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HISTÓRIAS DE VIDA DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS Vagner de Almeida Juan Carlos Raxach

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HISTÓRIASDE VIDADE PESSOASVIVENDOCOMHIV/AIDS

Vagner de Almeida

Juan Carlos Raxach

TALK SHOW

No dia 1º de setembro, a AssociaçãoBrasileira Interdisciplinar de AIDS(ABIA) deu início ao projeto “TerceiraIdade, Homossexualidade e Pre-venção das DSTs/HIV/AIDS”. O obje-

tivo é o de contribuir para a diminuição da vulnerabilidade dehomens que fazem sexo com homens (HSH) de terceira idade aoHIV e outras DSTs, com a melhora do acesso a informações cor-retas, atualizadas e adequadas sobre HIV/AIDS, saúde e DSTs.As atividades do projeto buscam também estimular a imple-mentação de políticas e ações de saúde para esta população ecriar referências culturais positivas sobre envelhecimento e ho-mossexualidade, resgatando a história comunitária e reforçandoas redes de apoio social.

Foram convidados vários homens HSH idosos para serem entre-vistados e filmados. Em seus depoimentos para o Talk Show cri-ado no projeto, relataram o que é ser homem gay e idoso noBrasil contemporâneo.

Aqui nesta cartilha, estão registradas algumas das entrevistascom esses protagonistas e homens, que falam abertamentesobre suas vidas e seus enfrentamentos na sociedade brasileira.

Direção e Roteiro: Vagner de AlmeidaCoordenação do Projeto: Vagner de AlmeidaAssistente de Projeto: Juan Carlos RaxachTempo: 100 MinCopias: (xxxx) 2012Gênero: DocumentárioClassificação: LivreDolby Digital DVD -VideoRealização: ABIA: Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDSE-mail: [email protected] – 2012 – Todos Direitos Reservados

APOIO:

HISTÓRIASDE VIDADE PESSOASVIVENDOCOMHIV/AIDS

Vagner de Almeida

Juan Carlos Raxach

TERCEIRA IDADE:Homossexualidade e Prevenção do HIVHISTÓRIAS DE VIDA DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS

Vagner de AlmeidaCoordenador do Projeto

Juan Carlos RaxachAssistente do Projeto

Revisão técnica: Vagner de Almeida e Juan Carlos Raxach

Revisão de texto: Marjorie Nepomuceno

Projeto gráfico e editoração eletrônica: A 4 Mãos Comunicação e Design

Fotos: Vagner de Almeida e Google

Distribuição GratuitaÉ permitida a reprodução, total ou parcial, dos textos desta publicação, desde quecitadas as fontes e autoria.

Entidade de Utilidade Pública Federal, Estadual e Municipal. Entidade de fins fi-lantrópicos.Av. Presidente Vargas, 446/13º andar – Centro – 20071-907 – Rio de Janeiro/RJ -BrasilTel. 21 - 22231040 | E-mail: [email protected] | Site: www.abiaids.org.br

Diretoria

Diretor-presidente:Richard Parker

Diretora vice-presidente:Regina Barbosa

Secretário-geral:Kenneth Rochel Camargo Jr.

Tesoureira:Francisco Inácio Bastos

SumárioINTRODUÇÃO ..............................................................................................3

O DIA MUNDIAL DO IDOSO .......................................................................4

ACEITE A DIVERSIDADE E EVOLUA COM SUA IDADE...............................4

ONDE ESTÃO INSERIDOS?..........................................................................4

TERCEIRA IDADE e O TIC-TAC DO RELÓGIO.............................................7

GAYS IDOSOS e CLASSES SOCIAIS .............................................................8

NÃO FORAM PREPARADOS PARA SEREM GAYS......................................10

ELES, CUIDADORES. MAS QUEM CUIDARÁ DELES?! ..................................

DEPRESSÃO e ISOLAMENTO SOCIAL .......................................................13

EXPULSOS DA SUA COMUNIDADE...........................................................15

POPULAÇÃO INVISÍVEL............................................................................16

O ESPELHO QUE EMBAÇA........................................................................18

ONDE IR e ONDE ENCONTRAR.................................................................19

TELEFONES ÚTEIS PARA A TERCEIRA IDADE..........................................34

Conselho de Curadores/as:Fernando Seffner, Jorge Beloqui, José Loureiro,Luiz Felipe Rios, Michel Lotrowska,Miriam Ventura, Ruben Mattos,Simone Monteiro, Valdiléa Veloso e Vera Paiva

Coordenação:Angela Donini, Juan Carlos Raxach,Sonia Corrêa, Vagner de Almeida eVeriano Terto Jr.

APOIO:

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Introdução

seguinte publicação produzida pela ABIAtem como objetivo trazer o leitor para os

debates relacionados ao envelhecimento, orien-tação sexual e o HIV/AIDS. Nos últimos anos,temos observado um crescimento no registro donúmero de casos de AIDS na população brasileirade idosos. Ainda que este aumento se distribuaentre homens e mulheres, o fato de a populaçãohomossexual masculina estar entre aquelas maisafetadas e vulneráveis ao HIV/AIDS, isto nos fazpensar sobre como os homossexuais mais idososestarão se prevenindo contra o HIV e outras DSTe como aqueles que estão envelhecendo evivendo com o HIV/AIDS.

Avaliamos que a melhor maneira de abordar estetema seria através da voz dos próprios homos-sexuais idosos, que nesta cartilha generosamentenos contam sobre suas vidas, seus dilemas,planos e experiências. Ao colocar a voz daquelesmais diretamente afetados, queremos estimular evalorizar seu protagonismo na elaboração depolíticas e ações que possam enfrentar os de-safios de ser homem e homossexual na TerceiraIdade em plena epidemia de HIV/AIDS.

Identificamos que um destes grandes desafios éo silêncio que ainda envolve as relações entrehomossexualidade e envelhecimento, o que setorna ainda mais desafiante quando a questão de

A

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forços de todos aqueles que buscam por maisqualidade de vida e cidadania plena para todosas pessoas homossexuais em todas as suas fasesde vida.

Queremos expressar um agradecimento a todosaqueles que participaram do projeto, e em espe-cial aqueles que aqui narram sobre suas vidas.

Boa leitura!

Juan Carlos RaxachAssistente do Projeto

Veriano Terto Jr.Coordenador Geral

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CACURA:Termo usado pela

comunidade gayjovem em algumas

regiões do Brasilpara se referenciar

aos gays idosos.

AIDS entra nesta relação. Mais recentemente, talsilêncio tem sido quebrado pelo aumento do re-gistro de casos de AIDS nesta população. Nãosabemos ainda ao certo se são casos de infecçõesnovas de HIV ou são pessoas que se infectaramhá 15, vinte anos atrás e que agora, por mais fa-cilidade de acesso ao teste para o HIV, ou peloaparecimento de sintomas da AIDS em seus cor-pos, são diagnosticadas nas unidades de saúde.A maneira como este aumento é tratado naopinião pública, muitas vezes revelam precon-ceitos, como aqueles que opinam que “velhos,ccaaccuurraass ou cacurucaias safados” já deveriam tercessado sua vida sexual ou opiniões sem base ci-entifica de que os medicamentos para disfunçãoerétil estariam entre os fatores responsáveis porum suposto aumento da freqüência de relaçõessexuais e portanto, de mais exposições ao HIV eoutras DST. No caso daqueles que são homosse-xuais ( e em especial, aqueles já soropositivospara o HIV), os estigmas acabam por promovermais isolamento, solidão e clandestinidade.

É importante conhecer as fontes de estigmasobre a população idosa de homens gays e com-bater as manifestações de preconceitos e dis-criminações, ao mesmo tempo em que sãonecessários estudos interdisciplinares e debatespúblicos sobre o tema que possam orientar açõese políticas mais adequadas às suas necessidades.Tais iniciativas certamente poderão reforçar a in-clusão social deste grupo populacional e con-tribuir para garantir os seus direitos humanos.Além de ampliar as fontes de informação sobresaúde, é objetivo somar a todo uma série de es-

Vagner de AlmeidaCoordenador do Projeto

Richard ParkerDiretor Presidente da ABIA

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O Dia Mundialdo Idoso

Em 01 de outubro de 1999, por recomendação daOrganização das Nações Unidas (ONU), se come-morou o Ano Internacional do Idoso, em reco-nhecimento ao fato de que a população mundialestá envelhecendo e de que isto pode significar,também, uma possibilidade de amadurecimentodos atos e das relações sociais, econômicas, cul-turais e espirituais da humanidade em geral, po-dendo contribuir, em muito, para a paz e odesenvolvimento globais, no século XXI.

O Secretário-Geral das Nações Unidas, KofiAnnan, fez um apelo, na época, para que todosos países cuidassem melhor dos seus idosos, in-cluindo o gênero, a sexualidade e a saúde dessapopulação. No mundo, 600 milhões de seres hu-manos têm mais de 60 anos.

1990 Lei nº 1.607:

Concede gratuidadenos transportes

coletivos inter-mu-nicipais do Estado do

Rio de Janeiro aosusuários com 60

(sessenta) anos deidade ou mais.

No mundo, 600 milhõesde seres humanos têm

mais de 60 anos.

1990Lei nº 1.703:Autoriza o atendi-mento prioritário aomaior de 60(sessenta) anos nas repartições públicas estaduais.

A importância do conhecimento e dacompreensão do tempo no período daTerceira Idade

Uma pessoa envelhece lentamente no decorrerde sua trajetória de vida. Muitas delas ainda pre-cisarão aprender a envelhecer e a reconhecer assuas limitações.

