Coelce Normas Técnicas 20060327 127

download Coelce Normas Técnicas 20060327 127

of 88

description

Coelce

Transcript of Coelce Normas Técnicas 20060327 127

  • DIRETORIA DE DISTRIBUIO - DDGERNCIA DE ENGENHARIA E OBRAS DE ALTA TENSO - GERENG

    COELCECompanhia Energtica do Cear

    DEPARTAMENTO DE NORMAS E PROCEDIMENTOS - DNORM

    FORNECIMENTO DE ENERGIA ELTRICA EMTENSO PRIMRIA DE DISTRIBUIO

  • COELCECompanhia Energtica do Cear DOCUMENTO NORMATIVO

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    I

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de Distribuio 1

    NORMA TCNICA

    MAI/2002

    APRESENTAO

    A presente Norma Tcnica NT- 002/2001 substitui as Normas Tcnicas, NT- 002/91 e

    NT- 005/87.

    Os consumidores, projetistas, instaladores, inspetores da COELCE e demais usurios deste

    documento encontraro informaes sobre as condies gerais para fornecimento de energia

    eltrica, s instalaes eltricas em tenso primria de distribuio (13,8 kV).

    So fornecidos os critrios bsicos para instalao do ponto de entrega de energia e

    localizao da medio, ajuste das protees, dimensionamento dos cubculos da subestao e

    geradores, alm de apresentar o roteiro que disciplina a apresentao e aceitao dos projetos.

    Esta Norma aplicvel s instalaes novas, reformas e ampliaes, quer tais instalaes

    sejam provisrias, pblicas ou particulares.

    Elaborao:

    Jacinta Maria Mota Sales - DNORM

    Jos Deusimar Ferreira - DNORM

    Colaboradores:

    Brisamor Aguiar Ximenes - DCLIM

    Kleber Rodrigues de Andrade Jnior - DQUAE

    Francisco das Chagas Andrade - DGEMP

    Apoio:

    Pedro Paulo Menezes Neto - DNORM

    Maria Alvilmar Nogueira Varela - DNORM

    Felipe Leite Cardoso dos Santos - DNORM

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    II

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de Distribuio 1

    NORMA TCNICA

    MAI/2002

    NDICE

    1 INTRODUO ................................................................................................................................................................1

    2 OBJETIVO .......................................................................................................................................................................1

    3 CAMPO DE APLICAO .............................................................................................................................................1

    4 TERMINOLOGIA ...........................................................................................................................................................1

    4.1 ATERRAMENTO ............................................................................................................................................................14.2 BAIXA TENSO (BT)....................................................................................................................................................14.3 CAIXA DE MEDIO.....................................................................................................................................................14.4 CARGA INSTALADA......................................................................................................................................................14.5 COMPARTIMENTO.........................................................................................................................................................24.6 CONJUNTO DE MANOBRA, CONTROLE E TRANSFORMAO EM INVLUCRO METLICO..............................................24.7 CONSUMIDOR...............................................................................................................................................................24.8 CONTRATO DE ADESO................................................................................................................................................24.9 CONTRATO DE FORNECIMENTO....................................................................................................................................24.10 DEMANDA CONTRATADA...........................................................................................................................................24.11 DEMANDA FATURVEL..............................................................................................................................................24.12 ENERGIA ELTRICA ATIVA.........................................................................................................................................24.13 ENERGIA ELTRICA REATIVA.....................................................................................................................................24.14 FATOR DE CARGA.......................................................................................................................................................34.15 FATOR DE DEMANDA .................................................................................................................................................34.16 FATOR DE POTNCIA..................................................................................................................................................34.17 INVLUCROS ..............................................................................................................................................................34.18 LIGAO PROVISRIA................................................................................................................................................34.19 MDIA TENSO (MT) ................................................................................................................................................34.20 POSTO DE MEDIO ...................................................................................................................................................34.21 POSTO DE TRANSFORMAO......................................................................................................................................34.22 POTNCIA INSTALADA ...............................................................................................................................................34.23 SUBESTAO..............................................................................................................................................................34.24 SUBESTAO TRANSFORMADORA COMPARTILHADA.................................................................................................44.25 TENSO PRIMRIA DE DISTRIBUIO ........................................................................................................................44.26 TENSO SECUNDRIA DE DISTRIBUIO ...................................................................................................................44.27 UNIDADE CONSUMIDORA...........................................................................................................................................44.28 UNIDADE CONSUMIDORA DO GRUPO A ..................................................................................................................44.29 ZONA DE CORROSO DESPREZVEL OU MODERADA ..................................................................................................44.30 ZONA DE CORROSO MEDIANA .................................................................................................................................44.31 ZONA DE CORROSO SEVERA ....................................................................................................................................44.32 ZONA DE CORROSO MUITO SEVERA ........................................................................................................................4

    5 LIMITES DE FORNECIMENTO..................................................................................................................................4

    6 ENTRADA DE SERVIO...............................................................................................................................................6

    6.1 ELEMENTOS ESSENCIAIS DA ENTRADA ........................................................................................................................6

    7 SUBESTAES.............................................................................................................................................................10

    7.1 RECOMENDAES GERAIS .........................................................................................................................................107.2 SUBESTAO DE INSTALAO EXTERIOR ..................................................................................................................117.3 SUBESTAO DE INSTALAO INTERIOR ...................................................................................................................127.4 SUBESTAES EM INVLUCROS METLICOS .............................................................................................................137.5 ESPECIFICAES DAS SUBESTAES EM INVLUCROS METLICOS ...........................................................................14

    8 MEDIO ......................................................................................................................................................................17

    8.1 GENERALIDADES........................................................................................................................................................178.2 TIPOS DE MEDIO ....................................................................................................................................................18

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    III

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de Distribuio 1

    NORMA TCNICA

    MAI/2002

    9 PROTEO ELTRICA E SECCIONAMENTO.....................................................................................................19

    9.1 CONDIES GERAIS ...................................................................................................................................................199.2 PROTEO CONTRA SURTOS DE TENSO PROVOCADOS POR DESCARGAS ATMOSFRICAS E MANOBRAS .................199.3 PROTEO ELTRICA CONTRA CONDIES ANORMAIS DE SERVIO..........................................................................20

    10 ATERRAMENTO ........................................................................................................................................................21

    10.1 SISTEMA DE ATERRAMENTO DA SUBESTAO .........................................................................................................2110.2 SISTEMA DE ATERRAMENTO DOS PRA-RAIOS.........................................................................................................22

    11 ESPECIFICAO RESUMIDA DOS EQUIPAMENTOS ELTRICOS ............................................................23

    12 GERAO PRPRIA ................................................................................................................................................24

    12.1 GERADORES COM INTERRUPO NA TRANSFERNCIA DE CARGAS ..........................................................................2412.2 GERADORES SEM INTERRUPO NA TRANSFERNCIA DE CARGAS ..........................................................................2412.3 RECOMENDAES DE SEGURANA ..........................................................................................................................2412.4 INSTALAO DO GRUPO GERADOR ..........................................................................................................................2512.5 INTERTRAVAMENTO ELTRICO ................................................................................................................................2512.6 TERMO DE RESPONSABILIDADE................................................................................................................................2512.7 ACORDO OPERACIONAL ...........................................................................................................................................25

    13 PROJETO.....................................................................................................................................................................25

    13.1 APRESENTAO DO PROJETO...................................................................................................................................2513.2 ANLISE E ACEITAO DO PROJETO ........................................................................................................................27

    14 CRITRIOS PARA CLCULO DE DEMANDA ....................................................................................................28

    ANEXOS ............................................................................................................................................................................29

    ANEXO I MODELO DE REQUERIMENTO PARA CONSULTA PRVIA...............................................................................29ANEXO II MODELO DE REQUERIMENTO PARA ACEITAO DE PROJETO.....................................................................30ANEXO III MODELO DE REQUERIMENTO PARA INSPEO E LIGAO ........................................................................31ANEXO IV MODELO DE PEDIDO DE AUMENTO DE CARGA..........................................................................................32

    TABELAS ..........................................................................................................................................................................33

    TABELA 1 DIMENSES DOS CORREDORES DE CONTROLE E MANOBRA ......................................................................33TABELA 2 DIMENSES DOS TRANSFORMADORES TRIFSICOS ...................................................................................33TABELA 3 DIMENSIONAMENTO DOS ELOS FUSVEIS PRIMRIOS ................................................................................34TABELA 4 DIMENSES MNIMAS DO BARRAMENTO DE MDIA TENSO ....................................................................34TABELA 5 AFASTAMENTO DOS BARRAMENTOS DE MDIA TENSO NO INTERIOR DE CUBCULOS METLICOS........34TABELA 6 CAPACIDADE DE CORRENTE DO BARRAMENTO DE BAIXA TENSO ...........................................................35TABELA 7 DIMENSIONAMENTO PELO ESFORO MECNICO DO BARRAMENTO...........................................................36TABELA 8 DIMENSIONAMENTO DO BARRAMENTO PELO ESFORO MECNICO...........................................................37TABELA 9 AFASTAMENTO MXIMO DOS ISOLADORES DE APOIO DO BARRAMENTO .................................................38TABELA 10 AFASTAMENTO MXIMO DOS ISOLADORES DE APOIO DO BARRAMENTO ...............................................39TABELA 11 FATOR DE DEMANDA PARA ILUMINAO E TOMADAS ............................................................................40TABELA 12 FATOR DE DEMANDA DE APARELHOS DE AQUECIMENTO ........................................................................41TABELA 13 FATOR DE DEMANDA PARA CONDICIONADORES DE AR...........................................................................42TABELA 14 POTNCIA EM KW PARA CONDICIONADORES DE AR...............................................................................42TABELA 15 FATOR DE DEMANDA PARA ELEVADORES ...............................................................................................43TABELA 16 FATOR DE UTILIZAO - FU....................................................................................................................43TABELA 17 FATOR DE SIMULTANEIDADE - FS ...........................................................................................................43TABELA 18 DIMENSIONAMENTO DOS EXAUSTORES ...................................................................................................44TABELA 19 CAPACIDADE TOTAL DE RESFRIAMENTO.................................................................................................44TABELA 20 DIMENSIONAMENTO DA PROTEO GERAL E DOS CONDUTORES DE BT .................................................45TABELA 21 GRAUS DE PROTEO INDICADOS PELO PRIMEIRO NUMERAL CARACTERSTICO.....................................46TABELA 22 GRAUS DE PROTEO INDICADOS PELO SEGUNDO NUMERAL CARACTERSTICO.....................................47TABELA 23 FATOR DE DEMANDA MDIO POR RAMO DE ATIVIDADE .........................................................................48

    DESENHOS .............................................................................................................................................................. 57 A 83

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    1/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    1 INTRODUO

    1.1 Esta Norma pode, em qualquer tempo, ser modificada por razes de ordem tcnica ou legal,motivo pelo qual os interessados devem periodicamente, consultar a COELCE quanto s eventuaisalteraes.

