CLIPPING LORESTAL -...

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ALDO DE CRESCI NETO [email protected] | 55 11 2171-1303 DOCS - 2469103v_1 CLIPPING FLORESTAL 31 /2017 05 de Outubro de 2017 GCN NA MÍDIA 5 Lições Aprendidas no GPS Talks Insights que Podem Impulsionar o Mercado Florestal Brasileiro AMBIENTAL Combate ao desmatamento tem novas áreas Ministério reforça integração na Amazônia EM DESTAQUE Ameaças ao setor: apagão florestal e monocultura Área da Renca, entre Amapá e Pará, tem trauma de projetos grandiosos Restrição de oferta e consumo chinês impulsionam os preços da celulose Indústria florestal é importante agente na proteção da fauna B3 mapeia companhias com agenda sustentável BNDES: Diretora vê fim de incentivo para projetos sustentáveis com TLP Fora da Renca, soja ilegal avança em áreas protegidas do Amapá Ibá destaca aumento na produção e exportação dos produtos florestais este ano Produção florestal atingiu R$ 18,5 bi em 2016 Produção de celulose cai em agosto Novas usinas de etanol devem demandar de 300 a 400 mil hectares de eucalipto Carajás é exemplo a ser seguido em toda a Amazônia, diz ministro Com preços em queda, MS continua liderando expansão florestal no país Brasil já emitiu US$ 3,7 bi em bônus verdes Fundo Clima divulga novas regras

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ALDO DE CRESCI NETO

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CLIPPING FLORESTAL 31 /2017 05 de Outubro de 2017

GCN NA MÍDIA

5 Lições Aprendidas no GPS Talks Insights que Podem Impulsionar o Mercado Florestal

Brasileiro

AMBIENTAL

Combate ao desmatamento tem novas áreas

Ministério reforça integração na Amazônia

EM DESTAQUE

Ameaças ao setor: apagão florestal e monocultura

Área da Renca, entre Amapá e Pará, tem trauma de projetos grandiosos

Restrição de oferta e consumo chinês impulsionam os preços da celulose

Indústria florestal é importante agente na proteção da fauna

B3 mapeia companhias com agenda sustentável

BNDES: Diretora vê fim de incentivo para projetos sustentáveis com TLP

Fora da Renca, soja ilegal avança em áreas protegidas do Amapá

Ibá destaca aumento na produção e exportação dos produtos florestais este ano

Produção florestal atingiu R$ 18,5 bi em 2016

Produção de celulose cai em agosto

Novas usinas de etanol devem demandar de 300 a 400 mil hectares de eucalipto

Carajás é exemplo a ser seguido em toda a Amazônia, diz ministro

Com preços em queda, MS continua liderando expansão florestal no país

Brasil já emitiu US$ 3,7 bi em bônus verdes

Fundo Clima divulga novas regras

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EMPRESAS

Atuação da Pöyry para Spinnova viabilizou aporte financeiro e parceria com a Fibria

Paper Excellence leva 13% da Eldorado nesta semana

Funcef decide na sexta-feira seu futuro na Eldorado

Segunda linha da Fibria reúne grandes inovações de mercado

Paper Excellence paga R$ 1 bilhão à J&F e assume 13% da Eldorado

Fibria encerra captação de R$941,3 mi via emissão de CRA

Eldorado divulga balanço sem auditoria

Funcef exercerá direito de venda da Eldorado

EXECUTIVO

Decreto que revoga a extinção da Renca é publicado no Diário Oficial

Comitê aprova diretrizes para logística reversa

Cármen Lúcia marca para 11 de outubro retomada de julgamento sobre o Código Florestal

Governo e indústria articulam ações pelo clima

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GCN NA MÍDIA

5 Lições Aprendidas no GPS Talks Insights que Podem Impulsionar o Mercado Florestal Brasileiro

A preocupação com a apatia que tomou conta do setor florestal brasileiro nos últimos anos foi a tônica

do encontro de executivos (GPS Talks Insights) promovido pelo Painel Florestal no último dia 17 de

agosto, em São Paulo

GPS Talks Insights #1 reuniu 60 executivos do setor florestal brasileiro

A preocupação com a apatia que tomou conta do setor florestal brasileiro nos últimos anos foi a tônica

do encontro de executivos (GPS Talks Insights) promovido pelo Painel Florestal no último dia 17 de

agosto, em São Paulo.

Os empresários e investidores do setor não ficaram imune às intempéries da turbulência política pela

qual o país atravessa.

O pior provavelmente já passou e os líderes que participaram do GPS Talks Insights já enxergam

oportunidades, mas também indicam desafios que precisam ser superados.

1. Um Caminho sem Volta

O mesmo fenômeno que está impactando serviços financeiros (fintechs) e jurídicos (lawtechs) também

começa a ter seus efeitos no Setor Florestal. O segredo é aprender a surfar a onda das transformações

radicais trazidas pela evolução da tecnologia e pelos novos comportamentos do consumidor.

No GPS Talks Insights, John Forgach citou como exemplo o projeto Green Hub Iniciative que ele

acompanhou de perto: a utilização de VANT no manejo de ecossistemas florestais na Costa Rica que

tem o Google e a Apple como colaboradores. "Os negócios digitais vão causar transformações enormes

no nosso mercado. Quem não conseguir se adaptar, ficará fora do jogo", ressaltou John.

Forgach, que atua como conselheiro especial do primeiro ministro chinês Li Keqiang para assuntos

ambientais, alertou também sobre atribuições que deverão ser assumidas por tecnologias disruptivas.

"Daqui a 10 anos, as florestas competitivas, não vão estar empregando motoristas, operadores,

engenheiros e outras funções de alto nível intelectual", prevê John.

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John Forgach, conselheiro do primeiro ministro da China para assuntos ambientais

2. Menu Chinês

A China, via de regra, não tem confiança no Brasil. John Forgach lembrou que os maiores

investimentos da China na América Latina vão para a Venezuela. "O Brasil tinha que ser o primeiro

produtor de fibra do mundo. E, para isso, a China tem que ser vista como grande aliado", ressaltou.

"Eles plantam 4 a 5 milhões de hectares de florestas de eucalipto por ano. São florestas ruins mas o

apetite deles para fibra é extraordinário. Hoje eles importam, aproximadamente 10 milhões de

toneladas de cavaco/ano. Mas a projeção é aumentar para 45 milhões em pouco tempo", alertou John.

Enfático, John alerta: ou se aprende a trabalhar com o chinês ou vai acabar no "menu" deles.

3. Até Quando?

A inexistência de políticas públicas para o setor de florestas plantadas, incluindo alguns elos da cadeia

produtiva de base florestal, é um dos maiores entraves do seu desenvolvimento.

A legislação, em boa parte dos estados brasileiros, também cria dificuldades. Em Minas Gerais, por

exemplo, a necessidade de autorização (e vistoria) do Instituto Estadual de Florestas (IEF) para colher

uma floresta de eucalipto gera, constantemente, prejuízos ao produtor.

Nesse mesmo contexto, dois outros problemas precisam ser resolvidos: a falta de informação confiável

sobre o setor e a falta de união. As entidades existentes ainda estão longe de representar - de fato - as

demandas do produtor florestal. Essa falta de protagonismo também afeta, diretamente, na

inexistência de políticas públicas e leis mais adequadas ao setor.

Ou seja, uma questão está relacionada à outra. Entender como superar esses desafios é um dos

pontos centrais dos debates do GPS Talks Insights.

Silvio Teixeira, investidor e sócio da Brookfield Timber

4. Dinheiro à Vista

John Forgach falou do apetite chinês em investir no Brasil. Silvio Teixeira, da Brookfield, lembrou que

"existe uma quantidade absurda de dinheiro para ser investido no Brasil" e indicou alguns caminhos.

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Os grandes problemas, segundo eles, são - de fato - a falta de organização e a pouca informação

confiável disponível. De acordo com John e Silvio, o país tem - agora - o desafio de reestabelecer sua

credibilidade no mercado internacional.

A proibição da venda de terras para estrangeiros ainda é um entrave. A falta de segurança jurídica

também afasta o investidor. A boa notícia, segundo o advogado Aldo De Cresci, é que tema está na

pauta do Congresso e, segundo ele, com uma estratégia já definida para sua aprovação.

5. Novas Oportunidades

Muito tem se falado na geração de energia elétrica a partir de biomassa de florestas plantadas. O

potencial realmente não é pequeno. As usinas de etanol de milho, por exemplo, vão precisar de

madeira para alimentar suas caldeiras. Anunciado pelo Governo Federal, a realização de dois leilões

ainda esse ano também injetou ânimo no setor. No Rio Grande do Sul uma indústria de peletes vai

precisar de mais de 90 mil hectares de florestas plantadas. Para 2020 está prevista a construção de

um prédio de 13 andares totalmente em madeira pela Amata, empresa que possui florestas plantadas

em Mato Grosso do Sul, Paraná e Pará. A estrutura da torre será de Madeira Laminada Cruzada (CLT),

ainda pouco difundida no Brasil, mas que - em pouco anos - deverá ser padrão nas construções pelo

país afora. São oportunidades que precisam ser estudadas e, através de ações estratégicas,

transformadas em mercados consolidados.

Fonte: Painel Florestal | 27.09

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AMBIENTAL

Combate ao desmatamento tem novas áreas

Ministério divulga listas de municípios prioritários para ações contra o desmatamento e de onde o problema está

sob controle na Amazônia.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) atualizou a lista dos municípios prioritários para prevenção,

monitoramento e controle do desmatamento na Amazônia Legal. Os novos municípios incluídos na

relação ficam no Amazonas, Pará e Rondônia. As portarias do MMA também colocaram cidades do Pará

e de Mato Grosso na lista de áreas com desmatamento monitorado e sob controle na região

amazônica. Ao todo, 39 municípios estão entre os prioritários para ações de prevenção, monitoramento

e controle do desmatamento. Passam a integrar a lista: Apuí (AM), Manicoré (AM), Novo Aripuanã

(AM), Itaituba (PA), Portel (PA), Buritis (RO), Candeias do Jamari (RO) e Cujubim (RO). As áreas

listadas correspondem a 59% do desmatamento registrado entre agosto de 2016 e julho de 2017.

Já a relação de municípios com desmatamento monitorado e sob controle incluiu Santa Maria das

Barreiras, no Pará, e Alto Boa Vista, Cláudia, Confresa, Nova Ubiratã, Porto dos Gaúchos, Santa

Carmem, São Félix do Araguaia, Tapurah e Vila Rica, em Mato Grosso. No total, os 21 municípios que

constam na lista dos municípios monitorados totalizam 6% do desmatamento.

As listagens foram criadas no âmbito do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento

na Amazônia Legal (PPCDAm).Para o secretário de Mudança do Clima e Floresta do MMA, Everton

Lucero, elas são importantes porque estabelecem medidas restritivas ou de incentivos para controlar o

desmatamento no âmbito municipal, exigindo maior envolvimento dessas instâncias de governança.

“Entre as medidas está o direcionamento das ações de fiscalização ambiental e o impedimento de

emissão de novas autorizações de desmatamento, acima de 5 hectares por ano. Por outro lado, os

municípios monitorados, serão priorizados pela União nos planos, programas e projetos voltados à

região amazônica, para fins de incentivos econômicos e fiscais, visando a produção florestal,

agroextrativista e agropecuária sustentáveis”, afirma.

FLORESTA

Os critérios para inclusão na lista de municípios prioritários incluem aqueles com área total de floresta

desmatada em 2016 igual ou superior a 80 km²; área total de floresta desmatada nos últimos três

anos igual ou superior 160 km² e aumento da taxa de desmatamento em pelo menos três, dos

últimos cinco anos.

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Para integrar a relação de municípios com desmatamento monitorado e sob controle, o critério é

manter desmatamento inferior a 40 km² nos últimos quatro anos e possuir 80% de seu território,

excetuadas as unidades de conservação e terras indígenas homologadas, com imóveis rurais

devidamente monitorados por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Essas áreas, no entanto, poderão voltar a fazer parte da lista de municípios prioritários caso atinjam

desmatamento anual superior a 40 km2 no próximo período de monitoramento realizado pelo

Programa de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Fonte: MMA | 26.09

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Ministério reforça integração na Amazônia

Comitê define ações integradas entre União e estados para conter o desmatamento. Desenvolvimento sustentável está entre as prioridades.

