CLIPPING - Notícias
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1
- Representação Brasileira -
CLIPPING - Notícias
20.03.2018
Sumário
CÂMARA NOTÍCIAS .......................................................................................... 4
Relações Exteriores ................................................................................................. 4
Comissão que acompanha a situação dos venezuelanos em Roraima reúne-se nesta quarta.. 4
Audiência pública discute cooperação entre Brasil e Marrocos ............................................. 4
SENADO NOTÍCIAS .......................................................................................... 5
Internacional .......................................................................................................... 5
Movimentos políticos indicam uma nova Europa, afirmam debatedores ................................ 5
CORREIO BRAZILIENSE .................................................................................... 7
Economia ............................................................................................................... 7
Empresas americanas não querem tarifas às importações chinesas ...................................... 7
Mundo ................................................................................................................... 8
UE e Reino Unido anunciam avanço no acordo para saída do país do bloco .......................... 8
ESTADÃO ......................................................................................................... 9
Economia & Negócios ............................................................................................. 9
Acordo Mercosul-Canadá favorece ‘made in Brazil’ .............................................................. 9
Brasil e Coreia do Sul podem se juntar contra lista do aço dos EUA .................................... 11
Ao G-20, OCDE volta a ressaltar importância de reformas globais em 2018 ......................... 12
Internacional ........................................................................................................ 14
Em Haia, Evo tenta forçar Chile a lhe garantir acesso ao Pacífico ........................................ 14
Guerra comercial com os EUA pode deter crescimento da economia mundial ...................... 16
FOLHA DE SÃO PAULO ................................................................................... 18
Mercado .............................................................................................................. 18
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Governo dos EUA decidirá sobre exceções a tarifas de aço e alumínio em 90 dias ............... 18
Mundo ................................................................................................................. 19
G20 proporá ao FMI criação de fundo para venezuelanos ................................................... 19
VALOR ECONÔMICO ....................................................................................... 21
Brasil ................................................................................................................... 21
Medidas da UE tentam evitar novos passos dos EUA .......................................................... 21
Paraguai fala em 'cooperação' com a polícia brasileira ........................................................ 22
PF tenta engajar EUA no combate ao contrabando de armamentos .................................... 23
Investimento de 0,3% do PIB levaria saneamento a todos os cidadãos da AL ..................... 28
GLOBO .......................................................................................................... 29
Economia ............................................................................................................. 29
G20 defende livre comércio e EUA prometem apoiar o interesse nacional............................ 29
Exportações brasileiras de aço crescem 25% em valor no 1º bimestre ................................ 31
AGÊNCIA BRASIL ........................................................................................... 33
Internacional ........................................................................................................ 34
Em Buenos Aires, presidente do BC diz que G20 tem que evitar protecionismo .................... 34
Em Buenos Aires, Meirelles e ministros de 13 países discutem crise na Venezuela ............... 34
COMEX DO BRASIL ......................................................................................... 36
Comércio Exterior ................................................................................................. 36
Triangulação para importar pelo Paraguai é ilusão de economia e pode encarecer operação 36
EL PAIS ......................................................................................................... 37
Internacional ........................................................................................................ 37
Brasil exigirá da Venezuela a quitação de uma dívida de 1,3 bilhão de dólares .................... 37
CLARIN (ARGENTINA) .................................................................................... 39
Economía ............................................................................................................. 39
Una automotriz se baja de la guerra de ofertas ................................................................. 39
LA NACION (ARGENTINA) ............................................................................... 41
Economía ............................................................................................................. 41
Cayeron los precios de la soja y del trigo por el clima en la Argentina y en EE.UU. .............. 41
Economía ............................................................................................................. 43
Macri mide la recuperación de todos los sectores productivos ............................................. 43
ABC COLOR (PARAGUAI) ................................................................................ 46
Mundo ................................................................................................................. 46
Corea del Sur promete abrirá en “breve” negociación con Mercosur .................................... 46
ULTIMA HORA (PARAGUAI) ............................................................................ 47
Economía ............................................................................................................. 47
En abril se cerrará el tratado con la UE, adelantó Loizaga .................................................. 47
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Brasil reglamenta las tiendas francas y enciende la alarma ................................................. 47
EL OBSERVADOR (URUGUAI) .......................................................................... 49
Mundo ................................................................................................................. 49
Luego de 135 años, Bolivia va de nuevo por una salida al Pacífico ...................................... 49
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Brasil
CÂMARA NOTÍCIAS
http://www.camara.leg.br/internet/jornalcamara/
Relações Exteriores
Comissão que acompanha a situação dos venezuelanos em Roraima
reúne-se nesta quarta
19/03/2018 - 13h14
A comissão externa que acompanha a entrada de venezuelanos em Roraima reúne-se nesta quarta-
feira (21) com o Comitê Federal de Assistência Emergencial, da Casa Civil. O colegiado foi criado
pelo governo para acolher pessoas em situação de vulnerabilidade decorrente de fluxo migratório
provocado por crise humanitária.
Na semana passada, o governo editou uma medida provisória que destina crédito extraordinário de
R$ 190 milhões para assistência a esses venezuelanos (MP 823/18). Segundo o governo, a medida
poderá “minimizar a grave situação de vulnerabilidade decorrente do fluxo migratório provocado
pela crise humanitária na Venezuela, que levou a um aumento populacional temporário, desordenado
e imprevisível no estado de Roraima”.
A Polícia Federal estima que mais de 40 mil cidadãos da Venezuela estão abrigados hoje em Boa
Vista. Isso representa 12% da população da capital de Roraima, estimada em 332 mil habitantes.
Em fevereiro, o Executivo já tinha editado uma medida provisória dispondo sobre as ações de
assistência emergencial para acolhimento de estrangeiros que se refugiam no Brasil (MP 820/18).
A comissão externa, que é coordenada pelo deputado Carlos Andrade (PH-RR), reúne-se no plenário
15 a partir das 14h30.
Fonte: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/RELACOES-EXTERIORES/554701-
COMISSAO-QUE-ACOMPANHA-A-SITUACAO-DOS-VENEZUELANOS-EM-RORAIMA-REUNE-SE-
NESTA-QUARTA.html
Audiência pública discute cooperação entre Brasil e Marrocos
O Grupo Parlamentar Brasil-Marrocos promoverá audiência pública nesta quarta-feira
(21), às 14 horas, para discutir temas de interesses dos dois países.
19/03/2018 - 15h07
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O debate, organizado em conjunto com a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do
Senado, contará com a presença do embaixador do Marrocos no Brasil, Nabil Adghoghi, e do primeiro
vice-presidente da Câmara dos Conselheiros do Reino do Marrocos, conselheiro Abdessamad Kayouh.
O presidente da Comissão de Agricultura e dos Setores Produtivos, conselheiro Iarbi Laraichi, e o
presidente do Grupo de Amizade Marrocos-Brasil, conselheiro Abdelatif Abdouh, também estão entre
os convidados.
Completam a lista de presentes o presidente da Comissão de Relações Exteriores, Defesa Nacional,
Fronteiras e Territórios Marroquinos Ocupados na Câmara dos Conselheiros, Mohamed Razama, e o
conselheiro Mohamed Addal, membro do Grupo Parlamentar Constitucional Democrático e Social.
Localizado na região norte da África, o Marrocos tem cerca de 34 milhões de habitantes. Trata-se de
uma monarquia constitucional, em que o rei é também chefe de governo. A Câmara dos Conselheiros
é a casa parlamentar semelhante ao Senado brasileiro.
Participação popular
A população poderá participar do debate por meio do e-Cidadania, portal interativo do Senado, e do
Alô Senado (0800-612211).
A reunião ocorrerá no plenário 7 da ala Alexandre Costa, no Senado.
Da Redação – MO
Com informações da Agência Senado
Fonte: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/RELACOES-EXTERIORES/554705-
AUDIENCIA-PUBLICA-DISCUTE-COOPERACAO-ENTRE-BRASIL-E-MARROCOS.html
SENADO NOTÍCIAS
http://www12.senado.leg.br/hpsenado
Internacional
Movimentos políticos indicam uma nova Europa, afirmam debatedores
Da Redação | 19/03/2018, 20h03
Moreira Mariz/Agência Senado
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) promoveu, nesta segunda-feira (19),
uma audiência pública para debater os novos movimentos políticos europeus. Os convidados
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observaram que os movimentos políticos de contestação, de direita e de esquerda, podem levar a
uma nova realidade política e econômica na Europa.
O professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Leonardo Nelmi Trevisan disse
que o populismo, o separatismo e o nacionalismo conflitam com os interesses históricos do Ocidente.
Como exemplo, ele citou a unidade europeia como o ideal planejado. Ele mencionou o "Brexit", a
saída da Inglaterra da zona do Euro, o que representa um "fator de disrupção bem forte".
O professor acrescentou que partidos nacionalistas de extrema direita e de extrema esquerda estão
unidos no questionamento do modelo atual de Europa. Ele ainda afirmou que conflitos diplomáticos
entre a Inglaterra e a Rússia e as diferenças políticas e econômicas entre a França e a Alemanha
são exemplos desse tipo de desgaste.
Leonardo Trevisan elogiou a atuação do Banco Central Europeu, que garantiu a sobrevivência do
Euro mesmo com a crise econômica mundial de 2008. Ainda assim, disse o professor, a comunidade
europeia hoje está dividida entre “Europa do Norte” e “Europa do Sul”. De acordo com Trevisan,
países como Grécia, Portugal, Espanha e partes da Itália estão distantes da realidade de países como
a Alemanha ou a Suécia. Assim, a visão nacionalista começou a renascer na Europa.
— Temos uma Europa em movimento, e não necessariamente para o lado multilateral — afirmou.
Catalunha
Para o professor do Centro Universitário de Brasília (UniCeub) Mário Drumond Coelho, a questão de
separação da região da Catalunha do restante da Espanha é uma incógnita. Ele disse não ser possível
entender a lógica do separatismo. Sendo assim, é preciso olhar a realidade da Catalunha.
O professor sublinhou que o processo separatista da Catalunha tem raízes históricas, desde o século
14. Ele lembrou que uma separação tem também detalhes jurídicos — e a constituição espanhola
trata seu país como “indissolúvel”. Assim, na opinião de Coelho, o referendo realizado no ano
passado sobre a independência catalã foi ilegal, já que a competência para esse tipo de consulta
pertence ao poder central da Espanha.
— O referendo da separação violou a soberania espanhola, a unidade do território e a supremacia
da constituição — afirmou Coelho.
A audiência ocorreu dentro do ciclo de debates O Brasil e a Ordem Internacional: Estender Pontes
ou Erguer Barreiras?, com foco na Europa, e foi dirigida pelo presidente da comissão, senador
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Fernando Collor (PTC-AL). Ele anunciou que a CRE voltará a se reunir na quarta-feira (21), às 14h,
para uma audiência pública do grupo Brasil-Marrocos.
Outra audiência pública está marcada para o dia 2 de abril, às 18h, quando a comissão debaterá as
eleições presidenciais na América Latina e suas consequências para a integração da região.
Fonte: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2018/03/19/movimentos-politicos-indicam-
uma-nova-europa-afirmam-debatedores
CORREIO BRAZILIENSE
http://www.correiobraziliense.com.br/
Economia
Empresas americanas não querem tarifas às importações chinesas
As federações empresariais afirmaram que impor direitos alfandegários onerosos
"provocaria uma sucessão de consequências negativas para a economia americana"
AF Agência France-Presse
19/03/2018 08:46
Washington, Estados Unidos - Quarenta e cinco federações empresariais dos Estados Unidos pediram
em uma carta ao presidente Donald Trump que revise o plano de impor tarifas às importações da
China, informou no domingo (18/3) o Wall Street Journal.
Impor direitos alfandegários onerosos "provocaria uma sucessão de consequências negativas para a
economia americana", advertem as federações na mensagem, divulgada parcialmente pelo jornal.
As medidas provocariam represálias, pesariam sobre as exportações americanas do setor agrícola e
da área de bens e serviços e aumentariam os custos para empresas e consumidores, completam as
federações, que representam diversos setores, da agricultura às roupas, passando pelos setores de
tecnologia e varejistas.
A Casa Branca prepara um pacote de medidas contra a China, incluindo impostos sobre as
importações, e acusa Pequim de apropriar-se da propriedade intelectual das empresas americanas
e de subsidiar fortemente suas exportações.
Washington expressa uma inquietação particular com o sistema imposto por Pequim às empresas
americanas como contrapartida ao acesso ao mercado chinês: as companhias dos Estados Unidos
devem compartilhar com os sócios locais uma parte de seus conhecimentos tecnológicos.
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"Pedimos à administração que autorize os especialistas da indústria a comunicar seus pareceres
sobre esta questão", afirmam as federações na carta.
Em 2017, as importações de mercadorias chinesas pelos Estados Unidos alcançaram 505 bilhões e
dólares e o déficit comercial americano foi de US$ 375 bilhões.
