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COBA 1155BLAP. PROJECTO DE REABILITAÇÃO DA BARRAGEM DO LAPÃO. PROJECTO DE EXECUÇÃO. VOLUME IV - PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA. TOMO 1 – PLANO DE OBSERVAÇÃO. TOMO 1 – PLANO DE OBSERVAÇÃO

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TOMO 1 – PLANO DE OBSERVAÇÃO

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MEMÓRIA

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

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ANEXOS

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Fichas de Características

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Fichas Tipo de Inspecção Visual

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Especificações Técnicas

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DESENHOS

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ÍNDICE

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TEXTO

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TOMO 2 – PLANO DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA

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PROJECTO DE REABILITAÇÃO

DA BARRAGEM DO LAPÃO

PROJECTO DE EXECUÇÃO

VOLUME IV – PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA

TOMO 1 – PLANO DE OBERVAÇÃO

MEMÓRIA

1 - INTRODUÇÃO

A barragem do Lapão, situada no concelho de Mortágua, é parte integrante do projecto do

Aproveitamento Hidroagrícola das Várzeas das Ribeiras da Fraga e de Mortágua e foi

construída com o intuito de ser uma das duas origens de água para rega dos blocos das

várzeas das ribeiras referidas.

A construção da barragem decorreu entre Maio e Dezembro de 2001. No início de 2003, em

resultado de um enchimento súbito na sequência de pluviosidade intensa, a barragem esteve

numa situação de emergência, em consequência do agravamento súbito de diversos indícios

previamente existentes de comportamento anómalo da obra.

Na verdade aquele comportamento anómalo era desde há muito conhecido dos diversos

intervenientes nas actividades de segurança e exploração da barragem, designadamente, a

Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral (DRABL), dono de obra, o Instituto da Água

(INAG), e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

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A barragem havia manifestado diversos indícios de comportamento insatisfatório, desde o

início do primeiro enchimento e de imediato se preconizaram diversas acções que visaram,

em primeiro lugar, a segurança da obra e em segundo o esclarecimento das causas desse

comportamento.

No final do ano de 2002 e no início de 2003 verificaram-se períodos de pluviosidade muito

intensa que causaram a referida situação de emergência. Foi na altura decidido proceder ao

abaixamento do nível da água na albufeira, pela demolição da soleira do descarregador, bem

como à recuperação da derivação provisória, com o intuito de dotar a obra de maior

capacidade de vazão.

Em 2004 a DRABL adjudicou à COBA o projecto de reabilitação da barragem com o objectivo

de restabelecer, com a segurança e fiabilidade exigíveis, as funções a que o empreendimento

se destina.

O presente volume constitui o Plano de Observação, integrado no Projecto de Reabilitação da

barragem do Lapão.

O plano foi elaborado tendo por base o Regulamento de Segurança de Barragens (RSB),

Decreto-lei nº11/90, as Normas de Observação e Inspecção de Barragens (NOIB), Portaria

nº847/93, e toda a informação disponível resultante da observação da obra ao abrigo dos

anteriores planos de observação da autoria do LNEC que permitiram prever e acompanhar o

comportamento da barragem existente.

Como em todas as barragens, os objectivos principais da observação após as obras de

reabilitação propostas no presente projecto serão a avaliação das condições de segurança, a

aferição dos modelos de comportamento, a confirmação da aplicabilidade dos critérios e

parâmetros adoptados no dimensionamento da obra e a verificação da sua adequada

funcionalidade.

A elaboração do Plano de Observação da barragem do Lapão inclui, para além de uma breve

caracterização geral da obra, indicações relativas a:

i) índice global de risco;

ii) inspecções visuais;

iii) sistemas de observação (grandezas e dispositivos de observação, frequência de

leituras, instalação e exploração dos sistemas de observação);

iv) análise do comportamento e avaliação da segurança da obra.

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2 - CARACTERIZAÇÃO GERAL DA OBRA

A barragem do Lapão implanta-se cerca da cota (195) da ribeira da Fraga. A secção da

barragem domina uma bacia hidrográfica com 13,1 km2 de superfície total e altitude média de

386 m.

A barragem do Lapão é uma barragem de terra com uma altura máxima em relação ao plano

de fundação de 39 m e um desenvolvimento pelo coroamento de 97 m. A capacidade total da

albufeira é cerca de 1,4 hm³. O NPA situa-se à cota 217 e o coroamento à cota 220.

A barragem insere-se num vale com vertentes inclinadas e mesmo com pequenos trechos

escarpados. A forma do vale, no eiro da barragem, é de um V ligeiramente assimétrico, com a

vertente direita mais íngreme que a esquerda. O seu desenvolvimento longitudinal apresenta

a particularidade de a montante ter uma curva pronunciada pelo que o eixo da ensecadeira de

montante faz com o eixo da barragem um ângulo superior a 90º.

A barragem actualmente existente tem perfil homogéneo constituído por materiais areno-

argilosos da bacia sedimentar ocorrentes a Sul da povoação do Sobral.

Sob o coroamento, a jusante, está instalado um filtro chaminé vertical. No contacto do filtro

vertical com a fundação desenvolve-se uma vala drenante que capta os caudais percolados

pelo corpo de barragem e fundação. Estes caudais são restituídos a jusante num tapete misto

na zona central do vale, que termina num pé em enrocamento reforçado com um muro de

gabiões na extremidade de jusante (construído após o incidente de 2002).

No paramento de jusante desenvolve-se a estrada de acesso à saída da descarga de fundo.

A fundação rochosa interessa formações do Complexo Xisto-grauváquico, constituído por

xistos argilosos de cor acinzentada, com algumas intercalações menos argilosas, mas sempre

de granularidade fina. Frequentemente ocorrem filões e massas de quartzo de possança

variável, desde alguns centímetros até 2-3 m.

As formações de cobertura apresentam expressão insignificante, traduzindo-se por solos

residuais e depósitos de vertente pouco espessos e de extensão limitada. No fundo do vale, o

perfil de meteorização é insignificante, pelo que a rocha aflora quase sã e resistente. À

medida que se sobe nas vertentes, o perfil de alteração regista uma evolução crescente. A

fracturação, observada nos testemunhos das sondagens, apresenta-se intensa à superfície,

tendendo a diminuir de intensidade em profundidade.

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A análise dos resultados dos ensaios de permeabilidade existentes permite concluir que o

maciço rochoso de fundação da barragem exibe apreciáveis absorções de água, mostrando

que o tratamento da fase de construção da actual barragem não atingiu os objectivos.

Os trabalhos de reabilitação que se propõem no presente projecto consistirão essencialmente:

- na remoção da parte superior do aterro da barragem actual até à cota 212 e de

uma “fatia” do maciço de montante com um talude geral de escavação de

inclinação 1(V):2(H), e reconstrução do aterro, com os mesmos solos areno-

argilosos ou semelhantes até à cota 220, com talude exterior a 1(V):3,5(H);

- na remoção dos aterros do maciço de jusante abaixo da plataforma à cota 192,

com talude de escavação a 1(V):2(H) e reconstrução com enrocamento com

inclinação de 1:2,9 (V:H), após colocação das camadas de transição, de areia e

brita, entre o aterro existente e o enrocamento;

- execução de uma trincheira drenante ao longo do encontro esquerdo de jusante;

- execução de uma cortina de impermeabilização do maciço de fundação a partir da

plataforma a criar à cota 212.

O descarregador de cheias é em canal e implanta-se no encontro direito. A soleira é do tipo

labirinto com um módulo. No projecto de reabilitação foi necessário reavaliar as suas

condições de funcionamento, dado terem-se estimado hidrogramas de cheia afluentes

relativamente mais gravosos do que os admitidos no projecto de 1997. Do estudo hidrológico

reformulado resultam valores dos caudais de ponta de cheia de 111,2 e 133,3 m³/s

associados, respectivamente, a períodos de retorno de 1000 e 5000 anos.

O descarregador de cheias da barragem do Lapão foi estudado em modelo reduzido pelo

LNEC. Considerando a curva de vazão resultante do ensaio obtêm-se caudais máximos

descarregados de 101 e 119 m³/s, e a níveis máximos de cheia na albufeira de 219,0 e 219,4,

respectivamente, para períodos de retorno de 1000 e 5000 anos.

Sendo necessário que, para a cheia com um período de retorno de 1 000 anos, o canal

possua paredes com altura compatível com as alturas de água do escoamento e das ondas

estacionárias e oblíquas, as paredes do canal do descarregador terão de ser alteadas em

0,45m e no troço mais inclinado em 0,65m.

Além do alteamento dos muros do canal, as obras de reabilitação do descarregador de cheias

incluirão ainda a reposição da parede do labirinto e o reforço da fundação do muro-ala

esquerdo que sofreu uma rotação significativa à entrada.

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Como referido, após as ocorrências verificadas no início de 2003, e no intuito de diminuir o

tempo de esvaziamento da albufeira a descarga de fundo/tomada de água foi reconvertida na

sua função inicial de desvio provisório, pelo que, para aumentar a sua capacidade de vazão,

foi retirada a conduta de descarga de fundo do interior da galeria, reposta a abertura de

jusante da galeria e efectuada uma nova abertura superior no topo de montante da galeria,

junto à torre de tomada de água. A entrada da descarga de fundo, efectuada a um nível

inferior (192,30), manteve-se inalterada, continuando a ser controlada por uma comporta

vagão (1,2x1,2m2) com accionamento manual ou eléctrico a partir da plataforma superior da

torre de tomada de água.

Esta nova configuração da galeria, que passou a funcionar novamente como desvio

provisório, apresenta inconvenientes decorrentes das reduzidas secções disponíveis nas duas

entradas existentes, cujos vãos livres disponíveis são 1,2 m no caso da entrada inferior e

1,7 m no caso da entrada superior.

Apesar de a capacidade teórica do desvio provisório, desprezando o efeito de amortecimento

da albufeira, corresponder ao valor de pico de uma cheia afluente com um período de retorno

entre 5 e 10 anos, dadas as reduzidas dimensões das entradas, existe um risco efectivo de

entupimento, uma vez que, para cheias com períodos de retorno daquela ordem de grandeza,

se verificar com bastante frequência o arrastamento de ramos, canas, árvores e outros

detritos de grandes dimensões que facilmente entupirão as entradas.

No entanto, no presente projecto considerar-se-á o funcionamento da descarga de fundo,

como se encontra actualmente, uma vez que não foi aceite pela Comissão de

Acompanhamento a proposta da COBA. Esta consistia na construção, na zona da entrada

superior, de um pequeno muro em betão armado com 1,3 m de altura, com o objectivo de

aumentar o nível mínimo de água da albufeira para a cota 196, aumentando a submersão

mínima da entrada inferior que deveria normalmente encontrar-se fechada, reduzindo deste

modo os riscos de obstrução e entupimento durante uma cheia.

Em suma, após a conclusão dos trabalhos na barragem, quando deixa de ser necessária a

existência de um desvio provisório, deverão ser repostas as condições existentes

anteriormente, ou seja, reconstruída a parte superior da galeria onde actualmente funciona a

entrada superior, recolocada a conduta de PEAD DN710, entretanto retirada, assim como

todo o equipamento retirado, nomeadamente a válvula de jacto oco, e reconstruir o topo de

jusante da galeria.

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3 - ÍNDICE GLOBAL DE RISCO

Para apoio à definição das grandezas a observar e respectivas frequências de leituras faz-se,

no presente capítulo, o cálculo do índice global de risco, em conformidade com as Normas de

Observação e Inspecção de Barragens.

De acordo com o Quadro 1, constante das Normas de Observação e Inspecção de Barragens,

o cálculo do índice global de risco associado a barragens é efectuado, de forma simplificada,

atribuindo valores (i) aos diferentes factores de risco.

Os factores de risco estão agrupados em três categorias, conforme estejam associados às

acções exteriores (E), à estrutura em si (F) ou aos bens materiais e humanos potencialmente

interferidos pela rotura da obra (R). O índice de risco global, g, é determinado pelo produto

dos três factores anteriormente referidos.

A ponderação das características específicas da obra conduziu aos seguintes valores:

Factores exteriores ou ambientais (factor E).

2,2213235

1ii

)(5

1

5

1E

Factores associados à fiabilidade da obra (factor F)

75,1)2131(4

1

4

1F

9

6

i

i

Factores humanos e económicos (factor R)

0,3)3(32

1

2

1R

11

10

i

i

O valor do índice global de risco é de:

g = E x F x R = 2,2 x 1,75 x 3,0 = 11,6

o que se considera moderado.

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Quadro 1 - Factores de apreciação das condições de risco. Barragem do Lapão

ASSOCIADOS

A FACTORES EXTERIORES OU AMBIENTAIS (E)

ASSOCIADOS

BARRAGEM - FIABILIDADE (F)

ASSOCIADOS A

FACTORES HUMANOS E

ECONÓMICOS (R)

Sismicidade

(período de

retorno de

1 000 anos)

Escorregamento

taludes

(probabilidade)

Cheias

superiores

à do projecto

(probabilidade

)

Gestão da

albufeira

Acções

agressivas

(Clima, água,

etc)

Dimensio-

namento

estrutural

Fundações

Órgãos

de

descarga

Manutenção

Volume

da

albufeira

(m3)

Instalações

a

jusante

i 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

1

Mínima

ou nula

a <0,05g

Mínima

ou nula

Muito baixa

(barragens e

betão)

Plurianual

anual ou

sazonal

Mínimas Adequado Muito

boas Fiáveis Muito boa < 105

Zona não habitada sem

valor económico

2 Baixa

0,05 g < a <0,1 g Baixa --- --- Fracas --- Boas --- Boa 105 - 106

Áreas isoldadas,

agricultura

3 Média

0,1 g < a < 0,2 g ---

Muito baixa

(barragens de

aterro)

Semanal Médias Aceitável Aceitáveis --- Satisfatória 106 - 107

Pequenos aglomerados

populacionais, agricultura,

indústria artesanal

4 Forte

0,2 g < a < 0,4 g --- --- Diária Fortes --- --- --- --- 107 - 109

Aglomerados populacio-nais

médios, pequenas

indústrias

5 a > 0,4 g --- --- Bombagem Muito

fortes --- Medíocres --- --- > 109

Grandes aglomerados

populacionais, indústrias,

instalações nucleares

6(a) --- Grande Elevada --- --- Inadequado Medíocres

a más

Insuficientes

não

operacionais

Insatisfatórias ---

(a) - Condições anormais - Intervenção técnica indispensável

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E = 15

1

5 i

i F =

14

6

9 i

i R =

12

10

11 i

i g = E x F x R = 2,2 x 1,75 x 3,0 = 11,6

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4 - INSPECÇÕES VISUAIS

As inspecções visuais têm por objectivo:

i) a detecção de indícios ou evidências de deteriorações, sintomas de envelhecimento ou

comportamentos anómalos;

ii) a detecção de anomalias dos sistemas de observação instalados.

As Normas de Observação e Inspecção de Barragens prevêem a realização de três tipos de

inspecção visual: de rotina, de especialidade e excepcional. As inspecções de rotina deverão

estar a cargo dos agentes responsáveis pela exploração do sistema de observação e as

inspecções de especialidade a cargo dos responsáveis pela elaboração dos relatórios de

comportamento da barragem. As inspecções de carácter excepcional são obrigatórias após

ocorrências excepcionais, como por exemplo, sismos importantes, grandes cheias e

esvaziamentos totais ou quase totais da albufeira, e deverão estar a cargo dos responsáveis

pelas inspecções de especialidade.

Durante a fase de construção, entendida como a fase de reabilitação da barragem, o

Empreiteiro adjudicatário será o responsável pelas realizações das campanhas de observação

e análise dos dados de observação, devendo o Dono de Obra nomear outra Entidade para

realização das visitas de inspecção.

No Quadro 2 indicam-se as frequências recomendadas de inspecção visual, para as

diferentes fases de vida da obra, definidas tendo por base as Normas de Observação e

Inspecção de Barragens.

Relativamente ao período de exploração posterior aos primeiros 5 anos, considerou-se uma

redução da frequência de realização das inspecções de rotina e de especialidade,

relativamente ao indicado nas Normas, respectivamente de mensal para trimestral e de anual

para bienal, o que se considera, à partida, adequado às características da obra em causa, aos

seus antecedentes, bem como às características de ocupação do vale a jusante.

No caso da barragem de Lapão, aconselha-se a que as inspecções de carácter excepcional

em fase de exploração sejam sempre realizadas após a ocorrência de cheias com períodos

de retorno iguais ou superiores a 100 anos, sismos com magnitude igual ou superior a 4 e

esvaziamentos totais da albufeira, para além de outras eventuais ocorrências de carácter

excepcional.

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Quadro 2 - Inspecção Visual. Frequências recomendadas.

Inspecções Visuais Fase de Vida

Rotina Especialidade Excepcionais Construção Semanal (1) (2)

1º enchimento e

esvaziamento rápido

(3) ou Mensal (4) ou Anual (2)

Exploração 1º período (5 anos)

Mensal Anual (2)

Exploração Período posterior

Mensal Trimestral (2)

(1) – A meio e no fim da construção

(2) – Após ocorrência

(3) – No 1º enchimento, quando a albufeira atingir as cotas 208 e 214 e sempre que se verifiquem

variações do nível de água na albufeira superiores a 2 m em intervalos de tempo inferiores a uma

semana

(4) – Início e fim do 1º enchimento ou esvaziamento rápido

Em fase de construção (reabilitação da barragem), durante o primeiro enchimento e durante

os esvaziamentos rápidos as inspecções de carácter excepcional deverão ser feitas após a

ocorrência de cheias com períodos de retorno iguais ou superiores a 50 anos e quaisquer

ocorrências sísmicas, para além de outras eventuais ocorrências de carácter excepcional.

A inspecção deve ser feita ao nível da observação directa, quer dos aspectos gerais da obra,

quer de aspectos particulares potencialmente indicadores de deteriorações e/ou

comportamentos anómalos e dos dispositivos de observação.

De um modo geral os principais aspectos a ter em particular atenção na inspecção da

barragem são:

- a parte emersa do paramento de montante, verificando a eventual ocorrência de

perturbações no enrocamento de protecção;

- o coroamento, verificando a eventual ocorrência de fissuras, assentamentos,

diferenciais, modificações do alinhamento e/ou nivelamento das guardas e passeios;

- o paramento de jusante, verificando a eventual ocorrência de assentamentos em

zonas localizadas, erosões ou ravinamentos, ressurgências, desnivelamentos e

desalinhamentos, no caminho de acesso à descarga de fundo e na banqueta do pé

de jusante ou outras perturbações;

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COBA

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- a superfície de inserção da barragem na fundação a jusante, verificando a eventual

ocorrência de ressurgências e modificações no alinhamento e/ou nivelamento do

muro de gabiões;

- zona da albufeira, onde se possam verificar perdas de água importantes ou

interacção directa com a barragem;

- a zona de jusante próxima da barragem, verificando a eventual ocorrência de

assentamentos, erosões ou ressurgências;

- os órgãos hidráulicos, verificando a eventual ocorrência de modificações de

posicionamento e deteriorações nas estruturas ou nos equipamentos e verificação de

eventuais indícios de passagens de água preferenciais ou sinais incipientes de

erosão interna em terrenos confinantes;

- sistema de observação, verificando-se, designadamente, a sua integridade e

funcionalidade.

As inspecções de especialidade e excepcionais deverão analisar pormenorizadamente os

pontos atrás referidos e proceder à verificação do bom estado de funcionamento dos

dispositivos de observação, operações estas que deverão estar a cargo de uma equipa de

especialistas com experiência neste tipo de trabalho.