    1.2 As prescries desta Norma no implicam no direito do consumidor imputar COELCEquaisquer responsabilidades com relao qualidade de materiais ou equipamentos, por eleadquiridos, com relao ao desempenho dos mesmos, incluindo os riscos e danos de propriedadeou segurana de terceiros, decorrentes da m utilizao e conservao dos mesmos ou do usoinadequado da energia, ainda que a COELCE tenha aceito o projeto e/ou procedido vistoria.

    1.3 A presente Norma no invalida qualquer outra sobre o assunto que estiver em vigor ou forcriada pela ABNT, ou outro rgo competente. No entanto, em qualquer ponto onde, porventura,surgirem divergncias entre esta Norma e outras emanadas dos rgos supracitados prevalecemas exigncias mnimas aqui contidas, at a sua modificao, se for o caso.

    2 OBJETIVO

    Esta Norma tem por objetivo estabelecer regras e recomendaes aos projetistas, instaladores econsumidores, com relao elaborao de projetos e execuo de suas instalaes, a fim depossibilitar o fornecimento de energia eltrica de forma adequada e com todos os cuidadosespeciais que a energia eltrica requer.

    3 CAMPO DE APLICAO

    O campo de aplicao desta Norma abrange as instalaes consumidoras em tenso primria dedistribuio (13,8 kV) novas, a reformar ou provisrias, respeitando-se o que prescreve aNBR-14.039 e a Legislao em vigor.

    Os Prdios de Mltiplas Unidades Consumidoras sero regidos pela NT-003 Fornecimento deEnergia Eltrica a Prdios de Mltiplas Unidades Consumidoras, com exceo da(s) unidade(s)consumidora(s) situada(s) nos mesmos, cuja carga instalada seja superior a 100 kW, que soregidas pela presente Norma.

    4 TERMINOLOGIA

    4.1 Aterramento

    Ligao terra de todas as partes metlicas no energizadas de uma instalao, incluindo oNEUTRO.

    4.2 Baixa Tenso (BT)

    Tenso nominal at o limite de 1.000 volts.

    4.3 Caixa de Medio

    Caixa lacrvel, destinada instalao do(s) medidor(es) e seus acessrios.

    4.4 Carga Instalada

    Soma das potncias nominais dos equipamentos eltricos instalados na unidade consumidora, emcondies de entrar em funcionamento, expressa em quilowatts (kW).

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    2/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    4.5 Compartimento

    Parte de um conjunto de manobra, controle e transformao em invlucro metlico, totalmentefechado, exceto as aberturas necessrias para interligaes, controle ou ventilao.

    4.6 Conjunto de Manobra, Controle e Transformao em Invlucro Metlico

    o conjunto de manobra, controle e transformao em invlucro metlico no qual os componentesso dispostos em compartimentos separados com divises metlicas, previstos para serematerrados.

    4.7 Consumidor

    a pessoa fsica ou jurdica ou comunho de fato ou de direito, legalmente representada, quesolicitar a COELCE o fornecimento de energia eltrica e assumir a responsabilidade pelopagamento das faturas e pelas demais obrigaes fixadas em normas e regulamentos da ANEEL,assim vinculando-se aos contratos de fornecimento, de uso e de conexo ou de adeso, conformeo caso.

    4.8 Contrato de Adeso

    Instrumento contratual com clusulas vinculadas s normas e regulamentos aprovados pelaANEEL, no podendo o contedo das mesmas ser modificado pela COELCE ou pelo consumidor, aser aceito ou rejeitado de forma integral.

    4.9 Contrato de Fornecimento

    Instrumento contratual em que a concessionria e o consumidor responsvel por unidadeconsumidora do Grupo A ajustam as caractersticas tcnicas e as condies comerciais dofornecimento de energia eltrica.

    4.10 Demanda Contratada

    Demanda de potncia ativa a ser obrigatria e continuamente disponibilizada pela concessionria,no ponto de entrega, conforme valor e perodo de vigncia fixados no contrato de fornecimento eque dever ser integralmente paga, seja ou no utilizada durante o perodo de faturamento,expressa em quilowatts (kW).

    4.11 Demanda Faturvel

    Valor da demanda de potncia ativa, identificado de acordo com os critrios estabelecidos econsiderada para fins de faturamento, com aplicao da respectiva tarifa, expressa em quilowatts(kW).

    4.12 Energia Eltrica Ativa

    Energia eltrica que pode ser convertida em outra forma de energia, expressa em quilowatts-hora(kWh).

    4.13 Energia Eltrica Reativa

    Energia eltrica que circula continuamente entre os diversos campos eltricos e magnticos de umsistema de corrente alternada, sem produzir trabalho, expressa em quilovolt-ampre-reativo-hora(kvarh).

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    3/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    4.14 Fator de Carga

    Razo entre a demanda mdia e a demanda mxima da unidade consumidora, ocorridas nomesmo intervalo de tempo especificado.

    4.15 Fator de Demanda

    Razo entre a demanda mxima num intervalo de tempo especificado e a carga instalada naunidade consumidora.

    4.16 Fator de Potncia

    Razo entre a energia eltrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das energiaseltricas ativa e reativa, consumidas num mesmo perodo especificado.

    4.17 Invlucros

    Parte que envolve o conjunto de manobra, controle e transformao em chapa metlica, incluindoseus compartimentos, usada para impedir que as pessoas, acidentalmente se aproximem daspartes vivas ou mveis nele contidas e para proteger os componentes internos contra os efeitosexternos.

    4.18 Ligao Provisria

    A concessionria poder considerar como fornecimento provisrio o que se destinar aoatendimento de eventos temporrios, tais como: festividades, circos, parques de diverses,exposies, obras ou similares, estando o atendimento condicionado disponibilidade de energiaeltrica.

    4.19 Mdia Tenso (MT)

    Limite de tenso nominal acima de 1.000 V e abaixo de 69 kV. No sistema COELCE a MdiaTenso de 13,8 kV.

    4.20 Posto de Medio

    o local reservado instalao dos equipamentos e acessrios utilizados na medio de umdeterminado consumidor, podendo ou no conter a caixa de medio.

    4.21 Posto de Transformao

    o local destinado instalao dos equipamentos e acessrios destinados a transformar tenso,corrente ou freqncia.

    4.22 Potncia Instalada

    Soma das potncias nominais dos transformadores instalados na unidade consumidora e emcondies de entrar em funcionamento, expressa em quilovolt-ampre (kVA).

    4.23 Subestao

    Parte das instalaes eltricas da unidade consumidora atendida em tenso primria dedistribuio que agrupa os equipamentos, condutores e acessrios destinados proteo, medio,manobra e transformao de grandezas eltricas.

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    4/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    4.24 Subestao Transformadora Compartilhada

    Subestao transformadora particular utilizada para fornecimento de energia eltricasimultaneamente a duas ou mais unidades consumidoras do Grupo A.

    4.25 Tenso Primria de Distribuio

    Tenso de 13,8 kV utilizada nas redes de distribuio da COELCE, entre o secundrio de suassubestaes e os transformadores de distribuio.

    4.26 Tenso Secundria de Distribuio

    Tenso de 380/220 V, tenso trifsica e tenso monofsica, respectivamente.

    4.27 Unidade Consumidora

    Conjunto de instalaes e equipamentos eltricos caracterizado pelo recebimento de energiaeltrica em um s ponto de entrega, com medio individualizada e correspondente a um nicoconsumidor.

    4.28 Unidade Consumidora do Grupo A

    Unidade Consumidora que recebe energia em tenso igual ou superior a 2.300 volts.

    4.29 Zona de Corroso Desprezvel ou Moderada

    aquela em que a corroso se verifica aproximadamente entre 15 e 25 anos, comprometendo semriscos o desempenho dos equipamentos e materiais. So zonas localizadas a partir de 20 km dedistncia da orla martima.

    4.30 Zona de Corroso Mediana

    aquela em que a corroso se verifica aproximadamente entre 10 e 15 anos, comcomprometimento moderado de riscos para os equipamentos e materiais. So zonas localizadas adistncias maiores que 6 km e menores que 20 km da orla martima, no estando diretamenteexpostas a ao corrosiva.

    4.31 Zona de Corroso Severa

    aquela em que corroso se verifica aproximadamente entre 5 e 10 anos, comprometendo comriscos o desempenho dos equipamentos e materiais. So zonas localizadas a distncias maioresque 3 km e menores que 6 km da orla martima, podendo existir alguns anteparos naturais ouartificiais, no estando diretamente expostas a ao corrosiva.

    4.32 Zona de Corroso Muito Severa

    aquela em que a corroso se verifica no perodo de at 5 anos, comprometendo severamente odesempenho dos equipamentos e materiais. So zonas expostas diretamente a ao corrosiva,sem nenhum anteparo natural ou artificial, ficando no mximo at 3 km da praia, de porturiossalinos e embocaduras de rios.

    5 LIMITES DE FORNECIMENTO

    A COELCE informar ao interessado a tenso de fornecimento para a unidade consumidora, comobservncia dos seguintes limites:

    5.1 O fornecimento ser em mdia tenso (13,8 kV) quando a carga instalada na unidadeconsumidora for superior a 75 kW e a demanda contratada ou estimada pelo interessado, parafornecimento, for igual ou inferior a 2.500 kW.

