Clipping Valter Nagelstein Julho 2011

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Jornal do Comércio - Porto Alegre Política Sexta-feira e fim de semana 15, 16 e 17 de julho de 2011 21 Partidos Samir Oliveira [email protected] Lideranças do PSDB paranaense manifestaram surpresa com a carta em que o ex-deputado federal e pré-candidato à prefeitura de Curitiba Gustavo Fruet anunciou, na quarta-feira, sua desfiliação do partido. O líder do governo na Assembleia Legisla- tiva do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSDB- -PR), classificou a atitude de Fruet de traição. O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), também se disse surpreso com a atitude de Fruet e afirmou desconhecer as razões de sua decisão. De acordo com Fruet, a decisão de deixar a sigla, onde estava filiado há sete anos, foi tomada após não obter do partido o aval para disputar a prefeitura de Curiti- ba, no ano que vem. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou nesta quinta-fei- ra, durante palestra no congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em “primeiro mandato” do governo Dilma Rousseff (PT). “A presidente Dilma vai fazer mais e melhor do que nós fize- mos. Ela vai inaugurar até o final do mandato, digo, deste primeiro mandato, obviamente, mais 200 escolas técnicas”, disse no discurso que abriu o 2º encontro do Prouni (Programa Universidade para To- dos), que faz parte da programa- ção do congresso da UNE. Em uma palestra de 40 minu- tos, Lula disse ainda que Dilma, por ser mulher, tem sofrido mais preconceito que ele sofreu por ser nordestino. “Todo mundo diz que é favorável à sociedade igualitária desde que quem limpe a casa seja mulher.” O ex-presidente também des- tacou o trabalho que o ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), presente no congresso da UNE, tem realizado. “Haddad é um compa- Depois do ato político de quarta-feira no PT de Porto Alegre, ficou evidente o distanciamento que a sigla pretende manter em relação ao prefeito José Fortunati (PDT), que é candidato à reeleição em 2012. No evento, lideranças pe- tistas reforçaram o discurso de que o partido terá candidatura própria na Capital e intensificaram críticas à gestão do pedetista. Apesar de serem aliados no governo do Estado e no governo federal, a situação do PT e do PDT é diferente em Porto Alegre, onde os petistas fazem oposição a Fortu- nati. A base de apoio do prefeito na Câmara Municipal é formada por PDT, PMDB, PTB, PP, PSDB e PPS. Mesmo assim, Fortunati - que PT da Capital acentua críticas a Fortunati Após ato pró-candidatura própria à prefeitura de Porto Alegre, petistas sepultam possibilidade de aliança com o PDT era filiado ao PT até 2001 - resolveu convidar os petistas a comporem sua gestão, no dia 16 de maio des- te ano. O movimento prepararia o terreno para viabilizar uma alian- ça para 2012. Mas foi recusado por unanimi- dade pelo diretório porto-alegrense do PT. Apesar da negativa, petistas declaravam publicamente, na épo- ca, que as negociações poderiam evoluir com a aproximação das eleições do próximo ano. Entretanto, lideranças do PT de Porto Alegre não economiza- ram ataques à administração de Fortunati durante o lançamento da Carta a Porto Alegre, na quarta- -feira. O presidente do diretório da Capital, vereador Adeli Sell, proje- ta que o partido não fará alianças com o prefeito no ano que vem. “A cada dia que passa torna-se mais difícil, devido à manutenção de compromissos com partidos e personalidades que se chocam com a nossa visão de gestão”, cri- ticou Adeli. No evento de quarta-feira, o presidente do PT gaúcho, deputado estadual Raul Pont, reclamou que Fortunati pendeu “mais pra lá do que pra cá”. “Achávamos que, com a saída de (José) Fogaça (PMDB), Fortunati sinalizasse mais pra cá do que pra lá. Mas ele foi chamar pessoas que estavam no governo Yeda (Crusius, PSDB), aí