Os agentes encarregues das visitas de inspecções visuais de rotina e de especialidade

deverão preparar, na fase que precede o início dessas mesmas visitas, fichas de inspecção

visual específicas da obra, adequadas a cada tipo de inspecção a efectuar, do tipo das

apresentadas em anexo.

Após a realização das visitas pelas respectivas Entidades responsáveis, estas deverão

promover a elaboração de relatórios sucintos e objectivos, com uma periodicidade idêntica à

das inspecções, que resumam os seus resultados. Estes relatórios podem ser constituídos, no

caso das inspecções de rotina, essencialmente, pelas fichas de inspecção devidamente

preenchidas e por uma reportagem fotográfica. No caso das inspecções de especialidade,

deverá ser elaborado um relatório detalhado que especifique, claramente, as modificações

detectadas após o último relatório do mesmo tipo. Estes relatórios deverão também incluir,

devidamente preenchida, a ficha de inspecção de especialidade, uma reportagem fotográfica

e uma avaliação sucinta, por componente da obra, do seu comportamento e de eventuais

acções correctivas a implementar.

Os agentes encarregues das inspecções visuais de rotina deverão enviar em tempo útil os

respectivos relatórios aos responsáveis pela segurança da obra, onde deverão constar as

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ocorrências mais significativas do ponto de vista da segurança. No caso de detecção de

indícios ou evidências de anomalias/deteriorações deverá ser elaborado o respectivo relatório

específico que permita a sua adequada referenciação. Se a situação for de perigo potencial

iminente a informação deverá ser dada de imediato também à Autoridade.

Os agentes encarregues das inspecções de especialidade deverão enviar à Autoridade, em

tempo útil, um relatório sucinto referindo as evoluções constatadas, desde a última inspecção

do mesmo tipo, incluindo uma análise preliminar de segurança da obra e indicando, se for o

caso, as acções a implementar (de imediato, a curto ou a médio prazo) que se julguem

necessárias. No final do primeiro enchimento e dos primeiros cinco anos de vida, o relatório

deverá integrar uma análise global de todos os elementos recolhidos e do respectivo

comportamento da obra. Análises deste tipo deverão também ser feitas cada 5 anos, após o

primeiro período de exploração.

As inspecções de carácter excepcional a realizar deverão ser procedidas da realização de um

relatório que inclua, nomeadamente:

i) a caracterização da ocorrência excepcional que ocasionou a inspecção;

ii) os resultados da inspecção e a caracterização de eventuais deteriorações

detectadas (incluindo, localização, caracterização, ficha de inspecção preenchida e

reportagem fotográfica);

iii) a avaliação preliminar de segurança da obra;

iv) a indicação, se for o caso, de estudos e/ou acções a implementar (de imediato, a

curto ou a médio prazo).

No que se refere às inspecções de rotina, considera-se que os agentes responsáveis pela

exploração do sistema de observação deverão ser acompanhados por um engenheiro civil

experiente, com formação abrangente, enquanto as inspecções de especialidade e

excepcionais deverão sempre ser levadas a cabo por uma equipa multidisciplinar de técnicos

superiores especializados nas diferentes áreas, designadamente, geotecnia, estruturas,

hidráulica e equipamentos. Qualquer tipo de inspecção deverá ser acompanhada por um

técnico com experiência em instalação e leitura dos equipamentos de observação.

Os técnicos encarregues da realização de inspecções deverão ter experiência comprovada

neste domínio e interpretar perfeitamente a trilogia de reconhecimento do problema, sua

apreciação e valorização e capacidade de alerta/alarme em caso de uma presumível situação

de perigo.

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COBA

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5 - SISTEMAS DE OBSERVAÇÃO

5.1 – SISTEMA DE OBSERVAÇÃO E PLANO DE PRIMEIRO ENCHIMENTO DA

BARRAGEM EXISTENTE

O projecto inicial da barragem, de 1997, incluía, de acordo com o regulamento, um ante-plano

de observação. A DRABL dando cumprimento às disposições legais contidas no RSB

contratou o LNEC para a elaboração do Plano de Observação e Plano de Primeiro

Enchimento.

Aquele plano de observação que foi elaborado no decorrer da construção da barragem,

preconizava, para além da medição do nível da albufeira, a medição de pressões intersticiais

no aterro e fundação, a medição de deslocamentos superficiais verticais no aterro, a medição

dos caudais totais e a medição das tensões totais em zonas escolhidas de forma a avaliar a

ocorrência de eventuais transferências de tensões entre os aterros da barragem e os

encontros.

A instrumentação no interior do aterro foi concentrada em zonas consideradas suficientes

para o acompanhamento das grandezas pretendidas seguindo o procedimento habitual em

obras de aterro. Este procedimento visa obter o equilíbrio entre o custo da aparelhagem

instalada e a informação pretendida, sem esquecer as perturbações que a sua instalação traz,

inevitavelmente, ao desenvolver dos trabalhos de construção da obra.

Foram então seleccionados dois perfis para a instalação dos equipamentos: o perfil P49

correspondente sensivelmente ao perfil de maior altura da barragem, onde foram instalados

piezómetros hidráulicos, células de pressão intersticial com leitura da dissipação das pressões

geradas pelo processo construtivo, e um dos grupos (G1) de células de tensão total; o perfil

P64 a 15 m do P49, no sentido da margem direita, onde também foram instaladas células de

pressão intersticial para acompanhamento das pressões desenvolvidas durante a construção,

piezómetros hidráulicos no aterro e fundação; o segundo grupo de células de tensão total

(G2) foi instalado a meia distancia entre o perfil P49 e o P64 (no perfil P56,5).

Cada grupo de células de tensão total dispõe de 4 células destinadas a medir as tensões

segundo várias direcções e uma célula de pressão intersticial que permite medir essa pressão

na mesma zona, possibilitando assim o cálculo da tensão efectiva.

De acordo com o plano deveriam medir-se os caudais percolados através da fundação com a

instalação de um medidor de caudais na zona do pé de talude. No entanto, o medidor nunca

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funcionou em boas condições porque a zona ficava alagada com o caudal ecológico da

ribeira, o que impossibilitou qualquer medição.

Relativamente aos deslocamentos, o plano preconizada a medição dos assentamentos em

marcas superficiais. Atendendo ao reduzido desenvolvimento do coroamento (97m) foi

preconizada a instalação de apenas 10 marcas superficiais sendo 5 instaladas no coroamento

do lado de montante e as restantes ao longo do desenvolvimento da estrada de acesso à

zona de jusante. No decorrer da instalação dos equipamentos foi julgado necessário instalar

mais dois pontos de medição no caminho de acesso à descarga de fundo do paramento de

jusante. O número total de marcas instaladas foi assim de 13.

Para além da leitura dos dispositivos instalados e da interpretação das grandezas resultantes,

a observação da barragem incluía a realização de inspecções visuais de rotina, a cargo do

Técnico Responsável pela Exploração (TRE), e as de especialidade que englobam as

diversas entidades envolvidas na segurança da obra.

No plano de primeiro enchimento, elaborado pelo LNEC, foi estabelecido que o enchimento se

processaria em duas fases, isto é, com um patamar intermédio. A cota desse patamar foi

fixada à cota 212,4, correspondente a cerca de 79% da altura máxima e cerca de 62% do

volume armazenado. O tempo mínimo de manutenção do patamar seria de 3 meses.

A implementação das actividades de observação iniciou-se durante a fase construtiva após a

montagem das células de tensão total e das células de pressão intersticial. Estes dispositivos

foram medidos e interpretados durante a fase construtiva. Os restantes – piezómetros

hidráulicos, marcas superficiais e medidor de caudais – foram instalados após a conclusão da

construção dos aterros.

O primeiro enchimento iniciou-se a 13 de Dezembro de 2001, tendo a evolução do nível da

albufeira sido registada diariamente. A 15 de Fevereiro de 2002 por ocasião de uma das

campanhas de nivelamento das marcas superficiais, foram detectados deslocamentos

elevados que se manifestavam em especial na margem esquerda, precisamente na zona que,

na inspecção prévia já havia sido detectado um nivelamento deficiente da guarda metálica de

montante.

O TRE deu conhecimento imediato ao LNEC desse facto e realizou-se, no dia seguinte, uma

inspecção de carácter excepcional onde se confirmou existirem indícios bastantes claros que

comprovavam os deslocamentos elevados.

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A decisão de promover o abaixamento controlado da albufeira baseou-se, quer nos resultados

das observações dos equipamentos instalados, quer nas manifestações exteriores,

detectadas após as diversas inspecções visuais realizadas nos dias subsequentes.

No tempo que decorreu desde a decisão de esvaziar a albufeira e o final do ano manteve-se

um ritmo de observação e de inspecções muito elevado.

Essas observações, complementadas com as inspecções visuais, permitiram confirmar o mau

funcionamento estrutural da barragem, apesar de a albufeira se encontrar vazia.

Foi igualmente estabelecido um plano de trabalhos de prospecção e de reforço do sistema de

observação da barragem.

O reforço da instrumentação compreendeu a colocação de piezómetros, inclinómetros e

marcas superficiais adicionais. Nestas últimas procedeu-se à sua adaptação de forma a

permitir também a monitorização de deslocamentos horizontais a par dos assentamentos.

5.2 - GRANDEZAS A OBSERVAR E DISPOSITIVOS DE OBSERVAÇÃO

Com as obras de reabilitação propostas para a barragem, e tendo em conta o valor agora

obtido para o índice de risco global, as recomendações das Normas de Observação e

Inspecção de Barragens (Quadro 3), bem como a informação disponível do comportamento

da barragem existente, definem-se as seguintes grandezas a observar:

deslocamentos superficiais; deslocamentos internos; tensões totais caudal total e parcial; tensões neutras; níveis da albufeira; precipitação.

Julga-se de toda a conveniência continuar a medição das tensões totais e das pressões

intersticiais nos dois grupos de células de tensão total e piezómetros eléctricos instalados no

aterro da barragem existente.

Para as grandezas a observar recomenda-se a instalação dos seguintes dispositivos de

observação:

marcas superficiais com possibilidade de medição de deslocamentos verticais e

horizontais;

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inclinómetros;

placas de assentamento;

piezómetros hidráulicos;

piezómetros eléctricos;

medidores de caudais;

escala limnimétrica1;

udómetro.

Quadro 3- Grandezas a observar em barragens de aterro

(Mínimo Recomendável, Normas de Observação e Inspecção de Barragens).

Altura da Deslocamentos Caudal Tensões neutras

barragem

(m)

Superficiais Internos Tensões

Totais

de

Infiltração

Piezómetros Piezómetros

sem fluxo

Precipitação

Atmosférica

Sismologia

< 15 x se g > 15

ou R > 3

- - x

Caudal Total se g >10

ou R 3

x se g >10

ou R 3

- - x se g >9

com 1 = 5

15 a 30 x se g > 10

ou R 3

x se g > 20

- x

Caudal Total

x x se 1 = 5

(x) x se 1 = 5

30 a 50 x x se g > 10

ou R > 3

(x) x

Caudal Parcial

se R 3

x x se 1 4

X

se R 3

x se 1 4

50 a 100 x X X x

Caudal Parcial

x X X x se 1 3

> 100 x X X x

Caudal Parcial

x x X x

x - Dispositivo obrigatório Barragem do Lapão: 30<h<50 (x) - Dispositivo opcional g=11,6 R=3,0 1=3

As placas de assentamento a instalar após a escavação do aterro existente até à cota 212,

irão permitir a medição do assentamento do aterro remanescente durante a fase de

reconstrução do aterro e assim poder acompanhar o seu comportamento.

Além dos piezómetros hidráulicos a instalar a partir do coroamento e do paramento de jusante

da barragem, previu-se a instalação de piezómetros eléctricos de modo a dispor-se de valores

de pressões intersticiais, na fundação e no aterro, a montante da cortina de

impermeabilização da fundação a executar no âmbito da reabilitação da barragem.

(1) Prevê-se também a integração na torre de tomada de água de um medidor de nível (contemplado no âmbito dos Equipamentos

Hidromecânicos da obra)

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No Quadro 4 enumeram-se os principais comportamentos anómalos, incidentes ou acidentes

que poderão ser antecipados pela observação das grandezas acima identificadas.

O Plano de Observação da obra representa-se nos Des. 1, 2 e 3 onde se indicam,

nomeadamente, os pormenores dos dispositivos de observação e a sua localização.

No Quadro 5 resumem-se o tipo e número de dispositivos a instalar nos perfis instrumentados

da barragem e, nos Quadros 6 a 10, faz-se a identificação dos diferentes dispositivos,

referindo-se, nomeadamente, as suas cotas/profundidades de instalação.

As cotas dos diversos dispositivos de observação indicadas, em particular no que se refere à

base dos trechos de captação dos piezómetros, são cotas aproximadas que deverão ser tidas

como referência para os respectivos trabalhos de instalação. Os trabalhos de execução, muito

em particular o levantamento de ressurgências e a análise dos resultados do tratamento de

fundação, serão elementos fundamentais na ratificação ou rectificação do Plano de

Observação.

Considera-se que o número de perfis instrumentados e o número de dispositivos a instalar

são adequados às características da obra, às suas condicionantes e aos respectivos factores

indutores de risco, permitindo uma caracterização equilibrada das diferentes grandezas, por

forma a que estas sejam representativas do comportamento global da obra.

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Quadro 4 – Sistema de Observação. Detecção de comportamentos anómalos e

potenciais incidentes ou acidentes.

GRANDEZA DISPOSITIVO FASE DE VIDA DA

OBRA EM

OBSERVAÇÃO

COMPORTAMENTOS

ANÓMALOS, INCIDENTES OU

ACIDENTES QUE PODERÃO

SER ANTECIPADOS DESLOCAMENTOS

VERTICAIS E HORIZONTAIS

SUPERFICIAIS

MARCAS SUPERFICIAIS 1º ENCHIMENTO 1ºS ANOS DE EXPLORAÇÃO PERÍODO POSTERIOR

ASSENTAMENTOS / ABATIMENTOS DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS

EXCESSIVOS INSTABILIZAÇÕES DO CORPO DA

BARRAGEM / CORPO DA BARRAGEM E

FUNDAÇÃO DESLOCAMENTOS

HORIZONTAIS INTERNOS INCLINÓMETROS 1º ENCHIMENTO

1ºS ANOS DE EXPLORAÇÃO PERÍODO POSTERIOR

DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS

EXCESSIVOS INSTABILIZAÇÕES DO CORPO DA

BARRAGEM / CORPO DA BARRAGEM E

FUNDAÇÃO DESLOCAMENTOS

VERTICAIS INTERNOS PLACAS DE ASSENTAMENTO 1º ENCHIMENTO

1ºS ANOS DE EXPLORAÇÃO PERÍODO POSTERIOR

DEFORMAÇÕES EXCESSIVAS INSTABILIZAÇÕES DO CORPO DA

BARRAGEM / CORPO DA BARRAGEM E

FUNDAÇÃO NÍVEIS PIEZOMÉTRICOS PIEZÓMETROS HIDRÁULICOS 1º ENCHIMENTO (FUNDAÇÃO)

1ºS ANOS DE EXPLORAÇÃO PERÍODO POSTERIOR

FUNCIONAMENTO DEFICIENTE DOS

ELEMENTOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO FUNCIONAMENTO DEFICIENTE DOS

FILTROS E DRENOS INSTABILIZAÇÕES DO CORPO DA

BARRAGEM / CORPO DA BARRAGEM E

FUNDAÇÃO EROSÃO INTERNA

TENSÕES NEUTRAS PIEZÓMETROS ELECTRICOS 1º ENCHIMENTO (FUNDAÇÃO) 1ºS ANOS DE EXPLORAÇÃO PERÍODO POSTERIOR

FUNCIONAMENTO DEFICIENTE DOS

ELEMENTOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO INSTABILIZAÇÕES DO CORPO DA

BARRAGEM / CORPO DA BARRAGEM E

FUNDAÇÃO EROSÃO INTERNA

CAUDAL MEDIDOR DE CAUDAL 1º ENCHIMENTO 1ºS ANOS DE EXPLORAÇÃO PERÍODO POSTERIOR

FUNCIONAMENTO DEFICIENTE DOS

ELEMENTOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO FUNCIONAMENTO DEFICIENTE DOS

FILTROS E DRENOS EROSÃO INTERNA

NÍVEIS DA ALBUFEIRA ESCALA LIMNIMÉTRICA

(LIMNÍGRAFO)

1º ENCHIMENTO 1ºS ANOS DE EXPLORAÇÃO PERÍODO POSTERIOR

SUBDIMENSIONAMENTO DE CHEIAS SUBDIMENSIONAMENTO DA FOLGA FUNCIONAMENTO DEFICIENTE DO

DESCARREGADOR DE CHEIAS GALGAMENTO

PRECIPITAÇÃO UDÓMETRO 1º ENCHIMENTO 1ºS ANOS DE EXPLORAÇÃO PERÍODO POSTERIOR

SUBDIMENSIONAMENTO DE CHEIAS SUBDIMENSIONAMENTO DA FOLGA

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Quadro 5 - Localização dos dispositivos de observação.

Perfis de Observação Dispositivos de Observação

P20 P34 P49 P66 P81 Total

Marcas Superficiais 3 5 5 6- 2 21

Inclinómetros 1 1 1 1 - 4

Placas de Assentamento 1 1 1 1 1 5

Piezómetros Hidráulicos 4 (2f) 4 (2f) 8 (4f) 4 (2f) 4 (2f) 24

(12f)

Piezómetros Eléctricos 2 (1f) 2 (1f) 4

(2f)

(f) furo

Quadro 6 - Identificação das Marcas Superficiais. Perfil Ident. Cota Localização

M1 220,6 Coroamento, a montante

M6 220,6 Coroamento, a jusante P20

M11 216,3 Caminho de acesso à DF e TA

M2 220,6 Coroamento, a montante

M7 220,6 Coroamento, a jusante

M12 214,4 Caminho de acesso à DF e TA

M17 202,2 Caminho de acesso à DF e TA

P34

M18 199,5 Caminho de acesso à DF e TA

M3 220,6 Coroamento, a montante

M8 220,6 Coroamento, a jusante

M13 214,4 Caminho de acesso à DF e TA

M16 204,2 Caminho de acesso à DF e TA

P49

M19 196,5 Caminho de acesso à DF e TA

M4 220,6 Coroamento, a montante

M9 220,6 Coroamento, a jusante

M14 212,2 Caminho de acesso à DF e TA

M15 206,5 Caminho de acesso à DF e TA

M20 194,1 Caminho de acesso à DF e TA

P66

M21 191,4 Banqueta do pé de jusante

M5 220,6 Coroamento, a montante P81

M10 220,6 Coroamento, a jusante

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Quadro 7 - Identificação dos Inclinómetros.

