CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos...

24
143 Capítulo 9 CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS Janice Rodrigues Farias Ben Slotman Murilo Buso INTRODUÇÃO O câncer de pulmão é um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade, possui alta incidência e, apesar da recente evolução na tratabilidade e cronificação, con- tinua sendo um dos cânceres que mais mata. A dificuldade de erradicação do tabagismo, principal fator de risco, torna o drama ainda maior. EPIDEMIOLOGIA No Brasil, é o segundo tumor mais incidente em homens e o quarto em mulheres (exceto pele não melanoma), com risco estimado de 17,49 casos novos a cada 100 mil homens e 10,54 para cada 100 mil mulheres. É, também, a principal causa de morte por câncer em homens (14,27%) e a segunda em mulheres (10,54%). 1 Estudo epidemiológico, envolvendo cerca de 35 mil pacientes brasileiros, demonstrou aumento da incidência em mulheres, inversão do perfil histológico com atual predomínio de adenocarcinoma e idade mediana de acometimento de 62,9 anos, sendo 54,9% dos tumores diagnosticados em estádios localmente avançados ou metastáticos ao diagnóstico. 2 O tabagismo é o principal fator de risco associado, porém, 10-15% dos casos ocor- rem em não fumantes. 3 Nos jovens, predomina histologia adenocarcinoma, sexo femi- nino, não fumante e maior probabilidade de doença metastática, apesar de ter melhor prognóstico que o paciente idoso. 4 RASTREAMENTO Para quem? – Indivíduos assintomáticos entre 55 a 74 anos e histórico míni- mo de 30 maços-ano de tabagismo e que fumam ou pararam há menos de 15 anos.

Transcript of CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos...

Page 1: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

143

Capítulo

9CÂNCER DE PULMÃO DE

NÃO PEQUENAS CÉLULAS Janice Rodrigues Farias

Ben SlotmanMurilo Buso

INTRODUÇÃO O câncer de pulmão é um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade,

possui alta incidência e, apesar da recente evolução na tratabilidade e cronificação, con-tinua sendo um dos cânceres que mais mata. A dificuldade de erradicação do tabagismo, principal fator de risco, torna o drama ainda maior.

EPIDEMIOLOGIA No Brasil, é o segundo tumor mais incidente em homens e o quarto em mulheres

(exceto pele não melanoma), com risco estimado de 17,49 casos novos a cada 100 mil homens e 10,54 para cada 100 mil mulheres. É, também, a principal causa de morte por câncer em homens (14,27%) e a segunda em mulheres (10,54%).1 Estudo epidemiológico, envolvendo cerca de 35 mil pacientes brasileiros, demonstrou aumento da incidência em mulheres, inversão do perfil histológico com atual predomínio de adenocarcinoma e idade mediana de acometimento de 62,9 anos, sendo 54,9% dos tumores diagnosticados em estádios localmente avançados ou metastáticos ao diagnóstico.2

O tabagismo é o principal fator de risco associado, porém, 10-15% dos casos ocor-rem em não fumantes.3 Nos jovens, predomina histologia adenocarcinoma, sexo femi-nino, não fumante e maior probabilidade de doença metastática, apesar de ter melhor prognóstico que o paciente idoso.4

RASTREAMENTO � Para quem? – Indivíduos assintomáticos entre 55 a 74 anos e histórico míni-

mo de 30 maços-ano de tabagismo e que fumam ou pararam há menos de 15 anos.

Page 2: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

DIRETRIZES ONCOLÓGICAS144

� Como – TC tórax de baixa dosagem sem contraste anual. Há incerteza sobre a duração apropriada do rastreio, recomendamos realizá-lo até que complete 15 anos sem fumar.5 O maior estudo já publicado demonstrou redução relativa na mortalidade de 16% (RR, 0.84; 95% IC, 0.75-0.95) para pacientes de alto risco que foram submetidos ao programa durante 3 anos vs. radiografia de tórax.6 Re-sultados satisfatórios são atingidos com uma equipe médica treinada composta de radiologista, pneumologista, cirurgião torácico e oncologista.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico patológico deve ser feito de acordo com a classificação da OMS.7 Pe-quenas amostras diagnósticas, colhidas por broncoscopia ou biópsia transparietal, devem ser avaliadas de forma racional pela patologia pois há necessidade de preservar material para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares na doença metastática. Re-biópsia na progressão é recomendada nos subgrupos em que novos testes podem guiar a nova opção terapêutica, como na pesquisa de mutação do T790M.9

ESTADIAMENTO

� História clínica detalhada incluindo tabagismo, comorbidades, perda ponderal, performance status e exame físico meticuloso.

� Laboratório: hemograma, função renal e hepática, cálcio iônico, DHL e fosfatase alcalina. Não há evidência para dosagem de marcadores tumorais (ex.: CEA).10

� TC de tórax e abdome total com contraste; se metástase visceral múltipla, complemen-tar com cintilografia óssea. Se não houver metástase, realizar PET-CT, que é superior à TC na investigação de metástase a distância e na avaliação de lin-fonodos mediastinais, porém, deve-se atentar para a possibilidade de resultado falso positivo; lesão metastática única (exceto SNC) deve ser confirmada com biópsia sempre que possível.11,12

� RNM de crânio com contraste.

� Estadiamento invasivo do mediastino: Se linfonodo hilar ou mediastinal positivo no PET-CT ou > 1,0cm na TC ou tumor central.13

 Estadiamento (AJCC, 8a edição)14

Tumor primário (T)Tx Tumor primário não pode ser avaliado ou tumor detectado por citologia maligna no escarro ou lavado

broncoalveolar, mas não visível por exames de imagem ou broncoscopia

T0 Sem evidência de tumor primário

Tis Carcinoma in situ

Page 3: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

Capítulo 9 • CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS 145

T1

T1a (mi)T1aT1bT1c

Tumor ≤ 3 cm no maior diâmetro, circundado por pulmão ou pleura visceral sem invasão proximal além do brônquio lobar Adenocarcinoma minimamente invasivoTumor ≤ 1 cm de diâmetroTumor > 1 cm, mas ≤ 2 cm de diâmetroTumor > 2 cm, mas ≤ 3 cm de diâmetro

T2

T2aT2b

Tumor > 3 cm mas ≤ 5 cm de diâmetro ou tumor com qualquer das seguintes características: envolvimento do brônquio principal independentemente da distância da carina mas sem comprometimento da carina; invasão da pleura visceral; associação com atelectasia ou pneumonite obstrutiva que se estende para a região hilar, envolvendo parcialmente ou todo o pulmão. Tumor > 3 cm, mas ≤ 4 cm de diâmetroTumor > 4 cm, mas ≤ 5 cm de diâmetro

T3 Tumor > 5 cm mas ≤ 7 cm de diâmetro ou nódulos tumorais separados no mesmo lobo ou tumor que invade diretamente qualquer das seguintes estruturas: parede torácica (inclui pleura parietal e tumor do sulco superior), nervo frênico e pericárdio parietal

T4 Tumor > 7 cm de diâmetro ou nódulos tumorais separados em lobos diferentes ipsilaterais ou tumor que invade diretamente qualquer das seguintes estruturas: diafragma, mediastino, coração, grandes vasos, traqueia, nervo laríngeo recorrente, esôfago, corpo vertebral e carina

Linfonodos regionais (N)Nx Linfonodos regionais não podem ser avaliados

N0 Sem linfonodos regionais metastáticos

N1 Metástase em linfonodos peribrônquicos e/ou hilares ipsilaterais e linfonodos intrapulmonares, incluindo envolvimento por extensão direta

N2 Metástase em linfonodos mediastinais ipsilaterais e/ou subcarinais

N3 Metástase em linfonodos contralaterais mediastinais ou hilares, ipsilaterais ou contralaterais escalenos ou linfonodos supraclaviculares

Metástases a distância (M)M0 Sem metástases a distância

M1M1a

M1b M1c

Metástases a distânciaNódulos tumorais separados em lobos contralaterais; nódulos pericárdicos ou pleurais; derrame pericárdico ou pleural malignoMetástase extratorácica únicaMetástase extratorácica múltipla em um ou mais órgãos

Agrupamento TNMIA1: T1aN0M0IA2: T1bN0M0IA3: T1cN0M0IB: T2aN0M0IIA: T2bN0M0IIB: T3N0M0, T1aN1M0, T1bN1M0, T1cN1M0, T2aN1M0, T2bN1M0, IIIA: T4N0M0, T3N1M0, T4N1M0, T1aN2M0, T1bN2M0, T1cN2M0,

T2aN2M0, T2bN2M0

Page 4: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

DIRETRIZES ONCOLÓGICAS146

IIIB: T3N2M0, T4N2M0, T1aN3M0, T1bN3M0, T1cN3M0, T2aN3M0, T2bN3M0 IIIC: T3N3M0, T4N3M0IVA: Qualquer T ou N M1a, Qualquer T ou N M1bIVB: Qualquer T ou N M1c

 Principais mudanças da 7a para a 8a edição da AJCC

7a edição 8a ediçãoT1 ≤ 1 cm T1a

T1 > 1-2 cm T1b

T1 > 2-3 cm T1c

T2 > 3-4 cm T2a

T2 > 5-7 cm T3

T3 > 7 cm T4

T3 invasão do diafragma T4

M1b lesões múltiplas extratorácicas M1c

- IIIC (T3N3M0, T4N3M0)

TRATAMENTO

Doença inicial (estádios clínicos I e II) � Ressecção cirúrgica é o tratamento padrão para pacientes que apresentem

condições clínicas (1iiA).15

� Radioterapia estereotáxica ablativa (SABR) é recomendada para pacien-tes inoperáveis ou que recusam cirurgia (1iiA), com taxas de controle do tumor primário e de SG comparáveis à lobectomia.16-20

Nota: SABR na dose mínima de 105Gy BED10 (Ex.: 3 x 18Gy; 5x11 Gy); para tumor central ou com diâmetro > 5 cm, considerar esquemas mais fracionados (ex.: 8 x 7.5 Gy); atenção se o volume target sobrepuser brônquio, traqueia e/ou esôfago; atenção em pacientes com doença pulmonar intersticial devido ao alto risco de pneumonite actínica.21

� Adjuvância: QT adjuvante nos estádios patológicos II ou III (1iiA); considerar em estádio IB com T ≥ 4 cm (análise de subgrupo).

