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código dos contratos públicos decreto-lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro legislação consolidada legislação complementar jurisprudência pareceres

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contratos públicosdecreto-lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro

legislação consolidada

legislação complementar

jurisprudência

pareceres

PARTE I — CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS 47

DECRETO-LEI N.º 18/2008, DE 29 DE JANEIRO

PARTE�I

Âmbito de aplicação

ANEXO 63

TÍTULO�I�DISPOSIÇÕES�GERAIS

Artigo 1.º Âmbito 63

Artigo 2.º Entidades adjudicantes 64

Artigo 3.º Contraentes públicos 65

Artigo 4.º Contratos excluídos 65

Artigo 5.º Contratação excluída 66

Artigo 6.º Restrição do âmbito de aplicação 68

TÍTULO�II�SETORES�DA�ÁGUA��DA�ENERGIA��

DOS�TRANSPORTES�E�DOS�SERVIÇOS�POSTAIS

Artigo 7.º Entidades adjudicantes nos setores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais 69

Artigo 8.º Contraentes públicos nos setores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais 70

Artigo 9.º Atividades nos setores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais 70

Artigo 10.º Atividades excecionadas nos setores da água, da energia e dos transportes 71

Artigo 11.º Âmbito da contratação nos setores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais 72

Artigo 12.º Extensão do âmbito da contratação nos setores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais 73

Artigo 13.º Restrição do âmbito da contratação nos setores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais 73

Artigo 14.º Empresa associada 75

Artigo 15.º Comunicações à Comissão Europeia 75

PARTE�II

Contratação pública

TÍTULO�I�TIPOS�E�ESCOLHA�DE�PROCEDIMENTOS

CAPÍTULO I

TIPOS DE PROCEDIMENTOS

Artigo 16.º Procedimentos para a formação de contratos 79

CAPÍTULO II

ESCOLHA DO PROCEDIMENTO

E VALOR DO CONTRATO

Artigo 17.º Noção 81

Artigo 18.º Escolha do procedimento 81

Artigo 19.º Escolha do procedimento de formação de contratos de empreitada de obras públicas 82

Artigo 20.º Escolha do procedimento de formação de contratos de locação ou de aquisição de bens móveis e de aquisição de serviços 82

Artigo 21.º Escolha do procedimento de formação de outros contratos 83

Artigo 22.º Divisão em lotes 83

CAPÍTULO III

ESCOLHA DO PROCEDIMENTO EM FUNÇÃO

DE CRITÉRIOS MATERIAIS

Artigo 23.º Regra geral 85

Artigo 24.º Escolha do ajuste direto para a formação de quaisquer contratos 85

Artigo 25.º Escolha do ajuste direto para a formação de contratos de empreitada de obras públicas 87

Artigo 26.º Escolha do ajuste direto para a formação de contratos de locação ou de aquisição de bens móveis 88

Artigo 27.º Escolha do ajuste direto para a formação de contratos de aquisição de serviços 89

Artigo 28.º Escolha de concurso sem publicação de anúncio no Jornal Oficial da União Europeia 91

Artigo 29.º Escolha do procedimento de negociação 91

Artigo 30.º Escolha do diálogo concorrencial 93

CAPÍTULO IV

OUTRAS REGRAS DE ESCOLHA

DO PROCEDIMENTO

Artigo 31.º Escolha do procedimento em função do tipo de contrato 95

Artigo 32.º Escolha do procedimento para a formação de contratos mistos 95

Artigo 33.º Escolha do procedimento em função da entidade adjudicante 97

TÍTULO�II�FASE�DE�FORMAÇÃO�DO�CONTRATO

CAPÍTULO I

ANÚNCIOS PRÉPROCEDIMENTAIS

Artigo 34.º Anúncio de pré-informação 99

Artigo 35.º Anúncio periódico indicativo 100

CAPÍTULO II

INÍCIO DO PROCEDIMENTO

Artigo 36.º Decisão de contratar e decisão de autorização da despesa 101

Artigo 37.º Decisão de contratar nas parcerias público-privadas 101

Artigo 38.º Decisão de escolha do procedimento 101

Artigo 39.º Agrupamento de entidades adjudicantes 102

CAPÍTULO III

PEÇAS DO PROCEDIMENTO

Artigo 40.º Tipos de peças 103

Artigo 41.º Programa do procedimento 103

Artigo 42.º Caderno de encargos 104

Artigo 43.º Caderno de encargos do procedimento de formação de contratos de empreitada 104

Artigo 44.º Cadernos de encargos relativos a contratos de concessão 106

Artigo 45.º Caderno de encargos das parcerias público-privadas 106

Artigo 46.º Formulários de caderno de encargos 106

Artigo 47.º Preço base 106

Artigo 48.º Fundamentação do prazo de vigência 107

Artigo 49.º Especificações técnicas 108

Artigo 50.º Esclarecimentos e retificação das peças do procedimento 110Artigo 51.º Prevalência 110

CAPÍTULO IV

REGRAS DE PARTICIPAÇÃO

Artigo 52.º Candidatos 111Artigo 53.º Concorrentes 111

Artigo 54.º Agrupamentos 111Artigo 55.º Impedimentos 112

CAPÍTULO V

PROPOSTA

Artigo 56.º Noção de proposta 115Artigo 57.º Documentos da proposta 115Artigo 58.º Idioma dos documentos da proposta 116Artigo 59.º Propostas variantes 116Artigo 60.º Indicação do preço 117Artigo 61.º Erros e omissões do caderno de encargos 118Artigo 62.º Modo de apresentação das propostas 119Artigo 63.º Fixação do prazo para a apresentação das propostas 119Artigo 64.º Prorrogação do prazo fixado para a apresentação

das propostas 120

Artigo 65.º Prazo da obrigação de manutenção das propostas 120

Artigo 66.º Classificação de documentos da proposta 120

CAPÍTULO VI

JÚRI DO PROCEDIMENTO

Artigo 67.º Júri 123

Artigo 68.º Funcionamento 123

Artigo 69.º Competência do júri 124

CAPÍTULO VII

ANÁLISE DAS PROPOSTAS E ADJUDICAÇÃO

Artigo 70.º Análise das propostas 125

Artigo 71.º Preço anormalmente baixo 126

Artigo 72.º Esclarecimentos sobre as propostas 127

Artigo 73.º Noção de adjudicação 127

Artigo 74.º Critério de adjudicação 127

Artigo 75.º Fatores e subfatores 127

Artigo 76.º Dever de adjudicação 128

Artigo 77.º Notificação da decisão de adjudicação 128

Artigo 78.º Anúncio da adjudicação 129

Artigo 78.º-A Anúncio voluntário de transparência 130

Artigo 79.º Causas de não adjudicação 130

Artigo 80.º Revogação da decisão de contratar 131

CAPÍTULO VIII

HABILITAÇÃO

Artigo 81.º Documentos de habilitação 133

Artigo 82.º Idioma dos documentos de habilitação 135

Artigo 83.º Modo de apresentação dos documentos de habilitação 135

Artigo 83.º-A Força probatória dos documentos de habilitação 136

Artigo 84.º Apresentação dos documentos de habilitação por agrupamentos 136

Artigo 85.º Notificação da apresentação dos documentos de habilitação 137

Artigo 86.º Não apresentação dos documentos de habilitação 137

Artigo 87.º Falsidade de documentos e declarações 138

CAPÍTULO IX

CAUÇÃO

Artigo 88.º Função da caução 139

Artigo 89.º Valor da caução 139

Artigo 90.º Modo de prestação da caução 140

Artigo 91.º Não prestação da caução 141

CAPÍTULO X

CONFIRMAÇÃO DE COMPROMISSOS

Artigo 92.º Prorrogação do prazo para a confirmação de compromissos 143

Artigo 93.º Não confirmação de compromissos 143

CAPÍTULO XI

CELEBRAÇÃO DO CONTRATO

Artigo 94.º Redução do contrato a escrito 145

Artigo 95.º Inexigibilidade e dispensa de redução do contrato a escrito 145

Artigo 96.º Conteúdo do contrato 146

Artigo 97.º Preço contratual 148

Artigo 98.º Aprovação da minuta do contrato 148

Artigo 99.º Ajustamentos ao conteúdo do contrato a celebrar 148

Artigo 100.º Notificação da minuta do contrato 149

Artigo 101.º Aceitação da minuta do contrato 149

Artigo 102.º Reclamação da minuta do contrato 149

Artigo 103.º Notificação dos ajustamentos ao contrato 150

Artigo 104.º Outorga do contrato 150

Artigo 105.º Não outorga do contrato 150

Artigo 106.º Representação na outorga do contrato 151

CAPÍTULO XII

RELATÓRIOS

Artigo 107.º Informações sobre o procedimento 153

Artigo 108.º Relatório de contratação 153

CAPÍTULO XIII

DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Artigo 109.º Norma de habilitação 155

Artigo 110.º Delegação de competências nos órgãos dos institutos públicos 155

Artigo 111.º Delegação das competências do Conselho de Ministros ou do Conselho do Governo Regional 156

TÍTULO�III�TRAMITAÇÃO�PROCEDIMENTAL

CAPÍTULO I

AJUSTE DIRETO

SECÇÃO I

DISPOSIÇÕES COMUNS

Artigo 112.º Noção de ajuste direto 157

Artigo 113.º Escolha das entidades convidadas 157

SECÇÃO II

REGIME GERAL

Artigo 114.º Número de entidades convidadas 158

Artigo 115.º Convite 158

Artigo 116.º Esclarecimentos e retificação das peças do procedimento 159

Artigo 117.º Agrupamentos 160

Artigo 118.º Negociações 160

Artigo 119.º Representação dos concorrentes nas sessões de negociação 160

Artigo 120.º Formalidades a observar 160

Artigo 121.º Versões finais das propostas 161

Artigo 122.º Relatório preliminar 161

Artigo 123.º Audiência prévia 162

Artigo 124.º Relatório final 162

Artigo 125.º Adjudicação no caso de apresentação de uma única proposta 162

Artigo 126.º Apresentação de documentos de habilitação 163

Artigo 127.º Publicitação e eficácia do contrato 163

SECÇÃO III

REGIME SIMPLIFICADO

Artigo 128.º Tramitação 163

Artigo 129.º Prazo e preços 164

CAPÍTULO II

CONCURSO PÚBLICO

SECÇÃO I

ANÚNCIO E PEÇAS DO CONCURSO

Artigo 130.º Anúncio 165

Artigo 131.º Anúncio no Jornal Oficial da União Europeia 165

Artigo 132.º Programa do concurso 166

Artigo 133.º Consulta e fornecimento das peças do procedimento 168

Artigo 134.º Devolução do preço pago pela disponibilização das peças do concurso 168

SECÇÃO II

APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS

Artigo 135.º Prazo mínimo para a apresentação das propostas em concursos públicos sem publicidade internacional 169

Artigo 136.º Prazos mínimos para a apresentação das propostas em concursos públicos com publicidade internacional 169

Artigo 137.º Retirada da proposta 170

Artigo 138.º Lista dos concorrentes e consulta das propostas apresentadas 170

SECÇÃO III

AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS

Artigo 139.º Modelo de avaliação das propostas 171

SECÇÃO IV

LEILÃO ELETRÓNICO

Artigo 140.º Âmbito 171

Artigo 141.º Indicações relativas ao leilão eletrónico 172

Artigo 142.º Convite 172

Artigo 143.º Regras do leilão eletrónico 172

Artigo 144.º Confidencialidade 172

Artigo 145.º Modos de encerramento do leilão eletrónico 173

SECÇÃO V

PREPARAÇÃO DA ADJUDICAÇÃO

Artigo 146.º Relatório preliminar 173

Artigo 147.º Audiência prévia 174

Artigo 148.º Relatório final 174

SECÇÃO VI

FASE DE NEGOCIAÇÃO DAS PROPOSTAS

Artigo 149.º Âmbito 175

Artigo 150.º Indicações relativas à fase de negociação 175

Artigo 151.º Remissão 176

Artigo 152.º Segundo relatório preliminar 176

Artigo 153.º Audiência prévia 176

Artigo 154.º Segundo relatório final 176

SECÇÃO VII

CONCURSO PÚBLICO URGENTE

Artigo 155.º Âmbito e pressupostos 177

Artigo 156.º Tramitação 177

Artigo 157.º Anúncio 177

Artigo 158.º Prazo mínimo para a apresentação das propostas 177

Artigo 159.º Prazo da obrigação de manutenção das propostas 178

Artigo 160.º Adjudicação 178

Artigo 161.º Prazo para a apresentação dos documentos de habilitação 178

CAPÍTULO III

CONCURSO LIMITADO POR PRÉVIA

QUALIFICAÇÃO

SECÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS 179

Artigo 162.º Regime 179

Artigo 163.º Fases do procedimento 179

Artigo 164.º Programa do concurso 179

Artigo 165.º Requisitos mínimos 181

Artigo 166.º Esclarecimentos e retificação das peças do concurso 182

SECÇÃO II

FASE DA APRESENTAÇÃO DAS CANDIDATURAS

E DA QUALIFICAÇÃO DOS CANDIDATOS

Artigo 167.º Anúncio 182

Artigo 168.º Documentos da candidatura 183

Artigo 169.º Idioma dos documentos da candidatura 184

Artigo 170.º Modo de apresentação das candidaturas 184

Artigo 171.º Apresentação das candidaturas por agrupamentos 185

Artigo 172.º Fixação do prazo para a apresentação das candidaturas 185

Artigo 173.º Prazo mínimo para a apresentação das candidaturas em concursos limitados por prévia qualificação sem publicidade internacional 185

Artigo 174.º Prazos mínimos para a apresentação das candidaturas em concursos limitados por prévia qualificação com publicidade internacional 186

Artigo 175.º Prorrogação do prazo fixado para a apresentação das candidaturas 186

Artigo 176.º Retirada da candidatura 187

Artigo 177.º Lista dos candidatos e consulta das candidaturas apresentadas 187

Artigo 178.º Análise das candidaturas 187

Artigo 179.º Modelo simples de qualificação 188

Artigo 180.º Revogação, invalidade, ineficácia ou extinção da declaração bancária 188

Artigo 181.º Modelo complexo de qualificação: Sistema de seleção 188

Artigo 182.º Preenchimento dos requisitos mínimos por agrupamentos candidatos 189

Artigo 183.º Esclarecimentos sobre os documentos destinados à qualificação dos candidatos 189

Artigo 184.º Relatório preliminar da fase de qualificação 190

Artigo 185.º Audiência prévia 191

Artigo 186.º Relatório final da fase de qualificação 191

Artigo 187.º Dever de qualificação 191

Artigo 188.º Notificação da decisão de qualificação 192

SECÇÃO III

FASE DA APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DAS PROPOSTAS E DA ADJUDICAÇÃO

Artigo 189.º Convite 192

Artigo 190.º Prazo mínimo para a apresentação das propostas em concursos limitados por prévia qualificação sem publicidade internacional 193

Artigo 191.º Prazos mínimos para a apresentação das propostas em concursos limitados por prévia qualificação com publicidade internacional 193

Artigo 192.º Acordo sobre a fixação do prazo para a apresentação das propostas 194

CAPÍTULO IV

PROCEDIMENTO DE NEGOCIAÇÃO

SECÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 193.º Regime 195

Artigo 194.º Fases do procedimento 195

Artigo 195.º Inadmissibilidade de leilão eletrónica 195

Artigo 196.º Programa do procedimento de negociação 196

SECÇÃO II

FASE DA APRESENTAÇÃO DAS CANDIDATURAS

E DA QUALIFICAÇÃO DOS CANDIDATOS

Artigo 197.º Anúncios 196

Artigo 198.º Prazos mínimos para a apresentação das candidaturas 196

SECÇÃO III

FASE DA APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DAS VERSÕES

INICIAIS DAS PROPOSTAS

Artigo 199.º Convite 197

Artigo 200.º Remissão 197

SECÇÃO IV

FASE DA NEGOCIAÇÃO DAS PROPOSTAS

Artigo 201.º Início da negociação 197

Artigo 202.º Negociação e apresentação das versões finais das propostas 197

SECÇÃO V

FASE DA ANÁLISE DAS VERSÕES FINAIS

DAS PROPOSTAS E DA ADJUDICAÇÃO

Artigo 203.º Remissão 198

CAPÍTULO V

DIÁLOGO CONCORRENCIAL

SECÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 204.º Regime 199

Artigo 205.º Fases do procedimento 199

Artigo 206.º Programa do procedimento de diálogo concorrencial 199

Artigo 207.º Memória descritiva e caderno de encargos 200

SECÇÃO II

FASE DA APRESENTAÇÃO DAS CANDIDATURAS E DA QUALIFICAÇÃO

DOS CANDIDATOS

Artigo 208.º Anúncios 200

SECÇÃO III

FASE DA APRESENTAÇÃO DAS SOLUÇÕES E DE DIÁLOGO

COM OS CANDIDATOS QUALIFICADOS

Artigo 209.º Convite à apresentação das soluções 201

Artigo 210.º Apresentação de soluções 201

Artigo 211.º Idioma das soluções 201

Artigo 212.º Admissão e exclusão das soluções 201

Artigo 213.º Diálogo 202

Artigo 214.º Formalidades a observar 202

Artigo 215.º Relatório do diálogo 203

Artigo 216.º Notificação da conclusão do diálogo 203

SECÇÃO IV

FASE DA APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DAS PROPOSTAS E DA ADJUDICAÇÃO

Artigo 217.º Convite 203

Artigo 218.º Prazos mínimos para a apresentação das propostas em procedimento de diálogo concorrencial 204

