COIMBRA Cidadania deve ser construída nas escolasEscola Brotero Dia da Não Violência e Paz...

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04 | 2 FEV 2016 | TERÇA-FEIRA COIMBRA Cidadania deve ser construída nas escolas Escola Brotero Dia da Não Violência e Paz assinalado com a apresentação do livro “O cassador de muros” e inauguração da mostra “Muros e refúgios” José João Ribeiro A autora do livro “O cassador de muros”defendeu ontem em Coimbra que é nas escolas, centros de transmissão do sa- ber, que se deve travar o pro- cesso de desumanização. «É nas escolas que deve ser cons- truída a humanização, através da paz, solidariedade e da dá- diva», afirmou Ana Filomena Amaral, numa sessão desti- nada a assinalar o “Dia Escolar da Não Violência e Paz”, que decorreu de manhã na Biblio- teca da Escola Secundária Ave- lar Brotero. “O cassador de muros”, o seu sexto romance, narra a odis- seia de um jornalista que per- corre os países onde ainda existem muros na tentativa de os “cassar”, ao mesmo tempo que “cassa” os seus próprios também. No romance, explicouAna Fi- lomena Amaral, o jornalista Al- berto fez-se ao caminho, da Co- reia à Irlanda do Norte, do Saara Ocidental à Palestina, de Caxe- mira ao México e ao Brasil. Ana Filomena Leite Amaral nasceu em Avintes, a 4 de se- tembro de 1961. É mestre em História Económica e Social Contemporânea pela Facul- dade de Letras da Universi- dade de Coimbra e possui uma pós-graduação em Ciências Documentais/Bibliotecono- mia e larga experiência como intérprete e tradutora de várias línguas europeias. Mantém particular contacto com a lín- gua alemã e actualmente é téc- nica superior do Ministério da Educação. A sessão, uma iniciativa con- junta do Gabinete do Aluno e da Biblioteca Escolar da Bro- tero, contou com a colabora- ção da AFS Portugal Connec- ting Lives, uma organização que promove serviço de vo- luntariado enquanto famílias de acolhimento. A sessão incluiu igualmente os testemunhos de Bryan Ro- driguez e Maria João Carreira, estudantes recebidos no seio de famílias portuguesas e es- trangeiras. Foi ainda inaugu- rada uma exposição subor- dinada ao tema “Muros e re- fúgios”. A mostra, ques está patente na Biblioteca da Escola Brotero, é «constituída por documentos que têm a ver com os “muros” e os refugiados», explicou Isa- bel Veloso, coordenadora do Gabinete do Aluno deste esta- belecimento de ensino. Trata-se de uma exposição cronológica dos diferentes mo- mentos em que houve refugia- dos na Europa, contextualizou. O “Dia Escolar da Não Vio- lência e da Paz” comemorou- se no passado dia 30 e foi criado por iniciativa do poeta, pedagogo e pacifista espanhol Llorenç Vidal. Desde 1964 que a celebração do dia pretende sensibilizar políticos, gover- nantes, pais, educadores, pro- fessores e jovens para a neces- sidade de uma educação per- manente pela não violência e pela paz. | FIGUEIREDO Sessão com Isa Carvalho, Carla Fernandes, Maria João Carreira, Bryan Rodriguez e Isabel Veloso Diário de Coimbra

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Page 1: COIMBRA Cidadania deve ser construída nas escolasEscola Brotero Dia da Não Violência e Paz assinalado com a apresentação ... o jornalista Al-berto fez-se ao caminho, da Co-reia

04 | 2 FEV 2016 | TERÇA-FEIRA

COIMBRA

Cidadania deve ser construída nas escolasEscola Brotero Dia da Não Violência e Paz assinalado com a apresentação do livro “O cassador de muros” e inauguração da mostra “Muros e refúgios”

CIM/RCA Comunidade Inter-municipal da Região de Coim-bra (CIM/RC) anunciou ontemque os 19 municípios que aconstituem pouparam mais detrês milhões de euros em ad-judicações na Central de Com-pras daquela entidade.

Em nota de imprensa, aCIM/RC afirma que os organis-mos adjudicantes da Central deCompras - 19 municípios, a quese juntam os Transportes Urba-nos de Coimbra e a Associaçãopara a Recuperação de Cida-dãos Inadaptados da Lousã -adjudicaram «mais de 30 mi-lhões de euros ao abrigo dosacordos-quadro [assinados en-tre a comunidade intermunici-pal e fornecedores] obtendopoupanças superiores a três mi-lhões de euros, que resultaramde uma efectiva redução de pre-ços e de uma enorme simplifi-cação processual».