Esquemas: sugerimos 4 ciclos de esquemas de dupla droga baseada em cisplatina: -pemetrexed 500 mg/m2 D1 EV e cisplatina 75 mg/m2 D1 EV a cada 21 dias (apenas para histologia não escamosa; iniciar 1 semana antes da QT: ácido fó-lico 1 mg/d VO e vitamina B12 1.000 mcg IM a cada 9 semanas); -vinorelbina 25 mg/m2/semana e cisplatina 50 mg/m2 D1+D8, a cada 4 semanas; -gencita-bina 1.000 mg/m2 D1+D8 e cisplatina 75 mg/m2 D1 a cada 21 dias.22

Considerar radioterapia (RT) adjuvante se margem cirúrgica positiva e/ou doença mediastinal residual (3iiiA).23 Sugerimos tratamento sequencial de QT seguida de RT, quando as duas modalidades forem indicadas na adjuvância.

Page 5: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

Capítulo 9 • CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS 147

A metanálise LACE combinou pacientes dos cinco maiores estudos e revelou redução no risco de morte de 5,4% em cinco anos para os pacientes que receberam QT adjuvante comparada com o cenário sem QT (HR 0,89, 95% IC 0,82-0,96). Manter a dose cheia de cisplatina é importante, com tendência a melhores resultados com dose total de cisplatina de no mínimo 300 mg/m2 (p = 0,10 para SG e p = 0,09 para SLD).24

Metanálise da Cochrane, com 8447 pacientes, comprovou benefício de adicionar QT depois da cirurgia, com um aumento absoluto de SG de 4% em cinco anos (HR= 0,86, 95; IC= 0,81-0,92, p < 0,0001).23

Em pacientes estádio IB, o estudo fase III JBR.10 encontrou benefício de SG em análise de subgrupo para pacientes com tumor ≥ 4cm (HR 0,66; 95% IC, 0,39-1,14; p = 0,13).26

O estudo CALGB 9633, que incluiu apenas doença estádio IB, demonstrou van-tagem significativa na SG para tumores ≥7 cm (HR 0,73, 90% CI 0,27-0,99), aqueles com T ≥ 4 cm obtiveram apenas tendência a melhor sobrevida (HR 0,78, 90% CI 0,57-1,05).27

Em relação à RT adjuvante, estudo com 3395 pacientes que foram submetidos à cirurgia e apresentaram margem positiva, revelou maior SG média para o grupo que recebeu RT pós-operatória (33,5 meses x 23,7 sem RT). Na análise multivariada, ajustada para variáveis demográficas e clínico patológicas, RT também foi superior e alcançou significância estatística (HR 0,80, 95% CI 0,70-0,92).28

É controverso o uso da RT adjuvante nos pacientes com dissecção linfonodal positiva. Em metanálise com 2128 pacientes, houve efeito deletério da RT na SG (HR 1,21 [95% IC 1,08-1,34), sobretudo nos pacientes com estádio I/II e N0-N1; para o estádio III N2, não se obteve clara evidência de prejuízo com a RT adjuvante. Algumas limitações podem ter interferido nos resultados dessa metanálise, como: as técnicas de RT empregadas incluindo máquinas de cobalto, e a possível maior toxici-dade decorrente de doses totais superiores ao padrão permitidas em um dos estudos da análise.29

Estudo fase III que avaliou QT adjuvante no estádio patológico IB-IIIA, encontrou maior SG média para aqueles pacientes N2 que receberam RT pós-operatória; entre os pacientes com doença N1, RT obteve efeito negativo nos que foram submetidos à QT, mas efeito positivo nos que não receberam QT.30

Doença localmente avançada (estádio clínico III) Envolve um grupo distinto de pacientes no qual a discussão multidisciplinar31 antes

do tratamento é fundamental. � IIIC ou IIIBN3 ou N2 cadeia múltipla, sobretudo com linfonodo maior que

3 cm independente do T ou T4 invasivo irressecável: Radioquimioterapia concomitante à QT 32 (1iiA) seguido de manutenção com durvalumabe (1iiA)33. Radioterapia na dose mínima de 60 Gy em 6 semanas associado preferencialmente a cisplatina 50 mg/m2 D1, 8, 29 e 36 + etoposídeo 50 mg/m2 D1 a 5 e 29 a 3334; outras opções: carboplatina AUC 2 e paclitaxel 45-50 mg/m2 semanal com 2 ciclos adicionais de paclitaxel 200 mg/m2 e carboplatina AUC635; carboplatina AUC 5 D1 e pemetrexed 500 mg/m2 D1 a cada 21 dias por 4 ciclos (não escamoso).36

Page 6: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

DIRETRIZES ONCOLÓGICAS148

Manutenção: durvalumabe 10 mg/kg a cada 2 semanas EV por até 12 meses. Na análise interina planejada do estudo de fase III PACIFIC, a introdução do inibidor de PDL1 durvalumabe aumentou de forma significativa a SLP em pacientes com doença localmente avançada, irressecável, que não progrediram após RT e QT concomitante (HR 0,52; p < 0,001). Os dados de SG ainda não foram liberados, mas há tendência de benefício para durvalumabe. O durvalu-mabe já está disponível no Brasil.33

Se o paciente não tem condições clínicas para terapia combinada, avaliar es-quema sequencial ou radioterapia isolada 60Gy em 6 semanas, podendo chegar a 66Gy em 6,6 semanas (3iiiDiv).37,38

� T4N0-1 ressecável – considerar QT neoadjuvante seguida de cirurgia (1iiA)39 ou radioquimioterapia exclusiva.32

� T3N1M0 – considerar cirurgia seguida de QT adjuvante (1iiA).24 � Tumores no mesmo lobo (T3) e nódulos ipsilaterais em lobos diferentes (T4)

com avaliação invasiva de linfonodo mediastinal negativa podem ser considera-dos para tratamento cirúrgico (3iiiA)40,41; indicar tratamento adjuvante confor-me estádio patológico.

� Doença N2 potencialmente ressecável tem como tratamento padrão radioterapia concomitante à quimioterapia (1iiA).32 Casos selecionados, N2 cadeia única res-secável, podem se beneficiar de tratamento de indução com quimioterapia (com ou sem radioterapia) seguido de cirurgia42-45; os autores preferem neoadjuvân-cia com quimioterapia exclusiva.46

Esquemas sugeridos (4 ciclos): pemetrexed 500 mg/m2 D1 EV e cispla-tina 75 mg/m2 D1 EV a cada 21 dias (apenas para histologia não escamosa; iniciar 1 semana antes da QT: ácido fólico 1 mg/d VO e vitamina B12 1.000 mcg IM a cada 9 semanas); gencitabina 1.000 mg/m2 D1+D8 e cisplatina 75 mg/m2 D1 a cada 21 dias; docetaxel 75 mg/m2 D1 e cisplatina 75 mg/m2 EV D1 a cada 3 semanas.

� Tumor de sulco superior – Pancoast: usualmente, apresentam-se como lesões T3 ou T4; se N2 negativo considerar tratamento pré-operatório com radio-terapia concomitante à quimioterapia. Seguir com ressecção cirúrgica se não houver progressão metastática ou linfonodal N2 ou N3 (1iiB).47,48

Page 7: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

Capítulo 9 • CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS 149

1. Algoritmo para o tratamento de CPNPC doença inicial e localmente avançada:

Avaliação inicial/estadiamento

Estádio clínico I/II

Cirurgia

QT adjuvante

Seguimento

*Incluem: margem cirúrgica positiva e/ou doença mediastinal residual.

Não Sim

Tumor ressecável epaciente operável

N2 cadeia múltiplairressecável ou N3

RT+QTconcomitante seguido

de durvalumabe

N2 cadeia únicaressecável

Discussãomultidisciplinar

Radioterapiadefinitiva ou

SABR

RTadjuvante

Estádiopatológico

IA

Estádiopatológico

IB 4 cm

Estádio patológico

II/III

Fatores de riscopara RT*

Sim Não

Estádio clínico III

Doença metastática (estádio IV) O tratamento deve ser oferecido a todos os pacientes PS0-2 e discutido em equipe

multidisciplinar,31 considerando tipo histológico, perfil molecular, expressão PDL-1, ida-de, PS, comorbidades e preferência do paciente.