Fonte:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2018/03/19/internas_economia,66699
5/empresas-americanas-nao-querem-tarifas-as-importacoes-chinesas.shtml
Mundo
UE e Reino Unido anunciam avanço no acordo para saída do país do bloco
O Reino Unido deve deixar a UE no fim de março de 2019, mas o diálogo pelo Brexit
precisa ser concluído até o outono europeu, para que os Parlamentos nacionais tenham
tempo para ratificar qualquer acordo
AF Agência France-Presse
19/03/2018 16:16
Negociadores da União Europeia e do Reino Unido anunciaram nesta segunda-feira (19/3) grande
progresso no diálogo pela saída do país do bloco, o chamado Brexit. As partes admitiram, porém,
que não houve uma grande novidade em relação ao tema da fronteira irlandesa.
O Reino Unido deve deixar a UE no fim de março de 2019, mas o diálogo pelo Brexit precisa ser
concluído até o outono europeu, para que os Parlamentos nacionais tenham tempo para ratificar
qualquer acordo. "Nós navegamos uma grande seção da trajetória para uma retirada ordenada",
afirmou o negociador-chefe da UE, Michel Barnier, a repórteres em Bruxelas. Ele disse que
negociadores concordaram com "uma grande parte do que irá constituir" o rascunho do acordo legal
para a saída do país.
Barnier afirmou que os dois lados também chegaram a um acordo sobre o período de transição para
ajudar na saída do Reino Unido, uma vez que o país deixar oficialmente a UE, em 29 de março de
2019. Ele disse que o período seria de "duração limitada", muito provavelmente terminando antes
de 31 de dezembro de 2020.
Ao lado dele, o enviado britânico para o Brexit, David Davis, disse que o progresso feito é um "passo
significativo" rumo a um acordo final. Davis afirmou estar confiante de que o rascunho do acordo
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legal deve ser endossado pelos líderes da União Europeia, quando eles se reunirem na quinta-feira
e na sexta-feira.
Barnier disse que o Reino Unido precisa continuar a respeitar as leis da UE e continuaria a se
beneficiar do mercado comum da Europa durante o período de transição. Davis, por sua vez, disse
que os acordos internacionais devem continuar a se aplicar ao Reino Unido agora e durante o período
de transição após o Brexit De acordo com ele, os dois lados concordaram em estabelecer um comitê
conjunto para resolver qualquer disputa na transição. "Nós precisamos aproveitar o momento e levar
esse impulso das últimas semanas", disse Davis.
Os dois lados também concordaram em intensificar o diálogo para garantir uma fronteira aberta
entre a Irlanda, membro da UE, e a Irlanda do Norte, que integra o Reino Unido. Fonte: Associated
Press.
Fonte:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2018/03/19/interna_mundo,667147/ue-
e-reino-unido-anunciam-avanco-no-acordo-para-saida-do-pais-do-bloco.shtml
ESTADÃO
http://www.estadao.com.br/
Economia & Negócios
Acordo Mercosul-Canadá favorece ‘made in Brazil’
Se fechado, acordo comercial criará oportunidade para 321 produtos brasileiros que
chegam mais caros ao mercado canadense, diz estudo da CNI
Lorenna Rodrigues, O Estado de S.Paulo
20 Março 2018 | 05h00
BRASÍLIA - A negociação de um acordo comercial entre o Mercosul e o Canadá criará oportunidade
para 321 produtos brasileiros que hoje chegam mais caros e competem em condições de
desigualdade no mercado canadense. É o que mostra um estudo feito pela Confederação Nacional
da Indústria (CNI), repassado com exclusividade ao Estadão/Broadcast.
O Canadá é o décimo maior importador do mundo e comprou mais de US$ 500 bilhões em 2017. A
corrente de comércio do Brasil com o Canadá, no entanto, foi de apenas US$ 4,5 bilhões no ano
passado.
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Entre os setores que poderão ser beneficiados com o livre-comércio estão o automotivo, produtos
químicos, metalurgia, agricultura e pecuária, produtos minerais e equipamentos de informática, entre
outros.
As negociações do acordo foram lançadas no início do mês, logo depois de o presidente americano,
Donald Trump, anunciar que taxaria a importação de aço, atingindo o Brasil e outros países. Ontem,
técnicos do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) iniciaram a primeira rodada
de discussões no Canadá e não há prazo para conclusão.
De acordo com a CNI, o livre-comércio trará oportunidades, principalmente, porque reduzirá tarifas
que hoje incidem sobre os produtos brasileiros e encarecem o preço no mercado canadense. Apesar
de o Canadá ser um mercado considerado aberto, os exportadores enfrentam tarifas de importação
em áreas como autopeças (6%) e calçados (16% a 18%). No caso de bens agroindustriais, essa
barreira pode chegar a 70%.
A lista de 321 produtos foi elaborada com base no que o Canadá importa e o que o Brasil vende ao
exterior com competitividade, mas que não chega ao país da América do Norte. A maioria dos
produtos da lista de oportunidades são manufaturados (255), seguidos de básicos (39) e
semimanufaturados (27). Dos produtos, 84 pagam hoje tarifa de importação para chegar aos
canadenses.
Carne. É o caso, por exemplo, da carne bovina. Em 2017, o produto foi taxado com uma alíquota
média de 13,25%, que podia alcançar 26,5%. Com isso, a exportação para os canadenses foi
próxima de zero. Outro produto com desempenho semelhante foi calçado. Em 2017, as vendas para
o Canadá somaram apenas US$ 500 mil, enquanto com uma tarifa média de 16,7%. “Em um
mercado tão competitivo como esse, é impossível concorrer com uma sobretaxa desse tamanho”,
afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi,
Ele admite que, quando o acordo for firmado, é possível que nem todas as tarifas caiam
imediatamente e que existam “escadinhas” até o livre-comércio, o que é comum nesse tipo de trato:
“Pelo que vimos nos outros acertos firmados pelo Canadá, ele não tende a segurar as tarifas. É um
país que aplica tarifas para quem não tem acordo com eles, mas dentro do acordo tende a reduzir
rápido”.
A tendência é que, como aconteceu em outras negociações, como com a União Europeia, ainda em
curso, o agronegócio canadense apresente pedidos de cotas e de produtos que devem ficar fora por
um tempo do livre-comércio. “O Brasil é muito competitivo no agronegócio e todo mundo tem medo.
Ninguém quer depender de um outro país na parte de alimentos, é o esperado”, afirmou Abijaodi.
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Já pelo lado brasileiro, setores da indústria deverão buscar se proteger dentro do acordo com o
Canadá, mas, para o diretor, a cultura do industrial brasileiro mudou e ele vê cada vez mais que é
necessário se abrir para esse tipo de acerto.
Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,acordo-mercosul-canada-favorece-made-in-
brazil,70002234291
Brasil e Coreia do Sul podem se juntar contra lista do aço dos EUA
Temer teve encontro com o primeiro-ministro coreano para tentar em conjunto achar
saída ao protecionismo americano
Lu Aiko Otta e Carla Araújo, O Estado de S.Paulo
19 Março 2018 | 23h20
A decisão dos EUA de sobretaxar em 25% as importações de aço e em 10% as de alumínio foi
discutida nesta segunda-feira, 19, numa reunião do presidente Michel Temer com o primeiro-ministro
da Coreia do Sul, Nak-Yon Lee, que veio ao País para participar do 8.º Fórum Mundial da Água. O
país asiático é um dos prejudicados pela medida. Segundo fontes do Planalto, as autoridades dos
dois países já estavam em busca de alguma ação conjunta e Temer e Lee concordaram em somar
esforços.
O presidente Michel Temer conversou com o primeiro-ministro da Coreia do Sul, Nak-Yon Lee, que
veio ao País para participar do 8.º Fórum Mundial da Água. Foto: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS
Já foi ventilada a possibilidade, por exemplo, de uma atuação conjunta na Organização Mundial do
Comércio (OMC). Mas esse é um mecanismo que o Brasil só pretende acionar se falharem as
negociações para suspender a sobretaxa via setor privado ou numa negociação governo a governo.
Os EUA divulgaram nesta segunda-feira um regulamento que detalha como podem ser feitos os
pedidos para liberar produtos de aço e alumínio da sobretaxa. Ele deixa claro que quem pode pedir
a exclusão são pessoas e empresas americanas que usam aço em atividades como construção,
manufatura ou fornecimento a outros usuários.
Cabe ao secretário de Comércio admitir exceções à sobretaxa. Isso será possível se os itens não
forem produzidos nos EUA em quantidade suficiente ou com qualidade satisfatória, diz o
regulamento. A exceção pode ser dada também para assegurar a segurança nacional.
Pressão. “É muito importante para os exportadores brasileiros pressionarem os usuários para que
peçam a exclusão sobretudo do aço semiacabado, que não é produzido em quantidade suficiente”,
comentou o consultor Welber Barral, sócio da Barral Mjorge. Ou seja, ficou confirmado que os
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importadores americanos de aço brasileiro são os que podem pedir para liberar o aço brasileiro da
sobretaxa. Esses pedidos poderão ser contestados, por exemplo, por fabricantes locais que
concorram diretamente com as exportações do Brasil.
As exceções serão concedidas produto a produto e empresa a empresa. Autorizadas, os produtos
ficarão livres da sobretaxa pelo prazo de um ano.
Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-e-coreia-do-sul-podem-se-juntar-
contra-lista-do-aco-dos-euas-de-aluminio-foi-discutida-o,70002234281
Ao G-20, OCDE volta a ressaltar importância de reformas globais em 2018
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) recomendou
menor distorção fiscal e que o Brasil reduza barreiras comerciais
Célia Froufe, O Estado de S.Paulo
19 Março 2018 | 13h49
LONDRES- A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) volta a ressaltar
a necessidade de reformas de política econômica em todo o mundo em 2018. No relatório Going for
Growth (A Caminho do Crescimento), que foi apresentado nesta segunda-feira, 19, em Buenos Aires
aos presidentes de bancos centrais e ministro das Finanças do G-20 (grupo das 20 maiores
economias do globo), a instituição, que tem sede em Paris, analisa o que os países fizeram em
termos de reformas para impulsionar o crescimento de longo prazo, melhorar a competitividade e a
produtividade, criar empregos e garantir ganhos econômicos que melhorem a renda da população.
"Com uma projeção de quase 4% para 2018, a taxa de crescimento anual do PIB (Produto Interno
Bruto) para a economia global está próxima do ritmo de crescimento que antecedeu a grande
recessão. Este período de crescimento global robusto e de base alargada cria condições favoráveis
para uma implementação bem-sucedida de reformas estruturais - necessárias para transformar a
retomada num crescimento mais forte e sustentável no longo prazo para todos", defendeu a entidade
no documento que foi antecipado para a imprensa.
De acordo com a OCDE, apesar do desenvolvimento positivo no curto prazo, que continua a ser
sustentado por uma política fiscal e monetária favorável, persistem desafios a médio e a mais longo
prazo para os formuladores políticos. "O aumento da produtividade continua a ser decepcionante",
declarou a instituição.
Mesmo com a recuperação ao nível do emprego, há muito esperado, conforme a Organização, os
salários não conseguiram acompanhar esse movimento e há muitos grupos vulneráveis que
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continuam confrontados com fracas perspectivas no mercado trabalho. "As desigualdades persistem
e, a mais longo prazo, estão aumentando em muitos países, o que demonstra que há setores da
sociedade que não se beneficiaram muito do crescimento", trouxe o documento. Além disso, o
relatório salienta que tendências como digitalização, pressões ambientais e demografia podem se
tornar riscos para a sustentabilidade do crescimento no longo prazo se os desafios estratégicos não
forem devidamente abordados.
Entre os pontos de recomendação mais importantes, a instituição diz que há cinco prioridades no
médio prazo que são essenciais para "reanimar" o aumento da produtividade e do emprego, gerando,
ao mesmo tempo, um processo inclusivo. "Os domínios abrangidos são variados, incluindo a
regulação do mercado de produtos e de trabalho, educação e formação, sistemas tributários e de
prestações sociais, assim como regras relativas ao comércio e ao investimento, as políticas relativas
a infraestrutura e, ainda, inovação", mencionou.
A OCDE enfatiza que o relatório, que teve a versão de 2018 apresentada hoje, tem tido um "papel
crucial" na ajuda aos países do G-20 para avançarem com a sua agenda de reformas estruturais.
Brasil. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) recomenda ao País
maior empenho em educação e infraestrutura e menor distorção fiscal e protecionismo. No relatório,
a instituição praticamente repete as sugestões apresentadas há quase um mês, quando divulgou um
documento específico para o Brasil, em Brasília.
"Uma força de trabalho mais educada, uma melhor infraestrutura e menos distorções fiscais são
chaves para suportar melhorias de produtividade", enumerou a entidade, que tem sede em Paris.
"Reduzir as barreiras comerciais também continua a ser uma prioridade para o Brasil, a fim de
aumentar a exposição à concorrência internacional e fortalecer incentivos para melhorias de
produtividade", continuou no documento que foi antecipado para a imprensa.
Para a OCDE, para conciliar a necessidade de novas reduções na desigualdade de renda com a
diminuição do espaço fiscal, a despesa social deve concentrar-se mais nos instrumentos de políticas
eficientes, em particular nas transferências monetárias condicionadas. Isso, conforme a Organização,
aceleraria o declínio da desigualdade de renda sem gastar mais.