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    5/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    5.2 COELCE poder estabelecer a tenso de fornecimento sem observar os limites de que trata oItem 5.1, quando a unidade consumidora incluir-se em um dos seguintes casos:

    a) For atendvel, em princpio, em tenso primria de distribuio, mas situar-se em prdio demltiplas unidades consumidoras predominantemente passveis de incluso no critrio defornecimento em tenso secundria de distribuio e no oferecer condies para seratendida nesta tenso;

    b) Estiver localizada em rea servida por sistema subterrneo de distribuio, ou prevista paraser atendida pelo referido sistema de acordo com o plano j configurado no Programa deObras da COELCE;

    c) Estiver localizada fora do permetro urbano;

    d) Tiver equipamentos que pelas suas caractersticas de funcionamento ou potncia, possamprejudicar a qualidade do fornecimento a outros consumidores;

    e) Havendo convenincia tcnica e econmica para o sistema eltrico da COELCE, noacarretar prejuzo ao interessado.

    5.3 O responsvel pela unidade consumidora atendvel, segundo os limites referidos nos Itens 5.1 e5.2, poder optar por tenso de fornecimento diferente daquela estabelecida pela COELCE desdeque havendo viabilidade tcnica do sistema eltrico, assuma os investimentos adicionaisnecessrios ao atendimento no nvel de tenso pretendido.

    5.4 O aumento de carga que venha a caracterizar a unidade consumidora, suprida em tensosecundria de distribuio, em unidade consumidora suprida em tenso primria de distribuio,exigir do interessado providncias cabveis, a fim de adequar a sua instalao s exignciasconstantes desta Norma.

    5.5 Qualquer aumento ou reduo da potncia instalada em transformao deve ser precedida daaceitao do projeto eltrico. A COELCE ficar desobrigada de garantir a qualidade do servio,podendo, inclusive, suspender o fornecimento, se o aumento de carga prejudicar o atendimento aoutras unidades consumidoras.

    5.6 Poder ser efetuado fornecimento em tenso primria de distribuio a mais de uma unidadeconsumidora do Grupo A, atravs de subestao transformadora compartilhada, devendo seratendidos os seguintes requisitos:

    a) O atendimento a mais de uma unidade consumidora, de um mesmo consumidor, no mesmolocal, condicionar-se- observncia de requisitos tcnicos e de segurana previstos nasnormas e/ou padres da COELCE;

    b) Poder ser efetuado fornecimento a mais de uma unidade consumidora do Grupo A, pormeio de subestao transformadora compartilhada, desde que pactuados e atendidos osrequisitos tcnicos da COELCE e dos consumidores;

    c) As medies individualizadas devero ser integralizadas para fins de faturamento quando, pornecessidade tcnica, existirem vrios pontos de entrega no mesmo local;

    d) Somente podero compartilhar subestao transformadora, unidades consumidoras do GrupoA, localizadas em uma mesma propriedade e/ou cujas propriedades sejam contguas, sendovedada utilizao de propriedade de terceiros, no envolvidos no referido compartilhamento,para ligao de unidade consumidora que participe do mesmo;

    e) No ser permitida a adeso de outras unidades consumidoras, alm daquelas inicialmentepactuadas, salvo mediante acordo entre os consumidores participantes do compartilhamentoe a COELCE;

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    6/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    f) Os investimentos necessrios, projeto, construo, manuteno e operao sejam deresponsabilidade dos interessados, de acordo com o que determina a legislao em vigor.

    6 ENTRADA DE SERVIO

    o trecho do circuito com toda a infra-estrutura adequada ligao, fixao, caminhamento,sustentao e proteo dos condutores, que vo do ponto de ligao da rede at a medio doconsumidor.

    6.1 Elementos Essenciais da Entrada

    Alm da infra-estrutura adequada composio eletromecnica, os elementos essenciais daentrada so:

    ponto de ligao;

    ramal de ligao;

    ponto de entrega;

    ramal de entrada.

    6.1.1 Ponto de Ligao

    o ponto da rede da COELCE do qual deriva o ramal de ligao.

    6.1.2 Ramal de Ligao

    o conjunto de condutores e acessrios instalados entre o ponto de derivao da rede primria daCOELCE e o ponto de entrega.

    6.1.2.1 Prescrio do Ramal de Ligao Derivado de Rede Area

    a) Deve ser de montagem necessariamente area e ao tempo em toda a sua extenso e tercomprimento mximo de 40 metros;

    b) Os condutores devem ser escolhidos pela COELCE e a sua instalao deve obedecer srecomendaes dos fabricantes e s das Normas ABNT especficas;

    c) Ser projetado, construdo, operado e mantido pela COELCE, com a participao financeira doconsumidor de acordo com a legislao em vigor;

    d) O condutor mais baixo do ramal de ligao deve manter altura mnima com referncia ao pisoou solo, de 6 metros ou 5,5 metros, quando respectivamente, houver trnsito de veculos ouapenas de pedestres, sejam em reas privadas ou pblicas. Dependendo das peculiaridadesde trabalho na rea da entrada de servio pode ser necessrio o uso de cabo isolado, acritrio da COELCE, ou altura maior por razes de segurana, especialmente noscruzamentos;

    e) A COELCE, por ocasio da consulta prvia, indicar o ponto do seu sistema no qual hcondies tcnicas para derivar o ramal de ligao para a unidade consumidora;

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    7/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    f) A classe de isolamento requerida de 15 kV, no mnimo, conforme Captulo 11, no podendoser inferior a tenso estabelecida para a rede de distribuio da qual deriva o ramal deligao. Quando a unidade consumidora estiver localizada em rea sujeita a poluioatmosfrica salina severa e muito severa, o isolamento mnimo de 25 kV;

    g) Os equipamentos de manobra instalados na derivao do ramal de ligao devem seroperados exclusivamente pela COELCE;

    h) No deve ser acessvel a janelas, sacadas, telhados, reas ou quaisquer outros elementosfixos no pertencentes rede, devendo qualquer condutor do ramal estar afastado doselementos supracitados de no mnimo 1,5 metros na horizontal e 3,0 metros na vertical. Noesto includos, neste caso, as janelas de ventilao e iluminao dos postos de medio,proteo e transformao;

    i) No deve cruzar outro terreno que no seja o da unidade consumidora, salvo quando nohouver acesso direto entre a rede e o ponto de entrega, caso em que o interessado daunidade consumidora, ou seu representante legal, se responsabilizar por escrito sobre umaeventual exigncia do(s) proprietrio(s) do terreno para a retirada do ramal de ligao, ficandoos encargos financeiros e o caminhamento do novo ramal por conta exclusiva do interessado;

    j) No deve haver edificaes definitivas ou provisrias, plantaes de mdio ou grande portesob o mesmo, ou qualquer obstculo que lhe possa oferecer dano, a critrio da COELCE,seja em domnio pblico ou privado;

    k) No caso de travessia de cerca ou grade metlica deve haver aterramento no trecho sob oramal e seccionamento nos trechos maiores que 20 metros, conforme previsto nos Critriosde Projeto da COELCE;

    l) A COELCE no se responsabiliza por quaisquer danos decorrentes da aproximao ou decontato acidental de suas redes com tubovias, passarelas, elevados, marquises, etc., no casoda construo ter sido edificada posteriormente ligao da unidade consumidora.

    6.1.3 Ponto de Entrega

    o ponto de conexo do sistema eltrico da COELCE com as instalaes eltricas da unidadeconsumidora, caracterizando-se como limite de responsabilidade de fornecimento. Pode ser naprimeira estrutura dentro do terreno particular, ou na fachada do imvel e obedecer as seguintesprescries:

    a) Cada unidade consumidora deve ter apenas um ponto de entrega;

    b) Na ligao de unidades consumidoras construdas sem recuo, com relao ao alinhamento davia pblica, o ponto de entrega se localiza no limite de propriedade particular comalinhamento da via pblica, na prpria fachada da unidade consumidora;

    c) Na ligao de unidades consumidoras construdas recuadas do alinhamento da via pblica,desde que o terreno da mesma atinja o alinhamento supracitado, o ponto de entrega selocaliza no primeiro ponto de fixao do ramal de ligao em propriedade particular, podendoser na prpria fachada ou em poste particular (Desenhos 002.01 a 002.04);

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    8/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    d) Na ligao de unidades consumidoras cujo acesso as mesmas cruze terrenos de terceiros, oponto de entrega localiza-se no primeiro ponto de fixao do ramal de ligao, que obrigatoriamente em poste, em propriedade particular contgua via pblica, nonecessariamente do consumidor. Neste caso o ramal de entrada no pode ser subterrneo edeve atender as prescries da alnea i do subitem 6.1.1;

    e) Todos os materiais e equipamentos do ponto de entrega, tais como: poste, cruzetas,isoladores, pra-raios, muflas, chaves, etc. so de responsabilidade do consumidor;

    f) de responsabilidade do consumidor, manter a adequao tcnica e a segurana dasinstalaes internas da unidade consumidora.

    6.1.4 Ramal de Entrada

    o conjunto de condutores com respectivos materiais necessrios fixao e interligao eltricado ponto de entrega medio. O ramal de entrada pode ser areo ou subterrneo e deveobedecer s seguintes prescries:

    a) Ser construdo, mantido e reparado s custas do interessado;

    b) Quaisquer servios no ramal de entrada devem ser feitos mediante autorizao e supervisoda COELCE;

    c) A COELCE se isentar da responsabilidade de quaisquer danos pessoais e/ou materiais quea construo ou reparo do ramal de entrada possa acarretar, inclusive a terceiros;

    d) No permitida a travessia de via pblica;

    e) O(s) poste(s) do ramal de entrada deve(m) ser localizado(s) de modo a no permitirabalroamento de veculos.

