Clipping - Grupo A - Revista Linha Direta

2
78 Revista Linha Direta pró-texto Gestão universitária – os caminhos para a excelência Livro lançado durante o GEduc 2013 N o dia 20 de março, du- rante o GEduc 2013, foi lançado em São Paulo, pela Penso Editora, o livro Ges- tão universitária – os caminhos para a excelência, organizado por Sonia Simões Colombo. A Linha Direta entrevistou Sonia e um dos coautores da obra, Edélcio de Jesus Sardano. Eles comentaram sobre o livro e os caminhos mais seguros para uma gestão mais integrada nas instituições de ensino superior. Confira as análises dos profes- sores na entrevista a seguir!

description

Clipping com lançamento do livro "Gestão Universitária" (Penso, 2013) e entrevista com a autora Sônia Colombo.

Transcript of Clipping - Grupo A - Revista Linha Direta

Page 1: Clipping - Grupo A - Revista Linha Direta

78 Revista Linha Direta

pró-texto

Gestão universitária – os caminhos para a excelência

Livro lançado durante o GEduc 2013

No dia 20 de março, du-rante o GEduc 2013, foi lançado em São Paulo,

pela Penso Editora, o livro Ges-tão universitária – os caminhos para a excelência, organizado por Sonia Simões Colombo. A Linha Direta entrevistou Sonia e um dos coautores da obra, Edélcio de Jesus Sardano. Eles comentaram sobre o livro e os caminhos mais seguros para uma gestão mais integrada nas instituições de ensino superior. Confira as análises dos profes-sores na entrevista a seguir!

Page 2: Clipping - Grupo A - Revista Linha Direta

Revista Linha Direta 79

O que o livro Gestão universitária apresenta como maior inovação nessa área?

Sonia: O livro é o resultado de um projeto inovador, que se baseia em algumas pesquisas e estudos de gestores de Instituições de Ensino Superior (IES) e de professores de um curso de especialização lato sensu, cuja segunda edição será oferecida, a partir de agosto deste ano, pela parceria Humus Consul-toria e Universidade Metodista de São Paulo. Em seus 14 capítulos, a obra aborda questões cruciais, como avaliação e qualidade do en-sino, educação e sustentabilidade, registros acadêmicos, contratos educacionais e regulação institu-cional, tecnologia educacional e EaD, marketing educacional, finan-ciamento da educação, governança das IES, gestão financeira e gestão do capital humano. O livro apresen-ta dados e informações bastante atualizados, que acompanham as constantes mudanças na legisla-ção da educação superior e seus impactos, principalmente para o mercado privado e suas instituições de ensino.

O que mudou nos últimos anos com relação à gestão universitária?

Edélcio: Muita coisa mudou. A co-meçar pela visão que se tem da própria gestão, que cada vez mais exige uma profissionalização, com-patível com a natureza e dinâmica da organização. Por exemplo, em 1997, a legislação possibilitou a existência de instituições de en-sino superior com fins lucrativos, até então vedadas. Surgiram ins-tituições estrangeiras, instituições pertencentes a grupos financeiros e grupos educacionais de capital aberto. Atualmente, metade das

instituições privadas no Brasil já adotou a natureza comercial, colo-cando esse setor entre os maiores da economia brasileira.

Para as universidades particula-res, qual a melhor forma de ali-nhar os interesses administrati-vos, pedagógicos e acadêmicos?

Sonia: Não existem modelos pron-tos para uma boa governança uni-versitária. Cada instituição tem sua história, seus valores e está inserida em contextos regionais e de mercado específicos. Há, no entanto, uma dinâmica nisso tudo. É fundamental que se busque agir estrategicamente, tendo uma consciência crítica de suas caracte-rísticas. Deve-se evitar tudo o que comprometa o progresso, como a burocracia, a centralização exces-siva, o assembleísmo, o autorita-rismo e o imediatismo. Por outro lado, deve-se fomentar a raciona-lidade, a transparência, a merito-cracia, o diálogo e, na medida do possível, a democracia.

Como conciliar os interesses dos alunos com as expectativas admi-nistrativas e financeiras da uni-versidade?

Edélcio: Uma das formas é conhe-cer os alunos, não apenas por meio de seus registros acadêmicos e tra-dicionais pesquisas de avaliação. É importante investigar a qualidade ofertada com a qualidade perce-bida, que nem sempre são iguais. Também compatíveis devem ser a capacidade aquisitiva do aluno e a política de preços praticada pela instituição – sua estratégia de marketing. A precificação encontra restrições na estrutura de custos da instituição e em parâmetros do mercado. Por outro lado, o perfil

do alunado integra o projeto peda-gógico, do curso e institucional e, de certa forma, é determinado por estes. Nem toda demanda é inte-ressante para uma dada IES, assim como nem toda oferta de curso en-contra interessados. Mais uma vez, fica clara a importância de o ges-tor ter conhecimento desses e de outros conceitos administrativos e financeiros, mesmo em se tratando de um gestor acadêmico.

Qual a melhor maneira para se usar a tecnologia como ferra-menta pedagógica e de gestão no ensino superior?

Edélcio: É inquestionável a neces-sidade crescente do uso de ferra-mentas tecnológicas. Mas a natu-reza e a intensidade do emprego dessas ferramentas devem ser bem planejadas, em longo prazo, con-templando funções pedagógicas e administrativas. É notório o uso da tecnologia também como um ape-lo publicitário, mas há que se ava-liar cuidadosamente seu retorno no processo educacional e saber, diante da infinidade de soluções existentes, as que melhor atendem às expectativas dos alunos e dos professores, face às exigências do mercado profissional.

Quais os pontos mais críticos quando se fala em gestão univer-sitária no Brasil? Quais os melho-res caminhos para contornar es-sas crises?

Sonia: São vários os pontos críti-cos que afligem as IES brasileiras, principalmente no que se refere à natureza ambígua da organização educacional universitária. Não bas-ta ensinar nossos alunos, temos de formar e aperfeiçoar continuamen-te nossos gestores.