Medidas para combater o desmatamento na Amazônia Legal estão em articulação com instâncias

subnacionais. O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, destacou nesta terça-feira (03/10) a

importância da articulação do governo federal com estados e municípios para a conservação do bioma

e para o desenvolvimento sustentável na região. O posicionamento foi defendido na segunda reunião

do Comitê Permanente de Coordenação sobre Desmatamento.

Formado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e órgãos vinculados, o Comitê define estratégias

para conter o desmate e a degradação florestal na Amazônia. Na reunião, que contou com a

participação de representantes do Acre, Pará e Tocantins, Sarney Filho ressaltou o papel dos estados e

municípios na agenda. “Temos de envolver os entes federativos, a sociedade civil e, principalmente, as

pessoas que moram na Amazônia nessas ações”, afirmou.

O ministro declarou que o desmatamento indica tendência de queda após o fortalecimento das ações

de fiscalização. Agora, segundo ele, é necessário priorizar políticas capazes de estimular uma economia

florestal sustentável na região. “O ritmo do desmatamento diminuiu com o comando e controle a topo

vapor”, explicou o ministro. “Mas, para resolver o problema, é preciso haver o pagamento por serviços

ambientais”, exemplificou.

DIÁLOGO CONSTANTE

O apoio às cadeias produtivas, a recuperação da vegetação nativa e o manejo integrado do fogo estão

entre as ações analisadas na reunião. Coordenador do Comitê, o secretário de Mudança do Clima e

Florestas do MMA, Everton Lucero, explicou que as especificidades de cada região serão consideradas.

“Vamos manter o diálogo constante para levar em conta as preocupações dos estados nas nossas

políticas no combate ao desmatamento”, afirmou Lucero.

O Comitê também discutiu o acompanhamento das cadeias produtivas da pecuária e da soja e a

criação de uma rede de fiscalização que envolva governo federal e estados da Amazônia. Foram

debatidas, ainda, questões ligadas às listas de municípios prioritários para controle do desmatamento e

de municípios com desmatamento monitorado e sob controle, editadas no início de setembro.

O COMITÊ

Criado por portaria publicada em abril deste ano, o Comitê Permanente de Coordenação sobre

Desmatamento (CPCD) coordena a participação do MMA e das entidades vinculadas em políticas e

ações relevantes para a prevenção e o controle do desmatamento. As atribuições do CPCD também

incluem a integração de projetos de cooperação internacional, o intercâmbio de informações a respeito

das inciativas propostas e em andamento que contribuam para a redução das taxas de desmatamento.

Fazem parte do Comitê as secretarias de Mudança do Clima e Florestas, de Biodiversidade, de

Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental, de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável e de

Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, além do Ibama, do ICMBio e do Serviço Florestal

Brasileiro.

Fonte: MMA | 03.10

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EM DESTAQUE

Ameaças ao setor: apagão florestal e monocultura

É o caso de nossa excessiva dependência do eucalipto. Mais cedo ou mais tarde teremos de enfrentar este problema

Um apagão incomoda e traz prejuízo para muita gente. Tivemos um famoso apagão energético em

2001, que causou racionamento de energia no país inteiro. Dois anos depois se começou a falar

também em um risco de apagão florestal, isto é, uma provável falta de madeira, mas que naquele

momento ficou apenas na ameaça. Pensando bem, porque haveria de faltar madeira em um país que

tem mais de 500 milhões de hectares de florestas, que cobrem quase 60% de seu território?

As nossas florestas são em sua grande maioria nativas e biodiversas, o que é ótimo para a vida no

planeta, mas o seu crescimento é lento. Apenas agora, depois de quinhentos anos de exploração

predatória, o Brasil está começando a aprender a usar as riquezas delas de modo sustentável e

racional, isto é, sem derrubar trechos inteiros da mata e efetuando apenas cortes seletivos de árvores,

que permitem a regeneração segundo critérios técnicos.

Devido ao elevado custo deste tipo de manejo, geralmente são colhidas apenas madeiras nobres e de

preços compensadores, usadas em construção civil, artesanato e móveis de alto padrão, para o

mercado interno e de exportação. Porém, existe uma enorme demanda para madeiras de custo mais

acessível e de qualidade uniforme, usadas também na construção civil e na produção de celulose e

papel, móveis e carvão, entre outras aplicações, que só pode ser suprida pelas florestas plantadas

homogêneas. Assim, na virada do século 21, as florestas nativas eram responsáveis pelo suprimento

de apenas 10% do consumo industrial nacional, enquanto que as florestas plantadas forneciam 90%,

mesmo abrangendo apenas 7 milhões de hectares, ou seja, a pequena fração de 1,4% do total de

nossas florestas.

Acontece que florestas plantadas exigem um constante investimento em novos plantios, não apenas

para compensar as árvores que foram colhidas, mas também para acompanhar o aumento natural da

demanda. Isso infelizmente não aconteceu durante as duas décadas finais do século passado, quando

o total de áreas plantadas estacionou e deixou de acompanhar o crescimento acelerado da demanda,

causado por um aumento das exportações de celulose, madeira serrada, esquadrias e móveis. Com a

eliminação dos incentivos fiscais para reflorestamento, vigentes nas duas décadas anteriores e também

por causa da crise econômica da dívida externa do país naquele período, os necessários investimentos

se limitaram apenas à manutenção dos estoques. Com isso previa-se um apagão na oferta de madeira

ao mercado, já a partir de 2005, principalmente para empresas consumidoras de menor porte, que

geralmente não tem os seus próprios plantios. Houve até casos de importação de madeira dos países

vizinhos, mas o pior foi evitado por obra de uma nova crise econômica surgida em 2008, desta vez

mundial, que causou forte redução das nossas exportações e equilibrou a relação entre oferta e

demanda no mercado interno. Então, mais por acaso, escapamos de um efetivo apagão florestal

naquele momento.

Nos anos seguintes algumas destas dificuldades começaram a merecer a ação do governo, como por

exemplo, a licitação de diversas grandes áreas da Floresta Amazônica para a exploração racional, por

prazos de mais de trinta anos. Ele também assumiu o compromisso de recuperar 12 milhões de

hectares de florestas até 2030, por conta do Acordo de Paris, ao qual o Brasil aderiu recentemente.

Deste total, 3 milhões de hectares serão de novas florestas plantadas, o que corresponde a um

aumento de quase 40% sobre a área existente hoje. Além disso, houve uma mudança estrutural

significativa, com a recente decisão de tirar as florestas plantadas do controle do Ministério do Meio

Ambiente e passar para o Ministério da Agricultura. Em função disso foi criado o Plano Nacional de

Florestas Plantadas e também a Câmara Setorial de Florestas Plantadas, que vão unir os esforços do

governo com os da iniciativa privada. Está também prevista, ainda para este ano, a aprovação pelo

Congresso Nacional da liberação da venda de terras a estrangeiros, o que certamente estimulará a

entrada de investimentos externos na silvicultura. Tudo isso deve fortalecer a oferta de matéria-prima

e evitar um apagão florestal, ao menos nas próximas décadas.

À medida que aumenta a área das florestas plantadas, também aumentam os riscos associados à

monocultura, que é o cultivo de uma única espécie em grandes extensões. É o caso de nossa excessiva

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dependência do eucalipto. Mais cedo ou mais tarde teremos de enfrentar este problema. Por mais que

se reconheça a vantagem do seu cultivo, existem também enormes riscos econômicos e ambientais

associados à sua monocultura, que precisam ser considerados e dimensionados. Entre eles se

destacam os prejuízos causados por doenças, pragas, mudanças climáticas e incêndios florestais, que

seriam bastante atenuados no caso de uma maior diversidade. Atualmente já atingimos a inédita

marca de 75% das áreas plantadas com eucalipto e o percentual vem aumentando ano a ano,

enquanto que as áreas plantadas com pínus, que é a segunda espécie mais plantada vêm diminuindo e

hoje ocupam apenas 20% do total.

Os motivos da diminuição são tanto econômicos (crescimento lento), quanto ambientais (planta

invasora, devido ao espalhamento das sementes pelo vento). Para todas as demais espécies sobram

apenas 5% das florestas plantadas, demonstrando claramente o equívoco de nosso modelo de

silvicultura. Este quadro de extremo desequilíbrio existe também em alguns poucos países, como

Austrália, Uruguai e Portugal, mas não no grupo dos grandes produtores mundiais de madeira, do qual

o Brasil faz parte. De que adianta termos a maior produtividade em nossas florestas plantadas, se a

aplicamos apenas a uma ou duas espécies?

É urgente, portanto, tomar consciência do problema e reverter o quadro, criando políticas públicas que

favoreçam o cultivo de outras espécies igualmente aptas a atender às demandas do mercado, inclusive

algumas de rápido crescimento também. Precisamos aproveitar este momento favorável a novos

investimentos florestais para criar incentivos à diversificação de espécies. Mesmo assim o quadro só

seria revertido em longo prazo e por isso mesmo precisamos começar o quanto antes com o dever de

casa. Em um próximo artigo pretendo detalhar estes riscos da monocultura, que precisam ser mais

discutidos e considerados no planejamento das empresas e no Plano Nacional de Florestas Plantadas.

Hans J. Kleine - [email protected]

Fonte: Painel Florestal | 22.09

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Área da Renca, entre Amapá e Pará, tem trauma de projetos grandiosos

Há quatro meses, cerca de 500 funcionários indiretos foram dispensados da Jari Celulose, a maior

empresa da região. Concluída em 2014, a usina hidrelétrica Santo Antonio do Jari, chegou a empregar

2.600 trabalhadores, mas hoje funciona com 30 pessoas e é acusada de ter deixado ribeirinhos sem

água e luz.

Em agosto, o governo Temer anunciou a extinção da Renca (Reserva Nacional do Cobre Associados) –o

presidente adiou por 120 dias a medida, que também é contestada na Justiça–, com o intuito de abrir

a região para investimentos privados de mineração. A notícia pegou de surpresa Laranjal do Jari, maior

cidade de uma região traumatizada por grandes empreendimentos.

"Laranjal do Jari foi construída sobre palafitas com a criação da Jari Celulose", diz à Folha o prefeito

Márcio Serrão (PRB). "Com esse problema que a empresa está passando, existe um desemprego muito

grande que vem afetando todo o município: o taxista, o catraieiro [barqueiro], o dono de loja."

Emancipada há 30 anos, Laranjal do Jari (AP) existe por causa do Projeto Jari, um dos mais

mirabolantes da Amazônia, comparável apenas à Fordlândia (PA) –fracassada tentativa de produzir

borracha para a fábrica de automóveis na primeira metade do século 20.

O Projeto Jari começou em 1967, quando o americano Daniel Ludwig adquiriu 1,4 milhão de hectares

para implantar um empreendimento de celulose. Essa área havia sido grilada por um "coronel" do

Ceará, segundo pesquisa da geógrafa Maria Luíza de Camargo, que estudou o tema em seu mestrado,

na USP.

Em abril de 1978, a fábrica de celulose e uma usina termelétrica chegaram à região após terem sido

rebocadas desde o Japão, numa epopeia de quase três meses.

Mesmo com generosos incentivos públicos, o projeto não deu o retorno esperado, e Ludwig se desfez

dele em 1982. Desde 2000, a empresa está sob o controle do paulista Sergio Amoroso, que assumiu a

dívida de US$ 415 milhões.

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De 2013 a 2014, a fábrica foi paralisada para passar por um processo de modernização de US$ 300

milhões. Desde então, segundo moradores, a empresa nunca retomou sua plena capacidade.

Para piorar, em 2015, a Jari Florestal, braço da empresa que explora madeira, foi alvo da Operação

Tabebuia, que investigou um esquema para fraudar créditos florestais e esquentar madeira.

"Este é o pior momento. Já foi boa essa Jari", diz o desempregado Raimundo da Silva, 54. Demitido há

cinco meses, hoje vive da venda de geladinho pelas ruas.

Metade dos 46 mil moradores de Laranjal, terceira cidade mais populosa do Estado, vive em precárias

palafitas. O saneamento básico é zero, em contraste com o distrito de Monte Dourado (PA), do outro

lado do rio Jari.

Construído pelo Projeto Jari, Monte Dourado tem casas amplas (muitas vazias e todas conectadas à

rede de esgoto) e que às vezes lembram um subúrbio norte-americano. É ali que vive a elite da região.

"O momento é difícil, mas já estamos com 90% de normalidade", disse Amoroso, maior acionista da

Jari Celulose.