A instituição detectou que a recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) per capita em relação aos
países mais avançados da OCDE está paralisada nos últimos anos, principalmente devido ao fraco
desempenho da produtividade do trabalho. "A desigualdade e a pobreza ainda são elevadas, mas
diminuem, embora em ritmo decrescente mais recentemente", salientou.
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Ponto a ponto. Entre os pontos citados pela entidade como sugestão, está o aumento da eficácia
dos benefícios sociais, redirecionando os gastos para transferências condicionadas aos pobres,
considerado o instrumento mais eficiente para reduzir a desigualdade de renda. A OCDE também
acredita que é preciso acabar com a indexação de pensões mínimas e benefícios sociais ao salário
mínimo para evitar grandes aumentos de gastos reais e reavaliar a eficácia de outros benefícios
indexados ao salário mínimo, incluindo o Abono Salarial.
O segundo ponto é melhorar os resultados e a equidade na educação por meio de melhor
remuneração dos professores, treinamento em serviço e incentivos de desempenho. Assegurar a
escolaridade integral em todo o País e construir mais escolas onde for necessário fazem parte deste
tópico, assim como ampliar os programas de treinamento profissional para enfrentar a escassez de
habilidades e reduzir as taxas de abandono escolar.
O terceiro diz respeito à redução de barreiras ao comércio, diminuindo as tarifas e requisitos de
conteúdo local. "Isto irá melhorar o acesso a insumos intermediários importados e fortalecer as
pressões competitivas sobre os produtores nacionais", avaliou a OCDE. Como ponto positivo, a
instituição ressaltou que algumas exigências de conteúdo local para projetos de investimento na
área de combustível fóssil foram reduzidos.
Como quarto ponto, a Organização cita a necessidade da queda de distorções no sistema fiscal por
meio da consolidação de impostos indiretos nos níveis estadual e federal e trabalhar com um Imposto
sobre o Valor Acrescentado com base ampla (IVA), que deve ser totalmente reembolsado no caso
das exportações.
Por fim, a instituição defendeu o aumento do investimento público e privado no setor de
infraestrutura, melhorando a capacidade técnica e planejamento para concessões da área e
elaboração de projetos de licitação mais detalhados antes do lançamento dos leilões.
Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,ao-g-20-ocde-volta-a-ressaltar-importancia-
de-reformas-globais-em-2018,70002233563
Internacional
Em Haia, Evo tenta forçar Chile a lhe garantir acesso ao Pacífico
A Bolívia pediu à corte que exija do governo chileno a entrada em negociações sobre o
tema
19 Março 2018 | 14h52
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HAIA - O presidente da Bolívia, Evo Morales, denunciou nesta segunda-feira, 19, perante a Corte
Internacional de Justiça (CIJ) a tentativa do Chile de “repudiar” uma eventual obrigação de negociar
um acesso ao Oceano Pacífico para o país andino, no início da última fase de sua disputa ante este
tribunal.
“O Chile tratou de repudiar este compromisso em 2011”, disse perante a CIJ o representante
boliviano, o ex-presidente Eduardo Rodríguez Veltzé, para quem essa negativa fez o governo da
Bolívia levar o caso à Corte da ONU, com sede em Haia, na Holanda, em 2013.
La Paz argumenta que o Chile se ofereceu em diferentes momentos para solucionar o tema de um
acesso soberano ao mar após a Guerra do Pacífico de 1879 a 1883, quando Bolívia perdeu 120 mil
km² de território e seus únicos 400 km de costa, uma obrigação jurídica que, a seu juízo, não foi
cumprida.
Em 2011, as palavras do então presidente chileno, Sebastián Piñera, que reassumiu recentemente o
controle de seu país - assegurando ante a ONU que “não há assuntos territoriais pendentes” com a
Bolívia - representaram a consagração da violação, segundo La Paz.
“O Chile reconheceu por mais de um século o direito da Bolívia de obter um acesso soberano ao
Oceano Pacífico” mediante “acordos, promessas unilaterais e práticas diplomáticas”, defendeu o
presidente boliviano, Evo Morales, em uma entrevista coletiva em um hotel em Haia.
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O objetivo de La Paz, que centrou suas alegações em questionamentos principalmente históricos, é
que o Chile “volte a uma mesa de negociação”, mas “não peça” à Corte criada em 1945 para resolver
disputas entre Estados que corrijam “as modalidades específicas do acesso soberano ao mar”,
segundo Rodríguez Veltzé.
Atualmente, a Bolívia tem acesso ao oceano através de portos chilenos, mas tem de pagar taxas. O
Chile argumenta que a questão foi resolvida no tratado de paz de 1904, assinado após a Guerra do
Pacífico, que fixou as fronteiras atuais. Em 2015, a Corte decidiu que tem jurisdição sobre o caso,
apesar da oposição chilena. / AFP e REUTERS
Fonte: http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,evo-denuncia-em-haia-tentativa-do-chile-
de-repudiar-obrigacao-de-negociar-saida-para-o-mar,70002233645
Guerra comercial com os EUA pode deter crescimento da economia
mundial
Tarifas à importação de frango aplicadas pela Europa mais de um século atrás são uma
mostra dos danos que uma guerra comercial podem causar à economia global
Eduardo Porter, The New York Times
19 Março 2018 | 10h00
Aqui vai um fato pouco conhecido: uma das razões pelas quais a picape Ford Série-F adquiriu tanto
prestígio no topo do ranking das vendas de automóveis e caminhões nos Estados Unidos, há mais
de 36 anos, teve muito a ver com os frangos.
A história é a seguinte: na esperança de fazer frente ao ingresso maciço dos frangos americanos
mais baratos na Alemanha Ocidental, em 1962, o Mercado Comum Europeu triplicou a tarifa sobre
as aves para cerca de 30% o quilo. Os EUA contra-atacaram com a imposição de tarifas sobre o
conhaque, famosa bebida francesa, e sobre a dextrina e o amido de batatas a fim de atingir os
holandeses.
Visando a Alemanha Ocidental, e querendo agradar aos seus amigos do sindicato dos Trabalhadores
da Indústria Automobilística, oneraram a perua comercial da Volkswagen com um imposto de 25%
sobre caminhões leves.
Embora as outras tarifas retaliatórias tenham sido levantadas, a dos frangos sobre os caminhões
leves - muito mais alta do que as típicas tarifas de 2,5% sobre os automóveis - permanece. Não é
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mera coincidência que os caminhões leves representem 82% dos veículos vendidos pelas três
grandes indústrias de Detroit.
O odor de uma guerra comercial está novamente no ar, mesmo porque o presidente Donald J. Trump
impôs tarifas sobre o aço e o alumínio estrangeiros. Acaso será o início de uma conflagração
comercial do vale tudo, do olho por olho, que poderá deter bruscamente o crescimento econômico
mundial?
É uma possibilidade. Mas este não é o único risco. As novas tarifas causarão danos à economia
americana, mesmo que não haja retaliação. Se a história vale como lição, Trump está propondo
proteger o país dando um tiro no próprio pé.
O paralelo mais próximo é o que aconteceu em 2002, quando o presidente George W. Bush decidiu
que as siderúrgicas nacionais mereciam uma ajuda, e impôs tarifas de 8% a 30% sobre uma
variedade de produtos de aço procedentes de diversos países.
As importações dos países afetados despencaram. Mas as de outros países - nas categorias de aço
não cobertas pela salvaguarda e de países excluídos protegidos por acordos preferenciais -
cresceram. As importações de aço em geral aumentaram 3% nos 12 meses seguintes. O emprego
na indústria siderúrgica americana continuou declinando. E, segundo um estudo, na época em que
as tarifas foram levantadas, em 2003, o aumento dos preços do aço custara 200 mil empregos nas
companhias que utilizavam o aço, mais do que todos os empregos do setor siderúrgico em si.
O presidente Barack Obama fez mais ou menos a mesma coisa. Depois das reclamações sobre o
aumento das importações, ele taxou os pneus de fabricação chinesa, embora os fabricantes
americanas não produzissem mais o tipo de pneu de baixa qualidade exportado pela China. As
importações de outros países subiram 20% depois da imposição das tarifas. E o preço dos pneus
importados aumentaram 18% em média. Uma estimativa do custo adicional para os consumidores:
US$ 1,1 bilhão, ou cerca de US$ 900 mil para cada emprego salvo na indústria de pneus.
No caso da indústria do açúcar, a proteção montada ao redor da indústria quase a matou. Na
esperança de proteger um piso do preço para o açúcar de US$ 0,37 o quilo, embora os preços
mundiais despencassem, nos anos 1980, Washington recorreu a cotas de importação cada vez mais
rigorosas que aumentaram os preços do açúcar nacional até cinco vezes a média mundial.
Astutas companhias canadenses enviaram misturas para bolos com açúcar para os Estados Unidos
- onde o açúcar era extraído. Outros países aproveitaram esta tática. Em 1985, Washington impôs
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cotas de emergência sobre todas as importações de cacau, misturas para bolos e preparados
comestíveis contendo açúcar.
Então aconteceu o impensável: a Coca-Cola e a Pepsi decidiram substituir o açúcar caro com xarope
de milho de alto teor de frutose, mais barato. De 1980 a 1987, a parcela de açúcar no consumo de
adoçantes americanos, anteriormente de 65%, baixou para 47%.
Moral da história: as distorções produzidas pelas barreiras comerciais impõem um custo para a
economia. Não é fácil detectá-lo antes do fato, mas tende a ser mais substancial do que qualquer
outro ganho fugaz que o protecionismo possa trazer ara os protegidos.
Fonte: http://internacional.estadao.com.br/noticias/nytiw,guerra-comercial-com-os-eua-pode-
deter-crescimento-da-economia-mundial,70002230031
FOLHA DE SÃO PAULO
http://www.folha.uol.com.br/
Mercado
Governo dos EUA decidirá sobre exceções a tarifas de aço e alumínio em
90 dias
A sobretaxa começará a ser cobrada em 23 de março
19.mar.2018 às 22h06
SÃO PAULO e WASHINGTON
O Departamento de Comércio dos Estados Unidos disse nesta segunda-feira que começará a aceitar
pedidos de importadores norte-americanos que não queiram pagar a sobretaxa sobre aço e alumínio
de outros países, em um movimento que pode beneficiar empresas brasileiras, segundo uma fonte
que acompanha o tema entre a indústria nacional disse a agência Reuters
Companhias norte-americanas podem solicitar ao governo dos EUA a exclusão das tarifas por
produto, se não houver produção local dos metais que atenda aos parâmetros usados por elas,
segundo o documento publicado pelo secretário de Comércio dos EUA, Wilbur L. Ross.
Os pedidos serão submetidos a outras áreas do governo norte-americano, como o Departamento de
Defesa, por exemplo, uma vez que a sobretaxa foi aplicada sob o argumento de defesa nacional,
além de siderúrgicas dos EUA, que podem contestar o pedido ou iniciar a produção para atender
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aquela demanda, disse uma fonte, que preferiu não se manifestar por trabalhar diretamente com o
assunto no Brasil.
O Departamento de Comércio deverá responder aos pedidos de exclusão em até 90 dias. A sobretaxa
começará a ser cobrada em 23 de março.
A regra para pedidos de exceção é vista pelo setor privado brasileiro como um caminho rápido e
técnico para solucionar problemas, uma vez que a maior parte dos embarques nacionais para os
EUA se compõe de aços semiacabados, produto que o país não possui autossuficiência e que precisa
passar por usinas de laminação locais antes de se transformarem em itens como portas de carros
ou geladeiras, de acordo com a fonte.
A indústria brasileira está dividida em relação ao tema, uma vez que grupos como Gerdau, CSN e
Usiminas produzem nos EUA, mas as duas últimas não possuem a mesma produção e capacidade
da primeira, disse a fonte.
Ao mesmo tempo em que o setor privado se movimenta, diversos países como Brasil, Japão e União
Europeia buscam negociações bilaterais com os Estados Unidos sobre as tarifas de 25% sobre o aço
e 10% sobre o alumínio definidas pelo presidente Donald Trump em 8 de março.
Os líderes financeiros do mundo procuraram apoiar o livre comércio nesta segunda-feira, ao mesmo
tempo em que os EUA disseram que não poderiam sacrificar os interesses nacionais.
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/03/governo-dos-eua-decidira-sobre-
excecoes-a-tarifas-de-aco-e-aluminio-em-90-dias.shtml
Mundo
G20 proporá ao FMI criação de fundo para venezuelanos
Henrique Meirelles defendeu a medida como forma de ajudar os refugiados do país
19.mar.2018 às 14h03
Sylvia Colombo
BUENOS AIRES
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira (19), após reunião com seus
pares de mais de 15 países para tratar de medidas relacionadas à Venezuela, que cada país está
decidindo uma maneira de pressionar o país caribenho para que resolva sua crise humanitária e volte
a se democratizar.
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“Falou-se de sanções e de outras medidas. O Brasil reafirmou que cobraria a dívida que a Venezuela
tem conosco, que é de US$ 1,3 bilhão (R$ 4,28 bilhões) e já estamos cobrando. Outros países têm
optado por outros tipos de medidas, mas há também alguns, como Rússia e China, que têm aceito
a moratória.”
