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Cocamar projeta faturarR$ 4,3 bilhões em 2017Quantidade recebida de soja, este ano, foi a maior da história,devendo acontecer o mesmo em relação aos volumes de milho

Dirigentes da Coca-mar promoveram noperíodo de 28 dejunho a 6 de julho,

uma série de 51 eventos comos produtores associados, emsuas cidades, para uma pres-tação de contas do primeirosemestre de 2017.

Ao apresentar o desempenhoda cooperativa, o presidenteDivanir Higino mencionou queos volumes de recebimentode milho, com a safra recordedeste ano, devem ficar em1,212 milhão de toneladas (amaior quantidade havia sidode 848 mil toneladas em2015, lembrando que no anopassado a produção foi menorem razão do clima adverso, fi-cando em 681 mil toneladas).O recebimento de soja tam-bém foi recorde: 1,361 milhãode toneladas, das quais 1,178milhão adquiridas de coope-rados. “Foi o maior volume

entregue por cooperados emtoda a história da Cocamar”,ressaltou Divanir Higino.

Já as vendas de insumosagropecuários, que represen-tam parcela significativa dofaturamento da Cocamar, de-vem chegar a R$ 1,201 bilhãoem 2017 (acima dos R$ 1,027bilhão de 2016), dos quais R$900 milhões já faturados noprimeiro semestre.

Com isso, a projeção é que ogrupo Cocamar chegue aofinal do segundo semestrecom um faturamento de R$4,327 bilhões. Divanir Higinopontuou que esse montanteestá acima do estabelecidopelo planejamento estraté-gico da cooperativa, que é deR$ 4,043 bilhões. No anopassado, o faturamento fe-chou em R$ 3,609 bilhões(também acima do previsto

pelo planejamento estraté-gico, de R$ 3,565 bilhões).Atenta a oportunidades paraexpansão regional, a Coca-

mar vem obtendo aumentode participação de mercadoe ingressando em novos ne-gócios.

COOPERATIVA

1,361milhão de toneladas,a quantidade de soja

recebida na cooperativa,das quais 1,178 milhão

entregues por cooperados

1,212milhão de

toneladas é aprevisão derecebimento

de milho

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PALAVRA DO PRESIDENTE

A busca pelo conhecimentodeve ser incessante

Por Divanir Higino,presidente da Cocamar

No primeiro semestredeste ano, a Cocamarpromoveu nada me-nos que 256 eventos

técnicos para a transferênciade conhecimentos e tecnolo-gias aos seus cooperados, en-tre dias de campo, palestras etreinamentos. Houve 11.644participantes, uma quantidaderepresentativa quando se com-para com o total de coopera-dos, de 13,6 mil.

Nesses eventos, são trazidasas informações mais atualiza-das e necessárias, desenvolvi-das por companhias respei-táveis e instituições de pes-quisa conceituadas, para queos cooperados consigam im-pulsionar os seus negócios eganhar dinheiro. A função dacooperativa é justamente es-sa: oferecer todas as condi-ções possíveis para que osseus associados explorem opotencial produtivo das lavou-ras e tenham o necessário re-torno econômico.Para se ter ideia do quanto é

possível melhorar, basta ana-lisar as médias de produtivi-dade de soja alcançadas nosúltimos anos na região da co-operativa. Enquanto alguns in-vestem em tecnologias reco-mendadas e, sob condições denormalidade climática, obtêmmédias expressivas, ao redorde 200 sacas por alqueire, ou-tros não conseguem sair depatamares considerados mo-destos para os tempos atuais.Quem ainda patina da médiade 120 a 130 sacas de soja poralqueire, está perdendo di-nheiro e sujeito a sofrer maiscom o aumento de custos e asoscilações do mercado.

Quando a Cocamar lança odesafio de atingir o objetivo de250 sacas de soja por alqueire,pode parecer exagerado paraalguns. Assim como quandofala, também, da meta de che-gar a 500 sacas de milho poralqueire e, na pecuária, em ín-dices mais aceitáveis de pro-dutividade de arrobas de carnebovina. Sem esquecer que acooperativa está lançandoagora o programa de MáximaProdutividade também para o

café, cuja proposta é o cafei-cultor buscar as tecnologiasque estão sendo oferecidaspara colher 100 sacas benefi-ciadas por alqueire/ano.

Não há exagero algum nisso.Com relação ao café, estamosfalando de um negócio queapresenta a maior dispersãode produtividade, com núme-ros muito desiguais entre aspropriedades. Excelente alter-nativa para quem deseja diver-sificar, a cafeicultura ofereceboa rentabilidade, mas é pre-ciso incorporar novas técnicase conhecimentos para turbinaras médias na colheita.

A Cocamar nunca se cansará deinsistir na tecla do aumento daprodutividade, estabelecendo,para isso, os parâmetros dese-

jáveis e colocando à disposiçãouma equipe técnica de alta qua-lidade. Tudo o que fazemos esugerimos aos cooperados estáestruturado na experiência enas pesquisas (órgãos de pes-quisas e universidades). Esta,afinal, é uma de suas funçõesmais nobres e decisivas para ofuturo dos cooperados.

Independente das circunstân-cias do mercado, se o preçodas commodities vai subir oucair, o produtor que desejaprosperar precisa fazer a suaparte. E isto implica, necessa-riamente, em questionar umaparente e perigoso conforto efazer o possível para ampliaras suas médias.

Participe sempre dos novoseventos técnicos!

A Cocamar nunca se cansará de insistir na tecla do aumentoda produtividade, estabelecendo, para isso, os parâmetrosdesejáveis. Esta, afinal, é uma de suas funções maisnobres e decisivas para o futuro dos cooperados”

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DIA DE CAMPO DE INVERNO

Muito pra ver

Evento apresentou uma variedade de tecnologias paramodernizar os negócios e impulsionar a produtividade

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Com mais de 1,7 milparticipantes, a Coca-mar promoveu no dia23 de junho em Flo-

resta, na sua Unidade de Difu-são de Tecnologias (UDT), aedição 2017 do Dia de Campode Inverno. Além de produto-res cooperados de pratica-mente todas as regiões aten-didas pela cooperativa, nosestados do Paraná, São Pauloe Mato Grosso do Sul, o even-to foi prestigiado por especia-listas de diversas instituiçõese representantes de dezenasde empresas parceiras.

DESAFIO - Ao fazer sua sauda-ção, na solenidade de aber-tura, o presidente da Cocamar,Divanir Higino, destacou a im-portância de realizações comoesta, em que os produtorestêm a oportunidade de incor-

porar novos conhecimentos etecnologias. “Promovemosmuitos eventos técnicos aolongo do ano para que nossoscooperados possam aprimoraros seus negócios”, mencio-nou, lembrando que há o per-manente desafio do aumentoda produtividade. “O Dia deCampo de Inverno, assim co-mo a Safratec, promovida noverão, oferecem todas as in-formações para essa neces-sária evolução”, frisou.

HOMENAGEM - Ainda na aber-tura, foi prestado um reconhe-cimento a especialistas que,com sua dedicação e profis-sionalismo, contribuem paraa realização de experimentosna UDT e na cooperativa comoum todo. Pela UniversidadeEstadual de Maringá (UEM), oshomenageados foram os dou-

tores Fabiano Rios e MarceloAugusto Batista e o douto-rando Evandro Minato; pelaEmpresa Brasileira de Pes-quisa Agropecuária (Embra-pa), os doutores Gessi Ceccon,

Sérgio Ricardo Silva, Luis Cé-sar Tavares, Arnoldo Barbosae Alvadi Balbinot; pelo Insti-tuto Emater, o engenheiroagrônomo e mestre em econo-mia, Celso Serato;

Novidades em híbridosde milho foram um dos

pontos altos da realização,que teve uma sériede outras atrações;

acima, o presidente dacooperativa, Divanir

Higino, em sua saudação

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e, pelo InstitutoAgronômico do Paraná (Iapar),os doutores Pedro Shioga eRonaldo Hojo.

PRODUTIVIDADE - O Dia deCampo de Inverno foi o pontode partida para o lançamentode mais um desafio, já de olhona safra de milho de 2018: oconcurso de produtividade quetem a proposta de incentivaros agricultores a ampliar cadavez mais os seus patamaresde produtividade: a meta é al-cançar 500 sacas por alqueire.Assim como na cultura desoja, o objetivo é criar um am-biente para demonstrar que,com práticas adequadas, issoé possível. Na safra de soja2016/17, muitos cooperadoscolheram acima de 200 sacaspor alqueire, lembrando quea média geral da cooperativafoi de 130 sacas, compro-vando que há potencial paracrescer.

ATRAÇÕES - O que não faltouno evento foram novidades,como a apresentação do de-sempenho de novos híbridosde milho, produtos e serviçosde empresas parceiras, expo-

sição de máquinas JohnDeere – marca representadana região de Maringá pelaCocamar Máquinas -, equipa-mentos diversos, pneus e lu-brificantes, entre outros. Omilho foi o principal desta-que, mas as atenções dos

participantes se voltaramtambém para a colheita me-canizada de café, o sistemade integração lavoura-pecuá-ria-floresta (ILPF) e o proto-colo com manejo adequadode solo. O professor e pes-quisador da Universidade Es-

tadual de Maringá I(UEM),Fabiano Rios, destacou queum dos pontos altos do Diade Campo, a seu ver, foi o in-teresse demonstrado pelosprodutores. “Eles interagi-ram muito conosco sobre otema plantas daninhas, fize-

ram perguntas, demonstra-ram querer saber mais. Leva-mos o conhecimento desen-volvido na Universidade paraa cooperativa que, por meiode realizações como essas, otransmitem aos produtores”,frisou.

Muito prestigiado,o Dia de Campo reuniu1,7 mil participantes,entre cooperados etécnicos, querepresentaram todasas regiões atendidaspela cooperativa

Foto: Leandro Cezar Teixeira

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1.DESSECAÇÃO COM GRAMI-NICIDAS: EFEITOS SOBRE MI-LHO E TRIGO - A resistência daplanta daninha “capim-amar-goso” ao herbicida glifosato,que era o mais utilizado para adessecação das plantas da-ninhas, fez com que o produtormudasse de produto, e au-mentasse o uso de herbicidas“graminicidas”, o mais espe-cífico para a planta daninha.Contudo, esses herbicidas po-dem apresentar persistênciano solo e causar interferêncianegativa em culturas planta-das após seu uso, como é ocaso do milho e do trigo. A in-tensidade dessa interferênciadepende da dose do produto,do tipo de solo, das condiçõesclimáticas após a aplicação e,também, do intervalo entre aaplicação e o plantio da pró-xima cultura. A estação con-

duzida na UDT mostrou osreais efeitos decorrentes des-se problema, com redução degerminação e desenvolvimen-to de plantas de milho e trigo.