A CIM/RC diz ter garantindo«condições particularmente fa-voráveis» nos acordos-quadrojá assinados (e que resultam deconcursos públicos) para o for-necimento de combustíveis ro-doviários, comunicações mó-veis, seguros, inertes, refeições

escolares, gás, energia, equipa-mentos de protecção individual,serviços de higiene e segurançano trabalho e vigilância e segu-rança.

«Durante o primeiro semestrede 2016, reflectindo a necessi-dade de crescimento da ofertaproposta pelos municípios, aCentral de Compras da CIM Re-gião de Coimbra deverá con-cluir mais dois acordos-quadronas áreas dos serviços de lim-peza e higiene e iluminaçãoLED», adianta.

Para além dos acordos-qua-dro - que podem constituir umamais-valia para as entidades ad-judicantes, mas estas não se en-contram vinculadas a utilizá-los-, a acção da Central de Com-pras «incluiu negociações depreços» em áreas como econo-mato, artigos de higiene e lim-peza, pneus, papel, produtosquímicos e consumíveis de im-pressão.

O novo sítio da Central deCompras da CIM Região deCoimbra (em http://www.cc.cim-regiaodecoimbra.pt/) temtambém acesso através da pá-gina oficial da CIM RC (www.cim-regiaodecoimbra.pt).|

Central de Compras permitiu a municípiospoupar três milhões

O site da Central de Compras da CIM Região de Coimbra

José João Ribeiro

A autora do livro “O cassadorde muros” defendeu ontem emCoimbra que é nas escolas,centros de transmissão do sa-ber, que se deve travar o pro-cesso de desumanização. «Énas escolas que deve ser cons-truída a humanização, atravésda paz, solidariedade e da dá-diva», afirmou Ana FilomenaAmaral, numa sessão desti-nada a assinalar o “Dia Escolarda Não Violência e Paz”, quedecorreu de manhã na Biblio-teca da Escola Secundária Ave-lar Brotero.

“O cassador de muros”, o seusexto romance, narra a odis-seia de um jornalista que per-corre os países onde aindaexistem muros na tentativa deos “cassar”, ao mesmo tempoque “cassa” os seus própriostambém.

No romance, explicou Ana Fi-lomena Amaral, o jornalista Al-berto fez-se ao caminho, da Co-reia à Irlanda do Norte, do SaaraOcidental à Palestina, de Caxe-mira ao México e ao Brasil.

Ana Filomena Leite Amaralnasceu em Avintes, a 4 de se-tembro de 1961. É mestre emHistória Económica e SocialContemporânea pela Facul-dade de Letras da Universi-dade de Coimbra e possui umapós-graduação em Ciências

Documentais/Bibliotecono-mia e larga experiência comointérprete e tradutora de váriaslínguas europeias. Mantémparticular contacto com a lín-gua alemã e actualmente é téc-nica superior do Ministério daEducação.

A sessão, uma iniciativa con-junta do Gabinete do Aluno eda Biblioteca Escolar da Bro-tero, contou com a colabora-ção da AFS Portugal Connec-ting Lives, uma organizaçãoque promove serviço de vo-luntariado enquanto famíliasde acolhimento.

A sessão incluiu igualmenteos testemunhos de Bryan Ro-driguez e Maria João Carreira,estudantes recebidos no seiode famílias portuguesas e es-trangeiras. Foi ainda inaugu-rada uma exposição subor-dinada ao tema “Muros e re-fúgios”.

A mostra, ques está patentena Biblioteca da Escola Brotero,é «constituída por documentosque têm a ver com os “muros”e os refugiados», explicou Isa-bel Veloso, coordenadora doGabinete do Aluno deste esta-belecimento de ensino.

Trata-se de uma exposiçãocronológica dos diferentes mo-mentos em que houve refugia-dos na Europa, contextualizou.

O “Dia Escolar da Não Vio-lência e da Paz” comemorou-se no passado dia 30 e foicriado por iniciativa do poeta,pedagogo e pacifista espanholLlorenç Vidal. Desde 1964 quea celebração do dia pretendesensibilizar políticos, gover-nantes, pais, educadores, pro-fessores e jovens para a neces-sidade de uma educação per-manente pela não violência epela paz.|

FIGUEIREDO

Sessão com Isa Carvalho, Carla Fernandes, Maria João Carreira, Bryan Rodriguez e Isabel Veloso

DiáriodeCoimbra