Clima e estados de tempo em Portugal.1

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ATMOSFERA, ELEMENTOS E FATORES DE CLIMA 1

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Primeiro conjunto de diapositivos elaborados já em 2012 mas que se mantêm atualizados.

Transcript of Clima e estados de tempo em Portugal.1

ATMOSFERA,

ELEMENTOS E FATORES DE CLIMA

1

A Atmosfera terrestre, uma fina camada

gasosa que ….

2

envolve a Terra …

e que é composta por

diferentes camadas.

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Constituição da Terra

Nota: A atmosfera está representada de forma desproporcionada

4http://qnint.sbq.org.br/sbq_uploads/layers/imagem1083.jpg

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A

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M

O

S

F

E

R

A

Caraterísticas das camadas atmosféricas

Troposfera

Espessura média de 10 km desde o nível do mar. Nela

ocorrem todos os fenômenos climáticos (ventos, chuvas,

formação de nuvens, relâmpagos). As temperaturas podem

variar de 40°C até –60°C e diminuem com a altitude.

Estratosfera

Ocupa uma faixa que vai da troposfera até 50 km acima do

solo. As temperaturas variam de –5°C a –70°C. Aqui se

localiza a camada de ozono, que funciona como uma

espécie de filtro natural, protegendo a Terra do excesso de

raios ultravioletas.

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Mesosfera

Da estratopausa até 80 km acima do solo. A temperatura

varia entre –10°C até –100°C . A temperatura é

extremamente baixa, pois não há gases capazes de absorver

a energia solar.

Termosfera

Desde a mesopausa até 500 km do solo. É a mais extensa. A

temperatura atinge valores muito altos – pode atingir os 1

000ºC - devido ao oxigénio atómico (absorve a energia solar).

Exosfera

É formada metade por gás hélio e metade por hidrogénio.

Nela ocorrem as auroras boreais. Aqui permanecem os

satélites de transmissão de informações e os telescópios

espaciais.6

CLIMA – sucessão de estados de tempo registados

ininterruptamente durante, pelo menos, 30 anos.

http://www.ipma.pt/pt/oclima/normais.clima/1981-2010/003/7

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CLIMA - Uma caracterização obtida a partir de valores

médios dos dados recolhidos.

http://www.ipma.pt/pt/oclima/normais.clima/1981-2010/010/

ESTADO DE TEMPO – comportamento dos fenómenos atmosféricos num dado momento.

9http://www.ipma.pt/pt/otempo/obs.superficie.grafica/obsHorarios.jsp

Moncorvo

30.dezembro.2012

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ESTADO DE TEMPO – Uma caracterização feita a partir

dos dados absolutos recolhidos nesse momento.

http://www.ipma.pt/pt/otempo/obs.superficie.grafica/obsHorarios.jsp

Moncorvo

30.dezembro.2012

ELEMENTOS DE CLIMA – fenómenos físicos

responsáveis pelos estados de tempo e os climas.

Temperatura; Pressão Atmosférica; Humidade;

Pluviosidade; Vento; Insolação

Manifestam-se, particularmente, nos

primeiros 4 Km de altitude

São mensuráveis

FATORES DE CLIMA – circunstâncias naturais que

condicionam o comportamento dos elementos de clima.

Latitude; longitude; altitude; proximidade do mar;

continentalidade; disposição do relevo; exposição

solar

1

1

A Temperatura do ar em PORTUGAL

(estado de aquecimento da atmosfera)

Varia em função da origem das

massas de ar principais …

Polar

Tropical

e das caraterísticas que

adquirem no seu percurso posterior.

Polar marítima /polar continental

Tropical marítima/tropical continental

12

13

I

M

A

G

E

N

S

de

M

A

S

S

A

S

de

A

R

A Temperatura do ar depende, também, do/a

Ângulo de

incidência dos

raios solares

Hora do dia

natural

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http://pedrotildes.home.sapo.pt/movimentosol.pdf

Nota: A temperatura máxima regista-se depois das 12 horas. Verifica-se um

intervalo de tempo entre o máximo de radiação solar e o máximo de calor

libertado pela Terra – Irradiação terrestre.

A Te m p e r a t u r a d o a r , p o r t a n t o ,

Pode ser regulada por vários fatores:

Radiação solar

Aquecimento diferencial da terra e da água

Correntes oceânicas

Altitude

Posição geográfica

É, também, variável, no tempo e no espaço

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Radiação solar, igualmente, varia de local para local

Causas:

Latitude

Hora do dia e dia do ano (determinam a altura do sol e a intensidade e duração da radiação solar incidente)

Cobertura de nuvens (afeta o fluxo tanto da radiação solar como da radiação terrestre)

Natureza da superfície - determina o albedo (percentagem da radiação solar absorvida)

Consequências: a Temperatura do ar (à superfície) é

Mais elevada nos trópicos e diminui com a latitude

Mais elevada em julho do que em janeiro no hemisfério Norte

Mais elevada de dia do que à noite

Mais elevada sob céu claro do que nublado (durante o dia), com solo descoberto ao invés de coberto de neve e quando o solo está seco ao invés de húmido.

