CO Ensino Técnico - Conselho Regional de … e os oportunistas podem estar sub-metendo a...

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Jornal do Conselho Regional de Química IV Região (SP) Ano 23 - Nº 126 Mar/Abr 2014 ISSN 2176-4409 CO 2 vaporizado é nova arma contra incêndios Pág. 6 Fórum discutirá o Ensino Técnico Pág. 16

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Jornal do ConselhoRegional de Química

IV Região (SP)Ano 23 - Nº 126Mar/Abr 2014

ISSN 2176-4409

CO2 vaporizado é novaarma contra incêndios

Pág. 6

Fórum discutirá oEnsino Técnico

Pág. 16

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2 – Informativo CRQ-IV Mar/Abr 2014

EDITORIALLEITORES

Informativo CRQ-IVuma publicação do

Conselho Regional deQuímica IV Região (SP)

Rua Oscar Freire, 2.039 – PinheirosCEP 05409-011 – São Paulo – SP

Tel. (11) 3061-6000 - Fax (11) 3061-6001Internet: www.crq4.org.br

twitter.com/crqiv – facebook.com/crqive-mail: [email protected]: bimestral

Tiragem: 97 mil exemplares

PRESIDENTE: MANLIO DEODÓCIO DE AUGUSTINIS

VICE-PRESIDENTE: HANS VIERTLER

1º SECRETÁRIO: LAURO PEREIRA DIAS

2º SECRETÁRIO: DAVID CARLOS MINATELLI

1º TESOUREIRO: ERNESTO HIROMITI OKAMURA

2º TESOUREIRO: SÉRGIO RODRIGUES

CONSELHEIROS TITULARES: DAVID CARLOS MINATELLI,ERNESTO H. OKAMURA, HANS VIERTLER, JOSÉ

GLAUCO GRANDI, LAURO PEREIRA DIAS, NELSON

CÉSAR FERNANDO BONETTO, REYNALDO ARBUE

PINI, RUBENS BRAMBILLA E SÉRGIO RODRIGUES

CONSELHEIROS SUPLENTES: AIRTON MONTEIRO,AELSON GUAITA, ANA MARIA DA COSTA FERREIRA,ANTONIO CARLOS MASSABNI, CARLOS ALBERTO

TREVISAN, CLÁUDIO DI VITTA, GEORGE CURY

KACHAN, JOSÉ CARLOS OLIVIERI E MASAZI MAEDA

CONSELHO EDITORIAL:MANLIO DE AUGUSTINIS E JOSÉ GLAUCO GRANDI

ILUSTRAÇÃO DA CAPA: MONTAGEM COM FOTOS DA

ADIDAS E ISTOCKPHOTOS

JORNALISTA RESPONSÁVEL:CARLOS DE SOUZA (MTB 20.148)

ASSIST. COMUNICAÇÃO:JONAS GONÇALVES (MTB 48.872)

ASSIST. ADMINISTRATIVA:JULIANA DUVIQUE DE CAMPOS

IMPRESSÃO: CLY – 11 3821-3255

Com vistas a criar mais um canal de comunicação entre o CRQ-IV e seu pú-blico, o Informativo pretende tornar fixa a coluna “Leitores”. Por ela, os profis-sionais, estudantes, representantes de empresas etc. que têm acesso à publicaçãopoderão comentar as matérias publicadas, pedir mais esclarecimentos, fazer elo-gios, críticas, apontar erros e, principalmente, enviar sugestões que ajudem a tor-nar o periódico mais útil e interessante.

O endereço eletrônico [email protected] passa a ser o meio oficialpara que os leitores possam fazer contato. Os e-mails serão respondidos tão logoforem recebidos. Na edição seguinte, resumos das mensagens e das respostas serãoveiculados na versão impressa. Já os textos completos farão parte da versão on-lineda mesma edição. Importante: ao escrever para o citado endereço, o remetente esta-rá automaticamente autorizando o CRQ-IV a tornar público o conteúdo de suamensagem, bem como, quando for o caso, a resposta enviada.

Confira as mensagens que fizeram referência à edição anterior:

A multidão de apaixonados queaguarda o pontapé inicial da Copa doMundo talvez sequer tenha um dia ima-ginado a contribuição que a Químicavem dando ao longo dos anos para apri-morar a principal estrela dos gramados.Capa deste número, o artigo de VeraConstantino mostra um histórico sobrecomo o desenvolvimento e a adoção denovos materiais fizeram a bola evoluir,contribuindo para que o futebol se con-solidasse como o esporte mais pratica-do no planeta.

O recadastramento de peritos, o usode CO

2 vaporizado para combater in-

cêndios e o Fórum de Ensino Técnicoque o Conselho promoverá em maio sãoalguns dos outros assuntos abordadosnesta edição.

A íntima relação dofutebol com a Química

Coluna quer estimular a interação

FLÚOR I – Referente à matéria sobre pos-sível falha na fluoretação (Informativonº 125), gostaria de saber que quantida-de de flúor foi adicionada à água no pe-ríodo de Nov/Dez 2013. Estou grávida equero verificar com minha médica se oproblema poderá prejudicar a formaçãode meu bebê.

Tamy Koreeda Aoki - S. Paulo/SP

Conforme consta na reportagem, as pos-síveis falhas na fluoretação foramverificadas em amostras coletadas entrejaneiro e maio de 2013. A versão on-linedo texto contém um link para o site doConselho Regional de Odontologia, ondeé possível verificar as dosagens.

FLÚOR II – Como o cloro, o flúor perten-ce à família dos halogênios. O cloro vemmerecendo a atenção de pesquisadoresquanto à possibilidade de contribuir parao desenvolvimento de certo tipo de cân-cer. Em função dessa suspeita, alguns pa-íses trocaram a cloração pela ozonizaçãoda água. Nos EUA, os médicos não pres-crevem ingestão de flúor durante a gravi-dez por temerem o aparecimento de algu-ma doença. Também lá, diferentemente doque ocorre no Brasil, os cremes dentaispara crianças de até 12 anos não contem-plam flúor. Valeria a pena o CRQ-IV en-trar nessa discussão e se posicionar sobrea obrigatoriedade da aplicação do flúorna água servida à população.

Luiz Celso Colombo - Piquete/SP

Os comentários foram enviados paraanálise da Comissão Técnica de MeioAmbiente do CRQ-IV.

COBAIAS – O artigo de Octavio Presgravesobre a proibição de testes com animaisna produção de cosméticos é um alertamuito sério sobre os riscos a que os radi-cais, os desprovidos de conhecimento cien-tífico e os oportunistas podem estar sub-metendo a população.

