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COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ÂNGELO BAGGIO ORSO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO VOLUME I CASCAVEL / 2011

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COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ÂNGELO BAGGIO ORSO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

VOLUME I

CASCAVEL / 2011

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Sumário

1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 3

2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ............................................. 4

3. MARCO SITUACIONAL ...................................................................................................... 8

3.1. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ............................................... 8

4. QUADRO DE PROFISSIONAIS ........................................................................................ 12

5. ESPAÇOS PEDAGÓGICOS ............................................................................................... 15

5.1. Biblioteca ...................................................................................................................... 15

5.2. Laboratório de Informática .......................................................................................... 18

5.3. Laboratório de Ciências ................................................................................................ 19

6. OBJETIVO GERAL DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ......................................... 20

6.1.Objetivos Específicos .................................................................................................... 20

6.2. Caracterização Sócio-Econômica da Comunidade Escolar .......................................... 21

7. MARCO CONCEITUAL ..................................................................................................... 29

7.1. Concepção Educacional ................................................................................................ 29

7.2. Pressupostos Filosóficos ............................................................................................... 30

7.3. Concepções ................................................................................................................... 31

7.3.1. Homem .................................................................................................................. 31

7.3.2. Mundo ................................................................................................................... 32

7.3.3. Sociedade .............................................................................................................. 33

7.3.4. Professor ................................................................................................................ 34

7.3.5. Aluno ..................................................................................................................... 36

7.3.6. Concepção de Infância e Adolescência ................................................................. 37

7.3.7. Escola .................................................................................................................... 39

7.3.8. Educação ............................................................................................................... 43

8. DIVERSIDADE EDUCACIONAL E DESAFIOS EDUCACIONAIS

CONTEMPORÂNEOS ............................................................................................................ 50

8.1. Inclusão Educacional .................................................................................................... 50

8.2. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana ............................................................... 51

8.3. Educação Indígena (Cultura e História) ........................................................................ 52

8.4. Educação do Campo ..................................................................................................... 52

8.5. Educação Ambiental – Agenda 21 ................................................................................ 53

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8.6. Educação Fiscal ............................................................................................................ 54

8.7. Cidadania e Direitos Humanos ..................................................................................... 54

8.8. Enfrentamento à Violência na Escola ........................................................................... 55

8.9. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas ......................................................................... 56

8.10. Gênero e Diversidade Sexual ...................................................................................... 57

9. ESTÁGIO OBRIGATÓRIO E NÃO-OBRIGATÓRIO ..................................................... 58

10. ADOLESCENTE APRENDIZ – MENOR APRENDIZ ................................................... 64

11. MARCO OPERACIONAL ................................................................................................ 64

12. AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 64

12.1. Avaliação Semestral ................................................................................................... 64

12.1.1.Instrumentos da Avaliação ................................................................................... 67

12.1.2. Princípios norteadores das ações avaliativas ....................................................... 68

12.1.3. Encaminhamento Metodológico ......................................................................... 68

12.2. Avaliação do Estabelecimento de Ensino ................................................................... 69

13. CONSELHO DE CLASSE ................................................................................................. 69

14. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS ..................................................................................... 71

15. RENDIMENTO ESCOLAR .............................................................................................. 72

16. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA .............................................................. 73

17. HORA ATIVIDADE PARA PROFESSORES .................................................................. 73

18. HISTÓRIA DO PARANÁ ................................................................................................. 73

19. SALA DE RECURSOS ...................................................................................................... 74

20. CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (CELEM – ESPANHOL) ......... 75

21. SALA DE APOIO A APRENDIZAGEM .......................................................................... 76

22. ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR ............................................. 76

23. HORA TREINAMENTO ................................................................................................... 77

24. ESCOLA ABERTA – SEGUNDO TEMPO ...................................................................... 77

25. COLABORARES NO PROCESSO EDUCACIONAL ..................................................... 79

25.1. Estagiários ................................................................................................................. 79

26. GESTÃO DEMOCRÁTICA .............................................................................................. 79

26.1. Gestão Democrática: no contexto do Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso . 81

27. PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO .............................................................. 81

28. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA ........................................................... 96

29. ESTRUTURA DE PLANO DE AÇÃO DE COMBATE A EVASÃO ........................... 106

30. REPRESENTANTES DE TURMA (LÍDER DE SALA) ................................................ 112

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31. GRÊMIO ESTUDANTIL ................................................................................................ 113

32. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO114

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1. APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso, foi

elaborado coletivamente com a participação da comunidade escolar (Professores

Regentes, Direção, Equipe Pedagógica, Funcionários, Pais/Mães e Alunos). A sua

elaboração representa o esforço coletivo dos sujeitos concretos que fazem e vivem a

escola real, construída todos os dias, a partir das condições materiais objetivas,

proporcionadas por um modelo societário marcado por extremas desigualdades sócio-

econômica, política e cultural.

Como documento norteador da práxis pedagógica que se desenvolve

intencionalmente nas inúmeras relações e mediações complexas que acontecem no

interior da escola. No seu conjunto, o nosso projeto explicita a concepção de homem (aqui

entendido como gênero humano, necessariamente constituídos por crianças, jovens e

adultos, isto é, homens e mulheres) que a escola pretende formar, a concepção de

educação transmitidas/socializada e a concepção de sociedade e de mundo onde a escola

está inserida. Além disso, explicita ainda o compromisso político intencional da

comunidade escolar com a construção da escola pública, enquanto espaço de transmissão

e apropriação dos conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos, historicamente

produzidos e sistematizados pela humanidade.

Este compromisso dos trabalhadores em geral que atuam diretamente com os

alunos dentro da escola, assim como dos pais/mães ou responsáveis que convivem

diariamente com seus filhos, é fundamental porque sem isso não acontece o movimento

da história, que é possível através da transmissão das experiências culturais das gerações

mais velhas às gerações mais novas, através da educação social/escolar. Por isso, quanto

mais progride a humanidade, maiores e mais complexos são desafios e as exigências

colocadas para a educação.

Quanto mais progride a humanidade, mais rica é a prática sócio-histórica

acumulada por ela, mais cresce o papel específico da educação e mais complexo

é a sua tarefa. Razão por que toda a etapa nova no desenvolvimento da

humanidade, bem como nos diferentes povos, apela forçosamente para uma

nova etapa do desenvolvimento da educação: o tempo que a humanidade

consagra à educação das gerações aumenta; criam-se estabelecimentos de

ensino, a instrução toma formas especializadas, diferencia-se o trabalho do

educador, do professor; os programas de estudo enriquecem-se, os métodos

pedagógicos aperfeiçoam-se, desenvolve-se a ciência pedagógica. Esta relação

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entre o progresso histórico e o progresso da educação é tão estreita que se pode

sem risco de errar julgar o nível geral do desenvolvimento do seu sistema

educativo e inversamente. (LEONTIEV, 1978. P. 273).

Segundo discussões do coletivo, uma das conclusões que se chegou foi à

necessidade de discutir, neste momento, a concepção de método para compreendermos a

concepção de mundo, de homem e de sociedade que fundamenta a forma como os nossos

alunos aprendem e como ocorre o processo ensino-aprendizagem, que envolve a relação

entre o sujeito que ensina o sujeito que aprende e o objeto a ser aprendido.

As atividades que são desenvolvidas no interior da escola precisam enfrentar o

movimento dialético da contradição, as coisas estão assim (caóticas), mas podem ser

diferentes, desde que haja intervenção humana mediadora intencional, conscientemente

planejada e encaminhada coletivamente. Para isso, a compreensão sobre a totalidade dos

fenômenos, das relações e mediações complexas, com as suas implicações concretas no

interior da escola, é pressuposto indispensável para se entender os problemas e os desafios

que envolvem a efetivação do processo ensino/aprendizagem.

O objetivo do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual José Ângelo

Baggio Orso é oferecer aos pais, professores, alunos e a todos aqueles que estão direta ou

indiretamente ligados a esta instituição, uma visão da realidade, uma visão de totalidade

(pelo menos busca oferecer), das práticas educacionais do processo ensino/aprendizagem,

aqui entendido no seu sentido mais amplo e mais complexo, ou seja, para além da relação

direta e imediata que acontece entre professores e alunos nas salas de aula.

Pelo fato de se constituir num projeto aberto que pode ser constantemente

complementado com novas contribuições enriquecedoras da prática pedagógica, o Projeto

Político Pedagógico, configura-se num conjunto de intencionalidades e princípios, cuja

efetivação em todas as suas dimensões, depende do engajamento o comprometimento

político de todos os sujeitos concretos que fazem a escola diariamente.