PERFIL IDENTIFICAÇÃO LOCALIZAÇÃO NO PERFIL

P20 I1 Instalado a partir do coroamento, a montante;

encastrado à cota (204)

P34 I2 Instalado a partir do coroamento, a montante;

encastrado à cota (192)

P49 I3 Instalado a partir do coroamento, a montante;

encastrado à cota (182)

P66 I4 Instalado a partir do coroamento, a montante;

encastrado à cota (197)

Quadro 8 - Identificação dos Piezómetros Hidráulicos. IDENTIFICAÇÃO

PERFIL Furo Piezómetro

COTA DA BASE DO TUBO DE

CAPTAÇÃO

COTA DA BOCA DO

FURO)

LOCALIZAÇÃO DA PONTEIRA

PH1.1 210 Aterro PH1

PH1.2 206 220,6

Contacto Aterro/Fundação PH2.1 210 Aterro

P20 PH2

PH2.2 198,3 220,6

Fundação PH3.1 210 Aterro

PH3 PH3.2 195,3

220,6 Contacto Aterro/Fundação

PH4.1 200 Aterro P34

PH4 PH4.2 184,2 220,6

Fundação PH5.1 210 Aterro

PH5 PH5.2 184,2

220,6 Fundação

PH6.1 200 Aterro PH6

PH6.2 179,5 220,6

Contacto Aterro/Fundação PH11.1 187 Aterro

PH11 PH11.2 178

209,0 Fundação

PH12.1 186 Aterro

P49

PH12 PH12.2 177

198,5 Fundação

PH7.1 210 Aterro PH7

PH7.2 191,1 220,6

Fundação PH8.1 200 Aterro

PH66 PH8

PH8.2 195,4 220,6

Contacto Aterro/Fundação PH9.1 210 Aterro

PH9 PH9.2 203,8

220,6 Fundação PH81

PH10 PH10.1 209,4 220,6 Contacto Aterro/Fundação

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Quadro 9 - Identificação dos Piezómetros Eléctricos. IDENTIFICAÇÃO

PERFIL Furo Piezómetro

COTA (BASE DO TRECHO DE CAPTAÇÃO)

COTA (INSTALAÇÃO)

LOCALIZAÇÃO DA PONTEIRA

PE1.1 200 Aterro P34 PE1

PE1.2 188,8 220.6

Fundação PE2.1 200 Aterro

P49 PE2 PE2.2 179,5

220.6 Fundação

Quadro 10 - Identificação das Placas de Assentamento. Perfil Ident. Cota Localização

P20 PA1 212 Interface de reabilitação

P34 PA2 212 Interface de reabilitação

P49 PA3 212 Interface de reabilitação

P66 PA4 212 Interface de reabilitação

P81 PA5 212 Interface de reabilitação

Marcas Superficiais

Os deslocamentos na superfície do aterro serão medidos a partir da referenciação topográfica

de marcas superficiais por nivelamento (movimentos verticais) e triangulação geométrica

(movimentos horizontais).

Para permitir a medição dos deslocamentos horizontais nas marcas superficiais deverão ser

instaladas peças de centragem forçada em cada uma das marcas.

As marcas foram distribuídas segundo 2 alinhamentos longitudinais ao longo do coroamento,

um a montante e outro a jusante, e também ao longo do caminho de acesso à descarga de

fundo e tomada de água, instalado no paramento de jusante:

As marcas superficiais preconizadas permitem ainda definir 5 alinhamentos transversais de

observação (P20,P34, P49, P66, P81).

Os perfis transversais de observação exibem um espaçamento variável na zona do corpo da

barragem, permitindo o controlo dos deslocamentos superficiais verticais e horizontais com

particular incidência nas zonas de maior altura e sensibilidade do aterro.

A obra já dispõe de três marcas superficiais, designadas de pontos estação, cuja localização

se pode ver no Desenho 1, que serão utilizadas para estacionar os equipamentos de medida.

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Inclinómetros

Também no sentido de melhor auscultar o comportamento da barragem prevê-se a instalação

de inclinómetros para medição de deslocamentos internos horizontais, nos perfis P20, P34,

P49 e P66 a partir do coroamento da barragem. Estes inclinómetros, que serão instalados

após concluída a construção dos aterros, permitirão acompanhar os deslocamentos

horizontais internos da barragem em resultado das variações do nível da albufeira, com

particular importância durante o 1º enchimento e posteriores esvaziamentos e enchimentos

subsequentes que se vierem a verificar.

Os inclinómetros serão instalados a partir do coroamento, do lado de montante, e permitirão

avaliar os deslocamentos horizontais internos em pontos a várias profundidades do aterro.

Placas de assentamento

Tendo em conta as características específicas do presente projecto, foi prevista a instalação

de cinco placas de assentamento, segundo os perfis transversais P20, P34, P49, P66 e P81.

Estas serão instaladas no topo da zona de aterro que não será removido.

A sua instalação visa o acompanhamento o assentamento do aterro da barragem abaixo da

cota 212 durante as fases de reconstrução do aterro, de primeiro enchimento e de exploração.

A parcela mais significativa dos deslocamentos verticais a medir será durante a fase de

construção e 1º enchimento.

Piezómetros hidráulicos

Os piezómetros hidráulicos instalados a partir do aterro serão dispostos segundo dois eixos

principais, um longitudinal – sobre o coroamento, do lado de montante – e outro transversal

segundo o perfil P49.

A definição da localização dos trechos de captação dos piezómetros no aterro teve em conta

a altura do aterro, a cota do NPA e o objectivo de caracterização da evolução da linha

superior de saturação em fase de exploração. A definição da localização dos trechos de

captação na fundação ponderou também as características geológico-geotécnicas dos

terrenos interessados. Os piezómetros hidráulicos localizados no lado de jusante do aterro e

fundação visam o controlo do bom funcionamento do sistema de drenagem interno da

barragem.

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Serão instalados dois piezómetros hidráulicos por furo. Os furos para a instalação dos

piezómetros terão diâmetros de 76 mm.

Os piezómetros que ficam instalados no corpo do aterro possibilitam o acompanhamento da

evolução da linha de saturação e a observação dos níveis piezométricos durante a exploração

da obra, fazendo-se através dos piezómetros que ficam instalados na fundação o controlo

desses valores na fundação.

Os piezómetros hidráulicos instalados na fundação permitirão controlar os níveis

piezométricos em fase de 1º enchimento e no período posterior de exploração e caracterizar

eventuais caminhos de percolação preferencial.

Se se vier a reconhecer significativa heterogeneidade no aterro que vai ser escavado, prevê-

se vir a instalar mais 2 piézometros a jusante num dos perfis P34 ou P66.

Piezómetros eléctricos

A elevada sensibilidade dos piezómetros eléctricos, permite obter os valores da pressão

intersticial com bastante celeridade, facto que permite a caracterização conveniente da

evolução da linha de saturação durante a fase de primeiro enchimento.

Os piezómetros eléctricos serão instalados segundo um alinhamento longitudinal a montante

do coroamento e da cortina de injecção. Serão executados 2 furos, localizados nos perfis

tranversais P34 e P49 em que se instalarão dois piezómetros eléctricos por furo, um no aterro

e outro no contacto aterro/fundação.

A localização do eixo de instalação no lado de montante, visa, por um lado e no que se refere

aos piezómetros localizados no aterro uma melhor caracterização da evolução da linha de

saturação linha de saturação. Por outro lado, a localização a montante do eixo de tratamento

da fundação, permite averiguar da sua eficácia, por comparação dos valores registados nos

piezómetros eléctricos no contacto aterro/fundação com os que se localizam a jusante da

cortina.

Medidor de caudal

A vazão percolada pelo sistema de drenagem será controlada através de um sistema

simplificado de medição, materializado por um tubo em betão poroso que recolherá os

caudais percolados pelo tapete drenante. Este sistema, tipo fontanário, permitirá, com o

auxílio de um recipiente graduado, a verificação do bom funcionamento do sistema de

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drenagem interno da barragem, bem como a validação da modelação efectuada no cálculo da

percolação pelo aterro.

Escala limnimétrica

O controlo do nível de água da albufeira será feito através da escala limnimétrica, localizada

na torre de manobra, cujas cotas estarão devidamente referenciadas. Para um registo

contínuo do nível de água será instalado, também na torre, um medidor de nível automático.

Estação udométrica

O udómetro a instalar no âmbito do Sistema de Aviso e Alerta irá permitir fazer os registos da

precipitação e assim prevenir/detectar um eventual subdimensionamento de cheias.

5.2 - FREQUÊNCIA DE LEITURAS

A periodicidade de leitura dos dispositivos de observação está relacionada com as fases de

vida da obra e deve ter em consideração o tipo e dimensão da barragem, as características do

local e os aspectos específicos da obra.

Tendo em conta os aspectos referidos e as frequências mínimas recomendadas pelas

Normas de Observação e Inspecção de Barragens definiram-se as frequências de leitura

indicadas no Quadro 11.

Quadro 11 - Frequência de leituras preconizada.

Dispositivos Construção 1º Enchimento e

Esvaziamento Rápido

5 Primeiros Anos

após o 1º Enchimento

> 5 Anos após o

1º Enchimento

Marcas superficiais - (1), (2) ou Mensal Anual Bienal

Inclinómetros - (1), (2) ou Mensal Semestral Semestral

Placas de assentamento Semanal (*) (1), (2) ou Mensal Semestral Semestral

Piezómetros hidráulicos (1), (2), (3) ou Mensal Mensal Trimestral

Piezómetros eléctricos Semanal (*) (1), (2), (3) ou Mensal Mensal Trimestral

Células de pressão total

e piezómetros eléctricos

associados

Semanal (1), (2) ou Trimestral Semestral Semestral

Caudais - (1), (2), (3) ou Mensal Mensal Mensal

Precipitação - Diário Diário Diário

Níveis da albufeira - Diário Diário Diário

(1) - Início e fim do enchimento ou do esvaziamento rápido

(2) - No 1º enchimento quando a albufeira atingir as cotas 208 e 214

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(3) - No 1º enchimento quando se verifiquem variações do nível de água na albufeira superiores a 2 m em intervalos de

tempo inferiores a uma semana.

* - Após instalação.

As frequências indicadas no Quadro 11 têm em conta que se trata da recuperação de uma

barragem e pressupõem uma exploração em condições normais. A ocorrência de situações

extraordinárias, seja associada às acções exteriores seja ao comportamento da estrutura em

si, poderá conduzir a uma adaptação da periodicidade das leituras, de forma mais ou menos

temporária, consoante a situação encontrada.

Decorrido um período significativamente grande da exploração da obra (superior a 20 anos)

deverá proceder-se a uma reavaliação da frequência de leituras, e mesmo dos sistemas de

observação instalados, por forma a reflectir as condições de exploração da obra e o seu

comportamento global na sua observação.

5.3 - INSTALAÇÃO E EXPLORAÇÃO DOS SISTEMAS DE OBSERVAÇÃO

A instalação dos dispositivos de observação deve atender às especificações técnicas

definidas no presente documento.

Os agentes encarregues da instalação e da exploração dos sistemas de observação deverão

possuir experiência de execução de trabalhos semelhantes. Os agentes encarregues da

instalação deverão ainda ter qualificação técnica adequada à compreensão dos objectivos do

sistema e capacidade de instalação dos equipamentos de acordo com as especificações

técnicas. Os agentes de exploração do sistema deverão supervisionar a sua instalação e ter

qualificação técnica e capacidade adequadas às operações de recolha, validação e

transmissão de dados e, ainda, à compreensão dos cenários de risco envolvidos e

capacidade de detecção e aviso de eventuais comportamentos anómalos e/ou situações de

perigo.

A Entidade responsável pela instalação dos sistemas de observação deverá promover a

elaboração, de acordo com as Normas de Observação e Inspecção de Barragens, de um

relatório que inclua, nomeadamente:

a) Desenhos gerais e de pormenor, localizando e caracterizando os aparelhos e

respectivos acessórios;

b) Valor da leitura inicial dos dados;

c) Data e hora da colocação;

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d) Condições mais significativas em que decorreu a colocação (estado do tempo,

eventuais incidências dos processos construtivos na instalação, justificações

presumíveis para eventuais danos que tenham implicado perda de informações,

etc.);

e) Operações de correcção de eventuais incidentes durante a colocação;

f) Elementos sobre os estudos e ensaios preconizados de acordo com as Normas,

bem como eventuais elementos relevantes sobre ensaios dos materiais

envolventes dos dispositivos;

g) Justificação para o caso de colocações que não tenham sido efectuadas

conforme o previsto no Plano de Observação.

A elaboração do relatório acima mencionado ficará a cargo do Adjudicatário responsável pela

instalação dos dispositivos de observação.

Para além deste relatório, a Entidade responsável pela exploração do sistema de observação

deverá elaborar relatórios sobre a exploração do sistema que incluam, entre outros, os

seguintes elementos:

a) frequência de leituras e eventuais alterações, com as correspondentes

justificações;

b) avarias nos instrumentos e dispositivos instalados, nos aparelhos de medida e

justificação das causas;

c) operações de manutenção mais significativas;

d) ocorrência de valores anómalos e outros motivos que impliquem a repetição de

leituras.

6 - MODELOS DE COMPORTAMENTO

6.1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nas Normas de Projecto (NOIB) é definida a metodologia para a avaliação da segurança de

barragens, como se verifica pelo exposto: “a verificação da segurança para cenários correntes

ou de ruptura deve ser feita por intermédio de modelos, para as diferentes situações de

dimensionamento, atribuindo valores extremos de majoração ou de minoração aos parâmetros

características do respectivo cenário associados às acções e às propriedades estruturais, até

se verificar a ocorrência do incidente ou do acidente.”

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Relativamente aos modelos de comportamento é ainda referido: ”os métodos usados para

estudo dos modelos referidos serão normalmente métodos matemáticos (analíticos ou

numéricos), devendo a fiabilidade dos métodos e dos modelos da análise estrutural ser

julgada confrontando as previsões deles deduzidas com resultados de observação de obras”.

As Normas referem ainda que a análise do comportamento e avaliação da segurança de

barragens deve ser baseada na análise dos dados de observação, comparando-os com os

valores limites que não devem ser ultrapassados em condições normais de exploração.

Deste modo, o plano de observação deve apresentar, tanto quanto possível, os modelos de

comportamento de modo a que mais tarde possam ser comparados os seus valores com os

das grandezas a observar, nomeadamente, considerando os valores máximos previstos.

Em seguida, apresentam-se para cada uma das grandezas a observar, os modelos de

comportamento deduzidos no presente projecto de reabilitação da barragem.

6.2 – DESLOCAMENTOS DURANTE A FASE DE CONSTRUÇÃO DAS OBRAS DE

REABILITAÇÃO

No presente projecto de reabilitação da barragem, Volume I, foi desenvolvido o estudo das

deformações da barragem no intuito de auxiliar a interpretação do comportamento da

barragem em face das acções a que foi submetida e ainda no sentido de permitir avaliar as

deformações que poderão ocorrer na barragem reabilitada.

Todas as análises foram efectuadas recorrendo ao programa de cálculo automático Plaxis V8

(PLAXIS B.V.).

Numa fase inicial, efectuaram-se análises de sensibilidade de forma a calibrar o modelo com

base nos deslocamentos observados.

Tendo o modelo calibrado e validado, procedeu-se à simulação da construção dos aterros de

reconstrução que, além de permitir avaliar a deformação do aterro remanescente constitui o

ponto de partida para o cálculo das fases subsequentes.

A primeira fase de reabilitação consiste na escavação do material de aterro desde o

coroamento até à cota 212,0, o corte do aterro de montante com uma inclinação de 1:2 (V:H)

e a remoção do material da ensecadeira.

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A construção do novo aterro foi simulada considerando 6 fases distintas, sendo que em cada

uma se adiciona uma camada de elementos finitos, correspondente ao material do novo

aterro.

Na Figura 1 apresenta-se a distribuição dos deslocamentos verticais obtidos no final da

escavação.

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Figura 1- Modelação dos assentamentos. Deslocamentos verticais obtidos.

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6.3 – DESLOCAMENTOS APÓS REABILITAÇÃO

6.3.1 – Primeiro enchimento

Na fase de primeiro enchimento da albufeira após a reabilitação irão ocorrer diversos

fenómenos cuja sobreposição resulta em movimentos no corpo da barragem que interessa

estimar. Para esse efeito, simulou-se uma nova sequência de enchimento da barragem,

considerando os patamares seguintes:

nível da albufeira à cota 208 durante um período de 90 dias;

nível da albufeira à cota 214 durante um período de 90 dias;

nível de albufeira à cota 217 durante um período de um ano.

Nas Figuras 2, 3 e 4 apresentam-se os deslocamentos obtidos.

Ao fim de 90 dias com a albufeira à cota 208 (primeiro patamar de enchimento), são

expectáveis assentamentos da ordem de 6 cm, ao fim de 180 dias com a albufeira à cota

214(segundo patamar de enchimento), assentamentos da ordem de 10 cm e ao fim de 1,5,

anos com a albufeira à cota 217 (NPA), assentamentos da ordem de 16 cm.

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Figura 2 – Modelação do primeiro enchimento. 1º patamar de enchimento, com albufeira à cota 208,

durante um período de 90 dias

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Figura 3 – Modelação do primeiro enchimento. 2º patamar de enchimento, com albufeira à cota 214,

durante um período de 90 dias

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Figura 4 – Modelação do primeiro enchimento. 3º patamar de enchimento, com albufeira à cota 217(NPA),

durante um período de 1 ano

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6.3.2 – Fase de exploração

Após a análise do primeiro enchimento, interessa estimar o assentamento da barragem ao

longo do tempo, tendo-se determinado o assentamento do aterro ao fim de um período de 1,

2, 4, 9, 14 e 24 anos, considerando que a albufeira estaria sempre no seu nível máximo

(NPA=217).

Embora esta situação (de pleno armazenamento permanente) não se venha certamente a

verificar no futuro, corresponde a um cenário razoavelmente conservativo em termos da

estimativa do assentamento máximo do corpo da barragem.

Deste modo, o período total de simulação do período pós-construtivo da barragem

reabilitada, foi de 25,5 anos, sendo 1,5 anos de primeiro enchimento e 24 de exploração.

Os deslocamentos verticais resultados obtidos estão ilustrados na Figuras 5.

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Figura 5 – Fase de exploração. Deslocamentos verticais ao fim de 25,5 anos após reabilitação da barragem

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A curva de assentamentos da Figura 6, representa os deslocamentos verticais de um ponto

no coroamento da barragem, pertencente ao perfil em estudo. O dia d=0, representa o início

do enchimento da barragem.

-0.350

-0.300

-0.250

-0.200

-0.150

-0.100

-0.050

0.000

0.000 1000.000 2000.000 3000.000 4000.000 5000.000 6000.000 7000.000 8000.000 9000.000

tempo (dias)

asse

nta

men

tos

Figura 6- Curva de assentamentos do coroamento da barragem.

Como se pode constatar da leitura do gráfico, o deslocamento estimado, para o ponto em

análise, é de cerca de 0,29 m.

Com o objectivo de aferir a sensibilidade do índice de fluência, , e assim avaliar a garantia

dos resultados obtidos, foi efectuada uma análise de sensibilidade a este parâmetro. Esta

análise consistiu em fazer variar este parâmetro, para o material A do aterro de reconstrução,

entre valores que vão desde o valor mínimo de 0,4x 10-3 até ao valor máximo de 3,85x10-3,

que corresponde ao valor admitido para o material do aterro existente (alterado) e portanto

que se considera como o cenário mais pessimista. Na Figura 7 apresenta-se o resultado desta

análise.

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-0.600

-0.500

-0.400

-0.300

-0.200

-0.100

0.0000.000 1000.000 2000.000 3000.000 4000.000 5000.000 6000.000 7000.000 8000.000 9000.000

tempo (dias)

asse

nta

men

tos

miu=0,4e-3 miu=0,8e-3 miu=1,6e-3 miu=3,2e-3 miu=3,85e-3

Figura 7 - Análise de sensibilidade ao parâmetro do índice de fluência *.

Como se pode constatar, a variação do parâmetro do índice de fluência reflecte uma variação

na curva de assentamentos da barragem. O aumento do valor do índice provoca um aumento

do assentamento. Como o aumento do assentamento total do coroamento, num período de

25,5 anos, é pouco sensível à variação do índice (=0,8x10-3 com um assentamento de

0,29 cm e =3,85x10-3 com um assentamento de 0,54 cm), os valores estimados para este

parâmetro dão garantia da sua fiabilidade.