2. CONSÓRCIO MILHO COMBRAQUIÁRIA - Demonstraçãodas diferentes modalidades decultivo simultâneo do milhocom a braquiária (plantio dabraquiária na entrelinha domilho, na linha, a lanço em su-perfície), de acordo com a tec-nologia que o agricultor dispõeem sua propriedade. A estaçãodestacou, também, a impor-tância deste sistema para aspropriedades físicas do solo,para a redução da incidênciade plantas daninhas e para oaumento da produtividade dasoja em sucessão. O pesqui-sador da Embrapa, Gessi Cec-con, comentou que “a

Cocamar domina muito bem oconhecimento sobre o consór-cio, que é possível de ser feitomesmo adotando-se um espa-çamento menor do milho”.

3. TRIGO: ADUBAÇÃO NITRO-GENADA E DENSIDADE POPU-LACIONAL - A estação apre-sentou a resposta das princi-

pais cultivares de trigo da Em-brapa a diferentes doses deadubação nitrogenada em co-bertura (complemento do nu-triente “nitrogênio” em funçãoda exigência da cultura) e,também, a diferentes densida-des, ou seja, quantidades deplanta por metro quadrado. Foipossível visualizar quais ma-

teriais responderam positiva-mente às técnicas (maior vigorde plantas) ou negativamente(acamamento, por exemplo).

4. CALAGEM E GESSAGEM - Oensaio de correção de soloconduzido na UDT já possui 3anos. Os produtores puderamverificar os benefí-

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DIA DE CAMPO DE INVERNO

Em destaque

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cios dessas técni-cas consagradas na agricul-tura: aplicação de calcário egesso, que visam corrigir aacidez do solo, aumentar osníveis de cálcio, magnésio eenxofre, e seus efeitos sobreo desenvolvimento das cultu-ras, com destaque para omilho segunda safra.

5. DEMONSTRAÇÃO DE HÍBRI-DOS DE MILHO - Apresentaçãodos principais cruzamentos deespécies diferentes de milho,com o posicionamento para aregião de Floresta e Maringá.Destaque para a resposta des-ses cruzamentos às principaisdoenças de fungos, que ata-cam as folhas da cultura.

6. MANEJO DE SOLO E DIVER-SIFICAÇÃO DE CULTURAS -

Um tema sempre polêmico:demonstrar a importância darotação (ou diversificação) deculturas, que traz inúmerosbenefícios ao solo e à “saú-de” das culturas. Nesta edi-ção do dia de campo, tam-bém serão destacados os re-sultados relacionados a prá-tica do revolvimento mecâ-nico do solo (preparando-opara a semeadura) sobre aprodutividade da soja e domilho, tema que também épolêmico.

7. CAFÉ - Destaque para a de-monstração prática da co-lheita mecanizada, que au-menta muito o rendimentooperacional e reduz a neces-sidade de mão de obra, algomuito escasso hoje em dia nacultura do café.

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Foto: Leandro Cezar Teixeira

DIA DE CAMPO DE INVERNO

Acima, apresentaçãode especialista da

Embrapa e, ao lado,o casal Carlos e CéliaMori, de Ivatuba, com

o neto Bruno: passeandopelo evento “para buscar

informações e aplicarna lavoura”

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Estandes das empresas Cocamar Máquinas, Bayer e Spraytec,tradicionais parceiras da cooperativa. Nas fotos menores,o superintendente Arquimedes Alexandrino e o vice-presidenteda cooperativa, José Cícero Aderaldo; e o presidenteDivanir Higino com o diretor-executivo da Sicredi União,Rogério Machado

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A cúpula diretiva da JohnDeere esteve em Maringá(PR), no dia 8 de junho, paracontatos com a Cocamar Má-quinas, concessionário damarca na região. Entre outros,participaram da visita, que fazparte de uma programação derelacionamento da compa-nhia com as empresas repre-sentantes no Brasil, o pre-sidente mundial da divisãoagricultura, Jim Field, o presi-dente das regiões 3 e 4 (Amé-rica Latina e EUA/Canadá),John Lagemann, e o presi-dente da John Deere Brasil,Paulo Renato Herrmann.

IMPORTANTE - Em seu pro-nunciamento aos associados,Field destacou que o Brasil éum dos países mais impor-tantes para a fabricante demáquinas. Isto se deve, se-gundo ele, à perspectiva de omesmo se tornar o maior for-necedor mundial de alimen-tos, e também por ser o queapresentou a mais expressivataxa de crescimento de ven-das da empresa. “Estamosmuito otimistas com as opor-

tunidades. Diante de tudo queconheci sobre a Cocamar, an-tes de firmar a parceria, ecom o que vi hoje, acreditoque será um relacionamentode longo prazo”, afirmou.

RESULTADOS - Lagemanntambém elogiou o profissio-nalismo da Cocamar, exal-tando a importância estraté-gica da região em que se situaa cooperativa. A John Deereentra com os equipamentos

de alta tecnologia e a Coca-mar com o seu conhecimentoagronômico, para trazer osmelhores resultados”, disse.

LANÇAMENTOS - Ressaltandoque é possível ter no Brasil apróxima revolução da agricul-tura em nível mundial, PauloHerrmann lembrou que houveuma época em que se diziaque as novidades só chega-vam aqui 30 anos depois deterem sido lançadas nos EUA.

Hoje, segundo ele, os princi-pais lançamentos ocorremaqui.

Herrmann comentou, ainda,que o agricultor que melhorutiliza a tecnologia disponívelnas máquinas, atualmente,usa de 50% a 60% do poten-cial embutido em tecnologias.“A agricultura de precisão,por exemplo, traz as informa-ções para se trabalhar commais eficiência”, disse.

Dirigentes da John Deere visitam a Cocamar Máquinas

Com dez anos de casa, o engenheiro agrônomoSérgio Villela Lemos, 44 anos, da unidade deParanavaí (PR), concluiu mestrado em Arara-quara (SP), na Fundação de Defesa de Citricul-tura (Fundecitrus), que durou dois anos. Égraduado pela Universidade Federal de Lavras(UFLA).

Com grande experiência na orientação técnica

aos produtores de laranja da região noroeste,Lemos menciona que a aplicação do conheci-mento adquirido no curso beneficiará direta-mente a cultura e os citricultores de sua região.

A engenheira agrônoma Amanda Caroline Zito,da unidade de Nova Esperança, próximo a Pa-ranavaí, também iniciou mestrado neste ano namesma instituição.

Agrônomo concluimestrado na Fundecitrus

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Odiretor da empresaEstratégia Ambien-tal, Vitor Hugo Ri-beiro Burko, advoga-

do e ex-presidente do Insti-tuto Ambiental do Paraná(IAP), esteve no dia 25 demaio em Brasília, onde foiconvidado a debater na Co-missão de Agricultura, Pe-cuária, Abastecimento e De-

senvolvimento Rural, da Câ-mara dos Deputados. Em pau-ta, os 5 anos de aplicação doCódigo Florestal (Lei 12.651/2012).

Burko participou de um se-leto grupo, que teve entre osconvidados, o ex-deputado erelator do projeto que insti-tuiu o Código Florestal, José

Aldo Rebelo Figueiredo; opresidente da Empresa Brasi-leira de Pesquisa Agropecuá-ria (Embrapa), Maurício An-tonio Lopes; o chefe-geral daEmbrapa Monitoramento porSatélite, Evaristo Eduardo deMiranda; o chefe de gabinetedo Ministro da Agricultura,Pecuária e do Abastecimen-to (Mapa), cel.

O produtor não está se dandoconta de que o prazo pararegularização da reserva legaltermina no final deste ano”

Vitor Hugo Burko

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MEIO AMBIENTE

Em debate, os 5 anos do CódigoFlorestal e a sua aplicação Vitor Hugo Burko, diretor da empresa Estratégia Ambiental, foi um dos convidados da Comissãode Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, na Câmara dos Deputados

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Coaraci Nogueira de Castilho;o diretor do Serviço FlorestalBrasileiro, Raimundo Deus-dará Filho; o vice-presidenteda Confederação da Agricul-tura e Pecuária do Brasil(CNA), Assuero Doca Veronez;o consultor ambiental da Or-ganização das Cooperativasdo Brasil (OCB), LeonardoPapp; e o prefeito de Ubera-ba, Paulo Piau Nogueira, alémdos deputados JerônimoGoergen, Nilson Leitão e Sér-gio Souza.

Com seu conhecimento sobreos temas ambientais e sendoum estudioso do Código Flo-restal, a respeito do qual éconsultor e palestrante, Burkochamou atenção para um temasensível, envolvendo produto-res: o meio ambiente. Grandeparte deles, que precisa fazera regularização da reservalegal, tem um prazo relativa-mente curto para isso: até ofinal deste ano. “Ele corre orisco de inviabilizar a sua pró-pria atividade”, alertou.

Burko acredita que, no anoque vem, haverá muita gentearrependida por não ter to-mado as medidas no mo-mento certo. “O produtor nãoestá se dando conta de que oprazo para regularização dareserva legal termina no fi-nal deste ano. Está deixandotudo, mais uma vez, para aúltima hora, esperando nãose sabe o quê. Em 2018, de-pois que for colhida a soja,ele já não conseguirá finan-ciar a safrinha de milho e fi-

cará nas mãos dos órgãosambientais. Portanto, não hámotivo para esperar, a es-pera só o prejudica”, afirmouo dirigente da Estratégia Am-biental. O proprietário rural,segundo Burko, corre o riscode ficar sem financiamento ede não encontrar excedentede reserva legal para com-prar. Se isto acontecer, teráque recuperar mata em áreaprodutiva. Então, não temjustificativa para ficar espe-rando.