Sobre as demissões, afirmou que está arcando com custos trabalhistas e que houve um "problema de

gestão" da empresa terceirizada, que levou à ruptura de contrato. Ele também afirma que foi induzido

ao erro por quem vendeu madeira fraudulenta.

3 HORAS DE LUZ

Distante 12 km da hidrelétrica Santo Antonio do Jari, a comunidade Comaru só tem três horas de

energia por dia, dizem os moradores, realocados por causa da inundação provocada pela obra.

Esse não é o único problema do conjunto de 48 casas construído em 2014 pela multinacional EDP

(Energias de Portugal) na foz do rio Iratapuru: os ribeirinhos, que vivem da extração da castanha, têm

de buscar água no rio em carriolas.

O esgoto nunca foi interligado e, quando chove, parte da rua enche de fezes. Eles reclamam dos

mosquitos e da falta de vedação do forro, por onde entram morcegos e ratos.

"Está pior do que antes. Isso aqui era muito lindo, tinha praia, e agora está tudo inundado", diz

Aldemir da Cunha, presidente da cooperativa Comaru, que extrai castanha na Reserva de

Desenvolvimento Sustentável Rio Iratapuru. Esta, por não ser uma unidade de proteção integral, pode

abrigar projetos de mineração caso o governo extinga a Renca.

Extrativistas e outros habitantes da região ouvidos para esta reportagem afirmaram que não foram

consultados pelo governo federal sobre o impacto da extinção da Renca para a região.

Em nota, a EDP informou que "cumpriu todos os pontos de seu plano de compensação

socioambiental[...]. A empresa esclarece que a manutenção e operação dos sistemas implementados

são de responsabilidade das concessionárias regionais."

Procurada, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) informou que não tem "nenhuma

responsabilidade" sobre as instalações elétricas feitas pela EDP.

A Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) afirma que a interligação do sistema tem sido

dificultada pela falta de energia, mas que elaborará um projeto em até 90 dias para começar a resolver

o problema.

PROJETO JARI

Maior empreendimento da região da Renca

1967

O empresário americano Daniel Ludwig adquire 1,4 milhão de hectares entre o PA e o AP. O obje- tivo

era plantar árvores para uma fábrica de papel

1978

Construída no Japão, a fábrica de 17 andares de altura é rebocada até o rio Jari, um percurso de

27.000 km. Cerca de 100 mil hectares haviam sido desmatados pela empresa, que também construiu

uma vila a seus funcionários, Monte Dourado (PA)

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1982

Após vários problemas, Ludwig vende o projeto a um grupo de empresários brasileiros, com

participação do Banco do Brasil

1983

Para proteger reservas minerais de empresas estrangeiras, a ditadura militar cria a Renca (Reserva

Nacional do Cobre e Associados), que inclui parte das terras do Projeto Jari

1987

Com a atração populacional, é criado o município de Laranjal do Jari. Primo pobre de Monte Dourado,

separados pelo rio Jari, é a terceira maior cidade do Amapá, com 47 mil habitantes

2000

O Grupo Orsa, do empresário paulista Sergio Amoroso, compra o empreendimento. Paga apenas R$ 1,

mas assume dívida de US$ 415 milhões

2013 e 2014

A fábrica da Jari Celulose paralisa a produção e passa por reformas de modernização

Fonte: Folha de SP | 22.09

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Restrição de oferta e consumo chinês impulsionam os preços da celulose

Com mais de 30% de alta, os preços da celulose seguem surpreendendo a própria indústria.

Produtores de fibra curta, especialidade das companhias brasileiras, acabam de anunciar o nono

reajuste do ano e, mantidas as condições atuais, é possível que outro aumento seja aplicado em

novembro, no mínimo para reduzir a diferença entre os valores efetivamente praticados na Europa e

na China.

Em entrevista ao Valor, o diretor executivo da área na Suzano Papel e Celulose, Carlos Aníbal, disse

que o aumento de US$ 30 por tonelada anunciado para este mês está sendo aplicado integralmente,

em todas as regiões. "Hoje, os compradores estão mais preocupados em assegurar o fornecimento de

celulose do que discutir preços", afirmou.

Nesse ambiente, Suzano e Fibria, as duas maiores produtoras mundiais de celulose de eucalipto, já

anunciaram novo reajuste, de US$ 30 por tonelada, válido a partir de 1º de outubro na Europa, China

e América do Norte.

Com isso, desde o início do ano, os preços de referência da fibra curta terão subido US$ 190 por

tonelada na China, US$ 260 na Europa e US$ 270 na América do Norte, ou mais de 30% em todas as

regiões. No próximo mês, chegarão a US$ 940 por tonelada na Europa, US$ 1.130 (ou US$ 1.120 na

tabela da Fibria) na América do Norte e US$ 760 na China (US$ 750 da Fibria).

Entre analistas que acompanham o setor, é consenso que os fundamentos de mercado permanecem

sólidos, a despeito da oferta adicional proveniente da nova linha de produção da Fibria, em Três

Lagoas (MS). O baixo nível dos estoques, paradas (programadas ou não) em fábricas, margens em alta

no negócio de papel, a passagem de furacões nos Estados Unidos e a aceleração da demanda, com o

fim do período sazonalmente mais fraco, desenham o cenário positivo.

Em relatório de sexta-feira, o Bank of America Merrill Lynch destacou que rupturas no oferta mais do

que compensam a nova produção da matéria-prima neste momento. O J.P. Morgan, por sua vez,

estima que mais de 700 mil toneladas de Fibria curta deixem de ser produzidas no segundo semestre,

seja por paradas programadas, seja por eventos inesperados.

A China também tem participação relevante na escalada dos preços deste ano. De acordo com Aníbal,

a política de restrição de importação de aparas mistas, como parte de um pacote de medidas

ambientais lançado pelo governo chinês, tem ampliado o consumo de fibras virgens (longa e curta).

Com isso, fabricantes de embalagens e papéis estão usando a fibra virgem em produtos que antes

levavam aparas.

No ano passado, somente em aparas mistas, as importações chinesas totalizaram 5,7 milhões de

toneladas, que tendem a ser abolidas. A substituição desse insumo por fibra virgem ajuda a explicar a

aceleração da demanda neste ano, explicou Aníbal. Desde junho, as importações mensais de fibra

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curta pela China já superaram as 800 mil toneladas por mês - chegaram a quase 822 mil toneladas em

julho -, o que indica crescimento de quase 20% na comparação com setembro do ano passado.

Na Europa, a relação entre oferta e demanda também favorece os preços. Nos portos europeus, os

estoques estão no menor nível em 12 meses, conforme o executivo, e há retomada das encomendas

após a tradicional desaceleração das encomendas durante o verão.

Na América do Norte, os furacões Harvey e Irma provocaram restrição na oferta da matéria-prima.

Segundo a consultoria RISI, 18 fábricas americanas de celulose e papel tiveram suas operações

afetadas pelas tempestades.

Esses eventos contribuem para o desbalanceamento entre oferta e demanda em um momento de

pouco estoque ao longo da cadeia da celulose. Ao fim do segundo trimestre, conforme dados do PPPC

(do inglês Pulp and Paper Products Council (PPPC), os estoques estavam em 37 dias, ante 41 dias um

ano antes.

Para 2018, porém, Aníbal vê um cenário mais conturbado, com a chegada a mercado da celulose

produzida pela Fibria na nova linha de Três Lagoas (MS) e na nova fábrica da Metsa. Além disso, a

CMPC Celulose Riograndense, que paralisou a produção na linha 2 de Guaíba (RS) por problemas

técnicos até meados de novembro, já terá voltado a operar normalmente. "Para 2018, temos um

desafio, mas a situação na China pode mudar esse cenário", afirmou.

Fonte: Valor | 22.09

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Indústria florestal é importante agente na proteção da fauna

Nas áreas do setor de árvores plantadas encontram-se 41% das espécies de aves e 38% dos mamíferos ameaçados de extinção

Neste dia 22 de setembro, a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) comemora o dia de Defesa da Fauna

com importantes marcas que contribuem para a conservação da biodiversidade e proteção da fauna, se

transformando em referência brasileira quando o assunto é a relação entre a produção e a conservação

da biodiversidade.

Levantamento inédito realizado pela Ibá junto às suas empresas associadas demonstraram que, apesar

de ocupar menos de 1% do território brasileiro, as áreas da indústria de árvores plantadas apresentam

41% das espécies de aves ameaçadas de extinção, importante bioindicador ambiental; e 38% das

espécies de mamíferos na mesma situação. Nessa pesquisa foram encontrados animais como: lobo-

guará, muriqui, puma, mico-leão-preto, papagaio-chorão, mutum-do-sudeste, entre outros, localizados

nos mais diversos biomas brasileiros, como Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Amazônia e Pampa.

Ao considerar todas as espécies registradas no Brasil, aproximadamente 51% aves e 33% dos

mamíferos podem ser encontradas nos espaços conservados por empresas do setor. Este resultado é

fruto da atuação das indústrias de árvores plantadas nestes últimos 50 anos, atuando em iniciativas

que demonstram e valorizam o papel do setor corporativo na conservação deste bem fundamental,

transformando-se em referência global.

Um exemplo é o plantio em mosaicos, um modelo nacional de cultivo já replicado por outras nações.

Nele, as florestas naturais se intercalam com as plantadas produtivas criando corredores ecológicos

que favorecem a circulação de diferentes espécies, mantendo os habitat naturais para animais, plantas

e microrganismos, garantindo alimentação e abrigo, ao mesmo tempo em que fornecem produtos

suficientes para o mercado consumidor.

Para Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), "este é um

saldo positivo que nos enche de orgulho e mostra que estamos no caminho certo. Entretanto, para que

cada vez mais empresas apoiem o governo na busca das metas de conservação da biodiversidade,

determinadas pelos órgãos internacionais; é essencial que haja reconhecimento e incentivo aos

produtos sustentáveis, como os que têm origem em florestas plantadas, por meio de políticas de

estímulo ao consumo e ações de conscientização do consumidor".

Já é consenso entre especialistas ambientais e economistas renomados que só as ações públicas não

serão suficientes para cuidar da biodiversidade no mundo. A solução deve estar alinhada a projetos de

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desenvolvimento econômico, em que é fundamental agregar o valor da biodiversidade nas estratégias

de negócio, no fornecimento de matéria-prima, produtos e serviços ecossistêmicos.

Para verificar mais detalhes do levantamento sobre Biodiversidade realizado pela Ibá, acesse

http://iba.org/images/shared/Biblioteca/Infografico_Biodiversidade.pdf

Fonte: Painel Florestal | 25.09

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B3 mapeia companhias com agenda sustentável

Apenas 13,5% das empresas abertas brasileiras levam em conta as recomendações internacionais para

adoção de princípios de sustentabilidade empresarial, governança corporativa, responsabilidade social

e respeito ao meio ambiente na elaboração de seus balanços financeiros. É o que mostra a pesquisa

"Relate ou Explique para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)", realizada pela B3 para

atrair atenção de analistas e investidores para as companhias que adotam as boas práticas de

transparência e gestão.

A iniciativa é uma evolução da pesquisa "Relate ou Explique para Relatório de Sustentabilidade ou

Integrado", adotada pela bolsa desde 2012. O novo relato avança ao incluir os objetivos da Agenda

2030 para o Desenvolvimento Sustentável, lançada em 2015 pela Organização das Nações Unidas

(ONU), entre eles, erradicar a fome e a pobreza, assegurar educação de qualidade, saneamento e

energia limpa e acessível, além de trabalho decente e crescimento econômico.

O argumento é que empresas que incorporam no seu dia a dia as três dimensões do desenvolvimento

sustentável (econômica, social e ambiental) são mais produtivas, perenes e resilientes, inclusive em

momentos de crise, o que representa menos risco para investidores e outras partes interessadas. Isso

ocorre, segundo especialistas, porque essas companhias tendem a estar mais atentas ao que pode

impactar seu negócio.

A premissa, no entanto, é desconsiderada pela maioria das empresas. Das 443 companhias listadas na

bolsa, 296 empresas não responderam à pesquisa. Dentre as 87 que informaram o motivo de não

aderirem à agenda, 36 apontaram que "ainda não fazem, mas estão avaliando a possibilidade". A

justificativa de que a inclusão do ODS no balanço "não está na prioridade da companhia no momento"

foi a segunda mais usada, apontada por 17 empresas. Outras dez disseram que não fazem por conta

dos custos, sete afirmaram que o relatório já está em elaboração, cinco disseram que não conhecem

as diretrizes e 12 alegaram outros motivos.