TÍTULO�IV�INSTRUMENTOS�PROCEDIMENTAIS�ESPECIAIS

CAPÍTULO I

CONCURSO DE CONCEÇÃO

Artigo 219.º Âmbito 205

Artigo 220.º Modalidades do concurso de conceção 205

Artigo 221.º Início do concurso de conceção 206

Artigo 222.º Decisão de escolha da modalidade do concurso de conceção 206

Artigo 223.º Agrupamento de entidades adjudicantes 206

Artigo 224.º Anúncio do concurso de conceção 206

Artigo 225.º Anúncio no Jornal Oficial da União Europeia 207

Artigo 226.º Termos de referência 208

Artigo 227.º Júri do concurso de conceção 209

Artigo 228.º Anonimato 210

Artigo 229.º Apresentação dos trabalhos de conceção 210

Artigo 230.º Fixação dos prazos para a apresentação dos documentos 210

Artigo 231.º Regras do concurso público 210

Artigo 232.º Regras do concurso limitado por prévia qualificação 212

Artigo 233.º Decisão de seleção e prémios 212

Artigo 234.º Caducidade da decisão de seleção 213

Artigo 235.º Anúncio da decisão de seleção 213

Artigo 236.º Prevalência 213

CAPÍTULO II

SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DINÂMICOS

Artigo 237.º Noção 215

Artigo 238.º Fases do sistema 215

Artigo 239.º Instituição do sistema 215

Artigo 240.º Peças do procedimento 216

Artigo 241.º Versões iniciais de proposta 216

Artigo 242.º Anúncio simplificado 217

Artigo 243.º Convite 217

Artigo 244.º Avaliação das propostas e adjudicação 218

CAPÍTULO III

SISTEMAS DE QUALIFICAÇÃO

Artigo 245.º Instituição de sistemas de qualificação 219

Artigo 246.º Regras dos sistemas de qualificação 220

Artigo 247.º Participação num sistema de qualificação 221

Artigo 248.º Atualização das regras e dos critérios de qualificação 221

Artigo 249.º Decisão de qualificação 221

Artigo 250.º Seleção dos interessados qualificados 221

TÍTULO�V�ACORDOS�QUADRO

CAPÍTULO I

CELEBRAÇÃO DE ACORDOS QUADRO

Artigo 251.º Noção 223

Artigo 252.º Modalidades de acordos quadro 223

Artigo 253.º Procedimento de formação dos acordos quadro 223

Artigo 254.º Caução 224

Artigo 255.º Obrigação de celebração de contratos ao abrigo de acordo quadro 224

Artigo 256.º Prazo máximo de vigência dos acordos quadro 224

CAPÍTULO II

CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS AO ABRIGO

DE ACORDOS QUADRO

Artigo 257.º Regras gerais 227

Artigo 258.º Celebração de contratos ao abrigo de acordos quadro cujos termos abranjam todos os seus aspetos submetidos à concorrência 227

Artigo 259.º Celebração de contratos ao abrigo de acordos quadro cujos termos não abranjam todos os seus aspetos submetidos à concorrência 228

TÍTULO�VI�CENTRAIS�DE�COMPRAS

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 260.º Centrais de compras 229

Artigo 261.º Principais atividades das centrais de compras 229

Artigo 262.º Âmbito subjetivo das centrais de compras 230

CAPÍTULO II

ACORDOS QUADRO CELEBRADOS

POR CENTRAIS DE COMPRAS

Artigo 263.º Admissibilidade da celebração de acordos quadro por centrais de compras 231

Artigo 264.º Remissão 231

Artigo 265.º Procedimento de formação dos contratos públicos de aprovisionamento 231

Artigo 266.º Prazo máximo de vigência dos contratos públicos de aprovisionamento 232

TÍTULO�VII�GARANTIAS�ADMINISTRATIVAS

Artigo 267.º Direito aplicável 233

Artigo 268.º Natureza 233

Artigo 269.º Decisões impugnáveis 233

Artigo 270.º Prazo de impugnação 233

Artigo 271.º Apresentação da impugnação 234

Artigo 272.º Efeitos da impugnação 234

Artigo 273.º Audiência dos contra interessados 234

Artigo 274.º Decisão 234

TÍTULO�VIII�EXTENSÃO�DO�ÂMBITO�DE�APLICAÇÃO

Artigo 275.º Contratos subsidiados 235

Artigo 276.º Contratos a celebrar por concessionários de obras públicas que não sejam entidades adjudicantes 235

Artigo 277.º Contratos a celebrar por entidades beneficiárias de direitos especiais ou exclusivos no exercício de atividades de serviço público 236

PARTE�III

Regime substantivo dos contratos administrativos

TÍTULO�I�CONTRATOS�ADMINISTRATIVOS�EM�GERAL

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 278.º Utilização do contrato administrativo 241

Artigo 279.º Contrato como fonte da relação jurídica administrativa 241

Artigo 280.º Direito aplicável 241

Artigo 281.º Proporcionalidade e conexão material das prestações contratuais 242

Artigo 282.º Reposição do equilíbrio financeiro do contrato 242

CAPÍTULO II

INVALIDADE DO CONTRATO

Artigo 283.º Invalidade consequente de atos procedimentais inválidos 245

Artigo 283.º-A Anulação de contratos com fundamento em vícios procedimentais 245

Artigo 284.º Invalidade própria do contrato 246

Artigo 285.º Regime de invalidade 247

CAPÍTULO III

EXECUÇÃO DO CONTRATO

Artigo 286.º Princípios fundamentais 249

Artigo 287.º Eficácia do contrato 249

Artigo 288.º Execução pessoal 250

Artigo 289.º Colaboração recíproca 250

Artigo 290.º Informação e sigilo 250

Artigo 291.º Proteção do cocontratante pelo contraente público 250

Artigo 292.º Adiantamentos de preço 251

Artigo 293.º Garantia suplementar dos adiantamentos 251

Artigo 294.º Substituição da caução 252

Artigo 295.º Liberação da caução 252

Artigo 296.º Execução da caução 253

Artigo 297.º Suspensão da execução 254

Artigo 298.º Recomeço da execução 254

Artigo 299.º Prazo de pagamento 255

Artigo 299.º-A Vencimento das obrigações pecuniárias 255

Artigo 300.º Revisão de preços 255

Artigo 301.º Prémios por cumprimento antecipado 256

CAPÍTULO IV

CONFORMAÇÃO DA RELAÇÃO CONTRATUAL

Artigo 302.º Poderes do contraente público 257

Artigo 303.º Princípios respeitantes aos poderes de direção e de fiscalização 257

Artigo 304.º Direção do modo de execução das prestações 258

Artigo 305.º Fiscalização do modo de execução do contrato 258

Artigo 306.º Fiscalização do modo de execução dos projetos de investigação e desenvolvimento 259

Artigo 307.º Natureza das declarações do contraente público 259

Artigo 308.º Formação dos atos administrativos do contraente público 259

Artigo 309.º Executividade dos atos administrativos do contraente público 260

Artigo 310.º Acordos endocontratuais 260

CAPÍTULO V

MODIFICAÇÕES OBJETIVAS DO CONTRATO

Artigo 311.º Modificação objetiva do contrato 261

Artigo 312.º Fundamentos 261

Artigo 313.º Limites 261

Artigo 314.º Consequências 262

Artigo 315.º Obrigação de transparência 262

CAPÍTULO VI

CESSÃO DA POSIÇÃO CONTRATUAL

E SUBCONTRATAÇÃO

Artigo 316.º Âmbito 263

Artigo 317.º Limites à cessão e à subcontratação pelo cocontratante 263

Artigo 318.º Cessão e subcontratação pelo cocontratante autorizadas no contrato 264

Artigo 319.º Autorização à cessão e à subcontratação pelo cocontratante na fase de execução 264

Artigo 320.º Recusa de autorização à subcontratação 265

Artigo 321.º Responsabilidade do cocontratante 265

Artigo 322.º Direitos de step in e step out 265

Artigo 323.º Alterações societárias 266

Artigo 324.º Cessão da posição contratual pelo contraente público 266

CAPÍTULO VII

INCUMPRIMENTO DO CONTRATO

Artigo 325.º Incumprimento por facto imputável ao cocontratante 267

Artigo 326.º Atrasos nos pagamentos 267

Artigo 327.º Exceção de não cumprimento invocável pelo cocontratante 268

Artigo 328.º Direito de retenção 269

Artigo 329.º Aplicação das sanções contratuais 269

CAPÍTULO VIII

EXTINÇÃO DO CONTRATO EM GERAL

Artigo 330.º Causas de extinção 271

Artigo 331.º Revogação 271

Artigo 332.º Resolução do contrato por iniciativa do cocontratante 271

Artigo 333.º Resolução sancionatória 272

Artigo 334.º Resolução por razões de interesse público 273

Artigo 335.º Outros fundamentos de resolução pelo contraente público 273

CAPÍTULO IX

REGRAS ESPECIAIS

SECÇÃO I

CONTRATOS SOBRE O EXERCÍCIO DE PODERES PÚBLICOS

Artigo 336.º Negociabilidade da vigência dos vínculos contratuais 275

Artigo 337.º Causas específicas de caducidade 275

SECÇÃO II

CONTRATOS INTERADMINISTRATIVOS

Artigo 338.º Contratos entre contraentes públicos 276

SECÇÃO III

EXECUÇÃO E MODIFICAÇÃO DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS

Artigo 339.º Dever de informação 276

Artigo 340.º Fiscalização, acompanhamento e modificação de parcerias público-privadas 276

Artigo 341.º Partilha de benefícios 277

Artigo 342.º Acompanhamento de processos arbitrais 277

TÍTULO�II�CONTRATOS�ADMINISTRATIVOS�EM�ESPECIAL

CAPÍTULO I

EMPREITADAS DE OBRAS PÚBLICAS

SECÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 343.º Noção 279

Artigo 344.º Partes 279

Artigo 345.º Garantias administrativas do empreiteiro relativamente a eventos que devam ser formalizados em auto 280

SECÇÃO II

DIREITOS E OBRIGAÇÕES DAS PARTES

Artigo 346.º Manutenção da boa ordem no local dos trabalhos 280

Artigo 347.º Publicidade 281

Artigo 348.º Menções obrigatórias no local dos trabalhos 281

Artigo 349.º Meios destinados à execução da obra e dos trabalhos preparatórios ou acessórios 281

Artigo 350.º Trabalhos preparatórios ou acessórios 281

Artigo 351.º Expropriações, servidões e ocupação de prédios 282

Artigo 352.º Posse administrativa e constituição de servidões 282

Artigo 353.º Reforço da caução 283

Artigo 354.º Reposição do equilíbrio financeiro por agravamento dos custos na realização da obra 283

SECÇÃO III

CONSIGNAÇÃO DA OBRA

Artigo 355.º Regra geral 283

Artigo 356.º Dever de consignar 283

Artigo 357.º Plano final de consignação 284

Artigo 358.º Consignação total e parcial 284

Artigo 359.º Prazo e auto de consignação 284

Artigo 360.º Modificação das condições locais e suspensão do procedimento de consignação 285

SECÇÃO IV

EXECUÇÃO DOS TRABALHOS

Artigo 361.º Plano de trabalhos 285

Artigo 362.º Prazo de execução da obra e das prestações de conceção 286

Artigo 363.º Início dos trabalhos 286

Artigo 364.º Património cultural e restos humanos 287

SECÇÃO V

SUSPENSÃO DOS TRABALHOS

Artigo 365.º Suspensão pelo dono da obra 287

Artigo 366.º Suspensão pelo empreiteiro 287

Artigo 367.º Suspensão autorizada pelo dono da obra 288

Artigo 368.º Suspensão por período excessivo 288

Artigo 369.º Auto de suspensão 289

SECÇÃO VI

MODIFICAÇÕES OBJETIVAS

Artigo 370.º Trabalhos a mais 289

Artigo 371.º Obrigação de execução de trabalhos a mais 290

Artigo 372.º Recusa da execução de trabalhos a mais 290

Artigo 373.º Preço e prazo de execução dos trabalhos a mais 291

Artigo 374.º Prorrogação do prazo de execução da obra 291

Artigo 375.º Formalização dos trabalhos a mais 292

Artigo 376.º Obrigação de execução de trabalhos de suprimento de erros e omissões 292

Artigo 377.º Preço e prazo de execução dos trabalhos de suprimento de erros e omissões 293

Artigo 378.º Responsabilidade pelos erros e omissões 293

Artigo 379.º Trabalhos a menos 294

Artigo 380.º Inutilização de trabalhos já executados 294

Artigo 381.º Indemnização por redução do preço contratual 295

Artigo 382.º Revisão ordinária de preços 295

SECÇÃO VII

SUBEMPREITADAS

Artigo 383.º Limites às subempreitadas 295

Artigo 384.º Forma e conteúdo 296

Artigo 385.º Subempreitadas na fase de execução 296

Artigo 386.º Oposição e recusa de autorização à subempreitada 297

SECÇÃO VIII

MEDIÇÃO E PAGAMENTO

SUBSECÇÃO I

MEDIÇÃO

Artigo 387.º Objeto da medição 297

Artigo 388.º Procedimento e critérios da medição 298

Artigo 389.º Situação de trabalhos 298

Artigo 390.º Erros de medição 298

Artigo 391.º Situação provisória de trabalhos 298

SUBSECÇÃO II

PAGAMENTO

Artigo 392.º Liquidação e pagamento 299

Artigo 393.º Pagamento provisório 299

SECÇÃO IX

RECEÇÃO PROVISÓRIA E DEFINITIVA

Artigo 394.º Vistoria 300

Artigo 395.º Auto de receção provisória 301

Artigo 396.º Defeitos da obra 302

Artigo 397.º Garantia da obra 302

Artigo 398.º Receção definitiva 303

SECÇÃO X

LIQUIDAÇÃO DA EMPREITADA E RELATÓRIO FINAL

Artigo 399.º Elaboração da conta 304

Artigo 400.º Elementos da conta 304

Artigo 401.º Notificação da conta final ao empreiteiro 304

Artigo 402.º Relatório final da obra 305

SECÇÃO XI

INCUMPRIMENTO DO CONTRATO

Artigo 403.º Atraso na execução da obra 305

Artigo 404.º Desvio do plano de trabalhos 306

SECÇÃO XII

EXTINÇÃO DO CONTRATO

Artigo 405.º Resolução pelo dono da obra 306

Artigo 406.º Resolução pelo empreiteiro 307

CAPÍTULO II

CONCESSÕES DE OBRAS PÚBLICAS

E DE SERVIÇOS PÚBLICOS

SECÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 407.º Noção 309

Artigo 408.º Aplicação subsidiária 309

Artigo 409.º Exercício de poderes e prerrogativas de autoridade 309

Artigo 410.º Prazo 310

Artigo 411.º Concessionário 310

Artigo 412.º Outras atividades 310

Artigo 413.º Partilha de riscos 311

Artigo 414.º Obrigações do concessionário 311

Artigo 415.º Direitos do concessionário 311

Artigo 416.º Viabilidade económico-financeira do projeto 311

Artigo 417.º Cedência de elementos ao concedente 312

Artigo 418.º Indicadores de acompanhamento e avaliação do desempenho do concessionário 312

Artigo 419.º Bens afetos à concessão 312

Artigo 420.º Direitos do concedente 313

Artigo 421.º Sequestro 313

Artigo 422.º Resgate 314

Artigo 423.º Resolução pelo concedente 315

Artigo 424.º Responsabilidade perante terceiros 316

Artigo 425.º Efeitos da extinção do contrato no termo previsto 316

SECÇÃO II

CONCESSÃO DE OBRAS PÚBLICAS

Artigo 426.º Remissão 316

Artigo 427.º Conservação e uso da obra e dos bens afetos à concessão 317

Artigo 428.º Zonas de exploração comercial 317

SECÇÃO III

CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS

Artigo 429.º Princípios gerais 318

Artigo 430.º Contratos afins 318

CAPÍTULO III

LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS

Artigo 431.º Noção 319

Artigo 432.º Remissão 319

Artigo 433.º Obrigações de reparação e manutenção 319

Artigo 434.º Indemnização por mora do contraente público nos pagamentos 320

Artigo 435.º Cedência do gozo e sublocação do bem locado 320

Artigo 436.º Resolução pelo contraente público 320

CAPÍTULO IV

AQUISIÇÃO DE BENS MÓVEIS

Artigo 437.º Noção 321

Artigo 438.º Remissão 321

Artigo 439.º Objeto 321

Artigo 440.º Prazo 321

Artigo 441.º Conformidade dos bens a entregar 322

Artigo 442.º Acompanhamento do fabrico 322

Artigo 443.º Entrega dos bens 323

Artigo 444.º Obrigações do fornecedor em relação aos bens entregues 323

Artigo 445.º Encargos gerais 324

Artigo 446.º Continuidade de fabrico 324

Artigo 447.º Direitos de propriedade intelectual 324

Artigo 448.º Resolução pelo contraente público 325

Artigo 449.º Resolução pelo fornecedor 325

CAPÍTULO V

AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS

Artigo 450.º Noção 327

Artigo 451.º Remissão 327

Artigo 452.º Instalações e equipamentos 327

Artigo 453.º Obrigações de serviço público 327

Artigo 454.º Serviços a mais 328

PARTE�IV

Regime contraordenacional

Artigo 455.º Restrição do âmbito de aplicação 331

Artigo 456.º Contraordenações muito graves 331

Artigo 457.º Contraordenações graves 332

Artigo 458.º Contraordenações simples 332

Artigo 459.º Tentativa e negligência 332

Artigo 460.º Sanção acessória 333

Artigo 461.º Competência para o processo de contraordenação 333

Artigo 462.º Cobrança das coimas 333

Artigo 463.º Publicidade da sanção acessória 334

Artigo 464.º Responsabilidade criminal 334

PARTE�V

Disposições finais

Artigo 465.º Obrigação de comunicação 337

Artigo 466.º Observatório das obras públicas 337

Artigo 467.º Notificações 338

Artigo 468.º Comunicações 338

Artigo 469.º Data da notificação e da comunicação 338

Artigo 470.º Contagem dos prazos na fase de formação dos contratos 339

Artigo 471.º Contagem dos prazos na fase de execução dos contratos 339

Artigo 472.º Obrigações perante a Comissão Europeia 340

Artigo 473.º Imposto sobre o valor acrescentado 340

ANEXO I 341

ANEXO II 345

ANEXO III 347

ANEXO IV 349

ANEXO V 351

ANEXO VI 355

PARTE II — REGULAMENTAÇÃO DO CÓDIGO DOS CONTRATOS

PÚBLICOS 357

PORTARIA N.º 701-A/2008, DE 29 DE JULHO

Artigo 1.º Objeto 358

Artigo 2.º Preenchimento do formulário de anúncio 359

Artigo 3.º Envio de um anúncio para publicação 359

Artigo 4.º Introdução de dados 360

Artigo 5.º Pagamento do anúncio 361

Artigo 6.º Retificação ou anulação do anúncio 361

Artigo 7.º Plataformas eletrónicas 362

Artigo 8.º Regime transitório 362

Artigo 9.º Entrada em vigor 363

ANEXO I 365

ANEXO II 369

ANEXO III 373

ANEXO IV 377

ANEXO V 381

ANEXO VI 385

ANEXO VII 389

ANEXO VIII 391

ANEXO IX 393

PORTARIA N.º 701-B/2008, DE 29 DE JULHO

Artigo 1.º Nomeação da comissão de acompanhamento 395

Artigo 2.º Competência da CA 396

Artigo 3.º Funcionamento da CA 396

PORTARIA N.º 701-C/2008, DE 29 DE JULHO

Artigo único Publicitação da atualização dos limiares comunitários 400

PORTARIA N.º 701-D/2008, DE 29 DE JULHO

Artigo 1.º Objeto 401

Artigo 2.º Modelos de dados estatísticos 402

Artigo 3.º Entrada em vigor 403

ANEXO 405

PORTARIA N.º 701-E/2008, DE 29 DE JULHO

CAPÍTULO I

OBJETO

Artigo 1.º Objeto 408

Artigo 2.º Blocos de dados admitidos pelo Portal dos Contratos Públicos 408

Artigo 3.º Momentos do acesso dos blocos de dados ao Portal dos Contratos Públicos 409