Fernanda M. Khol - Triunfo/RS

ATRASO – Devido ao fraco interesse dasinformações, em geral, contidas nestes in-formativos, além de um forte viés comrelação aos profissionais e os conteúdosque publicam neste espaço, soma-se ago-ra ao fato de eu ter recebido a edição deJan/Fev no dia 06 de março de 2014. Nãoseria possível o envio na primeira quin-zena do período bimestral? Se não, o In-formativo não serve como informativo,aliás, não serve para nada!

Francisco J. dos SantosAraraquara/SP

De fato, vários leitores receberam seusexemplares no começo de março. Con-forme explicado ao reclamante, isso sedeu em função de problemas de distribui-ção nos Correios. Para contornar essesinconvenientes, a versão eletrônica doInformativo é publicada no site assim queé concluída. A última, por exemplo, foidisponibilizada dia 14/02.

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Informativo CRQ-IV – 3Mar/Abr 2014

NOTAS

Microbiologia, Bioquímica, Biolo-gia, Hidrogenação, Reações com com-postos aromáticos, Transgenicidade,Estudo dos órgãos e sentidos, Métodose testes sensoriais, Fluxograma de pro-cessos biotecnológicos, Implementaçãode BPF, Interpretação de legislação enormas sanitárias e de rotulagem, No-ções de APPCC, Noções de normasISO relacionados à área e implementa-ção do sistema BPL são algumas dasmatérias incluídas na sugestão de cur-rículo para cursos destinados a formarTécnicos Químicos para a área de Ali-mentos, elaborada pela Comissão Téc-nica de Alimentos do CRQ-IV.

SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL APLICADA AOTÉCNICO EM QUÍMICA GERALDO FERNANDES PELICHO

CRQ-IV Nº 04444097O Conselho Regional de Química–IV Região, no uso de suas atribuições conferidaspela Lei 2.800/56, consoante Acórdão de fls. 105 exarado no Processo Ético nº77456, vem tornar pública a pena de SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO PROFIS-SIONAL, na área da química, pelo período de 6 (seis) meses, a contar desta publi-cação, imposta ao Técnico em Química, Geraldo Fernandes Pelicho - CRQ-IV04444097, por ter restado provado que agiu com conduta antiética na sua atuaçãoprofissional, enquanto Responsável Técnico pela empresa Arovida Ind e Com deCosméticos Ltda.EPP, incorrendo nas infrações éticas previstas no Código de Éti-ca dos Profissionais da Química (Resolução Ordinária 927/70), do CFQ, no Item II,subitem 2 (tópicos constantes do processo); Item III, Subitens 1.1 e 2.5; e Decreto-lei 5452/43 (CLT), art. 346, alínea “a”; e com fundamento no art. 346, parágrafoúnico, da CLT, combinado com o item II, subitem 2.2 da RO 9593/00, do CFQ.

São Paulo, 19 de fevereiro de 2014.Manlio de Augustinis – Presidente do CRQ-IV

AnuidadesO CRQ-IV emitiu uma nova remes-

sa de boletos para os profissionais eempresas que não quitaram suas anui-dades até o prazo final (31/03). Con-forme estabelecem a Lei 2.800/1956 ea Resolução Normativa nº 253/2013,sobre os valores originais foram acres-cidas a multa de 20%, mais correçãomonetária pela taxa Selic. O prazo devencimento desses boletos foi fixadopara 08/05. O não pagamento implica-rá cobrança de mais acréscimos.

O pagamento da anuidade é obriga-tório. Os profissionais e empresas queestiverem em dificuldades para atendera essa determinação deverão entrar emcontato com o CRQ-IV para negociarum parcelamento. O contato poderá serfeito pelo telefone 11 3061-6060 oupelo e-mail [email protected].

Composto de 17 páginas, o docu-mento relaciona todas as disciplinas quedeveriam ser oferecidas para prepararadequadamente os estudantes que te-nham interesse em trabalhar como téc-nicos nesse importante segmento eco-nômico. Conforme tabela abaixo, osconteúdos foram divididos em dez par-tes que, se ministradas conforme a su-gestão, resultarão em um curso com umtotal de 1.600 horas/aula, sendo 422delas para atividades práticas.

A sugestão de currículo estará dispo-nível para download, na seção “Publica-ções” do site do Conselho (www.crq4.org.br), até o final de abril.

Comissão propõe currículo paracursos técnicos em alimentos

Carga HoráriaConteúdo Parte teórica (horas) Parte prática (horas)Conhecimentos básicos 144 16

Química Orgânica 120 40Química Inorgânica 120 40

Análises 64 256

Processos Industriais 174 18Operações Unitárias 160 -

Administração 80 -

Gestão da qualidade e assuntos regulatórios 80 -Complementares 156 52

Segurança, Saúde e Meio Ambiente 80 -

Total 1.600 horas

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4 – Informativo CRQ-IV Mar/Abr 2014

ÁGUA

O II Fórum de Recursos Hídricos,promovido nos dias 17 e 18 de marçopela Comissão Técnica de Meio Am-biente (CTMA) do CRQ-IV, ocorreu nasede da entidade e teve a presença decerca de 80 profissionais e estudantes.O evento, que contou com apoios doSindicato dos Químicos, Químicos In-dustriais e Engenheiros Químicos de SãoPaulo (Sinquisp) e da Associação dosEngenheiros da Sabesp (AESabesp),buscou divulgar inovações tecnológicase pesquisas na área de tratamento, alémde discutir a disponibilidade, a qualida-de e a garantia de suprimento de água.

Ao falar na abertura do fórum, opresidente do CRQ-IV, Manlio de Au-gustinis, afirmou que o evento é um dosmais importantes organizados pela en-tidade, pois “o Conselho não poderiase abster da missão de discutir alterna-tivas para a preservação da água, já queos profissionais da química têm entresuas atribuições legais o tratamentodesse importante recurso para a sobre-vivência humana”.

Garantia de qualidade da água, oPlano de Segurança da Água (PSA), osimpactos da exploração do gás de xistonos recursos hídricos, análise de inter-

ferentes endócrinos e tratamento deágua de disruptores endócrinos foramalguns dos assuntos apresentados noprimeiro dia do encontro.

As questões legais destacaram-se nosegundo dia do evento. Foram discuti-dos o Decreto Estadual nº 59.263/2013e a Resolução nº 420/09, do ConselhoNacional do Meio Ambiente, que esta-belecem diretrizes para proteção do soloe o gerenciamento de áreas contamina-das. Em um painel que teve a participa-ção de Consuelo Yoshida, desembarga-dora do Tribunal Regional Federal da 3ªRegião, foram discutidas as responsabi-lidades civil e criminal de agentes pú-blicos e privados no que tange às áreascontaminadas. Foram relatadas ações doMinistério Público do Meio Ambienteem prol da preservação dos recursosnaturais a fim de que danos ambientaissejam reparados. Na avaliação da desem-bargadora Yoshida, essas iniciativas bus-cam causar um “efeito pedagógico” ecompensar perdas materiais e danos àsaúde humana por meio do pagamentode indenizações pelos infratores.