O fato de a agenda ter sido lançada no fim de 2015 pode ainda suscitar dúvidas para as empresas

sobre como adotá-la. Mas a maior dificuldade, na opinião de Sonia Favaretto, diretora de

sustentabilidade e comunicação da B3, é fazer com que as empresas percebam o impacto que a

iniciativa pode trazer para o seu negócio, em vez de apenas cumprirem as recomendações como uma

agenda paralela.

"O maior desafio para as empresas é não olhar [a agenda] como um checklist, e sim entender como

aquilo vai funcionar e mudar o seu negócio", afirma. "O negócio já tem muitos desafios por si só.

Quando a ONU lança uma agenda dessas, é preciso colocar metas e estratégias para cumprir."

A percepção da bolsa é que, com o passar do tempo e a ajuda das palestras que ela vai oferecer aos

executivos em parceria com a Global Reporting Initiative (GRI), o número de empresas a incluir as

diretrizes no seu balanço vai crescer. Mesmo com metodologia diferente da adotada atualmente, a

pesquisa anterior - que discutia a publicação de relatórios de sustentabilidade - teve bons resultados,

ressalta Sonia. Encerrado em 2015, o último relato terminou com a participação de 72% das empresas

listadas, sendo que 160 delas faziam a publicação.

Um dos motivos que levam a crer que as companhias vão aderir ao relatório é a importância que as

instituições do mercado vêm dando às medidas socioambientais. Raquel Marques, analista de questões

socioambientais e de governança da Bradesco Asset Management (Bram), afirma que cada vez mais

empresas têm procurado sua equipe para falar de seus avanços em questões de sustentabilidade.

"Antes empresas que só viam esse tema como filantropia, como um acessório, hoje nos procuram para

falar o que estão fazendo, no que estão avançando. E eu acho que o papel da bolsa nisso é bastante

importante, [as pesquisas] foram algumas das iniciativas que estimularam isso", afirma.

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Raquel conta que na gestora uma consultoria é contratada para acompanhar a evolução das questões

socioambientais nas empresas e fornecer um relatório anual baseado em informações públicas de

sustentabilidade, notícias e consultas de documentos em órgãos públicos. A partir daí, é concedido um

rating para cada uma da companhias, que é passado aos gestores para que incorporem nas avaliações

se determinadas empresas representam ou não um bom investimento.

Esse acompanhamento tem se tornado cada vez mais comum nas instituições financeiras. O Itaú

Unibanco, por exemplo, faz a avaliação das práticas socioambientais das empresas, olhando inclusive

os relatórios da B3 e as companhias que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE),

criado pela bolsa. Segundo Denise Hills, superintendente de sustentabilidade do banco, a forma como

uma empresa gere recursos ambientais e cuida de questões sociais "faz parte, de forma intrínseca, do

desempenho financeiro dela".

"Se o banco for conceder crédito, avaliamos a capacidade da empresa de lidar com questões sociais e

ambientais de seu negócio, para manter sua perenidade, sua produtividade. A discussão do tema, na

prática, vem do início dos anos 2000. De lá pra cá, evoluiu do crédito para o investimento e para os

seguros. E hoje, as variáveis socioambientais estão em todos os processos, até na contratação de

fornecedores, de terceirizados", afirma Denise.

O Santander também faz um acompanhamento minucioso das empresas antes de conceder crédito ou

financiar um projeto. No banco existe uma equipe de oito pessoais, incluindo biólogos, geólogos e

engenheiros, para avaliar as companhias que estão negociando com o banco.

"Para clientes do segmento corporate, que têm faturamento entre R$ 200 milhões até mais ou menos

R$ 1 bilhão por ano, fazemos o rating financeiro, que leva em conta um rating socioambiental. Se o

cliente melhorar práticas socioambientais, ele poderá ter nota melhor e condições melhores de

negociação", afirma Christopher Wells, gerente de risco socioambiental do Santander.

Assim como a analista da Bram, Wells também destacou a importância das iniciativas da bolsa, como a

promoção da agenda da ONU e a criação do próprio ISE. Segundo o executivo, empresas que

compõem o índice de sustentabilidade, por exemplo, estão dispensadas de passar por uma nova

avaliação da equipe de riscos socioambientais do banco. "O crivo da bolsa para as empresas entrarem

no ISE já é muito grande", diz.

Com os resultados da pesquisa, a B3 vai oferecer workshops às companhias, a fim de capacitá-las para

a publicação do relatório de sustentabilidade em linha com os objetivos de desenvolvimento

sustentável. As aulas serão ministradas pela representante da GRI no Brasil, Gláucia Terreo, que vai

ajudar os executivos a entenderem como eles podem usar as diretrizes em sua companhia e, dessa

forma, melhorar o seu negócio.

Fonte: Valor | 26.09

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BNDES: Diretora vê fim de incentivo para projetos sustentáveis com TLP

A diretora da área de Energia, Transporte Socioambiental e Saneamento do Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Marilene Ramos, disse nesta terça-feira que a criação

da Taxa de Longo Prazo (TLP) vai fazer desaparecer os incentivos para projetos sustentáveis no banco,

como nos financiamentos ao setor de energia eólica.

Marilene participou nesta terça-feira de encontro sobre meio ambiente na sede do banco, no Centro do

Rio. Durante o evento, ela disse que o BNDES busca atualmente oferecer condições de financiamento

diferente para projetos “verdes”, com taxas de juros mais baixas. “Com a entrada em vigor da TLP,

ainda que só vá ser igual à taxa de captação do Tesouro daqui a cinco anos, isso nos preocupa porque

esse incentivo tende a desaparecer. O governo federal e o Congresso precisarão definir se querem

continuar incentivando esse tipo de projeto”, disse.

A diretora sugeriu que o governo e o Congresso busquem verbas orçamentárias para que os subsídios

explícitos constem no orçamento e o banco de desenvolvimento possa praticar taxas mais vantajosas

para esses segmentos. “É um tema ainda nebuloso, não sabemos com vai funcionar nos próximos

anos”, Marilene disse que a política adotada pelo BNDES permitiu, por exemplo, que o país

desenvolvesse o segmento de energia eólica, que saiu de uma “produção insignificante” para uma

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capacidade instalada de 11 gigawatts (GW), praticamente todos financiados pelo banco. “Todas as

indústrias associadas à geração eólica também foram financiadas pelo BNDES. No momento em que

não houver condição especial de juros, nós teremos mais dificuldade de diferenciar o projeto ‘verde’ do

‘marrom’”, disse Marilene, que deixou o evento sem falar com os jornalistas.

Ela disse ainda que, mesmo com restrições orçamentárias, o BNDES tem capacidade para fazer

captações externas e trazer financiamento para projetos com “caraterísticas ambientais interessantes”.

Marilene lembrou que o banco captou US$ 1 bilhão em maio com a emissão de “green bonds” no

exterior.

Sobre o pedido de devolução de recursos pelo governo federal, a diretora afirmou que “todos ficam

preocupados com o cenário de restrição fiscal”, mas “não enxergamos isso como absoluta restrição ao

financiamento, especialmente esse tipo de projeto [verde]”, afirmou.

Fonte: Valor | 27.09

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Fora da Renca, soja ilegal avança em áreas protegidas do Amapá

Só entre junho e julho, o Ibama embargou 36 áreas de plantio irregular em territórios protegidos

Fora da Reserva Nacional do Cobre (Renca), na Amazônia, que teve sua extinção revogada nesta

semana pelo governo Michel Temer, grandes áreas do Cerrado no Amapá têm sido desmatadas

irregularmente. Esses territórios vêm perdendo espaço para plantações de soja.

Só entre junho e julho, o Ibama embargou 36 áreas no Amapá, na Operação Nova Fronteira, por

plantio irregular de soja em áreas de proteção permanente ou reserva legal. Ao todo, foram

bloqueados 10.234 hectares de terras. As multas aplicadas pelo órgão federal contra os responsáveis

pelo desmatamento e plantações ilegais somam R$ 57,655 milhões.

O balanço parte de levantamento obtido pelo Estado, feito pela organização Greenpeace com base em

dados públicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). Os números

foram confirmados pelo Ibama. Em praticamente todas as áreas embargadas a soja já havia sido

plantada e colhida. Ao menos 25 mil toneladas dessa soja ilegal, diz Nilo D’Avila, diretor de campanhas

do Greenpeace, foram embarcadas e enviadas para a Inglaterra. “Isso é resultado da falta de

fiscalização e do processo de licenciamento que se faz no Amapá, que é basicamente autodeclaratório,

sem exigir mapas das áreas que são liberadas para o plantio.” Apesar dos bloqueios feitos pelo Ibama,

a maior parte das terras embargadas no Amapá já foi liberada para novos plantios, por liminares.

Os cálculos do Greenpeace apontam que, entre os casos da Nova Fronteira e outras autuações do

Ibama neste ano, os embargos chegaram a 11.747 hectares de terra. Desse total, porém, 9.860

hectares (84%) já saíram da lista de bloqueios. Há casos em que a retirada do embargo, algo que

normalmente demora cerca de seis meses, tem ocorrido em menos de um mês.

Avanço

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam o avanço da soja na ponta

do eixo norte do País, um processo que, segundo investigações do Ministério Público Estadual do

Amapá, tem sido puxado pela crescente grilagem de terras na região. Em 2012, a área plantada de

soja no Estado somava 2.407 hectares, volume que foi multiplicado por quase oito vezes nos últimos

cinco anos, chegando a 18.900 hectares neste ano.

O Amapá tem sido visto como nova fronteira do agronegócio, por fatores como o baixo preço das

terras; a proximidade com o Canal do Panamá e com rodovias pavimentadas, além do acesso facilitado

a linhas de crédito do governo federal. Tradicionalmente reconhecido por suas florestas, o Amapá tem

cerca de 1 milhão de hectares de Cerrado, bioma que costuma ter menos atenção.

Todos os embargos e multas aplicadas pelo órgão federal no Amapá foram motivados pela falta de

autorização de empresas e fazendeiros que não tinham autorização estadual para aquele

desmatamento, além de terem feito o corte em áreas de proteção. A confusão do processo de

licenciamento ambiental complica o cenário, por causa da sobreposição de licenças dadas pelo Estado,

em detrimento de autorizações que teriam de ser do Ibama.

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Associação de produtores rurais culpa Estado

A Associação dos Produtores de Soja do Amapá culpou o processo de licenciamento ambiental aplicado

pelo Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Estado do Amapá (Imap) pelas

falhas. Celso Carlos dos Santos Júnior, vice-presidente da associação, diz que os produtores seguiram

a legislação ambiental. Foram surpreendidos por cobranças do Ibama, segundo ele, por supostas falhas

na coleta de dados e mapeamento das áreas no trabalho feito pelo Imap. O órgão, diz Santos Júnior,

teria deixado de registrar as autorizações de corte (supressão de vegetação) das áreas de plantio.

“O entendimento é de que houve erro por parte do Imap. Eles reconhecem isso e já manifestaram a

disposição de acertar. O Ibama fez o que é obrigado a fazer. Nós concordamos com o Ibama”,

comentou Santos Júnior, que teve sua empresa autuada em R$ 5 milhões. A reportagem procurou o

Imap por telefone e e-mail, mas não teve retorno.

Fonte: Estadão | 28.09

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Produção de celulose cai 0,8%, mas exportações avançam 9,4% em agosto sobre um ano antes

No comparativo com julho deste ano houve queda de 3,7% na produção

A indústria brasileira de celulose reduziu em 0,8 por cento a produção em agosto sobre o mesmo

período do ano passado, mas as exportações de celulose subiram 9,4 por cento na mesma

comparação, afirmou nesta quinta-feira Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

A produção de celulose no mês passado caiu para 1,54 milhão de toneladas, disse a associação dos

produtores. No comparativo com julho deste ano houve queda de 3,7 por cento.

Já as exportações de celulose somaram 1,11 milhão de toneladas em agosto, alta de 12 por cento em

relação ao dado de julho divulgado no mês passado.