Meirelles diz que a cobrança tem sido feita porque “não estamos de acordo com o regime e não
queremos apoia-lo”.
Meirelles disse que o G20 levará ao FMI, em abril, a proposta de criação de um fundo multilateral
para os refugiados que saem daquele país. “Não é um fundo para a Venezuela, é para direcionar ao
problema dos refugiados venezuelanos”, esclareceu.
A iniciativa dessa reunião foi do país anfitrião deste encontro de ministros da Economia e presidentes
de Bancos Centrais do G20, a Argentina.
CANDIDATURA
Perguntado sobre sua candidatura às eleições de outubro, Meirelles disse que ainda está refletindo
e que, caso o presidente Michel Temer também se apresente, “nós vamos conversar. Minha
candidatura ainda depende de alguns fatores”, afirmou.
Entre eles, disse que estão pesquisas qualitativas que vêm realizando, “sobre o que o eleitor espera
de um próximo mandatário” e se “devo abandonar ou concluir esse processo de transformação e de
modernização da economia brasileira”, afirmou.
Sua decisão será anunciada em 7 de abril.
ENCOLHIMENTO DO PIB
Indagado sobre o encolhimento da economia brasileira registrado pelo Banco Central, de 0,56% em
janeiro, divulgado nesta segunda-feira (19), Meirelles disse que este índice havia mostrado “um
crescimento grande no mês de dezembro, portanto consideramos essa queda uma acomodação
natural. Nossa projeção de crescimento para este ano segue sendo de 3%”.
PROTECIONISMO
Meirelles também criticou a sobretaxação do aço por parte dos EUA. “Isso é negativo para a para a
economia norte-americana e para os países exportadores, portanto são medidas prejudiciais para
todos.”
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O ministro ressaltou que, em outras ocasiões, no passado, quando os EUA adotaram o protecionismo,
"apenas acentuaram a recessão". E que o Brasil estava num processo contrário, junto com os países
do Mercosul.
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/03/g20-propora-ao-fmi-criacao-de-fundo-para-
venezuelanos.shtml
VALOR ECONÔMICO
http://www.valor.com.br/
Brasil
Medidas da UE tentam evitar novos passos dos EUA
Marta Watanabe
20/03/2018 às 05h00
A divulgação de produtos que podem ser alvo de retaliação da União Europeia (UE) contra as
sobretaxas americanas sobre aço e alumínio fazem parte de uma estratégia para evitar que os
Estados Unidos baixem novas medidas protecionistas, diz Welber Barral sócio da Barral M Jorge e
ex-secretário de Comércio Exterior. "A estratégia da Europa é a de causar algum tipo de dor nos
EUA e elevar a pressão interna das empresas americanas", diz ele.
Na sexta-feira, a União Europeia publicou lista de produtos americanos que podem ficar sujeitos a
tarifas de importação, como retaliação às sobretaxas anunciadas no dia 8 pelo presidente americano
Donald Trump. Entre os produtos que a UE pode taxar estão arroz, suco de laranja, uísque, produtos
de maquiagem, motocicletas, barcos a motor e pias de aço inoxidável.
Também inclui muitos produtos de metais para uso na construção e indústria.
A lista publicada, diz Barral, não contém produtos mais importantes economicamente no fluxo
comercial entre as duas regiões. "Escolheram de forma cirúrgica produtos pontuais, que afetam
indústrias instaladas em locais importantes para o partido republicano", diz Barral. Por isso estão na
lista as motocicletas, que atingem a Harley-Davidson no Wisconsin, ou o uísque, dos produtores do
Tennessee. Com menor efeito econômico, mas grande potencial para criar fatos políticos internos."
Como a estratégia é essa, diz Barral, a princípio a medida deve ter como alvo somente produtos
americanos. Para o ex-secretário, a retaliação europeia, mesmo que direcionada somente aos
Estados Unidos, pode trazer ganhos apenas pontuais para a exportação brasileira.
Fonte: http://www.valor.com.br/brasil/5395615/medidas-da-ue-tentam-evitar-novos-passos-dos-
eua
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Paraguai fala em 'cooperação' com a polícia brasileira
Por Marcos de Moura e Souza | De Belo Horizonte
20/03/2018 às 05h00
A Embaixada do Paraguai no Brasil preferiu não comentar a posição da Polícia Federal de pleitear
junto a autoridades dos EUA uma moratória parcial das exportações de armas americanas para o
mercado paraguaio.
Por meio de uma nota, a representação paraguaia afirmou que a Policia Federal do Brasil tem um
estreito relacionamento e trabalha de forma coordenada com a polícia paraguaia.
"Existe um amplo nível de relação e cooperação e como exemplo, podemos citar que mais de 130
cidadãos brasileiros, no ano de 2017, procurados pela Polícia Federal têm sido expulsos e deportados
do Paraguai e entregues na fronteira aos mesmos, sem necessidade de processo de extradição",
afirmou a embaixada. Afirmou também que não pode opinar "sobre um tema tratado diretamente
pela polícia dos nossos países".
Em 2006, Brasil e Paraguai assinaram um memorando de cooperação no combate ao tráfico de
armas e munições. Antes, em 2001, o Ministério das Indústria, Comércio Exterior e Serviços havia
baixado uma resolução que passou a estipular alíquota de 150% a armas e munições brasileiras
exportadas para países do Mercosul.
Foi uma forma de inviabilizar o comércio, em particular com o Paraguai, onde criminosos brasileiros
adquiriam armamentos sem as restrições que teriam de enfrentar no Brasil.
A embaixada tampouco comentou o relatório da Polícia Federal, assinado pelos delegados Luiz
Zampronha e Marcus Dantas. O relatório afirma que o governo paraguaio autoriza a importação de
armas em quantidade muito maior que sua demanda interna absorve. "Mesmo com o conhecimento
de que tais armas têm um destino certo: os criminosos e traficantes brasileiros", escrevem os dois.
Consultada pelo Valor a respeito dos pontos defendidos pela Polícia Federal, a Embaixada dos
Estados Unidos disse que Washington vem trabalhando com o Brasil e com outros países da região
com o objetivo de ajudar na identificação de traficantes de armas em solo americano que abastecem
ilegalmente criminosos no exterior. A embaixada citou o sistema de rastreamento de armas, que tem
sido adotado pelo Brasil e pelos EUA e disse que a missão diplomática americana no Brasil "goza de
sólida colaboração com a polícia brasileira".
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Quanto à posição da PF de que seria importante o reforço na fiscalização nos EUA de contêineres
embarcados para países sul-americanos, a embaixada disse que esse já é um trabalho realizado
cotidianamente.
"A Alfândega e a Patrulha da Fronteira dos EUA, em coordenação com outras agências de aplicação
da lei dos Estados Unidos, conduzem rotineiramente operações e inspeções nos Estados Unidos para
impedir embarques ilegais de contrabando, incluindo armas de fogo, para outros países."
Fonte: http://www.valor.com.br/brasil/5395625/paraguai-fala-em-cooperacao-com-policia-brasileira
PF tenta engajar EUA no combate ao contrabando de armamentos
20/03/2018 às 05h00
A Polícia Federal quer que os Estados Unidos passem a adotar medidas para dificultar o acesso de
criminosos brasileiros a armas. O alvo são armamentos adquiridos legalmente em solo americano e
depois contrabandeados para o Brasil e para outros países da América Latina.
Entre as medidas defendidas pela PF está a criação de barreiras, nos EUA, para a exportação de
armamento para o Paraguai.
O Paraguai é principal corredor de armas que chegam ao Brasil. Muito do que é vendido pelos
negociantes paraguaios a grupos criminosos no Brasil chega, legal ou ilegalmente, dos EUA.
Brasil e Paraguai firmaram em 2006 acordo de cooperação para o combate ao tráfico de armas. A
intenção da PF agora é tentar atuar na fonte: ou seja, convencer autoridades americanas a fecharem
brechas de seu mercado legal que hoje são aproveitadas por contrabandistas com atuação no Brasil.
É uma abordagem de resultados ainda duvidosos e que esbarra em questões diplomáticas e nos
interesses da influente indústria de armas dos EUA. Seria preciso que autoridades americanas
aceitassem alterar procedimentos internos e, além disso, que adotassem medidas em relação a
terceiros países.
A Embaixada dos EUA no Brasil não quis comentar diretamente as demandas da PF, mas disse que
o governo americano vem trabalhando com o Brasil e outros países para desbaratar esquemas de
contrabando de armas. A Embaixada do Paraguai disse que polícias dos dois lados da fronteira já
trabalham em cooperação.
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Maior mercado de armas de fogo do mundo, os Estados Unidos adotam regras hiperliberais para
compra e venda domésticas de uma variedade de armamentos, de revólveres a fuzis. Algumas
estimativas dão conta que para cada 100 habitantes do país, 89 possuem armas de fogo.
Para uma parcela da sociedade americana, a desregulamentação é um problema, porque facilita a
aquisição de armas por criminosos que disparam a esmo, muitas vezes em escolas. O último
massacre ocorreu em fevereiro, numa escola em Parkland, Flórida. Dezessete morreram.
Para a PF, a preocupação é outra: a que a desregulamentação americana ajude criminosos brasileiros
a se armarem ainda mais. Relatório recente da Polícia Federal sobre esse tipo de tráfico apontou
que armas contrabandeadas para o Brasil abastecem principalmente narcrotraficantes e assaltantes
de banco e de empresas de valores.
Metralhadoras, fuzis, submetralhadoras, pistolas e munições são os produtos mais traficados. É o
tipo de armamento usado por traficantes nos morros do Rio, por facções criminosas em assaltos
recentes a empresas de valores e por grupos que aterrorizam cidades grandes e médias pelo país.
Só no Estado do Rio de Janeiro, a polícia apreendeu em 2017 8.705 armas, entre as quais 3.636
pistolas, 499 fuzis, entre outras. De 2007 a 2017, foram apreendidos mais de 3 mil fuzis no Estado.
O arsenal contrabandeado passa escondido em contêineres por portos e aeroportos. Passa também
por estradas pela vasta região de fronteira, sobretudo com a Argentina, Bolívia, Uruguai e Paraguai.
O último tem sido a rota preferida.
"Embora o Paraguai figure como principal país de trânsito de armas para o Brasil, os EUA continuam
sendo nosso maior fornecedor indireto de pistolas e fuzis ilegais, como resultado do livre comércio
em lojas e feiras-livres que ocorrem em cidades americanas", informa o relatório assinado pelos
delegados da PF Luís Flávio Zampronha, chefe da Divisão de Repressão a Crimes contra o Patrimônio
e ao Tráfico de Armas, e Marcus Vinícius da Silva Dantas, que integra a mesma divisão.
A Polícia Federal tem atuado em cooperação com Bureau de Álcool, Cigarro, Armas de fogo e
Explosivos, ligado ao Departamento de Justiça americano, e com a Agência de Investigação de
Contrabando de Armas, Munição e Explosivos, ligada à Immigration and Customs Enforcement (ICE).
Os contatos da polícia se fazem também por meio da Embaixada dos EUA em Brasília.
Os dois países trabalham no rastreamento da origem e do caminho das armas apreendidas com
criminosos aqui. Essa cooperação é vista pela PF como muito bem-sucedida. É por meio dela que há
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hoje diversas investigações em curso com o intuito de levar à prisão americanos ou estrangeiros
que, a partir dos EUA, vendem armas que chegam ao Brasil.
Um dos últimos resultados desse trabalho conjunto foi a prisão do brasileiro Frederik Barbieri na casa
em que ele vivia na Flórida. Barbieri foi apontado como um dos maiores traficantes de armas para o
Brasil e ganhou logo a alcunha hollywoodiana de "Senhor das Armas". Ele vinha enviando o
contrabando para o Brasil embalado em aquecedores de piscinas.
O que a Polícia Federal defende no âmbito da cooperação policial com os Estados Unidos são medidas
adicionais. Uma delas seria uma moratória parcial das exportações de armas dos EUA para alguns
países, entre eles o Paraguai. O Brasil estaria fora da medida porque não importa armamento
americano, a não ser por meio das Forças Armadas.
"Uma moratória seria uma medida interessante", disse ao Valor o delegado Marcus Dantas. "Se, por
exemplo, a gente informa que está tendo muita apreensão de armas exportadas pelos EUA para
determinado país, que eles levem isso em conta para a questão das autorizações de exportação, que
são atos administrativos", disse o delegado.
A proposta não é, disse ele, de um bloqueio completo, como a que os EUA impuseram em 1996 ao
Paraguai em relação à venda de armamento. "É o uso de mais critérios. Ver a situação de armas per
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capita. O mercado paraguaio não absorve aquele tanto de arma, então tem um escoamento do
excedente", afirmou.
Os EUA não são um grande exportador de armas. Seu forte é o mercado doméstico. Em 2015, a
produção no país foi de 9,3 milhões e as exportações de apenas 343,4 mil, segundo estatísticas do
governo americano. De acordo com dados da Polícia Federal, o Paraguai importa principalmente
pistolas dos Estados Unidos. Uma parte é vendida clandestinamente a brasileiros. Fuzis de origem
americana também fazem escala em solo paraguaio.