O tempo passou para todos mas, para alguns, oumuitos, que se agarraram no doce e cansado pás-saro da juventude, acabaram perdendo a tran-sição harmoniosa da idade plena para a idadeluz.

Quantos homens idosos HSHs entram nas es-tatísticas de catalogação, nos sensos mundiais?Com estatísticas mínimas ou quase nada repre-sentativas, acabam sendo empacotados namesma tabela heteronormativa e, assim, criandoum silêncio social dessas pessoas.

Aceite a diversidade eevolua com sua idade.

Onde estamosinseridos?

m nenhum lugar! Somos homens que,por força da natureza e/ou por termos

escolhido ser homossexuais, assumidos ou não,não estamos em lugar algum. Ocupamos espaçossem pertencer a esses lugares. Ocupamos os es-paços das obrigações e deveres, sem direitos, ouquase nenhum.

Crescemos sem saber que direção tomar. Muitasestradas, mas sem bússolas. Escolhemos cami-nhos e, muitas vezes, retornamos ao ponto ini-cial, recomeçando novamente. Nos ensinaram amultiplicar assim que nos tornássemos seres re-produtores. Não nos foi ofertada opção alguma,além disso.

Não me ensinaram a ser um homem que podia etinha desejo por outro homem.

Sofri muito e vejo outros tantos que sofrem,também, pois queria fazer parte de um núcleo,de um espaço, ter amigos e familiares. Artificial-mente, tenho tudo isto, mas não me sinto emlugar algum. Tive pais, irmãos, família biológicaque, ao perceberem-me assim, me colocaramcompletamente a margem. 1110

1991Lei nº 1.817:

Concede descontonos ingressos para

espetáculos realizados nas salas

de propriedade doEstado do Rio de

Janeiro aos cidadãosmaiores de 65

(sessenta e cinco)anos.

“E Saio, vou à esquina, vejo o mundo passar, tra-balho, vou ao cinema, ao teatro, tudo istoquando eu posso, mas sempre me sentido forado núcleo social. Às vezes, penso que as pes-soas nem me percebem a sua volta. No cinema,como a minha pipoca sozinho e sento nas late-rais da sala de exibição.

Sozinhos e rodeados de pessoas, sabemos quenão nos olham e, quando isto acontece, somos abicha velha, feia, barriguda, bunda caída, cara demaracujá maduro, daqueles bem enrugados. Jáouvi tudo isto. O estigma contra a pessoa idosae a discriminação fazem com que nós não este-jamos em lugar algum.

Olhem as Paradas Gays! Onde estamos ali? Somopessoas que, quando estamos no meio da multi-dão, ficamos na periferia, pois, temos medo denos misturar. De alguma forma, vamos nos sen-tir violentados, excluídos, a margem desse sis-tema tão feito para jovens, fortes, robustos,dotados de plena juventude. Ai, que saudades dajuventude.

O estigma contra a pessoa

idosa e a discriminação

fazem com que nós não

estejamos em lugar algum.

1991Lei nº 1.833: Concede entradagratuita nos estádios e ginásiosoficiais aos idosos.

1312

Amigos mais bem resolvidos na vida, falam queestão bem em seus grupos sociais, mas, na ver-dade, eu sei que não estão. Raros são os que nãoprecisam colocar o pijama, as chinelas e sentarna frente da televisão, com um prato de sopa,assistindo programas e novelas, todos os dias doano, sozinhos.

Na minha vizinhança, temos idosos de todas asformas e maneiras. Os heteros com suas famílias,algumas problemáticas outras nem tanto, os so-zinhos, os viúvos, os abandonados pelos fami-liares, eu e mais alguns que, também, de suasmaneiras, tentam disfarçar que a vida é dura eque, viver sozinho, é muito estressante.

Confesso que queria estar dentro de algumgrupo, esses tipos de grupos de igrejas, bingos,mas não me sinto bem em lugar nenhum.

Na igreja, os discursos e as perguntas para pes-soas que não se encaixam no sistema deles são deamargar. Outro dia, ouvi uma mulher me pergun-tar, na padaria da esquina: "Vai lá nos encontros

Ela só queria me dizer que

eu estava errado em ser

homossexual e velho.

Confesso que me senti

muito mal.

1991Lei nº 1.817:

Concede descontonos ingressos para

espetáculos realizados nas salas

de propriedade doEstado do Rio de

Janeiro aos cidadãosmaiores de 65

(sessenta e cinco)anos.

1991Lei nº 1.922: Torna obrigatóriaa prioridade noatendimento àspessoas portado-ras de deficiên-cias, crianças,gestantes e sexagenários, nosserviços de as-sistência – médicaambulatorial e depronto atendi-mento da redepública de saúde e conveniados.

da paróquia, mas traz a sua esposa!". Ela sabe quenão tenho esposa, sou uma bicha que dá pinta.Olhem como eu me sento e falo com as mãos! Elasó queria era me dizer que eu estava errado emser homossexual e velho. Confesso que me sentimuito mal.

Nos grupos gays, somos peças de piada. Ouvi-mos que somos velha guarda e que estamos ul-trapassados. Quando falam em Lady Gaga e vocêdiz que não gosta, te acham a pessoa mais di-nossauro do planeta. Partem para um ataqueverbal sobre a sabedoria juvenil e o empaca-mento dos idosos. Fica difícil permanecer em lo-cais como esses.

Passo Natal e Ano Novo sozinho. Não sou maisconvidado para nada. Há um tempo em nossasvidas, que, depois que passa a primavera, nostornamos um eterno inverno gélido (risos). Naverdade eu quero ser verão, mas aceito o outono.Eu quero é fazer parte da sociedade.

Confesso que tenho medos e poderia enumerá-los em uma lista interminável de linhas, aschamadas linhas do tempo, onde cada linha con-taria uma história de vida.

Ter 65 anos e se sentir totalmente a margem deuma sociedade nada gentil é muito ruim. Dói naalma. Mas ainda quero viver e ver onde possome sentir inserido. Que não seja, somente, nasfilas dos ambulatórios e hospitais que fre-qüento... (risos) ” NONO

(65 anos, mulato, ativista, mora em Mesquita/RJ,classe baixa, HIV-)

Terceira idade eo tic-tac do relógio

ssusta! Assusta muito ver o tempopassar de forma muito visível em nos-

sas vidas. Às vezes, eu encaro bem a idadechegando, mas o coração acelera e a depressão éforte. Queria voltar aos meus 20 anos com acabeça que tenho agora, aos 69 anos e meio.Vejo amigos se escondendo da idade ouatrasando o relógio biológico. Eu não faço nadadisso, pois sei que tudo em mim vai me con-denar, basta eu tirar a roupa e ver tudo despen-cado ou enrugado. Não adiantam falar que eunão pareço ter 69 anos, pois eu os tenho. Já tivea minha época, viajei muito a trabalho, vivi empalcos, trabalhei feliz. Fiz tudo o que as décadasforam me oferecendo. Amei muitos homens e fuiamado. Depressão, medo da velhice e do corpoficar frágil, todo mundo tem e não adianta falarque não! Sabemos que a juventude, na maioriadas vezes, se aproxima de nós para uma troca defavores, quase sempre material. Eu não meengano com a minha idade, como sou hoje ecomo fui, nos anos que se passaram. Tenho ami-gos que dizem que os rapazes que eles encon-tram por aí os amam e que não pagam nada para 1514

1993Lei nº 2.078: Estabelece prazo

para despachos emprocessos de

maiores de 65(sessenta e cinco)

anos.

“A

1993Lei nº 2.200: Cria a DelegaciaEspecial deAtendimento àsPessoas de Terceira Idade.

tê-los ao lado. Me engana que eu gosto! (risos)Pagam sim. Pagam a academia, o cursinho denão sei o quê, o tênis de marca e até a passagemde ônibus. Quando não, viagens ao exterior oupara Caxambu. Quando digo que tenho a idadeque tenho, as pessoas, os amigos, dizem que eutenho a autoestima baixa. Agora vê, falar a ver-dade é ter a autoestima baixa! O que me pre-ocupa muito com a idade dos meus colegas é queeles estão caducos e desequilibrados. Nem todos,mas a maioria (risos). Vivem gastando dinheirocom uns cremes que não funcionam mais. Fazemplásticas que não duram nem um ano e tudo en-ruga de novo (risos). Faço piadas de muitascoisas, mas conheço profundamente a minharealidade. O tempo está passando. O humor vaioscilando e a saúde, nem se fala! Teríamos aqui,uma longa lista de receituário médico (risos). Aminha preocupação e estar vivendo com o vírus.Isto me preocupa e aumenta, mais ainda, quandovejo que, a cada dia que a idade está avançando,mas debilitado eu vou ficando. Olho o relógiobiológico todos os dias. Confesso que ainda meescondo muito, tudo por causa do estigma e dadiscriminação em relação a essa doença. Morrode medo de algumas pessoas descobrirem quesou soropositivo. Ai é que vão dizer, mesmo:“Além de caduca, ainda é aidética!”. Odeio essapalavra. E são, na maioria das vezes, os própriosgays que falam assim. Mas, do resto, eu voudando corda no relógio e não deixo ele parar.Não atraso os ponteiros e nem adianto. Deixosomente a vida me levar”.” PEDRO

(69 anos, se diz pardo, ex-Corretor de Imóveis,mora em Nova Iguaçu/RJ, classe baixa, HIV+).