2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Nome: Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso – Ensino Fundamental e Médio

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Núcleo Regional de Educação: Cascavel

Ato de Autorização do Colégio

Resolução nº. 28/82 D.O.E. 11/05/82

Ato de Reconhecimento do Colégio

Resolução nº. 1742/83 - D.O.E. 23/06/83

Ato de Renovação de Reconhecimento do Curso – Ensino Fundamental

Resolução nº. 4240/06 – D.O.E. 25/10/06

Ata de Renovação do Reconhecimento do Curso – Ensino Médio

Resolução nº. 4241/06 – D.O.E. 25/10/06

Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar

Ato Administrativo nº. 611/2007

Endereço: Rua Samambaias, nº 1171 – Jardim Guarujá

Local: Urbana

CEP: 85804-470

Telefone: (45) 3228-1388 / Fax: (45) 3228-1072

Município: Cascavel

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Distância do Colégio ao N.R.E.: 15 KM

Organização da Instituição Escolar

( X ) Ensino Fundamental ( X ) Regular

( X ) Ensino Médio ( X ) Regular

Turno de Funcionamento

( X ) Matutino ( X ) Vespertino ( X ) Noturno

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Regime de Funcionamento do Curso / Currículo

Seriado anual para o Ensino Fundamental

Seriado anual para o Ensino Médio

Carga horária total – Ensino Fundamental: 3840h

Carga horária total – Ensino Médio: 2880h

Número de turmas: 29

Alunos matriculados no Ensino Fundamental

Manhã: 4 turmas – 129 alunos

Tarde: 13 turmas – 366 alunos

Total: 482 alunos

Alunos matriculados no Ensino Médio

Manhã: 9 turmas – 239 alunos

Noite: 3 turmas – 80 alunos

Total: 319 alunos

Número total de alunos matriculados na Escola: 875 alunos

Apoios, complementares e implementares ao Currículo Escolar atendidos no contra turno

escolar

Alunos matriculados na Sala de Recursos : 14

Alunos da Sala de Apoio para 6º Ano

Português: 20

Matemática: 20

Alunos da Sala de Apoio para 9º Ano

Português: 20

Matemática: 20

Alunos matriculados na LEM / Espanhol(CELEM)

P1: 17

P2: 06

Alunos integrantes de Atividades Complementares Curriculares:

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Período da Tarde: 24

Alunos participantes do Programa Escola Aberta – (2º Tempo) – Esporte, Cultura e Laser:

200

Hora-treinamento: 28

Projeto de Esportes – Alunos inscritos

Voleibol no horário intermediário / 17:40 às 19:30

Número total de alunos inseridos em apoios/suplementares/complementares ao currículo

escolar:

Organização da hora-atividade no horário escolar por professor (individual)

Na medida do possível a hora atividade esta sendo realizada de forma concentrada

por área, conforme sugestão da SEED.

Organização Curricular utilizada: Por disciplina seriada

Base Nacional Comum: 75%

Língua Estrangeira Moderna (LEM): Inglês para o Ensino Fundamental e Médio

Oferta de estudos sobre o Paraná nas disciplinas: História, Geografia, Geografia,

Sociologia e Filosofia

Oferta de estudos da Agenda 21, Inclusão social, Cultura Afro Brasileira e Africana,

Educação Fiscal, Direitos Humanos e Desafios Educacionais Contemporâneos:

Interdisciplinar

Projetos integrados ao Projeto Político Pedagógico: Ver anexos

Atendimento diferenciado / individualizado em sala de aula

Sala de Apoio

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Sala de Recursos:

Atendimento individualizado (professores) hora atividade / sala de aula.

Intervenções didático-pedagógica pela Equipe Pedagógica

Estratégias do Colégio para articulação com a família e com a comunidade

Reuniões

Palestras

Projetos

Encaminhamentos as Instituições de Apoios da Escola (Conselho Tutelar, UBS, CAPSI,

CAPSAD, Bolsa Família, Bolsa Variável Jovem, NRE, etc.)

3. MARCO SITUACIONAL

3.1. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

O Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso – Ensino Fundamental e Médio,

situado a Rua Samambaias, número 1171, no Jardim Guarujá, município de Cascavel,

Estado do Paraná, foi inaugurado extra oficialmente no dia 17 de agosto do ano de 1981,

contando com 13 turmas, num total de 530 alunos.

Oficialmente sua inauguração aconteceu no dia 06 de abril do ano de 1982, com a

presença do Secretário de Educação, Dr. Edson Machado de Souza, professor Amâncio

Luiz Saldanha dos Anjos, primeiro diretor do Colégio, demais autoridades, ficando

reconhecido pela Resolução número 742/83 do dia 20 de junho de 1983, sendo

denominada Escola Estadual José Ângelo Baggio Orso – Ensino de 1º Grau, a escolha do

nome foi em homenagem a uma família pioneira de Cascavel.

A partir de 1983 a 1985, a escola passa a contar com 30 turmas de 1ª a 8ª série

com um total de 1087 alunos e em sua direção a professora Edila Kelm Frigo, eleita

através de voto direto da comunidade escolar. A professora dirigiu a escola por três anos,

sendo dois em conseqüência da eleição e mais um mandato tampão.

Nesse momento, a comunidade organizada (Associação de Pais e Mestres,

Associação de Moradores, etc.), conquistou das lideranças políticas a ampliação da

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Escola, com a construção de um novo prédio, com nove salas, sendo seis salas de aula

maiores e três salas de aula menores, além do saguão com o palco. Esta nova estrutura

veio somar com a existente, composta de oito salas num prédio com dois pisos (o térreo e

o superior), quatro salas num bloco onde funciona a supervisão, a sala de vídeo e o

laboratório. Ainda da estrutura inicial, são mais seis salas num bloco separado, onde

funciona a secretaria, a sala da direção, a sala dos professores e outras três salas ocupadas

com a mecanografia, arquivo morto e merenda escolar, além da cozinha e o saguão.

Aconteceu também a organização da horta comunitária, com a instalação de um sistema

de irrigação com o apoio da Secretaria da Agricultura do município. Também nesta

ocasião foi providenciada a legalização da documentação da Associação de Pais e Mestres

da Escola.

Entre 1985 e 1987, esteve a frente da direção o professor André Lopes Filho,

tendo como auxiliar o professor José Maffini. Neste período, aconteceu a ampliação da

ala administrativa, pintura interna e externa da escola pelo sistema de mutirão,

implantação de cursos extra-classe (datilografia e corte e costura), mantidas pela APM e

inclusão das Técnicas Industriais no Currículo da Escola, deu-se inicio a organização

formal da biblioteca e aquisição do telefone.

No início do ano de 1988, após a realização de eleição para a direção, assumir a

professora Vera Helena Gomes Broggio. Durante o seu mandato, com apoio da

comunidade, foi conquistado a implantação da classe especial, foi autorizada pela

Resolução 00625/90. Houve também a implantação e criação do 2º Grau (Educação Geral

– Preparação Universal), autorizado a funcionar através da Resolução 207/90 de 24 de

janeiro de 1991, denominando-se então Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso –

Ensino de 1º e 2º Graus, passando assim o Estabelecimento de Ensino para o porte V.

Em 1992, com a saída da professora Vera e a vacância do cargo de direção, numa

reunião do Conselho Escolar, realizada no dia 18 de dezembro do mesmo ano, foi

indicado o professor Paulo Kubiaki, para Diretor, permanecendo nesta situação do ano de

1993 até 1996.

Durante o ano de 1993, a escola participou da 1ª Amostra de Biologia a nível

regional, dos Jogos Escolares e do Concurso de Oratória a nível municipal. Entre as

realizações de 1993, destaca-se a ampliação do laboratório, conseguido através de

recursos da FUNDEPAR. Também a verba do “Fundo Rotativo”. Esse recurso financeiro

proporcionou condições na manutenção e conservação da escola, bem como apoio aos

alunos e professores (livros, materiais, merenda) e também para a execução dos Projetos

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Pedagógicos, permitindo assim uma maior autonomia e melhoria nas condições físicas e

de funcionamento.

Em 1994, através de um trabalho conjunto envolvendo todos aos segmentos que

atuam na escola, os índices de reprovação e evasão foram baixados a níveis antes nunca

conseguidos. Em maio de 1994 através da Resolução nº 2314/94 de 02/05/94, o CEE

reconhece o curso de 2º Grau. Ainda em 1994, através de uma maior atuação do Conselho

Escolar, APM e Conselho de Classe, a comunidade começa a participar mais efetivamente

da vida escolar, onde cresce a participação dos pais, alunos, professores e funcionários

nas decisões que envolvem a melhoria de qualidade de ensino ao nível de aprendizagem,

avaliação e estudos.

Com recursos da FUNDEPAR e da Comunidade (APM) o estabelecimento

adquiriu: um microcomputador, impressora e uma máquina de xérox. No ano de 1995,

iniciou-se a implantação do Ciclo Básico de Alfabetização (contínuo de 04 anos).

Com a participação na Campanha “Cidadão Nota 10”, em 1996, a escola recebeu:

02 televisores, 02 vídeos cassetes e 01 retro projetor. Além disso, com recursos da APM,

melhorou-se a informatização da secretaria, houve melhorias na infra-estrutura da escola:

instalação do novo bebedouro; colocação de piso no saguão principal; cobertura da quadra

esportiva, através de convenio com a FUNDEPAR, construção de muros internos,

ajardinamento e melhorias na iluminação interna.