Uma estimativa citada internamente na PF dá conta de que 60% dessas armas passam pelo Paraguai
antes de chegar a criminosos brasileiros. Parte delas vem direto dos EUA para portos e aeroportos
do Brasil. Foi no aeroporto do Galeão que a polícia encontrou no ano passado 60 fuzis escondidos
em aquecedores de piscina enviados ao país por Barbieri.
O trânsito de armas e munições dos Estados Unidos para Bolívia, Argentina e Uruguai também é
fonte de preocupação da polícia brasileira - embora numa escala menor.
Em seu diálogo com representantes dos Estados Unidos, a PF tem defendido que as autoridades
americanas intensifiquem as fiscalizações nos contêineres que deixam o país rumo à América do Sul.
"A gente escaneia muita coisa que sai do Brasil e essa é uma contrapartida que a gente espera das
autoridades americanas", diz o delegado Dantas.
Outro ponto que passou a ser pleiteado pela PF é mais regulamentação na venda de kits para
montagem de armas. Os controles americanos, já considerados leves para a venda de armas de
fogo, são menores ainda para a venda de itens avulsos - como cano, ferrolho e armação - para quem
quer montar o próprio armamento. A Polícia Federal diz que contrabandistas com clientes no Brasil
já perceberam a brecha.
O Brasil não é o único país afetado pelo armamento com origem nos Estados Unidos. "A falta de
regulamentações nas vendas de armas de fogo dentro dos EUA não está alimentando apenas as
altas taxas de violência doméstica, mas também contribuindo para a violência associada a armas em
toda a região [da América Latina]", disse ao Valor, por e-mail, Robert Muggah, diretor de pesquisa
do Instituto Igarapé um centro de pesquisas dedicado a estudos sobre segurança e desenvolvimento,
sediado no Rio.
"A maioria das armas de fogo e munições modernas que fazem parte do arsenal de grupos criminosos
é adquirida nos EUA e de outros fornecedores na Europa e na Ásia", afirmou ele.
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Ele cita que parte das armas de fogo que está nas mãos de criminosos em países da América Latina
veio de arsenais públicos, de empresas de segurança. Mas que além disso há um intenso movimento
transnacional de armas motivada pela demanda do crime organizado.
Ao defender mais restrições junto a autoridades americanas, a PF aspira uma redução da oferta de
armas ao Brasil. Seria uma das formas de minar o poderio bélico de criminosos no país.
Desde 2012, a PF detecta a existência de esquemas de tráfico de armamentos e munições a partir
do território americano. Naquele ano, em parceria com autoridades americanas, a Polícia Federal
desmantelou um grupo encabeçado por brasileiros que remetia fuzis semelhantes ao AK-47
escondidos dentro de colchões em meio à mobília de famílias que estavam retornando ao Brasil. As
cargas iam para o porto de Santos. A PF disse que o grupo pode ter contrabandeado 400 fuzis antes
de ser descoberto.
Frederik Barbieri foi além. Segundo o Ministério Público Federal, ele pode ter enviado da Flórida para
traficantes do Rio de Janeiro quase 1,2 mil fuzis e 300 mil munições entre 2014 e 2017. A facilidade
de se comprar armas legalmente nos EUA é uma atração para criminosos.
Qualquer cidadão americano, maior de idade - ou estrangeiro legalizado - compra sem grandes
dificuldades um AR-15 ou um armamento do tipo em lojas de esporte ou em grandes redes de varejo
como o Walmart. Em muitos casos, traficantes usam "laranjas" para adquirir legalmente armas que
depois vão atender à demanda do crime no exterior.
As chances de ganhos elevados é um dos atrativos. Um fuzil que pode ser comprado por US$ 1,5
mil a US$ 2 mil (entre R$ 4,5 mil e R$ 6 mil) nos Estados Unidos aqui é vendido para criminosos por
R$ 40 mil, R$ 50 mil ou até R$ 70 mil, segundo a PF. Alguns contrabandistas que até então driblavam
autoridades nos EUA remetendo eletrônicos e celulares para o Brasil migraram para o mercado
clandestino de armas.
"Existem casos de pessoas que começaram como pequenos contrabandistas e foram crescendo com
armas. Em vez de o sujeito ficar trazendo iPhone que lá ele paga US$ 200 e aqui vende por R$ 6
mil, passa a contrabandear arma. Se ele passar um fuzil equivale a passar quase dez iPhones", disse
o delegado Marcus Dantas.
E esse parece ser o perfil dominante dos traficantes de armas nos EUA atualmente. A figura de
criminoso poderoso que monopoliza o submundo do negócio de armas ficou para os filmes, segundo
um estudo de 2016 do Small Arms Survey, intitulado "The Mechanics of Small Arms Trafficking from
the United States".
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"A maior parte do tráfico de armas é feito de forma menos chamativa, menos centralizada e é ainda
mais difícil de ser barrada", aponta a pesquisa.
"Essa pulverização atrapalha demais", afirma Dantas. "Todo dia está aparecendo gente fazendo
essas remessas", diz, referindo-se às remessas ilegais de armas dos EUA para as mãos de criminosos
brasileiros.
Fonte: http://www.valor.com.br/brasil/5395623/pf-tenta-engajar-eua-no-combate-ao-contrabando-
de-armamentos
Investimento de 0,3% do PIB levaria saneamento a todos os cidadãos da
AL
Por Daniela Chiaretti | De Brasília
20/03/2018 às 05h00
Se os países da América Latina investissem, em média, 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) por
ano, a universalização do acesso à água potável e à coleta de esgoto poderia ser feita em 17 anos,
diz estudo realizado pela instituição multilateral conhecida por CAF, do Banco de Desenvolvimento
da América Latina. O custo da má qualidade da água varia entre 1% e 2,5% do PIB em países da
região, segundo um novo estudo que está sendo feito pela instituição.
"Os ministros de Finanças, que geralmente tomam decisões, têm que ter claro os números e enxergar
que há vantagens econômicas em investir em água", disse ao Valor José Carrera, vice-presidente de
desenvolvimento social e ambiental da CAF. "Trata-se de um problema muito forte na América
Latina", afirmou. Ele diz que na região existem 100 milhões de pessoas sem saneamento e 24
milhões sem água de qualidade.
"A relação entre água e saúde é direta", diz Teresa Vernaglia, presidente e CEO da BRK Ambiental
(antiga Odebrecht Ambiental), a maior operadora privada de saneamento do país.
Segundo dados do Instituto Trata Brasil, a cidade de Franca, no interior de São Paulo, com 300 mil
habitantes, praticamente universalizou o fornecimento de água, assim como a coleta e o tratamento
de esgoto. Entre 2007 e 2015, a cidade registrou apenas 460 internações por diarreia. No mesmo
período, Ananindeua, no Pará (cerca de 520 mil habitantes), a última colocada no ranking do
instituto, teve 36.473 internações.
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O consumo de água na América Latina também é alto. As organizações mundiais indicam 200 litros
por dia de consumo de água por pessoa, mas na AL este valor é de 600 litros, em países como o
Panamá e a Argentina.
Não há praticamente cultura de reúso da água na região. "Isso significa usar várias vezes o mesmo
recurso. A água que foi usada pode ser tratada e reutilizada em parques", cita Carrera. Lima, a
segunda maior cidade do mundo em deserto - a primeira é o Cairo -, está ampliando seu programa
de reúso de água.
Nas contas do Banco Mundial, para que seja cumprido globalmente o Objetivo de Desenvolvimento
Sustentável que trata de garantir acesso universal à água em 2030, assim como saneamento básico
- o ODS 6 -, são necessários US$ 115 bilhões ao ano. A lacuna dos investimentos atuais é grande. A
instituição investe hoje cerca de US$ 5 bilhões ao ano em projetos relacionados a água em mais de
cem países. "Precisamos ser mais eficientes em manejar água e reduzir perdas", diz Guang Z. Chen,
diretor sênior de Práticas Globais de Água do Banco Mundial.
Um novo estudo do Banco Mundial ("Uncharted Waters: The New Economics of Water Scarcity and
Variability") mostra como as maneiras atuais de gerenciar água são ultrapassadas. O relatório analisa
como o número crescente de secas e inundações afetam fazendas empresas e famílias de maneira
muito mais cara e longa do que acontecia no passado. As consequências da seca são pouco visíveis
e provocam o que o estudo chama de "miséria em câmara lenta".
A CAF tem cerca de US$ 900 milhões investidos em projetos aprovados ou em fase de confirmação
relacionados a água no Brasil. O Banco Mundial tinha cerca de US$ 1,5 bilhão aplicado aqui até o
ano passado em projetos de água, sem contar agricultura.
Fonte: http://www.valor.com.br/brasil/5395617/investimento-de-03-do-pib-levaria-saneamento-
todos-os-cidadaos-da-al
GLOBO
http://www.globo.com/
Economia
G20 defende livre comércio e EUA prometem apoiar o interesse nacional
Ministros das Finanças e banqueiros centrais das 20 maiores economias do mundo estão
reunidos em Buenos Aires para discutir as perspectivas econômicas globais.
Por Reuters
19/03/2018 19h31 Atualizado há 12 horas
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Os líderes financeiros do mundo procuraram apoiar o livre comércio nesta segunda-feira (19), em
meio a preocupações com as tarifas norte-americanas sobre o aço e o alumínio, ao mesmo tempo
em que os Estados Unidos disseram que não poderiam sacrificar os interesses nacionais para fazer
o sistema funcionar.
Ministros das Finanças e banqueiros centrais das 20 maiores economias do mundo estão reunidos
em Buenos Aires para discutir as perspectivas econômicas globais, fluxo de capital, criptomoedas,
como bitcoin, e como impedir a evasão fiscal das empresas.
Mas desde a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 8 de março, de impor
tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio, o comércio se tornou o ponto focal da reunião.
"Estou seriamente preocupado que o pilar da nossa prosperidade - o livre comércio - esteja sendo
colocado em risco", disse o ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, ao jornal alemão Bild.
"O protecionismo não é a resposta para as dificuldades do nosso tempo. A situação é séria", disse
ele, acrescentando que seria cauteloso sobre se referir a uma guerra comercial.
Mas o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, insistiu em dar ênfase ao "livre comércio em
termos recíprocos" do governo Trump.
"Não há dúvida de que o secretário representa a visão fortíssima do presidente de que acreditamos
no livre comércio", disse uma autoridade dos EUA a repórteres.
"Mas o ambiente em que estamos agora, onde a expectativa é de que a América subordina
totalmente seus interesses nacionais para que o sistema de livre comércio funcione, é apenas um
ambiente que não aceitamos. Então, temos sido muito claros, acreditamos no livre comércio em
termos recíprocos que leva a relações comerciais mais equilibradas", disse ele.
Neste domingo, Scholz disse que tentará dissuadir Washington de impor as tarifas de aço e alumínio,
que entram em vigor em 23 de março.
Outras figuras da reunião do G20, que será concluída nesta terça-feira com um comunicado conjunto,
compartilham da preocupação da Alemanha.
"Há um entendimento sólido entre a comunidade global de que o livre comércio é importante", disse
Haruhiko Kuroda, presidente do banco central do Japão, a repórteres ao chegar para as negociações.
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Ameaça à OMC
As tarifas de aço e alumínio dos EUA aumentaram o alarme entre os parceiros comerciais de que
Trump está levando em frente suas ameaças de desmontar o sistema de comércio baseado nas
regras da Organização Mundial do Comércio em favor de ações unilaterais dos EUA.
Muitos aliados dos EUA, incluindo a União Europeia, procuraram as mesmas isenções que Trump
concedeu aos vizinhos norte-americanos Canadá e México, com alguns dos ministros do G20
levantando a questão com Mnuchin.
Depois de se reunir com o secretário de comércio dos EUA, Wilbur Ross, em Washington, o ministro
da economia alemão, Peter Altmaier, disse que ele e Ross concordaram que as conversas entre EUA
e UE sobre as tarifas deveriam ser intensificadas.
"Estamos convencidos de que o livre comércio é a melhor solução para garantir o bem-estar de
nossos povos. Queremos que o comércio mundial permaneça justo e livre de medidas de dumping",
disse Altmaier.
Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/g20-defende-livre-comercio-e-eua-prometem-apoiar-
o-interesse-nacional.ghtml
Exportações brasileiras de aço crescem 25% em valor no 1º bimestre
Em volume, as vendas das siderúrgicas brasileiras para outros países caíram 2,1% na
comparação com os 2 primeiros meses do ano passado.
Por G1
19/03/2018 18h02 Atualizado há 13 horas
As exportações brasileiras de aço atingiram 2,4 milhões de toneladas e valor de US$ 1,4 bilhão nos
dois primeiros meses de 2018, informou nesta segunda-feira o Instituto Aço Brasil (IABr), que
representa as siderúrgicas do país. Na comparação com o 1º bimestre de 2017, houve queda de
2,1% em volume e crescimento de 25% em valor, quando as vendas de produtos para outros países
somaram 2,3 milhões de toneladas e valor de US$ 1,1 bilhão.