Gays idosos eclasses sociais

ou chamado de bicha pobre. A pão-com-ovo! Os rapazes daqui do bairro,

ou de outro lugar qualquer, não se aproximammuito de mim, pois sabem que sou dureza pura.Ser homossexual velho e pobre é uma barra. Écoisa de classe social, sim! Eu conheço umasbichas muito feias, mais feias do que eu, masque tem um din-dim extra, que estão cheias debofes. Ainda tiram fotos dos bofes e memostram. Eles as procuram e elas os procuram,por terem algo a oferecer um ao outro. Tudobofe bom e muitos são casados. Eles vão atrásdas bichas velhas porque são presas fáceis e oaquê é garantido. Entre o primeiro e o quintodia do mês, as bichas ficam com as casas cheias.O bofes sabem os dias em que elas recebem aaposentadoria. Morro de inveja delas!

1716

1995Lei nº 2.454:

Obriga os cinemaslocalizados no

Estado do Rio deJaneiro a

concederem desconto no preço

do ingresso aoscidadãos maiores de65 (sessenta e cinco)

anos.

“SAqui, como em todos os lugares, quem tem umolho em terra de cego, passa a ser o Rei da co-cada preta. Podemos ver isto nas praias, nosbairros da zona Sul, nas boates, tanto daqui daBaixada Fluminense, quanto lá de Copacabana eIpanema. Só na Lapa é que as bichas pobres e asricas se misturam, um pouco. Mas, saindodaquele gueto, as coisas são bem diferentes.Tenho uns amigos que vivem muito bem debolso, aposentados do Banco do Brasil e que têmuma vida estabilizada. Já outros, como eu, vivemda aposentadoria do INSS e com muitas dificul-dades. Escuto os comentários, tanto dos bofesquanto das bichas, em relação à classe social.Tem as finas que viajam, comem bem e sevestem na moda. Já outras, estão com uma mãona frente e outra atrás. Estou incluído nesta lista.Também tem as que enganam que são finas, massão bem penosas, como eu. É difícil, é constran-gedor, pois, com o passar do tempo, as possibi-lidades para ser feliz vão diminuindo. Todas aspossibilidades vão sendo subtraídas. Eu te con-

É difícil, é constrangedor, pois, com o passar

do tempo, as possibilidades para ser feliz vão

diminuindo.

Tem as finas que viajam,comem bem e se vestem namoda. Já outras, estão com

uma mão na frente e outra atrás.

1996Lei nº 2.515: Aprova a Declaraçãodos Direitos do Idosono Estado do Rio deJaneiro.

1996Lei nº 2.536: Dispõe sobre o Conselho Estadualde Defesa dos Direitos da PessoaIdosa.

1918

fesso, aqui entre nós, que eu queria ter uma vidamelhor. Ir e viver em lugares melhores. Ter di-nheiro para cuidar melhor da minha saúde, domeu visual, das minhas unhas. Eu queria ser umabicha rica, igual às ricas dessas revistas defamosos. Tenho inveja, sim, dos conhecidos comvida boa, de pessoas que conseguem tudo quequerem na vida. A pobreza é muito feia, Deus docéu! E piora quando somos pobres e negros,vivendo com a saúde debilitada e faltando di-nheiro para pagar as contas no final do mês.Estou com 55 anos e queria ter tido a oportu-nidade de ter estudado mais. Saí muito cedo decasa para trabalhar no roçado, depois engraxate,depois fazendo uns bicos de sexo na rodoviáriada minha cidade, Campos. A escola foi ficandopara trás. Vim para o Rio com 17 anos e aquiestou até hoje. Fui morar no Lins de Vasconce-los com uns tios, mas logo descobriram que euera um pederasta, como me chamavam. Saí de láe fui morar em uma vaga no Centro. Ali, conhecide tudo que não prestava. Acabei aqui, nestelugar onde nem o diabo olha. O que me consolou

”GUTO

(55 anos, negro, aposentado por invalidez, moraem Caxias/RJ, classe baixa, HIV+)

Acabei aqui, nestelugar onde nem odiabo olha.

Por isso queria ser rico.Ter dinheiro para dominar‘essa coisa no meu corpo’.

até hoje foi o sonho e a esperança de, um dia,mudar de vida. Como eu encaro o meu HIV?Com muito receio e medo de não dar conta dele.Por isso queria ser rico. Ter dinheiro para domi-nar “essa coisa no meu corpo.

1996Lei nº 2557: Autoriza o Poder Executivo a criar oCentro de Geriatria eGerontologia do Estado do Rio deJaneiro.

1996Lei nº 2.593: Autoriza o Poder Executivo a permitira cessão, aos sábados e domin-gos, das áreas derecreação cobertas,existentes nos colégios estaduaisaos grupos da terceira idade, formados ou quevenham a constituirse para utilizaçãocomo espaço delazer.

1996Lei nº 2.642: Autoriza o Poder Executivo a fixar emtodas as repartiçõesestaduais cartazesinformando quecidadãos acima de65 anos estão dis-pensados de entrarem fila sob qualquer pretexto.

1996Lei nº 2.593: Autoriza o Poder Executivo a permitira cessão, aos sábados e domingos,das áreas derecreação cobertas,existentes nos colé-gios estaduais aosgrupos da terceiraidade, formados ouque venham a constituir se parautilização como espaço de lazer.

2120

que comer mulher. Meu pai e tios me levaram nazona aos 12 anos. Fui deflorado por uma senhorade uns 30 ou 40 anos. Não sei te dizer ao certo.Era a mulher que sabia fazer com os meninosjovens. Foi um horror para mim, mas concluí omeu ritual de passagem de criança para macho.Daí pra frente, só enfrentamentos e o silêncio dodesejo por homens. Eu via um catecismo do Zé-firo, pois, todos os homens da época liam aquiloescondido. Eu ficava fascinado pelos corpos doshomens. Fascinado! Entre os meus 12 e 19 anos,nunca tive nada com um homem, nada, absolu-tamente nada. Nem me masturbar em grupo eufazia, com medo de me condenar. Fui para oExército e lá me apaixonei de verdade por umamigo. Aí, o meu inferno piorou. Ele sabia queeu era apaixonado por ele e queria fazer tudocomigo. Não era sexo, fazer as coisas juntos. Doisamigos que saem para vagabundear. Ele meabraçava, me empurrava, me dava soco, tudo na

Não foipreparado paraser gay

u não fui preparado para ser homosse-xual, pois me ensinaram que eu tinha

que me casar assim que saísse do Exército, comuma mulher qualquer.

Já gostava de homens desde a minha idade decinco ou seis anos. Lembro disto claramente naminha cabeça. Via os amigos do meu pai, meusvizinhos mais velhos, e tinha fascínio por eles.Meu avô já notava que eu era diferente, umpouco acanhado demais e que tinha gosto pelascoisas das minhas irmãs e primas: as bonecas!(risos). Recebia castigos e escutava coisas como:“Você é homem, não brinca com as meninas.Parece um mariquinhas. Esse menino é afemi-nado. Tem que dar um corretivo nele!”. Crescicom medo de me expor e só escutava que tinha

“E

Foi um horror para mim, masconcluí o meu ritual de passagem de criança para

macho.

1997Lei nº 2.796: Assegura o ingressogratuito em museuse casas de cultura depropriedade do Estado do Rio deJaneiro aos cidadãosmaiores de 65(sessenta e cinco)anos.

1997Lei nº 2.719: Autoriza o Poder Executivo a instituiro Censo Médico-So-cial e Assistencial doIdoso no Estado doRio de Janeiro.

Nem me masturbarem grupo eu fazia,

com medo de me condenar.

2322

brincadeira. Mas ele era malicioso na hora dobanho ou de dormirmos próximos. Um ano desuplício e paixão, até que, um dia, à noite, emum acampamento, dormindo na mesma barraca,eu o toquei. Não foi recíproco. Eu o chupei e de-pois dali, virei o veadinho do quartel. Ele faloupara mais uns dois e isto se multiplicou. Aí, meusavam mesmo e eu consentia. Foi brabo. Istochegou aos meus pais e logo a minha vidamudou, por completo. Quero esquecer essaparte. Casei-me aos 21 anos. Tive três filhos esó consegui voltar a ter sexo com outro homemaos 40 anos, em uma sauna no Nordeste, quandoviajei com a família. Foi um despertar da pri-mavera para mim e um inferno psicológico, tam-bém. A culpa se implantou na minha vida. Já nãofazia mais sexo com a esposa. Ela não me procu-rava e nem eu a ela. Dali pra frente, descobri assaunas em todo Brasil e passou a ser o meu re-fúgio. Acho que foi em uma dessas buscas emsaunas que eu me infectei, nos anos 90. Minhamãe ainda vive e eu cuido dela. Meu pai faleceu

JOSÉ(70 anos, bancário aposentado, mora na Tijuca/RJ,

classe média, HIV+).

há uns 10 anos. Filhos, estão no mundo. Nãosabem de mim. Acho que nem desconfiam.Minha filha mais velha sabe que sou positivo,mas acha que contraí isso com “uma mulher davida”, como ela mesma diz. Minha mulher meajuda a cuidar de mamãe, mas não se dirige amim. Na verdade, somos todos infelizes, mas emsilêncio. É muito difícil. Foi muito difícil encarara vida esse tempo todo, me escondendo. Não nosensinaram a amar outro homem. Só nos ensi-naram tudo errado.

1997Lei nº 2.828:

Garante a permanência de

acompanhante depessoas idosas noscasos de internaçãoem estabelecimen-

tos de saúde, nas condições que

especifica.

