Cmt

27

Transcript of Cmt

Page 1: Cmt
Page 2: Cmt

HISTÓRICOHISTÓRICO

Foi inicialmente descrita por JEAN MARIE CHARCOT e PIERRE MARIE na França e Tooth na Inglaterra no século XIX, sendo denominada como "atrofia muscular fibular" .

Page 3: Cmt

A CMTA CMT

Neuropátia Hereditária Sensitiva Motora (NHSM) ou Atrofia Peronial Muscular (PMA)

Doença Neuromuscular Hereditária Conjunto de Neuropatias que afetam os

nervos periféricos motores e sensoriais Diferentes padrões de herança, evoluções

clínicas e características eletroneuromiográficas

Page 4: Cmt
Page 5: Cmt

GENÉTICAGENÉTICA

Heterogeneidade genética: mutações genéticas localizadas em diferentes cromossomos podem produzir quadros clínicos muito semelhantes.

O mecanismo de herança pode ser autossômico dominante, recessivo ou ligado ao cromossomo X.

CMT Tipo I é causada por uma duplicação de uma região específica do cromossomo 17, denominada 17p11.2-p12

Page 6: Cmt

EXAME GENÉTICOEXAME GENÉTICO

Pelo fato de a variabilidade clínica ser bastante ampla e as variações entre os diferentes tipos serem sutis, o diagnóstico diferencial entre casos de CMT só é possível através de exames moleculares (exames de DNA).

Page 7: Cmt

CMT - CLASSIFICAÇÃOCMT - CLASSIFICAÇÃO

Base o critério eletrofisiológico TIPO I - caracteriza-se pela ocorrência de

uma diminuição da velocidade de condução dos estímulos nervosos e hipertrofia do nervo

TIPO 2 - velocidade de condução é normal ou um pouco aumentada, havendo neuropatia axonal.

Page 8: Cmt

PREVALÊNCIA DA CMTPREVALÊNCIA DA CMT

A CMT é a neuropatia genética mais comum, sendo responsável por 80 a 90% dos casos

A prevalência de todos os tipos de CMT, no mundo, varia entre 20 a 40 casos por 100.000 habitantes.

Em pesquisas realizadas no Japão e Itália, a prevalência variou de 10,8 casos em cada 100.000 habitantes na Itália a 17,5 em cada 100.000 habitantes no Japão.

Nos Estados Unidos, essa prevalência é estimada em 42 casos por 100.000 habitantes.

Page 9: Cmt

MANIFESTAÇÕES CLÍNICASMANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

o Se iniciam entre a primeira e a segunda década de vida , variando de acordo com o tipo da doença (CMT tipo1(CMT1) ou CMT tipo2(CMT2)) e a mutação genética associada .

o A CMT1 é mais comum e se manifesta geralmente 10 anos mais cedo do que a CMT2 .

Page 10: Cmt

o As manifestações clínicas clássicas são caracterizadas por debilidade bilateral e simetricamente progressiva dos músculos distais das extremidades, principalmente dos pés e pernas, levando a uma mudança evidente na forma de andar .

o Com a progressão da doença, há perda motora e sensorial, havendo arreflexia dos membros .

o Essa perda motora e sensorial leva a deformidades esqueléticas, tais como o pé cavo, encurtamento do tendão calcâneo, dedos dos pés em garra, ângulo reduzido de dorsiflexão dos pés e cifoescoliose, dentre outras. Progressivamente, pode haver perda da capacidade de andar.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICASMANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Page 11: Cmt
Page 12: Cmt
Page 13: Cmt
Page 14: Cmt

ALTERAÇÕES AUDITIVASALTERAÇÕES AUDITIVAS Alterações auditivas causadas pela CMT não são incomuns ,

embora não se saiba ao certo qual a proporção de pacientes com a audição afetada por causa da doença .

Os pacientes apresentam perda auditiva do tipo neurossensorial

Foi levantada a hipótese de que a perda auditiva é causada pelo comprometimento do oitavo par de nervos cranianos .

A indução da surdez pela CMT é uma entidade clinicamente distinta das desordens genéricas encontradas nos pacientes com CMT, apresentando bons resultados com implante coclear em pacientes com neuropatia auditiva .

Page 15: Cmt

ALTERAÇÕES VOCAISALTERAÇÕES VOCAIS

As mutações genéticas que geram alterações vocais não são comuns.

A paresia das cordas vocais pode estar associada a uma variante mais severa da doença

Pode haver também a paralisia bilateral das cordas vocais, embora seja geralmente provocada por doenças que afetam primariamente o sistema nervoso central, como hidrocefalia, malformação de Chiari e meningomielocele.

Page 16: Cmt

EVOLUÇÃO CMTEVOLUÇÃO CMT

A evolução da doença depende da forma clínica.

Pacientes com CMT2 possuem uma evolução mais lenta e menos severa da doença , sintomas predominantemente em membros inferiores e envolvimento raro dos membros superiores. Contudo, em alguns casos devido a mutações genéticas incomuns, a CMT2 tem progressão mais rápida e severa, assim como sintomas incomuns, tais como alterações vocais e paralisia do diafragma .