Ainda no ano de 1997, através de eleições diretas a comunidade escolar escolheu o

Professor Paulo Kubiaki para a Direção do Estabelecimento (gestão 1998 – 2000). No

aspecto pedagógico a avaliação semestral; o programa de adequação idade série e

supletivo de 1º grau, bem como o trabalho contínuo, de todos os envolvidos (professores,

equipe pedagógica e funcionários), permitiram ao colégio alcançar altos índices de

aprovação em todas as séries.

Desenvolvido pela professora Andréa Regina da Silva, da disciplina de Educação

Física, em 1997, foi criado o Projeto Voleibol, com o objetivo de estimular a prática do

desporto, evitando-se que os alunos ocupem-se nas ruas com situações de risco. Mantido

pela mesma professora, em 2003, foi iniciado o projeto de danças folclóricas, com o

objetivo de despertar e valorizar a cultura regional.

No que diz respeito ao espaço físico, programou-se serviços de informatização na

secretaria e biblioteca. Em 1999, foi inaugurado o Laboratório de Informática com 18

terminais de computadores, Biblioteca com 100m2

adquiridos com recursos do PROEM e

atualização do acervo bibliográfico, provenientes de recursos do MEC. Adequação do

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aspecto físico, criação das novas dependências da Orientação Educacional para melhor

atender aos alunos, pais e professores.

Em 2001, novamente eleitos o professor Paulo Kubiaki como diretor do

Estabelecimento, juntamente com a professora Dirce Ana de Souza, foram reconduzidos

ao cargo de Diretor e Diretor Auxiliar respectivamente. Em 2003 os mesmos professores

outra vez foram reconduzidos, permanecendo assim até o final de 2005.

Todavia a eleição em 2005, realizada no segundo semestre, houve duas chapas

inscritas. O resultado do pleito indicou o professor Ademir Denílson Zoz, para diretor e

para diretor auxiliar o professor Gleison Humberto Comineti. Na eleição de 2008, com

chapa única, os dois professores foram novamente reeleitos, porém, desta vez, como

diretor o professor Gleison Humberto Comineti e diretor auxiliar o professor Ademir

Denílson Zoz.

Em 2006, foi efetuada a reforma geral, contemplando: troca do piso e do forro do

saguão e nas salas de aula, revestimento dos banheiros, cozinha com azulejos, construção

de rampas de acesso e reforma de banheiros, com a devida adaptação para o uso de

cadeirantes, colocação de cortinas nas salas de aula. Troca de chaves nas portas das salas

de aulas, aquisição de máquina de cortar grama, máquina fotográfica digital e o

equipamento de multimídia.Também em 2006, foi reestruturado o laboratório de

informática que passou a funcionar com o sistema de fibra ótica. Hoje, (2010) o

laboratório esta equipado com 22 computadores.

Criada em 2006, a Sala de Recursos do Colégio teve a sua autorização de

funcionamento renovada, através da resolução nº. 983/09, de 18 de março de 2009. Em

sistema de contraturno, a Sala de Recursos, atende alunos com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades / superdotação. Em 2012 a Sala de

Recursos passa a ser multifuncional, subsidiada pelo Mec/Seed, tipo I, atenderá alunos

com diagnóstico de deficiência intelectual, transtornos globais do desenvolvimento e

transtornos específicos.

Através do ato administrativo nº. 500/06, de 20 de dezembro de 2006, o NRE,

reconheceu algumas modificações que foram feitas no Estatuto do Conselho Escolar do

Colégio. Da mesma forma, na perspectiva de ampliação da participação dos alunos e

tendo em vista a Lei Federal 7398/85 e a lei Estadual Nº. 11057/95, no dia 30 de agosto

de 2007, foi criado o Grêmio Estudantil do Colégio. A eleição da primeira diretoria

ocorreu no dia 06 de novembro do mesmo ano.

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Em 2007, por meio do Ato Administrativo nº. 611/2007, o NRE, aprovou o no

Regimento Escolar que foi elaborado a partir da proposta encaminhada pela SEED. Em

2008, foi instalada em todas as salas de aulas as TVs pendrive, adquiridas pelo Governo

do Estado e enviadas para todas as escolas estaduais. Também com recursos do Governo

do Estado, a escola adquiriu e repassou para cada professor um pendrive.

Em 2009, foi instalado o sistema de funcionamento em rede de computadores (sala

dos professores, direção, secretaria, mecanografia e biblioteca), com internet banda larga

– MEC., disponibilização de computador com internet na biblioteca, para o uso de alunos

do contraturno, instalação de computador na sala de recursos e pintura interna de todo

prédio do colégio.

Neste ano de 2011, no tocante a Inclusão de alunos com necessidades educativas

especiais mereceu destaque, pois conquistamos uma professora PACA (Professora de

Apoio a Comunicação Alternativa), e uma funcionária Auxiliar Operacional e adequações

de grande porte para uma aluna com deficiência neuromotora.

No ano de 2012, será implantado de forma simultânea a oferta do ensino

fundamental de 9 (nove) anos da seguinte forma: 5ª Série: 6º Ano; 6ª Série: 7º Ano; 7ª

Série: 8º Ano; 8ª Série: 9º Ano.

As conquistas obtidas ao longo desses quase trinta anos de história, precisam ser

entendidas como o resultado do esforço coletivo de toda comunidade escolar. Este

trabalho não se esgota aqui, as propostas nele contidas, os pressupostos filosóficos que o

respaldam são de uma construção permanente do conhecimento e das transformações

sociais.

4. QUADRO DE PROFISSIONAIS

Servidor(a) Cargo Disciplina / Função

Acilon dos Santos Professor Filosofia

Ademir Denilson Zoz Professor / Diretor Auxiliar Matemática

Adrielli Fernanda Sasse Professora História

Alexandre Vieira Santos Professor História

Ana Claudia Bueno de Andrade Professora Matemática

André Carlos Gottardo Pedagogo Equipe Pedagógica

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Andrea Regina da Silva Professora Educação Física

Angela Santos Klauczek Professora Biologia

Beatriz Scheibe Professora Matemática

Brigitte Fátima Alves Aranha Pedagoga Equipe Pedagógica

Cátia Cecília Simon Professora Matemática

Cinara Diesel Professora Ensino Religioso

Cleni Meurer Ody Aux. Serviços Gerais Afastada

Cleonice Adriane Winck Batista Professora Biologia

Cleonice Boaretto Rodrigues Professora Matemática

Cleonice Ferrarini Becker Professora Matemática / Sala

de Recursos

Cleuza Campoe Pedagoga Afastada

Cleyton Sebastião de O. Fernandes Aprendiz Aux. Geral

Cristiane Guimarães Camargo Técnico Administrativo Secretaria

Cristiane Hagemann

Professora Sala de Apoio –

Matemática

Cristina Oribka Aux. Serviços Gerais Inspetora de pátio

Daisy Apolinário Pereira Técnico Administrativo Biblioteca / Secretaria

Dayane Regina Garcia Professora Ciências

Deborah Precoma Fachinello Professora Matemática

Diógenes Antonio Tonini Professor Educação Física

Dirce Ana de Souza Professor da Lei 15308/06

Eliane Terezinha Bernardi Professora Projeto Segundo

Tempo

Eliete Maria de Carvalho Morachifi Professora PACA

Emmanuelle Cristina Peria Conti Biz Professora Geografia

Fatima Aparecida Miranda Martins Aux. Serviços Gerais Cozinha

Flávia Naianny Mafra Técnico Administrativo Secretaria

Franciane Galeano Técnico Administrativo Secretaria

Franciele Cristina Maier Fritsch

Técnico Administrativo Laboratório de

Informática

Gleison Humberto Comineti Diretor

Honorata de Fátima Quadros Professora História

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Inez de Oliveira Braga Pedagoga Equipe Pedagógica

Iria Limberger Professora L.E.M. – Inglês

Iria Somariva Professora Geografia

Israel da Luz Professor Arte

Ivalda Ferreira de Moraes Professora Geografia

Ivone Maria Battistela Professora Língua Portuguesa

Ivone Vieira da Cruz Pedagoga Equipe Pedagógica

Ivonete Bueno Aux. Serviços Gerais Geral

Jaime Elias Bresolin Professor História

Jakeline Cristiane Walker Professora Língua Portuguesa

Janete Pipino Gonçalves Professora Língua Portuguesa

João Ramos Filho Professor da Lei 15308/06

Jocilene Terezinha Otto Di Lauro Pedagogo Equipe Pedagógica

Juliana Ludovico Professora Ciências

Juraci Salete Fraida Nunes Aux. Serviços Gerais Geral

Keli Cristina Bertelli Professora Ciências / Biologia

Leocádia Ternopolski Fragoso Aux. Serviços Gerais Geral / Cozinha

Leodefane Bispo da Silva Professor Sociologia

Lourdes Polanha Bueno de Assis Professora Língua Portuguesa

Luci Margarida Zanini Garbin Professora Sala de Recursos

Lucia Ruffatto Polis Aux. Serviços Gerais Geral

Luciane Montes Ferreira Professora Arte

Lucivana Pelicioli Professora Ensino Religioso

Lucy Terezinha de Castro Campana

Professora Educação Física / Proj.