1998Lei nº 2.963: Autoriza o Poder Executivo a firmarconvênios com asprefeituras munici-pais criando os"Centros de Convivência da Terceira Idade".

Na verdade, somos todos infelizes, mas em silêncio. É muito difícil. Não nos ensinaram a amar outrohomem.

2524

Eles, cuidadores.Mas quemcuidará deles?

resci acreditando que teria que cuidardos meus pais e que meus filhos

cuidariam de mim, pois, assim me ensinaram.Contexto completamente errado, pois eu cuideide todos e agora pergunto: “Quem cuidará demim quando eu precisar? Não tenho ninguémque eu possa contar nos dias de hoje, aos 60anos”. Creio ter contraído esse vírus com osmeus 50 e poucos anos, mas pode ter sido antes,também.

Ainda bem que tenho uma aposentadoria, pois,como ajudante de cozinha industrial, eu con-

“C

segui me aposentar. Ou, bem dizendo, fui obri-gado a me aposentar.

Meus pais já se foram, meus irmãos não são pró-ximos e alguns preferiram me isolar mesmo,quando descobriram que eu era soropositivo.Falei para uma irmã que eu acreditava que pode-ria compartilhar com ela minha sorologia, mas,logo em seguida, ela revelou para mais dois ir-mãos meus e daí pra frente. O HIV, que me per-tencia, já havia sido compartilhado com todos esem a minha permissão.

Foi muito difícil encarar a todos. Piorava quandoa solidariedade ía se afastando e o julgamento,de todas as formas, íam aparecendo. Escutei es-culachos, de todo tipo, dos meus irmãos e ami-gos religiosos, pois, para eles, eu vivia, e vivo,no pecado. Foram xingamentos dos mais ofen-sivos, daquele tipo que todos nós já conhecemos,como da sem-vergonhice de me roçar comhomens. O meu irmão mais velho foi o pior.Desse, até um tapa na cara levei. Mas, quando

Quem cuidará de mimquando eu precisar? Não tenho ninguém que eupossa contar nos dias dehoje, aos 60 anos.

1998Lei nº 3.084: Autoriza o Poder Executivo a instituira Defensoria Públicada Pessoa Idosa.

1998Lei nº 2.988:

Dá preferência detramitação aos procedimentos

judiciais em que figure como partepessoa física com

idade igualou superior a 65

(sessenta e cinco)anos.

2726

”REGINATO

(52 anos, mulato, mora em Niterói, Fonseca, sem trabalho, classe pobre, HIV+).

e fui cuidado por pessoas que não são da minhafamília. A minha vizinha, a Dica, ela é o meuanjo da guarda. Vem aqui sempre saber como euestou. Me traz água gelada e me emprestou esseventilador, durante o dia, pois, à noite, ela pre-cisa dele.

Quando estou bem, vou nas ONGs me informar,participar de oficinas e encontros. Tento mecuidar para poder ter uma vida mais positiva.

Tenho medo, sim! Tenho pavor de morrer sozi-nho.

Ninguém cuida mais de ninguém!

19989Lei nº 3.232:

Dispõe sobre a criação de Cursosocupacionais para

idosos.

ele foi dar o segundo, eu segurei a mão dele!Mesmo assim, ele ainda me golpeou nas costas,quando eu me virei para fugir dele. Amigo, doeumuito, pois sempre o ajudei em tudo na vida.

Nesta época, eu cuidava da minha mãe. Já haviacuidado do meu pai, antes dele morrer. Até aminha mãe ficou do lado do meu irmão. Isto medoeu muito e, mesmo assim, continuei a tomarconta dela, até nos seus últimos dias. O interes-sante é que eu tinha que cuidar dela e de mim,ao mesmo tempo, pois, na época, tive uma diar-réia muito forte, perdi muitos quilos, tive umadepressão profunda e ninguém cuidou de mim.Separam tudo dentro de casa, copo, prato, co-lher... um horror, dentro da minha própria casa.

Assim que a minha mãe faleceu, eu fui colocadopara fora de casa e exigiram que eu assinasse avenda da casa. Assinei e vim morar aqui dealuguel. É pequenininho, mas é meu espaço.Posso receber amigos, posso receber você sem omedo que eu tinha na casa dos meus pais e dosmeus irmãos. Já fiquei hospitalizado duas vezes

Assim que a minha mãe faleceu, fui colocado para

fora e exigiram que eu assinasse a venda

da casa.

Tenho medo, sim! Tenho pavor

de morrer sozinho!

1999Lei nº 3.332: Autoriza o PoderExecutivo a criarCasas-Lar destinadas a acolher crianças eidosos carentes emtodo o estado.

2928

Eu também tenho menos probabilidade e possi-bilidades de ver os meus familiares biológicosregularmente, pois não me chamam para nada.Eles me excluem até de festas de sobrinhos! Eusó vou lá em casa, mesmo, no dias das Mães e noNatal. Mesmo assim, tenho que ir armado, poisas críticas são muitas. Fico no meio dos meus,completamente isolado. Às vezes, sentado na salasozinho, assistindo TV e escutando eles conver-sando na cozinha.

Eu li que há centenas de milhares de gays e lés-bicas no mundo envelhecendo sem a mesma es-trutura e apoio familiar que muitas pessoasheterossexuais desfrutam. Eu já me incluí nessenúmero (risos).

A minha família me deserdou apenas por contada minha orientação sexual. Apanhei muito,muito, mas não deu jeito. Eu gosto de homens esempre gostei. Mas a opressão foi tanta, quecheguei aos 58 anos sem ninguém na minha

A geração degays idosos quer sertratada commais respeito...

Tenho menos probabilidade e possibilidade de ver

meus familiares biológicos regularmente, pois não me

chamam para nada.

Depressão e isolamento social

u sei que milhares de gays estão en-velhecendo sem apoio de suas famílias

e sentindo a falta de estrutura, situação que aspessoas heterossexuais desfrutam. Nós não des-frutamos desses privilégios.

Temos muito mais probabilidade de acabarmosvivendo sozinhos e temos menos contato com asnossas famílias ao longo da vida, do que as pes-soas heterossexuais. Eu vejo isto na minhaprópria família. Confesso que isto me deprime,pois sei que eles me subtraem.

Eu vejo que, em homens mais velhos, como eu,gays e bissexuais, há mais probabilidade de fi-carem solteiros, em comparação a homens hete-rossexuais. Todos os meus irmãos casaram,fizeram filhos tanto em casa como na rua.

“E

2001Lei nº 3.748: Autoriza o Poder Executivo a instituirconcessão de subvenção a pessoasou famílias de baixarenda que sejam responsáveis poridosos carentes decuidados especiais.

2001Lei nº 3.686:

Isenta os aposentados,

pensionistas e portadores de defi-

ciência física, propri-etários ou locatários

de imóveis, do pagamento da taxa

de incêndio.

álcool regularmente, tomar drogas e tem umhistórico maior de problemas de saúde mental.

Mas, apesar dessas preocupações, eu me sintodesconfortável em revelar minha sexualidadepara aqueles que trabalham nos órgãos de saúdepública e nos setores de apoio. Às vezes, eupasso por hetero solteirão ou minto que souviúvo, pois tenho muita vergonha para com aenfermeira ou médica, de falar que eu contraíesse vírus com um homem. Morro de vergonha!Só falo em grupo de apoio quando me pergun-tam, pois, se não perguntarem, eu não digonada.

A geração de gays idosos quer ser tratada commais respeito pelos prestadores de serviçospúblicos e comerciais, por instituições reli-giosas e, até mesmo, pela própria comunidadegay.

31

vida. Nunca tive um parceiro fixo. Sempre, tudoescondido. Tinha pavor de ser visto com alguéme os meus irmãos pudessem descobrir.

Como gay, eu me sinto triste, vazio com as mi-nhas perspectivas de encontrar conforto emo-cional e apoio de amigos e parentes. Eu me sintomuito só. A minha homossexualidade clandestinae o meu silêncio por ser positivo me faz menosligado a minha família biológica. Ninguém lá emcasa sabe que sou portador do vírus.

A perspectiva de uma velhice solitária é a expli-cação do porquê as pessoas LGBTs, principal-mente as pessoas idosas, serem consistentementemais ansiosas, sobre o envelhecer. Eu diria maistemerosas do que os heteros.

A minha é com a perspectiva de necessitar decuidados mais tarde e não ter. Sou preocupadocom moradia, saúde e trabalho. As dificuldadessão maiores em tudo.

Meus medos são agravados pelo meu estilo devida. Os gays são muito mais propensos a beber30

”ALBUQUERQUE

(58 anos, branco, mora no Grajaú, auxiliar de contabilidade, classe media baixa, HIV+)

A perspectiva de uma velhice solitária é a explicação do porquêas pessoas LGBT’s, principalmente as

idosas, serem mais ansiosas sobre o envelhecer.

2002Lei nº 3.796:

Obriga a rede hospi-talar do Estado do

Rio de Janeiro a pri-orizar o atendimento

de idosos acima de65 anos nos casos de

epidemia.

2002Lei nº 3.875:

Regula o funcionamento das

instituições asilaresde caráter social no

Estado.

2003Lei nº 4.085: Concede isenção dopagamento de taxasestaduais, relativasà renovação daCarteira Nacional deHabilitação, às pessoas maiores de65 anos.

2004Lei nº 4.326: Institui a obrigato-riedade de todos osempreendimentosde interesse turís-tico nos municípiosmanterem adap-tações e acessibili-dade a idosos,pessoas com defi-ciência e demais noâmbito do Estado doRio de Janeiro.