De acordo com Vitor HugoBurko, o prazo é até o final doano para a regularização detodas as propriedades. “Sehaverá ou não uma prorroga-ção, ninguém sabe. Provavel-mente não”, disse ele, acres-centando que o Brasil de hojenão é o mesmo de dez anosatrás. “Todos os dias, nós ve-

mos na imprensa que as leispassam a valer neste país.Toda a sociedade está exi-gindo das autoridades que asleis prevaleçam, tenham vali-dade, tragam mudanças. Naárea ambiental, não será dife-rente. Todo mundo quer queas leis ambientais sejamcumpridas. E essa lei é possí-

vel de ser cumprida. Diferenteda lei anterior, que era impos-sível, que inviabilizava o pro-dutor e a propriedade. Hoje,há uma série de alternativase possibilidades, o que pode edeve ser utilizado pelo produ-tor. Se ele não quiser usufruirdisso, pagará o preço de suainconsequência”, frisou.

Segundo ele, o produtor quenão fizer a regularização, es-tará deixando de cumprir a le-gislação. Simples assim. Háum compromisso das coope-rativas, dos frigoríficos, denão comprarem produtos daspropriedades que estiveremirregulares. “Se o cidadão nãotomar a decisão correta e não

fazer o procedimento de regu-larização da propriedade, elecorre o risco de inviabilizar oseu negócio. Ainda há achance de definir o própriodestino. Se não fizer isso, teráque se submeter às ordens doórgão ambiental. Vai ficar nasmãos dos ambientalistas”,concluiu.

“Ainda há a chance de definir o próprio destino”

Burko, ex-presidente do IAPe diretor da empresa

Estratégia Ambiental,é considerado um expertno assunto e respeitado

como um profundoconhecedor do

Código Florestal. Na fotoacima com o deputado

paranaense Sérgio Souza

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Andressa Machado (*) e JoséMauro Cunha e Castro (**)

Diversas pragas cau-sam prejuízos às la-vouras de todas asculturas no Brasil.

Uma das principais é o nema-toide, que nas últimas safras,provocou perdas de mais de50% de produtividade em al-gumas culturas. Vários fato-res são determinantes para asua proliferação, como a faltade cuidados na limpeza dosmaquinários, a prática damonocultura e a utilização deprodutos com os mesmosmecanismos de ação durantevários anos.

Atualmente, o maior pro-blema relacionado aos nema-toides está no Cerrado. Po-rém, nenhuma região, solo,

clima ou cultura está livre daincidência desta praga. Empaíses vizinhos, como na Ar-gentina e no Paraguai, tam-bém foi identificado o au-mento da população de diver-sas espécies, assim como emlocais de temperaturas maisamenas, como no do RioGrande do Sul.

Pesquisas realizadas peloInstituto Agronômico do Pa-raná nos estados da regiãoSul e no Mato Grosso do Sul,identificaram que, dentre asduas mil amostras de solocoletadas, além dos nema-toides mais importantes esempre presentes, cerca de90% apresentaram a inci-dência de duas espécies denematoides ainda não conhe-cidas pelo produtor, mas quejá estavam sendo monitora-

das nas lavouras por pesqui-sadores da área há quatro oucinco anos.

No último Congresso Brasi-leiro de Nematologia foramdebatidos vários assuntos re-lacionados ao manejo de ne-matoides, tendências e solu-ções para a redução do im-pacto sobre as culturas e alegislação para regulamentaro uso de novos nematicidas,além de ferramentas biológi-cas e culturais aplicadas aoseu manejo.

Apesar do avanço nas pesqui-sas e dos debates promovi-dos por órgãos agronômicos,institutos e universidadesbrasileiros, é necessária aconscientização sobre o pro-blema. Os produtores preci-sam atentar para os sintomase reagir com práticas de pre-venção e manejo integradodos nematoides em todo ociclo de cultivo. Em casosmais extremos, precisamosde nematicidas reais e querespeitem o meio ambiente.Só assim conseguiremos

conviver com os nematoides,reduzindo perdas significati-vas na produção e na renta-bilidade das atividades agrí-colas do Brasil e do mundo.

(*) Engenheira agrônoma,pós-doutora em Nematologiae pesquisadora do InstitutoAgronômico do Paraná(IAPAR).

(**) Engenheiro agrônomo,doutor em Ciência em Nema-tologia e pesquisador da Em-brapa Semiárido.

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ARTIGO

Nematoide contamina os diferentes solos brasileirosVários fatores são determinantes para a sua proliferação, como a falta decuidados na limpeza dos maquinários, a prática da monocultura e a utilizaçãode produtos com os mesmos mecanismos de ação durante vários anos

Os produtores precisam atentar para os sintomas ereagir com práticas de prevenção e manejo integradodos nematoides em todo o ciclo de cultivo

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24 milhões de caixasEssa é a previsão de colheita no Paraná,

estado que possui os pomares maisprodutivos do país

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Os pomares de laranja para-naenses são os mais produ-tivos do país. No Brasilcolhe-se, em média, 553caixas de 40,8kg/ha. A pro-dutividade em São Paulofica em 625 caixas/ha. Já nonoroeste do Paraná este nú-mero é de 923 caixas/ha,sendo que alguns pomareschegam a colher 2.000 cai-xas/ha.

De acordo com Leandro Ce-zar Teixeira, gerente técnicoda Cocamar, investimentosem tecnologia de produção,com manejo de pragas edoenças, adubação ade-quada e boa nutrição, comapoio do Instituto Agronô-mico do Paraná (Iapar) vêmgarantindo bons resultadosno campo mesmo quando oclima não contribui.

“Isso permite que o produ-tor ganhe sempre, mesmoem situações não tão favo-ráveis”, diz. A citricultura éhoje uma alternativa paradiversificar a atividade napropriedade rural.

(Com a Agência Estadualde Notícias)

Asafra de laranja2017/2018, que jácomeçou a ser co-lhida no Paraná, de-

ve alcançar 1 milhão de to-neladas - ou 24 milhões decaixas, um aumento de 33%sobre as 750 mil toneladas de2016/2017. Depois das per-das registradas na safra pas-sada, prejudicada pelo vera-nico, a expectativa é de reto-mada nesse ano.

“Com esse volume, o Estadovolta aos seus patamaresnormais de produção”, dizPaulo Andrade, engenheiro

agrônomo do Departamentode Economia Rural (Deral) daSecretaria de Estado da Agri-cultura e do Abastecimento.Nesse ano, além do climabom, a alta produtividade nospomares garante o resultadono campo. Os pomares de la-ranja paranaenses são osmais produtivos do País.

EMPREGOS E RENDA - O Pa-raná é o terceiro maior pro-dutor nacional, atrás de SãoPaulo e Minas Gerais. A ativi-dade garante cerca de 3 milempregos no campo. Os la-ranjais geram R$ 315 mi-

lhões em Valor Bruto da Pro-dução (VBP), o que repre-senta 6% do total nacional.

Os pomares são cultivadospor mais de 600 citricultores,abrangendo cerca de 100 mu-nicípios e possuem áreas mé-dias entre 19 e 35 hectares.O noroeste é a principal re-gião produtora, com 70% dospomares.

TECNOLOGIA - “Hoje a citri-cultura está consolidada e éa principal atividade da fruti-cultura do estado”, diz PauloAndrade, do Deral. Graças a

tecnologia e investimentos, aprodução triplicou em poucomais de uma década.

Em 2004, os pomares produ-ziam apenas 335 mil tonela-das. A produção cresce prin-cipalmente graças a ganhosde produtividade, já que aárea de plantio se mantémestável em 24 mil hectaresno estado. Por sua vez, prati-camente toda a produção desuco é exportada, para Eu-ropa e Estados Unidos, prin-cipalmente. O Paraná produz50 mil toneladas de sucoconcentrado.

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Média da regiãonoroeste paranaense

é de 923 caixas de40,8 quilos por hectare,

contra 553 no país e625 em São Paulo

Paraná lidera produtividade

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LARANJA

Na região da Cocamar, a pre-visão é de uma produção de7 milhões de caixas nessasafra, contra 4,7 milhões decaixas na safra anterior. Emfunção do volume, a colheitafoi antecipada para maio, deacordo com o gerente téc-nico da cooperativa, LeandroCezar Teixeira.

“Depois de dois anos ruins,impactados pelas altas tem-peraturas em novembro de2015 e a geada em junho do

ano passado, o clima foi muitobom e garantiu alta produtivi-dade nessa safra”, disse. Aexpectativa é que os coopera-dos colham entre 900 e 950caixas por hectare.

Atualmente são 350 coope-rados da Cocamar que atuamna atividade, cujos pomarescobrem cerca de 9 mil hec-tares. Toda a produção é di-recionada para a fábrica desucos da Louis Dreyfus Com-modities, em Paranavaí. A

produção estimada é de 25 a28 mil toneladas de suconesta safra.

De acordo com Teixeira, asduas empresas vão lançar,no segundo semestre, umprograma de fomento paraampliar a área de citrus naregião. O objetivo é aumentarem 1,5 mil hectares a áreaplantada.

(Com a Agência Estadual deNotícias)

Colheita antecipada na região da Cocamar

7 350milhões de caixas

é a previsão decolheita na região

da Cocamar

9mil hectares é a

área cultivada compomares, de vários

tamanhos

cooperados estão ligados à atividade,no noroeste e norte

do estado

1,5

600

mil hectares é aestimativa de fomentode pomares na região

da cooperativa

3mil postos de

trabalho são geradosna colheita de

citros, no Paraná

produtoresdedicam-se à

citricultura emtodo o estado

NÚMEROS

Os laranjais paranaenses geram R$ 315 milhões em Valor Brutoda Produção (VBP), o que representa 6% do total nacional

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O clima foi muitobom e garantiualta produtividadenessa safra”

Leandro Cezar Teixeira,gerente técnico da Cocamar

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HOMENAGEM

Seu Irineu era um conhecedor de café Catarinense, ele foi agrônomo, produtor de café e um dos fundadores da Cocamar

Oengenheiro agrôno-mo Irineu Pozzobonfoi um dos 46 funda-dores da Cocamar,

em 1963. Catarinense de Piri-tuba, graduou-se em Piraci-caba (SP) e, no começo dadécada de 1960, passou aprestar serviços como avalia-dor de café para o Banco doBrasil e o antigo Instituto Bra-sileiro do Café (IBC), em Ma-ringá (PR). Ele permaneceriapouco tempo na cidade,transferindo-se para Rolândiae, mais tarde, Londrina, nortedo estado. Além de agrônomo,

foi também produtor de café.