Fonte: DCI | 28.09

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Ibá destaca aumento na produção e exportação dos produtos florestais este ano

As exportações de celulose cresceram 4,9%, as de painéis de madeira 30,4% e as de papel 0,6%

A celulose hoje é um dos dez produtos mais exportados pelo Brasil

Os resultados referentes às exportações e à produção do setor de árvores plantadas, nos primeiros oito

meses de 2017, mostram números positivos. Em comparação ao mesmo período do ano passado, as

exportações de celulose cresceram 4,9%, as de painéis de madeira 30,4% e as de papel 0,6%. Este

desempenho favoreceu o crescimento da produção de celulose e de papel, que evoluíram,

respectivamente, 3,6% e 0,4%. Para os painéis de madeira a boa notícia fica para o reaquecimento do

mercado doméstico que subiu 1% em vendas, em relação ao mesmo período de 2016.

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Receita de exportações – De janeiro a agosto de 2017, as receitas provenientes das exportações

atingiram US$ 5,5 bilhões (+9,6%); das quais US$ 4,1 bilhões (+12,4%) referem-se às vendas

externas de celulose, US$ 1,2 bilhão (-0,3%) às de papel e as US$ 191 milhões (+23,2%) às de

painéis de madeira. Como resultado, a balança comercial do setor registrou um saldo positivo de US$

4,85bilhões (+11,4%, em relação a 2016).

Destino das Exportações – Os países latino-americanos permanecem como os principais mercados dos

segmentos de papel e de painéis de madeira, nos primeiros oito meses do ano, com receitas de

exportações de US$ 806 milhões (+11,2%) e US$ 100 milhões (+20,5%), respectivamente. A China

segue como principal destino da celulose produzida pelo Brasil com 40,2% de participação e

representando uma receita de US$ 1,6 bilhão (+22,0%). O segundo maior destino da celulose é a

Europa, que deteve neste período uma fatia de 31,5% das exportações, que corresponde a US$ 1,3

bilhão (+3,9%).

Volume das Exportações – O volume exportado de celulose registrou 8,9 milhões de toneladas

(+4,9%), o segmento de papel comercializou 1,4 milhão de toneladas (+0,6%); e o de painéis de

madeira totalizou 840 mil m³ (+30,4%), entre janeiro e agosto deste ano.

Produção – A produção brasileira de celulose alcançou as 12,7 milhões de toneladas (+3,6%) e a de

papel superou a marca de 6,9 milhões de toneladas (+0,4%).

Vendas Domésticas – De janeiro a agosto de 2017, as vendas domésticas de papel atingiram 3,5

milhões de toneladas (-0,8%); enquanto o segmento de painéis de madeira registrou 4,2 milhões de

m³ comercializados internamente (+1,0%).

Fonte: Painel Florestal | 29.09

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Produção florestal atingiu R$ 18,5 bi em 2016

A produção primária florestal somou R$ 18,5 bilhões no país em 2016, 0,8% mais que em 2015, de

acordo com a pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, também divulgada ontem pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do total, a silvicultura representou 76,1%,

enquanto o extrativismo vegetal respondeu por 23,9%.

Os produtos madeireiros representaram 89,8% do valor da produção do setor florestal brasileiro, ou R$

16,6 bilhões.

Especificamente no caso do extrativismo vegetal, os produtos madeireiros apresentaram retração entre

os produtos acompanhados, puxada por carvão vegetal (queda de 31,7%), lenha (7,4%) e madeira em

tora (7%).

"Esse fenômeno acontece principalmente em resposta à legislação ambiental vigente e ao maior

controle dos órgãos fiscalizadores, assim como a sensível redução de mão de obra disponível para

atuar na atividade extrativa, fatores que reduzem ano a ano a participação da extração vegetal nos

valores absolutos da produção madeirar", avaliou o IBGE.

Já na silvicultura, os produtos madeireiros responderam por 97,7% do valor de produção do segmento

em 2016, com destaque para a madeira para papel e celulose, que registrou avanço de 7,7% e somou

R$ 5,2 bilhões no ano. Esse valor representou 37,1% do total produzido nas áreas de florestas

plantadas brasileiras.

Fonte: Valor | 29.09

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Produção de celulose cai em agosto

A indústria brasileira de celulose reduziu em 0,8% a produção em agosto sobre o mesmo período do

ano passado, mas as exportações subiram 9,4% na mesma base de comparação, informou nesta

quinta-feira (28) a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

A produção de celulose no mês passado caiu para 1,54 milhão de toneladas, disse a associação dos

produtores. No comparativo com julho deste ano, houve uma retração de 3,7%.

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Já as exportações de celulose somaram 1,11 milhão de toneladas em agosto, alta de 12% em relação

a julho. Recentemente, a Eldorado anunciou aumento dos preços do insumo. Para Europa, América do

Norte e China, o ajuste foi de US$ 30 por tonelada. Já para a Coreia do Sul, foi de US$ 50 por

tonelada. O setor, que também representa produtores de outros insumos derivados de madeira,

afirmou que a produção de papel cresceu 4,5% no mês passado na comparação anual, para 907 mil

toneladas, com o volume produzido de papel para embalagens avançando 4,9% e, para imprimir e

escrever, com alta de 4,7%.

Mercado interno

Já as vendas domésticas de papel ficaram praticamente estáveis, pressionadas por queda de 3% nas

vendas de papéis para imprimir e escrever, enquanto as de embalagens subiram 3,3% no período.

As ações das produtoras de celulose Fibria e Suzano estavam entre as maiores altas do Ibovespa nesta

quinta-feira (28) às 11:23. A Fibria tinha ganho de 4,3% enquanto Suzano, que também produz papel,

tinha valorização de 2,5%.

Na véspera, o presidente da rival Eldorado Brasil, José Carlos Grubisich, afirmou que vê os estoques de

celulose no mundo ainda contidos e a demanda aquecida, o que abre espaço para novos reajustes de

preços do insumo nos próximos meses. Segundo o Ibá, as vendas de painéis cresceram 7,5% no

mercado doméstico em agosto sobre o ano passado e 4,2% no comparativo com julho, para 573 mil

metros cúbicos. As exportações do insumo, que é utilizado na indústria da construção civil, avançaram

14,7% na comparação anual, para 125 mil metros cúbicos.

Fonte: DCI | 29.09

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Novas usinas de etanol devem demandar de 300 a 400 mil hectares de eucalipto

Demanda surge como nova opção para o mercado mas cuidados devem ser tomados

FS Bioenergia, em Lucas do Rio Verde (MT), vai precisar de 12 a 15 mil hectares de florestas plantadas de eucalipto

A primeira usina de etanol de milho do país já começou a operar em Lucas do Rio Verde (MT). Com

investimento de R$ 450 milhões, a FS Bioenergia representa um marco na história do agronégocio

brasileiro.

Serão 200 milhões de litros de etanol por ano que vai demandar 600 mil toneladas de milho por safra

e, aproximadamente, 12 a 15 mil hectares de eucalipto para suprir a demanda por biomassa apenas

dessa unidade.

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De acordo com o gerente de Biomassa, da FS Bioenergia, Leonardo Pacheco, a empresa está

negociando contratos de compra futura, com remuneração garantida, em projetos florestais que,

preferencialmente, aproveitem solos arenosos na região.

"Queremos diminuir o raio médio de fornecimento de biomassa, pois hoje, estamos buscando biomassa

muito longe", ressaltou Pacheco.

A proposta é que os produtores de grãos da região aproveitem áreas menos produtivas para soja e

milho para produzir madeira.

De acordo com dados da recém criada UNEM (União Nacional do Etanol de Milho), a previsão é que os

projetos em andamento no Brasil demandem, ao todo, de 300 a 400 mil hectares de florestas

plantadas de eucalipto para geração de vapor.

É preciso, no entanto, entender onde estão esses projetos para avaliar o impacto sobre a demanda de

biomassa. "O milho viaja e pode ir do Mato Grosso para o interior de São Paulo, por exemplo. Já a

biomassa, não", ressalta Pacheco.

Leonardo Pacheco estará no GPS Talks Insights, dia 26 de outubro, em São Paulo (SP), ao lado do

vice-presidente da UNEM, Glauber Silveira que também é vice-presidente da Associação Brasileira de

Produtores de Milho (Abramilho) e presidente da AREFLORESTA (Associação dos Reflorestadores do

Mato Grosso).

Fonte: Painel Florestal | 03.10

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Carajás é exemplo a ser seguido em toda a Amazônia, diz ministro

Fernando Coelho Filho voltou a dizer que as polêmicas que levaram à revogação da Renca foram alvo de um debate 'apaixonado'

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse nesta terça-feira, 3, que a exploração de

minério de ferro feita pela Vale em Carajás, no Pará, deve ser vista como modelo para novos projetos

minerais previstos para toda a Amazônia.

Em audiência pública realizada no Senado, Coelho Filho voltou a dizer que as polêmicas que levaram à

revogação do decreto que acabava com a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) foram alvo

de um debate "apaixonado" sobre o assunto. "Esse é um debate que a gente precisa fazer, com todo

respeito, de forma desapaixonada", disse. "Ninguém aqui quer fazer mineração e acabar com o meio

ambiente. O que nós queremos é, sim, poder explorar nosso potencial mineral. É, sim, poder preservar

as nossas riquezas. Nós temos condições de avançar muito mais na mineração, de gerar muito mais

emprego no setor mineral", comentou. "Nós vamos seguir nesse caminho ou não vamos seguir? É uma

decisão que tem que ser tomada como País."

Segundo o ministro, a exploração permite que o governo passe a ter maior controle das áreas. "Dá,

sim, para ter mineração e preservação, e obrigar as empresas a também ter responsabilidade pela

área que precisa ser preservada. Carajás é exemplo de algo que pode e deve ser replicado", afirmou.

Ao citar a revogação do decreto da Renca, Coelho Filho disse que o País precisa prosseguir com os

debates, "para poder endereçar a forma de exploração do potencial mineral, seja dentro ou fora da

reserva mineral, mas na Amazônia como um todo".

Renca

Em 26 de setembro, o presidente Michel Temer (PMDB) publicou a decisão de revogar o decreto de

extinção da Renca, uma área da floresta entre os Estados do Amapá e do Pará equivalente ao tamanho

do Espírito Santo. Ao revogar o decreto, o governo restabeleceu as condições originais da área, criada

em 1984. O decreto de extinção da reserva foi assinado por Temer no dia 23 de agosto. Diante da

repercussão negativa, o governo fez outro decreto, o que não aplacou as críticas vindas, inclusive de

especialistas e da classe artística. O Ministério de Minas e Energia, depois, publicou portaria para

congelar por 120 dias a proposta. A extinção da Reserva também era questionada no Senado.

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A Renca originalmente não era uma área de proteção ambiental. Ela foi criada para assegurar a

exploração mineral ao governo, mas, com o passar dos anos, acabou ajudando a proteger a região, na

Calha Norte do Rio Amazonas, que é hoje uma das mais preservadas da Amazônia.

Fonte: Estadão | 04.10

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Com preços em queda, MS continua liderando expansão florestal no país

Há indícios, no entanto, de redução no ritmo de novos plantios no Estado

Não é de hoje que Mato Grosso do Sul está no topo do ranking da evolução da área plantada de

eucalipto no país. Somente nos últimos cinco anos, a expansão anual foi de 13%, em média. Com isso,

em 2017, a área ultrapassou a marca de um milhão de hectares, número previsto - no Plano Estadual

de Florestas - para 2030.

As duas fábricas de celulose do estado detém aproximadamente 50% desse total. De acordo com o

recém divulgado Relatório de Sustentabilidade da Eldorado Brasil, empresa que está sendo comprada

pela estrangeira Paper Excellence, são 239 mil hectares com produtividade média de 45 metros

cúbicos por hectare/ano. A Fibria, de acordo com o mesmo relatório, possui 372 mil hectares, mas não

divulga a produtividade. Com madeira de sobra para as indústrias, as parcerias florestais na região

estão sendo renegociadas. Ano a ano, a área sob regime de fomento tem caído.

No caso da Fibria, por exemplo, a área contratada no regime de fomento florestal na região de Três

Lagoas caiu pela metade de 2014 para cá (2.656 em 2014 vs 1.382 em 2016).

A falta de novos incentivos, o preço da madeira que - em muitos casos - não remunera a terra

imobilizada e a inexistência de outras cadeias de negócio, estão levando a muitos produtores a desistir

da atividade, numa espécie de "acomodação de mercado". Fica clara, diante desse cenário, que a

dependência da indústria de celulose, pelo menos para o produtor florestal independente, não é viável.

Sem mercado

De acordo com dados da Associação Sul-mato-grossense de Produtores e Consumidores de Florestas

Plantadas (Reflore/MS), existem aproximadamente 200 mil hectares sem destinação econômica. Além

do impacto no preço da madeira, o excesso de oferta traz outros problemas.