As novas abordagens de investiga-ção de águas subterrâneas em áreas compontos de contaminação e a discussão

sobre processos alternativos de capta-ção de recursos hídricos foram outraspalestras apresentadas.

A programação foi encerrada comuma mesa redonda sobre o valor daágua, que reuniu os Engenheiros Quí-micos Jorge Correia e José AntonioMonteiro Ferreira, ambos da CTMA,os palestrantes Mateus Simonato e Re-nato Ramos e a jornalista Daniela Chi-aretti, do Valor Econômico.

ATUALIZAÇÃO – Entender as tendênciasda área foi a razão que motivou muitosprofissionais a participarem do fórum,como a Bacharel em Química MárciaBragato, 49 anos. Com títulos de mes-trado e doutorado em seu currículo, elaveio do Espírito Santo para buscar re-ferências em legislação e tecnologia.“Sou analista ambiental e lido com ge-renciamento de recursos hídricos eáguas contaminadas” disse.

O Engenheiro Químico MarceloFerreira, 38 anos, já trabalhou por cin-co anos com equipamentos para esta-ções de tratamento de efluentes. “Tivea chance de aprender conceitos de geo-logia, hidrologia e metodologias de tra-tamento de água e gestão de áreas con-taminadas”, contou.

Evento discutiu recursos hídricosAlusivo ao Dia Mundial da Água, encontro contou com especialistas de várias áreas

Márcia Bragato e Marcelo Ferreira estiveram entre os participantes do evento promovido pela CTMA/CRQ-IV

CRQ-IV

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Informativo CRQ-IV – 5Mar/Abr 2014

LITERATURA

Comunicado aosprofissionais que

se cadastraram paraatuar como peritosEm 2011, o CRQ-IV realizou

uma campanha para ampliar o nú-mero de profissionais que integra-vam o seu Cadastro de Peritos.Estavam aptos a participar todos osque possuíssem diploma de NívelSuperior na área química, compro-vassem cinco anos de experiência nocampo em que se propuseram a atuarcomo peritos e estivessem em situa-ção regular no Conselho.

Como já se passaram quase trêsanos, a entidade quer agora atuali-zar os dados daqueles profissionais.Uma das razões para isso é que ocadastro será transformado numlivreto que, depois de impresso – oque ocorrerá nos próximos meses –será enviado ao Poder Judiciário.

Para tanto, quem participou dacampanha de 2011, foi admitido nocadastro e quiser ser incluído nolivreto deverá atualizar seus dadospreenchendo o formulário publica-do no site www.crq4.org.br. O pra-zo para essa atualização terminaráem 30/05 e quem não se recadastrarserá excluído do cadastro.

Livros tratam da interação daQuímica com o Meio Ambiente

Poderão participar do sorteio de exemplares dos livros destacados nesta ediçãoprofissionais e estudantes em situação regular no CRQ-IV. Os interessados deverão

enviar e-mail para [email protected], informando nome completo, nº de inscriçãono Conselho ou nº do CPF e endereço com CEP. No campo “Assunto” da mensagem,

escreva a palavra “Sorteio” e o título da obra de interesse. Remeta mensagensseparadas se quiser concorrer aos dois livros. O sorteio ocorrerá no dia 16/05, sendo os

resultados divulgados nas seções “Noticiário” e “Sorteios” do site do CRQ-IV.

Técnicas analíticas aplicadas na in-vestigação da poluição do meio am-biente são o foco do livro Química ana-lítica ambiental, de Silvio Vaz Jr. Aobra discute, entre outros assuntos, aaplicação da quimiometria no tratamen-to de dados, a validação de métodosanalíticos e o controle dos dados gera-dos. Custa R$ 21,00 e pode ser com-prado em http://bit.ly/1pKIhZh.

Pesquisador da Embrapa Agroe-nergia, o autor assumiu recentemente acoordenação de um grupo de profissio-nais que está elaborando um glossáriosobre Química Renovável, que será ado-tado pela União Internacional de Quí-mica Pura e Aplicada (IUPAC).

Oferecer uma visão geral sobre ospolímeros de origem vegetal, mineral,animal e de fontes como fungos e bac-térias, sem se aprofundar em questõestecnológicas, é a proposta do livro Anatureza e os polímeros, escrito pelosEngenheiros Químicos Eloisa BiasottoMano e Luis Claudio Mendes, ambosprofessores da Universidade Federal doRio de Janeiro. Cerca de 50 diferentesmateriais poliméricos com essas carac-terísticas foram listados e comentadospelos autores.

Editado pela Blucher em 2013, olivro tem 404 páginas, custa R$ 98,00e pode ser comprado diretamente no siteda editora: http://bit.ly/1pQdzfC.

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6 – Informativo CRQ-IV Mar/Abr 2014

INOVAÇÃO

Incêndios de grandes proporçõescostumam levar horas para serem com-pletamente apagados pelo Corpo deBombeiros, que tradicionalmente utili-za jatos de água de alta pressão paracombater as chamas. No entanto, umanova tecnologia baseada na utilização dodióxido de carbono vaporizado, desen-volvida pelo Engenheiro QuímicoMoacyr Duarte de Souza Jr., pesquisa-dor do Instituto de Engenharia (Coppe)da Universidade Federal do Rio de Ja-neiro (UFRJ), promete reduzir o temponecessário para apenas alguns minutos.

Coordenador do Grupo de Análisede Risco Tecnológico e Ambiental (Gar-ta) da Coppe/UFRJ, Souza Jr. conta quea pesquisa foi iniciada há 16 anos, ainda

na elaboração de sua tese de doutoradoem Ciências em Engenharia de Produ-ção na UFRJ. Ao verificar as condiçõesnas quais os incêndios em ambientesabertos e fechados são controlados, es-pecialmente em refinarias de petróleo,ele constatou que era necessário criar umrecurso mais eficaz para a dissipação degases inflamáveis, minimizando os ris-cos das operações dos bombeiros.

“Após um acidente envolvendo umtanque de CO

2 líquido, foi realizada

uma análise fluidodinâmica das célu-las de incêndio e dos ciclos da misturade ar e vapor. Foi possível acompanhara dinâmica peculiar desse processo, in-cluindo as diferentes zonas de tempe-ratura”, relata o Engenheiro.

A partir do resultado dessa análise,buscou-se viabilizar o projeto da novatecnologia, batizada de Sistema deDescarga baseado em Gás Liquefei-to. Por meio da empresa CDIOX Safety(incubada na UFRJ), da qual é diretortécnico, firmou uma parceria com aWhite Martins e o Corpo de Bombei-ros e desenvolveu um sistema dedescompressão sem congelamento dodióxido de carbono que, conduzido noestado líquido por uma mangueira, édisparado por um canhão que gera ja-tos a baixa temperatura (entre -72 e -60°C) e sob alta pressão. O pesquisadorressalta que, por meio de um controleda aeração, é possível ter uma grandeabsorção de calor.

