Co incineração na arrábida

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ESCOLA SECUNDÁRIA SEBASTIÃO DA GAMA Ciências e controvérsias públicas - Co-incineração na Serra da Arrábida 1 Por Albertina Maria Seroido Branco Lima – N.º 1 – TAV – 1º Ano - Disciplina CLC.7 (2) Uma Paisagem natural é caracterizada por um espaço onde a natureza impera, sem a interferência da mão humana, repleta de vegetação natural. Setúbal, cidade onde habito, tem como pano de fundo a magnifica paisagem da Serra da Arrábida, inserida num Parque Natural protegido, devido à existência de espécies de plantas únicas no mundo, com um património natural de valor incalculável. Lamentavelmente, foi concessionada à empresa Sécil, nos anos 30, a exploração da cimenteira, no coração da serra, situação que levou, anos mais tarde, à controvérsia da co-incineração num local que hoje é candidato a Património Mundial da Humanidade. A co-incineração consiste no aproveitamento dos fornos das cimenteiras, aproveitando-se assim as altas temperaturas (1.450 a 2.000 graus) para queimar resíduos tóxicos, enquanto se produz cimento. Os resíduos tóxicos consistem numa variada gama de substâncias (líquidas, sólidas ou pastosas), nomeadamente solventes de limpeza, solventes químicos, tinta, vernizes, óleos usados, alcatrões, etc, as quais são encaminhadas para uma estação de pré- tratamento, onde são trituradas, rearmazenadas ou impregnadas em serradura e posteriormente centrifugadas, conforme se tratem de resíduos caloríficos (lamas de águas residuais, etc), termofusíveis (alcatrões, betumes, etc) ou líquidos (solventes, tintas, etc). Após este pré-tratamento, os resíduos são então enviados para as cimenteiras, sendo os mesmos pulverizados para o forno, onde é aproveitado o seu calor ou as suas características como matéria-

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ESCOLA SECUNDÁRIA SEBASTIÃO DA GAMA

Ciências e controvérsias públicas - Co-incineração na Serra da Arrábida

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Por Albertina Maria Seroido Branco Lima – N.º 1 – TAV – 1º Ano - Disciplina CLC.7 (2)

Uma Paisagem natural é

caracterizada por um espaço onde

a natureza impera, sem a

interferência da mão humana,

repleta de vegetação natural.

Setúbal, cidade onde habito, tem

como pano de fundo a magnifica

paisagem da Serra da Arrábida,

inserida num Parque Natural

protegido, devido à existência de

espécies de plantas únicas no

mundo, com um património

natural de valor incalculável.

Lamentavelmente, foi concessionada à empresa Sécil, nos anos 30, a exploração da cimenteira, no

coração da serra, situação que levou, anos mais tarde, à controvérsia da co-incineração num local

que hoje é candidato a Património Mundial da Humanidade.

A co-incineração consiste no aproveitamento dos fornos das cimenteiras, aproveitando-se assim

as altas temperaturas (1.450 a 2.000

graus) para queimar resíduos tóxicos,

enquanto se produz cimento.

Os resíduos tóxicos consistem numa

variada gama de substâncias (líquidas,

sólidas ou pastosas), nomeadamente

solventes de limpeza, solventes

químicos, tinta, vernizes, óleos usados,

alcatrões, etc, as quais são

encaminhadas para uma estação de pré-

tratamento, onde são trituradas,

rearmazenadas ou impregnadas em

serradura e posteriormente

centrifugadas, conforme se tratem de resíduos caloríficos (lamas de águas residuais, etc),

termofusíveis (alcatrões, betumes, etc) ou líquidos (solventes, tintas, etc).

Após este pré-tratamento, os resíduos são então enviados para as cimenteiras, sendo os mesmos

pulverizados para o forno, onde é aproveitado o seu calor ou as suas características como matéria-

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prima, para a própria produção de cimento, não existindo assim resíduos sobrantes deste

processo, existindo uma produção mínima de gases tóxicos (embora existam!).

Aqui a grande questão fulcral, será a existência da cimenteira num local como este, pois se tal não

existisse, não se colocaria este problema.

Contudo, o processo de co-incineração é muito importante, pois evita a propagação indevida de

lixos tóxicos. Só não deveria ocorrer naquele lugar, embora a Sécil seja uma empresa com

Certificação Ambiental.

Desde os anos 70, para

minimizar os efeitos

nefastos ao ambiente

natural, decorrentes da

sua atuação (extracção de

marga e calcário), a Sécil

tem tomado algumas

medidas para a

preservação e

recuperação paisagística

da Arrábida, devolvendo

à natureza um habitat

recuperado, com a

replantação de árvores e

diversa vegetação, após a exploração das pedreiras. As plantas utilizadas nesta recuperação

paisagística, são criadas em estufas da própria empresa.

Webgrafia consultada

http://campus.fct.unl.pt/afr/ipa_9900/grupo0058_restoxicos/oquee.htm

http://jjcprovas.cienciahoje.pt/1272

PRESERVAR E CUIDAR DA NATUREZA, É GARANTIR A

QUALIDADE DE VIDA DE AMANHÃ!

VAMOS TODOS CONTRIBUIR PARA QUE O AMANHÃ

ACONTEÇA…