� Investigar perfil molecular (mutação do EGFR, translocação ALK e ROS1) em todos os casos de histologia não escamosa, independente do fenótipo.12,49 Considerar também nos casos de CEC em pacientes jovens não fumantes com pequena biópsia.50 Realizar pesquisa de mutação do EGFR (receptor do fa-tor de crescimento epidérmico) nos éxons 18 a 21; se limitação de recurso, fazer mínima análise de deleções no éxon 19, mutação pontual no éxon 21 (L858R) e éxon 20 (T790M).49 Pesquisa de rearranjos do gene ALK (incidên-cia de 3-7%)51 e translocação do gene ROS1 (incidência de 1-2%) podem ser realizadas através de IHQ de screening, se negativa ou 0, 1+ ou 2+ proceder com FISH.52,53 O sequenciamento de nova geração (NGS) facilita a pesquisa de múltiplas mutações.54

Page 8: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

DIRETRIZES ONCOLÓGICAS150

A mutação do EGFR ocorre em cerca de 25% dos casos no Brasil;55 regiões asiáticas têm taxas maiores, que variam de 22 a 62%.56 Para todos os casos, deve-se solicitar imu-no-histoquímica para anti-PD-L1 (Dako, clone 22C3).57

O combate ao tabagismo deve sempre ser estimulado; sugerimos a abordagem dos 5A’s para a primeira consulta: Ask – pergunte sobre o hábito de fumar; Advice – aconselhe a descontinuação do cigarro; Assess – avalie a disposição do paciente em abandonar o cigarro; Assist – use aconselhamento e farmacoterapia; Arrange – agende a consulta de acompanhamento da terapia antitabaco. É importante a integração dos pacientes ao pro-grama interdisciplinar de cuidados paliativos em até 8 semanas do diagnóstico. Objetiva-se: acolher o paciente e o cuidador; avaliar distress e sintomas associados à qualidade de vida, gerando ações de melhoria; viabilizar demandas geradas pela equipe médica; prover e coordenar a relação com os demais profissionais da equipe; alinhar a compreensão do paciente com os objetivos do tratamento, prognóstico e ações de fim de vida.58

Tratamento de 1a linha 1. Pacientes com alvos acionáveis (EGFR, ALK, ROS1, PD-L1): considerar

inclusive em pacientes com PS3-459: � EGFR mutado: Uso de um dos inibidores de tirosina quinase (TKI) dispo-

níveis (1iiDiii), preferencialmente osimertinibe 80 mg/dia; opções: gefitinibe 250 mg uma vez ao dia VO,60 erlotinibe 150 mg uma vez ao dia VO61 ou afatinibe 40 mg uma vez ao dia VO.62 O estudo de fase III FLAURA revelou SLP significativamente superior para osimertinibe sobre erlotinibe ou gefi-tinibe (HR 0,46; IC 95% 0,37-0,57, p < 0,0001). A análise interina de SG favoreceu osimertinibe (HR 0,63; IC 95% 0,45-0,88, p = 0,0068; p ainda não significativo, dados não maduros). No braço do osimertinibe, houve menor taxa de descontinuação de tratamento e de toxicidade grau 3.63 Uso de um dos inibidores de tirosina quinase (TKI) disponíveis (1iiDiii): gefitinibe 250 mg 1x/d VO, erlotinibe 150 mg 1x/d VO ou afatinibe 40 mg 1x/d VO.

Metanálise que avaliou 13 estudos fase III comparou TKI com quimioterapia ba-seada em platina. Sobrevida livre de progressão (HR 0,43, 95% IC 0,38-0,49) foi sig-nificativamente prolongada, mas nenhum efeito na SG foi observado (HR 1,01, 95% IC 0,87-1,18). Provavelmente, o benefício na SG não é evidenciado devido ao crossover permitido e/ou uso desses agentes como tratamento de segunda linha após progressão com quimioterapia.64

Análise não planejada dos estudos fase III (LUX-Lung 3 e LUX-Lung 6), demons-trou SG significativamente superior para pacientes EGFR mutado com deleção do éxon 19 que receberam afatinibe em vez de quimioterapia 27,3 X 24,3m (HR 0·54, 95% CI 0,36–0,79, p=0,0015; HR 0,64, 95% CI 0,44–0,94, p=0,023).65

Estudo ARCHER 1050, fase III, comparou dacomitinibe (não disponível no Brasil) com gefitinibe em pacientes com mutação EGFR no exon 19 ou 21 +/- mutação T790M. Houve taxa de resposta semelhante (p = 0,39) mas com significativo aumento na SLP de 14,7 meses x 9,2 meses (HR- 0,59; p < 0,0001), favorecendo dacomitinibe.66,67

A combinação de erlotinibe com bevacizumabe foi avaliada em estudo fase III. A SLP foi superior para a dupla droga (16,9 meses vs. 13,3m p = 0,0157; HR 0,605), às

Page 9: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

Capítulo 9 • CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS 151

custas de aumento significativo de hemorragia, proteinúria e hipertensão. É uma opção em primeira linha, mas deve-se considerar a toxicidade, que a SG que ainda está penden-te e, também, a baixa magnitude do benefício clínico.68

A escolha do TKI deve ser realizada a partir da disponibilidade da droga, da expe-riência do oncologista e do perfil de toxicidade. São drogas bem toleradas e os eventos adversos mais comuns são rash e diarreia e, menos frequentemente, conjuntivite, esto-matite e paroníquia; doença pulmonar intersticial é um evento raro, mas que pode ser grave. Alguns dados sugerem que gefitinibe apresenta um pouco mais de elevação de transaminases hepáticas; erlotinibe, rash cutâneo69 e afatinibe, diarreia (a última droga confere maior toxicidade grau ≥ 3. Mas, com redução de dose, apresenta a mesma taxa de descontinuação e mortalidade).70

Meta cerebral sincrônica: iniciar TKI e abordar cérebro assim que possível.71 Sugere-se evitar administração de TKI durante a radioterapia.72

Tratamento de 2a/3a linha Pacientes com progressão lenta e assintomáticos: considerar manter TKI e realizar

observação vigilante (3iiiDiii).73 Pacientes com progressão radiológica em sítio único: considerar manter TKI e adi-

cionar tratamento local com cirurgia ou radioterapia (3iiiDiii).74

Pacientes que apresentam progressão relevante em uso de 1a linha de TKI: conside-rar biópsia líquida e, se presença de mutação T790M, iniciar osimertinibe 80 mg 1x/d VO (1iiDiii).75 Se não identificar mutação, buscar nova biópsia tecidual caso factível, devido à taxa de falso negativo na biópsia líquida, em torno de 30%.76-78 Evitar associar TKI com quimioterapia na progressão (1iiDiii).77

Pacientes sem condição de biópsia ou com mutação T790M não detectada: iniciar QT com dupla de platina semelhante a pacientes que não apresentam alvo acionável. Na progressão, considerar QT monodroga (pemetrexed79 ou docetaxel80, se não usados, ou imunoterapia: nivolumabe81,82 ou atezolizumabe83 ou pembrolizumabe se expressão de PD-L1 ≥ 1%.84

O estudo IMpower 150 revelou significativo benefício de SG para atezolizumabe + bevacizumabe + QT (carboplatina e paclitaxel) vs. bevacizumabe + QT na 1 linha de CPNPC não escamoso. Esse estudo incluiu pacientes com alvos acionáveis (EGFR, ALK) após progressão/intolerância à terapia-alvo. Os resultados foram superiores para os sub-grupos de metástases hepáticas e de mutações acionáveis.85

� Translocação ALKAlectinibe é a droga de escolha na primeira linha (1iiDiii) mas ainda não está dispo-

nível no Brasil.86 Outras opções: crizotinibe (1iiDiii)87; ou ceritinibe88 (1iiDiii) (indisponível no Brasil).

Pacientes que progridem em vigência de crizotinibe ou apresentam toxicidade limi-tante: considerar ceritinibe (3iiiDiv)89 ou alectinibe (3iiiDiv).90 Na sequência, seguir com QT como se não tivesse alvo acionável.

Page 10: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

DIRETRIZES ONCOLÓGICAS152

Estudo fase III ALEX revelou superioridade do alectinibe sobre o crizotinibe em relação à SLP (25,7 x 10.4 meses, HR 0,50; p < 0,0001) e progressão no sistema nervoso central (12% x 45%, HR 0,16; p < 0,0001), o que o torna a droga mais atrativa neste cenário (ALK+ com metástase cerebral).86

A comparação de crizotinibe com quimioterapia na 1a linha foi analisada no estudo PROFILE 1014, fase III com 347 pacientes ALK positivo. Crizotinibe foi superior na SLP (10,9 x 7,0 meses HR 0,45; 95% IC: 0,35-0,60; p < 0,001) e na taxa de resposta ob-jetiva (74% x 45%, p < 0,001). Não houve diferença na SG, possivelmente pela existência do crossover.87

� Translocação ROS1 Pacientes que apresentam rearranjo no gene ROS1 se beneficiam do uso de crizo-

tinibe 250 mg 2x/d VO, alcançando taxas de resposta de cerca de 70%, duração média de resposta de 17,6 meses e SLP mediana de 19,2 meses (3iiiDiv) (indicação não inclusa na bula brasileira).91 Na progressão, seguir com QT como se não tivesse alvo acionável.

� BRAF mutado (V600E) Ocorre em 1 a 2% dos adenocarcinomas, sobretudo em fumantes e ex-fumantes.

Estudo fase 2 usou a combinação de dabrafenibe com trametinibe nesses pacientes com mutação V600E. A taxa de resposta foi de 64% (23/36; IC 95%, 46-79) com SLP média de 10,9m (IC 95%, 7-16,6m). Eventos adversos grau 3/4 ocorreram em 69% da amostra, incluindo elevação de ALT, febre (11%) e redução da fração de ejeção (8%).92

� Progressão cerebral exclusiva Até 3 lesões: radiocirurgia e manter TKI; > 3 lesões: RT de crânio total e manter

TKI.12 Uma opção é trocar a linha de tratamento de acordo com o alvo (osimertinibe para EGFR mutado e ceritinibe ou alectinibe para ALK).

� PD-L1 ≥ 50% e EGFR, ALK e ROS1 negativos ou desconhecidos Oferecer o anti-PD1 pembrolizumabe 200 mg EV a cada 3 semanas na primeira

linha (1iiDiii).93 Na progressão, seguir com QT como se não tivesse alvo acionável.Estudo Keynote 24, fase III, evidenciou ganho significativo de SG em favor do pem-

brolizumabe vs. QT-platina, sobrevida global em 6 meses foi 80,2% x 72,4% (HR 0,60, 95% IC 0,41-0,89). Também foram superiores a SLP mediana (10,3 x 6 meses; HR 0,50, 95% IC 0,37-0,68) e a taxa de resposta global (45% x 28%). As taxas de toxicidade grau 3-5 foram respectivamente 27% e 53%. A expressão de PD-L1 ≥ 50% ocorreu em 30% dos 1.653 pacientes avaliados.93

2. Pacientes sem alvos acionáveisSe histologia escamosa:

� PD-L1 ≥ 50%: pembrolizumabe isolado (1iiA); � PD-L1 < 50%: pembrolizumabe e quimioterapia (paclitaxel ou nab-paclitaxel

com carboplatina) (1iA); indicação ainda não aprovada no Brasil.