Artigo 4.º Origem imediata da informação 410

Artigo 5.º Recuperação dos dados introduzidos no sistema 411

Artigo 6.º Satisfação de exigências de reporte do Código dos Contratos Públicos 411

Artigo 7.º Aplicabilidade e níveis de pormenorização dos blocos de dados 412

Artigo 8.º Plataformas eletrónicas 413

CAPÍTULO II

BLOCOS DE DADOS INTRODUZIDOS

DIRETAMENTE PELA ENTIDADE ADJUDICANTE

NO PORTAL DOS CONTRATOS PÚBLICOS

Artigo 9.º Preenchimento da informação 413

Artigo 10.º Correção de bloco de dados anteriormente submetido 414

Artigo 11.º Bloco técnico de dados 414

Artigo 12.º Cessão de posição contratual 414

Artigo 13.º Casos particulares relativos ao relatório de formação do contrato e ao relatório de contratação 415

Artigo 14.º Disposição transitória 415

Artigo 15.º Entrada em vigor 416

ANEXO I 417

ANEXO II 419

ANEXO III 421

ANEXO IV 423

ANEXO V 425

PORTARIA N.º 701-F/2008, DE 29 DE JULHO

Artigo 1.º Objeto 428

Artigo 2.º Portal dos Contratos Públicos 428

Artigo 3.º Gestão do Portal dos Contratos Públicos 429

Artigo 4.º Conteúdo obrigatório 429

Artigo 5.º Funcionalidades obrigatórias 430

Artigo 6.º Interligação e interoperabilidade 431

Artigo 7.º Acesso à informação 431

Artigo 8.º Entrada em vigor 431

PORTARIA N.º 701-G/2008, DE 29 DE JULHO

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º Objeto 434

Artigo 2.º Âmbito de aplicação 434

Artigo 3.º Utilização de plataforma eletrónica 435

Artigo 4.º Seleção ou desenvolvimento de plataforma eletrónica pela entidade adjudicante 435

Artigo 5.º Noção e serviços de uma plataforma eletrónica 435

Artigo 6.º Condução dos procedimentos nas plataformas eletrónicas 436

Artigo 7.º Condições para disponibilização de plataformas eletrónicas 436

Artigo 8.º Interligação ao Portal dos Contratos Públicos e Diário da República eletrónico 436

CAPÍTULO II

UTILIZAÇÃO DAS PLATAFORMAS ELETRÓNICAS

NO PROCEDIMENTO DE FORMAÇÃO

DE UM CONTRATO PÚBLICO

Artigo 9.º Requisitos de base relativos à prestação de serviços de uma plataforma eletrónica 437

Artigo 10.º Aplicabilidade a processos relativos a candidaturas ou soluções 438

Artigo 11.º Ordenação dos interessados e dos concorrentes 438

Artigo 12.º Disponibilização de documentos 439

Artigo 13.º Notificações e comunicações 440

Artigo 14.º Disponibilização de informação sobre datas de referência 440

Artigo 15.º Requisitos para os ficheiros das propostas 440

Artigo 16.º Componentes de cada proposta 442

Artigo 17.º Codificação das propostas e identificação das empresas concorrentes 442

Artigo 18.º Carregamento das propostas 443

Artigo 19.º Submissão das propostas 444

Artigo 20.º Sequência da submissão das propostas 445

Artigo 21.º Disponibilização das propostasao júri do procedimento 445

Artigo 22.º Ficha prévia de abertura das propostas e lista prévia dos concorrentes 446

Artigo 23.º Ficha de abertura das propostas e lista dos concorrentes 446

Artigo 24.º Troca de dados entre as plataformas eletrónicas e o Portal dos Contratos Públicos 446

Artigo 25.º Blocos de dados a transmitir ao Portal dos Contratos Públicos 447

CAPÍTULO III

REGRAS DE FUNCIONAMENTO

DAS PLATAFORMAS ELETRÓNICAS

Artigo 26.º Autenticação da identidade dos utilizadores 448

Artigo 27.º Assinatura eletrónica 448

Artigo 28.º Validação cronológica 448

Artigo 29.º Encriptação e desencriptação 449

Artigo 30.º Controlo de acessos 449

Artigo 31.º Normalização de ficheiros 450

Artigo 32.º Carregamento de documentos 450

Artigo 33.º Registo de acessos 450

Artigo 34.º Mecanismos e meios de segurança 451

Artigo 35.º Arquivo e preservação digital 451

Artigo 36.º Certificação de entidades para efeitos de acesso à atividade 452

Artigo 37.º Relatório anual de segurança 452

Artigo 38.º Conteúdo obrigatório do documento de conformidade e do relatório anual 453

Artigo 39.º Auditorias externas ordenadas pela entidade supervisora 454

Artigo 40.º Fim da prestação do serviço 454

Artigo 41.º Entidade supervisora 455

Artigo 42.º Entrada em vigor 455

ANEXO I 457

ANEXO II 459

ANEXO III 461

ANEXO IV 463

ANEXO V 465

ANEXO VI 467

PORTARIA N.º 701-H/2008, DE 29 DE JULHO

Artigo 1.º Objeto 470

Artigo 2.º Âmbito 471

Artigo 3.º Norma revogatória 471

Artigo 4.º Entrada em vigor 471

ANEXO I 473

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º Definições 473

Artigo 2.º Programa preliminar 476

Artigo 3.º Fases do projeto 476

Artigo 4.º Programa base 476

Artigo 5.º Estudo prévio 477

Artigo 6.º Anteprojeto ou projeto base 478

Artigo 7.º Projeto de execução 479

Artigo 8.º Programação e coordenação do projeto 479

Artigo 9.º Assistência técnica 480

Artigo 10.º Assistência técnica especial 481

Artigo 11.º Categorias de obras 481

Artigo 12.º Importância das fases do projeto 482

Artigo 13.º Alteração do peso das fases de projeto 483

CAPÍTULO II

DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Artigo 14.º Disposição introdutória 483

SECÇÃO I

EDIFÍCIOS

Artigo 15.º Programa preliminar 483

Artigo 16.º Programa base 484

Artigo 17.º Estudo prévio 484

Artigo 18.º Anteprojeto 485

Artigo 19.º Projeto de execução 486

Artigo 20.º Assistência técnica especial 489

SECÇÃO II

INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E SISTEMAS EM EDIFÍCIOS

Artigo 21.º Disposição introdutória 490

SUBSECÇÃO I

INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE ÁGUAS E ESGOTOS

Artigo 22.º Programa preliminar 490

Artigo 23.º Programa base 491

Artigo 24.º Estudo prévio 491

Artigo 25.º Anteprojeto 491

Artigo 26.º Projeto de execução 492

Artigo 27.º Assistência técnica especial 492

SUBSECÇÃO II

INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E SISTEMAS ELÉTRICOS

Artigo 28.º Programa preliminar 493

Artigo 29.º Programa base 493

Artigo 30.º Estudo prévio 493

Artigo 31.º Anteprojeto 494

Artigo 32.º Projeto de execução 494

Artigo 33.º Assistência técnica especial 495

SUBSECÇÃO III

INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE COMUNICAÇÕES

Artigo 34.º Programa preliminar 495

Artigo 35.º Programa base 496

Artigo 36.º Estudo prévio 496

Artigo 37.º Anteprojeto 496

Artigo 38.º Projeto de execução 497

Artigo 39.º Assistência técnica especial 498

SUBSECÇÃO IV

INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE AQUECIMENTO, VENTILAÇÃO E AR

CONDICIONADO (AVAC)

Artigo 40.º Programa preliminar 498

Artigo 41.º Programa base 499

Artigo 42.º Estudo prévio 499

Artigo 43.º Anteprojeto 500

Artigo 44.º Projeto de execução 500

Artigo 45.º Assistência técnica especial 502

SUBSECÇÃO V

INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E SISTEMAS A GÁS

Artigo 46.º Programa preliminar 502

Artigo 47.º Programa base 502

Artigo 48.º Estudo prévio 503

Artigo 49.º Anteprojeto 503

Artigo 50.º Projeto de execução 503

Artigo 51.º Assistência técnica especial 504

SUBSECÇÃO VI

INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE TRANSPORTE DE PESSOAS E CARGAS

Artigo 52.º Programa preliminar 504

Artigo 53.º Programa base 504

Artigo 54.º Estudo prévio 505

Artigo 55.º Anteprojeto 505

Artigo 56.º Projeto de execução 506

Artigo 57.º Assistência técnica especial 506

SUBSECÇÃO VII

SISTEMAS DE SEGURANÇA INTEGRADA

Artigo 58.º Programa preliminar 506

Artigo 59.º Programa base 506

Artigo 60.º Estudo prévio 507

Artigo 61.º Anteprojeto 507

Artigo 62.º Projeto de execução 508

Artigo 63.º Assistência técnica especial 508

SUBSECÇÃO VIII

SISTEMAS DE GESTÃO TÉCNICA CENTRALIZADA

Artigo 64.º Programa preliminar 509

Artigo 65.º Programa base 509

Artigo 66.º Estudo prévio 509

Artigo 67.º Anteprojeto 509

Artigo 68.º Projeto de execução 510

Artigo 69.º Assistência técnica especial 510

SUBSECÇÃO IX

CONDICIONAMENTO ACÚSTICO

Artigo 70.º Programa preliminar 511

Artigo 71.º Programa base 511

Artigo 72.º Estudo prévio 511

Artigo 73.º Anteprojeto 511

Artigo 74.º Projeto de execução 511

Artigo 75.º Assistência técnica especial 512

SECÇÃO III

PONTES, VIADUTOS E PASSADIÇOS

Artigo 76.º Programa preliminar 512

Artigo 77.º Programa base 513

Artigo 78.º Estudo prévio 514

Artigo 79.º Anteprojeto 515

Artigo 80.º Projeto de execução 515

Artigo 81.º Assistência técnica especial 516

Artigo 82.º Serviços suplementares 517

SECÇÃO IV

ESTRADAS

Artigo 83.º Programa preliminar 517

Artigo 84.º Programa base 518

Artigo 85.º Estudo prévio 518

Artigo 86.º Anteprojeto 519

Artigo 87.º Projeto de execução 520

Artigo 88.º Assistência técnica especial 522

SECÇÃO V

CAMINHOS-DE-FERRO

Artigo 89.º Disposições gerais 523

SUBSECÇÃO I

VIA-FÉRREA

Artigo 90.º Programa preliminar 523

Artigo 91.º Programa base 524

Artigo 92.º Estudo prévio 524

Artigo 93.º Anteprojeto 525

Artigo 94.º Projeto de execução 525

Artigo 95.º Assistência técnica especial 525

SUBSECÇÃO II

CATENÁRIA

Artigo 96.º Programa preliminar 526

Artigo 97.º Programa base 526

Artigo 98.º Estudo prévio 526

Artigo 99.º Anteprojeto 526

Artigo 100.º Projeto de execução 527

Artigo 101.º Assistência técnica especial 527

SUBSECÇÃO III

FASEAMENTO CONSTRUTIVO

Artigo 102.º Programa preliminar 527

Artigo 103.º Programa base 527

Artigo 104.º Estudo prévio 528

Artigo 105.º Anteprojeto 528

Artigo 106.º Projeto de execução 528

Artigo 107.º Assistência técnica especial 528

SECÇÃO VI

AERÓDROMOS

Artigo 108.º Disposições gerais 528

SUBSECÇÃO I

ÁREA OPERACIONAL

Artigo 109.º Programa preliminar 529

Artigo 110.º Programa base 529

Artigo 111.º Estudo prévio 530

Artigo 112.º Anteprojeto 530

Artigo 113.º Projeto de execução 531

Artigo 114.º Assistência técnica especial 533

SUBSECÇÃO II

APOIO À NAVEGAÇÃO AÉREA

Artigo 115.º Programa preliminar 533

Artigo 116.º Programa base 533

Artigo 117.º Estudo prévio 533

Artigo 118.º Anteprojeto 534

Artigo 119.º Projeto de execução 534

Artigo 120.º Assistência técnica especial 534

SECÇÃO VII

OBRAS HIDRÁULICAS

Artigo 121.º Programa preliminar 534

Artigo 122.º Programa base 535

Artigo 123.º Estudo prévio 535

Artigo 124.º Anteprojeto 536

Artigo 125.º Projeto de execução 536

Artigo 126.º Assistência técnica especial 537

SECÇÃO VIII

TÚNEIS

Artigo 127.º Programa preliminar 537

Artigo 128.º Programa base 537

Artigo 129.º Estudo prévio 538

Artigo 130.º Anteprojeto 538

Artigo 131.º Projeto de execução 539

Artigo 132.º Assistência técnica especial 540

SECÇÃO IX

ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA

Artigo 133.º Programa preliminar 541

Artigo 134.º Programa base 541

Artigo 135.º Estudo prévio 542

Artigo 136.º Anteprojeto 542

Artigo 137.º Projeto de execução 542

Artigo 138.º Assistência técnica especial 543

SECÇÃO X

DRENAGEM E TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

Artigo 139.º Programa preliminar 544

Artigo 140.º Programa base 544

Artigo 141.º Estudo prévio 545

Artigo 142.º Anteprojeto 545

Artigo 143.º Projeto de execução 545

Artigo 144.º Assistência técnica especial 547

SECÇÃO XI

RESÍDUOS URBANOS E INDUSTRIAIS

Artigo 145.º Programa preliminar 547

Artigo 146.º Programa base 547

Artigo 147.º Estudo prévio 548

Artigo 148.º Anteprojeto 548

Artigo 149.º Projeto de execução 548

Artigo 150.º Assistência técnica especial 550

SECÇÃO XII

OBRAS PORTUÁRIAS E DE ENGENHARIA COSTEIRA

Artigo 151.º Programa preliminar 550

Artigo 152.º Programa base 550

Artigo 153.º Estudo prévio 551

Artigo 154.º Anteprojeto 551

Artigo 155.º Projeto de execução 552

Artigo 156.º Assistência técnica especial 552

SECÇÃO XIII

ESPAÇOS EXTERIORES

Artigo 157.º Programa preliminar 553

Artigo 158.º Programa base 553

Artigo 159.º Estudo prévio 554

Artigo 160.º Anteprojeto 554

Artigo 161.º Projeto de execução 555

Artigo 162.º Assistência técnica 556

SECÇÃO XIV

PRODUÇÃO, TRANSFORMAÇÃO, TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO

DE ENERGIA ELÉTRICA

Artigo 163.º Programa preliminar 556

Artigo 164.º Programa base 557

Artigo 165.º Estudo prévio 557

Artigo 166.º Anteprojeto 557

Artigo 167.º Projeto de execução 558

Artigo 168.º Assistência técnica especial 558

SECÇÃO XV

REDES DE COMUNICAÇÕES

Artigo 169.º Programa preliminar 559

Artigo 170.º Programa base 559

Artigo 171.º Estudo prévio 559

Artigo 172.º Anteprojeto 560

Artigo 173.º Projeto de execução 560

Artigo 174.º Assistência técnica especial 561

ANEXO II 563

PORTARIA N.º 701-I/2008, DE 29 DE JULHO

Artigo 1.º Objeto 566

Artigo 2.º Âmbito 566

Artigo 3.º Gestão 566

Artigo 4.º Acesso 567

Artigo 5.º Segurança 567

Artigo 6.º Informação de base 568

Artigo 7.º Organização da base de dados 568

Artigo 8.º Pesquisa de informação na base de dados 569

Artigo 9.º Entrada em vigor e produção de efeitos 569

PORTARIA N.º 701-J/2008, DE 29 DE JULHO

Artigo 1.º Objeto 571

Artigo 2.º Criação da comissão de acompanhamento e fiscalização dos projetos de investigação e desenvolvimento 572

Artigo 3.º Competência da comissão de acompanhamento e fiscalização 572

Artigo 4.º Atividade da comissão de fiscalização 573

Artigo 5.º Funcionamento da comissão de fiscalização 574

Artigo 6.º Entrada em vigor 574

DESPACHO NORMATIVO N.º 13/2009, DE 1 DE ABRIL

ANEXO 579

Artigo 1.º Objeto 579

Artigo 2.º Acesso ao Diário da República 579

Artigo 3.º Transmissão eletrónica de atos 579

Artigo 4.º Periodicidade 580

Artigo 5.º Regras de organização 580

Artigo 6.º Organização da 2.ª série do Diário da República 580

Artigo 7.º Tipos de atos publicados na 2.ª série 582

Artigo 8.º Numeração dos atos 583

Artigo 9.º Retificações 584

Artigo 10.º Envio de atos para publicação 584

Artigo 11.º Suplementos 585

Artigo 12.º Apêndices 586

Artigo 13.º Pagamento pela publicação de atos 586

Artigo 14.º Divulgação do Regulamento 587

DECRETO-LEI N.º 143-A/2008, DE 25 DE JULHO

Artigo 1.º Objeto 591

Artigo 2.º Utilização de meios eletrónicos 591

Artigo 3.º Princípio da liberdade de escolha das plataformas eletrónicas 592

Artigo 4.º Princípio da disponibilidade 592

Artigo 5.º Princípio da não discriminação e livre acesso 592

Artigo 6.º Princípio da interoperabilidade e compatibilidade 593

Artigo 7.º Princípio da integridade e segurança 593

Artigo 8.º Encriptação e classificação de documentos 594

Artigo 9.º Vírus informáticos e documentos suscetíveis de causar danos ao sistema 594

Artigo 10.º Informação aos interessados 595

Artigo 11.º Assinaturas eletrónicas 595

Artigo 12.º Envio de propostas, candidaturas e soluções 595

Artigo 13.º Preenchimento do formulário principal 596

Artigo 14.º Data e hora de apresentação da proposta, candidatura ou solução 596

Artigo 15.º Confidencialidade dos concorrentes 597

Artigo 16.º Registo atualizado 597

Artigo 17.º Conservação dos documentos 598

Artigo 18.º Avarias e problemas de acesso na rede pública 598

Artigo 19.º Leilões eletrónicos 598

Artigo 20.º Assinaturas eletrónicas 598

Artigo 21.º Registo 599

Artigo 22.º Pagamentos e faturação eletrónica 599

Artigo 23.º Disposições transitórias relativas ao modo de disponibilização das peças do procedimento e de apresentação de propostas, candidaturas e soluções 599

