrio nutricional.

A técnica do ferrageamento a frio é uma modalidade muito limitada tanto no auxílio do cuidado sanitário dos cascos, quanto na questão de auxílio mecânico para os cavalos atletas ou mesmo como auxilio no tratamento das claudicações. O esforço do ferrador é muito maior nessa modalidade de trabalho com um maior desgaste físico e das ferramentas. Como diz o ditado “Malhar em ferro frio não é fácil”. Ok, mas eu falei em cuidados sanitários, como assim?

FermentarLembra que nós mudamos a rotina natural dos ca-valos, colocamos esses animais em locais fechados e restritos, ou seja, o animal vai comer, estrumar, urinar no mesmo local e pisando, compactando tudo isso com os cascos. Toda essa matéria orgâni-ca vai fermentar nessa sola e ranilha, isso é terrível para a saúde dos cascos e do animal como um todo.

E onde entra o Ferrageamento a quente nisso? Quando vamos ferrar um animal, nós manipulamos a sola com a retirada do material esfoliado, sola e

Ferrador, Valcir em atendimento usando técnica do ferrageamento a quente

ranilhas velhas e por falta de adequado conheci-mento se remove material novo, íntegro.

Quando usamos a ferradura quente no casco, o ca-lor que é transmitido da ferradura para o casco, faz com que a proteína do casco, Queratina, se preci-pite e esse processo químico vai originar um calo natural, pelo endurecimento da sola, em toda a área que foi “queimada”, esse calor vira uma cama-da extra e necessária de proteção para esse casco e preserva a umidade interna do casco também. Isso não ocorre no ferrageamento a frio.

Prevenindo podridõesOutra ocorrência pelo calor é que após o ato de queimar a sola nós conseguimos diminuir e muito a concentração de fungos e bactérias que estão nas solas, também não conseguimos isso com o ferra-geamento a frio. Essa diminuição é vital na preven-ção das podridões dos cascos, claro que sem des-cuidar da limpeza das baias.

MoldadasMais uma vantagem é que com a ferradura quente se consegue moldar ela com mais perfeição e detalhe ao casco equino, sem tanta força física e com menor desgaste das ferramentas, além claro, da maior aju-da nas modificações necessárias para performance ou no auxílio do tratamento das patologias.

Qualificação profissionalAté agora somente vantagens nessa técnica a quen-te, qual ou quais as desvantagens dela? Não é para qualquer um, necessita ser aplicada por um profis-sional que entenda as condições e necessidades do casco para aplicar sobre ele calor.

É um serviço que tem que ser mais caro, pelo material, pelo tempo que se leva para finalizar e pela quantidade de ferramentas necessárias para execução correta. O risco de acidentes durante a execução é maior pois o animal pode se assustar com a fumaça.

Quais as limitações essa técnica possui? Não deve ser usado calor nos cascos quando a con-dição da sola é extremamente delicada, sensível. Vai levar a dor severa com riscos de causar uma laminite no animal. Primeiros ferrageamentos, ani-mais com menos de 03 anos, pois seus cascos ainda possuem uma elevada concentração de água e o calor vai diminui-la.

Então, espero que com essas informações vocês entendam que o calor não é prejudicial para os cas-cos e sim o uso inadvertido da técnica por pessoas incapacitadas.

Lembrem-se cuidar dos cascos é uma obrigação, ferrar o cavalo deve ser feito por um profissional. Um abraço e até a próxima.

4 CAVALGADAS E CAVALOS • 1 A 15 DE JUNHO 2020 D

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Adapar orienta sobre mudanças no trânsito de animais

O trânsito de bovinos e bubalinos en-tre o Paraná, Rio Grande do Sul e os estados do Bloco I do Programa Nacio-nal de Erradicação e Prevenção da Fe-bre Aftosa (PNEFA) - Acre, Rondônia e regiões do Amazonas e do Mato Gros-so está autorizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Com isso, a Agência de Defesa Agrope-cuária do Paraná (Adapar) alterou seus manuais de Trânsito Agropecuário e de Normas para Emissão de Guia de Trân-sito Animal (GTA).

Bovinos e búfalosCom relação aos bovinos e búfalos, além de ser permitido o ingresso, indepen-

Com a Prefeita Beti Pavin e o Secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão Marcio Strapasson, foi assinada a autorização para o início das obras de asfalto nas ruas: Mimoseiras, Pitangueiras e Mamoeiro,

no Jardim das Graças; Reynaldo Cavalli, no Jardim Osasco; Apucarana, no Guaraituba; Ludovico Kachel, no São Gabriel e Ângelo Lazarotto, no São Sebastião - com investimentos de aproximadamente R$ 2,6 milhões em pavimentação asfáltica em 2.005,62 metros de extensão.

Estiveram presentes o presidente da Câmara de Vereadores de Colombo Vagner Brandão, os vereadores Pelé, Ângelo Betinardi, Vardão, Edson Baggio e as lideranças dos bairros Joel Bueno, Hélio Feitosa e Ademar Costa.

Colombo I Sérgio Pinheiro e Beti Pavin assinam novo pacote de obras

dente da finalidade, de cargas oriundas de estados e regiões em fase de tran-sição no reconhecimento do pleito de zona livre de febre aftosa sem vacina-ção, também é permitido o ingresso, independente da classificação, de cargas oriundas de estados livres sem vacina-ção, que é o caso de Santa Catarina.