De acordo com o gráfico da figura seguinte verifica-se que o parâmetro de fluência

inicialmente tem uma influência reduzida no valor do assentamento máximo mas,

posteriormente, resulta numa variação quase directa entre as duas variáveis.

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.000 0.001 0.002 0.003 0.004

Parâmetro de fluência

Ass

enta

men

to m

áxim

o p

ara

25 a

no

s (m

)

Figura 8 – Variação do assentamento máximo com índice de fluência .

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6.4 – NIVEIS PIEZOMÉTRICOS NO ATERRO E FUNDAÇÃO

No projecto de reabilitação apresenta-se um estudo de percolação, através do conjunto corpo

do aterro e fundação, baseado no MEF e que permite determinar os valores das

equipotenciais nos pontos nodais e estabelecer a rede de fluxo.

Para o estudo de percolação foi utilizado o programa Seep/w, GeoStudio2004 que permite a

resolução do problema de escoamento nas condições admitidas, isto é, escoamento plano e

regime permanente.

No caso da barragem do Lapão, em que o vale é muito encaixado e meandrizado, o efeito

tridimensional é muito importante. No entanto a modelação tridimensional é muito difícil,

exigindo aplicações especiais, de uso não corrente.

A consideração de um estado plano na modelação desta barragem terá assim de ser

entendida como uma aproximação qualitativa.

Acresce ainda o facto de o programa permitir o calculo em regime permanente (o

considerado) e transitório, mas não é possível simular situações de fracturação hidráulica, em

que o escoamento se dá através de fendas, como poderá ter ocorrido na barragem devido

aos assentamentos diferenciais dos aterros. Para esta simulação seria necessário recorrer a

uma análise acoplada do fenómeno de escoamento com a análise tensão-deformação, o que

traria dificuldades acrescidas sem garantia de uma mais valia relativamente ao

dimensionamento ou a conclusões sobre o comportamento.

Considerou-se que os materiais dos aterros existentes e a colocar exibem uma anisotropia de

comportamento que se manifesta por um aumento da permeabilidade horizontal por um factor

de 10 vezes, conforme se tem verificado experimentalmente e é prática corrente nos cálculos

de percolação.

Procurando simular a deficiente ligação entre o aterro existente e o maciço de fundação foi

definida no contacto uma camada (material 5 da Figura 9.5) com uma permeabilidade superior

à do restante aterro.

A permeabilidade da cortina de injecções foi estimada em função da permeabilidade do

maciço envolvente, admitindo-se que diminui a permeabilidade por um factor de 10 vezes.

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No que respeita às condições de fronteira foram consideradas as seguintes:

- Limites da malha (lado esquerdo e lado direito): elementos infinitos.

- Fundação a montante e paramento de montante da barragem: linha equipotencial, com o

valor H=217 m.

- Fundação a jusante da barragem: linha equipotencial, definida por H=y, ou seja, p=0.

- Restantes fronteiras com o exterior: impermeáveis.

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File Name: perfiltapetedrenante2_comdrenos.gsz

21

3

4

5

67

8

-40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340160

170

180

190

200

210

220

230

Figura 5.5 - Malha de elementos finitos e coeficientes de permeabilidade dos materiais

Material kx ky k ratio(m/s) (m/s)

1 Aterro existente 10-6 10-70,1

2 A - Maciço "impermeável" de montante 5x10-7

5x10-8

0,13 F - Filtro chaminé e camadas drenantes 10-4 10-4

1,04 F+D - Tapete drenante 5x10-2 5x10-4

0,015 Camada no contacto com a fundação 5x10-6 5x10-7

0,16 Aterro da ensecadeira 10-5 10-5 1,07 Maciço rochoso 10-6 10-6

1,08 Cortina de injecções 10-7 10-7

1,0

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A título de exemplo, para o caso dos piezómetros localizados no perfil de maior altura (P49),

com base no modelo de comportamento hidráulico apresentado é possível estimar a evolução

das cotas de água ao longo do tempo. Os diagramas correspondentes a essa estimativa

apresentam-se nas Figuras 10, 11 e 12.

No Quadro 12, indica-se o valor da pressão máxima esperada, na situação de escoamento

em regime permanente.

Quadro 12 - Cotas piezométricas esperadas para escoamento em regime permanente

nos piezómetros próximo do Perfil P49

Piezómetro Cota de instalação

da base da ponteira

Cota piezométrica máxima

(modelo de escoamento)

Carga

(m)

PE2-1 200,0 205,5 5,5

PE2-2 179,5 194,5 15

PH5-1 210 210,3 0,3

PH5-2 184,2 187,0 3

PH6-1 200 202,0 2

PH6-2 179,5 186,5 7

PH11-1 187 - 0

PH11-2 178 180 2

PH12-1 186 - 0

PH12-2 177 179,5 2,5

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File Name: perfiltapetedrenante2_comdrenos.gsz

NPA = 217

180 18

5

195 200

205 210 215

-40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340160

170

180

190

200

210

220

230

Figura 10 – Linhas equipotenciais

File Name: perfiltapetedrenante2_comdrenos.gsz

NPA = 217

0

5

5

10 15 20

25 30

35

40

-40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340160

170

180

190

200

210

220

230

Figura 11 - Linhas de igual pressão

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File Name: perfiltapetedrenante2_comdrenos.gsz

NPA = 217

-40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340160

170

180

190

200

210

220

230

Figura 12 – Vectores de velocidade aparente de escoamento

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6.5 – CAUDAIS DE PERCOLAÇÃO

Do cálculo de percolação verificou-se que de acordo com o modelo desenvolvido o caudal

total percolado pela barragem e fundação é de 1,06x10-5m3/m/s. Este valor distribui-se

sensivelmente em partes iguais pelo corpo do aterro (46%) e pela fundação (54%). Esta

distribuição deve-se ao facto de se ter atribuído o mesmo valor de coeficiente de

permeabilidade ao maciço rochoso de fundação e ao material do aterro existente na direcção

horizontal. A jusante da cortina de injecções o caudal de fundação acaba por ser captado pelo

sistema drenante na sua quase totalidade (apenas 0,3% do total não é captado).

A análise da distribuição das linhas equipotenciais permite verificar que, de acordo com este

modelo, a necessidade da cortina de injecções é apenas marginal. De facto, não se verifica

uma concentração nítida de perda de carga neste órgão de controlo de escoamento. Salienta-

se, no entanto, que o cálculo traduz condições ideais de homogeneidade dos materiais e que,

muito provavelmente, essas condições não se verificam na realidade. Assim, a execução da

cortina justifica-se por proporcionar um acréscimo de segurança no que respeita ao

comportamento hidráulico da fundação.

Os valores de caudal acima indicados são os caudais por unidade de comprimento referente

ao perfil (teórico) da barragem de maior altura, correspondente ao fundo do vale, com tapete

drenante.

Da estimativa do caudal total a colectar no sistema drenante obteve-se no projecto um valor

de 0,5l/s.

7 - ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA

De acordo com as Normas a análise do comportamento e a avaliação da segurança de uma

barragem devem ser efectuados comparando os valores previstos pelos modelos de

comportamento com os resultados obtidos da medição de equipamento de observação e o

julgamento das inspecções visuais. Em particular deve-se ter em conta os valores limites que

não devem ser ultrapassados em condições normais de exploração.

Existem três grandes fases de observação de uma barragem: construção, primeiro

enchimento e exploração. O regulamento recomenda ainda a subdivisão da fase de

exploração em diferentes períodos, dado a experiência ter mostrado que o comportamento

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das barragens evolui, normalmente, para uma estabilidade crescente e consequentemente

para uma maior segurança.

A definição dos procedimentos a adoptar em cada uma destas fases deve ser sequencial, isto

é, o planeamento de uma destas fases deve ter em conta o comportamento observado na

fase anterior.

Na análise do comportamento de uma barragem podem-se considerar várias etapas

sequenciais. Numa primeira fase faz-se a leitura dos dispositivos de observação com a

frequência definida no Plano de Observação. Os valores obtidos devem ser validados no

local, nomeadamente comparando os valores obtidos com os de épocas anteriores, podendo

justificar-se a repetição de leituras. Os valores lidos no campo são posteriormente, em

gabinete, convertidos em grandezas (deslocamentos, tensões, etc.), recorrendo-se a

programas de cálculo automático que incorporam algoritmos matemáticos. Os resultados

obtidos são arquivados informaticamente.

A análise do comportamento é efectuada, como se referiu, comparando os valores previstos

com os valores observados, os quais são apresentados de uma forma numérica ou gráfica.

O equipamento de observação está instalado em apenas uma zona restrita da barragem.

Nesse sentido, devem-se complementar as campanhas de medição dos dispositivos com as

inspecções visuais, apresentando-se em anexo, as fichas-tipo com os locais que se julga

indispensáveis de observar.

Na barragem do Lapão preconiza-se que na fase de construção, ou seja de reabilitação, seja

elaborado uma Nota Técnica que inclua uma referência pormenorizada aos aspectos ligados

à instalação dos dispositivos de observação e à análise do comportamento.

No final da construção preconiza-se a elaboração de um Relatório circunstanciado com a

análise do comportamento durante aquela fase e a descrição pormenorizada do sistema de

observação instalado, o qual pode ser deferente do preconizado no Plano de Observação.

Considera-se ainda que apenas no final da reconstrução do aterro se proceda à revisão do

plano de primeiro enchimento, tendo em conta o comportamento evidenciado pelo aterro at+e

essa data.

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COBA

46 1155BLAP. PROJECTO DE REABILITAÇÃO DA BARRAGEM DO LAPÃO. PROJECTO DE EXECUÇÃO. VOLUME IV - PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA. TOMO 1 – PLANO DE OBSERVAÇÃO. MEMÓRIA.

Após a análise do comportamento da barragem durante a fase de primeiro enchimento, deve

ser reapreciado o plano de observação, de modo a tornar mais fiável e eficaz a avaliação da

segurança durante a fase de exploração da estrutura.

Lisboa, Dezembro de 2005

Lúcia Almeida Ricardo Oliveira

Chefe de Projecto Presidente do Conselho de Administração

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COBA

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PROJECTO DE REABILITAÇÃO

DA BARRAGEM DO LAPÃO

PROJECTO DE EXECUÇÃO

VOLUME IV – PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA

TOMO 1 – PLANO DE OBERVAÇÃO

MEMÓRIA

ÍNDICE

Pág.

1 - INTRODUÇÃO.....................................................................................................................1

2 - CARACTERIZAÇÃO GERAL DA OBRA..............................................................................3

3 - ÍNDICE GLOBAL DE RISCO ...............................................................................................6

4 - INSPECÇÕES VISUAIS ......................................................................................................9

5 - SISTEMAS DE OBSERVAÇÃO.........................................................................................13

5.2 - GRANDEZAS A OBSERVAR E DISPOSITIVOS DE OBSERVAÇÃO...........................15

5.2 - FREQUÊNCIA DE LEITURAS.......................................................................................24

5.3 - INSTALAÇÃO E EXPLORAÇÃO DOS SISTEMAS DE OBSERVAÇÃO .......................25

6 - MODELOS DE COMPORTAMENTO.................................................................................26

6.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS ........................................................................................26

6.2 - DESLOCAMENTOS DURANTE A FASE DE CONSTRUÇÃO DAS OBRAS DE

REABILITAÇÃO....................................................................................................................27

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6.3 – DESLOCAMENTOS APÓS REABILITAÇÃO...............................................................30

6.3.1 – Primeiro enchimento..............................................................................................30

6.3.2 – Fase de exploração...............................................................................................34

6.4 – NIVEIS PIEZOMÉTRICOS NO ATERRO E FUNDAÇÃO.............................................38

6.5 – CAUDAIS DE PERCOLAÇÃO .....................................................................................44

7 - ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA .............................44

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COBA

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PROJECTO DE REABILITAÇÃO

DA BARRAGEM DO LAPÃO

PROJECTO DE EXECUÇÃO

VOLUME IV – PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA

TOMO 1 – PLANO DE OBSERVAÇÃO

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 - GENERALIDADES

§ 1º - A instalação dos dispositivos de observação, que deverá ser realizada de acordo com

as presentes Especificações, tem por objectivo o acompanhamento do comportamento da

obra quanto aos seguintes aspectos:

deslocamentos superficiais e internos do corpo da barragem;

desenvolvimento das pressões intersticiais tanto na fundação como no aterro e

acompanhamentos da variação dos níveis hidrostáticos, durante as várias fases

de vida da obra;

tensões totais no corpo da barragem;

caudais percolados.

§ 2º - Os dispositivos de observação a fornecer são os seguintes:

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COBA

2 1155BLAP. PROJECTO DE REABILITAÇÃO DA BARRAGEM DO LAPÃO. PROJECTO DE EXECUÇÃO. VOLUME IV - PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA. TOMO 1 – PLANO DE OBSERVAÇÃO. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS.

sistema de marcas para medição de deslocamentos superficiais;

inclinómetros para medição de deslocamentos horizontais internos;

placas de assentamentos para medição de deslocamentos verticais dos aterros

que não serão removidos;

piezómetros hidráulicos (Tipo Casagrande);

células de pressões neutras;

dispositivo de medição dos caudais;

escala limnimétrica;

estação udométrica;

A barragem dispõe de dois grupos de células de tensão total e piezómetros eléctricos

instalados no aterro da barragem existente, havendo toda a conveniência de se continuar a

medir as tensões totais e as pressões intersticiais.

§ 3º - O Plano de Observação definido pelo Projectista poderá vir a ser revisto em função de

condicionalismos técnicos e económicos que resultam duma análise conjunta, em fase

posterior, pelas entidades indicadas no artigo 4º do Regulamento de Segurança de

Barragens. O Empreiteiro obriga-se a instalar o equipamento que de facto for finalmente

assumido como necessário e suficiente, para a observação da barragem do Lapão.

§ 4º - O posicionamento e/ou localização dos dispositivos de observação deverá estar em

conformidade com o indicado no Plano de Observação. No entanto, reserva-se à Fiscalização

a possibilidade de modificar a localização dos dispositivos ou mesmo, a supressão ou

aumento destes, consoante as situações encontradas durante a construção da barragem.

§ 5º - Tendo em conta o Plano de Observação, o Empreiteiro proporá, para aprovação pela

Fiscalização, os dispositivos de observação a instalar e fornecerá toda a documentação útil

relativa às características desses dispositivos e procedimentos de instalação e todas as

referências e documentos que atestem o seu bom funcionamento. A aparelhagem escolhida

deverá ser proveniente de fabricantes com uma vasta experiência e reputação internacional

no que concerne a esta matéria. A Fiscalização reserva-se o direito de recusar qualquer tipo

de dispositivo que não siga as prescrições do presente documento e/ou que não apresente

garantia suficiente de bom comportamento e longevidade.

§ 6º - O Fabricante deverá garantir a fiabilidade e durabilidade dos equipamentos e deverá

fornecer instruções pormenorizadas sobre a respectiva instalação.

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COBA

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§ 7º - A instalação dos dispositivos de observação só será iniciada após aprovação por parte

da Fiscalização dos dispositivos a instalar. O Empreiteiro deverá avisar a Fiscalização, com

uma antecedência mínima de dez dias úteis, das datas previstas para a instalação de

quaisquer dispositivos de observação.

§ 8º - O Empreiteiro tomará todas as precauções e fornecerá mão de obra qualificada para a

instalação correcta dos dispositivos de observação. O Empreiteiro fará ainda intervir na obra,

sempre que necessário, especialistas e/ou representantes dos fabricantes com vista à instru-

ção e direcção dos técnicos responsáveis pela colocação e manuseamento dos dispositivos.

§ 9º - Após instalação final do equipamento de observação, o Empreiteiro procederá a

ensaios, perante a Fiscalização, que permitam avaliar da sua adequada funcionalidade.

§ 10º - A Fiscalização poderá ordenar a remoção total ou parcial de equipamentos que se

verifique terem sido colocados de modo inconveniente ou que, já após colocação, tenham

sofrido danos que prejudiquem o seu funcionamento.

§ 11º - Todos os trabalhos associados à remoção e recolocação de equipamento, serão

executados a cargo do Empreiteiro e sem quaisquer custos para o Dono de Obra.

§ 12º - Cabe ao Empreiteiro a execução dos trabalhos necessários à instalação dos

dispositivos de observação, designadamente, abertura de valas, aterros, furação,

preenchimento de furos, betonagens, trabalhos de prospecção geotécnica, etc.

§ 13º - O Empreiteiro deverá coordenar os trabalhos de instalação dos equipamentos com

outras tarefas que com eles possam estar relacionadas, como por exemplo, a subida dos

aterros.

§ 14º - As especificações técnicas eventualmente omissas no presente documento poderão

ser apresentadas em fase de obra pela Fiscalização ao Empreiteiro.

§ 15º - O Dono de Obra não considera como omissão a falta de referência a quaisquer

trabalhos ou operações que sejam indispensáveis para a adequada instalação dos

dispositivos de observação.

§ 16º - O Empreiteiro deverá entregar ao Dono da Obra, até 1 (um) mês após a realização das

várias campanhas de instalação, um relatório com a descrição completa das operações

efectuadas, cotas de localização, coordenadas, leituras iniciais, etc. Até 3 (três) meses após o

final da última campanha de instalação dos dispositivos de observação, o Empreiteiro deverá

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elaborar um relatório final com a compilação dos elementos referentes a todas as campanhas

efectuadas.

2 - DISPOSITIVOS DE OBSERVAÇÃO. INSTALAÇÃO

2.1 - GENERALIDADES

§ 1º - O Empreiteiro deverá elaborar, para cada dispositivo, um relatório de instalação,

contendo identificação, local e cota de instalação, condições de instalação (emendas em

tubos, etc.), tipo de solo, cota do aterro compactado e outras informações consideradas úteis

pela Fiscalização.

2.2 - SISTEMA DE MARCAS PARA MEDIÇÃO DE DESLOCAMENTOS

SUPERFICIAIS

2.2.1 - Placas de assentamento

§ 1º - As placas de assentamentos serão instaladas no aterro da barragem existente, na

plataforma a criar à cota 212, com o objectivo de medir as deformações verticais do aterro que

não será removido.

§ 2º - O sistema será essencialmente constituído por dois tubos, ficando um exterior envolvido

pelo aterro, e o outro no interior do primeiro, soldado a uma placa na extremidade inferior,

apoiada no aterro através de um maciço de fundação. Ao tubo exterior encontra-se ligada

uma cruzeta, que melhora a ligação deste com o aterro. As deformações verticais da zona

inferior do aterro serão medidas topograficamente através do tubo interior, uma vez que este

se pode deslocar livremente no interior do sistema.

§ 3º - Os tubos, com comprimentos que poderão variar entre 1 a 2 m, deverão ser em aço

inoxidável AISI 316, polido previamente à sua instalação. O diâmetro do tubo interior será de

2’’ e o do tubo exterior de 6’’. As uniões dos tubos serão do tipo macho-fêmea quer para os

tubos exteriores quer para os tubos interiores.

§ 4º - A manga de junção terá uma comprimento total de 10 cm e um diâmetro interior igual ao

diâmetro exterior do tubo em questão (interior ou exterior). A sua metade superior será

soldada à extremidade inferior do troço do tubo (num comprimento de sobreposição de 5 cm),

enquanto que a metade inferior será previamente roscada pelo interior, de modo a permitir a

ligação dos dois troços de tubo (num comprimento de sobreposição de 5 cm). Após a

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COBA

5 1155BLAP. PROJECTO DE REABILITAÇÃO DA BARRAGEM DO LAPÃO. PROJECTO DE EXECUÇÃO. VOLUME IV - PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA. TOMO 1 – PLANO DE OBSERVAÇÃO. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS.

soldadura, os eixos do tubo e da respectiva manga de junção deverão ser concêntricos.