Artigo 24.º Entrada em vigor 600

PARTE III — LEGISLAÇÃO REGIONAl 601

DECRETO LEGISLATIVO REGIONAL N.º 34/2008/A, DE 28 DE JULHO

CAPÍTULO I

DA CONTRATAÇÃO EM GERAL

SECÇÃO I

DISPOSIÇÕES GENÉRICAS

Artigo 1.º Objeto 602

Artigo 2.º Entidades adjudicantes 602

Artigo 3.º Contraentes públicos 603

Artigo 4.º Delegação de competências 604

SECÇÃO II

TRAMITAÇÃO ELETRÓNICA

Artigo 5.º Plataforma eletrónica 604

Artigo 6.º Anúncio 605

SECÇÃO III

CELEBRAÇÃO DO CONTRATO

Artigo 7.º Inexigibilidade e dispensa de redução do contrato a escrito 605

Artigo 8.º Outorga do contrato 606

CAPÍTULO II

PROCEDIMENTOS

SECÇÃO I

AJUSTE DIRETO

Artigo 9.º Ajuste direto para aquisição de serviços 607

Artigo 10.º Escolha das entidades convidadas 607

Artigo 11.º Regime simplificado 607

Artigo 12.º Preço e prazos no regime simplificado 608

SECÇÃO II

CONCURSO PÚBLICO

Artigo 13.º Consulta e fornecimento das peças do procedimento 608

Artigo 14.º Lista dos concorrentes e consulta das propostas 609

Artigo 15.º Leilão eletrónico 609

SECÇÃO III

CONCURSO LIMITADO POR PRÉVIA QUALIFICAÇÃO

Artigo 16.º Modo de apresentação das candidaturas 609

CAPÍTULO III

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

Artigo 17.º Sistema de aquisição dinâmico 610

Artigo 18.º Centrais de compras 610

CAPÍTULO IV

REGIME SUBSTANTIVO DOS CONTRATOS

ADMINISTRATIVOS

SECÇÃO I

PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS

Artigo 19.º Dever de informação 611

Artigo 20.º Fiscalização, acompanhamento e modificação 611

Artigo 21.º Processos arbitrais 611

SUBSECÇÃO I

EMPREITADAS DE OBRAS PÚBLICAS

Artigo 22.º Elementos de solução da obra 612

Artigo 23.º Trabalhos a mais 612

Artigo 24.º Posse e constituição de servidões 613

Artigo 25.º Consignação total e parcial 613

SUBSECÇÃO II

CONCESSÕES DE OBRAS PÚBLICAS E DE SERVIÇOS PÚBLICOS

Artigo 26.º Objeto social 614

CAPÍTULO V

CONTRAORDENAÇÕES

Artigo 27.º Competência para o processo 614

Artigo 28.º Produto das coimas 614

Artigo 29.º Publicidade das sanções 615

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

SECÇÃO I

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Artigo 30.º Aplicação no tempo 615

Artigo 31.º Regime transitório relativo à prática de atos 615

Artigo 32.º Apresentação de propostas, candidaturas e soluções em suporte papel 616

Artigo 33.º Fornecimento das peças do procedimento 616

Artigo 34.º Ato público 617

Artigo 35.º Formalidades do ato público 617

Artigo 36.º Comunicações e notificações 618

SECÇÃO II

DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 37.º Observatório da contratação pública 618

Artigo 38.º Obrigações estatísticas 619

Artigo 39.º Regulamentação 619

Artigo 40.º Publicitação da atualização dos limiares comunitários 619

Artigo 41.º Produção de efeitos 620

DECRETO LEGISLATIVO REGIONAL N.º 34/2008/M, DE 14 DE JULHO

Artigo 1.º Objeto 622

Artigo 2.º Entidades adjudicantes 622

Artigo 3.º Contratação excluída 622

Artigo 4.º Escolha do procedimento 622

Artigo 5.º Impedimentos 623

Artigo 6.º Documentos da proposta e da candidatura 623

Artigo 7.º Documentos de habilitação 623

Artigo 8.º Escolha das entidades convidadas 624

Artigo 9.º Posse administrativa e constituição de servidões 624

Artigo 10.º Contraordenações muito graves 624

Artigo 11.º Adaptações orgânicas 625

Artigo 12.º Entrada em vigor 625

ANEXO I-M 627

ANEXO II-M 631

ANEXO V-M 633

PARTE IV — LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR RELEVANTE

(SUMÁRIOS) 637

Decreto-Lei n.º 190/2012, de 22 de agosto

Decreto-Lei n.º 117-A/2012, de 14 de junho

Decreto-Lei n.º 107/2012, de 18 de maio

Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro

Decreto-Lei n.º 104/2011, de 6 de outubro

Decreto-Lei n.º 29/2011, de 28 de fevereiro

Lei n.º 3/2010, de 27 de abril

Decreto-Lei n.º 200/2008, de 9 de outubro

Decreto-Lei n.º 6/2004, de 6 de janeiro

PARTE V — LEGISLAÇÃO COMUNITÁRIA (SUMÁRIOS) 655

Diretiva n.º 2004/17/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de

31 de março, relativa à coordenação dos processos de adjudicação

de contratos nos setores da água, da energia, dos transportes e dos

serviços postais

Diretiva n.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho,

de 31 de março, relativa à coordenação dos processos de adjudicação

dos contratos de empreitada e de obras públicas, dos contratos

públicos de fornecimento e dos contratos públicos de serviços

Regulamento (CE) n.º 1564/2005, da Comissão, de 7 de setembro, que estabe-

lece os formulários-tipo para publicação de anúncios no âmbito dos processos

de adjudicação de contratos públicos em conformidade com as Diretivas

n.os 2004/17/CE e 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho

Regulamento (CE) n.º 213/2008, da Comissão, de 28 de novembro de

2007, que altera o Regulamento (CE) n.º 2195/2002, do Parlamento

Europeu e do Conselho, relativo ao Vocabulário Comum para os Contra-

tos Públicos (CPV), e as Diretivas do Parlamento Europeu e do Conselho

n.os 2004/17/CE e 2004/18/CE, relativas aos processos de adjudicação

de contratos, no que respeita à revisão do CPV

Regulamento (CE) n.º 1177/2009, da Comissão, de 30 de novembro,

que altera as Diretivas n.os 2004/17/CE, 2004/18/CE e 2009/81/CE,

do Parlamento Europeu e do Conselho, no respeitante aos seus

limiares de aplicação no contexto dos processos de adjudicação

de contratos (Texto relevante para efeitos do EEE) — Texto integral

PARTE VI — JURISPRUDÊNCIA E PARECERES 659

Acórdão n.º 9/2012, de 21 de março, da subsecção da 1.ª Secção

do Tribunal de Contas (processo n.º 233/2011).

Acórdão n.º 33/2011, de 6 de dezembro, do Plenário da 1.ª Secção

do Tribunal de Contas (processo n.º 55/2011).

Acórdão n.º 34/2011, de 6 de dezembro, do Plenário da 1.ª Secção

do Tribunal de Contas (processo n.º 137/2011).

Acórdão n.º 70/2011, de 28 de novembro, da subsecção da 1.ª Secção

do Tribunal de Contas (processo n.º 1197/2011).

Acórdão n.º 63/2011, de 12 de outubro, da subsecção da 1.ª Secção

do Tribunal de Contas (processo n.º 815/2011).

Acórdão n.º 58/2011, de 14 de julho, da subsecção da 1.ª Secção do

Tribunal de Contas (processo n.º 611/2011).

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, de 28 de março de 2012

(processo n.º 934/11).

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, de 15 de março de 2012

(processo n.º 170/12).

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, de 14 de dezembro

de 2011 (processo n.º 782/11).

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, de 21 de junho de 2011

(processo n.º 11/11).

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, de 9 de novembro

de 2010 (processo n.º 851/10).

Processo n.º 05631/09, de 10 de janeiro de 2013.

Processo n.º 09267/12, de 6 de dezembro de 2012.

Processo n.º 09077/2012, de 22 de novembro de 2012.

Processo n.º 09248/12, de 22 de novembro de 2012.

Processo n.º 09245/12, de 8 de novembro de 2012.

Processo n.º 09257/12, de 25 de outubro de 2012.

Parecer n.º P000182012, de 25 de outubro de 2012.

Parecer n.º P000142012, de 1 de junho de 2012.

NOTAS ALTERAÇÕES 671

45

CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

CÓDIGO�DOS�CONTRATOS�PÚBLICOS

Alterado por:

Decreto-Lei n.º 149/2012, de 7 de dezembroLei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembroDecreto-Lei n.º 131/2010, de 14 de dezembroLei n.º 3/2010, de 27 de abrilDecreto-Lei n.º 278/2009, de 2 de outubroDecreto-Lei n.º 223/2009, de 11 de setembroLei n.º 59/2008, de 11 de setembroDeclaração de Retificação n.º 18-A/2008, de 28 de março

47

CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

PARTE�I

CÓDIGO�DOS�CONTRATOS�PÚBLICOS

DECRETO-LEI N.º 18/2008,

DE 29 DE JANEIRO

��

O presente decreto-lei aprova o Código dos Contratos Públicos (CCP), que estabelece

a disciplina aplicável à contratação pública e o regime substantivo dos contratos públicos que revistam a natureza de contrato administrativo.

Trata-se do primeiro diploma com um tal duplo objeto no ordenamento jurídico português, assumindo-se, por isso, como um importante marco histórico na evolução do direito administrativo nacional e, em especial, no domínio da atividade contratual da Administração. Para além do objetivo de alinhamento com as mais recentes diretivas comunitárias, a cuja trans-posição aqui se procede, o CCP procede ainda a uma nova sistematização e a uma uniformização de regimes substantivos dos contratos administra-tivos atomizados até agora.

Em primeiro lugar, o CCP procede à transposição das Diretivas n.os 2004/17/CE e 2004/18/CE, ambas do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março, alteradas pela Diretiva n.º 2005/51/CE, da Comissão, de 7 de setembro, e retificadas pela Diretiva n.º 2005/75/CE, do Parlamento Europeu e da Comissão, de 16 de novembro. A propó-sito do cumprimento desta obrigação comunitária, o CCP cria um con-junto homogéneo de normas relativas aos procedimentos pré-contratuais públicos, pelo que o seu conteúdo vai além da mera reprodução das regras constantes das referidas diretivas. Na verdade, o CCP envolve não só a transposição e concretização dessas regras, na medida em que o legislador comunitário reservou para o legislador nacional, em vários domínios, uma margem de livre decisão (que importa exercer, nuns casos, em sintonia com a melhor tradição portuguesa e, noutros casos, rompendo com práti-cas do passado que se não justificavam ou careciam de ajustamentos), mas também a regulação de todos os procedimentos que não se encontram abrangidos pelos âmbitos objetivo e subjetivo das diretivas, mas que não

48

DIREITO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA

deixam, por isso, de revestir a natureza de procedimentos pré-contratuais públicos — pelo que devem beneficiar de um tratamento legislativo in-tegrado.

Em segundo lugar, o CCP desenha também uma linha de continuidade relativamente aos principais regimes jurídicos atualmente em vigor (em especial, os Decretos-Leis n.os 59/99, de 2 de março, 197/99, de 8 de junho, e 223/2001, de 9 de agosto, que têm constituído a matriz da contratação pública portuguesa nos últimos anos), de forma a garantir segurança e es-tabilidade jurídica aos operadores económicos. Simultaneamente, o CCP representa um esforço de modernização, visível, aliás, a três níveis funda-mentais: (i) no plano da investigação e desenvolvimento, o CCP prescreve que relativamente a contratos de valor igual ou superior a € 25 000 000 o adjudicatário é obrigado a elaborar um ou vários projetos de investiga-ção e desenvolvimento diretamente relacionados com as prestações que constituem o objeto desse contrato, a concretizar em território nacional, pelo próprio ou por terceiros, de valor correspondente, em regra, a pelo menos 1 % do preço contratual; (ii) no plano da permeabilidade à evolução tecnológica e às possibilidades oferecidas pelas vias eletrónicas, o CCP adequa o regime da contratação pública às exigências da atualidade, ma-xime às impostas pelo e-procurement e pelas novas exigências decorrentes da Estratégia Nacional de Compras Públicas Ecológicas; (iii) no plano da própria evolução jurídica e sua articulação com áreas conexas, o CCP procura, entre outras coisas, ajustar o regime da contratação e da execução dos contratos por ele abrangidos às técnicas de financiamento hoje em dia correntes, sobretudo no domínio dos contratos de concessão, avultando, naturalmente, as de project finance, acquisition finance e asset finance.

Em terceiro lugar, o CCP — enquanto instrumento de codificação da disciplina aplicável à contratação pública e do regime substantivo dos contratos administrativos, motivado pela necessidade de uniformização de regras dispersas, de regulamentação de vazios jurídicos, de simplificação procedimental e de modernização legislativa — prossegue o objetivo de introduzir um maior rigor e celeridade em matéria de contratação pública e de execução de contratos administrativos, tendo em conta a relevância da atividade administrativa contratualizada, bem como a indispensabilidade do controlo da despesa pública.

��

No que diz respeito à disciplina aplicável à contratação pública, destaca-se o respetivo âmbito objetivo: a fase de for-mação dos contratos, qualquer que seja a sua designação e a sua natureza administrativa ou privada, a celebrar pelas entidades adjudicantes. A refe-rida disciplina aplica-se, em especial, à formação de contratos cujo objeto abranja prestações que, designadamente em razão da sua natureza ou das suas características, bem como da posição relativa das partes no contrato

49

CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

ou do contexto da sua própria formação, estão ou sejam suscetíveis de estar submetidas à concorrência de mercado. Nesta cláusula geral cabem os contratos típicos regulados pelas diretivas comunitárias, bem como os contratos de concessão de serviços e de sociedade, em relação aos quais o CCP autonomiza, designadamente, o regime substantivo.

Acresce, ainda, a este propósito, uma opção que se reveste de especial importância: a inaplicabilidade das regras da contratação pública à fase de formação de contratos quando se verificarem os pressupostos de (i) a entidade adjudicante exercer sobre a atividade da entidade adjudicatária, isoladamente ou em conjunto com outras entidades adjudicantes, um con-trolo análogo ao que exerce sobre os seus próprios serviços e de (ii) a enti-dade adjudicatária desenvolver o essencial da sua atividade em benefício de uma ou de várias entidades adjudicantes que exerçam sobre ela o referido controlo análogo (a comummente designada contratação in house).

Relativamente ao âmbito subjetivo de aplicação das regras da contrata-ção pública, a novidade fundamental diz respeito à rigorosa transposição da noção comunitária de «organismo de direito público» — introduzida de forma a acompanhar o entendimento que tem sido veiculado pela jurisprudência comunitária e portuguesa. Promove-se, pois, a sujeição das entidades instrumentais da Administração Pública às regras dos pro-cedimentos pré-contratuais públicos. Concretamente, inclui-se no âmbito subjetivo de aplicação qualquer pessoa coletiva que, independentemente da sua natureza pública ou privada, tenha sido criada especificamente para satisfazer necessidades de interesse geral, sem caráter industrial ou comercial, e que seja financiada maioritariamente pelas entidades adju-dicantes do setor público administrativo tradicional ou esteja sujeita ao seu controlo de gestão ou tenha um órgão de administração, direção ou fiscalização cujos membros sejam em mais de metade designados, direta ou indiretamente, por aquelas entidades. Acrescentando-se, a título ex-plicativo, que são consideradas pessoas coletivas criadas especificamente para satisfazer necessidades de interesse geral, sem caráter industrial ou comercial, aquelas cuja atividade económica se não submeta à lógica do mercado e da livre concorrência.

Em relação aos procedimentos pré-contratuais, o CCP procede a uma redução do seu número e da sua diversidade, uniformizando a nomen-clatura e regras procedimentais aplicáveis. Concretamente, preveem-se apenas os seguintes procedimentos: ajuste direto, negociação com publi-cação prévia de anúncio, concurso público, concurso limitado por prévia qualificação e diálogo concorrencial. Eliminam-se, desta forma, os proce-dimentos que se revelam menos consentâneos com a concorrência ou cujas diferenças em face dos demais não justificariam, apesar disso, a respetiva autonomização (nomeadamente o concurso limitado sem apresentação de candidaturas ou sem publicação de anúncio, a negociação sem publicação prévia de anúncio e a consulta prévia).

50

DIREITO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA

Por outro lado, o CCP revê em alta os limites relativos ao valor do con-trato em função do procedimento pré-contratual adotado. Considera-se estratégico pôr fim à atual banalização dos procedimentos de tramitação mais pesada e complexa (designadamente o concurso público e o concurso limitado). Para efeitos da determinação do valor do contrato, consagra-se um sistema que impeça as atuais disfunções relacionadas com o método assente nas estimativas (que só excecionalmente é permitido). Assim sendo, afirma-se a regra de que a escolha do procedimento condiciona o valor do contrato a celebrar — entendido este último como o valor má-ximo do benefício económico que, em função do procedimento adotado, pode ser obtido pelo adjudicatário com a execução de todas as prestações que constituem o objeto contratual.

Relativamente à escolha dos procedimentos em função de critérios ma-teriais, o legislador nacional surge à partida condicionado pelas diretivas comunitárias — pelo menos acima dos limiares por elas previstos e para os contratos a elas sujeitos — restando, por isso, uma reduzida margem de opção legislativa. Adicionalmente, foram criadas regras especiais para a escolha do procedimento em função do tipo de contrato a celebrar ou da respetiva entidade adjudicante.

O presente Código introduz uma maior exigência ao nível da qua-lificação dos candidatos, em sede de concurso limitado e de proce-dimento de negociação, criando dois modelos de qualificação: (i) o modelo simples, que corresponde à verificação do preenchimento de requisitos mínimos de capacidade técnica e de capacidade financeira fixados no programa do procedimento; e (ii) o modelo complexo, que assenta num sistema de seleção de um número predefinido de candi-datos qualificados segundo o critério da maior capacidade técnica e financeira, através da utilização de um rigoroso modelo de avaliação das respetivas candidaturas. Ambos os modelos de qualificação garantem uma verdadeira e própria avaliação das capacidades técnica e financeira dos candidatos, implicando a emissão de um juízo valorativo sobre as mesmas — não se bastando apenas, como atualmente, com uma mera verificação documental.

O CCP versa ainda, com inovação e rigor, sobre as regras essenciais ati-nentes à metodologia de avaliação das propostas. Trata-se, como é sabido, de uma vertente crucial no domínio da formação dos contratos públicos. Na verdade, os fatores que densificam o critério de adjudicação consti-tuem a pedra angular de qualquer programa de concurso, pelo que a sua enunciação e publicitação reveste-se de inegável importância, tanto para os concorrentes (que com base em tais fatores delinearão, de uma forma ou de outra, a respetiva estratégia e apresentarão, de um modo ou de outro, os seus argumentos concursais) quanto para a entidade adjudicante (posto que é à luz desses fatores que se há de evidenciar a proposta economica-mente mais vantajosa na ótica do interesse prosseguido).