33

Expulsos da suacomunidade

aqui da comunidade, já saíram dezenasdelas. As bichas saíram com a roupa do

corpo e ainda deram graças à Deus, por saíremvivas. Os donos daqui são muitos. Eles são desde ostraficantes, os líderes religiosos daqui, até os poli-ciais. A homofobia do morro é misturada com ofalso moralismo e o extremo machismo. Não é só láno asfalto que a homofobia está instalada, não.Aqui não tem a Lei lá de baixo. Aqui, é uma outraLei, e essa manda e desmanda quando quer. Algunsgays afetados, que gostam de fazer escândalo, logotem que entrar no ritmo daqui ou são expulsos, namesma hora. Estou há muitos anos aqui. Há 52anos. Todos sabem que sou homossexual, mascomo fui nascido e criado aqui, creio que tenhamuma tolerância comigo. Mas, também, vivo naminha casa e na minha discrição. Respeito as re-gras e assim eu vou vivendo na comunidade, emsilêncio e a margem. Ninguém aqui pode saber quesou soropositivo. Por isso, vou do outro lado dacidade buscar os meus medicamentos. Estremeçotodo só em pensar em ser visto por um moradordesses daqui, em um dos locais em que vou. Háuns vinte dias atrás, o Pedro Paulo foi quase mortoaqui, porque descobriram que ele era positivo etransava com todo mundo na comunidade. Foi umpesadelo, pois a bicha transava de camisinha, mas32

AMARO(52 anos, branco, mora nas proximidades deAustin, vive de biscates, classe baixa, HIV+)

“D

os caras não aceitavam transar com ela com opreservativo. Aí, descobriram, não sei como, massoltaram no bar do Joça que ela era Congada. Foiexpulsa a socos daqui. Quebraram a casa dela toda.Roubaram tudo e não colocaram fogo no restoporque, logo em seguida, foi invadida por umsafado aqui do morro. Deu para uma das mulheresdele. Ele mesmo transava com a Pedrita, como eraconhecida aqui. Nem os medicamentos da bichaela pode levar. Pedrita sempre foi jurada de morteaqui. Os caras aqui são assim. Comem as bichas edepois as intimidam, dizendo que vão acabar comelas se alguém abrir a boca. Fiquei com muita penadela. Está jurada de morte se voltar aqui. Apanhoumuito a coitadinha. Um horror! Um pesadelo! En-trei em casa e chorei muito. Não pude fazer nada.Sou muito cantado aqui por eles. Querem vir aquiem casa, me pedem água gelada aí na porta,pedem para eu costurar para eles, pois eu sou cos-tureiro, também. Mostram as coisas deles pra meatiçar, mas eu não pego ninguém aqui no morro.Quando quero algumas coisas, pego o trem e voulá para a outra estação, lá perto de Madureira, eme faço por lá, na linha do trem. Sei que éperigoso, mas é menos do que aqui. Isto aqui é uminferno. Um inferno!

2005Lei nº 4.618: Autoriza o Poder

Executivo a instituiro selo "EmpresaAmiga da Pessoa

Idosa" no âmbito doEstado do Rio de

Janeiro.

2006Lei nº 4.783: Institui o Cartão deSaúde do Idoso noâmbito do Estado doRio de Janeiro.

2006Lei nº 4.877: Autoriza o Poder Executivo a instituiro programa Lar substituto paraidosos no âmbito doEstado do Rio deJaneiro.

3534

População invisível

omos, totalmente, uma população queas pessoas, tanto jovens como o go-

verno, não nos veem. Somos homens e mulhereshomossexuais invisíveis. Não adianta essesgrupinhos LGBTTs falarem que estamos incluí-dos, que eu digo, na cara deles, que não esta-mos! Há quem diga que estamos à margem.Também discordo. Estamos, sim, no fundo dobrejo. O médico não sabe que eu sou gay, aminha comunidade desconfia, mas se eu não derpinta nem abrir a boca demais, para eles, eu sousó uma maricona velha que não casou. Maisnada. Onde estão as políticas públicas para osidosos homossexuais, como já existem em ou-tros países? Não temos um asilo para nós, umacasa de apoio, um ambulatório onde os agentesde saúde vão nos tratar bem, mesmo sabendoque somos idosos homossexuais. Onde poderáhaver um banco, em um jardim, para pegarmossol? Somo invisíveis, sim e não adianta falar ocontrário. Vejo alguns locais bacanas, como aTurma Ok, que faz bingo para nós. Mas eu nãoquero só viver de bingo ou imitando Divas. Euquero ter um espaço onde eu possa me manifes-tar como cidadão pleno. Até os amigos que seacham inseridos na sociedade, deixam escapar,entre linhas, que se incomodam muito com otratamento que recebem da sociedade. Você

“S

sabia que a minha médica desconfia que sou ho-mossexual, mas ela nunca me perguntou nadasobre isto? Eu acho que ela acredita que eu nemfaço sexo. E faço! Tenho que pagar muitas dasvezes, mas faço sexo e muito. Mas ela não mepergunta nada. Só quer saber se tomo osmedicamentos certos, nas horas certas e se euestou me sentindo bem com o tratamento. Eupercebo que ela me olha como o restante da so-ciedade: olham, mas não me enxergam. Outrodia, um amigo, mas velho do que eu, disse queeu exigia muito da sociedade na minha idade e,por causa disso, eu vivia deprimido e estressado.Mas tenho que viver assim, pois não faço partede nada! Saio, vou a todos os lugares, vou noBanco, entro na fila dos idosos e vejo todos lá:viúvos, casados, amparados por bengalas ou em-pregadas, alguns em boa forma para a idade eoutros uns cacarecos. Aí, me pergunto. “Quemde nós somos homossexuais aqui? ”. Todos nosolham ali na fila, uns com olhar de pena, outroscom um olhar de repulsa ou impaciência, outrosnem olham. E eu fico ali, em pé, com as pernascansadas, me questionando: “Onde estamos equem somos nós, nessa sociedade modernosa?”.Confesso que essa invisibilidade me deixa prabaixo. Vivemos em um país para jovens e adul-tos bem sucedidos. Aqui não é terra nem paracrianças, nem para idosos, principalmente osidosos homossexuais. Ser gay jovem é o pro-blema que todos nós sabemos, agora imagina serhomossexual velho? Invisibilidade total! ”

RONALDO(62 anos, branco, mora na Glória, publicitário,

classe média, HIV+)

Eu queroter um espaçoonde eupossa memanifestarcomocidadãopleno

2007Lei nº 5.059:

Estabelece prioridade de trami-tação aos processos

e procedimentos administrativos em

que figure comoparte ou interve-

niente pessoa comidade igual ou supe-rior a sessenta anos

e portadores de necessidades

especiais.

O espelho queembaça

spelho, espelho meu, há alguma outrapessoa com essa mesma cara que eu?

Um dia, levantei, fui ao banheiro no meio danoite, olhei no espelhinho do armário e não quisque o espelho me respondesse o que eu estavavendo. A minha mocidade havia embaçado.Fiquei muito atormentado, pois percebi que osmeus cremes não estavam mais adiantando, queas minhas mentiras, para mim, mesmo, não es-tavam mais adiantando, que os corpos da aca-demia que eu via, não eram parecidos com omeu corpo. Raros são os que ainda se olham nosespelhos no presente, não pensam no passado enem se preocupam com o futuro. Eu elogio essaspessoas. O espelho da vida nunca embaçará paraelas. Sinto muita falta do desejo dos outros sobrea minha pessoa, meu corpo, meu rosto, meus ca-belos dos anos 70 e 80. Naquela época, eu e Nar-ciso éramos amantes dos espelhos. Eu me sentiabelo, acreditando que cada dia que passasse euestaria mais bonito e atraente. Eu acreditava naminha beleza viril. Sabe quando você nãopercebe, não permite perceber, que o tempo nãoé retroativo? Ele avança com uma velocidadeque, quando acordamos, no dia seguinte, esta-mos um dia mais velhos. Foi difícil, está sendo 3736

“Edifícil, encarar o tempo embaçando a minha ju-ventude e ainda tendo que enfrentar o HIV. Nãome conformo! Olho para dentro de mim e aindame pergunto se isto está acontecendo comigo.Descobri que o meu maior amigo e inimigo é oespelho. Esse, não mente. Sou uma caçador dejuventude. Leio tudo que sai sobre segurar otempo com as unhas, dentes e todas as armaspossíveis. Confesso que não fui preparado, pormim, mesmo e nem pela sociedade, para envel-hecer. Neguei na juventude, nego no presente,mas a realidade é a que eu vejo no espelho queembaça. Sou o contra da mão da idade, remocontra a maré e fico muito irado com as pessoasque aceitam envelhecer com sabedoria e cor-agem. Não possuo nenhuma dessas duas vir-tudes. (risos). ”

PAULO(55 anos, branco, mora na Tijuca, camelô,

classe baixa, HIV+)

Descobri que omeu maior amigoe inimigo é o espelho. Esse, não mente.

2009Lei nº 5.442:

Institui o Programade Participação dos

Idosos em atividadeseducativas e laboriosas,

denominado TerceiraJuventude.

2010Lei nº 5.822:Dispõe sobre a criação do Programa"Defesa Pessoalpara Idosos" no âmbito do estado doRio de Janeiro.