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Reflexos da variação do ângulo de incidência dos raios

solares na quantidade de radiação ultravioleta

Radiação ultravioletaFraca Moderada Elevada Mto forte Extrema

Aquecimento diferencial da terra e da água

Causas

A água é altamente móvel (a turbulência distribui o calor através de uma massa bem maior - alcança profundidade de 6 metros ou mais e a variação anual pode atingir de 200 a 600 metros)

O calor não penetra profundamente no solo ou rocha (permanece numa fina camada superficial, pois deve ser transferido pelo lento processo de condução)

O calor específico (a quantidade de calor necessária para aumentar de 1° C uma massa de 1g da substância) é quase 3 vezes maior para a água que para a terra

A evaporação é maior sobre a água do que sobre a superfície da terra.

A opacidade da Terra (o calor é absorvido somente na superfície)

Consequências

Durante o verão a camada mais grossa de água é aquecida a temperaturas moderadas, enquanto a fina camada de terra é aquecida a temperaturas mais elevadas(no inverno é o inverso)

Localidades costeiras apresentam menores variações anuais de temperatura.

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Correntes

oceânicas

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Massas de água

horizontais que

se deslocam

entre diferentes

latitudes e que

contribuem para

o equilíbrio

térmico do

planeta Terra:

aquecem as

regiões polares

e arrefecem as

regiões

tropicais.

Por exemplo, toda a costa ocidental da

Europa é beneficiada pela presença da

corrente quente do Golfo. As massas

de ar que se deslocam de Oeste para

Este vão originar temperaturas amenas

e precipitação abundante nas regiões

costeiras

Altitude

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Por cada km a

temperatura do ar

diminui cerca de 6,5 ºC.

O calor irradiado da

Terra vai-se tornando

mais fraco, o ar

encontra-se mais

rarefeito e a temperatura

diminui.

Esta variação vai ser

responsável pela

estratificação da

paisagem com a altitude.

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Influência da

altitude e da

exposição solar na

vegetação devido à

variação da

temperatura

Terra quente

Terra temperada

Terra fria

Terra gelada

Neves perpétuas

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Variação do ângulo de incidência dos raios

solares ao longo do dia

23

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Julho

Janeiro

É evidente a variação da

temperatura com a

latitude e com a época do

ano (consequência do

movimento anual

APARENTE do Sol)

Anual

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Variação do ângulo de

incidência dos raios solares

ao longo do ano

O ângulo de incidência diminui

com o aumento da latitude … e

a época do ano

Equinócios – Sol incide

perpendicularmente ao

Equador

Solstícios – Sol incide

perpendicularmente ao

Trópico de Câncer no de

junho e perpendicularmente

ao Trópico de Capricórnio no

solstício de dezembro.

N

Causa da variação do ângulo de incidência dos

raios solares a inclinação do eixo da Terra

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Data Nascente Poente

23.02.09 07h 17m 18h 23m

21.06.07 06h 12m 21h 05m

04.09.07 07h 08m 19h 03m

Equinócio de Setembro

Equinócio de Março

Solstício de

DezembroSolstício de

Junho

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Discussão

geométrica da

desigualdade dos

dias e das noites

D=N= 12H

D=N= 12H

HN – D< NDia + 12hNoite – 12h

HN – D > N

HN – Hemisfério Norte

D – Dia

N - Noite

Distribuição geográfica da

temperatura média do ar em Janeiro

de 2012

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Valores variaram entre 2ºC e 12ºC

porque, nesta época do ano:

o Sol incide perpendicularmente a

Sul do equador

a duração do dia é menor do que

a duração da noite

o ângulo de incidência dos raios

solares é menor

a obliquidade é maior

Portugal é afetado pela massa de

ar polar (principalmente nas

regiões mais a Norte do território

continental).

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A temperatura é:

mais elevada a Sul do que a Norte

– latitude

mais elevada no Litoral Norte e

Centro- proximidade do mar

mais baixa entre o Litoral Norte e o

Interior Norte – disposição do

relevo (barreira de condensação).

Os valores mais elevados

registam-se no Alentejo e no

Algarve consequência da

proximidade do Norte de África e do

deserto do Saara.

Os valores mais baixos coincidem

com as maiores ALTITUDES

Valores médios entre os 14ºC e os

26ºC. Causas?

O Sol incide perpendicularmente a

Norte do Equador.

A duração do dia é maior do que a

duração da noite

O ângulo de incidência dos raios

solares é maior

A obliquidade dos raios solares é

menor

Portugal é afetado pela massa de

ar tropical, quente e seca.

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Distribuição geográfica da temperatura

do ar em setembro de 2012

Consequências: a temperatura

é…

mais baixa no litoral ocidental

- proximidade do mar

mais elevada no interior

centro e sul - continentalidade

os valores extremos mais

altos verificam-se no interior

sul devido à latitude e

proximidade do Norte de

África

valores muito elevados,

ainda, no interior norte –

continentalidade e barreira de

condensação.