    6.1.4.1 Ramal de Entrada Areo

    Alm das anteriores, deve obedecer s seguintes prescries:

    a) As definidas nas alneas f, h, i e k do item 6.1.2.1;

    b) Os condutores podem ser de cobre ou alumnio sendo que o uso do alumnio s permitidonos ramais derivados de linhas cujos condutores sejam tambm de alumnio. Sua seo deveser dimensionada pelo projetista e aceita pela COELCE;

    c) O primeiro vo a partir do ponto de entrega no deve ultrapassar a 60 metros.

    6.1.4.2 Ramal de Entrada Subterrneo

    o conjunto de condutores e acessrios cujo caminhamento se faz, em parte ou no todo, em nvelabaixo da superfcie do solo, com os respectivos materiais necessrios sua fixao e interligaoeltrica do ponto de entrega medio.

    O ramal de entrada subterrneo no pode ultrapassar a 50 metros de comprimento e deveobedecer s seguintes prescries:

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    9/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    a) Os cabos devem ser preferencialmente instalados em dutos. Se diretamente enterrados, totalou parcialmente, devem ser prova de umidade e ter proteo adequada de acordo com oDesenho 002.05;

    b) O(s) duto(s) deve(m) situar-se a uma profundidade de 0,65 m, e quando cruzar locaisdestinados a trnsito interno de veculos, ser convenientemente protegido(s) por uma dasformas sugeridas no Desenho 002.06;

    c) Deve ser derivado de uma estrutura fixada em terreno da prpria unidade consumidora e seraceito pela COELCE;

    d) No deve cruzar terreno(s) de terceiro(s);

    e) No trecho fora do solo, o ramal de entrada subterrneo deve ser protegido mecanicamenteat a uma altura de 5 m, atravs de eletroduto de ao zincado de dimetro interno mnimoigual a 100 mm, ou por outro meio que oferea a mesma segurana. Nas extremidades doseletrodutos deve ser prevista proteo mecnica contra danificao do isolamento doscondutores;

    f) Deve ser construda uma caixa de passagem a 0,70 m do poste de derivao do ramal deentrada subterrneo;

    g) O comprimento mximo retilneo entre duas caixas de passagem de 30 m;

    h) Em todo ponto onde haja mudana de direo no caminhamento do ramal de entrada, comngulo superior a 45 graus, deve ser construda uma caixa de passagem;

    i) conveniente que as caixas de passagem sejam construdas de modo que permitam folganos condutores de acordo com o raio mnimo de curvatura especificado pelo fabricante;

    j) As caixas de passagem devem ter dimenses mnimas internas de 0,80 x 0,80 x 0,80 m, comuma camada de brita de 0,10 m no fundo da mesma. O tampo de entrada da caixa devepermitir a inscrio de um crculo de 0,60 m de dimetro;

    k) No sero aceitas emendas nem derivaes nos cabos do ramal de entrada subterrneo;

    l) Quando for utilizada curva de 90 graus para permitir a descida ou subida dos condutores doramal de entrada subterrneo, esta deve ter um raio de curvatura superior a 20 vezes odimetro do cabo;

    m) Todo ramal de entrada subterrneo, de preferncia, deve ser composto de 3 cabosunipolares, recomendando-se a instalao de um cabo reserva da mesma natureza doscabos energizados;

    n) As extremidades dos dutos, nas caixas de passagens, devem ser impermeabilizadas commateriais que permitiam posterior remoo, sem danos aos dutos e ao isolamento dos cabos;

    o) Os dutos devem ser instalados de modo a permitir uma declividade de 2% no sentido dascaixas de passagens, conforme mostra o Desenho 002.06.

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    10/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    6.1.4.3 Ramal de Entrada Misto

    aquele constitudo de uma parte area e outra subterrnea. Seu projeto e construo deveobedecer s prescries pertinentes dos ramais de entrada areo e subterrneo. O trechosubterrneo no pode ultrapassar 50 metros de comprimento.

    7 SUBESTAES

    7.1 Recomendaes Gerais

    a) As subestaes devem ser localizadas em local de livre e fcil acesso em condiesadequadas de iluminao, ventilao e segurana;

    b) Todos os compartimentos da subestao devem ser destinados exclusivamente a instalaode equipamentos de transformao, proteo, medio e outros, necessrios ao atendimentoda unidade consumidora;

    c) O arranjo dos equipamentos da subestao deve ser feito de modo a permitir facilidade deoperao e remoo;

    d) A subestao deve ser provida de pelo menos uma unidade de extintor de incndio para usoem eletricidade, instalada nas imediaes da porta de acesso a pessoas. O meio extintordeve ser gs carbnico e o aparelho deve estar de acordo com a NBR-11.716;

    e) Os corredores destinados operao de equipamentos e os acessos devem ter dimensesmnimas de acordo com a Tabela 1. Devem ficar permanentemente livres, no podendo emhiptese alguma, ser empregados para outras finalidades;

    f) Os postos devem ser providas de iluminao artificial e sempre que possvel, de iluminaonatural. Devem possuir tambm iluminao de segurana, com autonomia mnima de 2 horas;

    g) Todas as aberturas de iluminao e ventilao devem ser providas de telas metlicasresistentes, com malha de no mnimo 5 mm e no mximo 13 mm, instaladas externamente.Quando as aberturas tiverem por finalidade apenas a iluminao, as telas metlicas podemser substitudas por vidro aramado;

    h) Os postos de transformao destinados a unidades de potncia igual ou superior a 500 kVA,em lquido isolante, devem dispor de um sistema de drenagem adequado, de maneira alimitar a quantidade de leo, que possivelmente possa ser derramado, devido a umrompimento eventual do tanque do transformador. Como sugesto, ver Desenho 002.15;

    i) As aberturas de acesso de servio de emergncia devem abrir para fora e apresentarfacilidade de abertura pelo lado interno;

    j) As subestaes devem ter caractersticas construtivas definitivas, ser de materiaisincombustveis e de estabilidade adequada, oferecendo condies de bem-estar e seguranaaos operadores;

    k) Devem ser atendidas as normas de segurana aplicveis;

    l) No interior dos postos deve estar disponvel, em local de fcil acesso, um diagrama unifilargeral da instalao;

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    11/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    m) Devem ser fixadas externamente, nos locais possveis de acessos subestao einternamente nos locais possveis de acessos s partes energizadas, placas com os dizeresPerigo de Morte e o respectivo smbolo;

    n) Todos os dizeres das placas e esquemas devem ser em lngua portuguesa, sendo permitido ouso de lnguas extrangeiras adicionais;

    o) Quando o posto de transformao fizer parte integrante da edificao, somente ser permitidoo emprego de lquidos isolantes no inflamveis ou transformadores secos. Considera-secomo parte integrante o recinto no isolado ou desprovido de paredes de alvenaria e portascorta-fogo;

    p) As subestaes que utilizam transformadores em lquido isolante no inflamvel ou a secopodem ser instalados em qualquer pavimento;

    q) As dimenses e peso dos transformadores esto relacionados na Tabela 2, como orientaoao projetista;

    r) Os barramentos devem ser identificados com as seguintes cores:

    Fase A AZUL

    Fase B BRANCO

    Fase C VERMELHO

    Neutro AZUL CLARO

    7.2 Subestao de Instalao Exterior

    So consideradas aquelas instaladas ao ar livre. Podem ser em invlucros metlicos prprios parauso ao tempo ou instaladas em postes. As subestaes em invlucros metlicos devem atender aoitem 7.5.1. As instaladas em postes, devem atender os seguintes critrios:

    a) Todas as partes energizadas do sistema primrio devem ficar a uma altura mnima de 5 m emrelao ao solo.;

    b) Os equipamentos devem apresentar condies necessrias de resistncia e estabilidade,como tambm de isolamento adequado para instalao ao tempo;

    c) Admite-se a montagem de transformador em postes at a potncia de 225 kVA(Desenho 002.08);

    d) permitida a instalao da medio em mureta, distanciada, no mximo de 2 metros doposte, ou diretamente fixada no corpo da estrutura.

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    12/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    7.3 Subestao de Instalao Interior

    So consideradas aquelas instaladas em locais inteiramente abrigados, cujos equipamentos noestejam sujeitos a intempries. Podem ser classificadas em:

    7.3.1 Instalaes ao Nvel do Solo ou Acima

    Devem satisfazer s seguintes prescries:

    a) Havendo mais de um pavimento, a comunicao entre eles deve ser feita por meio de escadafacilmente acessvel, provida de corrimo e com largura mnima de 0,70 m. A distncia entreo plano do primeiro espelho da escada e qualquer equipamento no pode ser inferior a1,60 m;

    b) Nas subestaes instaladas em nvel superior ao do trreo deve ser prevista uma porta deacesso via pblica, com a finalidade de locomover os equipamentos, com dimensesmnimas iguais s do maior transformador mais 0,60 m;

    c) As portas de acesso a pessoas devem ser metlicas ou totalmente revestidas em chapasmetlicas com dimenses mnimas de 0,80 x 2,10 m, abrindo, obrigatoriamente, para fora;

    d) A ventilao interior da subestao deve ser feita atravs, de no mnimo, duas janelas,construdas em forma de chicana com abertura mnima de 0,30 metros quadrados, para cada100 kVA de capacidade instalada em transformao, sendo dispostas uma, o mais prximopossvel do teto e a outra a 0,20 m do piso de maior cota, se possvel colocadas em paredesopostas. Na impossibilidade de se ter ventilao natural, deve ser empregada ventilaoforada, que pode ser atravs de ar condicionado ou exaustores, dimensionados conformeTabelas 18 ou 19;

    e) O p direito mnimo deve ser de 3 m. Quando existir viga, admitida uma altura mnima de2,50 m, medida na face inferior da viga, desde que mantidas as demais distncias desegurana;

    f) O teto deve ser de concreto armado, com espessura mnima de 0,05 m;

    g) As instalaes com entrada area devem satisfazer as seguintes prescries:

    A altura da bucha de passagem de mdia tenso, deve ser de no mnimo 5 m;

    A altura mnima do ponto de fixao dos isoladores de disco deve ser de 5,50 m;

    A espessura mnima das paredes internas deve ser de 0,15 m e das paredes externas de0,30 m;

    h) Nas instalaes com entrada subterrnea, a espessura das paredes (internas e externas)devem ser de no mnimo de 0,15 m;

    i) Alm destas devem ser observadas as alneas d, e, f e h do subitem 7.1 e as alneasa, c, d e e do subitem 7.3.1;

    j) As subestaes de instalao acima do nvel do solo devem ter sua laje convenientementeprojetada em funo do peso dos equipamentos a serem instalados.