Sem remuneração, a base do setor investe menos no manejo da floresta e acaba "achatando" os

prestadores de serviços também. O governo do Estado está atento ao cenário. O secretário de Estado

de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, tem

buscado - pessoalmente - novos investimentos para Mato Grosso do Sul.

"Estamos buscando empreendimentos que façam uso desse eucalipto, como na área de mineração,

biomassa e ainda queremos expandir a questão da madeira, em móveis, paletes, buscando indústrias

que processem essa madeira", destaca o secretário.

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Com projetos cadastrados no Ministério de Minas e Energia, uma das expectativas do secretário é com

a realização dos leilões de energia nova previstos para dezembro deste ano. "Vamos acompanhar de

perto", ressalta Jaime.

Para janeiro está prevista a inauguração da primeira fábrica de MDF do Estado. A Green Plac, do grupo

Asperbras, está instalada no município de Água Clara. O consumo de carvão vegetal também deve

aumentar, em médio prazo, já que há rumores sobre o reaquecimento da indústria siderúrgica em

Mato Grosso do Sul e também em Minas Gerais.

Fonte: Painel Florestal | 04.10

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Brasil já emitiu US$ 3,7 bi em bônus verdes

O mercado brasileiro de títulos verdes de dívida, os chamados "green bonds", ultrapassou os R$ 11

bilhões - ou US$ 3,67 bilhões, com estimativa de alcançar US$ 4 bilhões até o fim do ano. Essas

emissões estão direcionadas principalmente a bancar projetos de energia renovável.

Foram nove emissões com este rótulo, no Brasil, desde 2015. Depois de energia renovável, o

segmento mais representativo foi o florestal, seguido por água. Depois vêm edifícios e indústria,

redução de resíduos e poluição, transporte e adaptação aos impactos da mudança do clima.

As estimativas globais são de um mercado de US$ 895 bilhões, considerando-se títulos emitidos que

estimulam a economia de baixo carbono, mas não foram rotulados como green bonds. Levando-se em

conta apenas os títulos que vêm com o selo verde, o mercado mundial é de US$ 221 bilhões.

Os dados constam do relatório "Títulos de dívida e mudanças climáticas: análise de mercado 2017"

produzido pela Climate Bonds Initiative. A CBI é uma ONG internacional que busca "mobilizar os US$

100 trilhões do mercado de títulos para soluções climáticas", como está descrito em seu site. A

publicação anual é encomendada pelo HSBC e será lançada hoje no Brasil.

"O Brasil tem potencial de ser um dos maiores mercados de green bonds do mundo", disse ao Valor

Justine Leigh-Bell, diretora de desenvolvimento de mercado para a iniciativa climática da CBI. "O que

se conseguiu aqui nestes dois últimos anos, que foram muito desafiadores na história do Brasil,

mostram isso", continua, referindo-se ao desempenho do setor mesmo diante da crise econômica e

política brasileira.

Globalmente, o setor de transportes representa 61% do mercado. O setor de energia é o segundo

colocado, englobando tanto geradoras como fabricantes de equipamentos, com 19% do total.

No Brasil, contudo, o mercado de green bonds pode assumir outro perfil. O capítulo brasileiro do

estudo da CBI é escrito pelos técnicos da Sitawi, instituição que busca desenvolver soluções financeiras

com aplicação socioambiental. "O mercado brasileiro decolou e começou a acontecer", avalia Gustavo

Pimentel, diretor da Sitawi. Ele enxerga grande potencial na agricultura de baixo carbono e também

para financiar infraestrutura sustentável. "Faria todo o sentido", segue Pimentel.

O mercado brasileiro amadurece, também, na governança. Em 2016 foi criado o Conselho de Finanças

Verdes do Brasil, uma parceria da CBI com o Cebds, e com perfil mais próximo ao setor privado. Em

agosto foi a vez do Laboratório de Inovação Financeira, iniciativa conjunta da Associação Brasileira de

Desenvolvimento (ABDE), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Banco Interamericano de

Desenvolvimento (BID) para encontrar formas de financiar o desenvolvimento sustentável no Brasil.

O relatório lembra que a meta climática brasileira (NDC), no Acordo de Paris, de reduzir em 37% as

emissões até 2025 e em 43% até 2030, em comparação com os níveis de 2005, tem como estratégia

aumentar a eficiência energética em 10%, o consumo de bioenergia para 18% e as energias

renováveis em 45%, além de restaurar 12 milhões de hectares de florestas.

O International Finance Corporation (IFC) estima que "a meta brasileira e outros investimentos

climáticos exigirão US$ 1,3 trilhão de 2016 a 2030", diz o estudo, "mais do que qualquer outro país da

região".

Fonte: Valor | 04.10

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ALDO DE CRESCI NETO

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Fundo Clima divulga novas regras

Interessados poderão enviar projetos de maneira espontânea ou por meio de chamadas públicas previamente definidas pelo Comitê Gestor.

Estão disponíveis as novas regras para apresentação de projetos ao Fundo Nacional sobre Mudança do

Clima, o Fundo Clima. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgou página virtual em que detalha os

critérios para submissão de projetos, definidos na última reunião do Comitê Gestor do Fundo. A

próxima reunião será realizada em 27 de outubro e definirá questões como recursos e andamento de

projetos.

Vinculado ao MMA, o Fundo financia ações voltadas para a mitigação e adaptação à mudança do clima

e elege propostas por meio de duas modalidades. Por demanda dirigida, são analisadas as propostas

enviadas espontaneamente ao Fundo. Já as de livre concorrência são selecionadas por chamamento

público com editais.

A modalidade de livre concorrência será priorizada. Para essa categoria, poderão ser estabelecidas

parcerias com outros órgãos públicos para a elaboração das chamadas públicas por meio das quais os

projetos serão contratados. O Comitê Gestor fixará o percentual de recursos que será destinado para

cada uma das modalidades de submissão com frequência anual.

Por demanda dirigida, as propostas devem ser apresentadas até o fim do mês de fevereiro do ano para

o qual será solicitado o apoio e seguir o formato de projeto indicado pelo Fundo Clima. Os projetos

devem apresentar objeto com financiamento de atividades que se inicie naquele ano, além de informar

outras fontes de financiamento em complemento àquele a ser solicitado ao Fundo Clima. As propostas

serão analisadas pelo Comitê Gestor, mas o apoio efetivo por parte do Fundo ocorrerá de acordo com

suas possibilidades orçamentárias.

Fonte: MMA | 03.10

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EMPRESAS

Atuação da Pöyry para Spinnova viabilizou aporte financeiro e parceria com a Fibria

Aquisição de 18% da startup finlandesa que atua no desenvolvimento de tecnologias para produção de fibras e fios têxteis a partir de fibras de madeira conecta a Fibria a novos bioprodutos de alto valor

A Fibria adquiriu recentemente 18% do capital da Spinnova, empresa finlandesa de desenvolvimento

de tecnologia para produção de tecidos a partir de fibras de madeira. As empresas foram reunidas em

um processo de busca por parcerias, apoiado pela Pöyry – multinacional finlandesa de consultoria e

serviços de engenharia. Trata-se de um exemplo da decisão da Pöyry de atuar em estreita colaboração

com startups de segmentos que vão da biotecnologia ao digital, inclusive levando oportunidades para

clientes globais como a Fibria, com a qual mantém um relacionamento de longa data.

Para identificar o parceiro industrial adequado à necessidade da Spinnova e viabilizar a transação, a

Pöyry realizou análise de potenciais parceiros, atuou no desenvolvimento de relacionamento com a

Fibria e deu apoio às negociações e à assessoria contratual. O resultado do trabalho da Pöyry permitirá

que a Spinnova e a Fibria atuem em conjunto na busca de novas oportunidades para o

desenvolvimento de tecnologia, realização de testes e programas piloto, em escala pré-comercial, de

novos produtos de alto valor.

Em um processo dessa natureza, ser capaz de apoiar uma startup exige uma posição confiável entre as

empresas globais da indústria de base florestal, que atuam desde a biomassa até o usuário final, além

de uma ampla compreensão do mercado e o conhecimento de tecnologias inovadoras, áreas nas quais

a Pöyry tem se empenhado em desenvolver.

A Spinnova desenvolve tecnologias de baixo custo e ambientalmente sustentáveis para fabricar

insumos para a indústria de tecidos e de não-tecidos. Sua tecnologia utiliza fibras de madeira para

produzir filamentos e fios que podem substituir algodão, viscose e outras matérias-primas tanto em

aplicações tecidos e não-tecidos. A parceria com a Spinnova e sua plataforma tecnológica poderão

permitir à Fibria, em linha com sua estratégia de novos negócios, desenvolver produtos para novas

aplicações ao longo dos próximos anos.

ALDO DE CRESCI NETO

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"A parceria com a Spinnova está totalmente alinhada à estratégia da Fibria de agregar valor à sua base

florestal. Essa aquisição de participação abre a oportunidade para nos posicionarmos em uma

tecnologia inovadora e sustentável para a produção de têxteis", afirma o diretor de Estratégia e Novos

Negócios da Fibria, Vinicius Nonino.

"A parceria com a Fibria ajudará a Spinnova a expandir seu negócio de forma mais rápida, e melhorar

significativamente sua competitividade global. Valorizamos esta parceria, com muitas sinergias em

nível estratégico e visão compartilhada. Foi ótimo trabalhar com a equipe Pöyry, composta por

verdadeiros profissionais, e cujo apoio foi inestimável durante o processo de identificação de um

parceiro", explica Janne Poranen, CEO e fundadora da Spinnova.

"Atuamos ativamente no cenário das startups, em uma busca contínua por novas tecnologias e

empresas especializadas em bioindústrias, energia e na área digital. Nossa rede global e forte

relacionamento com as principais empresas da indústria de base florestal nos permitem encontrar

parceiros adequados para diferentes necessidades e conectar startups a investidores, com benefícios

mútuos", afirma Petri Vasara, vice-presidente de Consultoria de Gestão da Pöyry. "Somos o parceiro

ideal para apoiar os clientes com nosso entendimento técnico e de mercado que abrange toda a cadeia

de valor, da matéria-prima até mercados finais."

Fonte: Painel Florestal | 22.09

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Paper Excellence leva 13% da Eldorado nesta semana

A primeira etapa da venda da Eldorado para a Paper Excellence (PE) será concluída no início desta

semana e englobará 13% da fabricante de celulose detidos diretamente pelo Grupo J&F. A conclusão

dessa primeira parte ocorre após o procedimento de diligência, que chega ao fim a despeito dos

percalços com a prisão de Joesley e Wesley Batista.

Em seguida, para outubro, está programado o fechamento de uma segunda fase do processo, com a

venda das participações dos fundos de pensão dos funcionários da Petrobrás e da Caixa Econômica

Federal, Petros e Funcef, que detêm cerca de 17% da empresa. Os fundos já sinalizaram que venderão

conjuntamente suas fatias, atraídos pelo elevado valor da transação, que avalia a Eldorado em R$ 15

bilhões. Caso os fundos não deixem o negócio, a J&F negociará uma fatia adicional. Já o restante da

fabricante de celulose será vendido pela família Batista à Paper Excellence em até 12 meses.

Procurados, o Grupo J& F, a Petros e a Funcef não comentaram.

Fonte: Estadão | 25.09

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Funcef decide na sexta-feira seu futuro na Eldorado

O conselho deliberativo da Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, vai

decidir sobre a venda de sua fatia na produtora de celulose Eldorado Brasil em reunião prevista para

sexta-feira, apurou o Valor.

Junto com a Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, a Funcef possui 49,5% do FIP

Florestal, fundo de investimento de participações que controla a empresa de celulose junto com a J&F

Investimentos - holding da família Batista. Isso dá a cada um deles uma fatia de 8,53% do capital total

da empresa. Apesar da turbulência que atingiu os irmãos Batista e seus negócios, no início de

setembro, a J&F Investimentos, informou que concluiu as negociações para venda do controle da

Eldorado Brasil à Paper Excellence (PE). A compradora, que tem sede na Holanda, pertence à família

Widjaja, que é dona também da Asia Pulp and Paper (APP). O contrato prevê a transferência de até

100% das ações da companhia, por R$ 15 bilhões, em operação que será finalizada em até 12 meses.