fica difí- cil”, queixou-se o parlamentar. Adeli, que deseja ser o candi- dato do PT à prefeitura de Porto Alegre, já está articulando negocia- ções para atrair aliados na disputa de 2012. Ele considera que é possí- vel, inclusive, conquistar integran- tes da base de Fortunati. “Nem todos os partidos que estão com ele hoje necessariamen- te ficarão. Temos um diálogo muito estreito com o PTB.” O petista informa que tam- bém conversa com o PP e que já se reuniu com o presidente metro- politano do partido, Tarso Boelter, e com o presidente estadual, Pedro Bertolucci. E solicitou, ainda, uma agenda com a senadora Ana Amé- lia Lemos (PP). “A tendência é que o PT terá candidatura própria, não estará sozinho e moverá montanhas para voltar ao paço municipal”, avalia Adeli. Durante a tarde de ontem, o secretário de Indústria, Produção e Comércio de Porto Alegre, Val- ter Nagelstein (PMDB), criticou as administrações petistas na Capital em sua página no Twitter (http:// twitter.com/valtern). As declara- ções foram uma reposta à fala do ex-prefeito João Verle (PT), que na quarta-feira disse que “o Orçamen- to Participativo hoje é uma farsa”. Nagelstein escreveu em sua página que “João Verle afirmar que fizemos do OP uma ‘farsa’ mostra que de fato ele está fora da cidade, se é que um dia este- ve dentro”. E ainda lembrou da situação que o ex-prefeito Fogaça encontrou na administração mu- nicipal em 2005. “Verle esqueceu de dizer que quando acabou a gestão petista em Porto Alegre ficamos dois anos sem linhas de crédito, fruto do de- sequilíbrio fiscal deixado”, dispa- rou o peemedebista. O prefeito José Fortunati foi procurado pela repor- tagem, mas não deu retorno até o fechamento desta edição. A deputada federal Manue- la d’Ávila (PCdoB), que deseja concorrer à prefeitura de Porto Alegre em 2012, considera que é legítimo o PT constituir candi- datura própria na disputa. A co- munista tenta atrair os petistas para o seu palanque e já conta com o apoio do PSB. A ideia da candidatura pró- pria foi reforçada no PT após quarta-feira, quando um ato político do diretório da Capital reforçou a intenção. Na ocasião, foi divulgada uma Carta a Por- to Alegre, na qual os petistas marcaram posição favorável ao “protagonismo” do partido. Manuela diz que leu o do- cumento e não considera um afastamento em relação à sua candidatura. “Temos um diag- nóstico muito semelhante em relação aos problemas da ci- dade. Não vi nenhuma contra- dição entre esse movimento legítimo do PT e nosso desejo de constituir a unidade do nos- so campo político”, observou a comunista, em referência ao le- que de alianças que compõe o governo de Tarso Genro (PT) no Estado - PT, PSB, PCdoB, PDT, PTB e PRB. Manuela diz que é legítimo o PT trabalhar por cabeça de chapa Em congresso da UNE, Lula fala em ‘primeiro mandato’ de Dilma Rousseff nheiro que, sem dúvida nenhuma, marcará a história do País como mi- nistro da Educação que mais exer- ceu a democracia na relação com os estudantes e com os professores.” Questionado se irá apoiar a candidatura de Haddad à prefeitura de São Paulo em 2012, Lula sorriu e disse que não poderia falar com a imprensa naquele momento. O con- gresso da UNE termina no domin- go, em Goiânia. Nesse dia acontece a eleição para o novo presidente da instituição, que substituirá Augusto Chagas. Cerca de 1,5 milhão de es- tudantes de todo o País estão parti- cipando do encontro. O candidato favorito ao posto, Daniel Iliesco, disse que pretende lutar por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) aplicado à educação e que quer se aproximar do governo Dilma. PSDB do Paraná se sente traído com a saída de Fruet Ex-presidente elogiou ministro Haddad (d) no evento em Goiânia ANTONIO CRUZ/ABR/JC Av. Protásio Alves, 2325 - Petrópolis - POA/RS POA: 51 3333-3395 | 3332-0027 www.roupanovamodas.com.br ROUPA NOVA venda e aluguel para festas