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    13/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    7.3.2 Instalaes Abaixo do Nvel do Solo

    A elaborao e apresentao do projeto deve satisfazer s seguintes prescries:

    a) As paredes, piso e teto devem apresentar total impermeabilidade contra infiltrao de gua;

    b) Observadas as prescries gerais sobre entrada e sada de energia, devem ser tomadas asdevidas precaues contra a entrada de gua, devendo os dutos serem vedados nas suasextremidades;

    c) Todos os postos devem ser providos de no mnimo duas aberturas: uma para acesso dematerial e outra para servio de emergncia, podendo esta ltima ser inscrita na abertura deacesso de materiais;

    d) As aberturas de acesso de materiais devem possuir dimenses compatveis com oequipamento;

    e) Os acessos de servio de emergncia, quando laterais, devem ter as dimenses mnimas de0,80 x 2,10 m, e quando localizados no teto, devem ter dimenses suficientes para permitir ainscrio de um crculo de 0,60 m de dimetro;

    f) As paredes internas devem ter espessura mnima de 0,15 m;

    g) Alm destas, devem ser observadas as alneas d, e, f e h do subitem 7.1 e as alneasa, c, d e e do subitem 7.3.1.

    7.4 Subestaes em Invlucros Metlicos

    As subestaes modulares em invlucros metlicos podem ser construdas de formas diversas,obedecendo as recomendaes desta NT- 002 e as distncias da NBR-6979. Apresentamosa seguir os tipos bsicos mais comumente utilizados.

    7.4.1 Invlucro Metlico para Transformador com Flanges Laterais

    a) uma subestao compacta que ocupa uma rea reduzida, devendo ter grau de proteomnima IP3X, onde o numeral 3 refere-se proteo indicada na Tabela 21 e X pode assumir,dependendo da condio da instalao, qualquer valor da Tabela 22, de modo a oferecersegurana aos operadores em geral;

    b) constituda de um transformador de construo especial, onde as buchas primrias esecundrias so fixadas lateralmente carcaa e protegidos por um flange de seoretangular, que se acopla aos mdulos metlicos, primrios e secundrios;

    c) Os mdulos metlicos podem ser complementados acoplando-se novos invlucros aosexistentes, caso haja necessidade de mais sada de ramais primrios e secundrios.

    7.4.2 Invlucro Metlico para Transformador com Flanges Superior e Lateral

    constitudo de um transformador de construo convencional, acoplado aos mdulos metlicos,primrios e secundrios, atravs de duas caixas flangeadas, sendo geralmente uma fixada na partesuperior do transformador e a outra lateralmente. Deve ter grau de proteo IP3X.

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    14/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    7.4.3 Invlucro Metlico com Tela Aramada Lateral

    Este tipo de subestao constituda por transformadores instalados internamente a um invlucrometlico cuja cobertura constituda em chapa de ao, e lateralmente protegido por uma telaaramada com malha de 5 a 13 mm, acoplados aos mdulos metlicos primrios e secundrios.Dado o seu baixo grau de proteo, os mdulos de transformao, que geralmente so fabricadoscom grau de proteo IPX1, no devem ser utilizados em ambientes poludos notadamente pormateriais de fcil combusto, ou em reas onde haja presena de pessoas no habilitadas aoservio de eletricidade. S podem ser usados externamente se a tela no permitir que se atinjaparte energizada dos equipamentos com grau de proteo estabelecido no subitem 7.5.1.2.

    7.4.4 Invlucro Metlico em Chapa de Ao para Transformador Convencional

    Este tipo de subestao constituda por transformador(es) instalado(s), internamente, a invlucrosmetlicos, constitudos totalmente de uma chapa de ao de espessura adequada. A ventilao dosmdulos deve ser feita atravs de telas metlicas de 12 mm, ou por meio de venezianasconvenientemente dimensionadas. Recomenda-se a instalao de exaustores telados,dimensionados conforme Tabela 18, montados no teto. Em mdulos metlicos devem seracoplados lateralmente atravs de parafusos ou solda, constituindo um mdulo compacto, cujo graude proteo de, no mnimo, IP3X.

    7.4.5 Invlucro Metlico com Chapa de Ao para Medio e Proteo

    a) Este tipo de subestao constituda de mdulos metlicos que abrigam apenas a medio eproteo;

    b) O grau de proteo mnimo que deve apresentar este tipo de mdulo de IP3X.

    7.5 Especificaes das Subestaes em Invlucros Metlicos

    Os projetos de subestaes modulares metlicos devem ser elaborados segundo a NBR-6979,NBR-6146 e as prescries gerais estabelecidas a seguir:

    7.5.1 Quanto Construo

    7.5.1.1 Os invlucros metlicos destinados a circuitos primrios ou secundrios, contendoequipamentos de medio, proteo e comando, devem ser ventilados atravs de venezianas outelas metlicas, construdas de maneira a apresentarem grau de proteo IPX4 para os invlucrosinstalados ao tempo e IP2X para aqueles cuja instalao seja abrigada.

    7.5.1.2 Os invlucros metlicos instalados ao tempo, com grau de proteo igual ou inferior a IP24contendo circuitos primrios e/ou secundrios, devem ser localizados em reas especficas dotadasde barreiras contra aproximao de pessoas no qualificadas e animais.

    a) Este grau de proteo implica em que os invlucros sejam protegidos contra os objetosslidos maiores que 12 mm, e contra gua projetada de qualquer direo contra o invlucro;

    b) As barreiras protetoras devem ser distanciadas de no mnimo 1,80 m dos invlucros, podemser constitudas de muro de alvenaria, tela metlica com malha de, no mnimo 50 mm ouarame farpado devidamente fixado e distanciado de no mximo 100 mm.

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    15/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    7.5.1.3 Os invlucros metlicos instalados em reas abrigadas cujo acesso somente seja permitidoa pessoas habilitadas em servio de eletricidade, contendo circuitos primrios e/ou secundrios,devem ter grau de proteo contra objetos slidos superiores a 12 mm e contra queda de gotasdgua para uma inclinao mxima de 15.

    7.5.1.4 Os invlucros metlicos instalados em reas abrigadas, cujo acesso seja permitido apessoas no qualificadas para o servio de eletricidade, contendo circuitos primrios e/ousecundrios, devem ter grau de proteo mnima IP32, isto , devem ser protegidos contra apenetrao de objetos slidos superiores a 2,5 mm e contra queda de gotas dgua para umainclinao mxima de 15.

    7.5.1.5 No permitida a instalao de chaves fusveis indicadoras unipolares ou chavessecionadoras fusveis tripolares no interior dos cubculos metlicos (Veja proteo no Captulo 9).

    7.5.1.6 Devem ser obedecidas as distncias mnimas entre as peas sob tenso e entre estas e asque esto ligadas terra, instaladas em invlucros metlicos, conforme Tabela 5.

    A distncia entre os apoios dos barramentos em funo da corrente de curto-circuito (Tabela 7 eTabela 8).

    7.5.1.7 Os invlucros metlicos que contenham circuitos primrios e/ou secundrios devem serconstitudos de forma a suportar os efeitos dinmicos resultantes das correntes de curto-circuitopresumidas no ponto de instalao, devendo ter espessura mnima de 2,75 mm (12 USSG).

    7.5.1.8 As chapas destinadas s portas, barreiras de proteo e divisrias devem ser no mnimo, de2,0 mm (14 USSG), devendo ser soldados ou aparafusados todos os pontos necessrios para aformao de um conjunto estrutural rgido.

    7.5.1.9 No se aceita a utilizao de parafusos nas chapas que permitam o acesso ao cubculo demedio.

    7.5.1.10 Quando for utilizada a chapa de ao de 2,0 mm (14 USSG) com rea livre superiora 3,15 m2., devem ser adotados reforos cruzados efeitos em perfil com aba no inferior a 25 mm.

    7.5.1.11 Os perfis de ao para suporte dos isoladores dos barramentos devem ter aba de nomnimo 50 mm.

    7.5.1.12 No deve ser possvel abrir, desmontar ou remover, sem uso de ferramentas, as partesexternas dos invlucros metlicos que contenham equipamentos e dispositivos sob tenso primria.

    7.5.1.13 A remoo das partes que do acesso aos equipamentos inseridos nos invlucrosmetlicos, contendo circuitos secundrios, devem exigir o uso de ferramentas ou chave.

    7.5.1.14 O espaamento entre qualquer borda da porta, quando fechada, e a chapa metlicaadjacente dos invlucros metlicos contendo circuitos primrios e secundrios, no deve exceder a3,0 mm.

    7.5.1.15 Os acessos aos invlucros metlicos contendo circuitos primrios devem possuir umabarreira de proteo interposta entre os componentes ativos do circuito e a parte externa doinvlucro. A referida barreira pode ser construda em tela com malha no superior a 13 mm ou emchapa de ao com espessura no inferior a 2,0 mm (14 USSG).

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    16/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    7.5.1.16 Exige-se que o mecanismo de articulao das barreiras dos invlucros metlicos, contendocircuitos primrios e secundrios, no permita, durante a remoo, a sua inclinao para o interiordos invlucros.

    7.5.1.17 Recomenda-se que a remoo da barreira de proteo dos invlucros metlicos, contendocircuitos primrios, deve implicar na desenergizao do circuito principal atravs de um dispositivode intertravamento, mecnico ou eletromecnico.

    7.5.1.18 A posio de operao das chaves secionadoras, que interrompam circuitos primrios ousecundrios, deve ser visvel.

    7.5.1.19 Os invlucros metlicos instalados ao tempo, contendo circuitos primrios e/ousecundrios, devem possuir cobertura com um declive de, no mnimo, 10% na direo oposta daspartes de acesso.