Hora Treinamento

Marcio Prestes Lopes Professor Educação Física

Maria Carolina Taciana Naibo Professora Ciências

Maria Cristina Barboza Soares Auxiliar Operacional Aux. Operacional

Marileide Aparecida Geraldo Frank Secretaria Secretaria

Marines Fontana

Professora Língua Portuguesa /

Sala de Apoio

Mario Cesar Fernandes de Menezes Professor Química

Marli Ternoposlki Lucca Aux. Serviços Gerais Cozinha

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Neimi Teresinha Giraldi de Meira Professora Arte

Neiva Terezinha Stum Professor da Lei 15308/06

Nelci Zeretzki Reinehr Professora Física

Neusa Maria Caprini Retcheski Técnico Administrativo Mecanografia

Nilce Araujo Técnico Administrativo Biblioteca / Secretaria

Nina Maria Florência de Lima Pereira Professor da Lei 15308/06

Odete Bonsere Professora Língua Portuguesa

Olnei José Melin Aux. Serviços Gerais Geral

Paulo Kuibiaki Professor História

Paulo Soares Pedra Professor Sociologia

Renilda Soares Fernandes Professora CELEM – Espanhol

Rosane Ferreira Lopes Professora Geografia

Roseli Frederico Cheffer Professora Ciências

Rosely Fernandes Chaves Aux. Serviços Gerais Geral

Rubens Schwalemberg Professor L.E.M. – Inglês

Sandra Maria Castaman Francener Professora Química

Shirley Batista Jardim Donega Professora Língua Portuguesa

Simone Licurgo Reis Professora Ciências

Taisa Pilatti Tessari Pedagoga Equipe Pedagógica

Taise Terezinha Turra Professora Geografia

Terezinha Aparecida Moreira Aux. Serviços Gerais Geral

Thiago de Figueredo Argenton Professor Geografia

Valmira da Silva Meireles Monteiro Professora L.E.M. – Inglês

Zenaide Gorete Moscon

Professora Língua Portuguesa /

Sala de Apoio

5. ESPAÇOS PEDAGÓGICOS

5.1. Biblioteca

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A biblioteca Carlos Drummond de Andrade, localizada nas dependências do

Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso, tem em sua especificidade ser um recurso

para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, na perspectiva de produção

e reprodução do conhecimento.

O horário de funcionamento da biblioteca será:

Período matutino: 7h30 às 11h30.

Período vespertino: 13h às 17h30.

Período noturno: 19h às 22h30.

Compete ao (s) responsável (s) pela biblioteca:

Conhecer o material disponível no setor;

Organizar todo acervo bibliográfico da Escola, realizando a catalogação do mesmo, de

acordo com o sistema de Classificação Decimal Dewey (CDD);

Manter controle permanente dos empréstimos de materiais, comunicando à direção

eventuais desvios ou anormalidades;

Divulgar o acervo bibliográfico e videoteca junto aos alunos, professores e equipe

técnico-pedagógica;

Estimular a leitura junto às turmas com apoio pedagógico dos professores e equipe

pedagógica;

Colaborar com sugestões para o melhor aproveitamento do acervo bibliográfico e

videoteca da escola;

Orientar aos alunos quanto ao uso e guarda dos livros;

Providenciar carteira de usuário da biblioteca para cada aluno devidamente matriculado;

Atender e orientar os leitores e/ou pesquisadores;

Organizar, em conjunto com a equipe administrativa e pedagógica o horário para

atendimento dos alunos para trabalhos e pesquisas.

O cumprimento das normas de funcionamento da biblioteca é de responsabilidade

de todos os usuários da biblioteca, bem como as decisões que se referem a esse espaço,

sendo que qualquer mudança no regimento interno aqui estipulado deverá passar pelo

conhecimento e aprovação dos funcionário designados para o setor, juntamente com a

direção do estabelecimento de ensino e conselho escolar.

Dos Professores

Sobre o material de apoio didático da biblioteca emprestado para uso na sala de aula:

Ficará sob responsabilidade do professor que o retirou ou autorizou a retirada;

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Deverá ser entregue impreterivelmente na biblioteca cinco minutos antes de bater o sinal

para o término da aula;

Deverá conferir o material, na chegada e saída da sala de aula, em caso de falta de um

volume, cobrar da classe em que fez uso do material. Se ainda assim, o material não for

encontrado, a o responsável pela biblioteca deve ser informado para tomar as medidas

cabíveis.

Sobre empréstimos de materiais (livros, DVDs, etc) para uso pessoal e/ou preparo

de aula:

O prazo para devolução ou renovação do material é de 15 (quinze dias);

Em caso de extravio, o material deverá ser reposto;

Poderão ser emprestados no máximo 3 (três) exemplares de livros por vez.

No que se refere às atividades de pesquisa para os alunos:

Antes de passar a atividade, o professor deverá comparecer à biblioteca, para verificar de

dispõe do material necessário e para que os responsáveis pelo setor possam deixá-lo

previamente separados.

Ao utilizar a biblioteca para aula de leitura e/ou pesquisa, como uma atividade

diferenciada, o (a) professor (a) deverá acompanhar os alunos durante toda a aula, sendo

responsável também por encaminhá-los a sala no final da aula.

No que se refere ao horário de pesquisa para os alunos, deverá ser realizada no contra-

turno, ou seja, horário que não esteja em aula.

No caso de aula de leitura na biblioteca não será permitida a troca de livros para a

mesma turma.

Dos alunos

Do empréstimo de livros

É direito do aluno devidamente matriculado, o empréstimo de livros literários mediante

cadastro através de carteira de empréstimo conforme o disposto no item VIII do Art. 84.

A confecção das carteirinhas para empréstimos somente serão iniciadas, quando da

numeração das turmas (pela secretaria) no início do ano.

Será emprestado somente um livro por vez;

O empréstimo do livro será feito pelo prazo de uma semana, podendo ser renovado por

mais uma ou duas vezes no máximo, dependendo do conteúdo do mesmo, cabendo ao

responsável pelo setor, definir a necessidade de renovação;

Livros com prazo de empréstimo vencido não será renovado;

É dever do aluno, primar pela boa conservação do livro;

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Em caso de extravio da obra, o aluno será responsável pela reposição.

A troca de livros deverá ser realizada em contra-turno, ou seja, no horário em que o aluno

não tenha aula, salvo em horário vago no caso da falta de algum professor.

O empréstimo de livros se dará somente até duas semanas antes as férias do meio do ano,

e três semanas do término do ano letivo.

Do uso do espaço da biblioteca:

O usuário tem o dever de manter o silêncio, a ordem e a disciplina na biblioteca;

Deverá identificar-se a pedido de qualquer funcionário sempre que solicitado;

Atender aos pedidos de comparecimento à biblioteca;

Assumir total responsabilidade sobre o extravio ou dano do material que estiver em seu

poder, substituindo-o por outro igual;

Comunicar ao bibliotecário qualquer ocorrência em relação aos materiais utilizados.

As mochilas dos usuários devem permanecer na entrada da biblioteca.

É vedado ao usuário

Utilizar as dependências da biblioteca para guardar objetos pessoais;

Sair da biblioteca com qualquer exemplar de consulta sem a devida autorização;

Trazer acompanhante (s) quanto estiver em horário de pesquisa;

Trazer qualquer tipo de alimentos e bebidas a serem consumidos dentro da biblioteca;

Uso de aparelhos eletrônicos (celular, mp3, fones, etc) que possam a vir a atrapalhar o

ambiente da biblioteca;

Permanecer na biblioteca se este for expulso da sala de aula, seja por problema de

indisciplina ou qualquer outro motivo que não diga respeito às atividades da biblioteca;

Permanência na biblioteca em horário de aula sem prévio agendamento do professor.

A permanência dos alunos na biblioteca quando de aula vaga, só será permitida,

com um planejamento prévio de atividade. Mesmo assim, a turma deverá estar

acompanhada de um membro da equipe pedagógica ou outro responsável.

5.2. Laboratório de Informática

O laboratório de informática do Colégio Orso é amplo tem computadores

conectados em rede, enviados pelo Governo do Estado do Paraná, pertencentes ao

Programa Paraná digital. No ano de 2010 a escola recebeu mais computadores

provenientes do Programa Proinfo/MEC, computadores provenientes do Governo Federal

em parceria com o estado.

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O laboratório é utilizado pelos alunos, professores, funcionários e comunidade

local da escola como recurso tecnológico para a aprendizagem de qualidade. Para auxiliar

alunos e professores dessa ferramenta metodológica, existe uma profissional, agende

educacional II.

Os professores devem agendar com antecedência o laboratório mediante plano de

aula, pois, a internet é como já dito, um recurso metodológico complementar. O

laboratório de informática possui regulamento próprio.

5.3. Laboratório de Ciências

O laboratório de física, química e biologia, funciona atualmente de segunda a

sexta-feira no período matutino e noturno, atendendo alunos de ensino médio, com o

objetivo de levar os estudantes a vivenciarem relações entre teoria e prática. A

importância da abordagem experimental está na caracterização do seu papel investigativo

e pedagógico a fim de auxiliar o aluno na explicitação, problematização e discussão dos

conceitos científicos.