Outras origens“Para as demais origens, é proibido o in-gresso para todas as finalidades, exceto aqueles para abate imediato e estabe-lecimento de pré-embarque, casos em que a carga deve ser lacrada pelo Servi-ço Veterinário Oficial da origem”, expli-ca o gerente de Trânsito Agropecuário da Adapar Muriel Moreschi.

LacradasCargas em trânsito deverão respeitar os postos listados no inciso I, artigo 9º da Portaria Adapar 289/2019 para ingresso e saída do estado. “As cargas deverão ser lacradas no ingresso e deslacradas na saída do estado”, com-pleta Moreschi.

OUTRAS CARGAS Outros animais suscetíveis a febre af-tosa, como suínos, ovinos, caprinos e silvestres suscetíveis podem ingressar apenas pelos PFTAs classificados como pontos de ingresso.

Os animais não suscetíveis a febre

aftosa, como aves, equinos, silves-tres não suscetíveis e peixes podem entrar por qualquer PFTA, indepen-dente da classificação, assim como produtos e subprodutos de origem animais. Animais oriundos do Para-ná, inclusive os suscetíveis. poderão sair do estado por qualquer PFTA, in-clusive os de rechaço.

Ainda de acordo com a Portaria, o acesso às dependências da Câmara Municipal será permitido exclusivamente com agendamento a população em geral. Esse agendamento deve ser feito através do e-mail camaracolombo@onda.com.br ou pelo telefone (41) 3656-8200.

Medidas restritivas – A Casa Legislativa está mantendo a suspensão, por prazo indeterminado, das sessões solenes, audiências públicas, visitas guiadas e demais eventos não relacionados às atividades legislativas. O acesso às dependências da Câmara está sendo permitido exclusivamente a vereadores, servidores, colaboradores terceirizados e fornecedores, devidamente identificados. As sessões ordinárias e

extraordinárias estão sendo transmitidas, ao vivo, pelo canal do Youtube da Câmara Municipal de Colombo.

Acesse a Portaria 54/2020 na íntegra no site câmaracolombo.pr.gov.br

Com informações da CMC.

O recebimento de correspondências, entregas e protocolos serão realizados apenas pelas Portarias e no Setor de Protocolo da Secretaria Legislativa

Colombo II Acesso à Câmara muda para agendamento e novas normas para protocolo externo são aplicadas

InformaçõesO resumo das alterações determinadas podem ser

acessadas no site da Adapar: www.adapar.pr.gov.br

CAVALGADAS E CAVALOS • 1 A 15 DE JUNHO 2020 5

Por MV Liédge Simioni Felicio

O cavalo tem características da própria espécie que predispõem ao apareci-mento desta síndrome, o estômago muito pequeno, a incapacidade de re-gurgitação e as grandes curvaturas dos intestinos são fatores predisponentes.

Os equinos são animais muito susceptí-veis a alterações na rotina ambiental ou alimentar. Situações em que exista pri-vação de água, estresse devido ao trans-porte, alimentação de má qualidade, entre outros, podem levar a ocorrência da Síndrome Cólica.

Como avaliarAs alterações comportamentais mais características que os cavalos com dor abdominal apresentam são: raspar o chão, sapatear, coicear o abdomem, in-quietação, deitar e se levantar, rolar no chão, olhar para o flanco, deitar de cos-tas e bater continuamente na água sem beber.

GravidadeOs danos ocasionados ao aparelho di-gestivo dos equinos podem ser diversos, como grandes distensões com acumulo de gás, vólvulos, torções e compacta-ções. A dor causada por essas afecções pode variar de leve, moderada e inten-sa, dependendo do grau de gravidade e do limiar de dor do paciente. A cólica em equinos é uma doença grave! O mé-dico veterinário deve ser solicitado ao mínimo sinal de desconforto abdominal pois a correta conduta do tratamento

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A síndrome cólica é qualquer alteração no trato gastrointestinal dos equinos que causa dor abdominal intensa e são responsáveis por 50% dos óbitos do equinos do mundo inteiro.

logo na fase inicial da cólica aumentam muito as chances de recuperação clínica do equino.

DiagnosticandoO tratamento inicial incorreto bem como a falta de utilização de medica-mentos e procedimentos adequados pode comprometer a vida do animal. O diagnóstico rápido e preciso é funda-mental para a sobrevivência do eqüino, é uma das maiores dificuldades porque os fatores que causam o distúrbio são muitos e variam de caso para caso. Um cavalo com cólica se desidrata rapida-mente devido ao comprometimento do trato digestivo. Por isso pode ter com-plicações graves decorrente da rápida desidratação associada a um grande comprometimento de estruturas abdo-minais. O tratamento da síndrome cóli-ca pode ser clinico ou cirúrgico de acor-do com as afecções presentes do trato gastrointestinal, por isso o médico vete-rinário deve rapidamente estabelecer a conduta correta de tratamento.

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6 CAVALGADAS E CAVALOS • 1 A 15 DE JUNHO 2020

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8 CAVALGADAS E CAVALOS • 1 A 15 DE JUNHO 2020

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