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CÂMARA MUNICIPAL DO FUNDÃO projeto | REQUALIFICAÇÃO DO JARDIM DE S. ANTÓNIO local | Alpedrinha requerente | Junta de Freguesia de Alpedrinha autor / responsável | Arq. Paisagista Inês Marques (APAP, sócio 1405) colaboradores | Eng. Paulo Águas, José Silva, Mariana Alves especialidade | Arquitetura Paisagista fase | ESTUDO PRÉVIO 02 | MEMÓRIA DESCRITIVA maio 2019

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CÂMARA MUNICIPAL DO FUNDÃO

projeto | REQUALIFICAÇÃO DO JARDIM DE S. ANTÓNIO

local | Alpedrinha

requerente | Junta de Freguesia de Alpedrinha

autor / responsável | Arq. Paisagista Inês Marques (APAP, sócio 1405)

colaboradores | Eng. Paulo Águas, José Silva, Mariana Alves

especialidade | Arquitetura Paisagista

fase | ESTUDO PRÉVIO

02 | MEMÓRIA DESCRITIVA

maio 2019

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Projeto | Requalificação do Jardim de S. António

Local | Alpedrinha

1 Inês Nogueira Marques

Arquiteta Paisagista | Câmara Municipal do Fundão

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Projeto | Requalificação do Jardim de S. António

Local | Alpedrinha

2 Inês Nogueira Marques

Arquiteta Paisagista | Câmara Municipal do Fundão

Termo de Responsabilidade do Técnico Coordenadora do Projeto

Inês Nogueira Marques, Arquiteta Paisagista, Contribuinte nº 256963169, inscrito na

Associação dos Arquitetos Paisagistas, com o n.º 1405 declara para efeitos do disposto no

n.º 1 do artigo 10.º do Decreto -Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redação que lhe foi

conferida pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de Setembro, que o projeto de Arquitetura

Paisagista de que é coordenadora, relativo à obra de Requalificação do Jardim de S.

António localizada na freguesia de Alpedrinha cujo o projeto foi requerido pela Junta de

Freguesia de Alpedrinha observa as normas técnicas gerais e especificas de construção,

bem como as disposições legais e regulamentares aplicáveis, designadamente o RMUE –

Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação do Concelho do Fundão e PDM –

Plano Diretor Municipal do Fundão.

30 Maio de 2019, Fundão

Inês Nogueira Marques

Arquiteta paisagista

(APAP, sócio nº 1405)

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Projeto | Requalificação do Jardim de S. António

Local | Alpedrinha

3 Inês Nogueira Marques

Arquiteta Paisagista | Câmara Municipal do Fundão

Termo de Responsabilidade do Técnico Autor do Projeto

Inês Nogueira Marques, Arquiteta Paisagista, Contribuinte nº 256963169, inscrito na

Associação dos Arquitetos Paisagistas, com o n.º 1405 declara para efeitos do disposto no

n.º 1 do artigo 10.º do Decreto -Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redação que lhe foi

conferida pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de Setembro, que o projeto de Arquitetura

Paisagista de que é autora, relativo à obra de Requalificação do Jardim de S. António

localizada na freguesia de Alpedrinha cujo o projeto foi requerido pela Junta de Freguesia

de Alpedrinha observa as normas técnicas gerais e especificas de construção, bem como

as disposições legais e regulamentares aplicáveis, designadamente o RMUE –

Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação do Concelho do Fundão e PDM –

Plano Diretor Municipal do Fundão.

30 Maio de 2019, Fundão

Inês Nogueira Marques

Arquiteta paisagista

(APAP, sócio nº 1405)

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4 Inês Nogueira Marques

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Conteúdo 1. Introdução......................................................................................................................... 5

2. Memória Descritiva e Justificativa ................................................................................... 7

3. Peças Desenhadas e Escritas .......................................................................................... 11

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5 Inês Nogueira Marques

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1. Introdução

A presente memória descritiva e justificativa refere-se ao projeto de Requalificação

do Jardim de Santo António, que se localiza na freguesia de Alpedrinha, junto ao Largo da

Capela de Santo António, pertence ao concelho do Fundã0, distrito de Castelo Branco.