CO2 vaporizado será usadopara combater incêndios

Tecnologia desenvolvida por Engenheiro Químico da UFRJ já está em testes

Fotos: COPPE/UFRJ

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Informativo CRQ-IV – 7Mar/Abr 2014

INOVAÇÃO

Apoiado pela Financiadora de Es-tudos e Projetos (Finep), do Ministérioda Ciência, Tecnologia e Inovação, oprojeto resultou na construção de umcaminhão-protótipo, com capacidadepara transportar 12 toneladas de CO

2 e

os equipamentos necessários para ocumprimento do protocolo de testesexigidos para a utilização pelo Corpode Bombeiros. Uma das situações ava-liadas foi um incêndio em uma árearesidencial de 100 metros quadrados.O sistema conseguiu controlar as cha-mas em apenas três minutos, devido aointenso resfriamento: dos cerca de 700°C, a temperatura caiu para 18 °C.

Os bombeiros que irão operar o sis-tema receberão, durante dois meses, umtreinamento específico que inclui infor-mações técnicas sobre o CO

2 vaporiza-

do e o uso de equipamentos de prote-ção, como luvas para evitar congelamen-to, trajes de aproximação e respiradores.

ALTERNATIVA – Em termos de custos,Moacyr destaca que o sistema pode sermais vantajoso em locais de clima friodo que o tradicional, a base de água,pelo fato de o CO

2 ter uma demanda

energética menor para ser mantido noestado líquido. “Além disso, trata-se deuma alternativa sustentável, pois o CO

2

é captado e mantido em estoque. Pos-teriormente, o volume utilizado é repos-to. Nesse processo, são gerados crédi-tos de carbono”, explica o pesquisador.

Apesar de não ter utilização possí-vel em pequena escala, como em ex-tintores de incêndio, o sistema de gásliquefeito pode se tornar uma opçãoviável em diversos ambientes de gran-de porte, como shopping centers, cen-tros de computação e estações de tele-fonia, pois a película de condensaçãogerada não danifica equipamentos ele-trônicos, risco existente quando a águaé utilizada.

A solução desenvolvida pela par-ceria entre CDIOX, Coppe, Bombei-ros e White Martins poderá ser vistaem operação no Rio de Janeiro den-tro de um prazo de até cinco meses.No entanto, a expectativa é de que a

tecnologia possa ser aproveitada emoutros estados brasileiros e até mes-mo no exterior. De acordo com Sou-za Jr., já estão em andamento pedi-dos de patente nos EUA e na Europa.

DEMANDA – O sistema de gás liquefei-to poderá ter uma demanda considerá-vel, pois segundo o projeto “Brasil SemChamas”, coordenado pelo Laborató-rio de Segurança ao Fogo do Institutode Pesquisas Tecnológicas (IPT), acon-tecem no Brasil anualmente cerca de300 mil incêndios que necessitam daatuação do Corpo de Bombeiros. So-mente no estado de São Paulo, são maisde 50 mil registros.

Parceria entre empresas e Bombeiros viabilizou a construção do sistema. No detalhe, o Engenheiro Souza Jr.

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8 – Informativo CRQ-IV Mar/Abr 2014

ARTIGO

Uma das principais estrelas da Copado Mundo de Futebol de 2010 foi aJabulani, a bola oficial da Fifa. A re-dondinha Jabulani, que na língua zulusignifica “celebração”, foi alvo de crí-tica dos jogadores, principalmente dosgoleiros. A Jabulani parecia ter vonta-de própria, provocando erros nos gra-mados. A bola da vez é a Brazuca, apre-sentada no final de 2013 como a bolaoficial da Copa do Mundo que ocorre-rá no Brasil em junho e julho deste ano.

Se olharmos para a história das Co-pas, veremos o quanto a bola foi modi-ficada desde a primeira competição, em1930. Naquele ano, no Uruguai, foiusada uma bola de couro de animal cos-turada com cadarço e um tanto irregu-lar em sua forma. Quando o Brasil ven-ceu as Copas de 1958, 1962 e 1970, asbolas ainda eram de couro, mas já seobservava uma evolução em sua forma.

Em 1970, na Copa do tricampeona-to brasileiro, apareceu a Telstar, primei-ra bola branca com alguns gomos pre-tos para melhor visualização, já que osjogos passaram a ser transmitidos aovivo pela TV. Aquela bola foi batizadacom o mesmo nome do satélite usadopara a transmissão dos jogos que, co-incidentemente, possuía forma esféri-ca e painéis solares que lembravam umabola de futebol.

Em 1970, a Adidas passou a ser apatrocinadora oficial da Copa do Mun-do da Fifa e, desde então, se tornou res-ponsável pela confecção das bolas.Telstar Durlast foi a bola oficial da

Copa de 1974, na Alemanha, e tinhacomo principal característica absorvermenos água que sua antecessora.

Em 1978 surge, na Copa da Argen-tina, a bola Tango, que foi sucedida em1982, na Espanha, pela Tango España,a primeira feita de uma mistura de cou-ro e material sintético. Os pesquisado-res buscavam eliminar o principal pro-blema com o couro: o fato de esse ma-terial absorver muita água. Em partidasrealizadas sob chuva, a bola ficava pe-sada, difícil de ser controlada e os jo-gadores, mais sujeitos a se machuca-rem, principalmente em jogadas de ca-beceio. Outra motivação para encontrarum material alternativo era a constata-ção de que o formato da bola de courose modificava ao longo da partida.

A primeira bola inteiramente sinté-tica entrou em campo na Copa de 1986,

no México, e recebeu o nome de Azte-ca. No campeonato seguinte, em 1990,na Itália, a bola chamada Etrusca tam-bém foi confeccionada com fibras to-talmente sintéticas e importantes mo-dificações foram feitas para torná-lamais resistente ao desgaste e impermeá-vel à água.

Os avanços na composição dos ma-teriais sintéticos das bolas se estende-ram para a Questra, usada na Copade 1994, nos EUA, quando o Brasilconquistou o tetracampeonato mun-dial. A bola colorida, chamada Trico-lore, apareceu na Copa de 1998, naFrança. Na Copa do pentacampeona-to brasileiro, em 2002, a bola Fever-nova apresentava seis camadas, sen-do a mais interna feita de borrachanatural, material pertencente à classedos polímeros orgânicos. A estruturada borracha natural, ou poli(cis,1-4-isopreno), é mostrada na Figura 1.

Há normas muito bem definidas so-bre as características de uma bola defutebol como o seu peso, a esfericida-de, a taxa de perda de pressão, a por-centagem de absorção de água e o pi-que (ou rebote). Por exemplo, uma bolanos padrões da Fifa deve pesar entre410 e 450 gramas e ter circunferênciaentre 68 e 70 cm.