51

CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

Do exposto resultam duas preocupações conexas a que o CCP procura dar resposta cabal: (i) por um lado, é imperioso garantir que a enunciação e publicitação dos fatores e eventuais subfatores que densificam o critério de adjudicação, bem como dos respetivos coeficientes de ponderação, se faça em moldes conformes com os princípios da igualdade, da concorrência, da imparcialidade, da proporcionalidade, da transparência, da publicidade e da boa-fé, parâmetros que reconhecidamente dominam as tramitações procedimentais pré-contratuais; (ii) por outro lado, é fundamental assegu-rar a observância daqueles mesmos princípios ao longo da fase de avaliação das propostas, assim como durante as diligências que a preparam ou que se lhe seguem.

Nesta linha, a metodologia de avaliação deve, desde logo, constar do programa do procedimento, nomeadamente com a enumeração dos fato-res e subfatores que densificam o critério de adjudicação, acompanhados das respetivas ponderações, no sentido de garantir os apontados princípios gerais.

Além disso, tanto para efeitos de admissão e exclusão de candidaturas e de propostas, quanto para efeitos da sua avaliação e classificação, confe-re-se especial importância aos respetivos aspetos que relevem do âmbito social e ambiental — de resto, no seguimento das orientações perfilhadas pelas diretivas comunitárias que se transpõem. Ou seja, é desejável que os requisitos mínimos de qualificação dos candidatos, bem como os fatores que densificam o critério de adjudicação e ainda os aspetos vinculados do caderno de encargos dos procedimentos reflitam, ponderem e valorizem preocupações sociais e ambientais relacionadas com o objeto do con-trato a celebrar. Aliás, a já referida Estratégia Nacional de Ação de Com-pras Públicas Ecológicas estabelece igualmente metas e objetivos para a Administração, no que se refere à introdução de critérios ambientais no procedimento de aquisição de bens e serviços pelo Estado.

Em relação às peças do procedimento, destaca-se a previsão expressa de que as cláusulas do caderno de encargos relativas aos aspetos da exe-cução do contrato submetidos à concorrência podem fixar os respeti-vos parâmetros base a que as propostas estão vinculadas. Os parâmetros base — que podem respeitar ao preço a pagar pela entidade adjudicante, ao prazo de execução das prestações objeto do contrato ou às suas carac-terísticas técnicas ou funcionais — devem ser definidos através de limites mínimos ou máximos e funcionam como delimitadores da concorrência, determinando a exclusão das propostas cujas condições os ultrapassem.

A este propósito merece especial destaque a figura do preço base, defi-nido como o preço máximo que a entidade adjudicante se dispõe a pagar pela execução de todas as prestações que constituem o objeto do contrato a celebrar. O preço base corresponde (i) ao valor fixado no caderno de encargos como parâmetro base (ii) ao valor máximo do contrato a cele-brar permitido pela escolha do procedimento (quando não é efetuada em

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função de critérios materiais), ou (iii) ao valor máximo até ao qual o órgão competente, por lei ou por delegação, pode autorizar a despesa inerente ao contrato a celebrar — consoante o que for mais baixo.

O CCP prossegue o objetivo da simplificação da tramitação procedi-mental pré-contratual através da aposta nas novas tecnologias de infor-mação. Introduz-se, a título principal, uma adequada participação pro-cedimental através de meios eletrónicos. É fundamental, num quadro em que o Governo pretende promover a desburocratização, que a contratação pública seja desmaterializada — o que obriga, entre outras coisas, à criação de um sistema alternativo ao clássico papel, fundando as comunicações em vias eletrónicas. Desta forma, assegura-se ainda um importante encurta-mento dos prazos procedimentais, tanto reais quanto legais.

Por fim, o CCP acolhe a quase totalidade das mais recentes novidades introduzidas pelas diretivas comunitárias em matéria de contratação pú-blica, de entre as quais se destacam: o procedimento de diálogo concor-rencial, os leilões eletrónicos, os acordos quadro, as centrais de compras e os sistemas de aquisição dinâmicos.

O procedimento de diálogo concorrencial pode ser adotado quando o contrato a celebrar, qualquer que seja o seu objeto, seja particularmente complexo, impossibilitando a adoção do concurso público ou do con-curso limitado por prévia qualificação. Para este efeito, consideram-se particularmente complexos os contratos relativamente aos quais seja objetivamente impossível definir (i) a solução técnica mais adequada à satisfação das necessidades da entidade adjudicante com o contrato a celebrar (ii) os meios técnicos aptos a concretizar a solução já definida pela entidade adjudicante, ou (iii) a estrutura jurídica ou financeira inerentes ao contrato a celebrar. A adoção do procedimento de diálogo concorrencial destina-se, assim, a permitir à entidade adjudicante deba-ter, com os potenciais interessados na execução do contrato a celebrar, os aspetos carecidos de definição. Destaca-se, a este propósito, que a impossibilidade objetiva de definir os referidos aspetos não pode, em qualquer caso, resultar da carência efetiva de apoios de ordem técnica, jurídica ou financeira de que a entidade adjudicante, usando da diligên-cia devida, possa dispor.

O leilão eletrónico constitui uma fase facultativa a que entidade adju-dicante pode recorrer nos procedimentos de concurso, quando esteja em causa a formação de contratos de locação ou de aquisição de bens móveis ou de contratos de aquisição de serviços. O leilão eletrónico destina-se a permitir aos concorrentes melhorar, progressivamente, os atributos das suas propostas, relativos a aspetos da execução do contrato a celebrar sub-metidos à concorrência pelo caderno de encargos — desde que este fixe os parâmetros base desses aspetos e desde que tais atributos sejam definidos apenas quantitativamente e a sua avaliação seja efetuada através de uma expressão matemática. De acordo com os imperativos comunitários, no de-

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curso do leilão eletrónico, a entidade adjudicante não pode divulgar, direta ou indiretamente, a identidade dos concorrentes que nele participam.

O CCP acolhe também a figura do acordo quadro a celebrar pelas en-tidades adjudicantes, isolada ou conjuntamente, com uma única entidade (quando se encontrem suficientemente especificados todos os aspetos da execução dos contratos a celebrar ao seu abrigo) ou com várias entidades (quando o acordo quadro tenha por objeto a aquisição futura de diferentes lotes ou quando os aspetos da execução dos contratos a celebrar ao seu abrigo não estejam todos contemplados ou não se encontrem suficiente-mente especificados). Acrescenta-se que, em qualquer caso, a celebração de um acordo quadro deve mostrar-se adequada aos fins a prosseguir pela entidade adjudicante, bem como ao tipo de obras, bens ou serviços em causa, sendo vedada a sua utilização nos casos em que impeça, restrinja ou falseie a concorrência.

O CCP prevê ainda que as entidades adjudicantes possam criar centrais de compras, igualmente sujeitas às disposições do presente Código, desti-nadas a: (i) adjudicar propostas em sede de procedimentos pré-contratuais destinados à formação de contratos de empreitada de obras públicas, de locação ou de aquisição de bens móveis e de aquisição de serviços, a pedido e em representação das entidades adjudicantes; (ii) adquirir bens móveis ou serviços destinados a entidades adjudicantes, nomeadamente por forma a promover o agrupamento de encomendas de bens ou serviços; (iii) celebrar acordos quadro, também designados por contratos públicos de aprovisionamento, que permitam a posterior formação de contratos ao seu abrigo, por ajuste direto, por parte das entidades adjudicantes.

O CCP recebe ainda a figura de origem comunitária designada por sistemas de aquisição dinâmicos. Tratam-se de sistemas totalmente ele-trónicos destinados a permitir às entidades adjudicantes a celebração de contratos de aquisição de bens ou de serviços de uso corrente, enten-dendo-se por tal aqueles bens e serviços cujas especificações técnicas são estandardizadas.

Por fim, consagrou-se a possibilidade de a entidade adjudicante recor-rer, nos procedimentos de formação de contratos de concessão de obras públicas ou de concessão de serviços públicos, a uma fase de negociações, após uma primeira avaliação das propostas.

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Quanto à matéria relativa ao regime subs-tantivo dos contratos públicos, a primeira nota que importa realçar prende-se com a circunstância da parte iii do CCP apenas se aplicar aos contratos públicos que revistam a natureza de contrato administrativo, deixando-se, desta forma, à margem do mesmo instrumentos contratuais cuja fase de formação se encontra sujeita às regras estabelecidas na parte ii do CCP.

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Assinalada a inexistência de sobreposição de âmbitos objetivos de apli-cação entre as partes ii e iii do CCP, importa ter presente a segunda opção de fundo relativamente à parte iii e que se relaciona com o facto de esta assentar numa estrutura bipartida. Assim, por um lado, integra a parte iii do Código um núcleo de normas comum a todos os contratos que revestem a natureza de contrato administrativo (revogando-se, deste modo, os ar-tigos 178.º a 189.º do Código do Procedimento Administrativo) — título i da parte iii — e, por outro lado, nela é especialmente regulada a disciplina jurídica aplicável a certos tipos contratuais em particular — título ii da parte iii: empreitada de obras públicas, concessão de obras públicas e de serviços públicos, aquisição e locação de bens móveis e aquisição de serviços.

O regime estabelecido na parte iii do Código reflete ainda uma filosofia de reforço claro e deliberado da autonomia contratual das partes, denotan-do-se, neste contexto, uma predominância evidente de normas de caráter supletivo. Outra marca das grandes opções estruturais relativas à parte iii prende-se com a tendência desregulamentadora (visível, nomeadamente, no domínio das empreitadas de obras públicas) que acompanha, aliás, a ótica anteriormente realçada.

No que concerne ao título i da parte iii do Código («Contratos admi-nistrativos em geral»), a primeira nota vai para a preocupação de preser-vação do quid specificum dos contratos administrativos, percetível através dos seguintes aspetos: (i) recorrente apelo aos imperativos de interesse público (por exemplo, na modificação e resolução contratuais); (ii) ma-nutenção de importantes poderes do contraente público durante a fase de execução do contrato administrativo; (iii) criação de figuras como a da partilha de benefícios; (iv) criação de regras especiais para as situações de incumprimento do contraente público; (v) introdução de normas que versam, direta ou indiretamente, a repartição de risco entre as partes contratantes.

Numa lógica de maior rigor na gestão dos recursos públicos, a regulamentação do título i da parte iii imprime, igualmente, uma maior responsabilização de todos os intervenientes nas relações contratuais administrativas. Assim, foram criadas regras de incentivo à boa gestão de recursos financeiros públicos e privados (como as normas relativas aos adiantamentos de preço, à revisão de preços e à liberação da caução) e re-gras relativas à repartição de responsabilidade durante a fase de execução (destaca-se, quanto a este aspeto, o regime do incumprimento contratual, da cessão e da subcontratação).

Por último, de entre as principais inovações do CCP, não pode deixar de se destacar a criação de regulamentação adequada de alguns aspetos das técnicas de project finance, acquisition finance e asset finance, que se cru-zam com a atividade de contratação pública. Na verdade, esta técnica de obtenção de recursos financeiros para financiamento de projetos, recor-

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rentemente utilizada na Europa e em Portugal (especialmente quando associada a parcerias público-privadas consubstanciadas em contratos de concessão) e sem a qual muitos avultados investimentos ao serviço do de-senvolvimento do País não teriam sido possíveis, não encontrava qualquer reflexo ao nível da legislação ordinária, o que gerava um conflito entre as técnicas contratuais ditadas, sobretudo, pela prática do project finance e as regras legais relativas à contratação pública, de raiz essencialmente comu-nitária. O novo CCP veio, assim, pôr um termo à divisão entre a prática e a legislação no que respeita a alguns fenómenos generalizados com o project finance e combinou a necessária rigidez das normas destinadas à salva-guarda da concorrência garantida pela parte ii do Código com as recor-rentes garantias exigidas pelas entidades financiadoras do projeto que, no sucesso deste veem a fonte quase exclusiva de retribuição do investimento suportado. Destaca-se, portanto, a este respeito, o enquadramento legal atribuído aos direitos de step in e step out, a regulamentação das alterações societárias e o regime construído a propósito do exercício do direito de sequestro da concessão (este último já no título ii da parte iii do Código).

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A abrir o título ii da parte iii do Código («Contratos em especial») encontra-se o capítulo referente ao contrato de empreitada de obras públicas — que se mantém, naturalmente, como um contrato administrativo por determinação da lei — resultante de uma re-dução substancial do título iv («Execução da empreitada») do Decreto-Lei n.º 59/99, de 2 de março. Essa redução é fruto, em primeiro lugar, de se considerar como uma solução menos boa a disciplina minuciosa do con-trato de empreitadas de obras públicas, como vem sendo tradicional entre nós há várias décadas. Essa disciplina minuciosa contribuiu para a crista-lização de um regime que se deveria pretender dinâmico, transformou a lei em «contrato normativo» e, sobretudo, retirou aos sujeitos das relações contratuais um espaço de decisão que deveria ser deles por excelência. A redução operada resulta ainda, em segundo lugar, da ideia rectora do CCP, particularmente do objetivo de o construir sobre títulos e capítulos equilibrados e com uma estrutura tão homogénea quanto possível e, ainda, do objetivo de remeter para a respetiva parte geral (título i da parte iii) tudo o que se deva considerar próprio da teoria geral dos contratos públi-cos e não tanto exclusivo dos contratos de empreitada de obras públicas.

Assim, regista-se desde já que uma parte importante do aludido tí-tulo iv do Decreto-Lei n.º 59/99, de 2 de março, surge com uma nova sistematização no título i da parte iii do Código, sendo que muitas outras regras inscritas naquele diploma deixam de ter reflexo legal no Código, passando o respetivo conteúdo a depender da autonomia do dono do concurso — que as acolherá, ou não, no caderno de encargos — e, ainda que com todas as limitações de que a mesma consabidamente padece, da

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liberdade contratual das partes — que as inserirão, ou não, no clausulado contratual.

Como principais linhas de força do capítulo das empreitadas de obras públicas, sublinham-se as seguintes: (i) abandono da tradicional tricotomia «empreitada por preço global, por série de preços ou por percentagem», sem prejuízo de a entidade adjudicante poder desenhar as empreitadas com qualquer desses figurinos; (ii) clarificação do mecanismo de repre-sentação das partes e reforço dos poderes do diretor de fiscalização da obra (antigo «fiscal da obra»); (iii) uniformização do regime de garantias administrativas do empreiteiro relativamente a eventos que devam ser formalizados em auto; (iv) previsão de um observatório das obras públicas, ainda que dependente de lei especial que o crie e discipline, através do qual se monitorizarão os aspetos mais relevantes da execução dos con-tratos de empreitadas de obras públicas; (v) consagração da regra de que incumbe ao dono da obra (e, no caso de empreitadas integradas em con-cessões, ao concedente, salvo estipulação em contrário) o procedimento administrativo de expropriação, constituição de servidões e ocupação de prédios necessários à execução dos trabalhos, ficando igualmente sob sua responsabilidade o pagamento das indemnizações devidas; (vi) previsão da regra segundo a qual as expropriações devem estar concluídas, na sua totalidade, antes da celebração do contrato, salvo quando o número de prédios a expropriar associado ao prazo de execução da obra tornem esta obrigação manifestamente desproporcionada; (vii) circunscrição dos ca-sos em que se admite consignação parcial; (viii) racionalização, por via de limitações acrescidas por comparação com o que resultava do Decreto-Lei n.º 59/99, de 2 de março, do regime dos trabalhos a mais, que passam a depender de pressupostos mais apertados e deixam de incluir os trabalhos necessários ao suprimento de erros e omissões; (ix) redefinição do regime da responsabilidade por erros e omissões, que passa a assentar na regra de que o empreiteiro assume tal responsabilidade quando tenha a obri-gação contratual ou pré-contratual de elaborar o programa ou o projeto de execução, exceto quando aqueles erros ou omissões sejam induzidos pelos elementos elaborados ou disponibilizados pelo dono da obra; (x) limitações acrescidas em matéria de subempreitadas; (xi) reformulação substancial do regime de garantia da obra, que passa a variar consoante se trate de defeitos relativos a elementos construtivos estruturais (10 anos), a elementos construtivos não estruturais ou a instalações técnicas (5 anos) ou a equipamentos afetos à obra mas dela autonomizável (2 anos); (xii) previsão de um relatório final da obra; (xiii) clarificação do regime de extinção do contrato pelo dono da obra e pelo empreiteiro.

Naturalmente que a disciplina do contrato de empreitada de obras pú-blicas beneficia ainda das linhas de força do regime substantivo geral dos contratos administrativos vertidos no título i da parte iii do CCP.

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No que respeita ao regime substantivo dos contratos administrativos, realça-se ainda que o CCP contém, pela pri-meira vez em Portugal, uma disciplina geral sobre concessões de obras públicas e de serviços públicos, sendo que a maior parte das regras são comuns a estes dois tipos contratuais. Note-se ainda que as disposições ge-rais em matérias concessórias são subsidiariamente aplicáveis ao contrato de concessão de exploração de bens do domínio público.

A regulamentação em causa inspira-se amplamente na prática contratual existente entre nós neste domínio, solidificada sobretudo desde o início dos anos 90 do século passado.

Em geral, deixa de ser necessária lei de habilitação específica para cada concessão e o legislador preserva a autonomia das partes para a disciplina específica de cada relação concessória. Para além disso, a regulamentação aplicável às concessões é norteada, como se viu supra, pela preocupação de adequação às técnicas, hoje em dia comuns, de project finance, acquisition finance e asset finance.

Quanto a aspetos a valer igualmente para as concessões de obras e para as de serviços públicos, realçam-se os seguintes: (i) prevê-se que o prazo de vigência do contrato deve ser fixado, por princípio, em função do período de tempo necessário para amortização e remuneração, em normais condições de rendibilidade da exploração, do capital investido pelo concessionário; (ii) o contrato deve implicar uma significativa e efetiva transferência do risco para o concessionário; (iii) os direitos e as obrigações do concedente e do concessionário com base legal são clari-ficados; (iv) estabelece-se que o contrato pode atribuir ao concessioná-rio o direito a prestações económico-financeiras pelo concedente, mas apenas se as mesmas não ofenderem as regras comunitárias e nacionais de concorrência, forem essenciais à viabilidade económico-financeira da concessão e não eliminarem a efetiva e significativa transferência do risco da concessão para o concessionário; (v) consagra-se um regime uniforme de sequestro, resgate e resolução pelo concedente. A regulação de aspe-tos específicos de um e de outro tipo contratual é relativamente reduzida, seja porque as disposições gerais consomem o essencial, seja porque o título i da parte iii é aplicável e dispensa, neste capítulo, disciplina mais exaustiva.