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Jornal do Comércio - Porto Alegre

Política

Sexta-feira e fim de semana15, 16 e 17 de julho de 2011 21

Partidos

Samir [email protected]

Lideranças do PSDB paranaense manifestaram surpresa com a carta em que o ex-deputado federal e pré-candidato à prefeitura de Curitiba Gustavo Fruet anunciou, na quarta-feira, sua desfiliação do partido. O líder do governo na Assembleia Legisla-tiva do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSDB--PR), classificou a atitude de Fruet de traição. O

governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), também se disse surpreso com a atitude de Fruet e afirmou desconhecer as razões de sua decisão. De acordo com Fruet, a decisão de deixar a sigla, onde estava filiado há sete anos, foi tomada após não obter do partido o aval para disputar a prefeitura de Curiti-ba, no ano que vem.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou nesta quinta-fei-ra, durante palestra no congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em “primeiro mandato” do governo Dilma Rousseff (PT).

“A presidente Dilma vai fazer mais e melhor do que nós fize-mos. Ela vai inaugurar até o final do mandato, digo, deste primeiro mandato, obviamente, mais 200 escolas técnicas”, disse no discurso que abriu o 2º encontro do Prouni (Programa Universidade para To-dos), que faz parte da programa-ção do congresso da UNE.

Em uma palestra de 40 minu-tos, Lula disse ainda que Dilma, por ser mulher, tem sofrido mais preconceito que ele sofreu por ser nordestino. “Todo mundo diz que é favorável à sociedade igualitária desde que quem limpe a casa seja mulher.”

O ex-presidente também des-tacou o trabalho que o ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), presente no congresso da UNE, tem realizado. “Haddad é um compa-

Depois do ato político de quarta-feira no PT de Porto Alegre, ficou evidente o distanciamento que a sigla pretende manter em relação ao prefeito José Fortunati (PDT), que é candidato à reeleição em 2012. No evento, lideranças pe-tistas reforçaram o discurso de que o partido terá candidatura própria na Capital e intensificaram críticas à gestão do pedetista.

Apesar de serem aliados no governo do Estado e no governo federal, a situação do PT e do PDT é diferente em Porto Alegre, onde os petistas fazem oposição a Fortu-nati. A base de apoio do prefeito na Câmara Municipal é formada por PDT, PMDB, PTB, PP, PSDB e PPS.

Mesmo assim, Fortunati - que

PT da Capital acentua críticas a FortunatiApós ato pró-candidatura própria à prefeitura de Porto Alegre, petistas sepultam possibilidade de aliança com o PDT

era filiado ao PT até 2001 - resolveu convidar os petistas a comporem sua gestão, no dia 16 de maio des-te ano. O movimento prepararia o terreno para viabilizar uma alian-ça para 2012.

Mas foi recusado por unanimi-dade pelo diretório porto-alegrense do PT. Apesar da negativa, petistas declaravam publicamente, na épo-ca, que as negociações poderiam evoluir com a aproximação das eleições do próximo ano.

Entretanto, lideranças do PT de Porto Alegre não economiza-ram ataques à administração de Fortunati durante o lançamento da Carta a Porto Alegre, na quarta--feira. O presidente do diretório da Capital, vereador Adeli Sell, proje-ta que o partido não fará alianças com o prefeito no ano que vem.

“A cada dia que passa torna-se

mais difícil, devido à manutenção de compromissos com partidos e personalidades que se chocam com a nossa visão de gestão”, cri-ticou Adeli.

No evento de quarta-feira, o presidente do PT gaúcho, deputado estadual Raul Pont, reclamou que Fortunati pendeu “mais pra lá do que pra cá”. “Achávamos que, com a saída de (José) Fogaça (PMDB), Fortunati sinalizasse mais pra cá do que pra lá. Mas ele foi chamar pessoas que estavam no governo Yeda (Crusius, PSDB), aí fica difí-cil”, queixou-se o parlamentar.