O Valor já havia noticiado que, numa primeira etapa, a PE compraria uma fatia de 30% a 35% do

capital da Eldorado. O restante das ações seria comprado em até um ano. Caso ocorra a adesão dos

fundos de pensão Petros e Funcef à operação, nessa primeira fase seriam vendidos os 34,45% da

companhia detidos pelo FIP Florestal, que também tem a J&F como cotista, com 50,5% de

participação. Se as fundações não decidirem pela venda conjunta, a J&F deverá vender sua

participação no FIP mais parte dos 63,6% que detém diretamente na Eldorado.

ALDO DE CRESCI NETO

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Está previsto para hoje o pagamento pela participação de 17% dos Batista na companhia via FIP

Florestal. A compra dessa primeira fatia não está condicionada à homologação judicial da leniência.

A aquisição pela PE marca a entrada da fabricante de celulose na América do Sul. Atualmente, a

companhia tem operações na França e Canadá, no total de sete unidades, que, juntas, tem capacidade

para fabricar 2,3 milhões de toneladas ao ano. A Eldorado, sozinha, em um único site, produz 1,7

milhão de toneladas/ano.

Na sexta-feira, a Eldorado anunciou um reajuste dos preços da celulose que vende mundialmente. Para

a Coreia do Sul, o aumento será de US$ 50 por tonelada, e para Europa, América do Norte e China, de

US$ 30. Ainda de acordo com a companhia, com essas mudanças o preço de tabela de seus produtos

para a Europa vai a US$ 940 por tonelada. No caso dos Estados Unidos, o valor sobe para US$ 1.130;

na China, para US$ 760; e na Coreia, para US$ 820.

A Eldorado informou, na quinta-feira, que firmou um termo de adesão ao acordo de leniência da J&F,

que foi celebrado em 5 de junho com o Ministério Público Federal (MPF). Em fato relevante, a

produtora de celulose informou que a adesão foi feita "no melhor interesse da companhia",

resguardando-a dos impactos financeiros do acordo, que serão totalmente assumidos pela holding.

Fonte: Valor | 25.09

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Segunda linha da Fibria reúne grandes inovações de mercado

Na vanguarda da estratégia de testes das turbinas a vapor para geração de energia elétrica

A nova linha da Fibria em Três Lagoas (MS) traz uma série de inovações na construção, operação e

processos industriais e florestais. Um dos destaques que somaram à antecipação do início das

operações foi registrado na área de Distribuição de Vapor, durante a fase de testes. Por meio de um

planejamento estratégico e em busca da excelência operacional, a Fibria antecipou a partida das

turbinas da área de distribuição de vapor, responsável por gerar energia. Isso foi possível devido à

utilização de vapor produzido na primeira fábrica, antes mesmo da liberação de vapor pela Caldeira de

Recuperação, realizando uma limpeza preliminar das linhas de vapor para as turbinas.

A decisão de direcionar o vapor da fábrica existente, para a nova fábrica por uma tubulação metálica e

um conjunto de válvulas interligando os coletores de alta pressão das duas fábricas, possibilitou os

testes com maior flexibilidade utilizando vapor da linha existente nos novos equipamentos e permitiu

ajustar de forma antecipada o processo produtivo. Até então, não havia registro da utilização desse

recurso dessa forma em outros empreendimentos, a Fibria foi a pioneira. A iniciativa resultou na

redução de tempo e custos envolvidos no processo.

Você Sabia?

A geração de energia na Fibria é baseada em uma matriz energética sustentável proveniente de dois

processos. O primeiro consiste na queima das cascas de eucalipto na caldeira de biomassa, produzindo

vapor que aciona turbinas e gera energia. No segundo, a madeira picada é cozida no digestor,

separando os componentes lignina (substância que une as fibras da madeira) e a celulose, resultando

no licor negro, que é queimado na caldeira de recuperação e gera vapor e energia

Fonte: Painel Florestal | 26.09

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Paper Excellence paga R$ 1 bilhão à J&F e assume 13% da Eldorado

A Paper Excellence (PE), produtora de celulose de fibra longa da mesma família que é dona da Asia

Pulp and Paper (APP), já é acionista minoritária da Eldorado Brasil, fabricante de celulose de eucalipto

da J&F Investimentos. Ontem, a empresa indonésia recebeu 13% das ações da brasileira, mediante o

pagamento de R$ 1,006 bilhão.

Agora, a expectativa é de que os fundos de pensão Petros (dos funcionários da Petrobras) e Funcef (da

Caixa Econômica Federal) tenham uma posição sobre o futuro de suas participações minoritárias na

Eldorado até meados de outubro, apurou o Valor.

ALDO DE CRESCI NETO

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A PE já se reuniu duas vezes com representantes das fundações e tem indicado a interlocutores que,

seja qual for a posição de Petros e Funcef - de saída ou permanência na Eldorado -, ela será bem-

vinda. A empresa usou recursos provenientes de seu caixa para comprar a fatia de 13% detida

diretamente pela holding na Eldorado. O próximo passo da transação também será coberto com

recursos próprios. Caso Petros e Funcef excerçam o direito de venda conjunta ("tag along"), a PE

comprará a fatia de 17% detida conjuntamente pelas fundações e mais 4% de participação da J&F -

resultando em uma participação de pouco mais de 34%. Se os fundos optarem por ficar na companhia,

a PE comprará outros 17% da própria J&F, dentro do FIP Florestal, elevando sua posição a 30%. Há

ainda a possibilidade de apenas um dos fundos sair da empresa, o que também resultaria em parcela

de 30%.

Com o pagamento de ontem, os indonésios passaram oficialmente à condição de acionistas

minoritários da Eldorado, mas sem direitos políticos adicionais. Mesmo com a saída dos fundos, que

podem indicar um representante ao conselho de administração da empresa cada um, a PE não herda

esse direito. Somente quando houver a transferência do controle da produtora de celulose, explicou

uma fonte, a PE passa a ter os direitos e se torna responsável por sua dívida. Por isso, as conversas

com credores - o maior deles é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) -

ainda não foram iniciadas.

Segundo uma fonte, a adesão da Eldorado ao acordo de leniência da J&F com o Ministério Público

Federal (MPF) foi fundamental para a etapa da operação que foi firmada ontem. Como resultado dessa

iniciativa, o MPF emitiu uma certidão que dá proteção à companhia e ao comprador quanto ao

pagamento de multas que pesam contra a holding.

A auditoria dos ativos da produtora de celulose de eucalipto, que opera uma fábrica em Três Lagoas

(MS), foi concluída sem indicar a necessidade de ajustes no valor atribuído à Eldorado, de R$ 15

bilhões. Eventuais futuros ajustes não estão previstos até o momento e os termos do negócio estão

protegidos por acordo de confidencialidade, afirmou uma fonte.

Tendo em vista o valor do pagamento efetuado pelos indonésios, é possível calcular que a dívida

líquida considerada para a Eldorado é de R$ 7,26 bilhões - o que resultaria em desembolso de R$ 7,74

bilhões por 100% das ações da companhia. Por esse cálculo, se saírem do capital da empresa, cada

fundação receberia em torno de R$ 655 milhões.

Fontes ligadas tanto aos compradores quanto aos vendedores vinham dizendo que, nessa primeira

etapa da transação, os indonésios comprariam cerca de 17% da Eldorado detidos pela J&F via FIP

Florestal. No entanto, como os fundos de pensão Petros e Funcef ainda não manifestaram a decisão

acerca de suas participações no FIP - venda conjunta, direito de preferência ou se vão permanecer na

empresa -, a primeira etapa da compra se concentrou em parte das ações detidas diretamente pela

holding dos Batista na produtora de celulose.

A Paper Excellence terá até o início de setembro de 2018 para sacramentar a compra do controle e do

capital restante da Eldorado. Para essa etapa do negócio, os indonésios estão em contato com

instituições financeiras que vão financiar a operação.

Com sede na Holanda e receita anual de US$ 1,5 bilhão, a PE iniciou atividade em 2007 com a compra

de sua primeira fábrica de celulose, Meadow Lake, no Canadá. Hoje, são cinco unidades naquele país e

outras duas na França, voltadas à produção sobretudo de celulose de fibra longa.

A empresa faz questão de se apresentar como negócio independente da APP. Mas, segundo fontes da

indústria, cabe a Jackson Wijaya, filho de Teguh Ganda Wijaya, presidente do conselho de

administração da APP e do grupo Sinar Mas, a condução da estratégia da PE. Operacionalmente,

Jackson é também o responsável pela APP na China e pelos negócios da companhia em celulose e

tissue.

Com a Eldorado, a PE incorpora a seu portfólio a celulose de eucalipto e vai quase dobrar de tamanho

quando assumir integralmente a fábrica de Três Lagoas, que produz 1,7 milhão de toneladas anuais.

Hoje, a empresa tem capacidade instalada de 2,3 milhões de toneladas por ano.

Sem fazer alarde, a PE tirou da disputa pelos ativos de celulose da J&F grandes nomes da indústria. Do

Brasil, a líder global Fibria, que manifestou interesse, mas indicou que não pagaria um prêmio elevado.

ALDO DE CRESCI NETO

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A chilena Arauco, por sua vez, teve exclusividade para negociar com os irmãos Batista mediante oferta

de US$ 4,2 bilhões. Porém, não houve consenso entre os dois lados quanto ao preço final.

Fonte: Valor | 26.09

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Fibria encerra captação de R$941,3 mi via emissão de CRA

Emissão foi feita em duas séries, sendo uma de R$ 757,109 mi com vencimento em 5 anos e outra de R$ 184,177

mi com vencimento em 6 anos

A Fibria concluiu a captação de 941,286 milhões de reais por meio da distribuição pública de

certificados de recebíveis do agronegócio lastreados em notas de crédito à exportação, informou a

maior produtora de celulose de eucalipto do mundo.

A emissão de CRAs foi feita em duas séries, sendo uma de 757,109 milhões de reais com vencimento

em 5 anos e outra de 184,177 milhões de reais com vencimento em 6 anos, conforme comunicado

divulgado na noite de terça-feira.

Fonte: DCI | 27.09

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Eldorado divulga balanço sem auditoria

Em meio a processo de venda para a multinacional Paper Excellence, a empresa da holding J&F fechou o segundo trimestre de 2017 com prejuízo de R$ 1 milhão

A Eldorado Brasil Celulose, empresa da J&F que está em processo de venda para a multinacional Paper

Excellence, fechou o segundo trimestre de 2017 com prejuízo de R$ 1 milhão, contra um lucro líquido

de R$ 411 milhões no mesmo período do ano passado. Os dados, porém, não são auditados.

Nesta semana, a Paper Excellence, da família indonésia Widjaja, pagou R$ 1 bilhão por 13%

da Eldorado. O objetivo, no entanto, é comprar 100% do capital da empresa, incluindo o restante da

fatia do grupo liderado por Joesley e Wesley Batista e as participações de fundos de pensão. O

investidor espera encerrar a operação, que totalizará R$ 15 bilhões, em 12 meses.

Segundo José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado, o resultado foi impactado negativamente em

R$ 375 milhões pela variação cambial no trimestre. De abril a junho, a geração de caixa - medida pelo

Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) - atingiu R$ 475 milhões, avanço

de 2% ante igual período de 2016.

Sem auditoria. A Eldorado informou que determinadas informações operacionais e financeiras

relativas ao segundo trimestre não foram revisadas pelos auditores independentes.

A companhia disse que, embora acredite que as informações ora divulgadas reflitam adequadamente a

sua posição econômica e financeira em 30 de junho de 2017, esses dados poderão ser alterados após a

conclusão da auditoria independente. “A Eldorado envidará seus melhores esforços para finalizar os

trabalhos acima referidos com a maior brevidade possível”, afirmou

Fonte: Estadão | 28.09

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Funcef exercerá direito de venda da Eldorado

O fundo de pensão Funcef, dos funcionários da Caixa Econômica Federal, vai exercer o direito de venda

conjunta ("tag along") de sua participação indireta no capital social da Eldorado Brasil, produtora de

celulose de eucalipto da J&F Investimentos.

A fundação é cotista do FIP Florestal, que detém 34,45% das ações da produtora de celulose. A J&F

Investimentos, que controla a Eldorado e é a maior cotista do fundo, assinou um contrato de venda de

sua participação na companhia à Paper Excellence, da mesma família que é dona da Asia Pulp and

Paper, que avalia a Eldorado em R$ 15 bilhões.

De acordo com a Funcef, a decisão foi aprovada por seu conselho deliberativo na segunda-feira.