Page 17: Cmt

A idade também é um indicativo de evolução e prognóstico da doença.

O início precoce da doença parece estar ligado à forma de evolução e prognóstico da doença.

Pacientes com manifestações clínicas severas tendem a ter manifestado um início precoce da CMT1.

Um estudo em pacientes cuja doença se manifestou antes dos 20 anos, demonstrou que a velocidade de condução do estímulo motor no nervo mediano foi significantemente menor, havendo então maior disfunção funcional do que nos pacientes em que a doença se manifestou tardiamente

EVOLUÇÃO CMTEVOLUÇÃO CMT

Page 18: Cmt

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO

Levantar histórico familiar do paciente. Pistas importantes para a hipótese de CMT

incluem uma história longa, desde a infância, de deformidades dos pés, como pé cavo e outras .

Perguntar sobre os marcos de desenvolvimento motor, presença de cãibras, dificuldades em andar ou correr, troca de sapatos devido a deformidade dos pés, presença de calosidades dolorosas e dificuldades em mover os dedos .

Page 19: Cmt

Os recursos de diagnóstico por imagem, como ressonância nuclear magnética e tomografia computadorizada, são bastante úteis na detecção e caracterização de condições patológicas dos músculos esqueléticos.

Classificado clinicamente, neurofisiologicamente, e em casos restritos, histopatologicamente, o diagnóstico molecular deve ser feito, para classificar o tipo de doença (CMT1 ou CMT2), a forma de herança do paciente (autossômica dominante, autossômica recessiva ou ligada ao X) e caso necessário, a mutação genética causadora da doença.

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO

Page 20: Cmt

TRATAMENTOTRATAMENTO Não há tratamento para CMT1, mas o ácido ascórbico tem se

mostrado eficaz em camundongos, havendo estudos em fase III de randomização com esta droga em pacientes sabidamente portadores de CMT1

Diversos aparelhos estão sendo testados para a avaliação da reabilitação desses pacientes .

A reversão significativa da fadiga Muscular periférica com uso de medicamentos vem sendo observada em estudos .

Outros estudos estão sendo realizados na observação da resposta neuromuscular dos pacientes com CMT.

Nos pacientes com surdez, observou-se bons resultados com a realização de um implante coclear .

Page 21: Cmt

CONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAIS Ao final deste trabalho pudemos constatar que a neuropatia

periférica é uma doença de causas múltiplas sendo algumas vezes difícil chegarem a um diagnóstico preciso.

Ela poderá ser tratada com sucesso dependendo do estágio em que sua causa foi identificada e do momento em foi iniciado o tratamento, assim como o grau de lesão ao se iniciar esse tratamento, limitando - se a alguns danos.

O tratamento das Neuropatias Periféricas é multidisciplinar, devendo ter o Terapeuta Ocupacional como membro efetivo desta

Ainda há muito o que se pesquisar sobre esta patologia, uma vez que a pesquisa genética está apenas começando..

O maior conhecimento sobre essas alterações contribuirá no futuro para o aperfeiçoamento do tratamento e a melhora do prognóstico dos pacientes portadores de CMT.

Page 22: Cmt

TRATAMENTO TRATAMENTO MULTIDICIPLINARMULTIDICIPLINAR

O tratamento é multidisciplinar, incluindo a intervenção de fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e terapeutas ocupacionais, entre outros.

Page 23: Cmt
Page 24: Cmt

OBJETIVOS DO TRATAMENTOOBJETIVOS DO TRATAMENTO

Prevenir ou reduzir edema O paciente deve aprender como posicionar o membro, particularmente em repouso, e receber aconselhamento geral sobre a prevenção do edema.

Manter a circulação na área afetada Os movimentos ativos são o melhor meio de prevenir essa desaceleração, mas os movimentos passivos e a massagem ajudam se houver paralisia.

Prevenir contraturas É essencial prevenir o desenvolvimento de qualquer contratura que poderia impedir a recuperação.

Manter atividade e a força dos músculos não afetados O paciente deve ser encorajado a usar os músculos não afetados do membro.

Page 25: Cmt

Manter a função O paciente deve ser encorajado a usar o membro o máximo possível.

Estágio de recuperação Em um nervo misto, o programa de recuperação inclui a reeducação motora e sensorial. Dependendo do nervo e da extensão da perda motora e sensorial, a reeducação pode ser igualmente importante, especialmente no caso da mão.

Reeducação muscular Durante a realização de movimentos passivos antes que a recuperação ocorra, é bom que o paciente pense sobre o movimento desde que ele não cause muita ansiedade.

OBJETIVOS DO TRATAMENTOOBJETIVOS DO TRATAMENTO

Page 26: Cmt

AgradecimentosAgradecimentos

Transpáticawww.transpatica.org.br

Page 27: Cmt

Claudia Fonseca

Estudante de Psicologia

6º sem.