O desempenho das bolas de futebolé altamente dependente dos materiais edas técnicas utilizadas na fabricação,demandando pesquisa básica para de-senvolvimento de novos materiais einovação tecnológica.

Ora bolas! Não é que o futeboltambém depende da Química?

por Vera Regina. L. Constantino

“Como a senhora explicaria a uma criança o que é felicidade?Eu não explicaria. Rolaria uma bola em sua direção!”

Dorothee Solle (teóloga alemã)

Satélite Telstar deu nome à bola da Copa de 1970

Telstar50.org

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Informativo CRQ-IV – 9Mar/Abr 2014

ARTIGO

Uma bola de futebol é feita de trêscomponentes principais: revestimentoexterno (ou cobertura) com gomos (oupainéis), forro e câmara de ar. Comorevestimento externo, o couro naturalfoi substituído por polímeros orgâni-cos sintéticos.

A Brazuca é revestida com apenasseis gomos idênticos, que se unem atra-vés de um processo térmico (conhecidocomo selagem térmica), ou seja, não hácosturas na superfície. A bola da Copade 1970 tinha, por exemplo, 32 gomos,que eram costurados à máquina ou àmão, empregando linhas de poliéster.

O uso de um número menor de go-mos e a ausência de costuras propicia àbola uma forma mais arredondada e umamenor absorção de água. A inovação nasimetria dos gomos da Brazuca permiteainda melhor aderência ao gramado, to-que, estabilidade e aerodinâmica.

POLIURETANO – O material usado naconfecção dos gomos é conhecidocomo poliuretano (PUR), um polímeroresistente e impermeável à água. Do

Bacharel em Química eintegrante da Comissão de

Divulgação do CRQ-IV, a autoraé professora do Instituto deQuímica da Universidade de

São Paulo, onde ministra aulasde Química Inorgânica e

Química de Materiais. Contatospelo e-mail [email protected].

As fontes de informaçãousadas na produção do artigoestão relacionadas na versão

on-line desta edição.

ponto de vista químico, o PUR é cons-tituído de unidades repetitivas prove-nientes da reação de um composto quecontém grupos isocianato com umasubstância composta por grupos hidro-xila, gerando grupos uretano (-NH-COO-). Observe que se trata de umareação química de condensação sem aliberação de moléculas de água.

Na formação da cadeia polimérica,utiliza-se um diisocianato e um diál-cool, conforme mostra o esquema deformação de um esqueleto genérico deum poliuretano (Figura 2). Além do em-prego na confecção de bolas de fute-bol, os poliuretanos são utilizados naprodução de roupas de ginástica, solasde sapato, colchões, estofamento de car-ros e pranchas de surfe.

O forro localizado entre a cobertu-

Figura 1

Figura 2

ra e a câmara de ar é formado por ca-madas de fibras entrelaçadas de algo-dão e/ou poliéster, conferindo força,estrutura e repique à bola.

As câmaras de ar, antigamente fei-tas de bexiga de boi, hoje são confeccio-nadas com borracha natural ou borra-cha butílica. Para os jogos da Copa doMundo, a Brazuca utilizará câmara bu-tílica. Quimicamente, a borracha butí-lica é um copolímero formado pela rea-ção de isobutileno (aproximadamente98%) e isopreno (cerca de 2%), geran-do um material com alta impermeabili-dade a gases e boa resistência ao calor.

Como se vê, a Química e seus pro-fissionais trabalham duro fora do cam-po para que a atuação dos jogadoresseja, de fato, um espetáculo aos olhosdo torcedor.

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10 – Informativo CRQ-IV Mar/Abr 2014

QUÍMICA VERDE

Um experimento que começou a serrealizado este ano na Estação EspacialInternacional ganhou destaque em sites,blogs e agência de notícias especializa-dos em ciência e tecnologia. Trata-se daaplicação da chamada água supercrítica,que tem entre as suas propriedades a ca-pacidade de manter uma combustão, oque é possível por conta de um fenôme-no conhecido como “chama de difusão”.Ou seja, em vez de apagar um incêndio,esse tipo de água pode não só sustentá-locomo também é capaz de atacar os mate-riais que estejam ao seu redor. A AgênciaEspacial Americana (Nasa), inclusive,produziu um vídeo sobre o assunto, quepode ser visto na página http://bit.ly/1bnNp2i do YouTube.

Conforme definição do Grupo dePesquisa em Química Verde e Am-biental (GPQVA), da Universidade deSão Paulo (USP), “fluido supercríticoé qualquer substância que foi pressuri-zada e aquecida acima de sua pressão etemperatura críticas (ponto crítico),passando a ter propriedades intermediá-rias entre um gás e um líquido. Elesdifundem como gases e dissolvem ou-tros materiais”.

Mas por que produzi-ríamos uma água quepode manter uma chamaacesa? E para que servemos fluidos supercríticos?Conforme explica Reinal-do Camino Bazito, pro-fessor do Instituto de Quí-mica da USP e integrantedo GPQVA, essas subs-tâncias são estudadas nocampo da Química Verdepara funcionarem comosolventes alternativos,voltados a reduzir o im-pacto ambiental de váriosprocessos produtivos. Acetona, etanol emetano também podem ser usados paraessa finalidade, mas o fluido supercríti-co mais utilizado atualmente é o dióxi-do de carbono (CO2-sc) que, segundoBazito, “já é aplicado na produção docafé descafeinado e na extração do lú-pulo para fabricação de cerveja”.

Outras potenciais aplicações para oCO2-sc são a lavagem de roupas a seco(substituindo o poluente percloroetile-no) e o encapsulamento de fármacos,que também está sendo testado pelo

grupo coordenado por Bazito. Nesta li-nha de pesquisa, ainda em andamento,são realizadas a síntese e o estudo depropriedades de tensoativos e políme-ros anfifílicos para uso no dióxido decarbono supercrítico, visando utilizá-lona encapsulação de medicamentos.

O professor da USP explica que oCO2-sc pode ser produzido mais facil-mente do que a água supercrítica, poisos índices de temperatura e pressão paraobtê-lo são consideravelmente menores,o que reduz os custos. Para efeito decomparação, enquanto o dióxido de car-bono supercrítico surge a aproximada-mente 32 °C e 73 bar de pressão em umreator, a água atinge essa condição so-mente com 373 °C e pressão de 217 bar.