Onde ir e ondeencontrar

SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA PARA PESSOAS QUEVIVEM COM HIV/AIDS

1. CENTRO DE ESPECIALIDADES MÉDICASRua Cel. Cavalcanti, 43 – Centro23900-000 – Angra dos Reis/RJ

2. CENTRO DE SAÚDE BENEDITO PINTO DAS CHAGASRua Francisco de Assis Carneiro, s/n – Centro28735-000 – Angra dos Reis/RJ

3. COORDENAÇÃO DE SAÚDE COLETIVA DE ARARUAMARua Ari Parreira, 51 – Centro28970-000 – Araruama/RJ

4. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE AREALRua Afonsina, 140 – Centro25845-000 – Areal/RJ

5. POLICLÍNICA MUNICIPAL DE ARMAÇÃO DE BÚZIOSEstrada Campo Esquerdo de Geribá, s/n – Manguinhos28950-000 – Armação dos Búzios/RJ

6. POLICLÍNICA MUNICIPAL-PROGRAMA DE DST/AIDSAvenida Getúlio Vargas, s/n – Canaã28930-000 – Arraial do Cabo/RJ

7. POSTO DE SAÚDE ALBERT SABIERua Angélica, 238 – Santana27110-260 – Barra do Piraí/RJ

8. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BARRA MANSARua Pinto Ribeiro, 65 – Centro27310-420 – Barra Mansa/RJ

9. COORDENAÇÃO DE SAÚDE COLETIVA BELFORD ROXORua Camaratuba, 186 – Amélia26115-070 – Belford Roxo/RJ 3938

10. CENTRO DE SAÚDE DR. JOSÉ VIEIRA SERÓDIO – SAERua Filomena Firilo, 50 – Centro28360-000 – Bom Jesus do Itabapoana/RJ

11. HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSE OPERARIORua Governador Valadares, 22 – São Cristóvão28900-000 – Cabo Frio/RJ

12. AMBULATÓRIO PADRE BATALHARua Mario Amaral, s/n – Centro28680-000 – Cachoeiras de Macacu/RJ

13. SAE-CTA PROGRAMA MUNICIPAL DE DST/AIDSRua Conselheiro Otaviano, 241 – Centro28010-140 – Campos dos Goytacazes/RJ

14. CENTRO DE SAÚDE DE CORDEIRO– SAERua Nacib Simão, 1.325 – Rodolfo Gonçalves28540-000 – Cordeiro/RJ

15. CENTRO MUNICIPAL DE SAÚDE DE DUQUE DE CAXIASRua General Gurjão, s/n – Centro25230-400 – Duque de Caxias/RJ

16. POLICLÍNICA MUNICIPAL IGUABA GRANDERua Nossa Senhora de Fátima, 123 – Centro28960-000 – Iguaba Grande/RJ

17. HOSPITAL MUNICIPAL DESEMBARGADOR LEAL JÚNIORAvenida Prefeito Álvaro de Carvalho Júnior, s/n – Centro24800-000 – Itaboraí/RJ

18. CENTRO MUNICIPAL DE SAÚDE DR. RAUL TRAVASSOSRua Julio César, 99 – Centro28300-000 – Itaperuna/RJ

19. AMBULATÓRIO MUNICIPAL DE DST/AIDS DE ITATIAIAAvenida 2 800 – Jardim Itatiaia27580-000 – Itatiaia/RJ

20. AMBULATÓRIO HIV/DST/AIDSAvenida Tancredo Neves, s/n – Engenheiro Pedreita26370-970 – Japeri/RJ

21. CTA DE MACAÉ-RJRua Velho Campos, 354 – Centro27913-150 – Macaé/RJ

22. POSTO DE SAÚDE CARLOS ULLMANNRua Pio XII, s/n – Centro25900-000 – Magé/RJ

23. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MANGARATIBAEstrada RJ 1415 – Ibiui23860-000 – Mangaratiba/RJ

24. HOSPITAL MUNICIPAL CONDE MODESTO LEALRua Domício da Gama, 433 – Centro24900-000 – Maricá/RJ

25. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE – LUCIANO DEMARCHIRua Paraná, 557 – Centro26240-090 – Mesquita/RJ

26. POSTO DE SAÚDE SENADOR ROBERTO CAMPOSRua Hamilton Alexandre, 40 – Centro26900-000 – Miguel Pereira/RJ

27. POSTO DE SAÚDE IRINEU SODRÉAvenida Nilo Peçanha, 59 – Centro28460-000 – Miracema/RJ

28. PROGRAMA MUNICIPAL DE DST/AIDS DE NATIVIDADERua Dr. Renato Vieira, 7 – Centro28380-000 – Natividade/RJ

29. PROGRAMA MUNICIPAL DE DST/AIDS DE NATIVIDADERua Dr. Renato Vieira, 7 – Centro28380-000 – Natividade/RJ

30. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE NILÓPOLISRua Alberto Teixeira da Cunha,154 – Centro26510-610 – Nilópolis/RJ

31. POLICLÍNICA COMUNITÁRIA CARLOS ANTÔNIO DA SILVARua Jansen de Melo, s/n – São Lourenço24020-071 – Niterói/RJ

32. HOSPITAL UNIVERSITARIO ANTONIO PEDRO – UNIV. FED.FLUMINENSERua Marquês de Paraná, 303 – Centro24033-900 – Niterói/RJ

33. POLICLÍNICA COMUNITÁRIA SANTA ROSAPraça Vital Brasil, s/n – Santa Rosa24020-071 – Niterói/RJ 4140

34. CENTRO PREVIDENCIARIO DE NITEROI (NITERÓI-RJ) –SAE/HD/CTA/HCRua Desembargador Athayde de Parreiras, 266 – Bloco I – Fátima24040-090 – Niterói/RJ

35. POLICLÍNICA DE ESPECIALIDADES DA MULHER MALU SAMPAIOVisconde Uruguai, 531 – Centro24020-071 – Niterói/RJ

36. HOSPITAL ESTADUAL AZEVEDO LIMARua Teixeira de Freitas, 30 – Fonseca24130-610 – Niterói/RJ

37. CENTRO DE SAÚDE SÍLVIO HENRIQUE BRAUNE – POLICLÍNICA – ADTRua Plínio Casado, s/n – Centro28600-000 – Nova Friburgo/RJ

38. CENTRO DE SAÚDE VASCO BARCELOSRua Bernardino de Melo, 1895 – Centro26255-140 – Nova Iguaçu/RJ

39. HOSPITAL GERAL DE NOVA IGUAÇUAvenida Henrique Duque Estrada Maya, 953 – Posse26030-350 – Nova Iguaçu/RJ

40. COORDENAÇÃO DE SAÚDE COLETIVARua Cel. Otton, 466 – Centro26600-600 – Paracambi/RJ

41. CENTRO EPIDEMIOLÓGICO LUCIENE PORPHIRIO ESTEVESVISCONTIRua Lélio Garcia, 35 – Centro25850-000 – Paraíba do Sul/RJ

42. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PARATIRua Dr. Berlly Ellena, 1 – Patitiba23970-000 – Parati/RJ

43. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PETRÓPOLIS – CMDST/AIDSRua Paulino Afonso, 455 – Bingen25680-000 – Petrópolis/RJ

44. POSTO DE SAÚDE DE PIRAÍRua Hélio Sena, 31 – Centro27175-000 – Piraí/RJ

4342

55. CENTRO MUNICIPAL DE SAÚDE MILTON FONTES MAGARAO– XIIII RAAvenida Amaro Cavalcanti, 1387 – Engenho de Dentro20735-042 – Rio de Janeiro/RJ

56. CENTRO MUNICIPAL DE SAÚDE JOÃO BAROS BARETO – V RARua Tenreiro Aranha s/n – Copacabana22031-090 – Rio de Janeiro/RJ

57. AMBULATÓRIO PROVIDÊNCIARua Francisco Eugênio, 348 – São Cristóvão20941-120 – Rio de Janeiro/RJ

58. HOSPITAL DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIARua Santa Luzia, 206 – Castelo20020-020 – Rio de Janeiro/RJ

59. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFRÉE GUINLERua Mariz e Barros, 755 – Tijuca20270-004 – Rio de Janeiro/RJ

60. CENTRO MUNICIPAL DE SAÚDE WALDYR FRANCO – XVI RAPraça Cecília Pedro, 60 – Bangu21840-440 – Rio de Janeiro/RJ

61. CENTRO MUNICIPAL DE SAÚDE MARCOLINO CANDAU – III RARua Laura de Araújo, 36 – Cidade Nova20211-170 – Rio de Janeiro/RJ

62. HOSPITAL MUNICIPAL CARMELA DUTRAAvenida dos Italianos, 480 – Rocha Miranda21510-103 – Rio de Janeiro/RJ

63. CENTRO MUNICIPAL DE SAÚDE ERNESTO ZEFERINO TIBAUJR. – VII RAAvenida do Exército, 1 – São Cristóvão20910-025 – Rio de Janeiro/RJ

64. HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADORua Sacadura Cabral, 178 – Saúde20221-903 – Rio de Janeiro/RJ

65. CENTRO MUNICIPAL DE SAÚDE BELIZÁRIO PENA – XVIII RARua Franklin, 29 – São Cláudio - Campo Grande23080-360 – Rio de Janeiro/RJ

66. INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRAAvenida Rui Barbosa – Flamengo22250-020 – Rio de Janeiro/RJ

45. PROGRAMA MUNICIPAL DE DST/AIDS DE PORCIÚNCULARua Prefeito Sebastião Rodrigues França, 410 – Centro28390-000 – Porciúncula/RJ

46. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE QUEIMADOSRua Vereador Marinho Hemetério de Oliveira, s/n – Centro26391-970 – Queimados/RJ

