[Coca cola] Setembro 2013

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Informativo dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do ES - Setembro de 2013 - Distribuição: Rio de Janeiro Refrescos Este ano termina o pra- zo definido pela empresa para que os salários da fábrica do Espírito Santo sejam equiparados aos do Rio de Janei- ro. No entanto, a em- presa não ofereceu nenhum aumento que represente um ganho real. Ela propôs apenas o aumento de 6,97%, que corresponde à inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Para se ter uma ideia, o me- nor salário praticado em Cariacica deveria ter um reajuste de aproxima- damente 12% para que se igualasse aos salários do Rio de Janeiro, quase o dobro do aumento oferecido na negociação. Por isso, acreditamos que essa proposta está distante da rei- vindicação de equiparação sala- rial defendida pelos trabalhadores. Continuaremos nossos esforços para alcançarmos avanços e melhores benefícios, como o aumento do ti- cket, item chave para o fechamento do último acordo. Na quinta-feira (5), o Sindiali- mentação enviou para e empresa a negativa da proposta: “Não acei- tamos somente o INPC, queremos a equiparação com o Rio de Janeiro” e abrimos a agenda para uma nova rodada de negociação. RJ Refrescos dá uma de esquecida e não cumpre com a palavra de equiparação salarial Empresa tenta maquiar acordo coletivo com proposta de diluição de abono de férias e ganho real de 0%. Queremos equiparação real, sem disfarces! O trabalhador merece que a mão de obra capixaba tenha o mesmo peso da mão de obra carioca. Equiparação salarial já! Editorial Linda Morais Coordenadora Geral do Sindialimentação No dia 30 de agosto, os trabalhadores realiza- ram o 2º Dia Nacional de Mobilização e Paralisação. Em todo o Brasil, as cate- gorias levantam as suas pautas e mostram a sua força nas ruas. Entre as rei- vindicações, a jornada de trabalho de 40 horas semanais, valorização das aposenta- doria e 10% do PIB para a educação. Além disso, há um tema que tem se tornado mo- tivo de preocupação dos trabalhadores e luta do Sindicato: o projeto de lei que pre- tende liberar as terceirizações em todos os setores das fábricas brasileiras. Somos contra a PL 4330 do empresá- rio e deputado Sandro Mabel. Essa PL que está sendo negociada no Congresso Fede- ral ameaça o seu emprego, trabalhador da Garoto, e ameaça os nossos direitos já conquistados. Estudos do Departamento Intersindi- cal de Estatística e Estudos Socioeconô- micos (Dieese) feitos em todo o país com- provam que o trabalhador terceirizado recebe salário 27% menor que o contrata- do diretamente, tem jornada semanal de três horas a mais e permanece bem menos tempo no mesmo emprego. Você, no seu posto de trabalho, sabe no dia a dia que os terceirizados têm menos benefícios do que você. Imagina essa situação na fábri- ca toda? Por isso existem trabalhadores e en- tidades de classe em todo o Brasil protes- tando contra esse retrocesso na legislação trabalhista. Você pode fazer a sua parte. Esteja bem informado, participe conosco da luta, não se conforme com a precari- zação da mão de obra. Juntos, de mãos unidas, vamos defender o que é nosso. Mãos unidas Divisão de abono de férias não pode mascarar ganho real A empresa propôs a incor- poração do abono de 46,67% das férias ao salário base, sendo diluído em 12 meses. Embora o Sindicato reconheça que a diluição traz ga- nho real a longo prazo, há resistên- cia dos trabalhadores à proposta, porque eles não querem reduzir o valor bruto recebido nas férias. O Sindialimentação poderia consultar a categoria sobre esse tema. Po- rém, essa discussão tem que ser se- parada das cláusulas econômicas, com votação à parte. Temos que discutir a diluição do abono sem li- gar ao aumento salarial.

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Informativo dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do ES - Setembro de 2013 - Distribuição: Rio de Janeiro Refrescos

Este ano termina o pra-zo definido pela empresa para que os salários da fábrica do Espírito Santo sejam equiparados aos do Rio de Janei-ro. No entanto, a em-presa não ofereceu nenhum aumento que represente um ganho real. Ela propôs apenas o aumento de 6,97%, que corresponde à inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Para se ter uma ideia, o me-nor salário praticado em Cariacica deveria ter um reajuste de aproxima-damente 12% para que se igualasse aos salários do Rio de Janeiro, quase o dobro do aumento oferecido na negociação.

Por isso, acreditamos que essa proposta está distante da rei-vindicação de equiparação sala-rial defendida pelos trabalhadores. Continuaremos nossos esforços para alcançarmos avanços e melhores benefícios, como o aumento do ti-cket, item chave para o fechamento do último acordo.

Na quinta-feira (5), o Sindiali-mentação enviou para e empresa a negativa da proposta: “Não acei-tamos somente o INPC, queremos a equiparação com o Rio de Janeiro” e abrimos a agenda para uma nova rodada de negociação.

RJ Refrescos dá uma de esquecida e não cumpre com a palavra de equiparação salarial

Empresa tenta maquiar acordo coletivo com proposta de diluição de abono de férias e ganho real de 0%. Queremos equiparação real, sem disfarces!

O trabalhador merece que a mão de obra capixaba tenha o mesmo

peso da mão de obra carioca. Equiparação salarial já!

Editorial

Linda MoraisCoordenadora Geral do Sindialimentação

No dia 30 de agosto, os trabalhadores realiza-ram o 2º Dia Nacional de Mobilização e Paralisação. Em todo o Brasil, as cate-gorias levantam as suas pautas e mostram a sua força nas ruas. Entre as rei-

vindicações, a jornada de trabalho de 40 horas semanais, valorização das aposenta-doria e 10% do PIB para a educação. Além disso, há um tema que tem se tornado mo-tivo de preocupação dos trabalhadores e luta do Sindicato: o projeto de lei que pre-tende liberar as terceirizações em todos os setores das fábricas brasileiras.