"Prevista no acordo de cotistas do FIP Florestal, a cláusula de 'tag along' garante ao investidor a

possibilidade de vender sua participação em conjunto com o controlador", informou.

ALDO DE CRESCI NETO

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Por meio do FIP, a Funcef tem participação indireta de 8,53 na Eldorado. A Petros, fundo de pensão

dos funcionários da Petrobras, tem fatia idêntica também via FIP Florestal. "A Funcef, agora, vai iniciar

as negociações do contrato de compra e venda de cotas com a Paper Excellence", acrescentou.

Havia expectativa de que os fundos de pensão exercessem o direito de tag along diante da oferta

atrativa feita pela PE ao controlador da Eldorado. Considerado o valor de empresa de R$ 15 bilhões,

cada fundo deve receber R$ 640 milhões por sua fatia, ante aporte inicial de R$ 275 milhões em 2009.

Fonte: Valor | 05.10

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EXECUTIVO

Decreto que revoga a extinção da Renca é publicado no Diário Oficial

O Decreto nº 9.159, que revoga outro decreto, o de número 9.147, de 28 de agosto de 2017, que

extinguiu a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), está publicada no Diário Oficial da União

desta terça-feira (26). Ele foi assinada ontem (25) pelo presidente Michel Temer. A decisão de

extinguir a Renca foi questionada por ambientalistas, artistas e repercutiu na mídia internacional.

No início deste mês, o governo já havia determinado a suspensão da medida. Para o Planalto, houve

falta de clareza sobre os efeitos da extinção. No entanto, o tema continuará na pauta do governo. O

próximo passo será a realização de uma consulta pública, ainda sem data prevista.

Em nota, o Ministério de Minas e Energia (MME) disse que as razões que levaram a pasta a pedir a

extinção da reserva continuam presentes e defende mais debate sobre o tema. “O país necessita

crescer e gerar empregos, atrair investimentos para o setor mineral, inclusive para explorar o potencial

econômico da região”, diz o texto divulgado após o anúncio da revogação do decreto pelo Palácio do

Planalto.

“O MME reafirma o seu compromisso e de todo o governo com a preservação do meio ambiente, com

as salvaguardas previstas na legislação de proteção e preservação ambiental, e que o debate em torno

do assunto deve ser retomado em outra oportunidade, mais à frente, e deve ser ampliado para um

número maior de pessoas, da forma mais democrática possível.”

A Renca

A área de proteção foi criada em 1984 pelo governo de João Figueiredo, último presidente do período

militar. Na ocasião, foi definida a proteção da área de 47 mil quilômetros quadrados (km²), incrustada

em uma região entre os estados do Pará e do Amapá.

Desde então, a pesquisa mineral e atividade econômica na região passaram a ser de responsabilidade

da Companhia Brasileira de Recursos Minerais (CPRM – Serviço Geológico Brasileiro) ou de empresas

autorizadas pela companhia. Além do cobre, estudos geológicos indicam a ocorrência de ouro,

manganês, ferro e outros minérios na área.

Dois dias após o decreto que extinguia a Renca, o Palácio do Planalto divulgou nota afirmando que o

objetivo era "coibir a exploração ilegal" e recolocar o Estado como administrador de jazidas minerais

da Renca, que atualmente sofre com a existência de garimpos clandestinos de ouro.

Fonte: Agência Brasil | 26.09

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Comitê aprova diretrizes para logística reversa

Publicada nesta terça-feira, deliberação orienta agentes públicos, iniciativa privada e sociedade civil na implementação dos sistemas.

Foi publicada nesta terça-feira (26/09), no Diário Oficial da União (DOU), a deliberação nº 11 do

Comitê Orientador para a Implementação de Sistemas de Logística Reversa (CORI) com diretrizes para

a atuação dos agentes públicos, iniciativa privada e sociedade civil nas atividades ligadas à área.

“Essa deliberação tem um caráter educativo e o papel de servir como orientação a todos os entes

envolvidos nas cadeias de logística reversa, fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o

consumidor, que tem que fazer o descarte adequado e, eventualmente, o serviço local de limpeza

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pública, que pode estar envolvido na cadeia”, afirma a diretora do Departamento de Qualidade

Ambiental e Gestão de Resíduos do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Veloso.

De acordo com Zilda, a deliberação foi construída a partir de um pedido do setor de eletroeletrônicos

dentro do processo de construção do acordo setorial. “Ela representa uma luz sobre alguns pontos da

logística reversa como possibilitar o entendimento de que os resíduos descartados pelo consumidor

podem ser recolhidos em pontos estratégicos dentro do comércio e daí levados aos processos de

reciclagem mesmo que inclua o trabalho dos catadores ou das prefeituras”, explica.

Criado pelo Decreto Nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, que regulamenta a Política Nacional de

Resíduos Sólidos, o CORI é presidido pelo Ministério do Meio Ambiente. Sua composição inclui os

Ministérios de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Agricultura, Pecuária e Abastecimento,

da Fazenda e da Saúde.

DIRETRIZES

A deliberação tem o objetivo de promover o desenvolvimento de estratégias sustentáveis e a adoção

de medidas e alternativas para a não-geração de resíduos sólidos no ciclo de vida dos produtos.

Também a promoção do aproveitamento de resíduos sólidos, direcionando-os para a sua cadeia

produtiva ou para outras cadeias produtivas; a utilização de insumos de menor agressividade ao meio

ambiente e de maior sustentabilidade e o incentivo à utilização de insumos de menor impacto ao meio

ambiente.

A deliberação visa ainda promover e estimular o desenvolvimento, a produção e o consumo de

produtos derivados de materiais reciclados e recicláveis; o estímulo à participação de cooperativas e

associações de catadores de materiais recicláveis na coleta seletiva de resíduos; a manutenção de

sistema de informação atualizado e disponível, permitindo uma adequada fiscalização e controle.

Busca também integrar os sistemas de logística reversa, por meio de acordos setoriais ou termos de

compromisso, os geradores de resíduos que não sejam classificados como domiciliares ou a eles

equiparados pelo poder público local.

Outro ponto é a possibilidade de fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes instituírem

entidade gestora, dotada de personalidade jurídica própria, com o objetivo de implementar sistema de

logística reversa, bem como cuidar de sua operação e administração.

Ela determina ainda que fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos e

embalagens objeto de logística reversa, instituída por acordo setorial firmado com a União, que não

tenham assinado esse instrumento, são obrigados a implementar e operacionalizar sistemas de

logística reversa com as mesmas obrigações imputadas aos signatários e aderentes dos respectivos

acordos.

Fonte: MMA | 26.09

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Cármen Lúcia marca para 11 de outubro retomada de julgamento sobre o Código Florestal

Três ações diretas de inconstitucionalidade ajuizadas pela PGR questionam dispositivos sobre a nova legislação

ambiental

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, marcou para o dia 11 de

outubro a retomada do julgamento de três ações diretas de inconstitucionalidade ajuizadas pela

Procuradoria-Geral da República (PGR) que questionam dispositivos do novo Código Florestal. Os

processos são de relatoria do ministro Luiz Fux.

Até agora, nenhum ministro do STF votou nesse julgamento - apenas foram feitas as sustentações

orais das partes envolvidas nas ações.

Em uma das ações, a Procuradoria-Geral da República questionou dispositivos que tratam da redução

da reserva legal e da dispensa de constituição de reserva legal por empreendimentos de abastecimento

público de água, tratamento de esgoto, exploração de energia elétrica e implantação ou ampliação de

ferrovias e rodovias. Outros dispositivos questionados tratam da suspensão de sanções envolvendo a

implantação de Programas de Regularização Ambiental (PRAs) de posses e propriedades rurais.

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O Código Florestal prevê que, entre a publicação da lei, maio de 2012, e a implantação do PRA em

cada Estado e no Distrito Federal, "bem como após a adesão do interessado ao PRA e enquanto estiver

sendo cumprido o termo de compromisso, o proprietário ou possuidor não poderá ser autuado por

infrações cometidas antes de 22 de julho de 2008, relativas à supressão irregular de vegetação em

Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito".

Também prevê que a partir da assinatura do termo de compromisso serão suspensas as sanções

decorrentes de infrações cometidas antes de 22 de julho de 2008.

Para a PGR, esses dispositivos "inserem uma absurda suspensão das atividades fiscalizatórias do

Estado, bem como das medidas legais e administrativas de que o poder público dispõe para exigir dos

particulares o cumprimento do dever de preservar o meio ambiente e recuperar os danos causados".

"Os dispositivos normativos impugnados, além de tornarem caótico o sistema de controle ambiental no

Brasil, afrontam de forma severa o art. 225, § 3°, da Constituição Federal, o qual determina que as

condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas e

jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos

causados", argumenta a PGR.

Fonte: Estadão

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Governo e indústria articulam ações pelo clima

Em seminário, secretário do MMA destaca oportunidades de crescimento com a transição para uma economia de baixo carbono no país.

A sustentabilidade precisa entrar na centralidade das decisões nacionais. A avaliação é de Everton

Lucero, secretário de Mudança do Clima e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA). “Estamos

convencidos de que meio ambiente e mudança do clima não podem continuar sendo tratados como

meras externalidades ao modelo econômico. Precisam e devem migrar cada vez mais para a

centralidade das decisões políticas, econômicas, financeiras, de planejamento e desenvolvimento”,

afirmou.

Lucero representou o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, nesta quarta-feira (04/10), na abertura

do seminário CNI Sustentabilidade 2017 – Protagonismo nos negócios sustentáveis, em Brasília. O

evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) debateu como as inovações podem

afetar o ambiente de negócios e impactar o crescimento sustentável de economias como a do Brasil.

Também foram apresentadas experiências internacionais sobre instrumentos econômicos para a

agenda de mudança do clima no Brasil com foco no cumprimento dos compromissos assumidos no

Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, concluído em dezembro de 2015 com o objetivo de conter o

aumento da temperatura média do planeta.

Segundo Lucero, a sustentabilidade e a mudança do clima não podem ser enxergadas apenas sob o

viés ambiental. “Temos ainda um longo trabalho a fazer para que de fato a sustentabilidade seja

percebida pela sociedade, pelos setores econômicos, pela indústria e outros segmentos como uma

oportunidade que se oferece ao país para melhorarmos a competitividade e promovermos o

desenvolvimento em patamares que nos levem a criar uma economia de baixo carbono, que ofereça

empregos de qualidade, aumentem a geração de renda e promovam o desenvolvimento com atenção

ao meio ambiente”, defendeu.

OPORTUNIDADES

Lucero defendeu que tanto a mudança do clima quanto os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

(ODS) apresentam oportunidades concretas de negócios e de mobilização de recursos. “Portanto, não

podem ser encarados como condicionantes de uma responsabilidade corporativa com o meio

ambiente”, explicou. “O Acordo abre uma nova janela de oportunidades para apoiar o desenvolvimento

econômico de uma forma competitiva e sustentável”.

O assunto também foi debatido em um painel sobre políticas de desenvolvimento e a agenda de

mudança do clima no Brasil. Lucero discutiu com representantes de órgãos como o Ministério da

Fazenda e a Empresa de Pesquisa Energética as estratégias e o uso de instrumentos econômicos para

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o cumprimento das metas brasileiras no contexto do Acordo de Paris. “Temos compromissos

ambiciosos em Paris. Para isso, é necessária a descarbonização da economia com inovações nos fluxos

financeiros. Por isso a importância do tema discutido no evento”, afirmou.

O secretário recebeu relatórios produzido por 14 setores industriais, além de SESI, SENAI e IEL sobre

a atuação focada na sustentabilidade desde a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre

Desenvolvimento Sustentável, realizada em 2012, no Rio de Janeiro.

INOVAÇÃO

Para o vice-presidente da CNI e presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade

da instituição, Marcos Guerra, a sustentabilidade precisa estar alinhada à lógica econômica para atrair

investimentos, “demonstrando viabilidade e sendo incorporada à estratégia dos negócios” em oposição

a uma lógica pontual, focada em ações compensatórias, o que ainda seria comum, segundo ele.

Guerra acredita na evolução no debate da sustentabilidade empresarial comprovada pelo engajamento,

boas práticas, comprometimento e disposição do setor para inovar. “Estamos articulados com o

governo para fazer o melhor e construir políticas públicas para incentivar que micro, pequenas e

grandes empresas vejam na sustentabilidade um negócio que possa gerar resultados ao conjunto da

sociedade”, disse.

Fonte: MMA | 01.10

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