Page 11: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

Capítulo 9 • CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS 153

Se histologia não escamosa: � PD-L1 ≥ 50%: pembrolizumabe isolado (1iiA). � PD-L1 < 50%: pembrolizumabe e quimioterapia (pemetrexede com carbopla-

tina) 1iA).

OBS.: � Se PD-L1 < 1% e carga mutacional 10 mut/Mb, considerar nivolumabe +

ipilimumabe ou nivolumabe + QT (associações ainda não aprovadas no Brasil). Se PD-L1 < 1% e carga mutacional < 10 mut/Mb, é possível considerar QT isolada.

� Se PD-L1 ≥ 50% (qualquer histologia): considerar associação de pembrolizu-mabe e quimioterapia apenas naqueles pacientes sintomáticos com alto volume de doença que necessitem de taxa de resposta maior (1iA). Esquemas de QT: es-camoso – carboplatina e paclitaxel; não escamoso – carboplatina e pemetrexede).

Se não houver acesso à imunoterapia, iniciar quimioterapia baseada em platina por 4 a 6 ciclos se bom índice de desempenho,94,95 independentemente do PD-L1 (1iiA). Se histologia não escamosa, favorecemos carboplatina e pemetrexed.96 Para pacien-tes sem hemoptise e com histologia não escamosa é possível adicionar bevacizumabe à QT.97,98 Se histologia escamosa, sugerimos gencitabina e cisplatina.99 Pacientes com índice de desempenho ruim (performance status 2), discutir pembrolizumabe isolado ou carboplatina e pemetrexed;100 esses pacientes devem ser avaliados clinicamente com mais frequência.

Esquemas: pemetrexed, 500 mg/m2 EV D1+ carboplatina, AUC 6 (exclusivo para não escamoso); cisplatina, 75 mg/m2 EV, D1 + gencitabina, 1.000 mg/m2 EV, D1 e D8, a cada 3 semanas; carboplatina, AUC 6 EV, D1 + paclitaxel, 200 mg/m2 EV, em 3 h, D1, a cada 3 semanas; carboplatina, AUC 6 EV, D1 + docetaxel, 75 mg/m2 EV, D1, a cada 3 semanas; bevacizumabe (exclusivo para não escamoso) 7,5 mg/kg ou 15 mg/kg EV a cada 3 semanas associado à QT: carboplatina e pemetrexed ou carboplatina e paclitaxel ou cisplatina e gencitabina. Pembrolizumabe 200 mg EV, em 30 minutos, a cada 3 sema-nas, por até 2 anos (QT por 4 ciclos, quando associada a pembrolizumabe).

O estudo KEYNOTE-24, de fase III, evidenciou ganho significativo de SG em fa-vor de pembrolizumabe vs. QT-platina na população PD-L1 ≥ 50%. A sobrevida global em seis meses foi de 80,2% vs. 72,4% (HR 0,60, IC 95% 0,41-0,89). Também foram superiores a SLP mediana (10,3 vs. 6 meses, HR 0,50, IC 95% 0,37-0,68) e a taxa de resposta global (45% vs. 28%). As taxas de toxicidade grau 3 a 5 foram, respectivamen-te, de 27% e 53%. A expressão de PD-L1 maior ou igual a 50% ocorreu em 30% dos 1.653 pacientes avaliados.

No estudo fase III, KEYNOTE-042, pacientes com PD-L1 ≥ 1% e sem mutações-al-vo, pembrolizumabe demonstrou superioridade sobre QT baseada em platina em termos de SG média em todas as histologias (PD-L1 ≥ 1%: HR 0,81; PD-L1 ≥ 20%: HR 0,77; PD-L1 ≥ 50%: 0,69; PD-L1 ≥ 1-49%: HR 0,92); o subgrupo com PD-L1 ≥ 50% foi o que apresentou maior benefício; toxicidade graus 3-5 foram menos frequentes no braço do pembrolizumabe (17,8% x 41,0%).101

Page 12: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

DIRETRIZES ONCOLÓGICAS154

O estudo KEYNOTE 407 randomizou pacientes com histologia escamosa para pembrolizumabe e quimioterapia ou QT isolada. Houve aumento significativo da SLP (HR 0,56) e da SG (HR 0,64), independente do PD-L1, para o braço da associação; taxa de resposta e duração da resposta (7,7 m x 4,8 m) também foram superiores para esse grupo com toxicidade grau 3-5 semelhante (69,8% x 68,2%).102

O estudo KEYNOTE-189 randomizou pacientes com CPNPC não escamoso para usar na 1a linha QT mais placebo vs. QT (cisplatina ou carboplatina com pe-metrexed) mais pembrolizumabe; houve ganho de SG média favorecendo o braço do pembrolizumabe, independentemente do nível de PD-L1 (HR = 0,49 [IC 95%, 0,38-0,64]; p < 0,001) [PD-L1 < 1 HR 0,59 (0,38-0,92); PDL1 ≥1 HR 0,47 (0,34-0,66); PD-L1 de 1 a 49%, HR 0,55 (0,34-0,90); PDL1 ≥ 50, HR 0,42 ( 0,26-0,68); taxa de resposta e SLP também foram superiores com a imunoterapia; houve mais nefrite do que o esperado no grupo do pembrolizumabe (5,2 x 0,5%). Pacientes com mutação- -alvo e/ou com metástase cerebral foram excluídos do estudo. Nos pacientes que ex-pressam PD-L1 ≥ 50%, não está claro se pembrolizumabe associado à quimioterapia é superior a pembrolizumabe isolado.103

Estudo fase III investigou o papel de nivolumabe + Ipilimumabe vs. quimioterapia na 1 linha de tratamento de pacientes com CPNPC metastático que tinham alta carga mutacional (≥10 mutações por megabase). Houve superioridade da combinação de imu-noterápicos na SLP 1 ano (HR 0,58; 97,5% IC: 0,41-0,81; p < 0,001) e na taxa de res-posta (45,3% x 26,9%). Esse marcador de carga mutacional deve ser validado em novos estudos. Na ASCO 2018, outra análise desse estudo foi apresentada, dessa vez apenas para pacientes com PD-L1 < 1%; aqueles que tinham alta carga mutacional (≥ 10 mut/Mb) obtiveram significativa melhora na SLP com nivolumabe e QT vs. QT isolada (HR 0,56); dados de SG ainda são imaturos. Pacientes com PDL < 1% e baixa carga mutacio-nal não se beneficiaram da adição da imunoterapia, sendo indicada QT isolada conforme tipo histológico.104,105

Duas metanálises mostraram aumento significativo de taxa de resposta, SLP e SG para a combinação de bevacizumabe e QT baseada em platina.97,98 Um estudo associou QT gencitabina/cisplatina a bevacizumabe e revelou maior taxa de resposta e modesto ganho de SLP, mas sem benefício de SG.106

Necitumumabe (não aprovado no Brasil) um anti-EGFR, associado à gencitabi-na + cisplatina na 1a linha em CEC com EGFR expresso pela IHQ , produziu ganho na SG quando comparado com QT isolada de 11,7 x 10meses (HR 0,79; p 0,002) e SLP 5,7 x 5,5 meses (HR- 0,84; p 0,018) (1iiA).107 Houve baixa magnitude de benefí-cio clínico.12

Geralmente, pacientes frágeis, com situação clínica ruim devem receber quimiotera-pia com agente isolado ou suporte clínico exclusivo. Estudo fase III, que avaliou apenas pacientes com performance status 2 demonstrou ganho de SG quando a carboplatina foi acrescentada ao pemetrexed (sobrevida em 1 ano: 40,1% para dupla droga x 21,9% para pemetrexed isolado; p 0,001).100

Page 13: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

Capítulo 9 • CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS 155

Tratamento de segunda/terceira linha � Imunoterapia se pembrolizumabe não tiver sido usado anteriormente.

• Pembrolizumabe: se PD-L1 ≥ 1%, dose de 2 mg/kg IV por 30 min 3/3 semanas até progressão ou toxicidade limitante (1iiA).84

• Nivolumabe: independente da expressão de PD-L1 3 mg/kg ou 240 mg EV a cada 2 semanas até progressão ou toxicidade limitante (1iiA).82

• Atezolizumabe: independente da expressão de PD-L1; 1.200 mg EV a cada 3 semanas (indisponível no Brasil); até progressão ou toxicidade li-mitante (1iiA).83

Quimioterapia: pemetrexed (1iiA)79, docetaxel (1iiA)80, gencitabina (1iiC)108 ou doceta-xel + ramucirumabe (adeno ou CEC; 1iiA)109; docetaxel e nintedanibe (adeno; 1iDiii)110; (ramucirumabe e nintedanibe ainda não têm indicação para câncer de pulmão referen-dada pela ANVISA).

Pacientes PS3 ou 4 que progridem em vigência de terceira linha devem adotar cui-dados paliativos exclusivos.