É importante a recuperação, requalificação, valorização e preservação das áreas

patrimoniais e espaços verdes pensados para satisfazer as necessidades básicas de recreio

das populações, que consequentemente aumentam a qualidade de vida das populações.

Os espaços verdes são de extrema importância para a população permitindo o

contacto e interação com a natureza, a realização de atividades ao ar livre, a contemplação

da paisagem, entre outras.

Desempenham ainda funções muito importantes no tecido urbano: produção de

oxigénio, fixação de dióxido de carbono, absorção de partículas em suspensão, aumento

da permeabilidade do solo para a infiltração de águas pluviais.

A proposta apresentada foi elaborada de acordo com as condicionantes e

potencialidades do local, da natureza e características do espaço, da necessidade de

enquadramento visual e da relação da área de intervenção com a envolvente.

O Jardim de S. António é um pequeno espaço verde com bastante potencial, no

que diz respeito à sua localização e à sua envolvente.

Para a elaboração do projeto foram executados trabalhos de campo, de forma a

conhecer o espaço, inventariar os equipamentos e estruturas construídas existentes e o

seu atual estado, em estreita articulação com a Junta de Freguesia de Alpedrinha.

De uma forma geral este espaço não apresenta uma organização espacial pensada

no recreio, não apresenta uma relação espacial com a paisagem envolvente.

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No que diz respeito ao mobiliário urbano existente, nomeadamente bancos de

madeira e papeleiras, em aço de tonalidade verde, apresentam uma localização nada

privilegiada e adequada ao espaço, e ainda se encontram em elevado degradação elevado.

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2. Memória Descritiva e Justificativa

a. Objetivos

Os objetivos para o desenvolvimento desta proposta são os seguintes:

a) Reorganizar o espaço de forma a maximizar as tipologias do espaço: áreas de

estadia, áreas verdes, áreas de sombra, áreas de sol;

b) Definir diversas tipologias de espaço: espaços de estadia, de recreio ativo e

passivo, contemplação, circulação, entre outros;

c) Criar um espaço com elevado valor cénico – Jardim / Miradouro;

d) Utilizar materiais de baixo impacto visual e de custo reduzido;

e) Potenciar a paisagem envolvente;

f) Transformar o espaço de intervenção num jardim de proximidade, com potencial

para albergar diversas atividades de recreio;

g) Preservar os elementos patrimoniais existentes – fonte salazarista e quiosque

pentagonal;

h) Ligar e dinamizar a área de intervenção com a envolvente;

i) Preservar a vegetação existente;

j) Promover a diversidade florística;

k) Utilizar de espécies autóctones e aromáticas;

l) Potenciar e estimular os sentidos dos utilizadores;

m) Implantar um espaço de baixo custos de manutenção vegetal;

n) Cumprir a legislação em vigor;

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b. Proposta

A presente proposta da Requalificação do Jardim de Santo António, com cerca

aproximadamente de 540 metros quadrados, pretende essencialmente criar condições de

vivência de diferentes faixas etárias, proporcionar diversas tipologias de espaço: zonas de

estadia, espaços de recreio ativo, esplanada, potenciar e valorizador o miradouro

existente.

A estratégia para esta intervenção tem como principal objetivo preservar a

identidade do espaço e os elementos históricos presentes, através da utilização de

materiais de baixo impacto visual, como a madeira, soluções de desenho de custos

reduzidos, pavimentos permeáveis e vegetação autóctone.

A proposta promove a mobilidade para todos, através da criação de áreas pedonais

pavimentados que façam a ligação às diversas áreas do espaço, seguindo as dimensões

adequadas de acordo com a legislação em vigor (decreto-lei nº 163/2006, de 8 de Agosto).

Consiste na reorganização do espaço atual, de forma a conferir um novo desenho

maximizando às áreas de estadia, de circulação, de recreio e de contemplação da paisagem

envolvente. O espaço passará a incluir:

• Espaços de estadia (pavimentada);

• Espaços de recreio ativo (área verde);

• Esplanada - Deck / pérgula;

• Praça / Miradouro (pavimentada e área verde);

O elemento central do jardim é a Fonte salazarista (existente) que será valorizada,

potenciada e destacada através da utilização de um pavimento diferente do restante da

área de intervenção. O pavimento será o saibro (48 m²), de tonalidade vermelha, igual ao

que está atualmente em redor da Capela de Santo António, sendo que este será

estabilizado de forma a permitir a circulação de TODOS nesta área.