No campo da aquisição e locação de bens e aquisição de serviços, o primeiro tópico a destacar prende-se com a inclusão dos contratos de aquisição de bens móveis, de locação de bens e de aquisição de serviços no rol dos contratos administrativos por determi-nação legal. Todos os contratos desse tipo celebrados por um contraente

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público passam a ser considerados contratos administrativos e a seguir o regime especial estabelecido neste capítulo e no título i da parte iii.

Merece ainda menção o facto de a definição de aquisição de bens móveis incluir os contratos que envolvem a aquisição de bens que vão ser fabricados pelo contraente particular, que normalmente são tratados como contratos de aquisição/fornecimento, mas que, de acordo com a orientação tradicional, integrar-se-iam no conceito de empreitada (civil). Correspondem tais contratos aos «contratos de fabrico».

Neste domínio, consagra-se um conjunto reduzido de normas injunti-vas especiais aplicáveis à execução de contratos administrativos com este objeto, designadamente, normas relativas a (i) conformidade dos bens a fornecer; (ii) obrigações do fornecedor em relação aos bens entregues; (iii) resolução pelo contraente público, estabelecendo-se, aqui, um prazo especial de três meses de mora na entrega dos bens findo o qual o con-traente público pode resolver o contrato. Consagra-se, por outro lado, um conjunto (mais alargado) de normas supletivas especiais aplicáveis à execução de contratos administrativos com este objeto, designadamente: (i) normas relativas ao acompanhamento do fabrico; (ii) local e condições de entrega de bens; (iii) encargos gerais do fornecedor, com licenças, taxas, impostos, prestação de cauções, etc.; (iv) continuidade de fabrico; (v) direitos de propriedade industrial; (vi) resolução pelo fornecedor, estabelecendo-se que esta não determina a repetição das prestações já realizadas. Por último, estende-se a aplicação a estes contratos de aquisi-ção de bens móveis, o disposto na lei que disciplina os aspetos relativos à venda de bens de consumo e das garantias a ela relativas, no que respeita à responsabilidade e obrigações do fornecedor e do produtor e aos direitos do consumidor.

Quanto ao contrato de locação de bens móveis que revista natureza de contrato administrativo, estabelece-se um conjunto de normas injuntivas, especiais relativamente ao regime da locação estabelecido no Código Civil: (i) indemnização por mora do contraente público nos pagamentos; (ii) cedência do gozo e sublocação do bem locado; (iii) resolução pelo con-traente público, estabelecendo-se, aqui, um prazo especial de três meses de mora no cumprimento de obrigações de manutenção ou reparação pelo locador, findo o qual o contraente público pode resolver o contrato. Prevê-se ainda, supletivamente, um conjunto de obrigações de reparação e manutenção que impendem sobre o locador privado.

Por fim, a disciplina do contrato de aquisição de serviços assenta fun-damentalmente numa remissão, com as necessárias adaptações, para o disposto em sede de contratos de aquisição de bens móveis.

Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas, a Associação Nacional de Municípios Portugueses, a Ordem dos Arquitetos, a Autoridade da Concorrência e as associações representativas do setor da construção.

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Foi promovida a audição da Associação Nacional de Freguesias e da Ordem dos Engenheiros.

Assim:Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o

Governo decreta o seguinte:Alterações: Declaração de Retificação n.º 18-A/2008, de 29 de janeiro.

Âmbito de aplicaçãoPARTE I

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ANEXO

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TÍTULO IDISPOSIÇÕES�GERAIS

Artigo 1.ºÂmbito

1. O presente Código estabelece a disciplina aplicável à contratação pública e o regime substantivo dos contratos públicos que revistam a natureza de contrato administrativo.

2. O regime da contratação pública estabelecido na parte ii do presente Código é aplicável à formação dos contratos públicos, entendendo-se por tal todos aqueles que, independentemente da sua designação e natureza, sejam celebrados pelas entidades adjudicantes referidas no presente Código.

3. A parte ii do presente Código é igualmente aplicável, com as necessá-rias adaptações, aos procedimentos destinados à atribuição unilateral, pelas entidades adjudicantes referidas no artigo seguinte, de quaisquer vantagens ou benefícios, através de ato administrativo ou equiparado, em substituição da celebração de um contrato público.

4. À contratação pública são especialmente aplicáveis os princípios da transparência, da igualdade e da concorrência.

5. O regime substantivo dos contratos públicos estabelecidos na parte iii do presente Código é aplicável aos que revistam a natureza de contrato administrativo.

6. Sem prejuízo do disposto em lei especial, reveste a natureza de contrato administrativo o acordo de vontades, independentemente da sua forma ou designação, celebrado entre contraentes públicos e cocontratantes ou somente entre contraentes públicos, que se integre em qualquer uma das seguintes categorias:a) Contratos que, por força do presente Código, da lei ou da vontade

das partes, sejam qualificados como contratos administrativos ou submetidos a um regime substantivo de direito público;

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b) Contratos com objeto passível de ato administrativo e demais contratos sobre o exercício de poderes públicos;

c) Contratos que confiram ao cocontratante direitos especiais sobre coisas públicas ou o exercício de funções dos órgãos do contraente público;

d) Contratos que a lei submeta, ou que admita que sejam submetidos, a um procedimento de formação regulado por normas de direito público e em que a prestação do cocontratante possa condicionar ou substituir, de forma relevante, a realização das atribuições do contraente público.

Artigo 2.ºEntidades adjudicantes

1. São entidades adjudicantes:a) O Estado;b) As Regiões Autónomas;c) As autarquias locais;d) Os institutos públicos;e) As fundações públicas;f) As associações públicas;g) As associações de que façam parte uma ou várias das pessoas coletivas

referidas nas alíneas anteriores, desde que sejam maioritariamente financiadas por estas, estejam sujeitas ao seu controlo de gestão ou tenham um órgão de administração, de direção ou de fiscalização cuja maioria dos titulares seja, direta ou indiretamente, designada pelas mesmas.

2. São também entidades adjudicantes:a) Quaisquer pessoas coletivas que, independentemente da sua natu-

reza pública ou privada:i) Tenham sido criadas especificamente para satisfazer necessi-

dades de interesse geral, sem caráter industrial ou comercial, entendendo-se como tal aquelas cuja atividade económica se não submeta à lógica do mercado e da livre concorrência; e

ii) Sejam maioritariamente financiadas pelas entidades referidas no número anterior, estejam sujeitas ao seu controlo de gestão ou tenham um órgão de administração, de direção ou de fisca-lização cuja maioria dos titulares seja, direta ou indiretamente, designada por aquelas entidades;

b) Quaisquer pessoas coletivas que se encontrem na situação referida na alínea anterior relativamente a uma entidade que seja, ela pró-pria, uma entidade adjudicante nos termos do disposto na mesma alínea;

c) (Revogada.)

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d) As associações de que façam parte uma ou várias das pessoas coletivas referidas nas alíneas anteriores, desde que sejam maioritariamente financiadas por estas, estejam sujeitas ao seu controlo de gestão ou tenham um órgão de administração, de direção ou de fiscalização cuja maioria dos titulares seja, direta ou indiretamente, designada pelas mesmas.

3. (Revogado.)Alterações: Decreto-Lei n.º 278/2009, de 2 de outubro; Decreto-Lei n.º 149/2012, de 7

de dezembro.

Artigo 3.ºContraentes públicos

1. Para efeitos do presente Código, entende-se por contraentes públicos:a) As entidades referidas no n.º 1 do artigo anterior;b) As entidades adjudicantes referidas no n.º 2 do artigo anterior sem-

pre que os contratos por si celebrados sejam, por vontade das partes, qualificados como contratos administrativos ou submetidos a um regime substantivo de direito público.

2. São também contraentes públicos quaisquer entidades que, indepen-dentemente da sua natureza pública ou privada, celebrem contratos no exercício de funções materialmente administrativas.

Artigo 4.ºContratos excluídos

1. O presente Código não é aplicável aos contratos a celebrar:a) Ao abrigo de uma convenção internacional previamente comunicada

à Comissão Europeia, e concluída nos termos do Tratado que institui a Comunidade Europeia, entre o Estado Português e um ou mais Estados terceiros, que tenham por objeto a realização de trabalhos destinados à execução ou à exploração em comum de uma obra pública pelos Estados signatários ou a aquisição de bens móveis ou de serviços destinados à realização ou à exploração em comum de um projeto pelos Estados signatários;

b) Com entidades nacionais de outro Estado membro ou de um Estado terceiro, nos termos de uma convenção internacional relativa ao estacionamento de tropas;

c) De acordo com o procedimento específico de uma organização internacional de que o Estado Português seja parte.

2. O presente Código não é igualmente aplicável aos seguintes contratos:a) Contratos de trabalho em funções públicas e contratos individuais

de trabalho;

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DIREITO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA

b) Contratos de doação de bens móveis a favor de qualquer entidade adjudicante;

c) Contratos de compra e venda, de doação, de permuta e de arrenda-mento de bens imóveis ou contratos similares;

d) Contratos relativos à aquisição, ao desenvolvimento, à produção ou à coprodução de programas destinados a emissão por parte de entida-des de radiodifusão ou relativos a tempos de emissão, sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 11.º

Alterações: Declaração de Retificação n.º 18-A/2008, de 28 de março; Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro.

Artigo 5.ºContratação excluída

1. A parte ii do presente Código não é aplicável à formação de contratos a celebrar por entidades adjudicantes cujo objeto abranja prestações que não estão nem sejam suscetíveis de estar submetidas à concorrên-cia de mercado, designadamente em razão da sua natureza ou das suas características, bem como da posição relativa das partes no contrato ou do contexto da sua própria formação.

2. A parte ii do presente Código também não é aplicável à formação dos contratos, independentemente do seu objeto, a celebrar por entidades adjudicantes com uma outra entidade, desde que:a) A entidade adjudicante exerça sobre a atividade desta, isoladamente

ou em conjunto com outras entidades adjudicantes, um controlo análogo ao que exerce sobre os seus próprios serviços; e

b) Esta entidade desenvolva o essencial da sua atividade em benefício de uma ou de várias entidades adjudicantes que exerçam sobre ela o controlo análogo referido na alínea anterior.

3. (Revogado.)4. Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 11.º, a parte ii do presente

Código não é igualmente aplicável à formação dos seguintes contratos:a) Contratos que devam ser celebrados com uma entidade, que seja

ela própria uma entidade adjudicante, em virtude de esta beneficiar de um direito exclusivo de prestar o serviço a adquirir, desde que a atribuição desse direito exclusivo seja compatível com as normas e os princípios constitucionais e comunitários aplicáveis;

b) Contratos mediante os quais qualquer das entidades adjudicantes referidas no n.º 1 do artigo 2.º se obrigue a alienar ou a locar bens móveis ou a prestar serviços, exceto quando o adquirente ou o loca-tário também seja uma entidade adjudicante;

c) Contratos cujo objeto principal consista na atribuição, por qualquer das entidades adjudicantes referidas no n.º 1 do artigo 2.º, de subsí-dios ou de subvenções de qualquer natureza;

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d) Contratos de sociedade cujo capital social se destine a ser exclusi-vamente detido pelas entidades adjudicantes referidas no n.º 1 do artigo 2.º;

e) Contratos de aquisição de serviços financeiros relativos à emissão, compra, venda ou transferência de títulos ou outros instrumentos financeiros, nomeadamente os contratos relativos a operações de obtenção de fundos ou de capital pela entidade adjudicante, bem como os contratos a celebrar em execução das políticas monetária, cambial ou de gestão de reservas e os de aquisição de serviços de caráter financeiro prestados pelo Banco de Portugal;

f) Contratos de aquisição de serviços que tenham por objeto os ser-viços de saúde e de caráter social mencionados no anexo ii-B da Diretiva n.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março, bem como os contratos de aquisição de serviços que tenham por objeto os serviços de educação e formação profissional mencionados no referido anexo, que confiram certificação escolar ou certificação profissional;

g) Contratos que se destinem à satisfação de necessidades de uma entidade adjudicante cujos serviços se encontrem instalados em território de Estado não signatário do Acordo sobre o Espaço Eco-nómico Europeu, desde que celebrados com uma entidade também nele sediada;

h) Contratos a celebrar, ao abrigo de um acordo de cooperação para o desenvolvimento, com uma entidade sediada num dos Estados dele signatários e em benefício desse mesmo Estado, desde que este não seja signatário do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu;

i) Os contratos diretamente abrangidos pelo disposto no artigo 346.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia.

5. À formação dos contratos referidos na alínea f ) do número anterior é aplicável o disposto nos artigos 49.º e 78.º

6. À formação dos contratos referidos nos n.os 1 a 4 são aplicáveis:a) Os princípios gerais da atividade administrativa e as normas que

concretizem preceitos constitucionais constantes do Código do Pro-cedimento Administrativo; ou

b) Quando estejam em causa contratos com objeto passível de ato admi-nistrativo e demais contratos sobre o exercício de poderes públicos, as normas constantes do Código do Procedimento Administrativo, com as necessárias adaptações.

7. Quando a entidade adjudicante seja uma das referidas no n.º 1 do artigo 2.º, à formação de contratos referidos nos n.os 1, 2 e 4 é ainda aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto no capítulo viii do título ii da parte ii do Código.Alterações: Declaração de Retificação n.º 18-A/2008, de 28 de março; Decreto-Lei

n.º 278/2009, de 2 de outubro; Decreto-Lei n.º 149/2012, de 7 de dezembro.

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DIREITO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA

Artigo 6.ºRestrição do âmbito de aplicação

1. À formação de contratos a celebrar entre quaisquer entidades adjudi-cantes referidas no n.º 1 do artigo 2.º, a parte ii do presente Código só é aplicável quando o objeto de tais contratos abranja prestações típicas dos seguintes contratos:a) Empreitada de obras públicas;b) Concessão de obras públicas;c) Concessão de serviços públicos;d) Locação ou aquisição de bens móveis;e) Aquisição de serviços.

2. Quando a entidade adjudicante seja uma das referidas no n.º 2 do artigo 2.º ou o Banco de Portugal, a parte ii do presente Código só é aplicável à formação dos contratos cujo objeto abranja prestações típi-cas dos contratos enumerados no número anterior.

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CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

TÍTULO IISETORES�DA�ÁGUA��DA�ENERGIA��DOS�TRANSPORTES�

E�DOS�SERVIÇOS�POSTAIS

Artigo 7.ºEntidades adjudicantes nos setores da água, da energia,

dos transportes e dos serviços postais

1. São ainda entidades adjudicantes:a) Quaisquer pessoas coletivas não abrangidas pelo artigo 2.º, ainda

que criadas especificamente para satisfazer necessidades de inte-resse geral, com caráter industrial ou comercial, que exerçam uma ou várias atividades nos setores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais e em relação às quais qualquer das entidades adjudicantes referidas no artigo 2.º possa exercer, direta ou indire-tamente, uma influência dominante;

b) Quaisquer pessoas coletivas não abrangidas pelo artigo 2.º que go-zem de direitos especiais ou exclusivos não atribuídos no âmbito de um procedimento de formação de contrato com publicidade inter-nacional e que tenham por efeito:i) Reservar-lhes, isolada ou conjuntamente com outras entidades,

o exercício de uma ou várias atividades nos setores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais; e

ii) Afetar substancialmente a capacidade de quaisquer outras enti-dades exercerem uma ou várias dessas atividades;

c) Quaisquer pessoas coletivas constituídas exclusivamente por entida-des adjudicantes referidas nas alíneas anteriores ou que sejam por elas maioritariamente financiadas, estejam sujeitas ao seu controlo de gestão ou tenham um órgão de administração, de direção ou de fiscalização cuja maioria dos titulares seja, direta ou indiretamente, designada por aquelas entidades, desde que se destinem ao exercício em comum de atividade nos setores da água, da energia, dos trans-portes e dos serviços postais.

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DIREITO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA

2. Para os efeitos do disposto na alínea a) do número anterior, conside-ra-se que uma entidade adjudicante pode exercer influência dominante quando detiver, nomeadamente, a maioria do capital social, a maioria dos direitos de voto, o controlo de gestão ou o direito de designar, direta ou indiretamente, a maioria dos titulares de um órgão de administração, de direção ou de fiscalização.

Artigo 8.ºContraentes públicos nos setores da água, da energia,

dos transportes e dos serviços postais

São ainda contraentes públicos as entidades adjudicantes referidas no artigo anterior sempre que os contratos por si celebrados, a cuja formação seja aplicável a parte ii do presente Código, sejam, por vontade das partes, qualificados como contratos administrativos ou submetidos a um regime substantivo de direito público.

Artigo 9.ºAtividades nos setores da água, da energia,

dos transportes e dos serviços postais

1. Para os efeitos do disposto no presente Código, consideram-se ativi-dades nos setores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais:a) A colocação à disposição, a exploração e a alimentação de redes fixas

de prestação de serviços ao público no domínio da produção, do transporte ou da distribuição de água potável, eletricidade, gás ou combustível para aquecimento;

b) As relativas à exploração de uma área geográfica com a finalidade de:i) Prospetar ou proceder à extração de petróleo, gás, carvão ou

outros combustíveis sólidos; ouii) Colocar à disposição dos transportadores aéreos, marítimos

ou fluviais quaisquer terminais de transporte, designadamente aeroportos, portos marítimos ou interiores;

c) A colocação à disposição e a exploração de redes de prestação de serviços de transporte público por caminho-de-ferro, por sistemas automáticos, por elétricos, por tróleis, por autocarros ou por cabo, sempre que as condições de funcionamento, nomeadamente os iti-nerários, a capacidade de transporte disponível e a frequência do serviço, sejam fixadas por autoridade competente;

d) A prestação de serviços postais;e) A prestação de serviços de gestão de serviços de correio, anteriores

ou posteriores ao envio postal;

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CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

f) A prestação de serviços de valor acrescentado associados à via eletró-nica e inteiramente efetuados por essa via, incluindo os serviços de transmissão protegida de documentos codificados por via eletrónica, os serviços de gestão de endereços e os serviços de envio de correio eletrónico registado;

g) A prestação de serviços financeiros, nomeadamente serviços de seguros, serviços bancários, serviços de investimento e serviços relativos à emissão, compra, venda ou transferência de títulos ou outros instrumentos financeiros ou ainda ao processamento de ordens de pagamento postal, ordens de transferência postal ou ou-tras similares;

h) A prestação de serviços de filatelia;i) A prestação de serviços que combinem a entrega física ou o armaze-

namento de envios postais com outras funções não postais.2. Para os efeitos do disposto na alínea d) do número anterior, conside-

ram-se serviços postais os que consistam na aceitação, no tratamento, no transporte e na distribuição de quaisquer envios postais, incluindo os serviços que sejam e os que possam ou não ser reservados ao abrigo do disposto no artigo 7.º da Diretiva n.º 97/67/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de dezembro.