Em depoimento a jornalistas,Pozzobon recordou-se que em1963, bem no ano da fundaçãoda cooperativa, sobreveio

uma geada forte, que prejudi-cou os cafezais de grandeparte das regiões produtorasparanaenses. Mas o incidentenão se resumiu ao frio, a ve-getação ficou ressequida e

houve, na sequência, uma es-tiagem longa. A situação ficoupropícia a incêndios, que co-meçaram a irromper em todasas regiões, destruindo nãoapenas cafezais, como tam-

bém outras culturas e pastos,propriedades inteiras, flores-tas e, por extensão, muitasdas pontes que, naquela épo-ca, eram construídas commadeira. O com-

2 0 | J or na l d e S er v iço Co ca ma r

Ficava uma bruma seca, sem fim,que fazia os olhos arderem. A genterespirava fumaça o tempo todo”

IRINEU POZZOBON, em depoimento a jornalistas,sobre o grande incêndio no Paraná, em 1963

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bate ao fogo de-mandou não apenas um ár-duo trabalho das autorida-des, mas também mutirõesde agricultores, organizadospara a construção de barrei-ras que tinham como objetivoimpedir o avanço das labare-das, nem sempre bem-suce-dido. O fogo, pela sua dimen-são, acabou se tornando umflagelo de repercussão na-cional e internacional, devas-tando parte do Paraná e che-gando, mesmo, a atingir ci-dades, como Maringá, ondefagulhas propagaram-se nareserva de mata que maistarde viria a ser o parque doIngá.

Pozzobon recorda-se: duran-te esse período, a fumaça eratanta que atrapalhava o trá-fego de aviões: “Ficava umabruma seca, sem fim, quefazia os olhos arderem. Agente respirava fumaça otempo todo. E quando olhavapara o sol, enxergava aquela

bola vermelha, era até bonitode ver”. As queimadas eramtantas que, quando anoitecia,olhando de longe, o clarãopermanecia intenso no hori-zonte. Lembranças como es-sa foram reunidas em um li-vro que Pozzobon escreveuno final da última década,desfiando histórias que viveuno Paraná e na sua lida comoprofissional e agricultor,sempre ligado ao café.

Em março de 2013, o pioneiroaceitou convite para partici-par da festa do cinquentená-rio da Cocamar, em Maringá.Além dele, compareceramoutros dois fundadores: Hil-debrando de Freitas Cayres(falecido naquele mesmoano) e o ex-diretor e advo-gado Edmundo Pereira Canto,um dos poucos remanescen-tes do histórico grupo funda-dor de 1963, residente emLondrina. Pozzobon faleceunesta cidade, em abril desteano, aos 81 anos.

municípios paranaensesforam atingidos pelo

fogo, causando grandedestruição empropriedades e

povoados

Jor na l d e Se r v iço C oca ma r | 21

No alto, capa da Gazetado Povo, com destaque paratrágica situação vivida pelo

estado, em razão dosincêndios; no meio,

fotografia de uma regiãoem chamas e, ao lado,

a imagem de um agricultordesolado, em meio aos

escombros, em sua propriedade

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NOROESTE DO PARANÁ

Divulgando a ILPF em Santa Cruz de Monte Castelo Participantes debateram sobre o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF)

Com a presença do se-cretário estadual daAgricultura, NorbertoOrtigara, entre outras

lideranças, a Cocamar promo-veu na noite de 21 de junho emSanta Cruz de Monte Castelo,no extremo-noroeste do Pa-raná, uma reunião com produ-tores para tratar sobre o sis-tema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Comcerca de 150 participantes, querepresentaram vários municí-pios, o evento foi realizado naChácara Pitangueiras.

OPORTUNIDADE - Ao fazer aabertura, o gerente técnico dacooperativa, Leandro Cezar Tei-xeira, destacou a oportunidadeque a ILPF traz para o fortale-cimento econômico regional.Ele destacou que a maior partedas pastagens encontra-se de-gradada e deixando de oferecer

retorno econômico aos pro-prietários. “Muitos produtoresacomodaram-se e a maneiracomo conduzem os seus negó-cios não é sustentável”, decla-rou, lembrando que a coope-rativa – que possui desde oano passado uma unidade deatendimento no município -

tem o compromisso de ofere-cer alternativas para desenvol-ver a economia regional.

FRUTOS - O prefeito FranciscoAntonio Boni ressaltou, em seupronunciamento, que o muni-cípio “está plantando uma se-mente e, com o apoio da Co-camar, colherá muitos frutosno futuro”, referindo-se aosbenefícios que os sistemas in-tegrados podem proporcionarao seu município e região. “Te-mos observado as transforma-ções que a integração traz eacreditamos ser este o nossomelhor caminho”, acrescen-tou, convidando outras lide-ranças de cidades próximas,como a prefeita de Querênciado Norte, Rozinei AparecidaRaggiotto Oliveira, para quetambém se engaje nesse de-safio.

CREDIBILIDADE - Em sua fala,o secretário Norberto Ortigaradestacou o sucesso da inte-gração em outras regiões doestado, lembrando que, a prin-cípio, os produtores ficam re-ticentes diante da novidade.“A recomendação é começaraos poucos”, orientou, enfati-zando que a Cocamar “é umadas cooperativas de maiorcredibilidade no assunto”. Or-tigara mencionou o bom mo-mento da agropecuária es-tadual, que colheu no recenteciclo 2016/17 a melhor safrade soja da história, ao redor de19,5 milhões de toneladas,citou o crescimento da produ-ção de milho de inverno a cadaano, mas afirmou que a pe-cuária ainda tem muito a de-senvolver-se. “Em média, umpecuarista do Paraná não con-segue mais do que meia car-

caça por hectare/ano”. O se-cretário falou também sobre aoportunidade que o ProgramaIntegrado de Conservação deSolos e Água, o Prosolo, dogoverno do estado, está tra-zendo para os produtores. Deacordo com Ortigara, os pro-prietários rurais que reconhe-cerem problemas ambientaisem suas áreas, têm prazo atéo dia 29 de agosto deste anopara inscreverem-se no Pro-solo, por meio da unidademais próxima do InstitutoEmater. Após inscritos, elesterão um ano para a elabora-ção do projeto técnico e trêspara executá-lo. “A integraçãoé uma forma de resolver osproblemas ambientais, comoa degradação dos pastos, aerosão e, ao mesmo tempo,impulsionar a propriedade”,declarou.

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Acima, pronunciamento do secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara e, na foto abaixo, detalhe do prefeito Francisco Boni

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Ao palestrar, o gerente téc-nico de ILPF na cooperativa,Renato Watanabe, apresentounúmeros e indicativos apon-tando que os sistemas inte-grados são a melhor opçãopara que o pecuarista pros-pere em seus negócios. “Háregiões com solos arenososmuito mais pobres que o deSanta Cruz de Monte Casteloe municípios próximos, ondeos sistemas integrados apre-sentam excelentes resulta-dos”, disse Watanabe. “AILPF, apesar de ser o assuntodo momento, é um processoque vem sendo desenvolvidoe aprimorado ao longo de 30anos pelas mais respeitadasinstituições de pesquisa dopaís”, mencionou. Atual-

mente, no país, conforme le-vantamento divulgado no anopassado pela Rede de Fo-mento ILPF, há cerca de 11,5milhões de hectares com sis-temas e arranjos integra-dos das mais variadas for-mas, com predomínio da la-voura-pecuária. “A ILPF é umsistema de produção que as-socia aumento da produtivi-dade e preservação ambien-

tal.”, pontuou o gerente, lem-brando que só na região daCocamar são mais de 100 milhectares, dos quais 24 milcultivados com soja. “A Coca-mar possui uma equipe alta-mente preparada para orien-tar os produtores”, acrescen-tou, recomendando que o pro-jeto comece devagar e queseja bem-feito, seguindo to-das as orientações, para mi-nimizar os riscos e maximizaros acertos. Watanabe citou oexemplo do produtor ArmandoGasparetto, de Altônia, quecomeçou a fazer a integraçãoem 2000. Na média dos últi-mos seis anos, a produção desoja foi de 112 sacas por al-queire e, na pecuária, de 16arrobas de carne por na mes-

ma unidade de área. “A fun-ção principal da soja é finan-ciar a reestruturação do soloe, com isso, assegurar pas-tos de qualidade no inverno,formados com capim bra-quiária”, citou. Segundo ele,quando utilizamos a soja pa-ra arcar parcialmente ou to-talmente com o custos dareforma das pastagens, aárea produzida dentro destesistemas tem custo imbatí-vel. A adubação das pasta-gens é outra forma de via-bilizarmos alta produção,porém a pecuária deve arcarsozinha com esses custos,reduzindo as margens dopecuarista.” “A integração,em resumo, é o melhor ca-minho”.

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Um terço da produção de soja brasileira já passa por algumtipo de integração”

Renato Watanabe, gerente técnicode ILPF na cooperativa

NOROESTE DO PARANÁ

Integração vem sendo aprimorada em 30 anos

Watanabe: sistema avança noParaná e no Brasil

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Completando a agenda em Santa Cruz de Monte Castelo, oadvogado especializado em agronegócio, Lutero de PaivaPereira, comentou que a degradação extrema dos pastospode ser entendida como crime ambiental. E mesmo quenão seja extrema, leva a um subaproveitamento da terra,passível de uma desapropriação. “O Estado tem o poder dedesapropriar”, declarou, acrescentando que a propriedadepertence ao produtor, mas este não é dono do meio am-biente. “Não é bom ter o Ministério Público como inimigo”,incluiu o advogado, que possui escritório nas cidades deMaringá e Cuiabá. Sobre a parceria do pecuarista com agri-cultores, ele recomendou que o contrato seja feito de ma-neira que ambos tenham garantia jurídica. E finalizou: “oengenheiro agrônomo da cooperativa trabalha para quevocês ganhem mais dinheiro. Já o advogado, trabalha paraque vocês não percam dinheiro”.

Degradação do solopode ser entendidacomo crime ambiental

O advogado Lutero de Paiva Pereira: “A propriedade pertenceao produtor, mas este não é dono do meio ambiente”

Acima, o secretário da Agricultura com autoridadesmunicipais, lideranças e representantes da Cocamar.