Os estudos Checkmate 017 (histologia escamosa) e 057 (histologia não escamosa) levaram à aprovação de nivolumabe (anticorpo monoclonal humano bloqueador do re-ceptor de morte programada PD-1) como terapia de 2a linha, independente da expressão de PD-L1. A SG foi prolongada nas duas histologias com o uso de nivolumabe em detri-mento da QT (escamoso: 9,2 x 6,0 meses; HR 0,59, 95% IC 0,44-0,79; não escamoso: 12,2 x 9,4 meses; HR 0,72, 95% IC 0,60-0,88).111

Estudo Keynote-010, fase III, randomizou 1034 pacientes com expressão de PDL-1 > 1% previamente tratados, independente da histologia. SG foi superior no braço do pembrolizumabe vs. docetaxel (10,4 m x 8,5 m; HR 0,71, p = 0,0008).84

Ramucirumabe, inibidor VEGFR2, associado a docetaxel vs. docetaxel + placebo em 2a linha, evidenciou aumento da SG (10,5 m x 9,1 m; HR 0,86; p 0,023) e da SLP (4,5 m x 3 m; p < 0,0001).109 É uma opção na 2a linha, independente da histologia, mas com baixa magnitude de benefício clínico.12

Tratamento de manutenção Pode ser ofertado aos pacientes que obtiveram resposta à 1a linha de tratamento

e bom perfil de toxicidade. As opções incluem: para histologia não escamosa, beva-cizumabe (1iiA)112,113, pemetrexed (1iDiii)114 ou pemetrexed e bevacizumabe (se usados na 1a linha; 1iiDiii) e para histologia não escamosa, gencitabina (1iiDiii)115 ou doce-taxel (1iiA).116

Page 14: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

DIRETRIZES ONCOLÓGICAS156

2. Algoritmo para o tratamento de 1a linha de CPNPC

Estádio IV, PSO-2

Sem alvos acionáveis

Expressão de PD-L1EGFR mutado: osimertinibe,

erlotinibe, gefitinibe,

afatinibe

ALK: crizotinibe, alectinibe,ceritinibe

ROS1: crizotinibe

BRAF V600E: dabrafenibe +

trametinibe

Pembrolizumabe ouQT + pembrolizumabe

QT + pembrolizumabe

≥ 50% ≤ 50%

Com alvos acionáveis

NÃO ESCAMOSO ESCAMOSO

Avaliação de resposta: Usar critérios de RECIST v1.1117, repetir os exames do diagnóstico de 6 a 9 semanas após início tratamento. PET-CT não deve ser indicado de rotina.

Seguimento: Avaliação clínica a cada 6 meses nos 2 primeiros anos e, depois, anu-almente. CT de tórax anual. Avaliar RNM cerebral de 3 a 6 meses. PET-CT não está indicado no seguimento. O maior estudo randomizado sobre seguimento nessa área foi apresentado na ESMO 2017 e não revelou benefício de SG para os que fizeram TC de tórax e os que não fizeram (HR 0,95, IC 0,82-1,09, p = 0,37). Realizar TC de tórax a cada 6 meses nos 2 primeiros anos não demonstrou benefício de SG.118

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. INCA. Estimativas INCA - Incidência de cancer no Brasil [Interne]. Internet: INCA; 2018 [Available

from: <http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/>.

2. Costa G, Thuler LC, Ferreira CG. Epidemiological changes in the histological subtypes of 35,018 non-small-cell lung cancer cases in Brazil. Lung cancer (Amsterdam, Netherlands). 2016;97:66-72.

3. Samet JM, Avila-Tang E, Boffetta P, Hannan LM, Olivo-Marston S, Thun MJ, et al. Lung cancer in never smokers: clinical epidemiology and environmental risk factors. Clinical cancer research : an official journal of the American Association for Cancer Research. 2009;15(18):5626-45.

4. Subramanian J, Morgensztern D, Goodgame B, Baggstrom MQ, Gao F, Piccirillo J, et al. Distinctive characteristics of non-small cell lung cancer (NSCLC) in the young: a surveillance, epidemiology, and end results (SEER) analysis. Journal of thoracic oncology : official publication of the International Association for the Study of Lung Cancer. 2010;5(1):23-8.

5. Moyer VA. Screening for lung cancer: U.S. Preventive Services Task Force recommendation statement. Annals of internal medicine. 2014;160(5):330-8.

6. Pinsky PF, Church TR, Izmirlian G, Kramer BS. The National Lung Screening Trial: results stratified by demographics, smoking history, and lung cancer histology. Cancer. 2013;119(22):3976-83.

7. Travis WD, Brambilla E, Nicholson AG, Yatabe Y, Austin JHM, Beasley MB, et al. The 2015 World Health Organization Classification of Lung Tumors: Impact of Genetic, Clinical and Radiologic

Page 15: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

Capítulo 9 • CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS 157

Advances Since the 2004 Classification. Journal of thoracic oncology : official publication of the International Association for the Study of Lung Cancer. 2015;10(9):1243-60.

8. Loo PS, Thomas SC, Nicolson MC, Fyfe MN, Kerr KM. Subtyping of undifferentiated non-small cell carcinomas in bronchial biopsy specimens. Journal of thoracic oncology : official publication of the International Association for the Study of Lung Cancer. 2010;5(4):442-7.

9. Sequist LV, Waltman BA, Dias-Santagata D, Digumarthy S, Turke AB, Fidias P, et al. Genotypic and histological evolution of lung cancers acquiring resistance to EGFR inhibitors. Science translational medicine. 2011;3(75):75ra26.

10. Grunnet M, Sorensen JB. Carcinoembryonic antigen (CEA) as tumor marker in lung cancer. Lung cancer (Amsterdam, Netherlands). 2012;76(2):138-43.

11. Gamez C, Rosell R, Fernandez A, Andia E, Arnaiz MD, Cardenal F, et al. PET/CT fusion scan in lung cancer: current recommendations and innovations. Journal of thoracic oncology : official publication of the International Association for the Study of Lung Cancer. 2006;1(1):74-7.

12. Novello S, Barlesi F, Califano R, Cufer T, Ekman S, Levra MG, et al. Metastatic non-small-cell lung cancer: ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Annals of oncology : official journal of the European Society for Medical Oncology. 2016;27(suppl 5):v1-v27.

13. De Leyn P, Dooms C, Kuzdzal J, Lardinois D, Passlick B, Rami-Porta R, et al. Preoperative mediastinal lymph node staging for non-small cell lung cancer: 2014 update of the 2007 ESTS guidelines. Translational lung cancer research. 2014;3(4):225-33.

14. Goldstraw P, Chansky K, Crowley J, Rami-Porta R, Asamura H, Eberhardt WE, et al. The IASLC Lung Cancer Staging Project: Proposals for Revision of the TNM Stage Groupings in the Forthcoming (Eighth) Edition of the TNM Classification for Lung Cancer. Journal of thoracic oncology : official publication of the International Association for the Study of Lung Cancer. 2016;11(1):39-51.

15. Liu Y, Huang C, Liu H, Chen Y, Li S. Sublobectomy versus Lobectomy for stage IA (T1a) non-small-cell lung cancer: a meta-analysis study. World Journal of Surgical Oncology. 2014;12:138.

16. Timmerman R, Paulus R, Galvin J, Michalski J, Straube W, Bradley J, et al. Stereotactic Body Radiation Therapy for Inoperable Early Stage Lung Cancer. Jama. 2010;303(11):1070-6.

17. Slotman BJ. Stereotactic body radiotherapy for stage I non-small cell lung cancer. Journal of Radiosurgery and SBRT. 2011;1(1):63-9.

18. Palma D, Visser O, Lagerwaard FJ, Belderbos J, Slotman BJ, Senan S. Impact of introducing stereotactic lung radiotherapy for elderly patients with stage I non-small-cell lung cancer: a population-based time-trend analysis. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2010;28(35):5153-9.

19. Chang JY, Senan S, Paul MA, Mehran RJ, Louie AV, Balter P, et al. Stereotactic ablative radiotherapy versus lobectomy for operable stage I non-small-cell lung cancer: a pooled analysis of two randomised trials. The Lancet Oncology. 2015;16(6):630-7.

20. Senthi S, Lagerwaard FJ, Haasbeek CJ, Slotman BJ, Senan S. Patterns of disease recurrence after stereotactic ablative radiotherapy for early stage non-small-cell lung cancer: a retrospective analysis. The Lancet Oncology. 2012;13(8):802-9.

21. Chang JY, Li QQ, Xu QY, Allen PK, Rebueno N, Gomez DR, et al. Stereotactic ablative radiation therapy for centrally located early stage or isolated parenchymal recurrences of non-small cell lung cancer: how to fly in a "no fly zone". International journal of radiation oncology, biology, physics. 2014;88(5):1120-8.

22. Wakelee HA, Dahlberg SE, Keller SM, Tester WJ, Gandara DR, Graziano SL, et al. Adjuvant chemotherapy with or without bevacizumab in patients with resected non-small-cell lung

Page 16: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

DIRETRIZES ONCOLÓGICAS158

cancer (E1505): an open-label, multicentre, randomised, phase 3 trial. The Lancet Oncology. 2017;18(12):1610-23.

23. Burdett S, Stewart L. Postoperative radiotherapy in non-small-cell lung cancer: update of an individual patient data meta-analysis. Lung cancer (Amsterdam, Netherlands). 2005;47(1):81-3.

24. Pignon JP, Tribodet H, Scagliotti GV, Douillard JY, Shepherd FA, Stephens RJ, et al. Lung adjuvant cisplatin evaluation: a pooled analysis by the LACE Collaborative Group. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2008;26(21):3552-9.

25. Burdett S, Pignon JP, Tierney J, Tribodet H, Stewart L, Le Pechoux C, et al. Adjuvant chemotherapy for resected early-stage non-small cell lung cancer. The Cochrane database of systematic reviews. 2015(3):Cd011430.

26. Butts CA, Ding K, Seymour L, Twumasi-Ankrah P, Graham B, Gandara D, et al. Randomized phase III trial of vinorelbine plus cisplatin compared with observation in completely resected stage IB and II non-small-cell lung cancer: updated survival analysis of JBR-10. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2010;28(1):29-34.

27. Strauss GM, Wang XF, Maddaus M, Johnstone D, Johnson E, Harpole D, et al. Adjuvant chemotherapy (AC) in stage IB non-small cell lung cancer (NSCLC): Long-term follow-up of Cancer and Leukemia Group B (CALGB) 9633. Journal of Clinical Oncology. 2011;29(15_suppl):7015-.

28. Wang EH, Corso CD, Rutter CE, Park HS, Chen AB, Kim AW, et al. Postoperative Radiation Therapy Is Associated With Improved Overall Survival in Incompletely Resected Stage II and III Non-Small-Cell Lung Cancer. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2015;33(25):2727-34.

29. Lei 9656, de 3 de junho de 1998 [Internet]. Presidência da República; 1998 [updated June 3rd, 1998 Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde]. Available from: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9656compilado.htm>.