3. As atividades referidas nas alíneas e) a i) do n.º 1 só são consideradas para os efeitos nele previstos desde que os respetivos serviços sejam prestados por uma entidade que preste igualmente, em condições não expostas à concorrência em mercado de acesso não limitado, os serviços referidos na alínea d) do mesmo número.Alterações: Decreto-Lei n.º 223/2009, de 11 de setembro.

Artigo 10.ºAtividades excecionadas nos setores da água,

da energia e dos transportes

1. Excetua-se do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo anterior a ativi-dade de alimentação de redes fixas de prestação de serviços ao público no domínio da produção, transporte ou distribuição de água potável ou de eletricidade quando:a) A produção de água potável ou de eletricidade pela entidade adju-

dicante seja necessária ao exercício de uma atividade diferente das referidas no artigo anterior;

b) A alimentação daquela rede dependa apenas do consumo próprio da entidade adjudicante e não tenha excedido 30 % da produção total de água potável ou de eletricidade dessa entidade, consoante o caso, tomando por referência a média dos três últimos anos, incluindo o ano em curso.

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DIREITO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA

2. Excetua-se igualmente do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo ante-rior a atividade de alimentação de redes fixas de prestação de serviços ao público no domínio da produção, transporte ou distribuição de gás ou de combustível para aquecimento quando:a) A produção de gás ou de combustível para aquecimento pela enti-

dade adjudicante seja a consequência inevitável do exercício de uma atividade diferente das referidas no artigo anterior;

b) A alimentação daquela rede se destine apenas a explorar de ma-neira mais económica a produção de gás ou de combustível para aquecimento e não represente mais de 20 % do volume de negócios da entidade adjudicante, tomando por referência a média dos três últimos anos, incluindo o ano em curso.

3. A prestação de um serviço de transporte público por autocarro ex-cetua-se do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo anterior quando outras entidades possam também exercer livremente essa atividade, nas mesmas condições, quer num plano geral quer numa zona geográfica específica.

Artigo 11.ºÂmbito da contratação nos setores da água, da energia,

dos transportes e dos serviços postais

1. A parte ii do presente Código só é aplicável à formação dos contratos a celebrar pelas entidades adjudicantes referidas no n.º 1 do artigo 7.º desde que:a) Esses contratos digam direta e principalmente respeito a uma ou a

várias das atividades por elas exercidas nos setores da água, da ener-gia, dos transportes e dos serviços postais; e

b) O objeto desses contratos abranja prestações típicas dos seguintes contratos:i) Empreitada de obras públicas cujo valor seja igual ou superior ao

referido na alínea b) do artigo 16.º da Diretiva n.º 2004/17/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março;

ii) Concessão de obras públicas;iii) Concessão de serviços públicos;iv) Locação ou aquisição de bens móveis cujo valor seja igual ou

superior ao referido na alínea a) do artigo 16.º da Diretiva n.º 2004/17/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março;

v) Aquisição de serviços cujo valor seja igual ou superior ao refe-rido na alínea a) do artigo 16.º da Diretiva n.º 2004/17/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março.

2. A parte ii do presente Código é sempre aplicável à formação de con-tratos, a celebrar por quaisquer entidades adjudicantes, quando estes

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CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

digam direta e principalmente respeito a uma ou a várias das atividades por elas exercidas nos setores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais, nos seguintes casos:a) Contratos de aquisição de serviços de caráter financeiro prestados

pelo Banco de Portugal;b) Contratos relativos à aquisição, ao desenvolvimento, à produção

ou à coprodução de programas destinados a emissão por parte de entidades de radiodifusão ou relativos a tempos de emissão.

3. A parte ii do presente Código é sempre aplicável à formação dos seguintes contratos, a celebrar pelas entidades adjudicantes referidas no n.º 1 do artigo 7.º, quando estas exerçam uma ou várias atividades nos setores da água:a) Contratos relacionados com projetos de engenharia hidráulica, de

irrigação ou de drenagem, desde que o volume de água destinada ao abastecimento de água potável represente mais de 20 % do volume total de água fornecida de acordo com aqueles projetos ou por ins-talações de irrigação ou de drenagem;

b) Contratos relacionados com a rejeição ou o tratamento de águas residuais.

Artigo 12.ºExtensão do âmbito da contratação nos setores da água,

da energia, dos transportes e dos serviços postais

À formação dos contratos a celebrar pelas entidades adjudicantes refe-ridas no n.º 2 do artigo 2.º que exerçam uma ou várias atividades nos seto-res da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais são aplicáveis as regras especiais previstas no presente Código relativas à formação dos contratos a celebrar pelas entidades adjudicantes referidas no n.º 1 do ar-tigo 7.º, desde que esses contratos digam direta e principalmente respeito a uma ou a várias dessas atividades.

Artigo 13.ºRestrição do âmbito da contratação nos setores da água,

da energia, dos transportes e dos serviços postais

1. A parte ii do presente Código não é aplicável à formação dos seguintes contratos referidos nos artigos 11.º e 12.º:a) A executar num país terceiro, desde que tal execução não implique

a exploração física de uma rede pública ou de uma área geográfica no interior do território da União Europeia;

b) A celebrar por uma entidade adjudicante cuja atividade esteja dire-tamente exposta à concorrência em mercado de acesso não limitado,

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DIREITO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA

desde que tal seja reconhecido pela Comissão Europeia, a pedido do Estado Português, da entidade adjudicante em causa ou por iniciativa da própria Comissão Europeia, nos termos do disposto no artigo 30.º da Diretiva n.º 2004/17/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março;

c) A celebrar entre uma entidade adjudicante abrangida pelas alíne-as a) ou b) do n.º 2 do artigo 2.º e uma empresa sua associada ou uma entidade abrangida pela alínea d ) do mesmo número da qual aquela entidade adjudicante faça parte;

d) A celebrar entre uma entidade adjudicante abrangida pela alínea d ) do n.º 2 do artigo 2.º e uma entidade abrangida pelas alíneas a) ou b) do mesmo número ou uma empresa associada a esta última;

e) A celebrar entre uma entidade adjudicante abrangida pelas alíne-as a) ou b) do n.º 1 do artigo 7.º e uma empresa sua associada ou uma entidade abrangida pela alínea c) do mesmo número, da qual aquela entidade adjudicante faça parte;

f) A celebrar entre uma entidade adjudicante abrangida pela alínea c) do n.º 1 do artigo 7.º e uma entidade abrangida pelas alíneas a) ou b) do mesmo número ou uma empresa associada a esta última.

2. Para os efeitos do disposto nas alíneas c) e e) do número anterior, as entidades referidas na alínea d ) do n.º 2 do artigo 2.º ou na alínea c) do n.º 1 do artigo 7.º devem ter sido criadas para desenvolver a sua atividade nos setores da água, da energia, dos transportes ou dos serviços postais durante um período mínimo de três anos e os ins-trumentos jurídicos que as constituem devem estabelecer que as entidades que dela fazem parte as integrem durante, pelo menos, o mesmo período.

3. O disposto nas alíneas c) a f ) do n.º 1 só é aplicável desde que, pelo me-nos, 80 % da média do volume de negócios da empresa associada nos últimos três anos, em matéria de obras, de bens móveis ou de serviços, consoante o caso, provenha da realização dessas obras, do fornecimento desses bens ou da prestação desses serviços à entidade à qual aquela se encontra associada ou, caso a empresa associada esteja constituída há menos de três anos, desde que esta demonstre, nomeadamente por re-curso a projeções da sua atividade, que o respetivo volume de negócios é credível.

4. Quando as obras, os bens móveis ou os serviços sejam, respetivamente, realizadas, fornecidos ou prestados à entidade adjudicante por mais do que uma empresa associada, a percentagem referida no número anterior é calculada tendo em conta o volume total de negócios, em matéria de obras, de bens móveis ou de serviços, de todas as empresas associadas.Alterações: Declaração de Retificação n.º 18-A/2008, de 28 de março.

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CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

Artigo 14.ºEmpresa associada

Para os efeitos do disposto no artigo anterior, considera-se empresa associada qualquer pessoa coletiva cujas contas anuais sejam consolidadas com as da entidade adjudicante nos termos do disposto na Sétima Diretiva n.º 83/349/CEE, do Conselho, de 13 de junho, ou, no caso de a entidade adjudicante não se encontrar abrangida pela referida diretiva:

a) Qualquer pessoa coletiva sobre a qual a entidade adjudicante possa exercer, direta ou indiretamente, uma influência dominante em vir-tude, nomeadamente, de deter a maioria do capital social, a maioria dos direitos de voto, o controlo de gestão ou o direito de designar, direta ou indiretamente, a maioria dos titulares de um órgão de ad-ministração, direção ou fiscalização;

b) Qualquer pessoa coletiva que possa exercer, direta ou indiretamente, uma influência dominante sobre a entidade adjudicante, em virtude de qualquer uma das situações referidas na alínea anterior;

c) Qualquer pessoa coletiva que, conjuntamente com a entidade ad-judicante, esteja sujeita, direta ou indiretamente, à influência do-minante de uma terceira entidade, em virtude de qualquer uma das situações referidas na alínea a).

Artigo 15.ºComunicações à Comissão Europeia

1. Nos casos previstos nas alíneas c) a f ) do n.º 1 do artigo 13.º, as entidades adjudicantes devem comunicar à Comissão Europeia, a pedido desta, as seguintes informações:a) A identificação das entidades adjudicantes e das empresas associadas

em causa;b) A natureza dos contratos celebrados e o respetivo preço contratual;c) Outros elementos que a Comissão Europeia considere necessários

para provar que as relações entre as partes nos contratos celebrados preenchem os requisitos de que depende a aplicação do disposto no artigo 13.º

2. As entidades adjudicantes devem comunicar à Comissão Europeia, a pedido desta, os contratos celebrados ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 13.º ou os que não digam direta e principalmente res-peito a uma ou a várias das atividades exercidas por essas entidades nos setores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais.

PARTE IIContratação pública

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CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

TÍTULO ITIPOS�E�ESCOLHA�DE�PROCEDIMENTOS

CAPÍTULO I

TIPOS DE PROCEDI0MENTOS

Artigo 16.ºProcedimentos para a formação de contratos

1. Para a formação de contratos cujo objeto abranja prestações que estão ou sejam suscetíveis de estar submetidas à concorrência de mercado, as entidades adjudicantes devem adotar um dos seguintes tipos de procedimentos:a) Ajuste direto;b) Concurso público;c) Concurso limitado por prévia qualificação;d) Procedimento de negociação;e) Diálogo concorrencial.

2. Para os efeitos do disposto no número anterior, consideram-se subme-tidas à concorrência de mercado, designadamente, as prestações típicas abrangidas pelo objeto dos seguintes contratos, independentemente da sua designação ou natureza:a) Empreitada de obras públicas;b) Concessão de obras públicas;c) Concessão de serviços públicos;d) Locação ou aquisição de bens móveis;e) Aquisição de serviços;f) Sociedade.

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CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

TÍTULO I TIPOS E ESCOLHA DE PROCEDIMENTOS

CAPÍTULO II

ESCOLHA DO PROCEDIMENTO

E VALOR DO CONTRATO

Artigo 17.ºNoção

1. Para efeitos do presente Código, o valor do contrato a celebrar é o valor máximo do benefício económico que, em função do procedimento adotado, pode ser obtido pelo adjudicatário com a execução de todas as prestações que constituem o seu objeto.

2. O benefício económico referido no número anterior inclui, além do preço a pagar pela entidade adjudicante ou por terceiros, o valor de quaisquer contraprestações a efetuar em favor do adjudicatário e ainda o valor das vantagens que decorram diretamente para este da execução do contrato e que possam ser configuradas como contrapartidas das prestações que lhe incumbem.

3. No caso de se tratar de um contrato de empreitada de obras públicas, o benefício referido no n.º 1 inclui ainda o valor dos bens móveis neces-sários à sua execução e que a entidade adjudicante ponha à disposição do adjudicatário.

4. Caso não se verifique qualquer das situações referidas nos números anteriores considera-se o contrato sem valor.

Artigo 18.ºEscolha do procedimento

Sem prejuízo do disposto nos capítulos iii e iv do presente título, a escolha dos procedimentos de ajuste direto, de concurso público ou de concurso limitado por prévia qualificação condiciona o valor do contrato a celebrar nos termos do disposto nos artigos seguintes do presente capítulo.

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DIREITO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA

Artigo 19.ºEscolha do procedimento de formação de contratos

de empreitada de obras públicas

No caso de contratos de empreitada de obras públicas:a) A escolha do ajuste direto só permite a celebração de contratos de

valor inferior a € 150 000;b) A escolha do concurso público ou do concurso limitado por prévia

qualificação permite a celebração de contratos de qualquer valor, exceto quando os respetivos anúncios não sejam publicados no Jornal Oficial da União Europeia, caso em que só permite a celebração de contratos de valor inferior ao referido na alínea c) do artigo 7.º da Diretiva n.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março.

Alterações: Decreto-Lei n.º 149/2012, de 7 de dezembro.

Artigo 20.ºEscolha do procedimento de formação de contratos

de locação ou de aquisição de bens móveis e de aquisição de serviços

1. No caso de contratos de locação ou de aquisição de bens móveis e de contratos de aquisição de serviços:a) A escolha do ajuste direto só permite a celebração de contratos de

valor inferior a € 75 000;b) A escolha do concurso público ou do concurso limitado por prévia

qualificação permite a celebração de contratos de qualquer valor, exceto quando os respetivos anúncios não sejam publicados no Jornal Oficial da União Europeia, caso em que só permite a celebração de contratos de valor inferior ao referido na alínea b) do artigo 7.º da Diretiva n.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março.

2. Quando a entidade adjudicante seja o Estado, a escolha dos proce-dimentos referidos na alínea b) do número anterior, cujos anúncios não sejam publicados no Jornal Oficial da União Europeia, só permite a celebração de contratos de locação ou de aquisição de bens móveis e de contratos de aquisição de serviços de valor inferior ao referido na alínea a) do artigo 7.º da Diretiva n.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março, exceto se se tratar de:a) Contratos de locação ou de aquisição de bens móveis excecionados

pelo anexo v da Diretiva n.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março, a celebrar no domínio da defesa;

b) Contratos de aquisição de serviços que tenham por objeto:i) Serviços de investigação e desenvolvimento;

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CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

ii) Serviços de transmissão de programas televisivos e de emissões de rádio, serviços de interconexão e serviços integrados de telecomu-nicações; ou

iii) Serviços mencionados no anexo ii-B da Diretiva n.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março.

3. À formação dos contratos referidos nas alíneas do número anterior é aplicável o disposto na alínea b) do n.º 1.

4. (Revogado.)Alterações: Decreto-Lei n.º 149/2012, de 7 de dezembro.

Artigo 21.ºEscolha do procedimento de formação

de outros contratos

1. No caso de contratos não referidos nos artigos anteriores, exceto se se tratar de contratos de concessão de obras públicas, de contratos de concessão de serviços públicos e de contratos de sociedade:a) A escolha do ajuste direto só permite a celebração de contratos de

valor inferior a € 100 000;b) A escolha do concurso público ou do concurso limitado por

prévia qualificação permite a celebração de contratos de qualquer valor.

2. Para a formação de contratos sem valor, exceto se se tratar de um dos contratos mencionados no número anterior, pode ser adotado qualquer um dos procedimentos nele referidos.

Artigo 22.ºDivisão em lotes

1. Quando prestações do mesmo tipo, suscetíveis de constituírem objeto de um único contrato, sejam divididas em vários lotes, correspondendo cada um deles a um contrato separado, a escolha, nos termos do dis-posto nos artigos anteriores, do ajuste direto, do concurso público ou do concurso limitado por prévia qualificação cujo anúncio não seja publicado no Jornal Oficial da União Europeia, só permite a celebração do contrato relativo a cada lote desde que:a) O somatório dos preços base dos procedimentos de formação de

todos os contratos a celebrar, quando essa formação ocorra em si-multâneo, seja inferior aos valores mencionados, respetivamente e consoante os casos, nos artigos 19.º, 20.º e 21.º; ou

b) O somatório dos preços contratuais relativos a todos os contratos já celebrados e dos preços base de todos os procedimentos ainda em curso, quando a formação desses contratos ocorra ao longo do período de um ano a contar do início do primeiro procedimento,

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DIREITO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA

seja inferior aos valores mencionados, respetivamente e consoante os casos, nos artigos 19.º, 20.º e 21.º

2. Quando seja possível prever o somatório dos preços contratuais dos lotes correspondentes aos vários contratos, já celebrados e a celebrar ao longo do período de tempo referido na alínea b) do número anterior, a escolha, nos termos do disposto nos artigos anteriores, do ajuste direto, bem como do concurso público ou do concurso limitado por prévia qualificação cujo anúncio não seja publicado no Jornal Oficial da União Europeia, só permite a celebração de contratos relativos a lotes subse-quentes desde que esse somatório seja inferior aos valores menciona-dos, respetivamente e consoante os casos, nos artigos 19.º, 20.º e 21.º

3. No caso de contratos de empreitadas de obras públicas, de contratos de locação ou de aquisição de bens móveis ou de contratos de aquisição de serviços, a escolha, nos termos do disposto nos artigos anteriores, do ajuste direto, bem como do concurso público ou do concurso limi-tado por prévia qualificação cujo anúncio não seja publicado no Jornal Oficial da União Europeia, permite a celebração dos contratos relativos a lotes em que o preço base fixado no caderno de encargos seja inferior a € 1 000 000, no caso de empreitadas de obras públicas, ou a € 80 000, no caso de bens móveis ou serviços, ainda que os somatórios referidos nos números anteriores sejam iguais ou superiores aos valores men-cionados, respetivamente e consoante os casos, nos artigos 19.º e 20.º, desde que o valor cumulado dos preços base dos procedimentos de formação dos contratos relativos a lotes cuja celebração é permitida neste número não exceda 20 % daqueles somatórios.

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CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

TÍTULO I TIPOS E ESCOLHA DE PROCEDIMENTOS

CAPÍTULO III

ESCOLHA DO PROCEDIMENTO EM FUNÇÃO

DE CRITÉRIOS MATERIAIS

Artigo 23.ºRegra geral

A escolha do procedimento nos termos do disposto no presente capí-tulo permite a celebração de contratos de qualquer valor, sem prejuízo das exceções expressamente previstas.