Os experimentos podem ser o ponto de partida para a compreensão de conceitos,

bem como para a percepção ou aperfeiçoamento das ideias discutidas nas aulas, portanto,

o uso do laboratório nas aulas de biologia, física e química com que os alunos questionem

seus conhecimentos, investiguem e compreendam a obrigatoriedade dos conhecimentos

científicos superando a ideia de que são absolutamente verdadeiros, prontos e acabados.

A atividade laboratorial está relacionada ao fazer com as mãos, com sentir,

experimentar, introduzir conceitos, analisar e refletir, confrontar hipóteses, conectando

teoria e a prática. Normalmente essas atividades resumem-se à manipulação de

equipamentos, preparação de montagens, realização de medidas, responder questionários

e elaborar relatórios.

Os estudantes são envolvidos desde a confecção dos materiais o que investiga a

curiosidade quanto ao funcionamento ou experimento. Nesse momento surgem dúvidas,

muitas questões, as quais não são respondidas de imediato, pois o estudante é quem

procura respostas, auxiliados se necessário pelo professor. Essa fase da atividade

possibilita interação entre sujeito e conhecimento facilitando a aprendizagem.

Para que o professor atinja seus objetivos em uma aula de laboratório, é

importante que os envolvidos, em especial os alunos sejam orientados quanto as atitudes e

cuidados a serem tomados no decorrer das atividades, naquele espaço.

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As aulas experimentais constam no planejamento do professor, assim de posse

desse planejamento, o assistente de execução auxilia o professor na preparação e

providencia de materiais e equipamentos necessários para a realização das aulas.

Assim o assistente de execução assume, na prática, um papel de gerência dos

espaços de laboratório, organizado, mantendo limpo, estabelecendo os limites de sua ação

em relação à função pedagógica do professor que planeja e estabelece os objetivos da

atividade a ser desenvolvida.

6. OBJETIVO GERAL DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Para cumprir com a sua finalidade específica, a escola deve garantir aos educandos

a transmissão / socialização dos conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos,

historicamente produzidos e sistematizados pela humanidade. Diante disso, as atividades

pedagógicas educacionais realizadas na instituição de ensino, devem ser enriquecidas e

enriquecedoras para fazer despertar nos alunos o gosto pelas formas mais elevadas da

cultura. O ensino deve proporcionar também, aos educandos condições teóricas para

compreender e desvendar a realidade sócio-econômica, política, cultural e ideológica

desta sociedade de classe em que estão inseridos.

6.1.Objetivos Específicos

Proporcionar aos alunos, professores e demais funcionários, as devidas condições

para a realização das práticas pedagógicas no interior da escola;

Assegurar aos alunos com necessidades educacionais especiais, os serviços de

apoio, os recursos didáticos pedagógicos e humanos necessários a efetivação do

processo ensino/aprendizagem;

Reconhecer e valorizar os conhecimentos espontâneos dos alunos, como ponto de

partida na apropriação dos conhecimentos científicos e filosóficos;

Proporcionar formas de socialização e troca de experiências entre os alunos, por

meio de atividades que envolva o conhecimento;

Demonstrar e valorizar a importância da efetiva participação da Comunidade

escolar no processo de democratização da escola;

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Garantir e fortalecer a organização dos segmentos coletivos específicos existentes

na escola;

Mobilizar nos alunos, valores sociais, cidadania, direitos, deveres e

conscientização sobre sua atuação no meio que esta inserido;

Conscientizar sobre as práticas, as posturas e as atitudes individualistas e

competitivas no interior da escola.

6.2. Caracterização Sócio-Econômica da Comunidade Escolar

A fim de elencar dados para a caracterização sócio econômica da comunidade

escolar, foi realizada pesquisa com os alunos juntamente com seus pais e /ou

responsáveis. Tal procedimento investigatório, aconteceu por meio da aplicação de

formulário com as questões que deveriam ser respondidas pelos mesmos.

Os dados obtidos demonstraram que a maioria dos alunos residem no bairro

Jardim Guarujá, onde o colégio está localizado, também existe um número significativo

de alunos que residem em bairros próximos e uma pequena parcela em bairros mais

afastados. Devido a grande quantidade de alunos residirem no bairro a forma mais

utilizada de acesso ao colégio é a pé e uma pequena parcela utiliza outros meios como

bicicleta, carro, moto e transporte coletivo.

A maioria dos alunos residem em casa própria com os pais, também existe um

número significativo que moram apenas com a mãe e uma parcela menor com os avós,

também há um pequeno número que residem só com o pai ou outros familiares.

O grau de instrução dos responsáveis é bem variado, percebe-se uma pequena

diferença, sendo que entre os pais, a maioria possui ensino médio completo, já entre as

mães, a maioria possui ensino fundamental completo.

Quanto a renda mensal familiar, a maioria recebe de um a três salários mínimos,

seguindo de três a cinco salários mínimos, há uma pequena parcela onde a renda familiar

é de mais de cinco salários mínimos e também uma quantidade ainda menor que declarou

receber menos de um salário mínimo.

A maioria dos alunos declarou pertencer a religião católica, menos da metade dos

alunos declarou ser evangélico e o restante dividiu-se entre outras religiões, havendo

também registro mínimo de ateus.

O atendimento médico utilizado pela grande maioria dos alunos e seus familiares é

na rede pública.

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O acesso à informações se dá através da Internet, uma vez que a maioria dos

alunos declarou possuir computador em suas residências.

Quanto a dedicação aos estudos fora do horário normal das aulas um número

significativo declarou estudar em média uma hora por dia, houve também um número

considerável de alunos que declarou não estudar em casa, mas também uma parcela

expressiva declarou estudar de duas a mais horas diárias. Pouquíssimos alunos participam

de projetos sociais.

Quanto a convivência familiar os dados obtidos demonstram haver um bom

relacionamento entre pais e filhos, pois declararam manter um bom diálogo com os

mesmos.

Em relação a infra-estrutura existente, é importante relembrar que o bairro conta

com transporte coletivo apropriado, com água tratada, sistema de coleta de esgoto, coleta

de lixo três vezes por semana, asfalto em todas as ruas, Unidade Básica de Saúde,

Cemitério, Capela Mortuária, Quadra de Esportes, Parque Ambiental, entre outros

equipamentos públicos.

Não obstante essas observações que demostraram avanços e progressos em

comparação com o início do bairro, ainda assim por falta de opção de lazer na

comunidade e de condições financeiras para buscar fora outras alternativas nos finais de

semana e feriados, a maioria das pessoas ficam em casa.

Além disso, de acordo com os dados apurados pela pesquisa, o relacionamento do

escola com a comunidade é considerado bom e a participação dos pais / mães e ou

responsáveis no processo pedagógico, acontece de maneira formal e informal, através dos

coletivos organizados (Conselho Escolar, APMFs, Grêmio Estudantil e Conselho de

Classe).

6.2.1.Gráficos dos dados obtidos na pesquisa realizada

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7. MARCO CONCEITUAL

7.1. Concepção Educacional

Qualquer concepção educacional que pretenda ser verdadeiramente democrática e

participativa, precisa combater com força e determinação, no interior da escola pública, as

relações sociais baseadas na competição e no individualismo burguês, que ainda estão

indistintamente muito presentes nas práticas educativas.

Se, por um lado, a escola, por si só, dentro dos seus restritos espaços e limites de

atuação, não pode transformar as condições materiais socioeconômicas, políticas e

culturais vigentes que imperam no capitalismo, por outro, através de atividades

pedagógicas coletivas intencionalmente organizadas, organizadas e direcionadas, ela pode

e deve, ao menos dentro dos seus muros, procurar constituir relações sociais que não

tomem como parâmetro a competição saudável, descrita por Hobbes, sengo a qual é justo

que os mais fortes devorem os mais fracos numa espécie de jogo antropofágico. “[...] as

relações sociais descritas por Hobbes como “belium omnium contra omnes” - com sua

tendência objetiva a deixar os facos serem devorados pelos fortes - é idealizada como

competição saudável universalmente benéfica.(MÉSZÁROS, 2002, p. 109, grifos do

autor).

Nesse sentido, iniciar a discussão sobre a concepção educacional assumida por

este Projeto Político Pedagógico, ressaltando como aspecto negativo a valorização da

competição e do individualismo, tem basicamente dois propósitos. Em primeiro lugar, não

é possível pensar uma forma de organização coletiva da escola e por conseguinte de

participação política engajada, quando a competição entre os sujeitos que fazem a escola

concreta, cada vez mais complexa, está permeada e dominada por interesses

individualistas, ou por interesses corporativos de segmentos coletivos específicos

(professores, alunos, funcionários, pais/mães), que acusam-se mutuamente , sem o

desprendimento de submeterem a uma análise critica as próprias percepções caóticas que

fazem da escola que, querendo ou não, eles mesmo ajudam a construir diariamente.