31

3

2

Distribuição geográfica da temperatura média anual do ar

A distribuição da

temperatura média

anual mostra que:

Os valores

aumentam com a

diminuição da

latitude;

A Norte do vale do

rio Tejo, os valores

diminuem com a

continentalidade

A amplitude térmica

aumenta com o

afastamento do mar:

o clima é mais

ameno junto ao

Litoral ocidental e

mais rigoroso no

Interior.

A Humidade do Arquantidade de vapor de água existente na atmosfera

A existência de vapor de água decorre do ciclo da água.

os oceanos são a principal fonte de evaporação.

Quanto mais alta

for a temperatura

maior é a evapo-

ração.

Portanto, mesmo

sem formação de

nuvens existe

sempre vapor de

água na

troposfera.33

30ºC 16% 24% 31% 45% 57% 100%

20ºC 28% 42% 54% 79% 100%

16ºC 36% 53% 69% 100%

10ºC 52% 77% 100%

6ºC 67% 100%

0ºC 100%

A Humidade absoluta – quantidade de vapor de água

por unidade de volume - varia, em razão direta, com a

temperatura:

Aumenta a temperatura aumenta a evaporação

A Humidade relativa – quantidade de vapor de água

necessária para saturar um

dado volume de ar –

varia, em razão inversa,

com a temperatura:

Aumenta a temperatura

diminui a humidade

relativa

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Humidade Absoluta e Humidade Relativa

Te

mp

era

tura

Humidade Relativa

4,85 7,27 9,41 13,65 17,31 30,4

Gramas de Vapor de Água/ m³HA

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Variação da humidade absoluta com a temperatura

Atingido o estado de saturação, dá-se a condensação da

quantidade de vapor de água que está em excesso.

À temperatura correspondente ao estado de saturação do ar

denomina-se ponto de orvalho.

Se alterar a temperatura altera-se a humidade relativa.

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Humidade Relativa ou Ponto de Saturação - é a relação entre

a humidade absoluta existente num m³ e a quantidade

máxima de vapor de água que esse volume pode conter, à

mesma temperatura.

HR = HA/HM X 100

HR = x %

A humidade relativa mede-

se em percentagem.

Dizer que a HR é de 52%

à temperatura de 20ºC

significa que faltam 48%

para atingir o Ponto de

Saturação a essa mesma

temperatura

Tipos de Chuva

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Passagem de uma superfície frontal

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A passagem de uma superfície frontal – de Oeste para Este

nas Zonas Temperadas – provoca a formação de chuvas

frontais, quer a acompanhar a frente quente quer à

passagem da frente fria.

Força que o ar exerce sobre todos os corpos à

superfície da Terra.

Varia com a

Temperatura: aumenta a temperatura diminui a

pressão

Latitude: pressão baixa no equador, alta nos

polos

Altitude: diminui a altitude aumenta a pressão.

Representa-se por isóbaras ou linhas isobáricas

Em hectopascais – hPa

(pressão atmosférica normal = 1012,2 hPa ou 1013

mb (milibares) ou, ainda, 760 mm ou 76 cm de HG

(mercúrio)

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Pressão Atmosférica

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Centros de Pressão

O ar desloca-se sempre das altas para

as baixas pressões - originando o

vento, que se desloca em movimento

circular:

ascendente e convergente nos

centros de baixas pressões ou

Depressões Barométricas,

originando MAU TEMPO – ar

húmido e instável;

descendente e divergente nos

centros de altas pressões ou

Anticiclones

associando-se ao BOM TEMPO -

ar seco.

Os centros de pressão atmosférica têm

uma distribuição zonal à superfície da

Terra.

Centros de pressão de origem

térmica:

Altas Pressões Polares

Baixas Pressões Equatoriais

Centros de pressão de origem

dinâmica:

Baixas Pressões subpolares

Altas Pressões subtropicais

Esta distribuição conduz a uma

circulação geral ditaTRICELULAR

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Distribuição geográfica dos Centros de Pressão

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Por este esquema

verifica-se que, na zona

temperada do Norte, a

direção dominante dos

ventos é de Oeste para

Este.

A distribuição, em latitude, das faixas de pressão é responsável

pela deslocação, na TROPOSFERA, de volumosas Massas de ar

que estão na base:

dos diferentes estados de tempo

na existência dos diversos climas

na ocorrência de ventos:

Constantes – os alíseos

Sazonais – as monções

Oeste – nas zonas temperadas do Norte

Há 5 massas de ar principais: duas de ar POLAR, duas de ar

TROPICAL e uma massa de ar EQUATORIAL.

A separar duas massas de ar de temperatura e densidade

diferentes, forma-se uma superfície de contacto chamada

superfície frontal:

Frente Polar (uma no HN, outra no HS)

CIT – Convergência Inter-tropical43

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Pela sua latitude e

posição geográfica

Portugal encontra-se sob

a influência das massas

de ar polar e tropical.