    7.5.1.20 Devem ser previstos intertravamentos eletromecnicos para evitar operaes das chavessecionadoras, estando o disjuntor na posio fechada.

    7.5.1.21 No caso dos cubculos alojarem disjuntores extraveis, devem ser utilizados dispositivos deintertravamento com as seguintes finalidades:

    a) Evitar o deslocamento do disjuntor da posio de operao, ou para esta posio, quandoseus contatos estiverem fechados;

    b) Evitar que o disjuntor seja fechado, a menos que os dispositivos primrios de desconexoestejam em contato total ou separados por uma distncia segura;

    c) Manter firmemente o disjuntor em uma posio de operao;

    d) Descarregar, automaticamente, o mecanismo de fechamento, quando o disjuntor estiversendo retirado do cubculo.

    7.5.1.22 Devem ser previstos meios de travamento (por exemplo: cadeados) em dispositivosinstalados nos circuitos principais, cuja operao incorreta possa causar danos, ou outros quesejam usados para assegurar distncias de isolao durante os trabalhos de manuteno.

    7.5.1.23 As subestaes modulares devem possuir uma placa de identificao metlica ou materialplstico duro, contendo as caractersticas fsicas e eltricas, tais como:

    a) Nmero de srie de fabricao;

    b) Data de fabricao;

    c) Tipo de uso (interno ou externo);

    d) Dimenses;

    e) Peso;

    f) Tenso nominal;

    g) Freqncia;

    h) Corrente nominal do barramento primrio e do barramento secundrio;

    i) Nvel de isolamento;

    j) Grau de proteo.

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    17/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    7.5.1.24 Os compartimentos destinados aos medidores devem ser providos de um ponto de luz deno mnimo 40 W.

    7.5.1.25 Os mdulos metlicos de medio primria devem ser dotados de suportes destinados afixao dos transformadores de corrente e potencial (TC e TP), obedecendo furao apresentadano Desenho 002.17.

    7.5.1.26 A caixa de medio deve ser interligada ao mdulo de medio e ser fixada de modo a nopermitir a sua remoo. A espessura da chapa no deve ser inferior a 2 mm (14 USSG).

    7.5.1.27 Os orifcios da caixa de medio destinados passagem dos condutores de interligaoentre TP, TC e os medidores devem ter as suas bordas protegidas por material de superfcies lisas,com dimetro que permita a fixao de eletroduto de 50 mm.

    7.5.2 Quanto Instalao

    7.5.2.1 As subestaes modulares no devem ser instaladas em locais sujeitos a vibraes, aabalroamento de automotivos ou a qualquer dano provocado por movimentao de peas.

    7.5.2.2 Quando instalada ao tempo, deve ser evitada a localizao da subestao modular sobrvores.

    7.5.2.3 Os invlucros metlicos no devem ser instalados em locais excessivamente midos ousujeitos a inundaes.

    7.5.2.4 No permitida a instalao dos invlucros metlicos sobre piso abaixo do qual passamtubulaes contendo gases ou lquidos combustveis. Tambm veda-se a localizao dasubestao modular em ambientes contendo depsitos de gases ou combustveis inflamveis.

    7.5.2.5 Os compartimentos em alvenaria que abrigam subestaes modulares, devem possuirventilao conforme item 7.3.1 alnea d

    7.5.2.6 As paredes e piso devem apresentar total impermeabilidade contra infiltrao de gua.

    8 MEDIO

    8.1 Generalidades

    a) A energia fornecida a cada unidade consumidora deve ser medida num s ponto. No permitida medio nica a mais de uma unidade consumidora;

    b) A instalao de um nico consumidor que, a qualquer tempo, venha a ser transformada emmltiplas unidades consumidoras, deve ter suas instalaes fsicas e eltricas separadas,com vista adequada medio e proteo de cada consumidor que resultar da subdiviso.Neste caso, o interessado deve obedecer as prescries contidas na NT- 003;

    c) Medidores, transformadores de corrente, de potencial, e condutores secundrios deinterligao so fornecidos pela COELCE, cabendo ao interessado a reserva do espao parasua instalao;

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    18/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    d) Para os efeitos desta Norma o consumidor responsvel, na qualidade de depositrio a ttulogratuito pela custdia dos equipamentos de medio conforme previsto na Resoluo456/2000 da ANEEL;

    e) Os transformadores de medio devem ser usados exclusivamente para este fim, e instaladosem suporte ou cavalete padronizado nos Desenhos 002.16 e 002.17, ou outro tipo deinstalao previamente aprovada pela COELCE;

    f) Os transformadores de potencial devem ser ligados antes dos transformadores de corrente,no sentido fonte-carga;

    g) O consumidor ser responsvel por danos causados aos equipamentos de medio ou aosistema eltrico da concessionria, decorrentes de qualquer procedimento irregular ou dedeficincia tcnica das instalaes eltricas internas da unidade consumidora.

    h) A COELCE substituir todo ou qualquer parte do equipamento de medio, sem nus para ousurio, caso apresente defeito ou falhas no decorrentes de mau uso do mesmo;

    i) O cubculo de medio em alvenaria deve ter as dimenses mnimas estabelecidas noDesenho 002.09, e ser destinado exclusivamente aos equipamentos de medio;

    j) As caixas de medio esto padronizadas nos Desenhos 002.18 a 002.21;

    k) O cubculo e equipamentos de medio no interior da caixa de medio de energia devemficar lacrados pela COELCE;

    l) A porta do cubculo de medio deve ter medies mnimas de 0,80 x 2,10 m, conterdispositivo para lacre e possuir a metade superior telada;

    m) A medio deve ficar em local de fcil acesso e no mximo a 50 m do alinhamento da viapblica;

    n) A altura do visor do medidor deve ficar de 1,5 a 1,6 m para o solo.

    8.2 Tipos de Medio

    A medio pode ser feita em tenso primria ou em tenso secundria, conforme o caso:

    8.2.1 Medio em Tenso Primria de Distribuio

    a) obrigatria nos seguintes casos:

    quando existir mais de um transformador na unidade consumidora;

    quando a potncia do transformador da subestao for superior a 225 kVA.

    b) permitida a medio em tenso primria de distribuio em subestaes de potncia igualou superior a 150 kVA;

    c) A medio deve ser feita a dois elementos, utilizando-se para isto dois transformadores depotencial e dois de corrente;

    d) O seccionamento e/ou a proteo ficaro aps a medio, no sentido da carga.

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    19/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    8.2.2 Medio em Tenso Secundria

    a) utilizada em todos os casos que no exijam a medio em tenso primria de distribuio;

    b) A medio deve ser feita a trs elementos, utilizando-se, quando for o caso, trstransformadores de corrente;

    c) O transformador de distribuio, com medio secundria, quando em subestaesabrigadas, deve ter as buchas de BT convenientemente seladas pela COELCE.

    9 PROTEO ELTRICA E SECCIONAMENTO

    9.1 Condies Gerais

    a) Os equipamentos de proteo so destinados a detectar condies anormais de servio, taiscomo sobrecarga, curto-circuito, sobretenso, subtenso e a desligar a parte defeituosa, a fimde limitar possveis danos e assegurar o mximo de continuidade de servio. Com esseobjetivo, o sistema deve ser estudado de tal forma que somente devem operar osequipamentos de proteo ligados diretamente ao elemento defeituoso;

    b) Qualquer instalao deve ser executada levando em considerao a necessria coordenaode todo o sistema de proteo;

    c) A instalao de chaves secionadoras e chaves fusveis deve ser feita de forma a impedir oseu fechamento pela ao da gravidade;

    d) As chaves secionadoras e chaves fusveis devem ser dispostas de forma que quandoabertas, as partes mveis no estejam sob tenso;

    e) As chaves secionadoras e chaves fusveis devem ser instaladas em locais de fcil acesso,possibilitando sua visualizao, pronta manobra e manuteno;

    f) As chaves que no possuam caractersticas adequadas para manobras em carga devem serinstaladas com a indicao seguinte:

    Esta chave no deve ser manobrada em carga.

    9.2 Proteo Contra Surtos de Tenso Provocados por Descargas Atmosfricas e Manobras

    9.2.1 A proteo deve ser feita atravs da instalao de um pra-raios, por fase, localizado deacordo com os seguintes critrios:

    a) Unidade Consumidora com Ramal de Entrada Areo:

    nas entradas dos cubculos de transformao, medio, controle e utilizao;

    nos pontos de mudanas de impedncia caracterstica das linhas;

    nos pontos de conexo de redes nuas com rede isolada;

    quando a subestao for abrigada, deve se localizar imediatamente antes das buchas depassagem de entrada;

    quando a subestao for de instalao exterior area, deve se localizar na estrutura detransformao, conforme Desenho 002.08;

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    20/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    b) Unidade Consumidora com Ramal de Entrada Subterrneo ou Misto:

    independentemente da localizao do Ponto de Entrega, o conjunto de pra-raios deve serinstalado imediatamente antes dos terminais externos do cabo do ramal de entradasubterrneo, e em todos os pontos de interligao da rede area com o ramal subterrneo.

    9.2.2 opcional a utilizao de pra-raios internamente ao posto de medio, e na extremidadeinterna do ramal de entrada subterrneo.

    9.2.3 Quando, partindo do posto de medio, existir ramal areo de mdia tenso com mais de100 metros de extenso, exigida a instalao de outro conjunto de pra-raios na sada domesmo.