Já as importações cresceram 1,4% em volume e 37,9% em valor no acumulado de janeiro e
fevereiro, na mesma base de comparação, totalizando 375 mil toneladas e US$ 422 milhões.
Os números ainda não refletem as preocupações em relação à sobretaxa anunciada nos Estados
Unidos. No dia 8 de março, o presidente americano, Donald Trump, anunciou que o país cobrará
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taxa de 25% para o aço importado e de 10% para o alumínio. O Brasil é o 2º maior exportador aço
para os EUA e poderá ser um dos países mais impactados pela medida.
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A produção brasileira de aço bruto em fevereiro somou 5,6 milhões de toneladas no 1º bimestre,
crescimento de 3,3% sobre o resultado de um ano antes, informou nesta segunda-feira o Instituto
Aço Brasil (IABr). A produção de laminados foi de 3,7 milhões de toneladas (alta de 6,8%), en quanto
que a de semiacabados totalizou 1,5 milhão de toneladas (avanço de 3,7%).
As vendas de aço no mercado interno foram de 2,8 milhões de toneladas, alta de 14,3% na
comparação anual.
O Brasil exportou em 2017 US$ 2,63 bilhões em aço para EUA, o equivalente a 33% das vendas
brasileiras do produto para o exterior, segundo dados oficiais do MDIC. Além disso, o Brasil exportou
no ano passado US$ 120,7 milhões em alumínio para EUA, cerca de 15% do total vendido para o
exterior.
Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/exportacoes-brasileiras-de-aco-crescem-25-em-
valor-no-1-bimestre.ghtml
AGÊNCIA BRASIL
http://agenciabrasil.ebc.com.br/
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Internacional
Em Buenos Aires, presidente do BC diz que G20 tem que evitar
protecionismo
19/03/2018 14h51 Buenos Aires
Monica Yanakiew - Repórter da Agência Brasil
O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou hoje (19) que o papel do G20 (grupo que
reúne as 20 maiores economias do mundo) é garantir que o comércio entre países “continue
saudável" e que "não haja protecionismo”.
Ele deu a declaração em Buenos Aires, em entrevista à imprensa antes do início da reunião do G20.
Participam do encontro presidentes dos bancos centrais e ministros da Fazenda do grupo.
No dia 8 deste mês, o governo dos Estados Unidos oficializou a sobretaxa de 25% sobre o aço e de
10% sobre o alumínio importados pelo país. Segundo Goldfajn, o protecionismo afeta todos os
países, inclusive os EUA.
Na reunião na capital argentina, serão discutidas as possíveis ameaças ao crescimento econômico
registrado em quase todo o mundo. “Hoje a situação global é benigna e apresenta crescimento nos
Estados Unidos, na União Europeia, no Japão, na China e também em países emergentes, como o
Brasil e a Argentina”, destacou Ilan Goldfajn.
De acordo com o presidente do Banco Central, o Brasil tem “colchões de amortecimento” para
enfrentar qualquer “solavanco”. Ele acredita que o país está mais bem preparado para lidar com
futuros riscos porque a economia dispõe de vários amortecedores como reservas de US$ 400 bilhões
e investimentos estrangeiros diretos de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2018-03/em-buenos-aires-presidente-
do-bc-diz-que-g20-tem-que-evitar
Em Buenos Aires, Meirelles e ministros de 13 países discutem crise na
Venezuela
19/03/2018 14h20 Buenos Aires
Monica Yanakiew – Repórter da Agencia Brasil
Os ministros da Fazenda do Brasil, Henrique Meirelles, e de outros treze países se reuniram nesta
segunda-feira (19) em Buenos Aires. O assunto foi a dívida externa da Venezuela e a criação de um
fundo multilateral para atender aos milhares de venezuelanos, que estão cruzando a fronteira para
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fugir da grave crise econômica, politica e humanitária no país. Segundo Meirelles, a proposta será
levada à reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) em abril.
“O dinheiro [do fundo] seria para assistência, acomodação e direcionamento desses refugiados fora
da Venezuela”, disse Meirelles, em entrevista após o encontro. Ele lembrou que já existem 300 mil
venezuelanos na Colômbia e 40 mil no estado brasileiro de Roraima, entrando pela região da mata
da Amazônia.
O encontro para tratar da Venezuela foi paralelo às reuniões de ministros da Fazenda e presidentes
dos bancos Centrais do G20 – grupo das vinte maiores economias do mundo –, que representa 85%
do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e que este ano é presidido pela Argentina. Além do Brasil,
participaram do encontro representantes da Alemanha, do Canadá, Chile, da Colômbia, Espanha,
dos EUA, da França, do Japão, da Itália, do México, Peru, Paraguai e Reino Unido.
Além da proposta de criação de um fundo, foi discutida também a dívida que a Venezuela tem com
alguns países – entre eles o Brasil. “O governo brasileiro optou por cobrar o pagamento da dívida,
de US$ 1,3 bilhão, e os venezuelanos já pagaram o que venceu”, explicou. Outros credores, no
entanto, que apoiam o regime do presidente venezuelano Nicolás Maduro – como Rússia e China –
ofereceram uma moratória por alguns anos. “Nós não temos uma politica de financiar e apoiar [o
governo de Maduro]”, disse.
Aço e alumínio
Outro tema, que não fazia parte da agenda original do G20, mas acabou dominando as discussões,
foi a ameaça de guerra comercial, desencadeada pela decisão do presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, de aumentar as tarifas de importação aço e alumínio. A medida afeta diretamente o
Brasil: um terço das exportações de aço brasileiro vai para os Estados Unidos e o setor emprega 200
mil pessoas.
Meirelles disse que a decisão de Trump terá um efeito negativo não apenas para os exportadores,
mas também para o consumidor norte-americano, que pagará mais caro pelos produtos. Ele alertou
para o risco de uma guerra comercial: a União Europeia já fez uma lista de cem produtos norte-
americanos que podem ser afetados, caso haja retaliação.
As novas tarifas devem entrar em vigor na sexta-feira (23) e, até o momento, somente o México e
o Canada, foram isentos. Meirelles disse que o Brasil ainda não tomou uma decisão sobre o que vai
fazer a respeito. De acordo com o ministro, “[Os Estados Unidos] indicaram desejo para negociar e
agora estamos aguardando os termos dessa negociação e os pontos”. Ao mesmo tempo, o governo
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brasileiro estuda acionar a Organização Mundial do Comercio (OMC), o órgão que regula o comércio
internacional.
Eleições
Ao ser perguntado sobre as eleições presidenciais brasileiras, Meirelles disse que vai decidir até o
dia 7 de abril se vai se apresentar como candidato. Ele disse que está aguardando o resultado de
algumas pesquisas qualitativas sobre o que espera o eleitor brasileiro.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2018-03/em-buenos-aires-meirelles-e-
ministros-de-13-paises-discutem-crise-na
COMEX DO BRASIL
https://www.comexdobrasil.com/
Comércio Exterior
Triangulação para importar pelo Paraguai é ilusão de economia e pode
encarecer operação
Ana Cristina Dib - 19/03/2018
Curitiba – Com a expectativa de fugir da carga tributária brasileira, vem crescendo o número de
empresários interessados em realizar o processo de importação de seus produtos através do
Paraguai. Difundiu-se a ideia entre parte do empresariado de que, em vez de trazer os produtos
diretamente da China para o Brasil, por exemplo, seria mais interessante fazer uma “triangulação”
com o país vizinho, levando esses itens da China até o Paraguai e, em seguida, para o Brasil.
Na prática, porém, isso não é real. Apesar de ser um procedimento legal, não traz vantagens reais,
devido à bi-tributação e às despesas com frete e outros gastos logísticos. O empresário Kleber
Fontes, diretor do Grupo Casco Comércio Exterior e Logística, explica que em qualquer processo de
importação empresarial são cobrados normalmente cinco tributos: II (Imposto de Importação); IPI
(Impostos de Produto Industrializado); PIS (Programa de Integração Social); COFINS (Contribuição
para Fins Sociais) e ICMS (Imposto sobre Circulação e Mercadorias e Serviços).
“A grande confusão se dá com o Imposto de Importação. Ele só deixa de ser cobrado quando o
produto é fabricado no Paraguai”, explica Fontes. Segundo ele, para isso, o produto precisa ter pelo
menos 40% do valor agregado no país – um item que chegou custando R$ 100,00 não pode ser
exportado por menos de R$ 140,00. É o que acontece com empresas de maquinários, que,
beneficiando-se da Lei Maquila, importam peças e componentes industriais para fazer a montagem
final do equipamento no país vizinho.
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Fontes explica que a Lei Maquila foi uma estratégia do governo paraguaio para atrair investimentos
para o país e que permite às empresas estrangeiras se instalarem ali para processar bens destinados
à exportação. “Mas é bom lembrar que, apesar de alguns impostos estarem suspensos, taxas
portuárias, honorários dos despachantes, fretes são cobrados regularmente. Isso sem contar os
gastos para instalação de uma fábrica e a contratação de pessoal”, analisa.
O empresário ainda destaca que, mesmo para quem opta por se instalar no Paraguai, existem riscos,
uma vez que o investidor está sujeito à política daquele país. “O Paraguai está buscando atrair
investimentos e indústrias para movimentar sua economia. Mas assim como acontece com outros
países em desenvolvimento, instabilidade política e econômica sempre vão apresentar riscos para o
empresário”, pontua.
(*) Com informações do Grupo Casco
Fonte: https://www.comexdobrasil.com/triangulacao-para-importar-pelo-paraguai-e-ilusao-de-
economia-e-pode-encarecer-operacao/
EL PAIS
www.elpais.com
Internacional
Brasil exigirá da Venezuela a quitação de uma dívida de 1,3 bilhão de
dólares
Reunidos em Buenos Aires, países do G-20 pedirão ao FMI um fundo de ajuda para
acolher refugiados
19 MAR 2018 - 23:20
A reunião de ministros de Finanças do G-20 que começou nesta segunda-feira em Buenos Aires teve
um alto conteúdo político. Depois de uma reunião à margem do encontro oficial, cerca de dez países
concordaram em pedir ao Fundo Monetário Internacional (FMI) recursos para ajudar mais de dois
milhões de venezuelanos que emigraram durante o chavismo. O dinheiro não iria para a Venezuela,
mas para os países de acolhida, especialmente aqueles fronteiriços em que a situação é crítica, como
a Colômbia, onde as autoridades de imigração registraram a entrada de 340.000 venezuelanos, e o
Brasil, que acolheu 40.000 refugiados que entraram no pais através do Estado de Roraima.
Brasil exigirá da Venezuela a quitação de uma dívida de 1,3 bilhão de dólares Com 40.000
venezuelanos em Roraima, Brasil acorda para sua ‘crise de refugiados’
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Brasil exigirá da Venezuela a quitação de uma dívida de 1,3 bilhão de dólares “Na Venezuela não há
comida, mas no Brasil sim”: a nova fuga da fome na fronteira do norte
Um porta-voz do FMI disse mais tarde ao EL PAÍS que o organismo “entende que essa ideia tem
como objetivo ajudar países vizinhos da Venezuela a lidar com a afluência de refugiados”. “Estamos
sempre dispostos a ajudar nossos membros a enfrentar circunstâncias adversas imprevistas,
utilizando nossas diferentes ferramentas. Esperamos discussões posteriores nas quais nos
envolvamos “, declarou.
Paralelamente à ajuda aos refugiados, os países prometeram pressionar de forma bilateral o Governo
de Nicolás Maduro. O ministro da Fazenda do Brasil, Henrique Meirelles, já anunciou em entrevista
coletiva que o Governo Temer exigirá de Caracas a quitação de uma dívida de 1,3 bilhão de dólares.
Outros países, segundo Meirelles, tomarão uma medida semelhante. O ministro brasileiro marcou
assim distância de China e Rússia, ausentes da reunião, que “defendem uma moratória que suspenda
os pagamentos venezuelanos”. Sobre a ajuda aos refugiados, Meirelles esclareceu que o dinheiro
não será destinado ao Governo de Maduro, mas a “ajudar dezenas de milhares de refugiados que
deixaram o país caribenho”. A chegada de venezuelanos já obrigou o Governo Temer a duplicar a
presença militar em Roraima em fevereiro. “Houve consenso sobre a Venezuela e vamos tentar
influenciar uma solução de todas as formas possíveis, especialmente para a crise humanitária”, disse
o ministro brasileiro.
A possibilidade de aplicar sanções à Venezuela é um tema recorrente na região, mas qualquer
estratégia comum encontra a resistência dos países do eixo bolivariano, com Bolívia e Equador à
frente. A Argentina foi um dos principais impulsionadores. Em julho passado, durante a cúpula de
presidentes do G-20 realizada em Hamburgo, Alemanha, Mauricio Macri pediu que o grupo desse
especial atenção “à violação dos direitos humanos na Venezuela”. Agora, como país anfitrião, decidiu
avançar nesse sentido.
Participaram da reunião no ministério de Finanças, a poucos metros da Casa Rosada, os
representantes de todos os países europeus do grupo, além de EUA, Japão e o Brasil. A Argentina
convidou também o México, membro pleno do G-20, e Peru, Colômbia, Chile e Paraguai. Das
discussões saiu a proposta de se dirigir ao FMI no mês de abril em Washington, onde se realizará a
reunião de primavera do organismo, e a decisão de promover sanções.