Adeli, que deseja ser o candi-dato do PT à prefeitura de Porto Alegre, já está articulando negocia-ções para atrair aliados na disputa de 2012. Ele considera que é possí-vel, inclusive, conquistar integran-tes da base de Fortunati.

“Nem todos os partidos que estão com ele hoje necessariamen-te ficarão. Temos um diálogo muito estreito com o PTB.”

O petista informa que tam-bém conversa com o PP e que já se reuniu com o presidente metro-politano do partido, Tarso Boelter, e com o presidente estadual, Pedro Bertolucci. E solicitou, ainda, uma agenda com a senadora Ana Amé-lia Lemos (PP).

“A tendência é que o PT terá candidatura própria, não estará sozinho e moverá montanhas para voltar ao paço municipal”, avalia Adeli.

Durante a tarde de ontem, o secretário de Indústria, Produção e Comércio de Porto Alegre, Val-ter Nagelstein (PMDB), criticou as administrações petistas na Capital em sua página no Twitter (http://

twitter.com/valtern). As declara-ções foram uma reposta à fala do ex-prefeito João Verle (PT), que na quarta-feira disse que “o Orçamen-to Participativo hoje é uma farsa”.

Nagelstein escreveu em sua página que “João Verle afirmar que fizemos do OP uma ‘farsa’ mostra que de fato ele está fora da cidade, se é que um dia este-ve dentro”. E ainda lembrou da situação que o ex-prefeito Fogaça encontrou na administração mu-nicipal em 2005.

“Verle esqueceu de dizer que quando acabou a gestão petista em Porto Alegre ficamos dois anos sem linhas de crédito, fruto do de-sequilíbrio fiscal deixado”, dispa-rou o peemedebista. O prefeito José Fortunati foi procurado pela repor-tagem, mas não deu retorno até o fechamento desta edição.

A deputada federal Manue-la d’Ávila (PCdoB), que deseja concorrer à prefeitura de Porto Alegre em 2012, considera que é legítimo o PT constituir candi-datura própria na disputa. A co-munista tenta atrair os petistas para o seu palanque e já conta com o apoio do PSB.

A ideia da candidatura pró-pria foi reforçada no PT após quarta-feira, quando um ato político do diretório da Capital reforçou a intenção. Na ocasião, foi divulgada uma Carta a Por-to Alegre, na qual os petistas marcaram posição favorável ao

“protagonismo” do partido.Manuela diz que leu o do-

cumento e não considera um afastamento em relação à sua candidatura. “Temos um diag-nóstico muito semelhante em relação aos problemas da ci-dade. Não vi nenhuma contra-dição entre esse movimento legítimo do PT e nosso desejo de constituir a unidade do nos-so campo político”, observou a comunista, em referência ao le-que de alianças que compõe o governo de Tarso Genro (PT) no Estado - PT, PSB, PCdoB, PDT, PTB e PRB.

Manuela diz que é legítimo o PT trabalhar por cabeça de chapa

Em congresso da UNE, Lula fala em ‘primeiro mandato’ de Dilma Rousseff

nheiro que, sem dúvida nenhuma, marcará a história do País como mi-nistro da Educação que mais exer-ceu a democracia na relação com os estudantes e com os professores.”

Questionado se irá apoiar a candidatura de Haddad à prefeitura de São Paulo em 2012, Lula sorriu e disse que não poderia falar com a imprensa naquele momento. O con-gresso da UNE termina no domin-

go, em Goiânia. Nesse dia acontece a eleição para o novo presidente da instituição, que substituirá Augusto Chagas. Cerca de 1,5 milhão de es-tudantes de todo o País estão parti-cipando do encontro. O candidato favorito ao posto, Daniel Iliesco, disse que pretende lutar por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) aplicado à educação e que quer se aproximar do governo Dilma.

PSDB do Paraná se sente traído com a saída de Fruet

Ex-presidente elogiou ministro Haddad (d) no evento em Goiânia

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