47. UNIDADE DE SAÚDE DE RESENDERua Dr. João Maia, 42 – Centro27510-070 – Resende/RJ

48. HOSPITAL MUNICIPAL MANOEL E LOYOLA JÚNIORRua Martins Almeida, 222 – Centro28800-000 – Rio Bonito/RJ

49. CENTRO DE SAÚDE DE RIO DAS OSTRASAvenida Guanabara, s/n – Centro28890-000 – Rio das Ostras/RJ

NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

50. HOSPITAL MUNICIPAL PIEDADERua da Capela, 96 – Piedade20740-310 – Rio de Janeiro/RJ

51. CENTRO MUNICIPAL DE SAÚDE MANOEL JOSÉ FERREIRA –IV RARua Silveira Martins, 161 – Flamengo22221-000 – Rio de Janeiro/RJ

52. INSTITUTO DE PUERICULTURA E PEDIATRIA MARTAGÃOGESTEIRAAvenida Brigadeiro Trompowski, s/n – Ilha do Fundão21949-900 – Rio de Janeiro/RJ

53. HOSPITAL CENTRAL DO EXÉRCITORua Francisco Manoel, 126 – Triagem20911-270 – Rio de Janeiro/RJ

54. HOSPITAL RAPHAEL DE PAULA SOUZAEstrada da Curicica, 2000 – Curicica22710-551 – Rio de Janeiro/RJ

67. HOSPITAL DA AERONÁUTICA DOS CAMPOS AFONSOSAvenida Marechal Fontenele, 1628 – Campos Afonsos21740-002 – Rio de Janeiro/RJ

68. CENTRO MUNICIPAL DE SAÚDE NECKER PINTO – XX RAEstrada do Rio Jequiá, 482 – Ilha do Governador31030-152 – Rio de Janeiro/RJ

69. CENTRO MUNICIPAL DE SAÚDE LINCOLN DE FREITAS FILHORua Álvaro Alberto, 601 – Santa Cruz23550-000 – Rio de Janeiro/RJ

70. POLICLÍNICA JOSÉ PARANHOS FONTENELE – XI RARua Leopoldina Rego, 700 – Penha21021-522 – Rio de Janeiro/RJ

71. HOSPITAL GERAL DE JACAREPAGUÁAvenida Menezes Cortes, 1347 – JacarepaguáRio de Janeiro/RJ

72. POSTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA ANTÔNIO RIBEIRO NETO(PAM 13 de Maio)Avenida Treze de Maio, 23 – Centro20031-902 – Rio de Janeiro/RJ

73. HOSPITAL DE IPANEMARua Antonio Parreiras, 67 – Ipanema22441-020 – Rio de Janeiro/RJ

74. CENTRO MUNICIPAL DE SAÚDE ÁMERICO VELOSO – X RARua Gersom Ferreira, 100 – Ramos21030-152 – Rio de Janeiro/RJ

75. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTOAvenida 28 de Setembro, 87 – Vila Isabel20551-030 – Rio de Janeiro/RJ

76. HOSPITAL CENTRAL DA POLÍCIA MILITARAvenida Salvador de Sá, 20 – Cidade Nova20221-260 – Rio de Janeiro/RJ

77. HOSPITAL NAVAL MARCILIO DIASRua Cesar Zama, 185 – Lins de Vasconcelos20725-090 – Rio de Janeiro/RJ

78. CENTRO MUNICIPAL DE SAÚDE HEITOR BELTRÃO – VIII RARua Desembargador Isidro, 144 – Tijuca20512-160 – Rio de Janeiro/RJ 4544

79. HOSPITAL ESCOLA SÃO FRANCISCO DE ASSISAvenida Presidente Vargas, 2863 – Cidade Nova20221-110 – Rio de Janeiro/RJ

80. CENTRO MUNICIPAL DE SAÚDE CLEMENTINO FRAGA – XIV RARua Caiçara, 514 – Irajá21361-630 – Rio de Janeiro/RJ

81. POSTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA ALBERTO BORGERTH (PAMMadureira)Rua Padre Manso, s/n – Madureira21310-260 – Rio de Janeiro/RJ

82. HOSPITAL DA LAGOARua Jardim Botânico, 501 – Jardim Botânico22470-050 – Rio de Janeiro/RJ

83. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHOAvenida Brigadeiro Trompowski, s/n – Ilha do Fundão21949-900 – Rio de Janeiro/RJ

84. CENTRO MÉDICO DE PÁDUAAvenida João Jasbick, 520 – Aeroporto28470-000 – Santo Antônio de Pádua/RJ

85. PAM NEVESRua Professor João Pereira Dias, s/n – Neves24425-000 – São Gonçalo/RJ

86. CENTRO DE SAÚDE DR. ANÍBAL VIRIATO DE AZEVEDORua Pastor Joaquim Rosa, s/n – Vilar dos Teles25500-000 – São João de Meriti/RJ

87. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDEDE SÃO PEDRO DA ALDEIARua Eurico Coelho, 278 – Centro28940-000 – São Pedro da Aldeia/RJ

88. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SAQUAREMARua Frutuoso de Oliveira, s/n – Centro28990-000 – Saquarema/RJ

89. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SEROPÉDICAEstrada Rio São Paulo, 26 – Campolindo23890-000 – Seropédica/RJ

90. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE TERESÓPOLIS –HC/SAE/CTARua Júlio Rosa, 366 – Tijuca25953-090 – Teresópolis/RJ

91. POSTO DE SAÚDE WALTER GOMES FRANÇARua da Maçonaria, 320 – Centro25805-021 – Três Rios/RJ

92. CASA AS SAÚDE COLETIVA DE VALENÇARua Araris, 5 – Monte Douro27600-000 – Valença/RJ

93. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE VASSOURASPraça Cristovão Corrêa e Castro, 32 – Centro27700-000 – Vassouras/RJ

94. CENTRO DE DOENÇAS INFECCIOSAS DR. LUIZ GONZAGACLIMACORua Luiz Monteiro, 282 – Aterrado27293-080 – Volta Redonda/RJ

CENTROS DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO(CTA):

1. CTA – HOSPITAL MUNICIPAL ROCHA MAIARua General Severiano, 91 – Botafogo22290-901 – Rio de Janeiro/RJ

2. CTA – MADUREIRAUNIDADE INTEGRADA DE SAÚDE HERCULANO PINHEIROAv. Ministro Edgar Romero, 276-B – Madureira21360-200 – Rio de Janeiro/RJ

3. CTA – HOSPITAL ESCOLA SÃO FRANCISCO DE ASSIS - HESFAAv. Presidente Vargas, 2863 – Cidade Nova20221-110 – Rio de Janeiro/RJ

4. CTA – HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFRÉE GUINLERua Mariz e Barros, 755 – Tijuca20270-004 – Rio de Janeiro/RJ

5. CTA – NITERÓIPraça Vital Brasil, s/n – Vital Brasil24230-340 – Niterói/RJ

6. CTA – NOVA IGUAÇUPAM – POSTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA VASCO BARCELOSRua Bernardino de Melo, 1895 – Centro26255-140 – Nova Iguaçu/RJ

4746

7. CTA – SÃO JOÃO DO MERITICENTRO DE SAÚDE ANIBAL VIRIATO DE AZEVEDORua Pastor Joaquim Rosa, s/n – Vilar do Teles25555-000 – São João de Meriti/RJ

8. CTA – DUQUE DE CAXIASRua General Argolo, s/n – Centro25000-000 – Duque de Caxias/RJ

9. CTA – MESQUITAPOLICLÍNICA CELESTINA JOSÉ RICARDO ROSARua Paraná, 557 – Centro26553-020 – Mesquita/RJ

10. CTA - VOLTA REDONDACENTRO DE DOENÇAS INFECCIOSASRua Governador Luiz Monteiro, 282 – Aterrado27293-080 – Volta Redonda/RJ

11. CTA - CAMPOSRua Conselheiro Otaviano, 24128010-140 – Campos/RJ

12. CTA - SÃO GONÇALOPOSTO DE ATENDIMENTO MÉDICO PAM NEVESRua Prof. João Pereira Dias s/nº – Neves24425-004 – São Gonçalo/RJ

13. CTA – ITABORAÍ – POLICLÍNICA DE ESPECIALIDADESRua Prefeito Álvaro Pinto, s/n

COORDENAÇÕES DOS MUNICÍPIOS QUE TEM SAE

1. ANGRA DOS REISRua Almirante Machado Portella, 85 – Balneário – CEP: 29.900-315Tel.: (24) 3377-3225 / 3265 / 3367-8069

2. ARARUAMAPraça São Sebastião, 148 – Centro – CEP: 28.970-000

3. AREALRua Afonsina – Praça Duque de Caxias, 39 – CEP: 25.845-000Tel.: (24) 2257-1411

4948

4. ARMAÇÃO DE BÚZIOSPoliclínica Municipal – sala 10 – CEP: 28.950-000Tel.: (22) 2623-8038

5. ARRAIAL DO CABOAvenida Getúlio Vargas s/nº – Praia Grande – CEP: 28.930-000Tel.: (22) 2622-1650 / 2107 (ramal 241/244)