Conforme indicado no Desenho 3, à manga de junção dos tubos interiores será colado um

troço de teflon, para minimizar o atrito entre os dois tubos e permitir o seu deslocamento

relativo. A espessura da manga de junção interior deverá ser tal que seja respeitada a folga

indicada no Desenho 3, acima referido.

§ 5º - Os tubos deverão ser fornecidos com a manga de junção previamente soldada à sua

extremidade inferior e a sua extremidade superior roscada num comprimento de 5 cm.

§ 6º - À extremidade inferior do tubo interior será soldada uma placa circular com 5 mm de

espessura e diâmetro tal que a folga entre esta e o tubo exterior seja de 10 mm.

§ 7º - Previamente à execução dos trabalhos será executado um bloco em betão pobre com

as dimensões constantes no Desenho 3, cuja função é a de servir de suporte do sistema, pelo

que a sua superfície superior deverá ser perfeitamente horizontal.

§ 8º - O primeiro troço de tubo exterior, bem como o primeiro troço do tubo interior, deverão

ser instalados simplesmente apoiados no bloco de fundação. Deve garantir-se a sua

verticalidade perfeita, com auxílio de meios topográficos durante a montagem, e com

quaisquer elementos provisórios de suporte que se julguem necessários para tal, sem prejuízo

para a grandeza que se pretende medir.

§ 9º - Quando os aterros atingirem a cota (213,0) deverá ser soldada ao tubo exterior a

cruzeta de ligação ao aterro.

§ 10º - Os restantes tubos serão instalados à medida que se constrói o aterro, alternando os

tubos de menor diâmetro com os tubos de maior diâmetro. As extremidades dos tubos

deverão estar sempre protegidas por uma tampa, impedindo a entrada de objectos estranhos

aos mesmos. Os procedimentos de garantia de verticalidade dos diferentes troços de tubo,

deverão ser os mesmos que os tomados para o primeiro troço.

§ 11º - As ligações entre tubos deverão ser vedadas através da utilização de um vedante à

prova de água.

§ 12º - Após a colocação de troço o Empreiteiro deverá determinar a cota altimétrica do topo

do tubo e deverá realizar uma campanha de medições com o objectivo de determinar os

assentamentos ocorridos durante a construção.

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§ 13º - A compactação do aterro na vizinhança do tubo (mínimo de 1 m de raio) deverá ser

realizada por meio de equipamentos manuais que deverão ser previamente propostos pelo

Empreiteiro e aprovados pela Fiscalização. Durante esta operação deverá garantir-se a

verticalidade do tubo. De realçar que a densidade final do material compactado manualmente

deverá ser igual à do aterro circundante, evitando, desta forma, a existência de pontos de

menor resistência mecânica.

§ 14º - Durante a compactação do aterro, a aproximação de máquinas pesadas restringe-se à

zona exterior a uma área em redor da placa de assentamentos, com um raio mínimo de 2 m.

§ 15º - No final da construção do aterro o topo do tubo ficará protegido por uma câmara para

inspecção com tampa removível.

§ 16º - Sempre que se finaliza a instalação de um novo troço de tubagem deverá proceder-se

ao nivelamento altimétrico da boca do tubo.

2.2.2 - Marcas superficiais

§ 1º - Serão instaladas marcas superficiais no coroamento a montante e a jusante, e no

paramento de jusante que permitirão a monitorização simultânea de deslocamentos verticais e

horizontais, estes últimos nas duas direcções ortogonais (montante/jusante e margem

esquerda/margem direita) pelo método da triangulação geométrica.

§ 2º - As marcas superficiais ponto alvo, serão constituídas por peças de centragem forçada

para reflectores do tipo "Wild", conforme se ilustra nos desenhos do Plano de Observação.

Estas peças serão chumbadas no topo de manilhas de betão, com 0,20 m de diâmetro

exterior e 0,60 m de altura, rigidamente solidarizadas a maciços cúbicos de betão com 1,0 m

de aresta, através de armaduras e preenchimento com betão de boa qualidade.

§ 3º - Todas as marcas deverão ser pintadas a branco e identificadas pelo seu código de

referência, constante dos desenhos do Plano de Observação, através de inscrição visível das

marcas superficiais, designadas por pontos estação.

§ 4º - Após realizadas as operações anteriores, deverá determinar-se a localização das ditas

marcas mediante a utilização de equipamentos topográficos adequados. Esta operação

deverá ser realizada com o auxílio das marcas, pontos estação existentes no local.

2.2 - INCLINÓMETROS

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§ 1º - Os inclinómetros a instalar no corpo da barragem, após a reconstrução dos aterros, são

destinados à medição de deslocamentos horizontais do aterro.

§ 2º - O sistema é essencialmente constituído por um tubo com dois pares de calhas

longitudinais, nas quais encaixam as rodas de um torpedo ou sonda. A este torpedo está

acoplado um cabo que o permite descer ou elevar ao longo do tubo e transmitir sinais

eléctricos a uma caixa de leitura, instalada na superfície.

§ 3º - A medição dos deslocamentos horizontais sofridos pelo aterro é efectuada

indirectamente, pelo registo das variações da inclinação do tubo relativamente à sua posição

inicial, através de leituras realizadas com a sonda, em pontos fixos no interior do furo.

§ 4º - Os tubos, a serem realizados posteriormente à conclusão da subida dos aterros,

poderão ser de aço, alumínio ou plástico e deverão ser colocados em furos de sondagem

verticais, protegidos por um revestimento que será retirado após a sua instalação.

§ 5º - Os tubos serão constituídos por elementos de 2 a 3 m de comprimento unidos por

elementos próprios e com um diâmetro interior adaptado ao diâmetro exterior da sonda.

§ 6º - O furo deverá ser realizado sem a utilização de lamas estabilizadoras e sem lavagem e

deverá ter um diâmetro aproximadamente igual a 150 mm. A furação do aterro poderá

efectuar-se com o auxílio de um trado ou com outro tipo de equipamento a acordar com a

Fiscalização.

§ 7º - A furação para instalar os tubos inclinómetros deverá ser feita até ao maciço rochoso.

§ 8º - Em qualquer dos casos o Empreiteiro deverá submeter à aprovação da Fiscalização, o

método, produtos e materiais a serem utilizados na execução dos furos. Para o caso

específico de utilização do trado, o Empreiteiro deve propor e justificar as disposições

necessárias para limitar os desvios em relação à vertical do eixo do furo. O valor destes

desvios não deve exceder um por cento do comprimento do furo.

§ 9º - Após execução do furo e verificada a sua verticalidade, introduzir-se-á o tubo

inclinométrico e o espaço entre este e a parede do furo será preenchido com uma mistura de

selagem a qual será introduzida com a ajuda de uma tremonha, tendo o cuidado de manter a

extremidade da tremonha sempre imersa na mistura. Esta mistura será constituída por

cimento e bentonite em proporção a definir na obra, pela Fiscalização.

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§ 10º - Durante estas operações, deverão ser tomadas as precauções necessárias de forma a

evitar que a mistura penetre no tubo inclinométrico.

§ 11º - O topo do tubo será mantido fechado durante todas estas operações e no final da obra

deverá ser instalada uma tampa removível, dotada de fecho por cadeado.

2.5 - PIEZÓMETROS HIDRÁULICOS (TIPO CASAGRANDE)

§ 1º - Os piezómetros hidráulicos serão tubos de PVC crepinados na ponta e envolvidos por

geotêxtil. Os piezómetros serão instalados em furos de sondagem, prevendo-se a colocação

de, no máximo, dois piezómetros.

§ 2º - As dimensões dos trechos de captação serão de: 1,0 m no aterro; 2 m no contacto

aterro-fundação; e 3,0 m na fundação.

§ 3º - A leitura do nível piezométrico é obtida por meio de um aparelho constituído por uma

sonda fixa na extremidade de uma trena que é introduzida no tubo. Ao contacto com a água

dentro do tubo, a sonda faz emitir à superfície um sinal sonoro ou luminoso.

§ 4º - Os piezómetros hidráulicos serão instalados no final da construção, com a localização e

cotas definidas nos desenhos do Plano de Observação e que deverão ser confirmadas em

fase de obra pela Fiscalização.

§ 5º - Os piezómetros são instalados em furos protegidos por um revestimento que será

removido após instalação do piezómetro.

§ 6º - O furo deverá ser realizado sem a utilização de lamas estabilizadoras e sem lavagem e

deverá ter um diâmetro de 100 mm para os furos com dois piezómetros 76 mm para os furos

com um piezómetro. A furação no aterro poderá efectuar-se com o auxílio de um trado ou com

outro tipo de equipamento a acordar com a Fiscalização.

§ 7º - Em qualquer dos casos, deverá ser submetido à aprovação da Fiscalização, o método,

produtos e materiais que se pretende utilizar na execução dos furos. Para o caso específico

de utilização do trado, o Empreiteiro deve propor e justificar as disposições necessárias para

limitar os desvios em relação à vertical do eixo do furo. O valor destes desvios não deve

exceder um por cento do comprimento do furo.

§ 8º - Após colocação do revestimento e com a ajuda de uma tremonha (mangueira colocada

próxima do fundo do furo) deverá ser efectuado o preenchimento do furo com material de

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granulometria apropriada (diâmetro do material superior a 0,06 mm e inferior a 6 mm) até uma

altura de 0,25 m (piezómetros no aterro) ou 0,5 m (piezómetros na fundação) em relação ao

fundo do furo e até à base da ponteira. O material deverá ser compactado com a ajuda de

uma vara metálica.

§ 9º - A ponteira do piezómetro (trecho do tubo crepinado) deverá assentar sobre a areia

depositada no fundo do furo, unindo os tubos troço por troço. Após colocação da ponteira

deverá determinar-se a cota real de localização do piezómetro.

§ 10º - A operação seguinte consiste no preenchimento do furo acima da cota de colocação

do piezómetro com areia de granulometria idêntica à descrita no parágrafo anterior (diâmetro

do material deve estar compreendido entre os 0,06 mm e os 6 mm). Este material deverá ser

colocado com o auxílio de uma tremonha e compactado com uma vara metálica. O

preenchimento do furo deverá ser acompanhado pela retirada lenta do revestimento. Este

preenchimento será efectuado até uma altura de 0,25 m (piezómetros no aterro) ou 0,5 m

(piezómetros no contacto aterro-fundação e na fundação) em relação ao topo da ponteira.

§ 11º - Por cima do troço do furo preenchido e após a colocação de uma camada de argila de

0,30 m deverá ser efectuado o preenchimento com “lama pesada”, constituída por uma calda

de cimento e bentonite. Esta calda é introduzida no furo com a ajuda de uma mangueira cuja

extremidade inferior deverá ser mantida imersa na mistura, numa altura de 1,0 m, devendo os

problemas de decantação da calda serem devidamente acautelados.

§ 12º - A argila será plástica e terá um teor em água próximo do seu limite de plasticidade.

Cada camada com cerca de 10 cm de espessura, deverá ser apiloada através de uma haste

com uma flange na sua extremidade inferior.

§ 13º - No troço vizinho à cota de colocação da segunda e terceira ponteiras o furo será

preenchido com argila numa espessura de 0,20 a 0,30 m.

§ 14º - No dos furos com dois piezómetros, após a colocação dos materiais anteriormente

indicados, prossegue-se com o procedimento indicado para o primeiro piezómetro (artigos

§ 8º a § 12º).

§ 15º - A execução do furo através do tapete drenante horizontal deverá, obrigatoriamente,

ser precedida pela cravação do revestimento até um mínimo de 1,0 m abaixo do tapete,

prevenindo, desta forma, a contaminação do mesmo.

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§ 16º - A sonda de leitura deverá ser de um tipo robusto e compreenderá dois eléctrodos

separados verticalmente por um isolante hidrófugo, conectado a um cabo coaxial. Este cabo

deverá possuir marcações indeléveis que indiquem a profundidade da sonda em m, dm e cm.

O comprimento do cabo será suficiente para alcançar a extremidade dos furos piezométricos

mais profundos. Além disto o cabo será enrolado num tambor e será ligado a um sinal audível

ou luz, funcionando com baterias.

§ 17º - O topo dos piezómetros hidráulicos será protegido por um sistema de selagem

inviolável.

2.6 - CÉLULAS DE PRESSÃO NEUTRA

2.6.1 - Generalidades

§1 º - Os piezómetros eléctricos a instalar no aterro serão, em princípio, de corda vibrante (tipo

Maihak), constituídos por um corpo metálico dotado na extremidade de uma pedra porosa. A

pressão da água actua num diafragma cujos deslocamentos modificam a tensão de uma

corda vibrante com repercussões na sua frequência própria de vibração.

§ 2º - A medição das pressões neutras é efectuada por uma caixa de recepção que engloba

uma corda vibrante que serve de padrão, um transmissor de impulsos e um tubo de raios

catódicos para a obtenção visual das características de vibração. Através da emissão de um

impulso excita-se a célula instalada e a sua corda vibrante entra em movimento com uma

frequência própria do seu estado de tensão. A vibração da corda é captada na central e

actuando na corda padrão da caixa receptora procura-se atingir as condições de uníssono,

que são obtidas visualmente no écran do osciloscópio por intermédio de figuras de

interferência correspondentes à sobreposição das duas vibrações.

§ 3º - Em alternativa às células do tipo eléctrico poderá o Empreiteiro propor a instalação de

outro tipo de células, nomeadamente do tipo hidráulico, desde que justificado e reservando-se

à Fiscalização o direito de aprovação ou rejeição desta alternativa. O eventual tipo de células

alternativo proposto pelo Empreiteiro deverá respeitar os artigos seguintes que sejam

aplicáveis.

§ 4º - As células a serem instaladas deverão ser testadas em laboratório para aferição da

leitura zero e verificação da curva de calibração do aparelho.

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§ 5º - Os cabos de ligação das células eléctricas à caixa terminal de leitura, assim como todas

as conexões, juntas e ligações devem ser constituídas por material flexível, estanque, à prova

de corrosão e inatacável por quaisquer substâncias presentes no meio envolvente. Deverão

ainda resistir a tracções de, pelo menos, 2 kN.

§ 6º - A instalação das células de pressão neutra eléctricas e a execução das valetas para

condução dos cabos, deverá ser precedida de uma programação de trabalhos efectuada pelo

Empreiteiro Geral com o intuito de interromper, pelo mínimo tempo possível, a execução dos

trabalhos correntes.

§ 7º - Os cabos de ligação devem ser de diferentes cores e devem ser identificados com

marcas indeléveis nas quais é indicado o número da célula piezométrica correspondente. As

ligações e junções de tubos devem ser equipadas com dispositivos que garantam o bom

funcionamento dos dispositivos durante o período de vida previsto.

§ 8º - O aperto das ligações entre cabos deve ser apenas o suficiente, tomando-se o cuidado

de evitar o esmagamento dos tubos com apertos exagerados. Além disto as junções de tubos

só deverão ser realizadas após ter sido constatada a limpeza das extremidades dos tubos.

Para o efeito deverão ser sempre protegidas contra a humidade e a sujidade através de uma

tampa estanque.

§ 9º - Os tubos expostos, durante um certo período de tempo, na área da construção, devem

ser protegidos contra os raios solares e contra os constantes perigos mecânicos,

salvaguardando-os em caixas de madeira apropriadas dotadas de cadeados. Estas caixas

deverão ser colocadas cerca de 1,0 m acima da cota do aterro.

2.6.3 - Instalação no maciço compactado após a sua execução

§ 1º - Os furos a serem executados no maciço, terão um diâmetro de aproximadamente

100 mm, e deverão ser realizados sem a utilização de lamas estabilizadoras e sem lavagem.

Deverá ser utilizado revestimento somente se a resistência do solo adjacente assim o exigir.

§ 2º - As paredes do furo na vizinhança do local de instalação da célula devem ser libertas de

lamas e detritos e o furo deverá ser convenientemente limpo antes da colocação do

dispositivo.

§ 3º - O preenchimento do furo deverá ser feito com areia limpa, saturada e bem graduada,

com uma dimensão que deverá variar entre os 0,06 e os 6 mm e cerca de 0,50 m abaixo e

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0,15 m acima do dispositivo. A compactação do material deverá ser feita com uma vara

metálica, tendo o cuidado de não danificar o aparelho.

§ 4º - Após colocação da areia no fundo do furo, a célula deverá ser envolvida por um

geotêxtil e por areia saturada. Durante a operação de descida do dispositivo, o equipamento

de leitura deverá permanecer ligado para detecção de eventuais anomalias.

§ 5º - Cerca de duas horas após a instalação da célula em solo não saturado, deverá ser feita

a leitura zero do dispositivo já em equilíbrio térmico com o solo adjacente. Em solos saturados

essa leitura deverá efectuar-se momentos antes da instalação.

§ 6º - Sobrejacente à camada de material filtrante que recobre a célula, e após a colocação de

uma camada de argila de 0,20 a 0,30m deverá ser colocado um tampão constituído por uma

mistura de cimento, areia e bentonite na proporção que será definida pela Fiscalização. Esta

mistura, que tem como função impedir a colmatação do material que lhe fica subjacente, é

lançada através de uma mangueira cuja extremidade inferior deverá estar próxima do topo da

camada de areia. O lançamento deverá ser efectuado em simultâneo com o levantamento do

revestimento do furo. A mistura deverá ser vibrada, cada 10 cm, com uma vara metálica.

§ 7º - A argila será plástica e terá um teor em água próximo do seu limite de plasticidade.

Cada camada com cerca de 10 cm de espessura, deverá ser apiloada através de uma haste

com uma flange na sua extremidade inferior.

§ 8º - No troço vizinho à cota de colocação da segunda e terceira ponteiras o furo será

preenchido com argila numa espessura de 0,20 a 0,30 m

§ 9º - No dos furos com dois piezómetros, após a colocação dos materiais anteriormente

indicados, prossegue-se com o procedimento indicado para o primeiro piezómetro (artigos

§ 3º a § 7º).

§ 10º - Durante toda a fase de preenchimento do furo, o equipamento de medição deverá

permanecer ligado. Se forem constatadas anomalias, deverá remover-se o aparelho já

colocado, para correcção do defeito ou substituição do mesmo, sem encargos para o Dono da

Obra.

§ 11º - Em caso de perfuração em solos saturados, deverá esgotar-se a água existente no

furo, após atingida a cota prevista para a instalação. Se tal não for possível, deverá substituir-

se a água turva por água límpida.

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2.6.4 - Procedimentos para instalação das tubagens

§ 1º - A condução das tubagens dos piezómetros eléctricos será feita em valetas escavadas

transversalmente ao eixo da barragem, até ao filtro chaminé, onde poderão subir até ao

coroamento.

§ 2º - A valeta deverá ser escavada manualmente quando a cota do aterro compactado

estiver 0,8 m acima da cota prevista para a sua instalação. A valeta terá 0,8 m de

profundidade e 0,8 m de base. A inclinação das paredes deverá ser de 1:1, no mínimo.

§ 3º - O fundo da valeta, bem como as paredes laterais, não deverão apresentar superfícies

fofas e/ou com reentrâncias, devendo proceder-se à sua regularização até se atingir o

material compactado do aterro.