Os EUA foram representados pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. Em nota, sua assessoria
de imprensa disse que os participantes da reunião procuraram “abordar a tragédia econômica e
humanitária” na Venezuela e pediram “eleições livres, justas e duradouras”.
Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/19/internacional/1521483446_316101.html
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Argentina
CLARIN (ARGENTINA)
www.clarin.com
Economía
Una automotriz se baja de la guerra de ofertas
El CEO de la compañía dijo que subirán precios a causa del dólar. "Lo que impacta en
esta industria es la devaluación, no la inflación".
El titular de General Motors para el Mercosur, Carlos Zarlenga, anticipó que la automotriz irá
aplicando aumentos en sus listas de precios hasta que la paridad en dólares sea la misma que en
diciembre del año pasado. "Hoy estamos operando a pérdida, se viene un ajuste de precios", dijo a
Clarín el ejecutivo argentino, de visita en Buenos Aires.
"El peso se devaluó mucho más de lo que subieron nuestros precios. Y la mayor parte de nuestros
costos son en dólares o en reales", agregó Zarlenga. En lo que va del año, la devaluación del peso
ya roza el 15%, mientras que las listas de precios de los 0km m tuvieron ajustes entre 5% y 6%.
"En abril habrá más ajustes, al menos en nuestro caso", anticipó el ejecutivo.
Llamativamente, fue el propio Zarlenga quien, hace dos años, dio el puntapié inicial de la guerra de
ofertas entre las automotrices, con el lanzamiento de los "Black Friday". En marzo de 2016, con el
dólar recién devaluado (se pasó del dólar oficial de $ 9 de la administración anterior a un precio de
$ 15), Zarlenga prometió a su red de concesionarios que les repondría las unidades al mismo precio
que las vendieran y con esa agresiva política salieron a ganar participación de mercado. "Con aquella
estrategia pasamos a ser el segundo vendedor de vehículos de la Argentina, pero ahora las
condiciones son otras", dijo el lunes el ejecutivo. "Básicamente, hoy estamos operando a pérdida".
-¿Es sólo por el precio del dólar?
-A fines de 2015 teníamos capacidad excedente de producción en Brasil y una demanda reprimida
en la Argentina, sumada a la restricción de importaciones y a varios tipos de cambio. Era un escenario
con altos márgenes de ganancia, poca competencia y una fuente de provisión de productos que era
Brasil. En estos dos años el escenario cambió. Brasil ya no tiene tanta capacidad excedente de
producción y hubo una apreciación del real. Y acá en la Argentina, en dos años, la cotización del
dólar pasó de $15,90 en 2016 a prácticamente $ 21 hoy, con una tendencia que por el momento no
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sabemos hasta dónde llegará. De modo que habrá aumentos de precios. Ya hemos visto esa
tendencia en marzo, alrededor de 3% para toda la industria.
-Por arriba de la inflación de febrero.
-Pero por debajo de la devaluación. Lo que impacta más en esta industria es la devaluación y no la
inflación.
-En el primer bimestre también hubo aumentos.
-Hubo aumentos en enero y también en febrero. Pero se aceleró hacia marzo. Ahora en abril veremos
qué se empieza a ver.
-Un acumulado de 5% a 6%, frente a una devaluación del 15%.
-No hablo en nombre de toda la industria, pero creo claramente que el tema precios se va a acelerar.
Desde nuestro punto de vista creo que va a ser así. Además está toda la venta del año pasado. Hubo
un impacto en el tipo de cambio que influyó muchísimo en los costos y no encontró todavía un
camino.
-¿Cuánto están perdiendo?
-No puedo dar números específicos. Pero la situación en la que estamos operando hoy no es la ideal
y no está alineada con la estrategia de inversiones que tenemos a futuro. Eso no significa que
vayamos a cambiar las inversiones, porque creo que el mercado se va a normalizar. Seguimos
mirando al Mercosur como un lugar donde invertir, tal como lo anunciamos el año pasado en Rosario.
Y estamos trabajando para otra inversión más todavía, en Rosario y en otras plantas del Mercosur.
-¿Por qué un desfasaje en los precios termina cuestionando toda una inversión?
-Si este desequilibrio fuera a largo plazo, uno revisaría sus planes de inversión. Si aplicase a los
modelos de retorno de inversión de largo plazo la coyuntura de hoy en día me diría que
probablemente no es una buena idea invertir. Pero creo que es una situación de corto plazo que
tiene que ver con el ajuste de la industria a la evolución del tipo de cambio y no le quita atractivo al
Mercosur en el mediano plazo.
-En 2017 los patentamientos de 0 km crecieron 27%. ¿Si suben los precios puede haber
una caída de los patentamientos?
-La demanda sigue muy fuerte. El mercado depende de muchas variables, incluida la percepción del
auto como refugio de valor. Pero sigo viendo una demanda muy pujante.
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-Los autos son muy caros en comparación a otras partes del mundo.
-Siempre está la discusión de que los autos en Argentina y Brasil son caros, pero no hay que olvidarse
que en el precio de un auto hoy día hay más de 50% de impuestos. Si bien tenemos mucho que
hacer desde el punto de vista de eficiencia operativa, productividad, reducción de costos,
competitividad, también hay una carga impositiva que es el factor principal del desfasaje de precios,
comparado con otros mercados.
Fonte: https://www.clarin.com/economia/automotriz-baja-guerra-ofertas_0_BkxueuAtz.html
LA NACION (ARGENTINA)
www.lanacion.com.ar
Economía
Cayeron los precios de la soja y del trigo por el clima en la Argentina y en
EE.UU.
20 de marzo de 2018
Por Dante Rofi
as lluvias caídas en zonas agrícolas de la Argentina y de los Estados Unidos fueron las principales
responsables ayer de la fuerte caída de las cotizaciones de la soja y del trigo en el mercado
estadounidense de granos, por su eventual impacto positivo sobre los cultivos.
En el caso de la oleaginosa, las pizarras de la Bolsa de Chicago reflejaron quitas de 9,92 y 9,83
dólares sobre los contratos mayo y julio, cuyos ajustes resultaron de 375,71 y 379,75 dólares por
tonelada. Peor fue la caída para la harina de soja, que resignó un 3,8% de su valor, al descender de
411,82 a 395,28 dólares por tonelada.
Para los operadores estadounidenses, las lluvias caídas en el norte y en el sudeste de Buenos Aires
y en el sur de las provincias de Córdoba y de Santa Fe pueden contribuir a ponerle un freno a las
pérdidas productivas de la cosecha de soja argentina, en tanto que las precipitaciones previstas para
zonas del NOA y del NEA podrían mejorar los rindes de los cultivos tardíos.
La reacción de los administradores de los grandes fondos de inversión ante la noticia fue liquidar
contratos de soja y de harina, en una jornada en la que primaron las ventas, también, en el mercado
de los cereales. Este movimiento de los especuladores fue el que exacerbó la tónica bajista de los
precios.
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Cabe agregar que para la soja hay varios factores con potencial bajista que estuvieron dentro del
análisis de los operadores, como la abundante cosecha de soja de Brasil, que acentuará la
competencia con la mercadería exportable de los Estados Unidos; las posibles represalias chinas ante
el anunciado cobro de aranceles a productos procedentes del país asiático y la chance de que resulte
récord la superficie sembrada con la oleaginosa en la nueva campaña estadounidense 2018/2019.
En el mercado doméstico, pese a que buena parte de los operadores sostuvo que las lluvias del fin
de semana resultaron insuficientes para las necesidades de los cultivos, las bajas externas tuvieron
un fuerte impacto. En efecto, los compradores redujeron de 5800 a 5600 pesos por tonelada su
propuesta por la tonelada de soja con entrega inmediata sobre las terminales del Gran Rosario. Ante
esta caída, el volumen operado fue casi inexistente
La soja de la nueva cosecha, con entrega en mayo, se cotizó a US$280 por tonelada en el Gran
Rosario, con una baja de 5 dólares, y a US$272 en Bahía Blanca y en Necochea, con quitas de 8
dólares.
En el Mercado a Término de Buenos Aires (Matba), las posiciones mayo y julio de la soja perdieron
6 y 5,40 dólares, mientras que sus ajustes fueron de 292 y 297,50 dólares por tonelada.
Cultivos de invierno
Para el trigo de los Estados Unidos la jornada fue muy negativa, producto de las lluvias caídas ayer
sobre las Grandes Planicies, donde se desarrollan las variedades de invierno, que comprenden cerca
del 75% de la oferta total del grano fino estadounidense.
En la Bolsa de Kansas, los contratos mayo y julio del trigo cayeron 10,75 y 10,47 dólares, al cerrar
con ajustes de 172,79 y 179,31 dólares por tonelada. En Chicago, las mismas posiciones resignaron
6,25 y 6,34 dólares, en tanto sus valores de ajuste fueron de 165,62 y 171,87 dólares.
El por qué de la dimensión de las bajas estuvo en el hecho de que las mayores lluvias, con picos de
50 milímetros, se dieron sobre Kansas, que es el principal Estado productor de trigo de los Estados
Unidos, con 9,1 millones aportados en 2017, y en Dakota del Norte, el segundo mayor proveedor,
con 6,5 millones en la campaña precedente. En ambos las precipitaciones eran muy necesarias para
contribuir a revertir el déficit hídrico de los suelos.
A diferencia de la soja, el mercado físico local no tuvo en cuenta las bajas externas, dada la necesidad
de mercadería de los exportadores y lo difícil que les está resultando conseguir oferta. En ese
escenario, los compradores volvieron a proponer US$205 por tonelada del cereal para Bahía Blanca
y US$200 para Necochea. En el Gran Rosario el valor del trigo subió de 3750 a 3800 pesos.
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Mínimo fue el impacto de las bajas externas sobre el Matba, donde las posiciones julio y enero
bajaron 2 y 1,70 dólares, al cerrar con ajustes de 208 y 191,80 dólares.
Acerca del maíz, los contratos mayo y julio en Chicago perdieron ayer US$3,05 y terminaron la rueda
con ajustes de 147,63 y 150,88 dólares.
En el mercado local, la demanda pagó $3400 por tonelada de maíz para el Gran Rosario, $100 menos
que el viernes; US$175 para Bahía Blanca, con una quita de US$5, y $3500 para Necochea, sin
cambios.
Fonte: https://www.lanacion.com.ar/2118464-cayeron-los-precios-de-la-soja-y-del-trigo-por-el-
clima-en-la-argentina-y-en-eeuu
Economía
Macri mide la recuperación de todos los sectores productivos
Apuesta al efecto del repunte industrial de Brasil; mantiene el optimismo por los
servicios y la preocupación por la sequía
20 de marzo de 2018
Luego de la tensión con el sector industrial por la falta de inversiones, el presidente Mauricio Macri
comenzó a analizar la velocidad de recuperación de los distintos sectores de la economía real.
Para 2018 apuesta a la expansión del turismo, el sector aerocomercial, el automotor, la agroindustria,
los servicios basados en el conocimiento, la construcción privada, la obra pública, el litio y la energía,
especialmente la eólica y la solar.
Según pudo saber LA NACION de altas fuentes oficiales, el plan de desburocratización, que debate
el Congreso por ley, y la recuperación de Brasil, cuyo PBI crecería más de 3% este año, son las
grandes esperanzas en Olivos para provocar un salto en las inversiones.
"El Presidente habla de turismo, la revolución aérea, el litio en el norte y las energías renovables",
confió un alto funcionario. En el año previo a la campaña por la reelección en 2019, Macri apuesta a
que el crecimiento supere el 3% para que sea visible.
"Un factor importante será el consumo. Hay recuperación del mercado laboral, generación de empleo
y recuperación del salario real por encima de 2015. Además, la reducción de la inflación y la reforma
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tributaria con un sendero de baja de impuestos garantizan más rentabilidad", aseguró un allegado a
Macri.
Las proyecciones oficiales indican que las inversiones crecerán un 17% en 2018, frente a un 11%
de 2017. Los servicios, el agro y la industria lideraron el crecimiento del 2,8% del PBI el año último.
Apuesta industrial a Brasil
La recuperación de Brasil, dicen en el Gobierno, beneficiaría al sector automotor, de los químicos,
algunos alimentos y al sector industrial en general. Por cada tres puntos que crece Brasil, la Argentina
agrega un punto más al PBI, proyectan en Olivos.
El sector automotor tuvo ventas récord en 2017 y en febrero último hubo récord de patentamientos.
La producción podría aumentar un 20% en 2018 y las exportaciones, un 40%, señaló un funcionario.
También hicieron punta los insumos de la construcción como acero, aluminio, metales básicos, y el
cemento. La metalmecánica creció por la explosión de maquinaria agrícola, los agroquímicos, los
fertilizantes y la petroquímica.
De todos modos, la proyección de las exportaciones es de solo 6,9% para 2018, con la perspectiva
de pasar de 58.000 millones a 62.000 millones de dólares.