Artigo 24.ºEscolha do ajuste direto para a formação

de quaisquer contratos

1. Qualquer que seja o objeto do contrato a celebrar, pode adotar-se o ajuste direto quando:a) Em anterior concurso público ou concurso limitado por prévia quali-

ficação, nenhum candidato se haja apresentado ou nenhum concor-rente haja apresentado proposta, e desde que o caderno de encargos e, se for o caso, os requisitos mínimos de capacidade técnica e finan-ceira não sejam substancialmente alterados em relação aos daquele concurso;

b) Em anterior concurso público, concurso limitado por prévia quali-ficação ou diálogo concorrencial, todas as propostas apresentadas tenham sido excluídas, e desde que o caderno de encargos não seja substancialmente alterado em relação ao daquele procedimento;

c) Na medida do estritamente necessário e por motivos de urgência imperiosa resultante de acontecimentos imprevisíveis pela entidade adjudicante, não possam ser cumpridos os prazos inerentes aos de-mais procedimentos, e desde que as circunstâncias invocadas não sejam, em caso algum, imputáveis à entidade adjudicante;

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DIREITO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA

d) As prestações que constituem o seu objeto se destinem, a título principal, a permitir à entidade adjudicante a prestação ao público de um ou mais serviços de telecomunicações;

e) Por motivos técnicos, artísticos ou relacionados com a proteção de direitos exclusivos, a prestação objeto do contrato só possa ser con-fiada a uma entidade determinada;

f) Nos termos da lei, o contrato seja declarado secreto ou a respetiva execução deva ser acompanhada de medidas especiais de segurança, bem como quando a defesa de interesses essenciais do Estado o exigir.

2. Quando todas as propostas tenham sido excluídas com fundamento no n.º 2 do artigo 70.º, a adoção do ajuste direto ao abrigo do disposto na alínea b) do número anterior só permite a celebração de contratos de valor inferior ao:a) Referido na alínea b) do artigo 19.º, no caso de se tratar de um con-

trato de empreitada de obras públicas;b) Referido na alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º, no caso de se tratar de

um contrato de locação ou de aquisição de bens móveis ou de um contrato de aquisição de serviços;

c) Referido no n.º 2 do artigo 20.º, no caso de se tratar de um contrato de locação ou de aquisição de bens móveis ou de um contrato de aquisi-ção de serviços, quando a entidade adjudicante seja o Estado, exceto se se tratar de um dos contratos mencionados nas alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 20.º, caso em que é aplicável o disposto na alínea anterior.

3. No caso previsto no número anterior, a adoção do ajuste direto só permite a celebração de contratos de valor igual ou superior aos referidos nas alí-neas do mesmo número, desde que o anúncio do procedimento anterior tenha sido publicado no Jornal Oficial da União Europeia e sejam convidados a apresentar proposta todos, e apenas, os concorrentes cujas propostas tenham sido excluídas apenas com fundamento no n.º 2 do artigo 70.º

4. Para a formação de contratos que digam direta e principalmente respeito a uma ou a várias das atividades exercidas nos setores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais pelas entidades adjudicantes referidas no n.º 1 do artigo 7.º, o ajuste direto só pode ser adotado ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 1 do presente artigo, desde que as propostas tenham sido excluídas com fundamento diferente dos previstos no n.º 2 do artigo 70.º

5. Para a formação dos contratos a que se refere o número anterior e sem prejuízo do que nele se dispõe, também pode ser adotado o ajuste direto quando as situações previstas nas alíneas a) e b) do n.º 1 tenham ocorrido em anterior procedimento de negociação.

6. A decisão de escolha do ajuste direto ao abrigo do disposto nas alíneas a) e b) do n.º 1 e no número anterior só pode ser tomada no prazo de seis meses a contar:a) Do termo do prazo fixado para a apresentação de candidaturas ou

propostas, no caso previsto na alínea a) do n.º 1;

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CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

b) Da decisão de exclusão de todas as propostas apresentadas, no caso previsto na alínea b) do n.º 1.

7. A decisão de escolha do ajuste direto tomada nos termos do disposto no número anterior caduca se o convite à apresentação de proposta não for formulado nos prazos previstos nas alíneas a) e b) do número anterior, consoante o caso.

8. Para efeitos do disposto nas alíneas a) e b) do n.º 1, considera-se que o caderno de encargos e os requisitos mínimos de capacidade técnica e financeira são substancialmente alterados quando as alterações sejam suscetíveis de impedir a verificação das situações previstas nessas alí-neas, nomeadamente quando sejam modificados os parâmetros base fixados no caderno de encargos.

9. As entidades adjudicantes devem comunicar à Comissão Europeia, a pedido desta, um relatório relativo aos contratos celebrados ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 1.Alterações: Declaração de Retificação n.º 18-A/2008, de 28 de março.

Artigo 25.ºEscolha do ajuste direto para a formação de contratos

de empreitada de obras públicas

1. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, no caso de contratos de empreitada de obras públicas, pode adotar-se o ajuste direto quando:a) Se trate de novas obras que consistam na repetição de obras similares

objeto de contrato anteriormente celebrado pela mesma entidade adjudicante, desde que:i) Essas obras estejam em conformidade com um projeto base

comum;ii) Aquele contrato tenha sido celebrado, há menos de três anos,

na sequência de concurso público ou de concurso limitado por prévia qualificação;

iii) O anúncio do concurso tenha sido publicado no Jornal Oficial da União Europeia, no caso de o somatório do preço base relativo ao ajuste direto e do preço contratual relativo ao contrato inicial ser igual ou superior ao valor referido na alínea b) do artigo 19.º; e

iv) A possibilidade de adoção do ajuste direto tenha sido indicada no anúncio ou no programa do concurso;

b) Se trate de obras a realizar apenas para fins de investigação, de expe-rimentação, de estudo ou de desenvolvimento, desde que:i) A realização dessas obras não se destine a assegurar a obtenção

de lucro ou a amortizar os custos dessas atividades; eii) O preço base relativo ao ajuste direto seja inferior ao referido na

alínea b) do artigo 19.º;

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DIREITO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA

c) Se trate de realizar uma obra ao abrigo de um acordo quadro, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 258.º

2. Para a formação de contratos que digam direta e principalmente res-peito a uma ou a várias das atividades exercidas nos setores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais pelas entidades ad-judicantes referidas no n.º 1 do artigo 7.º, a escolha do ajuste direto ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 1 também permite a celebração de contratos de qualquer valor, quando a situação prevista nessa alínea tenha ocorrido em anterior procedimento de negociação.

Artigo 26.ºEscolha do ajuste direto para a formação de contratos

de locação ou de aquisição de bens móveis

1. Sem prejuízo do disposto no artigo 24.º, no caso de contratos de locação ou de aquisição de bens móveis, pode adotar-se o ajuste direto quando:a) Se trate de bens destinados à substituição parcial ou à ampliação de

bens ou equipamentos de específico uso corrente da entidade adju-dicante, desde que o contrato a celebrar o seja com a entidade com a qual foi celebrado o contrato inicial de locação ou de aquisição de bens e a mudança de fornecedor obrigasse a entidade adjudicante a adquirir material de características técnicas diferentes, originando incompatibilidades ou dificuldades técnicas de utilização e manu-tenção desproporcionadas;

b) Se trate de bens produzidos ou a produzir apenas para fins de in-vestigação, de experimentação, de estudo ou de desenvolvimento, desde que tais bens não sejam produzidos em quantidade destinada a assegurar a viabilidade comercial dos mesmos ou a amortizar os custos daquelas atividades;

c) Se trate de adquirir bens cotados numa bolsa de matérias-primas;d) Se trate de adquirir bens, em condições especialmente mais vanta-

josas do que as normalmente existentes no mercado, a fornecedores que cessem definitivamente a sua atividade comercial, a curadores, liquidatários ou administradores da insolvência ou de uma concor-data ou ainda no âmbito de acordo judicial;

e) Se trate de locar ou de adquirir bens ao abrigo de um acordo quadro, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 258.º;

f) Se trate de adquirir água ou energia, desde que a entidade adjudi-cante exerça a atividade de colocação à disposição, de exploração ou de alimentação de redes fixas de prestação de serviços ao público no domínio da produção, do transporte ou da distribuição de, res-petivamente, água potável ou eletricidade, gás ou combustível para aquecimento.

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CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

2. Sem prejuízo do disposto no artigo 24.º, para a formação de contra-tos que digam direta e principalmente respeito a uma ou a várias das atividades exercidas nos setores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais pelas entidades adjudicantes referidas no n.º 1 do artigo 7.º, o ajuste direto também pode ser adotado quando:a) Se trate de adquirir bens destinados a revenda ou a locação a ter-

ceiros, diretamente ou através da sua incorporação noutros bens móveis:i) A entidade adjudicante não goze de direitos especiais ou exclu-

sivos para a revenda ou a locação daqueles bens; eii) Outras entidades possam revender ou locar livremente bens do

mesmo tipo em condições idênticas às das que goza a entidade adjudicante;

b) Se trate de adquirir bens que se encontram disponíveis no mercado por um período de tempo muito curto e cujo preço seja considera-velmente inferior aos preços normalmente praticados no mercado.

3. As entidades adjudicantes devem comunicar à Comissão Europeia, a pedido desta, as categorias de bens objeto dos contratos celebrados na sequência de ajuste direto adotado ao abrigo do disposto na alínea a) do número anterior.Alterações: Declaração de Retificação n.º 18-A/2008, de 28 de março.

Artigo 27.ºEscolha do ajuste direto para a formação de contratos

de aquisição de serviços

1. Sem prejuízo do disposto no artigo 24.º, no caso de contratos de aqui-sição de serviços, pode adotar-se o ajuste direto quando:a) Se trate de novos serviços que consistam na repetição de serviços

similares objeto de contrato anteriormente celebrado pela mesma entidade adjudicante, desde que:i) Esses serviços estejam em conformidade com um projeto base

comum;ii) Aquele contrato tenha sido celebrado, há menos de três anos,

na sequência de concurso público ou de concurso limitado por prévia qualificação;

iii) O anúncio do concurso tenha sido publicado no Jornal Oficial da União Europeia, no caso de o somatório do preço base relativo ao ajuste direto e do preço contratual relativo ao contrato inicial ser igual ou superior ao valor referido na alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º; e

iv) A possibilidade de adoção do ajuste direto tenha sido indicada no anúncio ou no programa do concurso;

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DIREITO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA

b) A natureza das respetivas prestações, nomeadamente as inerentes a serviços de natureza intelectual ou a serviços financeiros indica-dos na categoria 6 do anexo ii-A da Diretiva n.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março, não permita a elaboração de especificações contratuais suficientemente precisas para que sejam qualitativamente definidos atributos das propostas necessários à fixação de um critério de adjudicação nos termos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 74.º, e desde que a definição quantitativa, no âmbito de um procedimento de concurso, de outros atributos das propostas seja desadequada a essa fixação tendo em conta os objetivos da aquisição pretendida;

c) Se trate de serviços relativos à aquisição ou à locação, independen-temente da respetiva modalidade financeira, de quaisquer bens imó-veis, ou a direitos sobre esses bens, salvo os contratos de prestação de serviços financeiros celebrados simultânea, prévia ou posteriormente ao contrato de aquisição ou de locação, seja qual for a sua forma;

d) Se trate de serviços de arbitragem e de conciliação;e) Se trate de serviços de investigação e de desenvolvimento, com exce-

ção daqueles cujos resultados se destinem exclusivamente à entidade adjudicante para utilização no exercício da sua própria atividade, desde que a prestação do serviço seja inteiramente remunerada pela referida entidade adjudicante;

f) (Revogada.)g) O contrato, na sequência de um concurso de conceção, deva ser ce-

lebrado com o concorrente selecionado ou com um dos concorren-tes selecionados nesse concurso, desde que tal intenção tenha sido manifestada nos respetivos termos de referência e de acordo com as regras neles estabelecidas;

h) Se trate de adquirir serviços ao abrigo de um acordo quadro, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 258.º

2. Sempre que a entidade adjudicante for o Estado, só pode ser adotado o ajuste direto ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 1 no caso de o somatório referido na subalínea iii) ser igual ou superior ao valor re-ferido no n.º 2 do artigo 20.º ou, quando se tratar de um dos contratos mencionados na alínea b) do mesmo n.º 2, ao valor referido na alínea b) do n.º 1 do mesmo artigo.

3. No caso de contratos de aquisição de quaisquer serviços indicados no anexo ii-A da Diretiva n.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março, só pode ser adotado o ajuste direto ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 1 quando o respetivo preço base seja inferior ao valor:a) Referido na alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º; oub) Referido no n.º 2 do artigo 20.º, quando a entidade adjudicante seja

o Estado, exceto se se tratar de um dos contratos mencionados na

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CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

alínea b) do n.º 2 do artigo 20.º, caso em que é aplicável o disposto na alínea anterior.

4. Não pode ser adotado o ajuste direto ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 1 quando o serviço a adquirir consista na elaboração de um plano, de um projeto ou de uma qualquer criação conceptual nos domínios artístico, do ordenamento do território, do planeamento urbanístico, da arquitetura, da engenharia ou do processamento de dados.

5. A decisão de escolha do ajuste direto ao abrigo do disposto na alínea g) do n.º 1 só pode ser tomada no prazo de um ano a contar da decisão de adjudicação tomada no concurso de conceção, devendo o convite à apresentação de proposta ser enviado dentro do mesmo prazo, sob pena de caducidade daquela decisão.

6. A entidade adjudicante deve indemnizar os concorrentes pelos en-cargos em que comprovadamente incorreram com a elaboração das respetivas propostas apresentadas no concurso de conceção quando a decisão de escolha do ajuste direto, ao abrigo do disposto na alínea g) do n.º 1, tenha caducado ou não tenha sido tomada no prazo previsto no número anterior.

7. (Revogado.)Alterações: Declaração de Retificação n.º 18-A/2008, de 28 de março; Decreto-Lei

n.º 149/2012, de 7 de dezembro.

Artigo 28.ºEscolha de concurso sem publicação de anúncio

no Jornal Oficial da União Europeia

Pode adotar-se o concurso público ou o concurso limitado por prévia qualificação, sem publicação do respetivo anúncio no Jornal Oficial da União Europeia, nos casos em que pode ser adotado o ajuste direto ao abrigo do disposto nos artigos anteriores do presente capítulo, com exceção daque-les em que só seja possível convidar uma entidade e do caso previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo anterior.

Artigo 29.ºEscolha do procedimento de negociação

1. Pode adotar-se o procedimento de negociação para a celebração dos seguintes contratos:a) Contratos de empreitada de obras públicas, contratos de locação

ou de aquisição de bens móveis e contratos de aquisição de servi-ços, desde que, em anterior concurso público ou concurso limitado por prévia qualificação cujo anúncio tenha sido publicado no Jornal Oficial da União Europeia, ou em anterior diálogo concorrencial, todas as propostas apresentadas tenham sido excluídas com fundamento

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DIREITO, JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA

no n.º 2 do artigo 70.º, e o caderno de encargos não seja substancial-mente alterado em relação ao daquele procedimento;

b) Contratos de empreitada de obras públicas, contratos de locação ou de aquisição de bens móveis e contratos de aquisição de serviços cuja natureza ou condicionalismos da prestação que constitui o seu objeto impeça totalmente a fixação prévia e global de um preço base no caderno de encargos;

c) Contratos de empreitada de obras públicas a realizar apenas para fins de investigação, de experimentação, de estudo ou de desenvol-vimento, desde que a realização dessas obras não se destine a asse-gurar a viabilidade económica das mesmas ou a amortizar os custos daqueles fins;

d) Contratos de aquisição de serviços, nomeadamente de natureza in-telectual ou dos serviços financeiros indicados na categoria 6 do anexo ii-A da Diretiva n.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março, quando a natureza das respetivas presta-ções não permita a elaboração de especificações contratuais suficien-temente precisas para que sejam qualitativamente definidos atributos das propostas necessários à fixação de um critério de adjudicação nos termos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 74.º, mas a de-finição quantitativa de outros atributos seja adequada a essa fixação ou o preço seja o único atributo a ter em consideração na avaliação das propostas, tendo em conta os objetivos da aquisição pretendida;

e) Contratos para cuja celebração pode ser adotado, ao abrigo do dis-posto no artigo anterior, o concurso público ou o concurso limitado por prévia qualificação.

2. A decisão de escolha do procedimento de negociação ao abrigo do dis-posto na alínea a) do número anterior só pode ser tomada no prazo de seis meses a contar da decisão de exclusão de todas as propostas apre-sentadas, devendo o respetivo anúncio ser enviado para publicação no Diário da República e no Jornal Oficial da União Europeia dentro do mesmo prazo, sob pena de caducidade daquela decisão.

3. Não pode ser adotado o procedimento de negociação ao abrigo do disposto na alínea d) do n.º 1 quando o serviço a adquirir consista na elaboração de um plano, de um projeto ou de uma qualquer criação conceptual nos domínios artístico, do ordenamento do território, do planeamento urbanístico, da arquitetura, da engenharia ou do proces-samento de dados.

4. Para efeitos do disposto na alínea a) do n.º 1, considera-se que o caderno de encargos é substancialmente alterado quando as alterações sejam suscetíveis de impedir a verificação da situação prevista nessa alínea, nomeadamente quando sejam modificados os parâmetros base fixados no caderno de encargos.Alterações: Declaração de Retificação n.º 18-A/2008, de 28 de março.

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CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

Artigo 30.ºEscolha do diálogo concorrencial

1. Pode adotar-se o procedimento de diálogo concorrencial quando o contrato a celebrar, qualquer que seja o seu objeto, seja particularmente complexo, impossibilitando a adoção do concurso público ou do con-curso limitado por prévia qualificação.

2. Para os efeitos do disposto no número anterior, consideram-se particular-mente complexos os contratos relativamente aos quais seja objetivamente impossível:a) Definir a solução técnica mais adequada à satisfação das necessida-

des da entidade adjudicante;b) Definir os meios técnicos, de acordo com o disposto nas alíneas c)

e d) do n.º 2 do artigo 49.º, aptos a concretizar a solução já definida pela entidade adjudicante; ou

c) Definir, em termos suficientemente claros e precisos, a estrutura jurídica ou a estrutura financeira inerentes ao contrato a celebrar.

3. A impossibilidade objetiva referida no número anterior não pode, em qualquer caso, resultar da carência efetiva de apoios de ordem técnica, jurídica ou financeira de que a entidade adjudicante, usando da diligên-cia devida, possa dispor.

4. A adoção do procedimento de diálogo concorrencial destina-se a per-mitir à entidade adjudicante debater, com os potenciais interessados na execução do contrato a celebrar, os aspetos referidos nas alíneas do n.º 2, com vista à sua definição.