    9.3 Proteo Eltrica contra Condies Anormais de Servio

    a) A proteo contra curto-circuito feita atravs da instalao de um conjunto de chavesfusveis indicadoras unipolares no ponto de derivao do ramal de ligao. instalada pelaCOELCE com participao financeira do interessado. Sua operao de exclusivaresponsabilidade da COELCE;

    b) Quando a capacidade instalada for superior a 300 kVA exigido a instalao de um disjuntorgeral, com desligamento automtico, com capacidade de ruptura de, no mnimo, 350 MVA.Associado ao disjuntor deve ter um rel de proteo, multifuno, com as funes 50/51 e50/51N, de fase e neutro respectivamente. As curvas dos rels devem estar de acordo com aNorma IEC;

    sugere-se a colocao de proteo contra subtenso e sobretenso com temporizao(funes 27 e 59);

    antes do disjuntor deve ser instalado um dispositivo com seccionamento tripolar visvelcom intertravamento com o disjuntor. O seccionamento dispensvel apenas quando odisjuntor for do tipo extravel, desde que seja garantido o afastamento dos contatos fixos;

    quando houver um ou mais postos de transformao afastados do cubculo de medio eproteo geral, com ou sem cubculo de transformao anexo, obrigatrio a utilizao dodisjuntor na sada de cada alimentador quando a potncia individual por posto detransformao for superior ou igual a 300 kVA ou chave secionadora fusvel comcaractersticas adequadas quando a potncia individual por posto de transformao forinferior a 300 kVA. Quando for instalada chave secionadora fusvel interna, a mesma deveter comando simultneo;

    os transformadores de corrente (TC) para alimentao dos rels devem ser instalados logoaps o dispositivo de seccionamento que precede o disjuntor geral da subestao.

    c) Subestao com capacidade instalada inferior a 300 kVA;

    quando o posto de transformao for anexo ao de medio admitida a proteo atravsde um conjunto de chaves fusveis com caractersticas adequadas que, em subestaesabrigadas, deve ser associado a dispositivos de seccionamento tripolar simultneo;

    quando o(s) posto(s) de transformao forem afastado(s) do de medio, aconselhvel ainstalao de um disjuntor, com desligamento automtico imediatamente aps o posto demedio.

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    21/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    d) Nas subestaes em invlucros metlicos, independente da potncia do(s) transformador(es),as protees primria e secundria devem ser feitas atravs de disjuntores. O disjuntorprimrio deve ser atuado por dispositivos que executem as funes 50 / 51e 50 / 51N de fasee de neutro respectivamente, conforme Norma IEC;

    e) Os circuitos secundrios derivados dos transformadores da subestao devem ser providosde chave secionadora tripolar abertura simultnea, operao em carga com dispositivo deproteo ou de disjuntores tripolares magnticos ou termomagnticos com capacidade deruptura adequada ao nvel de curto-circuito previsto nos seus terminais (Tabela 20). Aceita-seo emprego de fusveis antes dos disjuntores com a finalidade de limitar o valor de crista dacorrente de curto-circuito;

    f) Nas subestaes com medio em tenso primria, a proteo geral deve ser instalada logoaps os transformadores de medio;

    g) No permitido a ligao em paralelo de banco de transformadores monofsicos comtrifsicos;

    h) Os circuitos primrios de transformadores ligados em paralelo, devem dispor individualmentede secionamento, no sendo permitida a utilizao de chaves fusveis;

    i) Os circuitos secundrios derivados de transformadores ligados em paralelo devem serprovidos de chaves secionadoras tripolares, abertura simultnea, operao em carga comdispositivo de proteo ou de disjuntores tripolares, magnticos ou termomagnticos, com oelemento trmico ajustvel, instaladas antes do barramento;

    j) A utilizao do dispositivo de partida (chave estrela-tringulo, compensadora, reostato departida, soft-starter) fica a critrio do consumidor desde que durante a partida dos motores, aqueda de tenso no ponto de entrega seja igual ou inferior a 3 por cento.

    10 ATERRAMENTO

    10.1 Sistema de Aterramento da Subestao

    Deve obedecer aos seguintes requisitos:

    a) Os equipamentos da subestao devem estar sobre a rea ocupada pela malha de terra.Quando isto for de todo impossvel, o interessado deve consultar a COELCE;

    b) O valor mximo de resistncia de malha de terra deve ser de 10 ohms. Caso a medioefetuada pela COELCE acuse valor superior ao supra citado, o interessado deve tomarmedidas tcnicas de carter definitivo para reduzir a resistncia a um valor igual ou inferior;

    c) Os eletrodos de terra verticais devem ter dimenses mnimas de 2,40 m de comprimento.Podem ser constitudos de vergalho de ao cobreado de dimetro mnimo de 15 mm ou deoutro material que preserve suas condies originais ao longo do tempo. No permitida autilizao de elementos ferrosos, mesmo que sejam zincados (cantoneira de ao zincado,cano de ao zincado, etc.);

    d) Devem ser utilizados, no mnimo, 6 eletrodos verticais;

    e) A distncia entre os eletrodos verticais deve ser de, no mnimo, 3 m e ter disposioretangular;

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    22/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    f) O condutor de aterramento que liga o terminal ou barra de aterramento principal malha deterra deve ter sua seo mnima de 50 mm2,

    g) Devem ser ligados ao sistema de aterramento por meio de condutor de cobre nu, de bitolamnima de 25 mm2, os seguintes componentes de uma subestao:

    todas as ferragens para suporte de chaves, isoladores, etc.;

    portas e telas metlicas de proteo e ventilao;

    blindagem dos cabos isolados;

    carcaa dos transformadores de potncia e de medio, geradores (se houver),disjuntores, capacitores, etc.;

    todos os cubculos em invlucros metlicos mesmo que estejam acoplados;

    neutro do transformador de potncia e gerador (se houver);

    condutores de proteo da instalao.

    h) Devem ser aterradas as blindagens dos cabos subterrneos em uma das extremidades,qualquer que seja o seu comprimento. A segunda extremidade pode ser aterrada, desde quea circulao de corrente atravs da blindagem e a transferncia de potencial estejam dentrode limiteis aceitveis;

    i) Todas as ligaes devem ser feitas com conectores apropriados, preferindo-se a utilizao desoldas do tipo exotrmica;

    j) Os pontos de conexo das partes metlicas no energizadas ligadas ao sistema deaterramento devem estar isentos de corroso, graxa ou tinta protetora.

    10.2 Sistema de Aterramento dos Pra-raios

    Deve obedecer os seguintes requisitos:

    a) O sistema de aterramento do pra-raios deve ser feito, independentemente do sistema deaterramento da subestao, desde que a distncia horizontal entre o ponto de sua instalaoseja igual ou superior a 15 m;

    b) Quando o aterramento do pra-raios for independente, devem ser utilizados, no mnimo, trseletrodos verticais de mesmas caractersticas do sistema de aterramento da subestao;

    c) O condutor de interligao entre o terminal dos pra-raios e os eletrodos de terra deve ser omais retilneo possvel, de cobre e ter seo mnima igual a 25 mm2;

    d) O aterramento da blindagem das muflas e dos pra-raios, quando instalados na mesmaestrutura, deve ser feito atravs de um nico condutor;

    e) O eletroduto de ao zincado do ramal de entrada deve ser aterrado. No permitido vazar aparede do eletroduto para introduzir parafuso cuja extremidade possa danificar, por atrito, aisolao do condutor.

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    23/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    11 ESPECIFICAO RESUMIDA DOS EQUIPAMENTOS ELTRICOS

    Os materiais e equipamentos eltricos a serem utilizados tanto na entrada como nas instalaes daunidade consumidora, devem atender no mnimo as seguintes caractersticas:

    EquipamentosZona de Corroso

    Desprezvel ouModerada

    Zona de CorrosoSevera ou

    Muito Severa

    1 Chave Fusvel Unipolar (uso exterior)

    Classe de Tenso 15 kV 25 kV

    Corrente Nominal 300 A 300 A

    Capacidade de Ruptura Simtrica 10 kA 6,3 kA

    Nvel de Isolamento (NI) 95 kV 110 kV

    2 Chave Secionadora Unipolar (uso exterior)

    Classe de Tenso 15 kV 25 kV

    Corrente Nominal 400 A 400 A

    Nvel de Isolamento (NI) 95 kV 110 kV

    3 Chave Secionadora Tripolar (uso interior)

    Classe de Tenso 15 kV 15 kV

    Corrente Nominal Mnima 400 A 400 A

    Nvel de Isolamento (NI) 95 kV 110 kV

    4 Chave Secionadora Fusvel Tripolar (uso interior)

    Classe de Tenso 15 kV 15 kV

    Corrente Nominal 100 A 100 A

    Nvel de Isolamento (NI) 95 kV 110 kV

    5 Disjuntor de Mdia Tenso

    Classe de Tenso 15 kV 15 kV

    Corrente Nominal Mnima 400 A 400 A

    Capacidade de Ruptura mnima 350 MVA 350 MVA

    Nvel de Isolamento (NI) 95 kV 110 kV

    6 Pra-Raios

    Classe de Tenso 15 kV 15 kV

    Capacidade Mnima de Ruptura 10 kA 10 kA

    Nvel de Isolamento (NI) 95 kV 110 kV

    7 Condutores Nus do Ramal de Ligao Cobre ou Alumnio Cobre

    Seo mnima 25 mm2 / 2 AWG 25 mm2

    8 Condutores Isolados Cobre Cobre

    Isolao Mnima 8,7 / 15 kV 8,7 / 15 kV

    Seo (mnimo 25 mm2)Conforme

    Potncia InstaladaConforme

    Potncia Instalada

    9 Barramento de Cobre Nu Conforme Tabela 4 Conforme Tabela 4

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    24/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    10 Isoladores de Disco (cadeia) Com 2 isoladores Com 3 isoladores

    11 Transformador de Distribuio

    Classe de Tenso 15 kV 15 kV

    Buchas de Mdia Tenso 25 kV 25 kV

    Material do Tanque Ao Pintado Liga de Alumnio

    Tenso Primria Nominal 13,8 kV 13,8 kV

    12 Tenso Secundria Nominal 380/220 V 380/220 V

    12 GERAO PRPRIA

    Para instalao de grupo gerador particular, em unidades consumidoras atendidas pelo sistema daCOELCE, deve ser obrigatoriamente apresentado projeto para anlise.