El rojo en el sector industrial se explica básicamente por los sectores textil, del calzado y de algunas
economías regionales. Las empresas de menor tamaño tuvieron problemas importantes de
competitividad y precio.
Un salvavidas es el programa que dirige el secretario de Transformación Productiva, Lucio Castro, y
ejecuta el subsecretario de Articulación Federal, Guillermo Acosta, con 200 empresas inscriptas.
En el sector de alimentos se produjeron resultados mixtos: el consumo de carne subió fuertemente;
el sector de lácteos se estancó por el efecto Sancor y la reestructuración del sector, y en bebidas fue
afectado por la baja del consumo masivo.
"La Argentina necesita inversión y la buena noticia es que Brasil y nosotros estamos creciendo, el
motor de la inversión", se esperanzan en la Casa Rosada. "La industria aportó casi medio punto de
crecimiento", dicen.
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Optimismo por los servicios
Los servicios son una apuesta fuerte del Presidente porque permitirían crear empleo donde la
industria está expulsando mano de obra por efecto de la tecnología y la robotización.
En Olivos, en tanto, señalan como una locomotora a los "servicios basados en conocimiento":
software, servicios profesionales y empresariales, consultorías, contabilidad, recursos humanos,
audiovisuales, contenidos, productoras y comercio virtual.
Sus exportaciones crecieron un 20% en 2017, emplea medio millón de personas y tiene salarios por
encima de la media.
Pero la niña bonita del último año fue el turismo y las perspectivas de este año son mejores. La
hotelería y los restaurantes crecen en ventas y empleo.
Macri busca contagiar a las economías regionales con el turismo y la construcción, gracias a la obra
pública y al crédito hipotecario.
Pero hay servicios con resultados mixtos, como el comercio. Por un lado las grandes cadenas
mayoristas o de farmacias se expanden, pero contrastan con los pequeños comercios, con altos
niveles de informalidad y baja productividad.
Preocupación por la sequía
Una de las grandes preocupaciones de Macri es que el complejo cerealero oleaginoso, que se
encuentra muy afectado por la sequía (más allá de la lluvia del fin de semana) y recortó previsiones.
Como consecuencia, se prevé menor volumen de exportaciones, aunque a mayores precios. "Ahora
llovió y el partido no está 100% jugado", dicen en Balcarce 50. Así y todo, lideró las exportaciones
en 2017, con el 31,7% del total.
En la lechería, castigada desde el kirchnerismo, el Ministerio de Agroindustria, que encabeza Luis
Miguel Etchevehere, informó que se produjeron 10.360 millones de litros, un 2,38% más que 2016.
Para el primer bimestre de 2018 estiman un salto del 14% respecto de igual período anterior.
Pronostican inversiones en las grandes jugadoras, como Mastellone, Saputo, Williner y Vacalin, entre
otras, como también en pymes. "Este año vamos a crecer en exportaciones después de dos años de
caída", dijo un allegado a Etchevehere.
Para el sector de agricultura anticipan un récord de trigo de 18,5 millones de toneladas en la última
cosecha en medio de la sequía más grande los últimos 50 años.
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En 2017, el sector porcinos fue récord, con 6 millones de cabezas, un 8,4% más que en 2016; en
harinas se exportó casi un millón de toneladas, y los pollos crecieron el 2,9% respecto de 2016.
Por: Mariano Obarrio
Fonte: https://www.lanacion.com.ar/2118478-macri-mide-la-recuperacion-de-todos-los-sectores-
productivos
Paraguai
ABC COLOR (PARAGUAI)
www.abc.com.py
Mundo
Corea del Sur promete abrirá en “breve” negociación con Mercosur
Por EFE
BRASILIA. El primer ministro de Corea del Sur, Nak-Yon Lee, se reunió con el presidente
de Brasil, Michel Temer, a quien prometió abrir “en breve” una negociación con el
Mercosur, informaron fuentes oficiales.
19 DE MARZO DE 2018 19:46
El acuerdo entre Corea del Sur y Mercosur, bloque integrado por Brasil, Argentina, Uruguay y
Paraguay, fue abordado durante el encuentro que ambos mandatarios mantuvieron en el marco del
Foro Mundial del Agua, que inició hoy en Brasilia.
Las negociaciones del Mercosur también fueron discutidas durante una reunión que Temer mantuvo
con el primer ministro de Marruecos, Saad Dine El Otomani, según un comunicado de la Presidencia
brasileña.
Ambos líderes hablaron sobre la “necesidad” de cerrar un pacto entre el Mercosur y Marruecos, cuya
negociación fue retomada en noviembre del año pasado, y conversaron sobre la “cooperación
agropecuaria” entre ambos países.
El primer ministro marroquí también expresó el deseo de las compañías de su país de adquirir más
aeronaves del fabricante brasileña de aeronaves Embraer y relató el “gran número” de pasajeros en
los vuelos entre Sao Paulo y Río de Janeiro con la ciudad de Casa Blanca.
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Marruecos espera también los detalles para una nueva ruta entre Fortaleza, capital del estado
brasileño de Ceará (nordeste), y Casablanca.
Fonte: http://www.abc.com.py/internacionales/corea-del-sur-promete-abrira-en-breve-negociacion-
con-mercosur-1685296.html
ULTIMA HORA (PARAGUAI)
www.ultimahora.com
Economía
En abril se cerrará el tratado con la UE, adelantó Loizaga
El canciller nacional Eladio Loizaga adelantó que en el mes de abril se cerraría
definitivamente el proceso de negociación del Tratado de Libre Comercio (TLC) entre
Mercosur y la Unión Europea (UE), luego de casi 20 años.
20 de marzo de 2018, 01:00
El diplomático reflexionó sobre los avances de este tratado durante un panel en el Diálogo Público-
Privado de Alto Nivel, ayer.
Reconoció que en estos momentos aún están “consensuando temas hacia adentro del Mercosur que
son un poco sensibles”. No obstante, aseguró que en abril ya se cerrará el proceso.
Así también informó que entre esta semana y la próxima se reunirá con los comisarios de Agricultura
e Industria de la Unión Europea (UE), agregó.
Destacó que en el último tramo de la negociación se vio “un renacimiento del proteccionismo” por
parte de Europa. Así también reivindicó la función del Mercosur y dijo que el bloque “ha vuelto a sus
orígenes”.
Fonte:http://www.ultimahora.com/en-abril-se-cerrara-el-tratado-la-ue-adelanto-loizaga-
n1138956.html
Brasil reglamenta las tiendas francas y enciende la alarma
Por Wilson Ferreira
Incertidumbre. Lo que más preocupa en Ciudad del Este es la reducción de la cota de
compra de los compristas.
Finalmente, ayer, la Receita Federal del Brasil publicó en el Diario Oficial de la Unión (DOU) la
reglamentación del funcionamiento de las tiendas francas en ciudades de fronteras, entre ellas Foz
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de Yguazú. Se trata de la Instrucción Normativa N° 1.799, que complementa la Resolución del
Ministerio de Hacienda número 307/2014, que crea el Régimen Aduanero para este sistema de
comercio.
El hecho encendió la alarma entre los comerciantes de Ciudad del Este, que ven en el nuevo régimen
una dura competencia para el comercio local, sobre todo porque su funcionamiento implica la
reducción de la cota de compra de brasileños en el lado paraguayo de 300 a 150 dólares.
El documento refiere que podrán comercializar exclusivamente mercaderías inscriptas en el régimen
aduanero especial de las tiendas francas. Productos importados deberán poseer declaración en el
sistema integrado de comercio exterior. Los artículos de producción brasileña necesitarán nota fiscal
electrónica. El sistema de compra es similar al que rige para los que compran en Ciudad del Este. La
cota será de 300 dólares y podrán comprar por esa suma cada 30 días.
“Vamos a trabajar en conjunto con el Concejo de Desarrollo de Foz de Yguazú y la Cámara de
Comercio de Ciudad del Este. Hay que sentarse con los brasileños; todavía se puede hacer algo”,
refirió Natalia Ramírez Chan, presidenta del Concejo de Desarrollo de Ciudad del Este (Codeleste),
al analizar la situación.
“Yo sé que todavía falta para que se instalen y, como dice el ministro (Gustavo) Leite, toda
competencia es buena; sí es cierto, es buena siempre y cuando nosotros tengamos las mismas
condiciones, no como ahora donde vamos a estar en total desventaja. Nosotros solo vamos a tener
el cupo de 150 dólares y no sé cómo vamos a competir. Solamente con productos de baja calidad,
productos muy pequeños lo que vamos a poder venderles a los brasileños en forma legal y no vamos
a poder tener una estructura grande”, añadió la empresaria al manifestar su preocupación.
Comentó que ella, que no vende ni un solo producto que se puede encontrar en un duty free, se
verá afectada porque sostiene que los compristas ya no querrán cruzar a Ciudad del Este para mirar,
teniendo en cuenta que solo dispondrán de 150 dólares para comprar. “Es muy grave todo”, dijo.
Insistió en que Brasil también tiene que preocuparse de lo que puede pasar en la frontera, con el
índice de desempleo que se puede generar, que solo acarreará el aumento del índice de violencia,
crímenes, tráfico de todo lo que sea ilegal, que puede crecer de manera exponencial. “Si quieren
matar el comercio te imaginás cuántas personas vivimos acá y todos, quiérase o no, dependemos
de este comercio finalmente. Si no existe más este comercio, cuánta gente va a quedar sin empleo,
que la fábrica no va a poder absorber. No sé qué va a pasar de la ciudad”, lamentó.
La preocupación no solo es en Ciudad del Este, pues en Foz de Yguazú las opiniones están divididas.
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Fonte: http://www.ultimahora.com/brasil-reglamenta-las-tiendas-francas-y-enciende-la-alarma-
n1138960.html
Uruguai
EL OBSERVADOR (URUGUAI)
https://www.elobservador.com.uy
Mundo
Luego de 135 años, Bolivia va de nuevo por una salida al Pacífico
Marzo 19, 2018 16:56
La disputa en la Corte Internacional de Justicia de La Haya ingresó en su última etapa
Fue hace 135 años que Bolivia perdió su salida al mar en manos de Chile tras la Guerra del Pacífico
(1879-1883). Pero el reclamo no cesó jamás y este lunes se volvió a escuchar, en este caso, en la
Corte Internacional de Justicia. Allí Bolivia denunció el intento de Chile de "repudiar" una eventual
obligación de negociar un acceso al océano Pacífico para el país andino, al inicio de la última fase de
su disputa ante este tribunal.
Bolivia argumenta que Chile ofreció en diferentes momentos solucionar el tema de un acceso
soberano al mar tras la guerra del siglo XIX, cuando Bolivia perdió 120.000 km2 de territorio y sus
únicos 400 km de costa. Pero, a juicio del gobierno boliviano, sus vecinos del sur nunca cumplieron
con esa obligación jurídica.
"No hay asuntos territoriales pendientes" con Bolivia, dijo en 2011 el presidente de Chile, Sebastián
Piñeira, quien asumió el liderazgo del país de nuevo hace una semana. Para Bolivia, las palabras del
presidente chileno representaron la consagración del incumplimiento.
"Chile ha reconocido por más de un siglo el derecho de Bolivia de obtener un acceso soberano al
océano Pacífico" mediante "acuerdos, promesas unilaterales y prácticas diplomáticas", defendió el
presidente boliviano, Evo Morales, en una rueda de prensa en un hotel de La Haya.
Morales, que aspira a su reelección en 2019, viajó de forma inusual a La Haya como parte de la
delegación boliviana.
El objetivo de su gobierno, que este lunes centró sus alegatos en cuestiones históricas, es que Chile
regrese a una mesa de negociación, pero no le pidió a la Corte creada en 1945 para resolver disputas
entre Estados que fijara las modalidades específicas del acceso soberano al mar.
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Bolivia, que suele denunciar el impacto económico de las huelgas en aduanas y puertos chilenos,
argumentó ante los magistrados que, de tener acceso al mar, el crecimiento anual de su PIB sería
al menos 20% mayor. "Nuestro país sufre limitaciones en su crecimiento y desarrollo", dijo Morales.
La tesis de Chile es que si bien, a lo largo de su historia, ha dialogado con Bolivia para mejorar su
acceso al Pacífico, no lo ha hecho como un reconocimiento de una obligación jurídica pendiente, sino
como un acto de buena vecindad.
Desde Chile, el inquilino del Palacio de la Moneda reiteró también la posición de su país de que no
tienen nada que negociar, pero abrió la puerta a "escuchar y dialogar con Bolivia" como "la mejor
forma de conducir las relaciones entre dos países vecinos".
Actualmente, Bolivia puede utilizar los puertos marítimos chilenos, tal como prevé el Tratado de Paz
de 1904, donde "Chile reconoce en favor de Bolivia, y a perpetuidad, el más amplio y libre derecho
de tránsito comercial por su territorio y puertos del Pacífico".
Con los alegatos orales, que terminan el 28 de marzo, esta histórica disputa entre ambos países
sudamericanos ante la CIJ entra en su última fase antes de fallo, que suele llegar meses después.
Fonte: https://www.elobservador.com.uy/luego-135-anos-bolivia-va-nuevo-una-salida-al-pacifico-
n1191062