Esta opção permite que os utilizadores possam associar este pavimento e

tonalidade aos elementos históricos que compõe toda a área – fonte, capela e pelourinho.

A área pavimentada de circulação, que fará a ligação a todas as áreas do jardim e

com a envolvente, será em cubo de granito de tonalidade cinza. Isto permite uma

unificação do jardim ao largo da Capela de S. António.

Será ainda executado um deck composite (33,7 m²) de tonalidade castanha, de

forma a imitar o deck de madeira, mas garantindo uma maior durabilidade do pavimento.

Esta zona de deck servirá de esplanada do café que se localiza imediatamente em frente

ao Jardim.

Sobre este deck será instalada uma pérgula em madeira, de forma a conferir

sombra e escala ao espaço.

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Relativamente à estrutura verde, esta será composta por elementos arbóreos,

arbustivos e herbáceos autóctones.

Os elementos arbóreos serão, na sua maioria, mantidos sofrendo procedimentos

de manutenção como uma poda de limpeza, desbaste e de elevação. Estas ações

consistem na remoção de galhos selecionados criteriosamente, e de galhos mais baixos.

Estas ações irão permitir uma melhoria da forma da copa, proporcionar maior penetração

de luz e circulação de ar na copa abrindo-a, reduzir o peso de forma a manter o porte

natural da árvore e ainda promover mais espaço de circulação permitindo assim maior

aproveitamento da paisagem envolvente.

As zonas arbustivas, são compostas por arbustos de médio e pequeno porte, em

crescimento livre sobre casca de pinheiro. Estas zonas dão corpo, escala e identidade à

praça de forma a desempenhar funções estéticas e limitar áreas.

Os exemplares arbustivos a utilizar serão na sua maioria autóctones e aromáticos,

de diversas formas, de forma a contribuir para a dinâmica do espaço:

▪ Gardenia jasminoides – gardénia (autóctone)

▪ Helychrisum italicum – erva-do-caril (autóctone)

▪ Lavandula angustifólia – alfazema (autóctone)

▪ Rosmanirus officinalis – alecrim (autóctone)

▪ Santolina rosmarinifolia – marcetão (autóctone)

▪ Stipa tenuissima (alóctone)

Adjacente às zonas arbustivas encontram-se pequenas áreas relvadas – clareiras -

que serão regularmente controlados pelo corte. Estas clareias formam pequenos espaços

amplos e abertos, oferecendo um vasto conjunto de oportunidades e atividades de

recreio, e ainda uma maior interação com os elementos naturais.

Ao longo de todo o espaço de intervenção serão colocados bancos de madeira com

costas conferindo maior conforto a pessoas idosas, e bancos sem costas de forma a

permitir uma maior versatilidade de uso do uso do espaço. Também serão distribuídas

papeleiras, igualmente em madeira.

Ainda ao longo da praça serão substituídas e instaladas luminárias led nos postes

de iluminação existentes, de forma a garantir uma maior e melhor iluminação do espaço,

que consequentemente contribui para uma maior segurança do espaço e economia de

custos.

Nos muros de pedra existentes serão instalados um sistema de guardas em corda,

com cerca de 0,50 a 1 metro de altura, de forma a garantir uma maior segurança e conforto

por parte dos utilizadores.

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No que diz à drenagem do espaço este será modelado de modo a conduzir, por

gravidade, as águas pluviais para os centros das áreas verdes.

A rega da estrutura verde será assegurada através da instalação de uma boca de

água junto à fonte, em que os técnicos de manutenção do jardim farão a rega através de

uma mangueira. Este sistema permite a supressão de deficientes de rega e a lavagem de

pavimentos.

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3. Peças Desenhadas e Escritas

Anexo I – SITUAÇÃO EXISTENTE

Anexo II - PLANO GERAL

Anexo III – SIMULAÇÕES