Ao lado, a equipe da unidade da cooperativa em SantaCruz de Monte Castelo, liderada pelo gerente Luiz

Américo Tormena. A estrutura opera no recebimentode grãos e comercialização de insumos agropecuários

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CAFÉ

Foi no dia 28 de junho, em Cianorte. Com técnicas modernas e produtividade adequada,cafeicultura é considerada um dos negócios mais rentáveis do momento

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Programa da Cocamar tem o primeiro plantio mecanizado

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Veja qual é o lucro líquido do café, comparando comoutros negócios (valor por alqueire/ano)

Café considera média de 100 sacas de café por alqueire,a R$ 436,50 a saca. O milho, média de 250 sacas/alqueire,

a R$ 20 a saca. A soja, média de 125 sacas/alqueire, a R$ 62 a saca. (*) Fonte: Cocamar .

Oprimeiro plantio decafé no Projeto de Má-xima Produtividadedessa cultura, na Co-

camar, foi iniciado com uma so-lenidade que reuniu produtorese técnicos da cooperativa, entreoutros convidados, na manhãde quarta-feira (28) em Cia-norte (PR), na propriedade docooperado Marco Franzato.

RENTÁVEL -A Fazenda Dom Au-gusto, de 101 alqueires, adqui-rida há seis anos, vem imple-mentando um projeto de diver-sificação e, na opinião do pro-prietário, que atua em váriosoutros segmentos, o café con-duzido com práticas modernas“é um dos negócios mais ren-táveis da agricultura atual-mente”.

MECANIZADO - Ali estão sendoplantados, de forma mecani-zada, 230 mil pés, em uma pri-meira etapa. A mecanização foiplanejada, segundo Franzato,para atender todas as fases, doplantio à secagem. “Um ho-mem, sozinho, é capaz de cui-dar de tudo isso”, observa. Aprimeira colheita está previstapara acontecer já em 2019, pro-jetada entre 24 e 36 sacas poralqueire. A partir do terceiroano do plantio, a produtividadepoderá chegar a 100 sacas poralqueire.

CURIOSIDADE - O plantio me-canizado, ainda uma novidadeno noroeste, despertou a aten-ção de cerca de 150 participan-tes. O serviço é executado porempresas prestadoras que játrabalham em outras regiõesdo estado, como a de Carlópo-lis, no norte pioneiro, principalprodutora de café do Paraná.“É semelhante a um plantio demandioca”, comentou o coope-rado Antonio Paleta Filho, deIndianópolis, que já foi dono depés de café.

APOIO DA COOPERATIVA - Fran-zato relatou, ao falar aos pro-dutores, que se convenceu da

viabilidade do café ao viajar porregiões produtoras de MinasGerais e também por conhecera forma de trabalho da Coca-

mar. “A gente vê que a coope-rativa quer ajudar e faz de tudopara demonstrar que é um bomnegócio”, afirmou. “Com a coo-

perativa, não tem tempo ruim,a gente pode contar com elesinclusive sábados e domingos,se precisar.”

Os custos de implantação dacafeicultura na Fazenda DomAugusto estão orçados em R$1,1 milhão, valor financiado ajuros agrícolas junto às insti-tuições financeiras. “Depen-dendo da produtividade, noterceiro ano a gente já vaiconseguir pagar”, acredita oprodutor, que vem de uma fa-mília de cafeicultores daquele

município. Franzato fez umcomparativo do retorno ofere-cido pela criação de gado,com a cafeicultura, para de-monstrar a viabilidade dessalavoura. Fazendo as contas,considerando todos os itens,a pecuária proporciona umlucro de R$ 1,7 mil/alqueire/ano, “o que é muito pouco”,avaliou ele. Já o café, esti-

mando-se uma produtividadede 100 sacas por alqueire/anoem média, o lucro é de quaseR$ 15 mil. Em dois anos, Fran-zato pretende chegar a 350mil pés. As variedades predo-minantes são Mundo Novo,Obatã, IPR-107, IPR-100, IPR-98 e IPR-107, com mudas pro-duzidas por um viveiro deTerra Boa (PR).

Utilizando alta tecnologia, como a que vem sendo preconizada pelo programa dacooperativa, faturamento bruto por alqueire é de R$ 43.650, para um custo de R$

28.668, resultando no lucro de R$ 14.982

Retorno pode ser rápido

NEGÓCIO RENTÁVEL

Franzato: pecuária ofereceretorno incipiente

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Uma boa opçãopara diversificar

Ao pronunciar-se no evento, osuperintendente de Varejo,Café e Fios da Cocamar, MarcoRoberto Alarcon, assinalou queé possível a um produtor dequalquer porte, seja ele pe-queno, médio ou grande, ga-nhar dinheiro com café. “Acafeicultura é uma das melho-res propostas para um projetode diversificação de uma pro-priedade, especialmente pelosistema mecanizado e é umaoportunidade para quem jápossui máquinas”, disse. Emesmo que o pequeno agricul-tor não tenha maquinário, épossível adaptar-se ao projetocom soluções simples e ao seualcance. Alarcon deixou claro,no entanto, que a concepçãodo café mecanizado exige pla-nejamento e acompanhamentotécnico integral, para que osresultados sejam os pretendi-dos. “Há prestadores de servi-ços que fazem todas as ope-rações”, acrescentou o supe-rintendente, frisando que pelomodelo mecanizado, mesmopagando aos prestadores, é

possível obter uma economiaao redor de R$ 100 por saca emcomparação ao sistema ma-nual.

VENDA FUTURA - Alarcon ex-plicou, ainda, que já existe sis-tema de comercialização decafé semelhante aos da soja,por exemplo, com venda fu-tura. “O ideal é ir vendendo aospoucos e garantir uma boamédia”, orientou, afirmandoque a ideia do projeto é sele-cionar 15 propriedades locali-zadas na região da cooperativa,de produtores dispostos a in-vestir, as quais serão acom-panhadas por especialistasrenomados, contratados pelacooperativa, para que recebamas melhores tecnologias e sir-vam de vitrine.

SEGURO - Quanto à preocupa-ção com as geadas mais inten-sas, o superintendente daCocamar explicou que umaocorrência dessa ordem temacontecido, em média, a cada5 anos. “As adversidades cli-

máticas são comuns, também,entre os produtores de soja”,lembrou Alarcon, fazendo refe-rência ao ciclo 2015/16, preju-dicado por fortes chuvas nacolheita. “Os produtores con-tam com seguro para minimi-zar possíveis perdas. O seguroainda não é o ideal, mas ofe-rece amparo”, declarou. Quan-to aos investimentos, ele des-tacou que o crédito oficialprevê linhas para apoiar os ca-feicultores, com prazo de 8 à10 anos para pagar e 3 de ca-rência, sendo que as taxas dejuros variam atualmente entre6,5 a 7,5%. “A maioria dos fa-tores que eram limitantes parao café, hoje tem solução”,disse o dirigente da coopera-tiva, salientando que o projeto

tem tudo para dar certo. Eleacrescentou, ainda, que o sis-tema de fertirrigação oferecesegurança ao nutrir e hidrataras plantas nos momentos ade-quados. “Um problema climá-

tico pode afetar as plantas ederrubar a produtividade. Comfertirrigação, isto não acon-tece”, enfatizando que os pe-quenos podem fazer a irrigaçãocom tanque.

No alto, dirigentes, técnicos e representantes de empresasparceiras da Cocamar no projeto, com o proprietário Marco

Franzato, também na foto acima com o superintendenteda cooperativa, Marco Roberto Alarcon

CAFÉ

O consultor de café da Coca-mar, Adenir Fernandes Vol-pato, o Gabarito, é também oprofissional que presta assis-tência direta ao produtorMarco Franzato, em seu plan-tio. De acordo com Gabarito,“é muito bom ver pastosdando lugar a lavouras decafé, pois toda a economia re-gional acaba ganhando comisso”. Ele comentou que, napropriedade, foi feita a desse-cação do pasto, a aplicação decalcário, a operação de sub-solagem, a aplicação de gesso

com gradagem, a adubação eo sulcamento. “O batedor desulco também é uma novidadena região”, comentou o con-sultor, explicando que o equi-pamento, atrelado a um trator,mistura bem o solo. “Usamos,também, um ‘pé-de-pato’ pa-ra nivelar o terreno. Quanto amáquina de plantio, Gabaritodisse que o rendimento é ex-pressivo, plantando os cafeei-ros no espaçamento de 3,80mentre as ruas e 0,60m entre asplantas. “A única parte queainda não conseguimos fazer

com máquinas é a desbrota,mas é um serviço sem segre-dos”, completou.

PLANTAR - Animado com oque viu no evento, o produtorJoão Batista Garcia, de Cia-norte, diz que vai plantar umalqueire de forma mecani-zada, o que dá cerca de 8 milpés. “Vou erradicar 2,5 milpés velhos e investir nessanovidade. O café é imbatívelquando se fala em rendimentoe eu quero ir por esse ca-minho”

Batedor de sulco também é novidade

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Para uma previsão ini-cial de reunir 500 vo-luntários, o Dia deCooperar, organizado

no último sábado (1), em Ma-ringá (PR), superou as expec-tativas e contou com mais de650 participantes. Eles se de-dicaram, no período da ma-nhã, à produção de 20 milfraldas geriátricas, que foramdoadas para o Programa doVoluntariado Paranaense(Provopar), Lar dos Velhinhose Associação Norte Para-naense de Reabilitação(ANPR). Seis cooperativas deramos diferentes – Cocamar,Unimed, Sicredi, Sicoob, Unio-donto e Unicampo – se uni-ram em uma ação única, comvoluntários formados pela co-

munidade e colaboradores edirigentes das cooperativas,trabalhando pela causa so-cial, no salão da AssociaçãoCocamar. O trabalho, em linhade produção, foi concluído emcerca de 1h30.

GRANDEZA - À abertura, re-presentando a Cocamar, com-pareceram o presidente-executivo Divanir Higino e ossuperintendentes Alair Zago,Osmar Liberato e Marco Alar-

con. De acordo com Divanir, oevento ressalta o espírito co-operativista. "O Dia de Coope-rar é a essência do cooperati-vismo colocada em prática,em busca de um mundo maisjusto e igual", disse.