30. Douillard JY, Rosell R, De Lena M, Carpagnano F, Ramlau R, Gonzales-Larriba JL, et al. Adjuvant vinorelbine plus cisplatin versus observation in patients with completely resected stage IB-IIIA non-small-cell lung cancer (Adjuvant Navelbine International Trialist Association [ANITA]): a randomised controlled trial. The Lancet Oncology. 2006;7(9):719-27.

31. Ung KA, Campbell BA, Duplan D, Ball D, David S. Impact of the lung oncology multidisciplinary team meetings on the management of patients with cancer. Asia-Pacific journal of clinical oncology. 2016;12(2):e298-304.

32. Auperin A, Le Pechoux C, Rolland E, Curran WJ, Furuse K, Fournel P, et al. Meta-analysis of concomitant versus sequential radiochemotherapy in locally advanced non-small-cell lung cancer. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2010;28(13):2181-90.

33. Antonia SJ, Villegas A, Daniel D, Vicente D, Murakami S, Hui R, et al. Durvalumab after Chemoradiotherapy in Stage III Non–Small-Cell Lung Cancer. New England Journal of Medicine. 2017;377(20):1919-29.

34. Albain KS, Crowley JJ, Turrisi AT, 3rd, Gandara DR, Farrar WB, Clark JI, et al. Concurrent cisplatin, etoposide, and chest radiotherapy in pathologic stage IIIB non-small-cell lung cancer: a Southwest Oncology Group phase II study, SWOG 9019. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2002;20(16):3454-60.

35. Bradley JD, Paulus R, Komaki R, Masters G, Blumenschein G, Schild S, et al. Standard-dose versus high-dose conformal radiotherapy with concurrent and consolidation carboplatin plus paclitaxel with or without cetuximab for patients with stage IIIA or IIIB non-small-cell lung cancer (RTOG 0617): a randomised, two-by-two factorial phase 3 study. The Lancet Oncology. 2015;16(2):187-99.

Page 17: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

Capítulo 9 • CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS 159

36. Choy H, Gerber DE, Bradley JD, Iyengar P, Monberg M, Treat J, et al. Concurrent pemetrexed and radiation therapy in the treatment of patients with inoperable stage III non-small cell lung cancer: a systematic review of completed and ongoing studies. Lung cancer (Amsterdam, Netherlands). 2015;87(3):232-40.

37. Garrido P, Rosell R, Arellano A, Andreu F, Domine M, Perez-Casas A, et al. Randomized phase II trial of non-platinum induction or consolidation chemotherapy plus concomitant chemoradiation in stage III NSCLC patients: mature results of the Spanish Lung Cancer Group 0008 study. Lung cancer (Amsterdam, Netherlands). 2013;81(1):84-90.

38. Belderbos J, Uitterhoeve L, van Zandwijk N, Belderbos H, Rodrigus P, van de Vaart P, et al. Randomised trial of sequential versus concurrent chemo-radiotherapy in patients with inoperable non-small cell lung cancer (EORTC 08972-22973). European journal of cancer (Oxford, England : 1990). 2007;43(1):114-21.

39. Scagliotti GV, Pastorino U, Vansteenkiste JF, Spaggiari L, Facciolo F, Orlowski TM, et al. Randomized phase III study of surgery alone or surgery plus preoperative cisplatin and gemcitabine in stages IB to IIIA non-small-cell lung cancer. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2012;30(2):172-8.

40. Nakagawa T, Okumura N, Miyoshi K, Matsuoka T, Kameyama K. Prognostic factors in patients with ipsilateral pulmonary metastasis from non-small cell lung cancer. European journal of cardio-thoracic surgery : official journal of the European Association for Cardio-thoracic Surgery. 2005;28(4):635-9.

41. Lee JG, Lee CY, Kim DJ, Chung KY, Park IK. Non-small cell lung cancer with ipsilateral pulmonary metastases: prognosis analysis and staging assessment. European journal of cardio-thoracic surgery : official journal of the European Association for Cardio-thoracic Surgery. 2008;33(3):480-4.

42. Pless M, Stupp R, Ris H, Stahel RA, Weder W, Thierstein S, et al. 1195OFINAL RESULTS OF THE SAKK 16/00 TRIAL: A RANDOMIZED PHASE III TRIAL COMPARING NEOADJUVANT CHEMORADIATION TO CHEMOTHERAPY ALONE IN STAGE IIIA/N2 NON-SMALL CELL LUNG CANCER (NSCLC). Annals of Oncology. 2014;25(suppl_4):iv417-iv.

43. Burdett SS, Stewart LA, Rydzewska L. Chemotherapy and surgery versus surgery alone in non-small cell lung cancer. The Cochrane database of systematic reviews. 2007(3):Cd006157.

44. van Meerbeeck JP, Kramer GW, Van Schil PE, Legrand C, Smit EF, Schramel F, et al. Randomized controlled trial of resection versus radiotherapy after induction chemotherapy in stage IIIA-N2 non-small-cell lung cancer. Journal of the National Cancer Institute. 2007;99(6):442-50.

45. Preoperative chemotherapy for non-small-cell lung cancer: a systematic review and meta-analysis of individual participant data. Lancet (London, England). 2014;383(9928):1561-71.

46. Shah AA, Berry MF, Tzao C, Gandhi M, Worni M, Pietrobon R, et al. Induction chemoradiation is not superior to induction chemotherapy alone in stage IIIA lung cancer. The Annals of thoracic surgery. 2012;93(6):1807-12.

47. Nikolaos P, Vasilios L, Efstratios K, Panagiotis A, Christos P, Nikolaos B, et al. Therapeutic modalities for Pancoast tumors. Journal of thoracic disease. 2014;6 Suppl 1:S180-93.

48. De Leyn P, Vansteenkiste J, Lievens Y, Van Raemdonck D, Nafteux P, Decker G, et al. Survival after trimodality treatment for superior sulcus and central T4 non-small cell lung cancer. Journal of thoracic oncology : official publication of the International Association for the Study of Lung Cancer. 2009;4(1):62-8.

49. Kerr KM, Bubendorf L, Edelman MJ, Marchetti A, Mok T, Novello S, et al. Second ESMO consensus conference on lung cancer: pathology and molecular biomarkers for non-small-cell lung cancer. Annals of oncology : official journal of the European Society for Medical Oncology. 2014;25(9):1681-90.

Page 18: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

DIRETRIZES ONCOLÓGICAS160

50. Rekhtman N, Paik PK, Arcila ME, Tafe LJ, Oxnard GR, Moreira AL, et al. Clarifying the spectrum of driver oncogene mutations in biomarker-verified squamous carcinoma of lung: lack of EGFR/KRAS and presence of PIK3CA/AKT1 mutations. Clinical cancer research : an official journal of the American Association for Cancer Research. 2012;18(4):1167-76.

51. Kwak EL, Bang YJ, Camidge DR, Shaw AT, Solomon B, Maki RG, et al. Anaplastic lymphoma kinase inhibition in non-small-cell lung cancer. The New England journal of medicine. 2010;363(18):1693-703.

52. Marchetti A, Di Lorito A, Pace MV, Iezzi M, Felicioni L, D'Antuono T, et al. ALK Protein Analysis by IHC Staining after Recent Regulatory Changes: A Comparison of Two Widely Used Approaches, Revision of the Literature, and a New Testing Algorithm. Journal of thoracic oncology : official publication of the International Association for the Study of Lung Cancer. 2016;11(4):487-95.

53. Viola P, Maurya M, Croud J, Gazdova J, Suleman N, Lim E, et al. A Validation Study for the Use of ROS1 Immunohistochemical Staining in Screening for ROS1 Translocations in Lung Cancer. Journal of thoracic oncology : official publication of the International Association for the Study of Lung Cancer. 2016;11(7):1029-39.

54. Barlesi F, Mazieres J, Merlio JP, Debieuvre D, Mosser J, Lena H, et al. Routine molecular profiling of patients with advanced non-small-cell lung cancer: results of a 1-year nationwide programme of the French Cooperative Thoracic Intergroup (IFCT). Lancet (London, England). 2016;387(10026):1415-26.

55. Lopes G, Prado E. P1.12 (also presented as PD1.03): EGFR Mutation Testing Patterns and Results in Brazil and the Need for Greater Public Health Awareness of Molecular Testing. Journal of Thoracic Oncology. 2016;11(10):S187.

56. Shi Y, Au JS, Thongprasert S, Srinivasan S, Tsai CM, Khoa MT, et al. A prospective, molecular epidemiology study of EGFR mutations in Asian patients with advanced non-small-cell lung cancer of adenocarcinoma histology (PIONEER). Journal of thoracic oncology : official publication of the International Association for the Study of Lung Cancer. 2014;9(2):154-62.

57. Reck M, Rodríguez-Abreu D, Robinson AG, Hui R, Csőszi T, Fülöp A, et al. Pembrolizumab versus Chemotherapy for PD-L1–Positive Non–Small-Cell Lung Cancer. New England Journal of Medicine. 2016;375(19):1823-33.

58. Temel JS, Greer JA, Admane S, Gallagher ER, Jackson VA, Lynch TJ, et al. Longitudinal perceptions of prognosis and goals of therapy in patients with metastatic non-small-cell lung cancer: results of a randomized study of early palliative care. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2011;29(17):2319-26.

59. Inoue A, Kobayashi K, Usui K, Maemondo M, Okinaga S, Mikami I, et al. First-line gefitinib for patients with advanced non-small-cell lung cancer harboring epidermal growth factor receptor mutations without indication for chemotherapy. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2009;27(9):1394-400.

60. Inoue A, Kobayashi K, Maemondo M, Sugawara S, Oizumi S, Isobe H, et al. Updated overall survival results from a randomized phase III trial comparing gefitinib with carboplatin-paclitaxel for chemo-naive non-small cell lung cancer with sensitive EGFR gene mutations (NEJ002). Annals of oncology : official journal of the European Society for Medical Oncology. 2013;24(1):54-9.

