Código das melhores práticas

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CÓDIGO DAS MELHORES PRÁTICAS http://www.ibgc.org.br/CodigoMelhoresPraticas.aspx Mudanças no ambiente organizacional brasileiro, como o renascimento do mercado de capitais, o aparecimento de empresas com capital disperso e difuso, fusões e aquisições de grandes companhias, reveses empresariais de veteranas e novatas e a crise econômica mundial. Conjunto de fatores que trouxeram à tona algumas fragilidades das organizações e de seus sistemas de governança, reforçando a necessidade da real adoção das boas práticas de Governança Corporativa. É em meio a este cenário que teve origem novo processo de revisão do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa do IBGC cujo resultado culminou com o lançamento de sua quarta versão, ocorrido no mês de setembro de 2009, depois de quase dois anos de intenso trabalho de uma equipe formada por especialistas de diferentes segmentos de atuação. Conforme apontou a então conselheira de administração do IBGC, Eliane Lustosa, durante o evento de lançamento, “o ambiente institucional brasileiro evoluiu muito desde a última revisão (2004) e o Código precisava, além de acompanhar essas mudanças, dar um passo à frente em relação ao que já é obrigatório para as organizações nacionais”. Balizado pelas novas demandas e realidade do mercado, o Código incorporou os debates e as adaptações dividindo-os em três principais tipos de modificações: Inovação, Detalhamento e Revisão/Enxugamento. Em Inovação foram acrescidas questões que se tornaram mais relevantes nos últimos cinco anos, como voto por procuração e poison pills; enquanto em Detalhamento os temas mais importantes e/ou complexos, como eficácia dos conselhos de administração, transparência de atas e acesso às assembleias. A outra modalidade de alteração ficou por conta do amadurecimento do mercado, o qual viabilizou a revisão e/ou a supressão de conceitos incorporados nas edições anteriores. Em sua primeira versão, datada de 1999, o Código centrou-se principalmente no funcionamento, composição e atribuições do conselho de administração, refletindo claramente a tendência dominante na época. Dois anos depois, a segunda versão incluiu recomendações para os demais agentes da Governança: conselho de administração, conselho fiscal, gestores, auditoria independente, além de abordar o princípio da prestação de contas ( accountability). Já a terceira versão, de março de 2004, destacou-se por centrar nas questões ‘pós-Eron’ e na inclusão do princípio de responsabilidade corporativa. A intenção era atentar para a perenidade das organizações, contribuindo com valores e orientações de estratégia empresarial. A evolução do conteúdo do Código reflete as constantes discussões e o aprofundamento dos temas ligados à Governança Corporativa, motivo que faz deste documento referência nacional em conduta de gestão empresarial, e referência nas escolas de negócios.

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CÓDIGO DAS MELHORES PRÁTICAS

http://www.ibgc.org.br/CodigoMelhoresPraticas.aspx

Mudanças no ambiente organizacional brasileiro, como o renascimento do mercado de capitais,

o aparecimento de empresas com capital disperso e difuso, fusões e aquisições de grandes

companhias, reveses empresariais de veteranas e novatas e a crise econômica mundial.

Conjunto de fatores que trouxeram à tona algumas fragilidades das organizações e de seus

sistemas de governança, reforçando a necessidade da real adoção das boas práticas de

Governança Corporativa.

É em meio a este cenário que teve origem novo processo de revisão do Código das Melhores

Práticas de Governança Corporativa do IBGC cujo resultado culminou com o lançamento de

sua quarta versão, ocorrido no mês de setembro de 2009, depois de quase dois anos de

intenso trabalho de uma equipe formada por especialistas de diferentes segmentos de atuação.

Conforme apontou a então conselheira de administração do IBGC, Eliane Lustosa, durante o

evento de lançamento, “o ambiente institucional brasileiro evoluiu muito desde a última revisão

(2004) e o Código precisava, além de acompanhar essas mudanças, dar um passo à frente em

relação ao que já é obrigatório para as organizações nacionais”.

Balizado pelas novas demandas e realidade do mercado, o Código incorporou os debates e as

adaptações dividindo-os em três principais tipos de modificações: Inovação, Detalhamento e

Revisão/Enxugamento.

Em Inovação foram acrescidas questões que se tornaram mais relevantes nos últimos cinco

anos, como voto por procuração e poison pills; enquanto em Detalhamento os temas mais

importantes e/ou complexos, como eficácia dos conselhos de administração, transparência de

atas e acesso às assembleias. A outra modalidade de alteração ficou por conta do

amadurecimento do mercado, o qual viabilizou a revisão e/ou a supressão de conceitos

incorporados nas edições anteriores.

Em sua primeira versão, datada de 1999, o Código centrou-se principalmente no

funcionamento, composição e atribuições do conselho de administração, refletindo claramente

a tendência dominante na época. Dois anos depois, a segunda versão incluiu recomendações

para os demais agentes da Governança: conselho de administração, conselho fiscal, gestores,

auditoria independente, além de abordar o princípio da prestação de contas (accountability). Já

a terceira versão, de março de 2004, destacou-se por centrar nas questões ‘pós-Eron’ e na

inclusão do princípio de responsabilidade corporativa. A intenção era atentar para a perenidade

das organizações, contribuindo com valores e orientações de estratégia empresarial.

A evolução do conteúdo do Código reflete as constantes discussões e o aprofundamento dos

temas ligados à Governança Corporativa, motivo que faz deste documento referência nacional

em conduta de gestão empresarial, e referência nas escolas de negócios.