§ 4º - A cada intervalo de aproximadamente 15 m, a valeta deverá ser preenchida

transversalmente (a menos que esta atravesse materiais filtrantes) com selos impermeáveis,

constituídos de uma mistura de 10% de bentonite e 90% do solo do aterro, em volume (ou

argila plástica), de aproximadamente 20 cm de espessura. Esta mistura deverá penetrar cerca

de 15 cm na base e paredes laterais.

§ 5º - Após regularização, deverá ser espalhada no fundo da valeta uma camada de

protecção de material peneirado (que passe no peneiro #10), compactado manualmente com

5 cm de espessura e teor em água similar ao do aterro adjacente. Nesta zona não deverá ser

utilizada areia ou qualquer outro material permeável.

§ 6º - As tubagens devem ser assentes com um afastamento entre si superior a 5 cm e

deverão ser estendidas frouxamente ao longo da valeta em geometria ligeiramente ondulada.

Recomenda-se que se deixe uma folga de cerca de 0,5 m relativamente ao comprimento

necessário, sendo este excesso distribuído uniformemente através de 10 m de valeta, para

compensação de eventuais assentamentos diferenciais.

§ 7º - O aterro sobrejacente às tubagens deverá ser compactado manualmente, com soquetes

leves, em camadas de 5 cm. O material a colocar deverá ser fino e isento de pedras ou outro

tipo de objectos cortantes.

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§ 8º - Após instalação das tubagens e respectivas camadas superiores de protecção, dever-

se-á prosseguir com os trabalhos de compactação manual em camadas de 10 cm de

espessura, com solo de características semelhantes ao utilizado no aterro envolvente e teor

em água idêntico, até ao total fechamento da valeta.

§ 9º - Para permitir uma boa ligação entre as paredes da valeta e o solo compactado

manualmente, deverá proceder-se à humidificação das paredes da valeta.

§ 10º - Após terminado o preenchimento da valeta de condução das tubagens poder-se-á

continuar a compactação do aterro com o auxílio de meios mecânicos.

§ 11º - Se se considerar necessário assentar camadas sucessivas de tubagens na mesma

valeta, deverá interpor-se entre duas camadas, uma camada de solo peneirado e fino com

10 cm de espessura e compactado manualmente.

§ 12º - Os cruzamentos de tubagens deverão ser sempre evitados. No entanto, em caso de

necessidade, deverá interpor-se entre tubos, uma camada não inferior a 10 cm de solo

peneirado e fino compactado manualmente.

§ 13º - Em pontos críticos a definir pela Fiscalização, onde se anteveja a possibilidade de

existência de estrangulamentos ou mesmo rupturas dos tubos, deverá ser prevista a

colocação de um tubo de protecção flexível, capaz de suportar elevadas pressões e de

comprimento suficiente.

§ 14º - Nas interfaces entre diferentes materiais onde possam ocorrer acentuados

assentamentos diferenciais, deverão efectuar-se duas voltas em espiral nas tubulações, para

evitar a ruptura das mesmas.

§ 15º - Periodicamente, durante e após terminada a compactação da valeta, deverão realizar-

se medições que permitam aferir o bom funcionamento dos aparelhos. Qualquer eventual

anomalia deverá ser detectada, voltando a escavar a valeta e observando cuidadosamente

toda a extensão de cabos colocados.

§ 16º - Quando as valetas atingirem o filtro chaminé da barragem, o preenchimento daquelas

deverá ser substituído por material idêntico ao material do filtro.

§ 17º - Uma vez atingido o filtro chaminé o percurso dos cabos dos piezómetros eléctricos far-

se-á na vertical, por forma a atingir o coroamento da barragem. A compactação em redor dos

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cabos, à medida que o aterro sobe, deverá ser feita sem danificação dos mesmos e

assegurando para o aterro envolvente destes será feito com o material do filtro.

§ 18º - Durante a operação de compactação do aterro com condução dos tubos na vertical,

estes deverão ser mantidos cerca de 0,5 m acima da cota do aterro circundante. Este cuidado

deverá ser mantido até que a cota prevista para a condução dos tubos esteja 0,8 m abaixo da

cota do aterro compactado.

§ 19º - Na área envolvente das tubagens, até cerca de 1 m de diâmetro, o aterro deverá ser

compactado com equipamento manual, devendo ficar garantidas características do aterro

idênticas às do restante aterro envolvente.

§ 20º - A zona envolvente das tubagens deverá ser protegida por grades desmontáveis de

1,5 m de lado e 1 m de altura, devidamente assinaladas.

§ 21º - O percurso final dos tubos deverá ter em conta os desenhos do Plano de Observação

e as especificações acima indicadas. Quaisquer alterações deverão ser apresentadas pelo

Empreiteiro à Fiscalização para aprovação, com uma antecedência mínima de 10 dias úteis

antes do início da colocação das células.

§ 22º - Os demais pormenores relativos à preparação, montagem, instalação e leitura das

células de pressão neutra deverão obedecer às instruções básicas constantes nos manuais

fornecidos pelos fabricantes.

§ 23º - A central de leitura ficará localizada junto ao coroamento, devendo o Empreiteiro

apresentar para aprovação da Fiscalização, o projecto da central, com pelo menos 15 (quinze)

dias de antecedência, relativamente ao início da sua construção.

2.9 - DISPOSITIVOS DE MEDIÇÃO DOS CAUDAIS

§ 1º - Será instalado um medidor de caudal na extremidade do tubo de betão que recolhe os

caudais percolados pela galeria de drenagem. O medidor poderá ser materializado por um

recipiente graduado ou por outro tipo de sistema a propor pelo Empreiteiro e sujeito a

aprovação pela fiscalização.

2.10 - ESCALAS LIMNIMÉTRICAS

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§ 1º - Prevê-se a instalação de escalas limnimétricas para medição dos níveis da albufeira. As

escalas deverão ter marcas indeléveis e visíveis a olho nu com marcação de metros,

decímetros e centímetros.

§ 2º - As escalas devem ser de materiais adequados tendo em conta o meio (água) e as

acções (vento e ondulação) a que estarão sujeitas e devidamente fundadas por forma a

manterem a sua posição e verticalidade.

§ 3º - O Empreiteiro deverá, com uma antecedência mínima de três meses, propor à

Fiscalização para aprovação o tipo de escalas que pretende instalar, seus materiais e tipo de

fundação.

2.11 - UDÓMETRO

§ 1º - No âmbito Sistema de Aviso e Alerta está prevista a instalação de um udómetro para

medição da precipitação.

§ 2º - O local de instalação do udómetro será junto do edifício do Sistema de Aviso e Alerta.

§ 3º - O equipamento a instalar na estação será proposto pelo Empreiteiro à Fiscalização,

para aprovação, com uma antecedência mínima de três meses antes da sua instalação.

§ 4º - A instalação dos diferentes dispositivos deverá obedecer às regras estabelecidas pelos

Fabricantes que carecerão de prévia aprovação pela Fiscalização.

3 - LEITURAS

§ 1º - O Empreiteiro é responsável, durante a fase de construção, pela realização de todas as

campanhas de leituras indicadas no Plano de Observação.

§ 2º - O Empreiteiro deverá assim proceder, com a periodicidade mínima indicada no plano, à

leitura, validação e tratamento das grandezas objecto de observação, bem como às visitas de

inspecção de rotina, durante a fase de construção.

§ 3º - Até três dias após a realização das leituras, estas deverão ser fornecidas à

Fiscalização, já devidamente tratadas e validadas.

§ 4º - De dois em dois meses o Empreiteiro deverá fornecer relatórios, devidamente

justificados, em que apresente as leituras efectuadas, sua validação e interpretação e uma

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COBA

17 1155BLAP. PROJECTO DE REABILITAÇÃO DA BARRAGEM DO LAPÃO. PROJECTO DE EXECUÇÃO. VOLUME IV - PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA. TOMO 1 – PLANO DE OBSERVAÇÃO. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS.

avaliação preliminar da evolução das grandezas e do comportamento da obra. Estes relatórios

deverão ser entregues à Fiscalização até 15 dias após a realização da última campanha de

leituras incluída no relatório.

§ 5º - Até quinze dias após a realização das visitas de inspecção de rotina o Empreiteiro

deverá fornecer os respectivos relatórios tal como descritos no Plano de Observação

(Volume IV).

§ 6º - As inspecções de especialidade e as excepcionais ficarão a cargo do Dono de Obra.

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COBA

I 1155BLAP. PROJECTO DE REABILITAÇÃO DA BARRAGEM DO LAPÃO. PROJECTO DE EXECUÇÃO. VOLUME IV - PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA. TOMO 1 – PLANO DE OBSERVAÇÃO. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS.

PROJECTO DE REABILITAÇÃO

DA BARRAGEM DO LAPÃO

PROJECTO DE EXECUÇÃO

VOLUME IV – PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA

TOMO 1 – PLANO DE OBSERVAÇÃO

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

ÍNDICE

Pág.

1 - GENERALIDADES...........................................................................................................1

2 - DISPOSITIVOS DE OBSERVAÇÃO. INSTALAÇÃO .......................................................4

2.1 - GENERALIDADES....................................................................................................4

2.2 - SISTEMA DE MARCAS PARA MEDIÇÃO DE DESLOCAMENTOS SUPERFICIAIS4

2.2.1 - Placas de assentamento .......................................................................................4

2.2.2 - Marcas superficiais................................................................................................6

2.2 - INCLINÓMETROS ....................................................................................................6

2.5 - PIEZÓMETROS HIDRÁULICOS (TIPO CASAGRANDE)..........................................8

2.6 - CÉLULAS DE PRESSÃO NEUTRA........................................................................10

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COBA

II 1155BLAP. PROJECTO DE REABILITAÇÃO DA BARRAGEM DO LAPÃO. PROJECTO DE EXECUÇÃO. VOLUME IV - PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA. TOMO 1 – PLANO DE OBSERVAÇÃO. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS.

2.6.1 - Generalidades.....................................................................................................10

2.6.3 - Instalação no maciço compactado após a sua execução ...................................11

2.6.4 - Procedimentos para instalação das tubagens.....................................................13

2.9 - DISPOSITIVOS DE MEDIÇÃO DOS CAUDAIS ......................................................15

2.10 - ESCALAS LIMNIMÉTRICAS...................................................................................15

2.11 - UDÓMETRO ...........................................................................................................16

3 - LEITURAS .....................................................................................................................16

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Nome

Código INAGFase da obra

Número e designação das portelasDistritoConcelhoBacia

Sub-baciaCurso de águaPovoação mais próximaCoordenadas M = -6600 P = 87650Estrada de acesso (nacional ou municipal)Nome

ContactoEndereço

TelefoneFaxEmailNomeEndereçoTelefoneFaxEmailConteúdoLocalizaçãoData de AberturaLocalizaçãoAutorAnoLocalizaçãoContacto para informações

Barragem do Lapão

2005

Arquivo Técnico da Obra

Barragem

Localização

Dono da obra

Técnico Responsável pela Exploração

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

BARRAGENS DE ATERRO

Engª Lúcia Almeida (Chefe de Projecto)Lisboa

COBA

Lapão

Em projecto de reabilitação

Não tem

Viseu

Mortágua

EN 228, Mortágua - Campo de Besteiros

Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral - DRABLEngº Alcindo Cardoso

MortáguaNa vertente sul da Serra do Caramulo, na margem esquerda da ribeira de Mortágua, afluente do rio Mondego a jusante da albufeira da Aguieira; é limitada a Norte pela bacia do Rio Agadão, a Leste pela bacia do Rio Mau, a Oeste pela bacia da ribeira de Palheiros e pela serra do Buçaco. A confluência da ribeira da Fraga com a de Mortágua ocorre a cerca de 8km a jusante da secção da barragem e a confluência desta com o Rio Mondego a 11km a jusante

Ribeira da Fraga

Livro Técnico da Obra

Projecto de Reabilitação

COBA

Preenchido por:

Data: Barragem do LapãoAterro - Ficha de Características Gerais

1/11

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Barragem do Lapão

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

BARRAGENS DE ATERRO

COBA

Documento

AutorDataContacto para informações

Adaptações/RevisõesSuporteLocalizaçãoEmpreiteiro GeralConstrução CivilTratamento da fundaçãoFornecedor de EquipamentosNomeContactoEndereçoTelefoneFaxEmail

Entidade responsávelContactoEndereçoTelefoneFaxEmailTipo de exploraçãoNormas de exploração específicasNível de pleno armazenamento (NPA)Área para o NPA 12ha

Volume referido ao NPA ( m3

)Nível de máxima cheia (NMC)Nível mínimo de exploração (NmE)Uso da albufeiraÁrea da baciaComprimento da ribeiraAltitude máxima

Altitude mínimaAltura média 386 mDeclive médio da baciaDeclive médio da linha de água

3%

217,00

Período de construção

COBA

Engª Lúcia Almeida (Chefe de Projecto)2005

Plano de Observação

Características da albufeira

Características da bacia hidrográfica

32%

1,375 x10 6 m3

219,4

13,1 km29,5 km750 m

Plano de observação

Arquivo das observações

Empreiteiros

Fiscalização

Exploração

190 m

195,5

rega

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Data: Barragem do LapãoAterro - Ficha de Características Gerais

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Barragem do Lapão

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

BARRAGENS DE ATERRO

COBA

Início

PatamaresFimMontante

Jusante

8 m

InclinaçãoTipo de protecção

Inclinação Tipo de protecçãoNúmero e cota(s) da(s) banqueta(s)

Número

Localização

Secção

Número

Localização

Secção

Poços de bombagem Localização

Número e tipo de bombas

Tipo de materiais dos drenos Britas de pedreira

Paramento de jusante Não tem banquetas. Tem caminho de acesso à descarga de fundo ao longo do paramento de jusante

1:2,9

Não tem

Todo o aterro da barragem

Mistura herbácia pioneira e sub-arbustiva

Galerias longitudinais

Dispositivos de impermeabilizaçãoDispositivos de drenagem e filtragem Filtro chaminé vertical com 2 e 2,5 m de largura e

tapete drenante com 3m de espessura no leito da ribeira, terminando num maciço de enrocamento e num muro em gabiões construido após o incidente de 2001

-

Tipo de materiais dos filtros Areias de pedreira

-

Não tem

-

Barragens associadas

Cota do coroamentoAltura máxima acima da fundação

1:3,5

Comprimento do coroamentoLargura do coroamento

97 m

Revestimento superficial duplo betuminoso

Paramento de montante Enrocamento de d50=0,15 m com 0,3 m de espessura

Não tem

Não tem

Tipo estrutural

Primeiro enchimento

Aterro, perfil homogéneo22039m

CARACTERÍSTICAS DO CORPO DA BARRAGEM

-

Volume total de aterro de reabilitação

Galerias transversais

Tipo de materiais do aterro

Não tem

87300 m3Solos areno-argilosos dos depósitos detríticos argilosos da Bacia Seimentar ocorrentes a Sul da povoação do Sobral

Tipo de revestimento do coroamento

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Data: Barragem do LapãoAterro - Ficha de Características Gerais

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Barragem do Lapão

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

BARRAGENS DE ATERRO

COBA

NúmeroLocalizaçãoTipoLocalizaçãoTipoNúmeroLocalização

TipoNúmeroLocalizaçãoTipoNúmeroLocalização

Tipo

NúmeroLocalização

Marcas superficiaisDe nivelamento e alinhamento

Pontos estação3

No aterro da barragem, contacto aterro/fundação e na fundação

De tudo aberto tipo Casagrande e piezómetros eléctricos

Duas na margem direita e uma na margem esquerda

EQUIPAMENTOS DE OBSERVAÇÃO A INSTALAR

CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS REGIONAIS

Tipo de formações

Características de permeabilidade da albufeira

Susceptibilidade a escorregamento de taludes da albufeira

Baixa permeabilidade. Permeabilidade associada às zonas mais fracturadasPouco provável

TRATAMENTO DAS FUNDAÇÕES

Formações do Complexo Xisto~Grauváquico (xistos argilosos de cor cinzenta, com algumas intercalações menos argilosas)

Tratamento de acidentes geológicos Não previsto

Tipo e localização do tratamento

5

Torre de Tomada de Água1

Udómetro e limnífragoEdifício do sistema de aviso e alerta

A partir da plataforma de trabalho à cota 212, segundo alinhamento paralelo ao eixo da barragem afastado de 12,5m para montante. Fiada única de furos verticais com cerca de 113m de extensão, de modo geral com 10m de comprimento no maciço rochoso

Marcas de apoio do nivelamento

Piezómetros hidráulicos

Escalas limnimétricas ou limnígrafos

Equipamento meteorológico

Placas de assentamento

Resultados do tratamentoTratamentos complementares

a montante a colocar durante a construção após a escavação da plataforma à cota 212

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Data: Barragem do LapãoAterro - Ficha de Características Gerais

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Barragem do Lapão

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

BARRAGENS DE ATERRO

COBA

Inclinómetros TipoNúmeroLocalização

TipoNúmeroLocalização

Tipo Data de ocorrência

5a montante, instalados no final da construção dos aterros

DADOS COMPLEMENTARES

Origem ou causa

Descrição sumária

ACIDENTES E INCIDENTES

Descrição sumária

OBRAS DE REABILITAÇÃO

Data

Fontanário

No pé de jusante da barragem1Medidores de caudais

Descrição sumária

ProjectistaEmpreiteiroResultados obtidos

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Data: Barragem do LapãoAterro - Ficha de Características Gerais

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Entrada

Canal ou túnel

Modalidade de dissipação de energia

COBA

Tem

Barragem do Lapão

Grupo Diesel de emergência.Possibilidade de manobra manual

Número e tipo de comportas -

Possibilidade de manobra manual

Secção de entrada (comporta) 1,2x1,2m2;Conduta principal PEAD DN710, com cerca de 180m de desenvolvimento.

Localização

Comando à distância Tem

Fonte alternativa de energia

Localização

Automatismo das comportas

-Comando à distância

67,6 m3/s , do projecto da Hidrotécnica Portuguesa de 1997

Fonte alternativa de energia -

Dimensões principais

Uma

DESCARGA DE FUNDO (E TOMADA DE ÁGUA ASSOCIADA)

Comporta vagão na entrada do circuito de descarga de fundo

(1,2x1,2 m2);Válvula de jacto oco (Howell-Bunger) DN600 na extremidade de jusante do circuito de descarga de fundo.

Margem direita

Caudal (sob o NPA) 3,8 m3/sTipo de comportas (ou válvulas)

Tipo e dimensões principais

Caudal de projecto (Qdim)

-

Número

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

SEGURANÇA HIDRAÚLICA-OPERACIONAL

Possibilidade de Qdim estar sub-avaliado

-

101,0 m3/s , definido no projecto da COBA em 2005

DESCARREGADOR DE CHEIAS

Margem direitaSoleira em labirinto com crista à cota 217, e 3m de altura, largura do canal em que se insere a soleira é variável entre 12,9 e 7,6m e o desenvolvimento total é de 28,75m.