61. Rosell R, Carcereny E, Gervais R, Vergnenegre A, Massuti B, Felip E, et al. Erlotinib versus standard chemotherapy as first-line treatment for European patients with advanced EGFR mutation-positive non-small-cell lung cancer (EURTAC): a multicentre, open-label, randomised phase 3 trial. The Lancet Oncology. 2012;13(3):239-46.

62. Sequist LV, Yang JC, Yamamoto N, O'Byrne K, Hirsh V, Mok T, et al. Phase III study of afatinib or cisplatin plus pemetrexed in patients with metastatic lung adenocarcinoma with EGFR

Page 19: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

Capítulo 9 • CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS 161

mutations. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2013;31(27):3327-34.

63. Planchard D, Boyer M, Lee JS, Dechaphunkul A, Cheema P, Takahashi T, et al. 128O Osimertinib vs standard of care (SoC) EGFR-TKI as first-line therapy in patients (pts) with untreated EGFRm advanced NSCLC: FLAURA post-progression outcomes. Journal of Thoracic Oncology. 2018;13(4):S72-S3.

64. Lee CK, Brown C, Gralla RJ, Hirsh V, Thongprasert S, Tsai CM, et al. Impact of EGFR inhibitor in non-small cell lung cancer on progression-free and overall survival: a meta-analysis. Journal of the National Cancer Institute. 2013;105(9):595-605.

65. Yang JC, Wu YL, Schuler M, Sebastian M, Popat S, Yamamoto N, et al. Afatinib versus cisplatin-based chemotherapy for EGFR mutation-positive lung adenocarcinoma (LUX-Lung 3 and LUX-Lung 6): analysis of overall survival data from two randomised, phase 3 trials. The Lancet Oncology. 2015;16(2):141-51.

66. Wu YL, Cheng Y, Zhou X, Lee KH, Nakagawa K, Niho S, et al. Dacomitinib versus gefitinib as first-line treatment for patients with EGFR-mutation-positive non-small-cell lung cancer (ARCHER 1050): a randomised, open-label, phase 3 trial. The Lancet Oncology. 2017;18(11):1454-66.

67. Nakamura A, Inoue A, Morita S, Hosomi Y, Kato T, Fukuhara T, et al. Phase III study comparing gefitinib monotherapy (G) to combination therapy with gefitinib, carboplatin, and pemetrexed (GCP) for untreated patients (pts) with advanced non-small cell lung cancer (NSCLC) with EGFR mutations (NEJ009). Journal of Clinical Oncology. 2018;36(15_suppl):9005-.

68. Furuya N, Fukuhara T, Saito H, Watanabe K, Sugawara S, Iwasawa S, et al. Phase III study comparing bevacizumab plus erlotinib to erlotinib in patients with untreated NSCLC harboring activating EGFR mutations: NEJ026. Journal of Clinical Oncology. 2018;36(15_suppl):9006-.

69. Yang JJ, Zhou Q, Yan HH, Zhang XC, Chen HJ, Tu HY, et al. A phase III randomised controlled trial of erlotinib vs gefitinib in advanced non-small cell lung cancer with EGFR mutations. British journal of cancer. 2017;116:568.

70. Park K, Tan EH, O'Byrne K, Zhang L, Boyer M, Mok T, et al. Afatinib versus gefitinib as first-line treatment of patients with EGFR mutation-positive non-small-cell lung cancer (LUX-Lung 7): a phase 2B, open-label, randomised controlled trial. The Lancet Oncology. 2016;17(5):577-89.

71. Magnuson WJ, Yeung JT, Guillod PD, Gettinger SN, Yu JB, Chiang VL. Impact of Deferring Radiation Therapy in Patients With Epidermal Growth Factor Receptor-Mutant Non-Small Cell Lung Cancer Who Develop Brain Metastases. International journal of radiation oncology, biology, physics. 2016;95(2):673-9.

72. Sperduto PW, Wang M, Robins HI, Schell MC, Werner-Wasik M, Komaki R, et al. A phase 3 trial of whole brain radiation therapy and stereotactic radiosurgery alone versus WBRT and SRS with temozolomide or erlotinib for non-small cell lung cancer and 1 to 3 brain metastases: Radiation Therapy Oncology Group 0320. International journal of radiation oncology, biology, physics. 2013;85(5):1312-8.

73. Park K, Yu CJ, Kim SW, Lin MC, Sriuranpong V, Tsai CM, et al. First-Line Erlotinib Therapy Until and Beyond Response Evaluation Criteria in Solid Tumors Progression in Asian Patients With Epidermal Growth Factor Receptor Mutation-Positive Non-Small-Cell Lung Cancer: The ASPIRATION Study. JAMA oncology. 2016;2(3):305-12.

74. Weickhardt AJ, Scheier B, Burke JM, Gan G, Lu X, Bunn PA, Jr., et al. Local ablative therapy of oligoprogressive disease prolongs disease control by tyrosine kinase inhibitors in oncogene-addicted non-small-cell lung cancer. Journal of thoracic oncology : official publication of the International Association for the Study of Lung Cancer. 2012;7(12):1807-14.

Page 20: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

DIRETRIZES ONCOLÓGICAS162

75. Mok TS, Wu Y-L, Ahn M-J, Garassino MC, Kim HR, Ramalingam SS, et al. Osimertinib or Platinum–Pemetrexed in EGFR T790M–Positive Lung Cancer. New England Journal of Medicine. 2017;376(7):629-40.

76. Oxnard GR, Thress KS, Alden RS, Lawrance R, Paweletz CP, Cantarini M, et al. 135O_PR: Plasma genotyping for predicting benefit from osimertinib in patients (pts) with advanced NSCLC. Journal of thoracic oncology : official publication of the International Association for the Study of Lung Cancer. 2016;11(4 Suppl):S154.

77. Marchetti A, Del Grammastro M, Felicioni L, Malatesta S, Filice G, Centi I, et al. Assessment of EGFR mutations in circulating tumor cell preparations from NSCLC patients by next generation sequencing: toward a real-time liquid biopsy for treatment. PloS one. 2014;9(8):e103883.

78. Oxnard GR, Thress KS, Alden RS, Lawrance R, Paweletz CP, Cantarini M, et al. Association Between Plasma Genotyping and Outcomes of Treatment With Osimertinib (AZD9291) in Advanced Non-Small-Cell Lung Cancer. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2016;34(28):3375-82.

79. Pujol JL, Paul S, Chouaki N, Peterson P, Moore P, Berry DA, et al. Survival without common toxicity criteria grade 3/4 toxicity for pemetrexed compared with docetaxel in previously treated patients with advanced non-small cell lung cancer (NSCLC): a risk-benefit analysis. Journal of thoracic oncology : official publication of the International Association for the Study of Lung Cancer. 2007;2(5):397-401.

80. Di Maio M, Perrone F, Chiodini P, Gallo C, Camps C, Schuette W, et al. Individual patient data meta-analysis of docetaxel administered once every 3 weeks compared with once every week second-line treatment of advanced non-small-cell lung cancer. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2007;25(11):1377-82.

81. Horn L, Spigel DR, Vokes EE, Holgado E, Ready N, Steins M, et al. Nivolumab Versus Docetaxel in Previously Treated Patients With Advanced Non-Small-Cell Lung Cancer: Two-Year Outcomes From Two Randomized, Open-Label, Phase III Trials (CheckMate 017 and CheckMate 057). Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2017;35(35):3924-33.

82. Borghaei H, Paz-Ares L, Horn L, Spigel DR, Steins M, Ready NE, et al. Nivolumab versus Docetaxel in Advanced Nonsquamous Non–Small-Cell Lung Cancer. New England Journal of Medicine. 2015;373(17):1627-39.

83. Rittmeyer A, Barlesi F, Waterkamp D, Park K, Ciardiello F, von Pawel J, et al. Atezolizumab versus docetaxel in patients with previously treated non-small-cell lung cancer (OAK): a phase 3, open-label, multicentre randomised controlled trial. Lancet (London, England). 2017;389(10066):255-65.

84. Herbst RS, Baas P, Kim DW, Felip E, Perez-Gracia JL, Han JY, et al. Pembrolizumab versus docetaxel for previously treated, PD-L1-positive, advanced non-small-cell lung cancer (KEYNOTE-010): a randomised controlled trial. Lancet (London, England). 2016;387(10027):1540-50.

85. Socinski MA, Jotte RM, Cappuzzo F, Orlandi FJ, Stroyakovskiy D, Nogami N, et al. Overall survival (OS) analysis of IMpower150, a randomized Ph 3 study of atezolizumab (atezo) + chemotherapy (chemo) ± bevacizumab (bev) vs chemo + bev in 1L nonsquamous (NSQ) NSCLC. Journal of Clinical Oncology. 2018;36(15_suppl):9002-.

86. Shaw AT, Peters S, Mok T, Gadgeel SM, Ahn JS, Ou S-HI, et al. Alectinib versus crizotinib in treatment-naive advanced ALK-positive non-small cell lung cancer (NSCLC): Primary results of the global phase III ALEX study. Journal of Clinical Oncology. 2017;35(18_suppl):LBA9008-LBA.

87. Solomon BJ, Mok T, Kim D-W, Wu Y-L, Nakagawa K, Mekhail T, et al. First-Line Crizotinib versus Chemotherapy in ALK-Positive Lung Cancer. New England Journal of Medicine. 2014;371(23):2167-77.

Page 21: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

Capítulo 9 • CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS 163

88. Soria JC, Tan DSW, Chiari R, Wu YL, Paz-Ares L, Wolf J, et al. First-line ceritinib versus platinum-based chemotherapy in advanced ALK-rearranged non-small-cell lung cancer (ASCEND-4): a randomised, open-label, phase 3 study. Lancet (London, England). 2017;389(10072):917-29.

89. Kim DW, Mehra R, Tan DSW, Felip E, Chow LQM, Camidge DR, et al. Activity and safety of ceritinib in patients with ALK-rearranged non-small-cell lung cancer (ASCEND-1): updated results from the multicentre, open-label, phase 1 trial. The Lancet Oncology. 2016;17(4):452-63.