Em segundo lugar, é necessário destacar que na origem desta competição e

individualismo cada vez mais exacerbado que se manifesta dentro da escola, encontra-se

precisamente uma forma capitalista de organização social da produção, baseada na

divisão e hierarquização do trabalho. Esta forma de divisão social do trabalho

historicamente determinada, além dos aspectos constitutivos ligados diretamente à esfera

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da produção capitalista, cuja essência é retirar dos trabalhadores o controle da produção

de mercadorias, tem também os aspectos políticos, quer dizer, fragmentar , dividir a classe

trabalhadora como forma de exercer o controle social ideológico e consequentemente a

dominação de classe. Em outras palavras, significa compreender e admitir que a

competição e o individualismo são dois elementos constitutivos chaves da concepção de

sociedade e de educação, norteadas pelos pressupostos filosóficos liberais do período

Lerner, aos poucos, vai se afirmando cada vez mais no interior das escolas públicas, a

necessidade do aprofundamento desta reflexão entre a comunidade escolar constituída

predominantemente por trabalhadores.

Com Gramsci (1991), aprendemos que fora de sua profissão cada homem (só para

relembrar, também a mulher), é um filósofo, na medida que expressa uma concepção de

mundo e pode contribuir para modificar uma dada realidade. Por isso, os pressupostos

filosóficos deste Projeto Político Pedagógico, assumem como compromisso a necessidade

de se construir a escola pública enquanto um instrumento que pode auxiliar no processo

de transformação social.

7.2. Pressupostos Filosóficos

Tendo como ponto de partida a idéia de que a escola pública tem sua função social

de atender a classe trabalhadora, não se pode desconsiderar os aspectos educacionais que

são essenciais para concentrar-se em questões superficiais que nada contribuem na

formação de indivíduos preparados teoricamente, para compreenderem e enfrentarem os

problemas de uma sociedade cada vez mais complexa e contraditória.

Por isso, os pressupostos filosóficos deste Projeto Político Pedagógico, assumem

como compromisso a necessidade de se construir a escola pública, enquanto um

instrumento que pode auxiliar no processo de transformação social.

Nesse sentido, é que se deve considerar o processo filosófico pedagógico

permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas

viáveis na efetivação de sua intencionalidade, que é constitutiva, propiciando a vivência

democrática necessária para participação de todos os membros da comunidade escolar e o

exercício da cidadania, perfazendo uma relação recíproca entre a dimensão política e

pedagógica da escola. (LEINDECKER, Conselho de Classe Participativa, professora

PDE, 2008)

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Ao se constituir um processo de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de

organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as

relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando

impessoal e racionalizado da burocracia.

Para tanto, o currículo escolar, bem como os programas e os planos de ensino,

serão considerados como ponto de partida de criação, apropriação, sistematização,

produção e recriação do saber.

7.3. Concepções

7.3.1. Homem

A concepção de homem aqui expressa, parte do pressuposto de que o homem,

enquanto gênero humano, constituído necessariamente por homens e mulheres, a começar

pela sua própria organização corporal, é um ser que se distingue dos demais animais

existentes na natureza pelo fato de produzir a sua própria existência.

Pode-se diferenciar os homens dos animais através da consciência, através da

religião, através do que se quiser. Eles mesmos começam a se diferenciar dos

animais quando começam a produzir seus víveres, um passo que é condicionado

pela sua organização corporal. Ao passo que produzem seus viveres

(Lebensmittel), os homens também produzem indiretamente sua vida material

(materielles Leben). (MARX E ENGELS, 2007, p. 42).

Nesta perspectiva, ao contrário das concepções idealistas que idealizam o homem

como um ser abstrato, o homem é um ser concreto, de carne e osso, no dizer de Marx,

produzido socialmente a partir do conjunto das relações sociais que consegue contrair,

dentro de cada período histórico da humanidade, com o grau de desenvolvimento das

forças produtivas.

Por isso, um dos aspectos fundamentais que precisa ser enfrentado quando se fala

na concepção de homem numa perspectiva materialista histórica, diz respeito a

necessidade de se buscar compreender e situar este homem no seu devido lugar concreto.

Uma coisa é pensar no homem burguês, com as implicações sociais que o fato de

pertencer a classe social economicamente privilegiada trás, outra totalmente diferente, é

pensar no homem que pertence a classe trabalhadora, com as devidas implicações

concretas que isto provoca na sua própria constituição corporal e na formação das

estruturas psicológicas superiores.

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Uma coisa é ser trabalhador ou trabalhadora, negro ou negra, ambos pobres,

vivendo num país da América Latina. Outra coisa totalmente diferente, é ser homem ou

mulher, ricos e brancos, ambos vivendo na Inglaterra. Todos são seres humanos, mas as

condições sociais concretas do seu desenvolvimento físico/cultural, são totalmente

diferentes. A pobreza priva as pessoas dos seus materiais e por conseguinte priva também

da apropriação dos bens espirituais/intelectuais disponíveis na sociedade.

Em relação ao trabalho, categoria fundante e estruturante da sociedade que se

organiza a partir das atividades produtivas, vale observar as considerações teóricas de

Netto e Braz.

O trabalho é, sempre, atividade coletiva: seu sujeito nunca é um sujeito isolado,

mas sempre se insere num conjunto (maior ou menor, mais ou menos

estruturado) de outros sujeitos. Essa inserção exige não só a coletivização de

conhecimentos, mas sobretudo implica convencer ou obrigar outros à realização

de atividades, organizar e distribuir tarefas, estabelecer ritmos e cadências etc. E

tudo isso, além de somente ser possível com a comunicação propiciada pela

linguagem articulada, não está regido ou determinado por regularidades

biológicas; consequentemente, o caráter coletivo do trabalho não se deve a um

gregarismo que tenha raízes naturais, mas, antes, expressa um tipo específico de

vinculação entre membros de uma espécie que já não obedece apuros

determinismos orgânico-naturais. Esse caráter coletivo da atividade do trabalho é,

substantivamente, aquilo que se denominará de social (PAULO NETTO E

BRAZ, 2007, p. 34).

Quando falamos no homem enquanto gênero humano, constituído concretamente

por homens e mulheres, estamos, portanto, nos referindo a um ser histórico e social que se

distingue dos demais animais existentes na natureza, justamente pelo fato de exercer uma

certo controle da natureza, a parte do trabalho que é sempre atividade pensada, isto é,

antecipada, ideada antes de ser concretizada na ação prática. “[…] foi através do trabalho

que, de grupos de primatas, surgiram os primeiros grupos humanos – numa espécie de

salto que fez emergir um novo tipo de ser, distinto do ser natural (orgânico e inorgânico):

o ser social.” (PAULO NETTO E BRAZ, 2007, p. 34).

7.3.2. Mundo

Quando pensamos no mundo, existe invariavelmente uma tendência de separação

entre o mundo natural e o mundo dos homens. Em tese, esta separação não seria o

problemas, se não fosse o fato de que tal cisão normalmente perde a dimensão do todo e

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deixa de compreender o mundo na sua totalidade orgânica e inorgânica. Foi exatamente

pensando no mundo natural e no mundo social, enquanto uma totalidade inseparável, que

Marx afirmou que a natureza é o próprio corpo do homem. Se o trabalho é o pai, a

natureza é a mãe, concluiu Marx (1996).

Esta formulação fica aparentemente mais compreensível quando se constata que,

enquanto é possível concordar com a existência da natureza sem a existência do homem, o

contrário não é verdadeiro. Como um ser natural especial, ou específico, não seria

possível pensar a existência do homem fora da natureza. Assim, pode-se dizer que a

natureza é a fonte das riquezas naturais de onde o homem, através do intercâmbio

orgânico com a natureza, ou seja, por meio do trabalho, retira na forma de produtos

naturais ou na forma de matérias primas, os recursos necessários que são convertidos em

riqueza social, cuja origem não advêm de outro lugar, se não do trabalho humano criador.

Neste incessante processo social de transformação, o homem transforma a

natureza e consequentemente também se transforma. Com isso, cada vez mais o homem

vai imprimindo no mundo natural as suas características, as suas marcas. Mas a

compreensão do mundo exige, também, além da distinção metodológica entre o mundo

natural e o mundo social, uma distinção entre a natureza orgânica e a natureza inorgânica.

7.3.3. Sociedade

A sociedade precisa ser compreendida como o resultado das relações e mediações

históricas sociais, produzidas a partir do trabalho e das demais atividades humanas que a

vida em sociedade proporciona e exige. Mas conforme fica evidente,

A sociedade não pode existir sem a natureza – afinal, é a natureza, transformada

pelo trabalho, que propicia as condições da manutenção da vida dos membros da

sociedade. Toda e qualquer sociedade humana tem sua existência hipotecada à

existência da natureza – o que varia historicamente é a modalidade da relação da

sociedade com a natureza: variam, ao longo da história, os tipos de transformação

que, através do trabalho, a sociedade opera nos elementos naturais para deles se

servir, bem como os meios empregados nessa transformação. Vale dizer:

modificam-se, ao longo da história da humanidade, as formas de produção

material da vida social e, por conseguinte, as condições materiais de existência

nas quais vivem os homens. (PAULO NETTO e BRAZ, 2007, p. 35).