Canal que se desenvolve a jusante da soleira tem secção transversal rectangularSalto de esqui

2 0,1QHR O

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Data: Barragem do LapãoHidráulica - Ficha de Características Gerais

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AutorAnoDocumento

AutorDataContacto para informações

Adaptações/Revisões

SuporteLocalizaçãoEmpreiteiro GeralConstrução CivilTratamento da fundaçãoFornecedor de EquipamentosNomeContactoEndereçoTelefoneFaxEmail

InícioSuspenção do enchimento

6m

InclinaçãoTipo de protecção

COBA

Tipo de revestimento do coroamento

Enrocamento

13 de Dezembro de 2001Na sequência da observação de comportamento anómalo do aterro foi decido pela Autoridade e LNEC, em Fevereiro de 2002, suspender o enchimento, mantendo o nível da albufeira à cota 200 para observação

Tipo estrutural

CARACTERÍSTICAS DO CORPO DA BARRAGEM INICIAL

Paramento de montante

Arquivo das observações

Primeiro enchimento

Empreiteiros

Fiscalização

Período de construção

Aterro, perfil homogéneo22039m

Cota do coroamentoAltura máxima acima da fundação

1:3

Comprimento do coroamentoLargura do coroamento

97m

Plano de Observação da Barragem do Lapão, Relatório 245/00 - NF

Maio a Dezembro de 2001

Engil

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

BARRAGENS DE ATERRO

Hidrotécnica Portuguesa

LNEC

Projecto Inicial

Plano de observação

ANTECEDENTES

Após detecção do comportamento deficiente do aterro foi feito o reforço do sistema de obervação em Dezembro de 2002, de acordo com Nota Técnica do LNEC 03/03 - NBOA de Janeiro de 2003

2000

Barragem do Lapão

LNEC, Engº J. Marcelino Mateus da Silva

Revestimento superficial betuminoso

1997

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Data: Barragem do LapãoAterro - Ficha de Características Gerais

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COBA

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

BARRAGENS DE ATERRO

Barragem do Lapão

Inclinação

Tipo de protecçãoNúmero e cota(s) da(s) banqueta(s)

Tipo de materiais do aterro Solos areno-argilosos dos depósitos detríticos argilosos da Bacia Sedimentar ocorrentes a Sul da povoação do Sobral

Tipo de materiais dos filtrosTipo de materiais dos drenos

Dispositivos de impermeabilização

Volume total de aterro

Dispositivos de drenagem e filtragem

Maciço rochoso de fundação muito a medianamente alterado e fracturado sobretudo no trecho superior das vertentes, atingindo espessuras máximas da ordem de 10-15m, na vertente esquerda, e de 10-20m na vertente direita. No fundo do vale são a pouco alterado e pouco fracturado

Características hidráulicas Na fase de projecto obtiveram-se absorções reduzidas (inferiores a 3Lugeon) em grande parte do maciço, pontualmente absorções superiores associadas a zonas de esmagamento, muito fracturadas e decompostas. Como excepção, os ensaios realizados no trecho superior da vertente da margem direita, forneceram absorções superiores a 17Lugeon até 15m de profundidade. De referir em particular na margem direita, frequentes fenómenos de perda total do fluído de injecção durante a furação, bem como a dificuldade em aplicar pressão nos troços ensaiados (rotura hidráulica)

Características mecânicas

Britas de pedreiraAreias de pedreira

Filtro chaminé vertical com 2 e 2,5 m de largura e tapete drenante com 3m de espessura no leito da ribeira, terminando num prisma de enrocamento

Todo o aterro da barragem

Revestimento vegetal

Zona saneada O saneamento previsto no Projecto de 1997 era de 0,5m do solo residual

Tipo de formação Formações do Complexo Xisto~Grauváquico (xistos argilosos de cor cinzenta, com algumas intercalações menos argilosas)

Acidentes geológicos principais A orientação média da xistosidade é NNW-SSE, com inclinação média de 70º para ENE, para montante e na direcção da vertente esquerda. Imediatamente a jusante do eixo da barragem referenciou-se uma zona tectonizada, interceptada em sondagens da fase de projecto, concordante com a orientação da xistosidade que se supõe ser uma falha normal

Paramento de jusante Não tem banquetas. Tem caminho de acesso à descarga de fundo ao longo do paramento de jusante

CARACTERÍSTICAS DAS FUNDAÇÕES

1:2,9

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Data: Barragem do LapãoAterro - Ficha de Características Gerais

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COBA

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

BARRAGENS DE ATERRO

Barragem do Lapão

NúmeroLocalização

Reforço do Sistema de Observação, de Dezembro de 2002

Escalas limnimétricas ou limnígrafos

8 piezómetros hidráulicosDois grupos de células de tensão total colocados na base do aterro, sendo cada grupo constituído por uma roseta de 4 células, tendo cada grupo associado um piezómetro eléctrico

Torre de Tomada de ÁguaUma

10 marcas superficiaisTipo e número

Tratamento preconizado no projecto

Tratamento executado

Resultados obtidos

O tratamento preconizado no projecto integrava uma cortina na zona do eixo da barragem, iniciando-se junto ao descarregador de cheias, no encontro direito à cota 214, e terminando no encontro esquerdo aproximadamente na zona de intercepção do aterro com este

No decurso da construção da obra foi proposta e aceite, uma alteração ao projecto de tratamento, limitando-o à zona do encontro direito entre a cota 190 e o descarregador à cota 214Da análise dos resultados dos ensaios de permeabilidade realizados em 2002, aquando da instalação do reforço do sistema de observação, constacta-se que o maciço rochoso do fundo do vale e da margem esquerda , onde foi eliminado o tratamento, exibe apreciáveis absorções de água. Verifica-se ainda que os primeiros metros do maciço na zona tratada exibem igualmente absorções elevadas, mostrando que o tratamento efectuado não atinjiu os objectivos

TRATAMENTO DAS FUNDAÇÕES

Plano de Observação inicial, de 2000

1 medidor de caudais

4 tubos inclinométricos Reforço com 9 marcas superficiais e adaptação das existentes de modo a permitir a medição dos deslocamentos em três direcções ortogonais

20 piezómetros hidráulicos (em 12 furos , sendo 4 simples e 8 duplos) no aterro, fundação e contacto aterro-fundação

EQUIPAMENTOS DE OBSERVAÇÃO

Tipo e número

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Data: Barragem do LapãoAterro - Ficha de Características Gerais

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COBA

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

BARRAGENS DE ATERRO

Barragem do Lapão

Tipo Data de ocorrência15 de Fevereiro de 2002

16, 19 e 26 de Fevereiro de 2002

Comportamento anómalo do aterro da barragem

Março a Dezembro de 2002

Comportamento anómalo do aterro da barragem

Dezembro de 2002 e Janeiro de 2003

2 de Janeiro de 2003

4 de Janeiro de 2003

Foram detectadas no paramento de jusante duas

ressurgências , uma localizada entre o coroamento

e o primeiro troço de estrada de acesso à saída da

descarga de fundo e outra junto a uma zona da

encosta da margem esquerda onde ocorriam fortes

escorrências de água superficial a que se juntou

uma cavidade que se formou na banqueta do

enrocamento do pé de jusante

Nas inspecções visuais de carácter excepcial efetuadas pelo LNEC foi detectado um agravamento das patologias detectadas, tendo-se decidido baixar o nível da albufeira para a cota 200 e realizar uma campanha de trabalhos de prospecção e reforço do sistema de observação

Com a albufeira à cota 200, foram realizadas diversas campanhas de observação dos equipamentos instalados na barragem. Os trabalhos de prospecção e de reforço do sistema de observação decorreram entre Novembro e Dezembro de 2002

As fortes precipitações levaram a uma subida rápida do nível das águas na albufeira até cotas superiores ao NPA. Em consequência as anomalias anteriores agravaram-se. As taxas de deformação sofreram um aumento significativo, atingindo deformações máximas de 0,5m; a fissuração patente no coroamento e no caminho de acesso à descarga de fundo agravou-se; os taludes inferiores da estrada de acesso à descarga de fundo no trecho final ficaram bastantes erodidos e a drenagem superficial ficou bastante danificada

Comportamento anómalo do aterro da barragem

Descrição sumária Com a albufeira à cota 211,5 foi observado pelos técnicos da DRABL, grandes deslocamentos verticais (12cm) nas marcas superficiais do coroamento, fissuração no pavimeno a montante e junto ao encontro esquerdo e estalidos na guarda junto ao encontro esquerdo

Foi detectado um aumento do caudal no dreno do pé de juante da barragem, saindo a água com alguma turvação

ACIDENTES E INCIDENTES

Preenchido por:

Data: Barragem do LapãoAterro - Ficha de Características Gerais

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COBA

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

BARRAGENS DE ATERRO

Barragem do Lapão

Local DataDescarregador de cheias Janeiro de 2003

Descarga de fundo Abril de 2003

Descarga de fundo Abril de 2003

- Escavação do aterro com modelação do perfil do maciço de jusante da barragem

- Muro em gabiões no pé de jusante da barragemAbril de 2003Recuperação do acesso à

câmara de válvula- Construção de três muros de suporte

- Na estrutura de saída, na demolição dos betões de 2ªfase e recuperação do equipamento instalado: válvulas e tubagem metálica.

- Na área de restituição, tratamento com pregagens e betão projectado.

- Na galeria: tratamento em área parcial com betão projectado e completamento dos troços não betonados da soleira.

- Na estrutura de entrada: construção de uma nova entrada na galeria a partir de uma plataforma à cota 194,7.

A necessidade de obras de reabilitação da barragem obrigou a recuperar a capacidade de escoamento do desvio provisório. As obras consistiram no seguinte:

OBRAS DE EMERGÊNCIA REALIZADAS

Descrição sumária Para aumentar a segurança da obra foi decidido baixar o nível das águas, tendo-se procedido de imediato à demolição da soleira do descarregador de cheias

Preenchido por:

Data: Barragem do LapãoAterro - Ficha de Características Gerais

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Nome

Código INAGFase da obra

Número e designação das portelasDistritoConcelhoBacia

Sub-baciaCurso de águaPovoação mais próximaCoordenadas M = -6600 P = 87650Estrada de acesso (nacional ou municipal)Nome

ContactoEndereço

TelefoneFaxEmailNomeEndereçoTelefoneFaxEmailConteúdoLocalizaçãoData de AberturaLocalizaçãoAutorAnoLocalizaçãoContacto para informações

Barragem do Lapão

2005

Arquivo Técnico da Obra

Barragem

Localização

Dono da obra

Técnico Responsável pela Exploração

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

BARRAGENS DE ATERRO

Engª Lúcia Almeida (Chefe de Projecto)Lisboa

COBA

Lapão

Em projecto de reabilitação

Não tem

Viseu

Mortágua

EN 228, Mortágua - Campo de Besteiros

Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral - DRABLEngº Alcindo Cardoso

MortáguaNa vertente sul da Serra do Caramulo, na margem esquerda da ribeira de Mortágua, afluente do rio Mondego a jusante da albufeira da Aguieira; é limitada a Norte pela bacia do Rio Agadão, a Leste pela bacia do Rio Mau, a Oeste pela bacia da ribeira de Palheiros e pela serra do Buçaco. A confluência da ribeira da Fraga com a de Mortágua ocorre a cerca de 8km a jusante da secção da barragem e a confluência desta com o Rio Mondego a 11km a jusante

Ribeira da Fraga

Livro Técnico da Obra

Projecto de Reabilitação

COBA

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Data: Barragem do LapãoAterro - Ficha de Características Gerais

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Barragem do Lapão

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

BARRAGENS DE ATERRO

COBA

Documento

AutorDataContacto para informações

Adaptações/RevisõesSuporteLocalizaçãoEmpreiteiro GeralConstrução CivilTratamento da fundaçãoFornecedor de EquipamentosNomeContactoEndereçoTelefoneFaxEmail

Entidade responsávelContactoEndereçoTelefoneFaxEmailTipo de exploraçãoNormas de exploração específicasNível de pleno armazenamento (NPA)Área para o NPA 12ha

Volume referido ao NPA ( m3

)Nível de máxima cheia (NMC)Nível mínimo de exploração (NmE)Uso da albufeiraÁrea da baciaComprimento da ribeiraAltitude máxima

Altitude mínimaAltura média 386 mDeclive médio da baciaDeclive médio da linha de água

3%

217,00

Período de construção

COBA

Engª Lúcia Almeida (Chefe de Projecto)2005

Plano de Observação

Características da albufeira

Características da bacia hidrográfica

32%

1,375 x10 6 m3

219,4

13,1 km29,5 km750 m

Plano de observação

Arquivo das observações

Empreiteiros

Fiscalização

Exploração

190 m

195,5

rega

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Data: Barragem do LapãoAterro - Ficha de Características Gerais

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Barragem do Lapão

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

BARRAGENS DE ATERRO

COBA

Início

PatamaresFimMontante

Jusante

8 m

InclinaçãoTipo de protecção

Inclinação Tipo de protecçãoNúmero e cota(s) da(s) banqueta(s)

Número

Localização

Secção

Número

Localização

Secção

Poços de bombagem Localização

Número e tipo de bombas

Tipo de materiais dos drenos Britas de pedreira

Paramento de jusante Não tem banquetas. Tem caminho de acesso à descarga de fundo ao longo do paramento de jusante

1:2,9

Não tem

Todo o aterro da barragem

Mistura herbácia pioneira e sub-arbustiva

Galerias longitudinais

Dispositivos de impermeabilizaçãoDispositivos de drenagem e filtragem Filtro chaminé vertical com 2 e 2,5 m de largura e

tapete drenante com 3m de espessura no leito da ribeira, terminando num maciço de enrocamento e num muro em gabiões construido após o incidente de 2001

-

Tipo de materiais dos filtros Areias de pedreira

-

Não tem

-

Barragens associadas

Cota do coroamentoAltura máxima acima da fundação

1:3,5

Comprimento do coroamentoLargura do coroamento

97 m

Revestimento superficial duplo betuminoso

Paramento de montante Enrocamento de d50=0,15 m com 0,3 m de espessura

Não tem

Não tem

Tipo estrutural

Primeiro enchimento

Aterro, perfil homogéneo22039m

CARACTERÍSTICAS DO CORPO DA BARRAGEM

-

Volume total de aterro de reabilitação

Galerias transversais

Tipo de materiais do aterro

Não tem

87300 m3Solos areno-argilosos dos depósitos detríticos argilosos da Bacia Seimentar ocorrentes a Sul da povoação do Sobral

Tipo de revestimento do coroamento

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Data: Barragem do LapãoAterro - Ficha de Características Gerais

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Barragem do Lapão

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

BARRAGENS DE ATERRO

COBA

NúmeroLocalizaçãoTipoLocalizaçãoTipoNúmeroLocalização

TipoNúmeroLocalizaçãoTipoNúmeroLocalização

Tipo

NúmeroLocalização

Marcas superficiaisDe nivelamento e alinhamento

Pontos estação3

No aterro da barragem, contacto aterro/fundação e na fundação

De tudo aberto tipo Casagrande e piezómetros eléctricos

Duas na margem direita e uma na margem esquerda

EQUIPAMENTOS DE OBSERVAÇÃO A INSTALAR

CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS REGIONAIS

Tipo de formações

Características de permeabilidade da albufeira

Susceptibilidade a escorregamento de taludes da albufeira

Baixa permeabilidade. Permeabilidade associada às zonas mais fracturadasPouco provável

TRATAMENTO DAS FUNDAÇÕES

Formações do Complexo Xisto~Grauváquico (xistos argilosos de cor cinzenta, com algumas intercalações menos argilosas)

Tratamento de acidentes geológicos Não previsto

Tipo e localização do tratamento

5

Torre de Tomada de Água1

Udómetro e limnífragoEdifício do sistema de aviso e alerta

A partir da plataforma de trabalho à cota 212, segundo alinhamento paralelo ao eixo da barragem afastado de 12,5m para montante. Fiada única de furos verticais com cerca de 113m de extensão, de modo geral com 10m de comprimento no maciço rochoso

Marcas de apoio do nivelamento

Piezómetros hidráulicos

Escalas limnimétricas ou limnígrafos

Equipamento meteorológico

Placas de assentamento

Resultados do tratamentoTratamentos complementares

a montante a colocar durante a construção após a escavação da plataforma à cota 212

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Data: Barragem do LapãoAterro - Ficha de Características Gerais

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Barragem do Lapão

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

BARRAGENS DE ATERRO

COBA

Inclinómetros TipoNúmeroLocalização

TipoNúmeroLocalização

Tipo Data de ocorrência

5a montante, instalados no final da construção dos aterros

DADOS COMPLEMENTARES

Origem ou causa

Descrição sumária

ACIDENTES E INCIDENTES

Descrição sumária

OBRAS DE REABILITAÇÃO

Data

Fontanário

No pé de jusante da barragem1Medidores de caudais

Descrição sumária

ProjectistaEmpreiteiroResultados obtidos

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Data: Barragem do LapãoAterro - Ficha de Características Gerais

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Entrada

Canal ou túnel

Modalidade de

COBA

Tem

Barragem do Lapão

Grupo Diesel de emergência.Possibilidade de manobra manual

Número e tipo de comportas -

Possibilidade de manobra manual

Secção de entrada (comporta) 1,2x1,2m2;Conduta principal PEAD DN710, com cerca de 180m de desenvolvimento.

Localização

Comando à distância Tem

Fonte alternativa de energia

Localização

Automatismo das comportas

-Comando à distância

67,6 m3/s , do projecto da Hidrotécnica Portuguesa de 1997

Fonte alternativa de energia -

Dimensões principais

Uma

DESCARGA DE FUNDO (E TOMADA DE ÁGUA ASSOCIADA)

Comporta vagão na entrada do circuito de descarga de fundo

(1,2x1,2 m2);Válvula de jacto oco (Howell-Bunger) DN600 na extremidade de jusante do circuito de descarga de fundo.

Margem direita

Caudal (sob o NPA) 3,8 m3/sTipo de comportas (ou válvulas)

Tipo e dimensões

principais

Caudal de projecto (Qdim)

-

Número

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

SEGURANÇA HIDRAÚLICA-OPERACIONAL

Possibilidade de Qdim estar sub-avaliado

-

101,0 m3/s , definido no projecto da COBA em 2005

DESCARREGADOR DE CHEIAS

Margem direitaSoleira em labirinto com crista à cota 217, e 3m de altura, largura do canal em que se insere a soleira é variável entre 12,9 e 7,6m e o desenvolvimento total é de 28,75m.