Somos contra a PL 4330 do empresá-rio e deputado Sandro Mabel. Essa PL que está sendo negociada no Congresso Fede-ral ameaça o seu emprego, trabalhador da Garoto, e ameaça os nossos direitos já conquistados.

Estudos do Departamento Intersindi-cal de Estatística e Estudos Socioeconô-micos (Dieese) feitos em todo o país com-provam que o trabalhador terceirizado recebe salário 27% menor que o contrata-do diretamente, tem jornada semanal de três horas a mais e permanece bem menos tempo no mesmo emprego. Você, no seu posto de trabalho, sabe no dia a dia que os terceirizados têm menos benefícios do que você. Imagina essa situação na fábri-ca toda?

Por isso existem trabalhadores e en-tidades de classe em todo o Brasil protes-tando contra esse retrocesso na legislação trabalhista. Você pode fazer a sua parte. Esteja bem informado, participe conosco da luta, não se conforme com a precari-zação da mão de obra. Juntos, de mãos unidas, vamos defender o que é nosso.

Mãos unidas

Divisão de abono de férias não pode mascarar ganho real

A empresa propôs a incor-poração do abono de 46,67% das férias ao salário base, sendo diluído em 12 meses. Embora o Sindicato reconheça que a diluição traz ga-nho real a longo prazo, há resistên-cia dos trabalhadores à proposta, porque eles não querem reduzir o valor bruto recebido nas férias. O Sindialimentação poderia consultar a categoria sobre esse tema. Po-rém, essa discussão tem que ser se-parada das cláusulas econômicas, com votação à parte. Temos que discutir a diluição do abono sem li-gar ao aumento salarial.

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INFORMATIVO DOS TRABALHADORES NASINDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO DO ES

Estrada Jerônimo Monteiro, 1732 - Vila Velha - ESTelefone: 3339-5027E-mail: [email protected]

COORDENADORA GERAL DO SINDICATOLinda Morais

COORDENADOR DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃOElifas Medeiros

EDIÇÃOSylvia Ruth

ESTAGIÁRIAMarina Denadai

Falhas no cartão de ponto prejudicam trabalhador

A diretoria do Sindialimentação tem acompa-nhado de perto os problemas no contracheque dos trabalhadores. Várias são as reivindicações: falta de registro de horas extras, lançamento de faltas injustifi-cadas indevidas (por problemas no relógio de ponto), lançamentos do refeitório indevidos, não pagamento do salário família e outros. A Rio de Janeiro Refrescos já admitiu que está com problemas administrativos no setor de controle técnico do relógio de ponto.

Se o trabalhador autorizar, o Sindicato pode negociar com a empresa em seu nome. Basta nos comunicar. Fique de olho! O problema no cartão de ponto está sempre registrando um pagamento me-nor, o que prejudica você, trabalhador.

Acordo coletivo desobriga registro do ponto na hora das refeições

O Sindialimentação recebeu várias denuncias sobre reuniões aplicadas na produção com o objeti-vo de, futuramente, “obrigar” o trabalhador a bater o cartão de ponto no horário das refeições. Mas, exis-te um acordo legalmente firmado entre Sindicato e empresa que diz o contrário: “os trabalhadores que fizerem suas refeições nas dependências da empresa ficarão dispensados da marcação de ponto nos refe-ridos horários, ressalvando-se à empresa outra forma de controle” (Cláusula 38).

Essa é uma questão legal. Basta apenas fis-calizar se a RJ Refrescos está ou não cumprindo. En-tão, trabalhador, faça a sua parte denunciando, o seu Sindicato esta pronto para iniciar um processo de descumprimento de acordo. A empresa tem a obri-gação de fazer valer o direito da categoria.

3339-5027 | 9835-9696

[email protected]

facebook.com/SindialimentacaoAtitude

O seu Sindicato está àdisposição para ouvir você!

Jornada de trabalho de 40 horas, não às terceirizações e ao fator previdenciário e sim à valorização das aposentado-rias e ao transporte público de

qualidade. Essas foram algumas das reivindicações do 2º Dia Na-cional de Mobilização e Paralisação realizado no dia 30 de agosto.

A diretoria do Sindialimentação representou a categoria, par-ticipando do manifesto na Terceira Ponte e em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), na Reta da Penha, em Vitória.

A mobilização ocorreu em nível nacional, e expressou a força da classe trabalhadora. Foi um grande não ao projeto de lei 4330, que pretende permitir a terceirização em atividades fim, o que coloca em risco a manutenção de empregos e direitos trabalhistas.

Sindicato participado Dia Nacional de Mobilização

Durante todo o ano, muitas reclamações e denúncias sobre

o plano de saúde chegaram ao Sindicato: poucas especialidades, suspensão d e aten-dimentos de médicos já credenciados, re-embolsos negados depois que o trabalhador já tinha usado o serviço, pagamento avulso de anestesistas para cirurgias, atendimento precário no município sede da fábrica.

Logo após a implantação do atual plano de saúde, a empresa garantiu que buscaria alternativas para melhorar o aten-dimento. Inclusive, ela colocou um contato do plano dentro da empresa. Mas, cadê esse contato? Os trabalhadores estão a mer-cê da sorte quando procuram assistência médica. Cadê as melhorias?

Ano difícil para quem precisou do plano de saúde

Em agosto, fizemos o debate e a discussão da jornada 6x2. Em Assembleia, os trabalhadores fizeram valer sua decisão por meio do voto e aprovaram a jornada.

Escala 6x2 é aprovadaem Assembleia