Neste movimento histórico, ao contrário do que comumente se pensa, a sociedade

não é um conjunto harmônico que funciona sem conflitos e contradições. Assim como a

natureza possui as suas leis próprias de movimento que expressam contradições naturais,

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a sociedade humana também possui as suas leis contraditórias. Porém, aqui uma coisa

precisa ficar muito bem estabelecida para que equívocos não sejam cometidos. Uma coisa

é compreender as leis naturais de funcionamento do mundo natural, outra totalmente

diferente é compreender as leis contraditórias de funcionamento da sociedade, que são na

sua essência, o resultado de relações históricas e sociais produzidas pela humanidade ao

longo dos tempos.

Do ponto de vista da concepção materialista histórico dialético, adotada por este

Projeto Político Pedagógico, é preciso destacar que na origem, a contradição fundante de

onde deriva todas as demais formas de contradições, encontra-se na esfera da produção,

ou seja, na divisão entre os proprietários privados dos meios de produção e os

trabalhadores, donos apenas da sua força de trabalho. Esta contradição não é e não pode

ser interpretada como natural. Ela foi produzida e vem perpetuando-se na história da

humanidade, depois do surgimento da propriedade privada, quando o modo de produção

escravista, superou as relações sociais de produção, existentes nas comunidades

primitivas, ou seja, não havia propriedade privada, uma vez que todos os modos de

produção eram coletivos.

Com a transformação do modo de produção feudal para o modo de produção

capitalista, não obstante as mudanças ocorridas na esfera da produção e nas demais

esferas da vida social, o fato concreto é que antagonismo de classe permaneceu intacto.

Ou seja, a sociedade ainda se divide concretamente entre os produtores diretos, os

trabalhadores e os exploradores do trabalho dos trabalhadores, os donos do capital. Este é

um dos aspectos mais fundamentais que a escola pública vem negligenciando na educação

dos seus alunos que são constituídos quase que totalmente por filhos de trabalhadores e

trabalhadores alunos.

7.3.4. Professor

O professor é o profissional trabalhador (servidor público), com a incumbência e a

responsabilidade de organizar e assegurar a transmissão dos conteúdos científicos,

artísticos e filosóficos, bem como outros conhecimentos que a escola deve proporcionar e

socializar aos seus educandos.

Quando se enfatiza a responsabilidade e o compromisso do professor trabalhador,

não significa dizer que não se deve cobrar e exigir também a responsabilidade e o

compromisso dos alunos, dos pais/mães e demais funcionários da escola. Seja de sala de

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aula, da orientação ou da direção, pode-se dizer que o professor é (ou deveria ser), na

expressão de Gramsci, o intelectual orgânico especializado, com a competência de mediar

a efetivação do processo ensino/aprendizagem.

Nesse sentido, a atividade profissional do professor está permeada por duas

características principais. De um lado, deve possuir o compromisso político, no sentido de

que é um sujeito que age e com a sua ação pode contribuir na formação de novas formas

de pensamento (não alienado). De outro, deve possuir competências técnicas, no sentido

de dominar as especificidades inerentes de sua área de atuação. Se o professor conseguir

conjugar essas duas características, aumentam as possibilidades deste profissional da

educação realizar de modo adequado o processo de objetivação/apropriação que constitui

a essência do processo ensino/aprendizagem que se realiza na escola.

Na sala de aula,

[...] existe sempre a possibilidade da realização de um pedagógico que parta do

senso comum não para justificar o conformismo com a ideologia hegemônica,

mas para explicitar razões que caminhem na direção histórica de se construir uma

nova concepção de mundo, condizente com os interesses da maioria e não com os

de uma classe exploradora. Com isto quero dizer que, no concreto pedagógico de

uma sala de aula, não há como não reconhecer, pode travar-se um combate de

ideias. Isto é possível porque, fora da sala de aula, este combate está sendo

travado. Não tenho a ilusão de que as ideias constituem-se no motor da história,

mas não tenha a ingenuidade de pensar que a luta não ocorra também aí.

(SANFELICI, 1986, p. 92-93).

Eis, aqui, portanto, uma lição essencial que praticamente todos os professores das

escolas estatais deveriam aprender, para, depois de preparados, quem sabe poderem

transmitir para os seus alunos na sala de aula. Não resta dúvida de que a sala de aula tanto

pode ser espaço que induz a um conformismo generalizado, de acordo com os padrões,

normas e valores alienantes da sociedade burguesa, como também pode ser espaço de

disputas de idéias e de reflexões que pelo menos apontem na perspectiva da superação das

relações individualistas e competitivas, criando as condições e aplainando o terreno para

constituição de práticas que tenham como eixo estruturador as relações baseadas na

cooperação e na valorização e fortalecimento do coletivo.

Diante do exposto os professores trabalham com metodologias que possibilitam

aos alunos a socialização do saber sistematizado, de forma critica e reflexiva, para que o

educando se torne um cidadão autônomo, um agente de transformação da sociedade.

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7.3.5. Aluno

Um dos maiores problemas na relação professo-aluno, consiste exatamente no fato

do profissional da educação não compreender (ou não querer compreender) o educando

como um ser concreto. Ao idealizar um determinado modelo de aluno enquadrado

segundo certos padrões e normas sociais preestabelecidas, o professor nega, ignora ou

relega ao segundo plano, a existência ali diante de si, de um ser humano que nada mais é

do que o conjunto das relações e mediações socioeconômicas, políticas, culturais,

ideológicas, religiosas, entre outras determinações e influências das diversas esferas da

vida social, onde o sujeito se forjou e foi forjado.

A escola pública não pode fazer com o aluno a mesma coisa que a fábrica do

modelo fordista teylorista, fazia com o trabalhador: ele entra na industria mas deixava o

cérebro do lado de fora. Para aquele padrão de controle de trabalho, o trabalhador não

necessitava pensar, mas apenas executar sem questionamentos os movimentos repetitivos

segundo a divisão social do trabalho que estava enquadrado. Talvez o comparativo seja

um tanto desproporcional, mas ele serve para provocar uma reflexão crítica no interior da

escola, sobre até que ponto os professores e os demais profissionais não estão exigindo

alunos que se limitam apenas a executarem, sem críticas e questionamentos, as tarefas

repetitivas que são repassadas pelos professores.

Já foi explicitado linhas acima que os professores precisam conhecer os seus

alunos. Isso é muito importante, não só para respeitar a singularidade de cada aluno, cada

um deles com características, necessidades e subjetividades próprias. Esta singularidade,

porém, é muito importante deixar isto claro, embora tenha evidentemente uma base

biológica, não é de modo algum determinada por aspectos e características biológicas

hereditárias, transmitida de pais para filho. A singularidade objetiva e subjetiva de cada

pessoa é uma produção social, que se faz a partir das condições materiais objetivas de

existência.

Em outras palavras, Leontiev explicita exatamente isto quando cita Marx:

Todas as suas (Trata-se do homem) relações humanas com o mundo, a visão, a

audição, o olfato, o gosto, o tacto, o pensamento, a contemplação, o sentimento, a

vontade, a atividade, o amor, em resumo, todos os órgãos da sua individualidade

que, na sua forma, são imediatamente órgãos sociais, são no seu comportamento

objetivo ou na sua relação com o objetivo a apropriação da realidade humana

(1978, p. 268).

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Por isso, se este ou aquele aluno, é desta ou daquela maneira, com estas ou aquelas

características, atitudes e comportamentos, é muito importante ter claro que ele não é

outra coisa se não uma expressão da realidade social onde vive e esta inserido. Quando se

trata de aluno “problema” ou com “dificuldade de aprendizagem”, por exemplo, as

atividades desenvolvidas pela escola, pode reforçar essas características ou efetivamente

contribuir para modificar a situação desses alunos que são estigmatizados.

7.3.6. Concepção de Infância e Adolescência

O ensino fundamental de nove anos passa, a partir do ano letivo de 2012, a ser

ofertado de forma simultânea em todos os Colégios da rede estadual do Paraná. É

fundamental ressaltar que a concepção de infância ganha importância em todos os

encontros / reuniões pedagógicas realizadas tanto no NRE como, e principalmente nas

escolas. Esta relevância não se reduz apenas ao plano teórico, mas também a prática

pedagógica dos professores, pedagogos, funcionários e toda a comunidade escolar,

englobando a necessidade de repensar desde as estruturas físicas, quanto proposta

curricular, encaminhamentos metodológicos e avaliativos.

Neste sentido, torna-se imprescindível compreender a concepção de criança e seus

direitos fundamentais, conforme o ECA - artigos 1º, ao 24º, Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Brasileira, LDB 9394/96 e Diretrizes para o Ensino Fundamental de nove anos,

é necessario nortear os “conceitos de ensino, aprendizagem e desenvolvimento , a seleção

de conteúdos, a avaliação, a organização de espaços e tempos com atividades

desafiadoras, enfim, o planejamento do trabalho organizado não apenas pelo professor

mas por todos os profissionais da instituição”( Ensino Fundamental de nove anos,

orientações pedagógicas para os anos iniciais pag. 10, SEED, Curitiba 2010).