Canal que se desenvolve a jusante da soleira tem secção transversal rectangularSalto de esqui

2 0,1QHR O

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Data: Barragem do LapãoHidráulica - Ficha de Características Gerais

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Data da inspecção / / Inspecção efectuada por:

Leitura de dispositivos (S/N): Nível da albufeira:

Estado do tempo:

à data da inspecção: na semana anterior:

COROAMENTO

Pavimento

Estado geral

Fissuração superficial

Alinhamento

Nivelamento

Guarda de montante

Estado geral

Alinhamento

Nivelamento

PARAMENTO DE MONTANTE

Estado geral

Fendas

Erosão

Ressurgências

Abatimentos

PARAMENTO DE JUSANTE

Estado geral

Fendas

Erosão

Ressurgências

Abatimentos

Caleiras

Estado geral

Perturbações localizadas

BARRAGEM DO LAPÃO

Inspecção Visual de Rotina

I - CORPO DA BARRAGEM

TRINCHEIRA DRENANTE NO ENCONTRO ESQUERDO

Barragem do Lapão - Inspecção Visual de RotinaFicha tipo_visual_rotina Página 1 de 3

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BARRAGEM DO LAPÃO

Inspecção Visual de Rotina

Estado geral

Fissuração superficial

Caleiras

Estado geral

Perturbações localizadas

Fendas

Deslizamentos

Ressurgências

ENCONTRO DIREITO

Fendas

Deslizamentos

Ressurgências

Estado geral

Vegetação

Assentamentos

Ressurgências

Escorrências

Marcas superficiais

Piezómetros hidráulicos

Células de tensão total

Piezómetros eléctricos

Medidor de caudais

Escala limnimétrica

ENCONTRO ESQUERDO

ACESSO À ESCARGA DE FUNDO

ZONA A JUSANTE DA BARRAGEM

II - EQUIPAMENTO DE OBSERVAÇÃO

Barragem do Lapão - Inspecção Visual de RotinaFicha tipo_visual_rotina Página 2 de 3

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BARRAGEM DO LAPÃO

Inspecção Visual de Rotina

Decarregador de cheias

Descarga de fundo

Torre de tomada de água

Passadiço de acesso à torre de tomada

de água

NOTAS E OBSERVAÇÕES

Assinatura do agente

V - ÓRGÃOS DE SEGURANÇA E EXPLORAÇÃO

Barragem do Lapão - Inspecção Visual de RotinaFicha tipo_visual_rotina Página 3 de 3

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DATAPrecipitação

(mm) (1)Assinatura DATA

Precipitação

(mm) (1)Assinatura

(1) - Valores acumulados Mensais Semanais riscar o que não interessa

BARRAGEM DO LAPÃO

Registo dos Níveis de Precipitação

Barragem da Ribeira do Paúl - Registo das Precipitações

Ficha tipo_visual_rotina

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Data

Marca Perfil

X Y Z X Y Z

BARRAGEM DO LAPÃO

Registo de Deslocamentos Superficiais

COORDENADAS (m) DESLOCAMENTOS (m)

Barragem da Ribeira do Paúl - Registo dos Deslocamentos Superficiais

Ficha tipo_visual_rotina

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DATA Caudal (l/s) Assinatura DATA Caudal (l/s) Assinatura

BARRAGEM DO LAPÃO

Registo de Caudais Totais

Barragem da Ribeira do Paúl - Registo de Caudais Totais

Ficha tipo_visual_rotina

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Data da inspecção / / Geotecnia

Nível da albufeira Estruturas hidráulicas

Leitura de dispositivos (S/N): Equipamento

Estado do tempo:

à data da inspecção:

na semana anterior:

Topografia das margens

Vegetação

Ocupação

Instabilidade de taludes

Erosões e ravinamentos

Perdas de água

Caudal sólido

Qualidade da água

Observações

Topografia

Vegetação

Ocupação

Instabilidade de taludes

Erosões e ravinamentos

Observações

Topografia

Vegetação

Ocupação

Instabilidade de taludes

Erosões e ravinamentos

Zonas húmidas

Ressurgências

Observações

Vegetação

BARRAGEM DO LAPÃO

Inspecção efectuada por:

Inspecção Visual de Especialidade

I - ALBUFEIRA

II - ENCONTROS E INSERÇÃO DA BARRAGEM NA FUNDAÇÃO

ENCONTRO DIREITO / MONTANTE

ENCONTRO DIREITO / JUSANTE

ZONA CENTRAL DO VALE

Barragem do Lapão - Inspecção Visual de Especialidade

Ficha tipo_visual_especialidade Página 1 de 5

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BARRAGEM DO LAPÃO

Inspecção Visual de Especialidade

Assentamentos

Zonas húmidas

Ressurgências

Estado da drenagem

Observações

Topografia

Vegetação

Ocupação

Instabilidade de taludes

Erosões e ravinamentos

Observações

Topografia

Vegetação

Ocupação

Instabilidade de taludes

Erosões e ravinamentos

Zonas húmidas

Ressurgências

Observações

COROAMENTOEstado do revestimento

Vegetação

Fissuras / Fendas

Assentamentos

Movimentos horizontais

Estado da guarda de montante:

- Alinhamento/Nivelamento

- Erosões/Fendas

Estado dos candeeiros

Outras deteriorações

Observações

PARAMENTO DE MONTANTEEstado do revestimento

Vegetação

Erosões e ravinamentos

III - BARRAGEM

ENCONTRO ESQUERDO / MONTANTE

ENCONTRO ESQUERDO / JUSANTE

Barragem do Lapão - Inspecção Visual de Especialidade

Ficha tipo_visual_especialidade Página 2 de 5

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BARRAGEM DO LAPÃO

Inspecção Visual de Especialidade

Assentamentos

Movimentos horizontais

Estabilidade de taludes

Outras deteriorações

Observações

Estado do revestimento

Vegetação

Fissuras / Fendas

Erosões e ravinamentos

Assentamentos

Movimentos horizontais

Estado do lancil de jusante

Zonas húmidas

Ressurgências

Caleiras

Estado do revestimento

Vegetação

Fissuras / Fendas

Caleiras

Estado geral

Vegetação

Perturbações localizadas

Outras deteriorações

Estado geral

Perturbações localizadas

Observações

Marcas superficiais

Piezómetros hidráulicos

Células de tensão total

Piezómetros eléctricos

ACESSO À DESCARGA DE FUNDO

IV - SISTEMA DE OBSERVAÇÃO

TRINCHEIRA DRENANTE DO ENCONTRO ESQUERDO

PÉ DO TALUDE DE JUSANTE

PARAMENTO DE JUSANTE

Barragem do Lapão - Inspecção Visual de Especialidade

Ficha tipo_visual_especialidade Página 3 de 5

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BARRAGEM DO LAPÃO

Inspecção Visual de Especialidade

Medidor de caudais

Escala limnimétrica

Barragem do Lapão - Inspecção Visual de Especialidade

Ficha tipo_visual_especialidade Página 4 de 5

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BARRAGEM DO LAPÃO

Inspecção Visual de Especialidade

Estado geral

Nivelamento

Betão (fendas, fissuras, alterações

Juntas (movimentos, presença de água)

Alinhamento dos muros

Outras deteriorações

Observações

Estado geral

Betão (fendas, fissuras, alterações

químicas, passagens de água)

Juntas (movimentos, presença de água)

Alinhamento dos muros

Outras deteriorações

Observações

Estado geral

Betão (fendas, fissuras, alterações

químicas, presença de água)

Juntas (movimentos, presença de água)

Alinhamento dos muros

Outras deteriorações

Observações

Protecção dos taludes

Vegetação

Indícios de movimentos

Instabilidade de taludes

Erosões / Assoreamentos

Outras deteriorações

Observações

CANAL

ESTRUTURA DE SAÍDA

ZONA DE RESTITUIÇÃO

SOLEIRA DE CONTROLO

V - DESCARREGADOR DE CHEIAS

Barragem do Lapão - Inspecção Visual de Especialidade

Ficha tipo_visual_especialidade Página 5 de 5

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BARRAGEM DO LAPÃO

Inspecção Visual de Especialidade

Estado geral

Betão (fendas, fissuras, alterações

químicas, passagens de água)

Estado da conduta de tomada de água

Funcionamento da válvula

Outras deteriorações

Observações

Alinhamento

Nivelamento

Estado dos pilares e encargos

Estado das vigas e tabuleiro

Estado das guardas

Outras deteriorações

Observações

Estado geral

Betão (fendas, fissuras, alterações

químicas, passagens de água)

Funcionamento das comportas

Outras deteriorações

Observações

ESTRUTURA DE SAÍDA

VI - DESCARGA DE FUNDO

VII - TOMADA DE ÁGUA

PASSADIÇO

TORRE

Assinaturas

Barragem do Lapão - Inspecção Visual de Especialidade

Ficha tipo_visual_especialidade Página 6 de 5

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DATANível da

Albufeira (m)Assinatura LD DATA

Nível da

Albufeira (m)Assinatura LD

LD - Leitura dos restantes dispositivos, indicar s/n

Registo dos Níveis da Albufeira

BARRAGEM DO LAPÃO

Barragem da Ribeira do Paúl - Registo dos Níveis da Albufeira

Ficha tipo_visual_rotina

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COBA

1 1155BLAP. PROJECTO DE REABILITAÇÃO DA BARRAGEM DO LAPÃO. PROJECTO DE EXECUÇÃO. VOLUME IV - PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA. TOMO 2 – PLANO DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA.

PROJECTO DE REABILITAÇÃO

DA BARRAGEM DO LAPÃO

PROJECTO DE EXECUÇÃO

VOLUME IV – PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA

TOMO 2 – PLANO DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA

1 - INTRODUÇÃO

A implementação de um Plano de Monitorização da Qualidade da Água (PMQA) para a

Albufeira do Lapão tem por objectivo a caracterização periódica deste descritor, de modo a

identificar e avaliar eventuais alterações, permitindo efectuar assim um registo histórico e aferir

de forma contínua a qualidade da água, face aos usos propostos.

Neste contexto, e atendendo sobretudo ao facto de existir a cerca de 3 Km a jusante da

barragem uma captação municipal de água para abastecimento público (Câmara Municipal de

Mortágua), o PMQA será constituído por um Programa de Monitorização da Qualidade da

Água que pretende acompanhar a evolução dos parâmetros de qualidade da água relevantes

para o abastecimento público, definidos conforme a legislação em vigor, constituindo

simultaneamente um registo para avaliação da qualidade da água para outros usos, bem como

para a caracterização limnológica da albufeira.

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COBA

2 1155BLAP. PROJECTO DE REABILITAÇÃO DA BARRAGEM DO LAPÃO. PROJECTO DE EXECUÇÃO. VOLUME IV - PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA. TOMO 2 – PLANO DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA.

2 - PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS

2.1 - CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS

A execução do Programa de Monitorização Ambiental da Albufeira do Lapão, que envolve a

monitorização da qualidade das águas, compreende três fases distintas:

Reconhecimento prévio no terreno, dos pontos/locais onde se processará a recolha de

amostras ou dados;

Recolha das amostras ou dados “in loco”;

Elaboração do Relatório de Monitorização.

O reconhecimento prévio dos pontos/locais de amostragem ou medição, terá como objectivo

avaliar a necessidade de relocalizar ou eliminar alguns deles, em função das características

quer do terreno, quer da via e/ou dos próprios objectivos da monitorização.

2.1.1 - Principais Objectivos e Âmbito do Programa de Monitorização da

Qualidade das Águas

O programa de monitorização visa a criação de um conjunto de avaliações periódicas, por

forma a identificar, acompanhar e avaliar eventuais alterações, possibilitando deste modo, um

registo histórico e aferir de forma contínua a qualidade da água face aos seus usos.

Assim, os principais objectivos da monitorização são:

Avaliar e aferir a qualidade da água da albufeira, sobre os parâmetros monitorizados, em função do disposto na legislação em vigor para os usos em consideração, designadamente o Decreto-Lei n.º 236/1998, de 1 de Agosto (estabelece normas,

critérios e objectivos a fim de proteger o meio aquático e melhorar a qualidade das águas);

Verificar a eficiência das medidas de minimização adoptadas;

Avaliar a eventual necessidade de aplicação de novas medidas de minimização relativamente aos descritores ambientais em causa;

Determinar a evolução futura dos parâmetros ambientais monitorizados, no tempo e

em termos de comportamento face aos requisitos de exploração da albufeira, permitindo ter conhecimento da dinâmica do ambiente.

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COBA

3 1155BLAP. PROJECTO DE REABILITAÇÃO DA BARRAGEM DO LAPÃO. PROJECTO DE EXECUÇÃO. VOLUME IV - PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA. TOMO 2 – PLANO DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA.

2.1.2 - Estrutura Geral

A estrutura geral do programa que integra o plano de monitorização da qualidade das águas,

segue as orientações preconizadas no Anexo IV da Portaria n.º 330/2001, de 2 de Abril,

seguindo os aspectos apontados no ponto IV - Monitorização, com as necessárias adaptações

ao caso concreto em apreço.

2.2 - DESCRIÇÃO GERAL DO PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO

A barragem do Lapão integra o Projecto do Aproveitamento Hidroagrícola das Várzeas das

Ribeiras da Fraga e de Mortágua e destina-se à criação de uma albufeira com um volume de

útil de 1,28x106 m3.

O vale em que a barragem se insere é bastante encaixado, apresentando vertentes muito

inclinadas, com alguns trechos escarpados. Imediatamente a montante da barragem a ribeira

da Fraga apresenta uma curva bastante pronunciada.

O perfil da barragem é em aterro homogéneo e apresenta uma altura máxima de cerca de 39 m

acima da fundação. Para controlo da percolação foi executado um filtro vertical ligado a um

tapete drenante encaixado no leito da ribeira da Fraga.

Após as obras de reabilitação o paramento de montante ficará com uma inclinação de 1/3,5

(V/H) e será protegido por uma camada de enrocamento de origem granítica. O paramento de

jusante terá uma inclinação de 1/2,9 (V/H), estando nele implantado o acesso à saída da

descarga de fundo.

O coroamento mede 97m de comprimento e situa-se à cota 220. O NPA previsto para esta obra

situa-se à cota 217.

i) Parâmetros a Monitorizar

Os parâmetros a serem analisados serão aqueles de carácter geral, aqueles que poderão ser

indicativos da degradação da água numa albufeira e os que poderão ser comparados com a

legislação em vigor.

Apresentam-se seguidamente os parâmetros a analisar: temperatura;

pH; condutividade eléctrica;

turvação;

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COBA

4 1155BLAP. PROJECTO DE REABILITAÇÃO DA BARRAGEM DO LAPÃO. PROJECTO DE EXECUÇÃO. VOLUME IV - PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA. TOMO 2 – PLANO DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA.

sólidos suspensos totais (SST); sólidos dissolvidos totais (SDT);

oxigénio dissolvido (OD);

carência bioquímica de oxigénio (CBO); carbonatos;

bicarbonatos;

boro; cálcio;

sódio;

azoto amoniacal; nitratos;

fosfatos;

sulfatos; cloretos;

magnésio;

manganês; ferro;

coliformes fecais;

coliformes totais; clorofila a (apenas pontos na albufeira);

transparência (disco de Secchi) (apenas pontos na albufeira).

ii) Locais e Frequência de Amostragem

Locais de Amostragem

Relativamente aos locais a monitorizar, deverão ser colhidas amostras de águas superficiais,

em 5 locais (ver Figura 1), a estabelecer de acordo com os seguintes critérios:

a) três pontos na albufeira, sendo um deles junto à tomada de água, outro sensivelmente a

meio do plano de água e outro junto à margem. Nos dois primeiros locais situados no

centro da albufeira deverão ser efectuadas colheitas à superfície e colheitas em

profundidade;

b) um local de recolha de amostras a montante da albufeira, a cerca de 100 m a

confluência da linha de água com a albufeira (ribeira da Fraga);

c) um local de recolha de amostras a jusante da barragem a cerca de 250 m da descarga

na linha de água (ribeira da Fraga).

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~ 100m

~ 250

m

RECOLHA DE AMOSTRA À

SUPERFÍCIE E EM PROFUNDIDADE

RECOLHA DE AMOSTRA À

SUPERFÍCIE

Figura 1 – Locais de Amostragem. Extracto de carta militar 209-76

ampliada para escala 1:15000

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Frequência de Amostragem

A frequência de amostragem preconizada é semestral, devendo as campanhas ser realizadas

uma em período estival (com a albufeira mais vazia), e outra durante o inverno (com a albufeira

mais próxima da sua capacidade máxima).

Findos os três anos, após o início da exploração, ou antes, caso os resultados o justifiquem, o

programa de monitorização deverá ser reavaliado, quer em relação à periodicidade, aos

parâmetros a considerar e aos pontos de amostragem.

iii) Técnicas e Métodos de Análise ou Registo de Dados e Equipamentos Necessários

As técnicas, métodos de análise e os equipamentos necessários à realização das análises para

determinação dos vários parâmetros, deverão ser compatíveis ou equivalentes aos definidos

no Anexo III do Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de Agosto, que estabelece as normas, critérios e

objectivos de qualidade, com a finalidade de proteger o meio aquático e melhorar a qualidade

das águas em função dos seus principais usos, e deverão ser definidos quando da

implementação do programa, pois poderão ser variáveis consoante o laboratório a adoptar

(embora devam ser realizadas por um laboratório acreditado, por forma a atender ao

estabelecido no Decreto-Lei n.º 236/98 de 1 de Agosto sobre esta matéria).

iv) Relação entre Factores Ambientais a Monitorizar e os Parâmetros Caracterizadores

do Empreendimento

Neste ponto, deverá ser referenciada a relação entre os parâmetros a analisar e as potenciais

alterações que poderão ocorrer na qualidade da água da albufeira, atendendo às suas

características, e ao seu enquadramento regional, nomeadamente no que respeita à sua

afectação devido a descargas e/ou contaminações provenientes da sua bacia de drenagem.

Importa atender ao facto de que a jusante da albufeira, a cerca de 3 km, existe a captação de

água para abastecimento público (da C.M. de Mortágua), pelo que o rigor no cumprimento dos

níveis admitidos legalmente para os vários parâmetros amostrados deverá ter sempre esta

situação em perspectiva, por forma a evitar, se possível antevendo situações críticas, a

afectação qualitativa da água nestas captações (também sujeitas aos normais procedimentos

de caracterização química e biológica das águas captadas destinadas a consumo público).

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v) Métodos de Tratamento dos Dados

Tal como referido em relação a metodologias de amostragem e registo de dados, também o

tratamento dos dados obtidos deverá garantir a correcta comparação destes resultados com os

valores estipulados como valores limite na legislação.

De acordo com os objectivos estabelecidos, dever-se-á essencialmente verificar se os

resultados obtidos se situam dentro ou violam os limites estabelecidos legalmente para cada

um dos poluentes monitorizados, por forma a poder adequar o procedimentos a seguir.

vi) Tipo de Medidas de Gestão Ambiental a Adoptar na Sequência dos Resultados do

Programa de Monitorização

Caso os resultados sejam identificativos de uma contaminação efectiva da qualidade da água,

numa primeira fase será definida uma reprogramação das campanhas que poderá envolver

uma maior frequência de amostragem, ou outros pontos, para eventual despiste da situação

verificada, sendo que posteriormente serão adoptadas medidas adequadas, caso se confirme a

contaminação.

Entre as várias soluções que deverão ser equacionadas face à analise dos resultados obtidos,

poderão ser eventualmente preconizados tratamentos a montante das afluências hídricas à

albufeira, a promoção do arejamento da massa de água ou o seu tratamento (químico e/ou

biológico). Poderão ainda ser adoptadas outras medidas de gestão ambiental, devendo ser

ajustadas consoante a sua necessidade e em conformidade com os resultados das campanhas

de amostragem realizadas.

vii) Periodicidade dos Relatórios de Monitorização, Respectivas Datas de Entrega e

Critérios para a Decisão sobre a Revisão do Programa de Monitorização

A periodicidade dos relatórios de monitorização deverá ser anual, nos primeiros anos de

execução do plano de monitorização, podendo passar a bianual após o terceiro ano de

monitorização, caso os resultados não antevejam situações críticas.

Assim, os critérios para a decisão sobre a revisão dos programas de monitorização deverão ser

definidos consoante os resultados obtidos, sendo obviamente o programa ajustado de acordo

com as necessidades verificadas.

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Contudo, perspectiva-se que, em princípio, o programa de monitorização poderá ser revisto

caso surjam resultados anormalmente elevados, ou anormalmente baixos, em pelo menos 50%

dos pontos de amostragem.

Poderá igualmente haver lugar a revisão do programa no caso de obtenção de resultados

muito similares para pelo menos 1/3 dos pontos de amostragem numa mesma campanha, ou

para os mesmos pontos de amostragem em duas ou mais campanhas.

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PROJECTO DE REABILITAÇÃO

DA BARRAGEM DO LAPÃO

PROJECTO DE EXECUÇÃO

VOLUME IV – PLANO DE OBSERVAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA

TOMO 2 – PLANO DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA

ÍNDICE

Pág.

1 - INTRODUÇÃO.....................................................................................................................1

2 - PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS...................................2

2.1 - CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS.........................................................................................2

2.1.1 - Principais Objectivos e Âmbito do Programa de Monitorização da

Qualidade das Águas ...............................................................................................2

2.1.2 - Estrutura Geral .........................................................................................................3

2.2 - DESCRIÇÃO GERAL DO PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO......................................3