Nessas condições, a água supercrí-tica apresenta um comportamento in-verso ao da água líquida em tempera-turas e pressões mais baixas. Ela é ca-paz, por exemplo, de dissolver compos-tos orgânicos que são insolúveis emágua comum. Sais, por outro lado, pas-sam a ser insolúveis nesse meio. Comoessas condições são muito drásticas, as

Fluidos supercríticos sãoopções a solventes tradicionais

Substâncias obtidas com alterações de pressão e temperatura podem reduzir impacto ambiental

Aumento da pressão e temperatura fazsubstância supercrítica assumir estado entre gás e líquido

NASA

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Informativo CRQ-IV – 11Mar/Abr 2014

QUÍMICA VERDE

moléculas orgânicas dissolvidas podemse degradar, o que limita consideravel-mente a aplicação da água supercríticacomo solvente. São essas propriedadesque permitem a principal aplicação des-sa substância, em um processo deno-minado “Oxidação por Água Supercrí-tica” (Supercritical Water Oxidation –SCWO na sigla em inglês), utilizadopara a destruição de substâncias orgâ-nicas de difícil remoção.

PERSISTENTES – Ao divulgar as pesquisasque estão sendo feitas com água super-crítica na Estação Espacial Internacional,a Nasa sugeriu que uma de suas aplica-ções poderia ser a incineração de resíduosorgânicos gerados principalmente porgrandes cidades e instalações industriais.“Quando a água supercrítica é misturada

Ciência busca reduzir uso de produtos nocivosA Química Verde é definida pela International Union of Pure and Applied

Chemistry (Iupac) como “a invenção, desenvolvimento e aplicação de produtose processos químicos para reduzir ou eliminar o uso e a geração de substânciasperigosas”, nocivas de algum modo à saúde humana ou ao meio ambiente.

Com foco nesses objetivos, o Grupo de Pesquisa em Química Verde eAmbiental (GPQVA) do IQ-USP foi criado em 2003 pelos professores Rena-to Sanches Freire (orientador do trabalho que venceu a edição 2011 do Prê-mio CRQ-IV na modalidade “Química de Nível Superior”) e Paola Cório. Oprofessor Reinaldo Camino Bazito ingressou em 2006, enquanto o docenteCassius Vinicius Stevani completou a composição atual dois anos depois.

Os objetivos os grupo são desenvolver pesquisa científica e tecnológicana área, ministrar disciplinas de graduação e pós-graduação e oferecer cur-sos de capacitação e extensão à comunidade em geral. Cada docente temáreas predominantes de interesse, desde os fluidos supercríticos pesquisadospor Bazito, passando por métodos limpos de degradação de poluentes,bioensaios ecotoxicológicos e desenvolvimento de novos materiais ecatalisadores. Os integrantes do grupo procuram atuar de forma integrada,empregando suas diferentes formações para o estudo e resolução de ques-tões ligadas ao meio ambiente.

a matérias orgânicas, ocorre uma reaçãoquímica, a oxidação, que é uma maneirade queimar sem chamas”, disse MikeHicks, do Glenn Research Center, deOhio (EUA), ao site da Nasa. Trata-se deuma alternativa relativamente limpa decombustão, “que tem como produto águae dióxido de carbono e sem nenhum dosprodutos tóxicos da incineração tradicio-nal”, completou.

Reinaldo Bazito observa, entretan-to, que a água no estado supercrítico écapaz de causar danos por corrosão,depois de algum tempo, até mesmo areatores de titânio, que são extrema-mente caros. Por isso, sua produção emlarga escala se justificaria somente em

casos especiais, como a destruição depoluentes orgânicos persistentes.

Com base nesse contexto, o profes-sor da USP acredita que os testes divul-gados pela Nasa estejam sendo feitosapenas para que seja avaliado o uso daágua supercrítica sem a presença de gra-vidade. Sem levar em conta os elevadoscustos para sua produção, “a água su-percrítica pode ser muito perigosa peloalto poder de corrosão, além das altastemperaturas e pressões envolvidas”.

Bazito informa que o Brasil possuivários grupos que se dedicam a desen-volver solventes baseados em fluidossupercríticos, mas a sua adoção pelosetor produtivo ainda é pontual.

Professor Bazito faz pesquisas com CO2-sc

CRQ-IV

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12 – Informativo CRQ-IV Mar/Abr 2014

COMPLEXOS METÁLICOS

Um grupo de pesquisadores lide-rados pela professora Ana Maria daCosta Ferreira, do Instituto de Quími-ca da Universidade de São Paulo (IQ-USP), conseguiu desenvolver comple-xos metálicos que, no futuro, poderãoser usados como princípios ativos demedicamentos destinados a tratar por-tadores de doenças como a leishmani-ose e o mal de Chagas. Testes feitosem laboratório demonstraram que es-ses complexos foram, por exemplo, tãoou mais eficientes que o benzonida-zol, principal droga usada no tratamen-to da doença de Chagas.

A reatividade de complexos de me-tais essenciais como zinco e cobre éobjeto de estudos do grupo coordena-do por Ana Maria desde 2001. Em

2006, sua equipe desenvolveu comple-xos que se mostraram eficientes paradeter atividade tumoral em diversos ti-pos de células. A partir de 2011, o inte-resse pela utilização desses complexos– com algumas modificações estrutu-rais quanto aos ligantes – no combate aalgumas das chamadas “doenças negli-genciadas” levou o grupo a estudar aação sobre os parasitas Trypanosomacruzi, causador da doença de Chagas, eo Leishmania amazonensis, que provo-ca a leishmaniose, por estes terem algu-mas características em comum. Os tra-balhos nas duas frentes já geraram doispedidos de patente junto ao InstitutoNacional de Propriedade Industrial.

O Trypanosoma cruzi foi o primei-ro alvo dos testes, tanto na forma tripo-

mastigota (injetada na corrente sanguí-nea humana pelo inseto-vetor barbei-ro) quanto na amastigota (quando trans-formado nas células). Os resultados invitro foram animadores, pois mostraramque os complexos alcançaram eficáciasuperior ao benzonidazol. Com umadose 50% menor, os complexos metá-licos tiveram desempenho equivalenteao do benzonidazol na eliminação doparasita. Ao mesmo tempo, a concen-tração que provocaria malefícios às cé-lulas do doente teria que ser, em algunscasos, até doze vezes maior do que ada droga letal ao parasita. Além disso,por terem íons de elementos essenciaisao organismo, os complexos são meta-bolizados com mais facilidade.

“Procuramos desenvolver compos-tos capazes de agir com eficácia nasfases aguda e crônica da doença”, res-salta Ana Maria. O trabalho foi reali-zado em parceria com as pesquisado-ras Leda Quércia Vieira e Grazielle Al-ves Ribeiro, ambas do Departamento deBioquímica e Imunologia da Universi-dade Federal de Minas Gerais (UFMG).Foram avaliados compostos baseadosem cobre, vanádio e zinco. SegundoAna Maria, o vanádio acabou não semostrando uma alternativa tão eficazpor sua alta toxicidade para o corpohumano. “Os que mostraram melhoresresultados foram o zinco e o cobre”, diz.