DESAFIO - A fundadora daCasa das Fraldas de CampoMourão, Marta Paulina KaiserLeitner, responsável por orga-nizar a produção, comentouque a entidade foi

EM MARINGÁ

Produção movimentou mais de 650 pessoas ligadas a seiscooperativas e tudo foi doado a entidades assistenciais

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No Dia de Cooperar,voluntários produzem 20 mil fraldas geriátricas

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fundada há 9 anos,estruturando-se com equipa-mentos para preparar os ma-teriais, tendo capacidade para15 mil unidades/ mês. Porfim, dirigindo-se ao vice-pre-feito Edson Scabora, Martalançou o desafio de que Ma-ringá, ainda comemorandoseus 70 anos, promova umoutro evento, desta vez paraproduzir 70 mil fraldas geriá-tricas. Scabora elogiou a rea-lização, lembrou que "a ge-nerosidade é uma caracterís-tica dos maringaenses" edisse que levaria a propostapara ser analisada pelos se-tores do município.

Só da Cocamar, mais de umacentena de colaboradores seprontificaram a ajudar, repre-sentando setores da Adminis-tração Central, Unidade Ma-ringá e Indústrias, além daequipe da Associação Coca-mar, na qual Maria Ester Britose engajou na produção defraldas e, terminado o ser-viço, foi para a cozinha, apoiara preparação de lanches.“Seria impensável, para mim,não estar aqui”, frisou.

PRODUTORAS - Várias inte-grantes do núcleo femininomantido pela Cocamar, em

Maringá, também se juntaramà iniciativa. A cooperada Ma-ria Rufato, por exemplo, ficouna cozinha, preparando lan-ches, enquanto a produtoraIlma Nogarotte Sgorlon aju-dava a fazer as fraldas."Quando apoiamos eventosassim, com uma energia tãopositiva, fazemos um grandebem a nós mesmas", mencio-nou Maria.

O BEM - No encerramento dasatividades, o presidente doConselho de Administração daCocamar e diretor do SistemaOcepar, Luiz Lourenço, para-benizou os organizadores evoluntários pelo êxito da rea-lização, salientando: este éum demonstrativo de que ascooperativas são organiza-ções diferenciadas. "Cooperaré, verdadeiramente, praticar obem", resumiu.

COOPERATIVISMO - O Dia deCooperar é organizado há 9anos em várias regiões doBrasil, coincidindo com ascomemorações do Dia Inter-nacional do Cooperativismo,sempre no primeiro sábadode julho. Foi a segunda vezque as cooperativas se reu-niram para organizar o Dia Cem conjunto, em Maringá.

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Trabalho concentrado na Associação Cocamarfoi concluído em cerca de 1h30

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EM MARINGÁ

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MERCADO

Crise política traz oportunidadespara o produtor venderPara o economistaAlexandre Mendonça deBarros, cotação do dólara R$ 3,40 é adequadapara o setor

Acrise política e suasconsequências sobrea taxa de câmbio sãouma janela de oportu-

nidade para o agronegócio. É oque afirma Alexandre Mendon-ça de Barros, sócio-consultorda MB Agro. Segundo o espe-cialista, se o produtor estiveratento, pode se favorecer dospicos de valorização do dólarfrente ao real, tendo em vistaa agenda de reformas do go-verno.

“O Brasil teve a maior safra dahistória e muitos produtoresacabaram não fazendo vendas

devido a queda dos preços.Mas há gente esperando o mo-mento certo para dar a mor-dida. Se a agenda reformistado governo estiver indo bem, oreal se fortalece de novo. Poroutro lado, os momentos defragilidade jogam o dólar paracima. Então, é hora de execu-tar a venda”, disse Mendonçade Barros. Para o consultor, acotação do dólar em R$ 3,40 éadequada para o setor.

A análise foi feita pelo espe-cialista em uma conferência aovivo no novo Portal Syngenta(www.portalsyngenta.com.br),

No dia 29 de junho. De acordocom Mendonça de Barros, em-bora o quadro político tenha seagravado, o governo precisa si-nalizar ao mercado um ajustedas contas públicas, o que sóserá possível partir da aprova-ção das reformas trabalhista,com votação prevista para ospróximos dias no Senado, e daPrevidência, no segundo se-mestre.

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Em maio deste ano, segundoMendonça de Barros, o cená-rio imaginado era de que a re-forma da Previdência seriavotada com 70% de chance deaprovação. Se assim fosse, aexpectativa era de que o dólarpoderia chegar a R$ 3,00. Poroutro lado, caso não fosseaprovada, havia uma orienta-ção aos produtores de sojaque não tivessem vendido:

“talvez valesse a pena correro risco de acreditar que a vo-tação não aconteceria, em-bora com probabilidade me-nor, porque o câmbio daria umchute para cima”.

Com a delação da JBS e aameaça ao mandato de MichelTemer, a chance de votação dareforma foi reduzida. A cota-ção do dólar chegou aos R$

3,40. “Isso movimentou omercado, havia muita gentevendendo soja e tentando cor-rer atrás”, disse o consultor.

Para o segundo semestre,Mendonça de Barros imaginaque irá para votação uma ver-são simplificada da reformada Previdência, sem entrar emmudanças específicas paracada uma das categorias. As

projeções da MB Agro indi-cam, caso haja apenas a apro-vação da idade mínima de 65anos, uma economia de R$400 bilhões até 2030, o que,apesar de insuficiente, já se-ria bom para um governo fra-gilizado.

“Se for aprovada a reformatrabalhista agora e, na se-quência, a da Previdência

simplificada, não é difícil ocâmbio voltar aos R$ 3,15 pordólar.” Segundo o consultor,embora o quadro políticotenha se tornado confuso, aessência do problema brasi-leiro é reajustar as contas pú-blicas. “A questão é observarse a agenda reformista vaiadiante ou não. O câmbio vairefletir essa pergunta”, afir-mou Mendonça de Barros.

Previdência

Se for aprovada a reformatrabalhista agora e, na sequência,a da Previdência simplficada,não é difícil o câmbio voltaraos R$ 3,15 por dólar”

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SUCESSÃO

“Fazer Agronomia foi natural”O cooperado Paulo dos Santos, de Alvorada do Sul, tem nofilho, Paulo Gabriel, um parceiro no trabalho e nas decisões

Enquanto muitos produtoresesquentam a cabeça pen-sando na sucessão familiar,já que os filhos escolheram

outras profissões, para o cooperadoPaulo José dos Santos, de Alvoradado Sul, o processo ocorreu natural-mente. É claro que Paulo deu “umamãozinha”, incentivando o filhodesde cedo, mostrando a importân-cia da agricultura e envolvendo-ocom os negócios da família. O restofoi consequência.

Paulo Gabriel, atualmente formadoem Agronomia, é parceiro do pai emtodas as atividades no sítio, doplantio a colheita, tanto no traba-lho, quanto nas decisões. Começoua ajudar ainda criança. Sem deixar

de estudar ou brincar, acompanhavaPaulo no dia a dia. Primeiro, só o-lhando. Depois, colocando a mão namassa.

COMPETIÇÃO - Com nove anos,Paulo Gabriel fez uma competiçãode variedade de soja, para ver qualproduzia mais, inspirado no que vianos dias de campo da Cocamar e notrabalho do pai. Sozinho, montou ocanteiro perto de casa, adubou e feztodo o manejo, regando com rega-dor.

No tempo certo, colheu na mão efez todos os cálculos para projetara produção para um alqueire.“Teve variedade que deu o equiva-lente a 250 sacas por alqueire.

Isso 15 anos atrás”, comenta.Aproveitando o trabalho do filho,Paulo testou as mais produtivasem uma área maior, passando acultivá-las.

Quando fazia faculdade em Lon-drina, Paulo Gabriel ajudava o paiaté às quatro horas da tarde, to-mava um banho e ia estudar, todo

dia, voltando tarde da noite e levan-tando cedo no outro dia. E depoisque se formou, continuou traba-lhado lado a lado com o pai. A famí-lia planta 50 alqueires em Alvoradado Sul, sendo 12 alqueires própriose o restante arrendado, produzindoem média 150 sacas de soja por al-queire e 250 sacas de milho se-gunda safra.

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O segredo para as boas pro-dutividades, segundo Paulo éa qualidade da matéria pri-ma. Testou e escolheu mate-riais de alta tecnologiaadaptados às condições cli-máticas da região. Tambémcapricha na adubação deplantio, de cobertura e foliar,conforme análise de solo,além de fazer tratamento desemente e controle fitossa-nitário na hora certa, usarenraizadores e outros produ-tos para aumentar a produti-vidade.

Outro cuidado é com a velo-cidade de plantio, garantindouma boa distribuição de se-mentes e um melhor es-tande. “Como temos poucaterra, é preciso capricharpara obter o melhor resul-tado possível. Plantamospara produzir, por isso inves-timos”, diz.

VISTORIA - O cooperado ain-da vistoria todo dia a lavoura,acompanhando seu desen-volvimento. Também gostade ele mesmo fazer os con-

troles de pragas, doenças eplantas daninhas, assim co-mo a colheita, para detectarpossíveis problemas, onde alavoura está produzindo me-nos e qual a causa.

“Tem muito agricultor quecoloca o empregado para fa-zer isso. Eu gosto de ver,acompanhar o que estáacontecendo”, diz Paulo. Oresultado disso é que já seclassificou, anos atrás, emterceiro lugar no concurso deprodutividade da Cocamar.

Capricho no manejo

Como temos pouca terra,é preciso caprichar paraobter o melhor resultadopossível”.

Paulo dos Santos

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PRODUTORAS

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Encontro Anual do Núcleo Femininomovimenta 400 participantes Com programação intensa, evento teve conhecimento e diversão

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Cerca de 400 produto-ras participaram nodia 8 de junho, emMaringá, do Encontro

Anual do Núcleo Femininopromovido pela Cocamar. Ten-do como tema central “Tempode crescer”, a programa-ção começou às 8h45, na As-sociação Cocamar, com umapalestra do presidente dacooperativa, Divanir Higino,em que ele reforçou a neces-sidade de as produtoras esta-rem cada vez mais engajadasna gestão dos negócios da fa-mília. “Queremos que a es-posa do cooperado seja tam-bém uma cooperada”, enfati-zou Higino, lembrando que elajá participa, habitualmen-te, de muitas das ativida-des promovidas pela coopera-tiva.