90. Ou SH, Ahn JS, De Petris L, Govindan R, Yang JC, Hughes B, et al. Alectinib in Crizotinib-Refractory ALK-Rearranged Non-Small-Cell Lung Cancer: A Phase II Global Study. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2016;34(7):661-8.

91. Kazandjian D, Blumenthal GM, Luo L, He K, Fran I, Lemery S, et al. Benefit-Risk Summary of Crizotinib for the Treatment of Patients With ROS1 Alteration-Positive, Metastatic Non-Small Cell Lung Cancer. The oncologist. 2016;21(8):974-80.

92. Planchard D, Smit EF, Groen HJM, Mazieres J, Besse B, Helland A, et al. Dabrafenib plus trametinib in patients with previously untreated BRAF(V600E)-mutant metastatic non-small-cell lung cancer: an open-label, phase 2 trial. The Lancet Oncology. 2017;18(10):1307-16.

93. Reck M, Rodriguez-Abreu D, Robinson AG, Hui R, Csoszi T, Fulop A, et al. Pembrolizumab versus Chemotherapy for PD-L1-Positive Non-Small-Cell Lung Cancer. The New England journal of medicine. 2016;375(19):1823-33.

94. Schiller JH, Harrington D, Belani CP, Langer C, Sandler A, Krook J, et al. Comparison of four chemotherapy regimens for advanced non-small-cell lung cancer. The New England journal of medicine. 2002;346(2):92-8.

95. Chemotherapy in addition to supportive care improves survival in advanced non-small-cell lung cancer: a systematic review and meta-analysis of individual patient data from 16 randomized controlled trials. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2008;26(28):4617-25.

96. Li M, Zhang Q, Fu P, Li P, Peng A, Zhang G, et al. Pemetrexed plus platinum as the first-line treatment option for advanced non-small cell lung cancer: a meta-analysis of randomized controlled trials. PloS one. 2012;7(5):e37229.

97. Soria JC, Mauguen A, Reck M, Sandler AB, Saijo N, Johnson DH, et al. Systematic review and meta-analysis of randomised, phase II/III trials adding bevacizumab to platinum-based chemotherapy as first-line treatment in patients with advanced non-small-cell lung cancer. Annals of oncology : official journal of the European Society for Medical Oncology. 2013;24(1):20-30.

98. Lima AB, Macedo LT, Sasse AD. Addition of bevacizumab to chemotherapy in advanced non-small cell lung cancer: a systematic review and meta-analysis. PloS one. 2011;6(8):e22681.

99. Scagliotti GV, Parikh P, von Pawel J, Biesma B, Vansteenkiste J, Manegold C, et al. Phase III study comparing cisplatin plus gemcitabine with cisplatin plus pemetrexed in chemotherapy-naive patients with advanced-stage non-small-cell lung cancer. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2008;26(21):3543-51.

100. Zukin M, Barrios CH, Pereira JR, Ribeiro Rde A, Beato CA, do Nascimento YN, et al. Randomized phase III trial of single-agent pemetrexed versus carboplatin and pemetrexed in patients with advanced non-small-cell lung cancer and Eastern Cooperative Oncology Group performance status of 2. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2013;31(23):2849-53.

101. Lopes G, Wu Y-L, Kudaba I, Kowalski D, Cho BC, Castro G, et al. Pembrolizumab (pembro) versus platinum-based chemotherapy (chemo) as first-line therapy for advanced/metastatic NSCLC with a PD-L1 tumor proportion score (TPS) ≥ 1%: Open-label, phase 3 KEYNOTE-042 study. Journal of Clinical Oncology. 2018;36(18_suppl):LBA4-LBA.

Page 22: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

DIRETRIZES ONCOLÓGICAS164

102. Paz-Ares LG, Luft A, Tafreshi A, Gumus M, Mazieres J, Hermes B, et al. Phase 3 study of carboplatin-paclitaxel/nab-paclitaxel (Chemo) with or without pembrolizumab (Pembro) for patients (Pts) with metastatic squamous (Sq) non-small cell lung cancer (NSCLC). Journal of Clinical Oncology. 2018;36(15_suppl):105-.

103. Gandhi L, Rodríguez-Abreu D, Gadgeel S, Esteban E, Felip E, De Angelis F, et al. Pembrolizumab plus Chemotherapy in Metastatic Non–Small-Cell Lung Cancer. New England Journal of Medicine. 2018;378(22):2078-92.

104. Hellmann MD, Ciuleanu T-E, Pluzanski A, Lee JS, Otterson GA, Audigier-Valette C, et al. Nivolumab plus Ipilimumab in Lung Cancer with a High Tumor Mutational Burden. New England Journal of Medicine. 2018;378(22):2093-104.

105. Borghaei H, Hellmann MD, Paz-Ares LG, Ramalingam SS, Reck M, O'Byrne KJ, et al. Nivolumab (Nivo) + platinum-doublet chemotherapy (Chemo) vs chemo as first-line (1L) treatment (Tx) for advanced non-small cell lung cancer (NSCLC) with <1% tumor PD-L1 expression: Results from CheckMate 227. Journal of Clinical Oncology. 2018;36(15_suppl):9001-.

106. Reck M, von Pawel J, Zatloukal P, Ramlau R, Gorbounova V, Hirsh V, et al. Overall survival with cisplatin-gemcitabine and bevacizumab or placebo as first-line therapy for nonsquamous non-small-cell lung cancer: results from a randomised phase III trial (AVAiL). Annals of oncology : official journal of the European Society for Medical Oncology. 2010;21(9):1804-9.

107. Thatcher N, Hirsch FR, Luft AV, Szczesna A, Ciuleanu TE, Dediu M, et al. Necitumumab plus gemcitabine and cisplatin versus gemcitabine and cisplatin alone as first-line therapy in patients with stage IV squamous non-small-cell lung cancer (SQUIRE): an open-label, randomised, controlled phase 3 trial. The Lancet Oncology. 2015;16(7):763-74.

108. Manegold C. Gemcitabine (Gemzar) in non-small cell lung cancer. Expert review of anticancer therapy. 2004;4(3):345-60.

109. Garon EB, Ciuleanu TE, Arrieta O, Prabhash K, Syrigos KN, Goksel T, et al. Ramucirumab plus docetaxel versus placebo plus docetaxel for second-line treatment of stage IV non-small-cell lung cancer after disease progression on platinum-based therapy (REVEL): a multicentre, double-blind, randomised phase 3 trial. Lancet (London, England). 2014;384(9944):665-73.

110. Reck M, Kaiser R, Mellemgaard A, Douillard JY, Orlov S, Krzakowski M, et al. Docetaxel plus nintedanib versus docetaxel plus placebo in patients with previously treated non-small-cell lung cancer (LUME-Lung 1): a phase 3, double-blind, randomised controlled trial. The Lancet Oncology. 2014;15(2):143-55.

111. Vokes EE, Ready N, Felip E, Horn L, Burgio MA, Antonia SJ, et al. Nivolumab versus docetaxel in previously treated advanced non-small-cell lung cancer (CheckMate 017 and CheckMate 057): 3-year update and outcomes in patients with liver metastases. Annals of oncology : official journal of the European Society for Medical Oncology. 2018;29(4):959-65.

112. Patel JD, Socinski MA, Garon EB, Reynolds CH, Spigel DR, Olsen MR, et al. PointBreak: a randomized phase III study of pemetrexed plus carboplatin and bevacizumab followed by maintenance pemetrexed and bevacizumab versus paclitaxel plus carboplatin and bevacizumab followed by maintenance bevacizumab in patients with stage IIIB or IV nonsquamous non-small-cell lung cancer. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2013;31(34):4349-57.

113. Barlesi F, Scherpereel A, Rittmeyer A, Pazzola A, Ferrer Tur N, Kim JH, et al. Randomized phase III trial of maintenance bevacizumab with or without pemetrexed after first-line induction with bevacizumab, cisplatin, and pemetrexed in advanced nonsquamous non-small-cell lung cancer: AVAPERL (MO22089). Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2013;31(24):3004-11.

Page 23: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares

Capítulo 9 • CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS 165

114. Ciuleanu T, Brodowicz T, Zielinski C, Kim JH, Krzakowski M, Laack E, et al. Maintenance pemetrexed plus best supportive care versus placebo plus best supportive care for non-small-cell lung cancer: a randomised, double-blind, phase 3 study. Lancet (London, England). 2009;374(9699):1432-40.

115. Perol M, Chouaid C, Perol D, Barlesi F, Gervais R, Westeel V, et al. Randomized, phase III study of gemcitabine or erlotinib maintenance therapy versus observation, with predefined second-line treatment, after cisplatin-gemcitabine induction chemotherapy in advanced non-small-cell lung cancer. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2012;30(28):3516-24.

116. Fidias PM, Dakhil SR, Lyss AP, Loesch DM, Waterhouse DM, Bromund JL, et al. Phase III study of immediate compared with delayed docetaxel after front-line therapy with gemcitabine plus carboplatin in advanced non-small-cell lung cancer. Journal of clinical oncology : official journal of the American Society of Clinical Oncology. 2009;27(4):591-8.

117. Eisenhauer EA, Therasse P, Bogaerts J, Schwartz LH, Sargent D, Ford R, et al. New response evaluation criteria in solid tumours: revised RECIST guideline (version 1.1). European journal of cancer (Oxford, England : 1990). 2009;45(2):228-47.

118. Westeel V, Barlesi F, Foucher P, Lafitte JJ, Domas J, Girard P, et al. 1273OResults of the phase III IFCT-0302 trial assessing minimal versus CT-scan-based follow-up for completely resected non-small cell lung cancer (NSCLC). Annals of Oncology. 2017;28(suppl_5):mdx378.012-mdx378.012.

Page 24: CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS · para imuno-histoquímica (análise mínima dos marcadores p40 ou p63 para CEC e TTF1 para adenocarcinoma)8 e para testes moleculares