Contra o Leishmania amazonensis,os testes ainda se encontram em anda-mento, em parceria com o grupo coor-denado pela professora Marcia Apa-recida Silva Graminha, da Faculdadede Ciências Farmacêuticas da Uni-versidade Estadual Paulista, de Arara-

Compostos poderão ser usadoscontra doenças negligenciadasTestes comprovaram eficácia contra mal de Chagas e leishmaniose

Ana Maria: proposta é desenvolver compostos capazes de agir em diferentes fases das doenças

CRQ-IV

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Informativo CRQ-IV – 13Mar/Abr 2014

COMPLEXOS METÁLICOS

quara. Segundo Ana Maria, já é possí-vel verificar um potencial semelhanteao registrado contra a doença de Cha-gas, o que motiva os pesquisadores acontinuarem desenvolvendo esses prin-cípios ativos até para outras enfermi-dades semelhantes, visando um possí-vel aproveitamento futuro por parte daindústria farmacêutica.

ANTICÂNCER – No caso dos compostosantitumorais, os testes in vitro realiza-dos de 2001 a 2005, durante o doutora-do de Giselle Cerchiaro (vencedoraduas vezes do Prêmio CRQ-IV), que naépoca era orientanda de Ana Maria,provaram que os complexos metálicosde cobre e zinco provocam processosoxidativos em células cancerígenas,danificando seu DNA e, consequente-mente, provocando morte fisiológicasem reação inflamatória do organismo,denominada “processo de apoptose”.

Conselheira do CRQ-IV, Ana Mariada Costa Ferreira coordena o Laborató-rio de Bioinorgânica, Catálise e Farma-cologia do IQ-USP, que para o desen-volvimento dos compostos teve a cola-boração de outros grupos de pesquisapor meio do Instituto Nacional de Ciên-

Outro estudo ganha destaqueTrabalho realizado há anos pela equipe coordenada pelo professor

Adriano Andricopulo, da USP de São Carlos, e que obteve agora avançono desenvolvimento e otimização de um conjunto de inibidores potentesda enzima cruzaína de Trypanosoma cruzi, virou manchete da edição atualdo Journal of Medicinal Chemistry.

Segundo o professor Adriano Andricopulo, que é Químico Industriale teve parte de seus feitos relatados pelo Informativo CRQ-IV em 2011,a enzima em questão é a principal cisteíno-protease do parasita. “Elaestá envolvida em várias etapas do desenvolvimento do parasita, sendoconsiderada um alvo validado para o desenvolvimento de fármacos”,explica o pesquisador.

Andricopulo está otimista em relação aos recentes resultados. “Aindaserão necessários novas etapas de estudos e pesquisas em laboratório,mas acreditamos que estamos no caminho para a descoberta de um novofármaco eficaz para o tratamento da doença de Chagas”, diz.

(com informações da Agência USP)

cia e Tecnologia de Processos Redox emBiomedicina (INCT Redoxoma) do Mi-nistério da Ciência, Tecnologia e Inova-ção, que também é um Centro de Pes-quisa, Inovação e Difusão (Cepid) apoia-do pela Fundação de Amparo à Pesqui-sa do Estado de São Paulo (Fapesp).

DOENÇAS NEGLIGENCIADAS – De acordocom informações da Academia Brasi-leira de Ciências, o termo “doença ne-gligenciada” foi criado na década de1970 e refere-se a doenças causadas poragentes infecciosos e parasitários, comodoença de Chagas, doença do sono,leishmaniose, malária, febre amarela,tuberculose, entre outras. Tais doençastendem a ser endêmicas em populaçõesde baixa renda, representando, portan-to, um problema latente na África, Ásiae nas Américas.

A adoção do adjetivo “negligenciada”tomou como base o fato de que tais en-fermidades não despertam o interesse dasgrandes empresas farmacêuticas para aprodução de medicamentos e vacinas.Além disso, a pesquisa neste setor nãoconta com recursos suficientes, o que geraa escassez dos métodos de profilaxia dis-poníveis em todo o mundo.

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14 – Informativo CRQ-IV Mar/Abr 2014

Esta página foi produzida peloSinquisp. Esclarecimentos

devem ser solicitados pelo tel.(11) 3289-1506 ou pelo e-mail

[email protected]

Os profissionais da química queatuam nos setores industrial, comer-cial, de serviços, consultoria, sanea-mento e meio ambiente reuniram-seem assembleia para discutirem e apro-varem pautas de reivindicações para2014, dos respectivos segmentos, queserão entregues aos empregadores.

Dentre elas, destacam-se a manu-tenção do piso salarial para profissio-nais de Nível Superior nos termos daLei 4.950-A/66, a aplicação do saláriomínimo necessário calculado pelo DI-EESE para os Técnicos em Químicae demais profissionais de Nível Médio,a extensão para todas as categoriasprofissionais do adicional de respon-sabilidade técnica na ordem de 20%sobre o salário base (atualmente essaregra só se aplica aos profissionais queatuam nas empresas ligadas ao Sindi-cato das Micro e Pequenas Indústriasdo Estado de São Paulo) e a reduçãoda jornada de trabalho para 36 horassemanais sem perda de vencimentos.

Também foi aprovada a inclusão napauta de reivindicações das seguintescláusulas sociais: antecipações, abonose faltas, auxílios refeição e transporte,pagamento de adicional de transferên-cia, pagamento de participação nos lu-cros da empresa, saúde, condições detrabalho, estabilidade no emprego, in-denizações, normas disciplinares, bol-sa de emprego, atualização profissio-nal, insalubridade e periculosidade, au-xílio creche e babá, auxílio educação,entre outras de interesse da classe.

Como uma forma de estimular oassociativismo, a assembleia determi-nou que os sócios do sindicato sejamisentos de recolher a contribuição as-sistencial. Assim, por ocasião das as-sinaturas dos acordos coletivos, osprofissionais da química sofrerão umdesconto de 5% sobre o salário base,limitado a R$ 120,00 referentes à con-tribuição assistencial. Os associadosdo sindicato ficarão isentos desse pa-gamento, que é previsto em lei.

Para o presidente do SINQUISP,Aelson Guaita, o resultado da assem-bleia demonstrou maturidade da ca-tegoria ao aprovar a pauta propostapela entidade. Isso também indicou,segundo disse, que os profissionaisda química estão dando seu voto deconfiança para a atual diretoria nadefesa dos interesses coletivos.

Guaita acrescentou, ainda, que issoreforça o êxito que o sindicato tem al-cançado na Justiça quando há o en-tendimento de que apenas o SINQUISPpode representar os químicos em todoo estado de São Paulo e não os sindi-catos preponderantes nas empresas.“O empregador deve compreender queos profissionais da química pertencema uma categoria diferenciada e comotal devem ser tratados, sentando-se àmesa de negociação”, finalizou.

Para ler na íntegra as pautas dasreivindicações, acesse o nosso sitewww.sinquisp.org.br > Acontece >Assembleia Geral.