PALESTRA TÉCNICA - A en-genheira agrônoma AmandaCaroline Zito, da unidade daCocamar em Nova Esperança,região de Maringá, discorreusobre o tema “Evoluindo e Ino-vando com Tecnologia”, emque abordou o seu trabalho elembrou que essa profissão,até pouco tempo, pratica-mente não oferecia oportuni-dade às mulheres. Cursandomestrado e há vários anos naequipe da cooperativa, à qualingressou como estagiária,Amanda Zito atua com presta-ção de serviços de assistênciatécnica, a campo, para 50 pro-priedades rurais, onde são pro-duzidos laranja, café e grãos,incluindo projetos de integra-ção lavoura-pecuária-floresta(ILPF). No início, lembra, al-guns produtores ficaram re-

ceosos quando souberam queseriam atendidos por uma en-genheira agrônoma e chega-ram a recorrer a outros pro-fissionais. “Mas hoje”, ressal-

ta, “a confiança foi conquis-tada, eles se sentem segurose temos muitas áreas que es-tão entre as mais produtivas daCocamar”.

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Amanda Caroline Zito,engenheira agrônoma da

cooperativa em NovaEsperança: confiançaconquistada entre os

produtores

FLORESCER - Outra palestrante, a psicanalistaLígia Guerra, consultora da Rede Globo, falousobre “Tempo de Crescer, Florescer...De Ser”.Ela descreveu a trajetória de algumas mulheresque fizeram ou fazem a diferença na história.Entre elas, Waris Dirie, modelo somali reconhecidamundialmente por sua luta contra a mutilaçãogenital feminina, ainda comum em vários países.Segundo Guerra, a mulher tem conquistadoespaços em muitas áreas, mas disse ter sesurpreendido com a participação femininana Cocamar. “Fiquei muito emocionada”, frisou.

SOU ARTE -Apresentações circenses eteatrais, a cargo do grupo

Espaço Sou Arte, de CampoMourão, também fizeram

parte da agenda, comrecepção as convidadas,

músicas, danças,encenações e brincadeiras,

que divertiram o público.

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As produtoras foram visitadasdurante o Encontro Anual doNúcleo Feminino por dirigen-tes da empresa John Deere,de passagem pela cidade,onde visitaram a CocamarMáquinas, concessionário damarca na região de Maringá.Entre eles, Jim Field, presi-dente mundial da divisão agri-cultura, John Lagemann, pre-sidente das regiões AméricaLatina e EUA/ Canadá, e PauloHerrmann, presidente da JohnDeere Brasil. Eles estavamacompanhados do presidentee do vice-presidente da Coca-mar, Divanir Higino e José Cí-cero Aderaldo, e do supe-rintendente da cooperativa e

gestor da Cocamar Máquinas,Arquimedes Alexandrino.

Ao pronunciar-se, o presi-dente da John Deere Brasil,Paulo Herrmann, afirmouque em mais de 30 anos nacompanhia, jamais tivera no-tícia da realização de umevento específico com pro-dutoras, como o que eles es-tavam presenciando, promo-vido por uma empresa con-cessionária da marca. “Te-mos certeza que o nosso re-lacionamento com a Coca-mar será por muitos anos”,citou. Herrmann traduziu, naoportunidade, o depoimentodo presidente mundial, Jim

Field, que se mostrou im-pressionado com a elevadaparticipação de produtorasno encontro. “A Cocamar de-

monstra ser diferenciada en-tre os concessionários daJohn Deere em todo o mun-do”, disse.

A evocação à gastronomia regional foi um dos destaques do Encontro, com o lançamentoda segunda edição do projeto “Chefs do Campo”, exclusivo à participação de cooperadas eesposas de produtores associados da cooperativa. Com o objetivo de valorizar os pratossalgados tradicionais, preparados pelas famílias, o concurso vai selecionar e premiar cincoreceitas até o final do ano. Já na apresentação, cerca de 100 produtoras inscreveram-se.O “Chefs do Campo” inspirou, também, o grupo Sou Arte a desenvolver uma apresentaçãobaseada na culinária e seus apetrechos, bastante aplaudida pelas participantes, que re-presentaram dezenas de municípios.

A Cocamar conta com 30 núcleos femininos distri-buídos por cidades das regiões noroeste e norte doParaná, integrados por cerca de 600 produtoras,entre as quais Umbelina Barlati, de Floresta. “Gostode participar, me informar, saber o que está acon-tecendo”, afirmou a agricultora. “Faço questão devir a todos os encontros, é um aprendizado impor-tante”, salientou Denise Versari, de Paiçandu.

Núcleos envolvem600 participantes

PRODUTORAS

Dirigentes da John Deere prestigiam o evento

Representantes dacompanhia se disseram

impressionados

Ao lado, equipe daGerência deCooperativismo eNovos Negócios, comfacilitadoras de núcleos

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Marly Aires

Tocos e pedaços demadeira se transfor-mam nas mãos docooperado Waldemar

Gregório, 82 anos, de SãoJorge do Ivaí. Ele nunca fezqualquer curso e nem mes-mo dispõe das ferramentasnecessárias. Mas é só elebater os olhos em qualquerbrinquedo, peça de madeira

ou mesmo um desenho queconsegue reproduzi-lo exata-mente como é.

O hobby teve início há maisde 30 anos. Entre uma ativi-dade e outra nos cinco al-queires de soja e milho quepossui, as horas vagas co-meçaram a ser aproveitadaspara fazer as peças. Além debrinquedos comuns comocarrinhos, balanços e jogos

pedagógicos, já fez berçode boneca e reproduziu fer-ramentas como enxada,martelo, rastelo, pá e tudomais.

DESFILE - No último desfilede Sete de Setembro, o pes-soal da Escola Municipal SãoJorge que conhecia o seu tra-balho solicitou que fizesseuma replica em madeira dasferramentas usadas antiga-

mente pelos produtores ru-rais. Foi um orgulho ver seutrabalho exposto.

Waldemar nunca cobrou pe-los brinquedos e peças quefaz. Atende aos pedidos deamigos ou simplesmente pre-senteia qualquer criança queencontra na rua com uma desuas obras. O prazer do pro-dutor é ver o sorriso feliz dacriançada.

Para o seu trabalho contaapenas com serrote, plaina,grosa e lixa. Fica horas mode-lando as peças. E às vezes, sópara dar acabamento e deixarlisinho, usa as máquinas deamigos. Waldemar (no alto) com uma de suas últimas obras e com as professaras mostrando as réplicas de ferramentas que fez para desfile

Arte em madeiraO cooperado Waldemar Gregório dedica suas horasvagas a um hobby que tem há mais de 30 anos:fazer brinquedos, artesanatos e outras peças

ALMANAQUE

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GASTRONOMIA

Por volta da décadade 70-80, não haviamédico nas peque-nas cidades. Com-

petia ao farmacêutico a res-ponsabilidade de cuidar dasaúde dos moradores dosbebês aos mais idosos. EmDoutor Camargo, o farma-cêutico Armando NavarroGomes é um nome ilustre nacidade por sua dedicação àprofissão.

Sua filha, Marisa Helena Na-varro Maróstica também temparte nesta história. Naturalde Mandaguari, ela chegouainda menina no município eseus pais estão entre os pio-neiros do lugar. Na época,Doutor Camargo ainda per-tencia a Ivatuba, que só veioa ser desmembrado em 1964.

Mais tarde, estudou e se tor-nou professora de Química eFísica.

Aposentada para sala deaula, mas ativa e dinâmicacomo produtora rural, Marisajá fez cursos de empreende-dorismo rural e ajuda o ma-rido Nazareno Maróstica, queé produtor de soja e milho.Marisa é uma das poucasmulheres que integrou oConselho Fiscal da Cocamare já atuou também na coor-denação do Núcleo Femininoda cooperativa.

E quando o assunto é co-zinha, o peixe assado abertoé um dos pratos que ela maisgosta de preparar para a fa-mília (o marido e os filhosRaul e Gabriela), e quando

recebe visitas. Para a felici-dade dela, a receita agradatodo mundo. “Aqui em casatodos gostam de peixe”, co-menta a professora.

INGREDIENTES

• 2 kg de corimba• 6 tomates maduros

picados e sem pele• 2 a 3 latas de seleta

de legumes• 2 cebolas grandes

cortadas em rodelas • 2 cabeças de alho• 2 folhas de louro• Azeite Suavit Cocamar

suficiente para regar• 1 limão• Cartchup Cocamar• Maionese Suavit Cocamar• Cheiro verde a gosto• Sal a gosto

PREPARO - Limpe o peixe,separe a cauda e a cabeça.Retire as escamas e abra opeixe ao meio. Em seguidaperfure-o e passe sobre eleos temperos, alho, sal e

limão. Regue tudo com azei-te. Em seguida, distribua ascebolas (em rodelas) e leveao forno coberto por papelalumínio em forno pré-aque-cido por cerca de uma hora.Retire do forno, escorra aágua, retire o alumínio etodas as espinhas do peixe.É normal que para tirar todasas espinhas o peixe fique es-farelado. Passe a maionesee o catchup e, em seguida,acrescente os tomates pica-dos e sem pele e a seleta delegumes. Acrescente o chei-ro verde e as folhas de louro.Leve o corimba ao forno pormais ou menos 20 minutos.Está pronto. Pode servir comarroz branco e salada verde,com cenoura, brócolis, va-gem e tomate. Uma farofatambém ajuda a complemen-tar a refeição.Bom apetite!

O prato que agrada a todos

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Marly Aires

Acostumado com o solovermelho e fértil dePaiçandu, próximo aMaringá, para onde se

mudou com os pais quando eracriança, o pioneiro José Pinzanquase entrou em depressãoquando plantou milho no meiodo cafezal, em Cianorte, e nãodeu sequer espiga, conta Car-los, um de seus cinco filhos.Sem saber o que fazer com aterra fraca, queria vender tudoe ir embora.

Foram seus pais, Luiz e Tereza,

que tiraram a ideia da sua ca-beça. Incentivado a mudar ahistória de seu sítio, adubou ocafezal com esterco e palha decafé, transformando seu lote,alcançando altas produtivida-des e se tornando modelo.

A família Pinzan se mudou paraCianorte em 1967, mas Joséveio antes, em 1965, para plan-tar café e construir a casa. Oscinco alqueires foram adquiri-dos por José e seu irmão Ro-berto direto da CompanhiaMelhoramento Norte do Pa-raná em três prestações, pa-gas com o que ganhavam co-

lhendo café em Terra Boa. Porconta disso, o primeiro anoeles passaram comendo man-dioca e peixe. José e a esposa,Elídia, tiveram uma vida so-frida. Levantavam bem antesde o dia clarear e trabalhavamaté escurecer.