    A instalao de gerao alternativa ou de emergncia deve assegurar boas condies tcnicas ede segurana devendo obedecer as Decises Tcnicas DT-033 e DT-104 e s seguintesprescries:

    12.1 Geradores com Interrupo na Transferncia de Cargas

    a) No ser permitido o paralelismo entre os geradores e o sistema eltrico da COELCE;

    b) Quando um grupo gerador suprir os mesmos circuitos alimentados pela COELCE em regimenormal, ser exigida uma chave com intertravamento mecnico ou eletromecnico visvel,capaz de evitar o paralelismo do grupo gerador com o sistema COELCE;

    c) A energia eltrica proveniente do gerador no pode causar nenhuma interferncia no sistemaeltrico e na medio da COELCE.

    12.2 Geradores sem Interrupo na Transferncia de Cargas (Transferncia em Rampa)

    a) No sistema de transferncia em rampa, no qual as cargas so transferidas da rede para ogrupo gerador e vice-versa de forma ininterrupta, permitido o paralelismo momentneoentre o grupo gerador e o sistema eltrico da COELCE, garantindo um tempo mximo de 15sde paralelismo;

    b) A energia fornecida por duas fontes distintas deve ser supervisionada por uma Unidade deSupervisionamento e Controle, com o objetivo de controlar, supervisionar o sincronismo,como tambm proteger o sistema de possveis defeitos no grupo gerador;

    c) A energia eltrica proveniente do gerador no pode causar nenhuma interferncia na medioda COELCE;

    12.3 Recomendaes de Segurana

    a) Os grupos geradores devem ser operados apenas por pessoal qualificado;

    b) de total responsabilidade do proprietrio do grupo gerador qualquer problema que venha aocorrer e que possa ocasionar danos a pessoas ou bens, inclusive ao funcionamento dosistema eltrico da COELCE;

    c) Todas as caixas e dutos at a medio devem ser selados;

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    25/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    d) A cabine onde est localizado o gerador no deve servir de depsito, nem para guardarqualquer tipo de material;

    e) Na porta da cabine do gerador dever ter uma placa de advertncia visvel, indicando perigo.

    12.4 Instalao do Grupo Gerador

    a) O grupo gerador deve ficar em rea segura e fisicamente separada do recinto onde estoinstalados os equipamentos da subestao;

    b) A instalao do grupo gerador deve ser em local apropriado com ventilao natural ou foradae iluminao adequada e deve possuir espao livre suficiente para facilitar a sua operao emanuteno.

    12.5 Intertravamento Eltrico

    Para instalao de grupo gerador com sistema de transferncia de carga sem interrupo, deve serfirmado um Acordo Operacional entre a COELCE e o proprietrio do grupo gerador, conformeindicado na Deciso Tcnica DT-104.

    12.6 Termo de Responsabilidade

    Para instalao de grupo gerador com sistema de transferncia de carga com interrupo, deve serfirmado um Termo de Responsabilidade por Operao de Grupo Gerador pelo proprietrio,conforme indicado na DT-104.

    12.7 Acordo Operacional

    permitido o intertravamento somente eltrico se o sistema de transferncia for em rampa epossuir as protees indicadas na DT-033 ou DT-104.

    13 PROJETO

    A execuo das instalaes, sejam novas, reformas ou ampliaes, deve ser precedida de projeto,assinado por engenheiro eletricista devidamente registrado no Conselho Regional de Engenharia,Arquitetura e Agronomia CREA.

    Os projetos eltricos de todas as unidades consumidoras atendidas em tenso primria dedistribuio devem ser analisados e aceitos pela COELCE.

    13.1 Apresentao do Projeto

    13.1.1 O projeto deve ser apresentado em 3 (trs) vias, sem rasuras, contendo no mnimo osseguintes requisitos:

    a) Memorial descritivo, tambm em 3 vias assinadas pelo Engenheiro Responsvel, devendoconter as seguintes informaes:

    natureza das atividades desenvolvidas na unidade consumidora, a finalidade de utilizaoda energia eltrica, indicando a atividade de maior carga;

    data prevista para a ligao;

    quadro de carga instalada, em kW;

    demonstrativo do clculo de demanda efetiva;

    previso de aumento da carga existente, caso haja;

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    26/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    nvel de curto-circuito trifsico simtrico nos terminais do dispositivo de proteo geral debaixa tenso;

    clculo da coordenao e seletividade da proteo, baseado em dados do sistema,fornecidos pela COELCE;

    uma via do manual de instruo do rel;

    caractersticas do grupo gerador, caso haja;

    cronograma das cargas a serem instaladas.

    b) Uma via da Anotao de Responsabilidade Tcnica ART emitida pelo CREA;

    c) Licena emitida pelo rgo responsvel pela preservao do meio ambiente, quando aunidade consumidora localizar-se em rea de preservao ambiental;

    d) Autorizao federal para construo de linha destinada a uso exclusivo do interessado;

    e) Os desenhos devem ser apresentados em cpias heliogrficas ou originais obtidos a partir deimpressoras grficas ou plotter, com dimenses padronizadas pela NBR-10.068 da ABNT;

    f) Planta de situao, identificando a localizao exata da obra e o ponto de entrega pretendido,incluindo as ruas adjacentes quando localizado em rea urbana, o cdigo da estrutura maisprxima quando localizado em rea rural e algum ponto de referncia significativo. Caso hajasubestao afastada do cubculo de medio, indicar tambm o caminhamento doscondutores primrios e localizao das caixas de passagem;

    g) Diagrama unifilar, contendo todos os equipamentos, dispositivos e materiais essenciais,desde o ponto de entrega at a proteo geral de baixa tenso, contendo, ainda, os seusprincipais valores eltricos nominais, faixas de ajustes e ponto de regulao. Caso existagerao prpria, indicar o ponto de reverso com a instalao ligada rede de suprimento daCOELCE, detalhando o sistema de reverso adotado, conforme Captulo 12;

    h) Arranjo fsico das estruturas e equipamentos, tais como:

    detalhes da entrada, contendo cortes da estrutura do ponto de entrega e do ramal deentrada;

    posto de medio, indicando a posio e o tipo do quadro de medio;

    posto de proteo, seccionamento e de transformao;

    barramento primrio;

    indicao da seo e do tipo de isolamento dos condutores;

    indicao da seo das barras e a distncia entre os apoios do barramento primrio e dobarramento secundrio principal (como orientao, Tabelas 4 a 10);

    detalhe das aberturas de ventilao;

    planta detalhada da malha de terra;

    desenhos com cortes dos invlucros metlicos.

    13.1.2 Para os projetos que envolvam a construo de rede primria ou que estejam localizadosem reas rurais, devem ser apresentados tambm:

    a) Planta de situao da propriedade;

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    27/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    b) Mapa-chave da rede, em escala de 1:5000, contendo o posto de medio, os postos detransformao e acidentes geogrficos significativos;

    c) Desenho plani-altimtrico do caminhamento da rede, identificando a locao e tipos deestruturas primrias e secundrias, segundo o Padro adotado pelo Projetista. O referidodesenho deve ser apresentado em escala vertical de 1:500 e horizontal de 1:5000;

    d) O desenho plani-altimtrico deve conter os seguintes detalhes, caso hajam:

    redes e linhas eltricas e de telecomunicaes existentes;

    ferrovias, rodovias e demais locais de trnsito de veculos;

    rios, audes ou lagoas;

    obras de engenharia que possam interferir no projeto;

    tipo de solo e de vegetao.

    e) Quando os Padres de Estrutura empregados no projeto de rede forem diferentes dosPadres de Estrutura em vigor na COELCE ou adotados pelas NBR- 5433 e 5434 da ABNT, ointeressado deve apresentar os desenhos das estruturas utilizadas, com detalhes quepossibilitem uma avaliao quanto segurana e confiabilidade;

    f) Diagrama unifilar do ponto de entrega de energia at os terminais da proteo geral de BaixaTenso de cada posto de transformao.

    13.2 Anlise e Aceitao do Projeto

    a) A anlise do projeto, pela COELCE, vai do ponto de ligao at a proteo geral de baixatenso;

    b) Para sua aceitao pela COELCE o projeto deve obrigatoriamente estar de acordo com asnormas e padres da COELCE, com as normas da ABNT e com as normas expedidas pelosrgos oficiais competentes;

    c) Uma vez aceito o projeto, a COELCE devolver uma das vias ao interessado;

    d) Toda e qualquer alterao no projeto, j aceito, somente pode ser feita atravs doresponsvel pelo mesmo, mediante consulta COELCE;

    e) A COELCE poder recusar a proceder a ligao da unidade consumidora caso hajadiscordncia entre a execuo das instalaes e o projeto aceito;

    f) A COELCE dar um prazo de, no mximo, 24 meses a partir do dia da aceitao do projeto,para que o mesmo tenha sua ligao solicitada, aps esse prazo a aceitao do projeto torna-se sem efeito.

  • COELCECompanhia Energtica do Cear

    Cdigo

    Pgina

    Reviso

    Emisso

    28/83

    NT-002

    Fornecimento de Energia Eltrica em

    Tenso Primria de DistribuioMAI/2002

    1

    NORMA TCNICA

    14 CRITRIOS PARA CLCULO DE DEMANDA

    O projetista deve apresentar o Memorial Descritivo e demonstrativo de clculo da demanda mximapresumvel da instalao. Como sugesto, a COELCE apresenta a metodologia seguinte, podendo,no entanto, o interessado recorrer a outra frmula de clculo, desde que devidamente demonstradae justificada.

    DFp

    a b c d e F G kVA= + + + + + +

    0 770 7 0 95 0 59 1 2

    ,, , , ,

    D - demanda total da instalao, em kVA;

    a - demanda das potncias, em kW, para iluminao e tomadas de uso geral (ventiladores,mquinas de calcular, televiso, som, etc.) calculada conforme Tabela 11;

    Fp - fator de potncia da instalao de iluminao e tomadas. Seu valor determinado em funodo tipo de iluminao e reatores utilizados;

    b - demanda de todos os aparelhos de aquecimento, em kVA (chuveiro, aquecedores, fornos,foges, etc.), calculada conforme Tabela 12;

    c - demanda de todos os apar