Campanha Salarial 2014-2015

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Informativo CRQ-IV – 15Mar/Abr 2014

INTEGRAÇÃO

Até o mês de maio, o CRQ-IV faráreuniões, na Capital e no Interior, comprofessores que também atuam comorepresentantes de seus cursos na entida-de. A primeira delas ocorreu no dia 26/03, em São Paulo, e teve a participaçãode fiscais e de pessoal da área de atendi-mento do CRQ-IV. O objetivo dessesencontros é apresentar uma atualizaçãodas informações relacionadas ao regis-tro dos recém-formados no Conselho, jáque uma das atividades dos representan-tes de cursos é fazer uma interface daentidade com os egressos, de modo afacilitar o procedimento que é obrigató-rio para o exercício da profissão.

A reunião foi coordenada pelo Quí-mico Industrial Aelson Guaita, super-visor de Fiscalização do Conselho. Eletambém aproveitou a oportunidade parareforçar que uma das atribuições dorepresentante é proferir palestras emsuas instituições sobre a regulamenta-ção da profissão, o Código de Ética e opapel do CRQ-IV enquanto órgão defiscalização. Tais palestras também de-vem abordar as ações do Conselho emdefesa da profissão, bem como as rela-cionadas ao fortalecimento técnico da

Classe. Esses professores também po-dem representar o CRQ-IV em algumassituações, como na entrega das licen-ças provisórias, durante as cerimôniasde Colação de Grau.

Guaita lembrou que o CRQ-IV man-tém programas destinados a reconhe-cer profissionais e estudantes de desta-que. Entre eles, citou o Prêmio Lavoi-sier, que é entregue aos melhores alu-nos de cada turma de formandos (a in-dicação deve partir da própria institui-ção de ensino) e o Prêmio CRQ-IV, queestimula a pesquisa entre os estudantesde cursos da área, valorizando tambémo professor ou profissional que orien-tar a pesquisa.

O supervisor informou que o Con-selho dará prosseguimento neste ano aoPrograma de Divulgação da Quími-ca (PDQ), que prevê a realização depalestras, para alunos do Ensino Fun-damental e Médio, a respeito da profis-são de químico e das contribuições daquímica para o bem-estar da socieda-de. A proposta do programa é desmisti-ficar essa ciência, mostrar que o mer-cado de trabalho é bastante amplo e,com isso, estimular esses jovens a op-

tar por uma carreira profissional naárea. A maioria dos representantes decursos já está engajada no PDQ e a ex-pectativa é de que mais profissionaisse integrem ao programa este ano.

SELO – Também foi solicitado aos parti-cipantes que façam gestões junto às ins-tituições de ensino onde trabalham paraque estas se interessem em obter o Selode Qualidade CRQ-IV. Lançado em2006, o Selo é um programa destinadoa contribuir para a melhoria do ensino,a partir do reconhecimento público dosesforços das instituições em manteremum currículo e uma infraestrutura queproporcionem aos seus alunos uma for-mação que atenda às necessidades e exi-gências do mercado de trabalho.

Atualmente, há cadastrados no Con-selho 874 cursos técnicos e superioresno estado de São Paulo, que são ofere-cidos por 544 escolas. Do total de cur-sos, 255 possuem representantes naentidade. Para ampliar e modernizar seurelacionamento com as instituições, oCRQ-IV vem trabalhando para estimu-lá-las a indicarem professores comoseus representantes.

Conselho reúne representantesde cursos para atualizar orientações

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16 – Informativo CRQ-IV Mar/Abr 2014

Dez anos após a realização do pri-meiro encontro sobre o assunto, oCRQ-IV promoverá, em 16 de maio, oII Fórum de Ensino Técnico da ÁreaQuímica - Fórum +10. Sob o tema “OProfissional da Química do século XXI:expectativas do mercado”, o eventoprogramado para a sede do Conselho eorganizado pela Comissão de EnsinoTécnico da entidade pretende fazer umdiagnóstico das atuais necessidades dasempresas que buscam técnicos da áreaquímica no mercado e propor estraté-gias para supri-las.

O evento terá como público-alvorepresentantes de Instituições de Ensi-no que oferecem cursos técnicos na áreae de empregadores dessa mão de obra.A visão do empregador nas áreas derecursos humanos, pesquisa e desenvol-vimento e processos produtivos será ofoco do encontro.

No período da manhã, serão discu-tidas as mudanças na formação dosTécnicos de Nível Médio na últimadécada e se elas foram consonantes coma evolução do mercado. À tarde, serárealizado o diagnóstico das habilidadesque a média das escolas tem providoaos seus alunos e debatidas sugestõespara preencher possíveis lacunas.

As palestras sobre o mercado de tra-balho serão apresentadas por FernandoFigueiredo, presidente-executivo daAbiquim, e por representantes da Basfe do Senai/SP. Executivos da Natura,Braskem e Laboratório Falcão Bauertraçarão um panorama geral e conside-rações sobre o perfil esperado do pro-fissional técnico nas áreas de pesquisa,desenvolvimento, inovação, produçãoe controle de qualidade. Na última pa-lestra do dia, José Vitório Sacilotto, doCentro Paula Souza, falará sobre a vi-são do órgão – vinculado à Secretariade Desenvolvimento Econômico, Ciên-cia, Tecnologia e Inovação – sobre aeducação profissional.

As inscrições para o II Fórum deEnsino Técnico da Área Química sãogratuitas e poderão ser feitas até o dia12/5 pelo e-mail [email protected],com nome completo, escola ou empre-sa onde atua e telefone para contato emhorário comercial. Dúvidas poderão seresclarecidas pelo mesmo endereço ele-trônico ou pelo telefone 11 3061-6024,das 8h30 às 16h30.

A programação do evento está natabela ao lado. Atualizações serão fei-tas na versão que está na seção “Even-tos” do site www.crq4.org.br.

EDUCAÇÃO

Fórum discutirá formação técnicaEncontro debaterá desafios dos profissionais de Nível Médio no século XXI

II Fórum de EnsinoTécnico da Área Química

16 de maio de 20148h30 Credenciamento

9h00 Abertura

9h10 Apresentação das Ações doCRQ-IV e da Comissão deEnsino Técnico

9h50 Palestras sobre mercado detrabalho, com representantesda Abiquim, Basf e Senai

12h00 Almoço livre

13h30 Panorama geral econsiderações sobre o perfilprofissional do Técnico daÁrea Química, comrepresentantes das empresasNatura, Braskeme Falcão Bauer

14h50 Apresentação de propostasoriginadas no Fórum deEnsino 2013

15h10 Intervalo

15h30 Palestra sobre educaçãoprofissional, comrepresentante do CentroPaula Souza

16h15 Espaço para perguntas

16h30 Avaliação do evento esugestões para novosencontros

17h00 Entrega de certificados