Com 10 anos, todos trabalha-vam nos tratos e colheita docafé. Mas bem antes já lim-pavam tronco, apartavam be-zerros, recolhiam a lenha,além de ir para a escola. A fa-mília é que fazia tudo. Quandocomeçou a expandir a área,passou a trabalhar com por-centeiros.

Hoje os Pizan têm 37 alqueiresem Cianorte com soja, milho ecafé. Pedro, o mais velho, ficoucom os primeiros cinco alquei-res, morando na mesma casa

que foi dos pais. Rosangela semudou para Maringá e os ou-tros três irmãos, Cláudio,Amaury e Carlos, possuem 32e arrendam mais 70 alqueires.Os Pinzan somam mais de 100pessoas, desde Luiz. José temcinco filhos, 10 netos e trêsbisnetos. A preocupação é coma sucessão. Os três sócios têmseis filhas e tanto elas quantoos genros já têm suas profis-sões. Mas, dois sobrinhos, umfilho de Pedro e outro de Ro-sangela, devem continuar naatividade.

FAMÍLIA DO CAMPO

Os Pinzan, pioneiros emPaiçandu e Cianorte

A mudança de uma terra fértilpara outra mais fraca assustouo pioneiro. Mas ele soubereverter e se tornar modelo

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De Presidente Venceslau, emSão Paulo, onde plantavam al-godão, os avós de Carlos, Te-reza e Luiz Pinzan, vieram parao Paraná em 1944, com os seisfilhos, entre eles José. Vende-ram tudo que possuíam ecompraram cinco alqueiresem Paiçandu, com mata, paraformar café. Além das 8 milcovas da família, cuidavam demais oito mil covas de outroprodutor.

Quando chegaram, nos primei-ros dias dormiram numa ten-

da, depois construíram umrancho de palmito até finaliza-rem a casa, feita com tábuascerradas por eles com um tra-çador. A serraria era longe enão tinham dinheiro. Comiamo que produziam: arroz, feijão,milho, mandioca e carne decaça. Anos depois começaramas criações.

Dessa época, o que mais Josélembrava-se, diz Carlos, erados mosquitos. Tinha tantoque precisavam amarrar umpano encobrindo quase todo

rosto e comiam com uma mãoe abanavam com a outra, se-não engoliam mosquitos.

Outro período que marcou foio da Segunda Guerra Mundial.Era difícil comprar as poucascoisas que não produziam. Eratudo contado. Como o bisavôde Carlos e um tio-avô forampara a guerra, tinham certosprivilégios na compra, mastudo era bastante restrito eprecisava ter um documentoautorizando. O pai de José nãofoi porque tinha filho pequeno.

Chegada em Paiçandu

José odiava vaca e mais ainda quando tinha que tirar leite.Tudo por causa da Polenta, a vaquinha da família. Para tirarleite, tinha que amarrar as pernas e o rabo da vaca, se nãoquisesse ser derrubado ou levar uma lambada nas costas.

Mas era só jogar a corda nas pernas que a Polenta deitava.E aí começava a briga dos dois. Nada fazia Polenta levantar,nem colocando fogo do lado. “Isso não é para mim”, dizia.

Polenta

Carlos, Amaury, Cláudio e Pedro dão continuidade ao trabalho da família

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Em 1983, para dar conta dagrande colheita de café, Josémontou uma máquina de be-neficiar e um secador de café.Como choveu muito naqueleano, no dia que terminaram ainstalação do secador, Josédisse que todos colheriam du-rante o dia e secariam o caféde noite, alternando quem fi-caria de plantão.

Amaury conta que depois detrabalhar o dia inteiro de pe-dreiro, enquanto outros co-lhiam, passou a noite cui-dando do forno e só foi dormirdepois das 11 da manhã, apósensacar todo o café. Mas o

pior foi aguentar o frio de ma-drugada. “Quando termina-mos, parecíamos mendigosimundos e prostrados de can-saço”, afirma. Depois da pri-meira noite, José desistiu dedobrar a jornada.

José sabia que a mecaniza-ção era o caminho. Já em1972 comprou um trator to-bata para ajudar no serviçodo sítio. José também inven-tou uma abanadeira de café.Pedro, Cláudio e a mãe puxa-vam com o rodo e não ven-ciam a máquina. Fazia 40sacas por hora, funcionandocom manivela.

Serão extra Havia uma trilha na mata, emPaiçandu, que José passavapara ir à casa dos pais de Elí-dia, quando namoravam. To-do mundo tinha medo porquediziam ser assombrada. Mas,era o único caminho. Em umanoite, saiu da casa da namo-rada mais de 10 horas danoite. Numa certa altura,apareceu uma bola enormede fogo. Todos os pelos docorpo arrepiaram e as pernastremiam tanto que mal con-seguia pedalar a bicicleta.Sem nem olhar para trás,desembalou para longe. Daíem diante só passava acom-panhado e correndo.

Bola de fogo

José tinha três paixões navida – a esposa, Elídia, o café,e o futebol. Gostava tanto quealém de ter um time no sítio,construiu um campo em1973. Mas enquanto a maioriaera feita no enxadão na épo-ca, o dele foi aplainado comtrator que locou. Faziam partedo time de futebol da famíliaos filhos, os empregados ealguns vizinhos, colecionandotroféus.

Todo sábado e domingo tinhajogo e a equipe usava enfar-

damento completo. O cami-nhão que usava no transporteda produção e para frete erao ônibus do time.

Em 1970, José instalou a redeelétrica e comprou uma tele-visão por causa da Copa Mun-dial de Futebol. Pegava mal eera em preto e branco, mas,toda vizinhança e a família seamontoava para ver os jogos,assim como as novelas.

Os irmãos Pedro, Cláudio,Amaury e Carlos eram muitounidos e comparsas nas ar-tes. Como a casa ficava cheiapara ver televisão e todomundo tinha o costume detirar os sapatos e deixar naporta, os quatro enchiam es-tes de cola. Também iam pe-las trilhas por onde o pessoalpassaria e amarravam aramespróximo ao solo para que tro-peçasse.

Em outra feita, os quatroviram o vizinho saindo de bi-cicleta para ir ao terço e sa-biam que voltaria tarde. Juntocom mais três amigos, rola-ram um toco pesado de dentrodo cafezal bem no meio da tri-lha que sabiam que o vizinhopassaria. Às quatro horas damanhã foram acordados pelopai com a cinta e tiveram querolar o toco em quatro, ti-rando-o do caminho.

Café, futebol e Elídia Travessuras a quatro

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Time da fazenda acumulou troféus. Era uma das grandes paixões de José

O pós-geada de 1975 foi o pe-ríodo em que mais cresceu.José comprou cafezais aban-donados, chegando a 26 al-queires. Para quem o ano erade baixa produção, a perdafoi grande. Mas quem, comoJosé, acabará de sair de umasafra cheia, a alta dos preçosrendeu muito dinheiro. Só emCianorte produziu mais de700 sacas em coco. A tulhafoi pequena para tanto café.

José comprou um motosserrae recepou o cafezal. Tudo virouum monte de lenha que duroupor muito tempo. Aprovei-tando que a área ficou aberta,José alugou o trator do vizinhoe puxou as toras que aindapermaneciam no meio do ca-

fezal e levou a uma serraria.Com a madeira, construiuuma casa e uma tulha.

Mas 1975 foi também um pe-ríodo de muita preocupação.Este foi o ano em que a avódos cinco irmãos faleceu eque Amaury teve meningite.Depois do velório, ao chegarem casa, Amaury, com 13anos, queimava de febre.Preocupados, os pais levaramao médico e foi diagnosticado.

Na época, não havia muito quefazer. Amaury foi desenga-nado. Em desespero, os paisfizeram promessas. Quandovoltou curado e sem sequelaspara casa, os médicos nãoacreditaram.

Os pais, José e Elídia, já falecidos, trabalharammuito para chegar aonde chegaram

Geada ajudou a crescer

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Armao, Cuiú-cuiú oumandi capeta. Essassão algumas denomi-nações para o popular

abotoado, peixe bastante pa-recido com um animal pré-his-tórico. Um exemplar comum,principalmente nos rios Pa-raná, Paranapanema e Ivaí.Porém, quem é pescador sabeque este não é um dos peixesmais apreciados. Apesar dessarejeição há quem goste da suacarne.

Trata-se de um peixe de courocoberto por uma fileira de pla-

cas ósseas. Em casos raros,podem beirar um metro decomprimento e atingir os 7 qui-los. Possui coloração cinza es-curo, cabeça estreita, focinholongo, olhos grandes, boca in-ferior e barbilhões curtos – nãotem dentes. A cabeça possuieste formato justamente parafacilitar a procura por comida.Oportunistas, gostam de mo-luscos, embora comam inse-tos, frutos, sementes, peixespequenos e detritos.

Geralmente vive nos locaismais profundos dos rios,

matas inundadas, lagos devárzea e canais onde podefuçar no fundo em busca decomida. Além da forte cara-paça na cabeça, possui ferrõeslaterais, que podem ferir ospescadores desavisados. Re-sistente, é capaz de suportarágua com pouca oxigenação.Por este motivo é muito co-mum encontrar grandes car-dumes, alguns inclusive commais de 100 peixes.

Com relação ao equipamento aser utilizado não existem mui-tas exigências. Se pescador

busca apenas o Armau omesmo deve utilizar um equi-pamento de médio a pesadocomposto por uma vara paralinhas de 12 a 13 libras, carre-tilha ou molinete com capaci-dade para 100 metros comlinha 0,50 milímetros. Os an-zóis indicados são do tipo ma-ruseigo 6/0 a 8/0. A chumbada

deve fazer com que a isca che-gue ao fundo do rio.

As iscas preferidas são minho-cuçu, tuvira e pedaços de pei-xes. Lembrando que essespeixes podem ser fisgados du-rante todo o ano, é claro, res-peitando o período da pira-cema.

PESCA

É o popular abotoado, comum nos rios Paraná,Paranapanema e Ivaí, que pode pesar até 7 quilos

O peixe de características pré-históricas

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