6. BARRA DO PIRAÍRua Angélica, 238 – Sant’ana – CEP: 2711-0270

7. BARRA MANSARua Pinto Ribeiro, 65 – Centro – CEP: 27.400-000

8. BELFORD ROXOAvenida Estrela Branca, 186 – Santa Maria – CEP: 26.115-070

9. BOM JESUS DO ITABAPOANARua Philomena Cyrillo, 50 – Centro – CEP: 28.360-000Tel.: (22) 3833-9675

10. CABO FRIOAv. Fagundes C. Varella, s/nº – São Cristovão – CEP: 28.901-570

11. CACHOEIRAS DE MACACURua Mário Amaral, s/nº – AmbulatórioPdr. Batalha – Ganguri – CEP: 28.680-000 – Tel.: (21) 2649-3471

12. CAMPOS DOS GOYTACAZESRua Conselheiro Otaviano, 241 (CTA) – CEP: 28.010-140Tel.: (22) 2734-4923 / 2733-0088

13. CORDEIRORua Antônio Ribeiro de Moraes, 617 – Lavrinhas – CordeiroCEP: 28.540-000Tel.: (22) 2551-1293 / 2551-2245

14. DUQUE DE CAXIASAlameda James Franco, 03 – Jardim Primavera – CEP: 25.215-285Tel.: 2773-6305

15. IGUABA GRANDERua Dr. Euclides Pereira Ninho – LT. 05 – Q. V. – SopotóCEP: 28.970-000

16. ITABORAIRua Prefeito Álvaro de Carvalho Júnior, s/n – NancilândiaCEP: 24.800-000Tel.: 2635-2062 / 2365-1399 / 3639-1401

17. ITAGUAÍRua Alziro Santiago, 18-A – Vila Margarida – CEP: 23.810-175Tel.: 2688-6052 (ramal 24)

18. ITAPERUNA – C. S. RAUL TRAVASSOSR. 10 de Maio, 772 – Centro – CEP: 28.300-000

19. ITATIAIAAvenida dos Expedicionários, s/nº – Centro CEP: 27.580-000Tel.: (24) 3352-1544

20. JAPERIAvenida Tancredo Neves, s/nº – Mucajá Engenheiro PedreiraCEP: 26.410-050Tel.: 2664-1357 / 1421 / 3177

21. MACAÉRua Velho Campos, 354 – Centro – CEP: 27.910-210

22. MAGÉRua Pio XII, s/nº – Centro – CEP: 25.900-000Tel.: 2633-0972

23. MANGARATIBAEstrada RJ, 14 nº 15 – Ibicuí – CEP: 23.600-000Tel.: 2789-2615

24. MARICÁRua Adelaide Bezerra, 186 – Centro – CEP: 24.900-000

25. MESQUITARua Paraná, s/n – Centro – CEP: 26.240-090Tel.: 3796-9800

26. MIGUEL PEREIRARua Machado Bitencour, 342 novo – CEP: 26.900.000Tel.: (24) 2483-8389

27. MIRACEMAAvenida Nilo Peçanha, 59 – Centro – CEP: 28.460.00Tel.: (22) 3852-0272

28. NATIVIDADERua Dr. Renato Vieira da Silva, nº 07 – CEP: 28.380-000Tel.: (22) 3841-100929. NILÓPOLISRua Alberto Teixeira da Cunha, 154 (sl 209) – Centro – CEP: 26.510-610

30. NITERÓIAv. Ernani Amaral Peixoto, 171/sl. 302 – Centro – CEP: 24.020-071Tel.: 2719-4491 / 4112 / 2620-9216

31. NOVA FRIBURGORua Plínio Casado s/nº – CEP: 28.600-000Tel.: (22) 2522-6416

32. NOVA IGUAÇUAvenida Henrique Duque Estrada Mayer, 953 – CEP: 26.030-380Tel.: 2668-4516

33. PARACAMBIRua Coronel Othon, 466 – Centro – CEP: 26.600-000Tel.: 3693-2715

34. PARAÍBA DO SULRua Lélio Garcia, 35 – Centro – CEP: 25.850-000Tel.: (24) 2263-1052 (ramal 217)

35. PARATYAv. Nossa Senhora dos Remédios, 06 – Pontal – CEP: 23.970-000Tel.: (24) 3371-3052

36. PETRÓPOLISRua Paulino Afonso, 455 - Centro – CEP: 25.680-003Tel.: (24) 2246-9204

37. PIRAÍRua Moacir Barbosa, 73 - Centro – CEP: 27.175-000Tel.: (24) 2411-9312 / 9335

38. PORCIÚNCULARua Prefeito Sebastião Rodrigues França, 410 – CEP: 28.390-000Tel.: (22) 3842-2598

39. QUEIMADOSAvenida Vereador Marinho Hemetério de Oliveira, 314 – CentroCEP: 26.323-292Tel.: 2665-1391

40. QUISSAMÃAvenida Francisco de Assis Carneiro da Silva – CEP: 28.735-000Tel.: (22) 2768-2353 / 1445 / 2347

41. RESENDERua Dr. João Maia, 42 – Centro – CEP: 27.511-070Tel.: (24) 3381-4847 / 3381-4830 5150

42 - RIO BONITORua Martinho de Almeida, 222 – CEP: 28.800-000Tel.: (21) 3634-4414 / 2734-0279

43. RIO DAS OSTRASAvenida Guanabara s/nº (C. S. Rio das Ostras) – B.: Extensão doBosque – CEP: 28.890-000Tel.: (22) 2760-2736

44. RIO DE JANEIRORua Afonso Cavalcanti, 455/803 – EstácioTel.: 3971-1955 / 1664

45. SANTO ANTONIO DE PÁDUAAvenida João Jasbick, 520 - B.: 17 – Aeroporto – CEP: 28.470-000Tel.: (22) 3851-0960 (ramal 219)

46. SÃO GONÇALORua Eugênio Ribeiro s/nº - Neves – CEP: 24.425-003

47. SÃO JOÃO DE MERITIRua Pastor Joaquim Rosa, s/nº – Vilar dos Teles – CEP: 25.555-681Tel.: 2651-0005 / 2751-2240 / 4884 – (vig. sanit.) / 1819 / 2757-1079

48. SÃO PEDRO DA ALDEIARua Adolfo da Silveira s/nº – Centro – Policlínica – CEP: 28.940-000

49. SAPUCAIAPapa João XXIII, s/ nº – CEP: 25.880-000Tel.: (24) 2271-1932 / 1167

50. SAQUAREMARua Frutuoso de Oliveira, s/nº – Centro – CEP: 28.990-000

51. SEROPÉDICAEstrada RJ 99, 971 - Piranema – CEP: 23.855-130Tel.: (21) 3781-255652. TERESÓPOLISRua Júlio Rosa, 366 – Tijuca – CEP: 25.975-450

53. TRÊS RIOSRua da Maçonaria, 181 – Centro – CEP: 25.805-025Tel.: (24) 2255-2891

54. VALENÇARua Comendador Antônio Jannuzzi, 115 – Belo HorizonteCEP: 27.600-000Tel.: (24) 2453-4665

Av. Presidente Vargas 446/13º andarCentro – 20071-907

Rio de Janeiro/RJ - BrasilTel. 21 - 22231040

E-mail: [email protected]: www.abiaids.org.br

TALK SHOW

55. VASSOURASRua Dr. Fernandes, 3 – Centro – CEP: 27.700-000

56. VOLTA REDONDARua 93c, 193 – Stª Cecília – CEP: 27.261-170Tel.: (24) 3339-9460 / 3343-7828 / 8000-230202 / (24) 3339-2056 / 2061

TELEFONES ÚTEIS PARA A TERCEIRA IDADE:

Disque Idoso da Assembléia Legislativa do Estado do Rio deJaneiro:

Telefone: 0800-239191

Conselho Estadual para Defesa dos Direitos de Pessoas Idosas:Telefones: 2299-3398 / 2532-6559

Delegacia de Atendimento e Proteção ao Idoso:Telefones: 3399-7840 / 2235-3140

Núcleo de Atendimento à Pessoa Idosa da Defensoria Pública doEstado do Rio de Janeiro

Telefones: 2299-2276 / 2299-2287 / 2299-2289

2

HISTÓRIASDE VIDADE PESSOASVIVENDOCOMHIV/AIDS

Vagner de Almeida

Juan Carlos Raxach

TALK SHOW

No dia 1º de setembro, a AssociaçãoBrasileira Interdisciplinar de AIDS(ABIA) deu início ao projeto “TerceiraIdade, Homossexualidade e Pre-venção das DSTs/HIV/AIDS”. O obje-

tivo é o de contribuir para a diminuição da vulnerabilidade dehomens que fazem sexo com homens (HSH) de terceira idade aoHIV e outras DSTs, com a melhora do acesso a informações cor-retas, atualizadas e adequadas sobre HIV/AIDS, saúde e DSTs.As atividades do projeto buscam também estimular a imple-mentação de políticas e ações de saúde para esta população ecriar referências culturais positivas sobre envelhecimento e ho-mossexualidade, resgatando a história comunitária e reforçandoas redes de apoio social.

Foram convidados vários homens HSH idosos para serem entre-vistados e filmados. Em seus depoimentos para o Talk Show cri-ado no projeto, relataram o que é ser homem gay e idoso noBrasil contemporâneo.

Aqui nesta cartilha, estão registradas algumas das entrevistascom esses protagonistas e homens, que falam abertamentesobre suas vidas e seus enfrentamentos na sociedade brasileira.

Direção e Roteiro: Vagner de AlmeidaCoordenação do Projeto: Vagner de AlmeidaAssistente de Projeto: Juan Carlos RaxachTempo: 100 MinCopias: (xxxx) 2012Gênero: DocumentárioClassificação: LivreDolby Digital DVD -VideoRealização: ABIA: Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDSE-mail: [email protected] – 2012 – Todos Direitos Reservados

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