Segundo o historiador francês Airés até a Idade Média ainda não existia um

conceito de criança, ou seja, uma definição sobre o sentimento de infância como uma

etapa da vida humana, isto é uma etapa que tem características próprias e necessidades.

Ainda, segundo Airés, foi no final da Idade Média que esse conceito passou a ser

pensado, a infância passou a ser vista como uma fase de ingenuidade e fragilidade. Até

então a infância não existia. Há relatos de alguns historiadores que definem a infância até

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a Idade Média como não existente.as crianças da época não eram consideradas como

pessoas em formação, mas sim como coisas, muitas morriam por falta de afeto, carinho,

amor e alimentação, apenas após completarem 7 anos é que os pais passavam a considerá-

las como membros da família e a dar algum carinho, pois já estariam mais fortes.

Assim pode-se afirmar que a concepção de infância é uma construção histórica e

que a partir do século XVIII a concepção de infância passa pelo disciplinamento e

moralidade sendo especificamente regido pela Igreja e Estado. A criança passa a ser vista

como um adulto em miniatura, alguém que precisa ser disciplinado e moralizado para se

tornar um adulto correto, essa concepção norteia também o século XIX auge do

capitalismo industrial.

Segundo Kramer(1995) a infância se diferencia conforme a posição da criança e

de sua família na estrutura socioeconômica em que se inserem. Assim o conceito de

infância não é homogêneo, ou melhor, uma criança é diferente da outra devido ao meio

social, e esta sujeita a processos desiguais de socialização e condições de vida. A escola

tem aqui seu papel primordial de reconhecer as diferenças e a partir desta trabalhar os

conhecimentos sistematizados acumulados pela humanidade, ou seja conhecimentos

historicamente construídos respeitando a singularidade da infância.

Assim o Colégio Orso, compreende a concepção de criança e adolescente como

uma etapa da vida humana, uma construção social, que supera todas as concepções até

então de caráter inatistas, pois, compreendemos que a aprendizagem se constrói na

interação com o social, e esta não está condicionada pela maturação biológica.

Para Vygotsky(2007), o desenvolvimento humano privilegia a interação com os

demais seres na formação da inteligência e das características essencialmente humanas .

Revisitando Vygotsky podemos concluir que é de suma importância analisar criticamente

o contexto social de nossos alunos para que possamos compreender com que criança

estamos trabalhando, quais suas necessidades e como possibilitarmos que todas as nossas

crianças, adolescentes se apropriem dos conteúdos organizados no currículo escolar. Isto é

acreditamos que todos os nossos alunos considerando sua idade/série estão na idade

socialmente reconhecida como idade para aprender e todos terão esse direito assegurados

pela comunidade escolar, conforme legislação vigente.

Desta forma, este PPP apresenta a readequação na proposta curricular para o

regime dos 09 anos e busca analisar de forma crítica o trabalho pedagógico a ser realizado

a partir do ano letivo de 2012. Estamos discutindo o processo pedagógico para essa nova

demanda nas reuniões pedagógicas e conselho de classe. Buscamos aprofundamento

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teórico metodológico em referenciais teóricos, legislação, bem como, experiências

práticas, abordadas por professores do Ensino Fundamental das séries iniciais.

O conhecimento adquirido através desses encontros, nortearam a prática pedagógica

dos professores e estabelece a proposta de concepção de infância/adolescência como

historicamente situada. Também define que a escola assegurará a igualdade de acesso dos

alunos a uma base nacional comum, e sua parte diversificada sendo esta na disciplina da

LEM( inglês) Conforme o art. 33 da LDB e CLDB, art 9º parecer CEB 04/98, p. 7.

7.3.7. Escola

No que se refere a instituição escolar (surgimento, evolução e sua importância no

processo de transformação social) é necessário compreendê-la numa perspectiva de

totalidade sempre contraditória e em movimento. O surgimento da educação formal

correspondeu a uma nova necessidade educacional imposta pelo estabelecimento das

primeiras sociedades classistas. Nestas sociedades, os membros da classe detentora do

poder passaram a receber uma educação diferenciada, que era o ensino escolar formal. Por

sua vez, aqueles que pertenciam às classes exploradas eram educados no próprio processo

produtivo, ou seja: “o povo se educava no próprio processo de trabalho. Era o aprender

fazendo. Aprendia lidando com a realidade, aprendia agindo sobre a matéria,

transformando-a” (SAVIANI, 1994. p. 153).

O processo de constituição do modo de produção capitalista, que deslocou massas

inteiras da população não somente das oficinas artesanais para as fábricas, mas, também

dos campos para a cidade, colocou novas necessidades sociais, dentre elas, a de uma

educação formal que fosse capaz de dar conta das exigências impostas pelo novo período

histórico. Desde cedo as novas classes sociais do capitalismo colocaram-se em luta por

uma educação que fosse capaz de instruí-los, em conformidade com as exigências do

novo tempo que estava surgindo. “Esta será, apesar de suas contradições, uma

característica comum aos povos que se rebelaram contra a Igreja de Roma. Justamente

dele surgirá (…) a iniciativa mais avançada de novos modelos de instrução popular e

moderna” (MANACORDA, 1997, p. 194).

Destacaram-se, nas reivindicações por uma educação voltada para os interesses da

nova ordem social, os movimentos reformadores e heréticos. Estas exigências, que eram

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encucadas na consciência das camadas populares enquanto uma necessidade religiosa, na

verdade assentavam-se em princípios econômicos e políticos, pois:

se a necessidade de ler as Sagradas Escrituras e a capacidade de cada um

interpretar a palavra divina nelas contida está na fase desta nova exigência da

cultura popular, é porém o desenvolvimento das capacidades produtivas e a

participação das massas na vida política que exigem este processo

(MANACORDA, 1997, p. 1998).

Com as mudanças políticas ocorridas na sociedade burguesa, onde as relações

entre os homens se desnaturalizam e passam a ser regidas por leis “construídas” a partir

de um “contrato social”, surge a necessidade de instrumentalizar o povo para esta nova

forma de relação entre os seres humanos. Este acontecimento contribuiu para que a nova

classe dominante vislumbrasse na extensão da educação formal até os setores populares,o

instrumento capaz de oportunizar ao conjunto da população os conhecimentos e valores,

que possam ser “úteis” à nova ordem social.

A função da educação, enquanto instrumento de preparação das pessoas para os

exercícios das atividades políticas, é explicada por um intelectual do século XVI:

antes de tudo uma cidade, sejam instruídas: engana-se gravemente, de fato, quem

pensa que sem instrução possa adquirir-se uma sólida virtude e ninguém é

suficientemente idôneo para governar as cidades sem o conhecimento daquelas

letras que contêm o critério do governo de todas as cidades (MELANCHTON

apud MANACORDA, 1997, p. 198).

Como já apontado, a necessidade de se estabelecer expandir uma nova educação,

além, das motivações políticas também se deu por razões técnicas, impostas pelo

desenvolvimento do processo produtivo. Quando o antigo artesão foi arrancado de sua

corporação e introduziu na fábrica, que tem na ciência moderna uma de suas maiores

forças produtivas, também se viu expropriado de seu pequeno conhecimento. Com o

avanço do capitalismo para praticamente todos os cantos do mundo, surge a necessidade

de expandir a indústria, o que ocorre mediante o desenvolvimento da ciência e da

tecnologia. Tal conhecimento levou à substituição cada vez mais rápida dos instrumentos

e dos processos produtivos e, com isto, impõe-se a necessidade de trabalhadores

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razoavelmente instruídos, capazes de acompanhar o dinamismo dos novos

empreendimentos.

Diante da exigência imposta pelo próprio processo de desenvolvimento das

relações de produção capitalista,

(...) filantropos, utopistas e até os próprios industriais são obrigados, pela

realidade, a se colocarem o problema da instrução das massas operárias para

atender às novas necessidades da moderna produção de fábrica: em outros

termos, o problema das relações instrução-trabalho ou da instrução técnico-

profissional, que será um tema dominante da pedagogia moderna.

(MANACORDA, 1997, p. 272).

É sobre esse conjunto de transformações e necessidades técnicas e políticas que a

burguesia industrial propõe, nos países capitalistas centrais, a generalização da educação

escolar.

No Brasil, a Pedagógia Histórico-crítica tem buscado se afirmar numa perspectiva

marxista. Atualmente encontram-se colocados diversos entendimentos sobre quais são as

necessidades educativas e que função deve cumprir o trabalho educacional escolar. De um

lado, encontram-se aqueles que atribuem à escola a responsabilidade de amenizar as

desigualdades sociais e, de outro, os que procuram denunciá-la como mecanismo de

legitimação do “status quo”. Em ambos os casos, a história é sacrificada. “No primeiro

caso, sacrifica-se a história na idéia em cuja harmonia se pretende anular as contradições

do real. No segundo caso, a história é sacrificada na reedificação da estrutura social em

que as contradições ficam aprisionadas” (SAVIANI, 1983, p.35).

Este mesmo autor (1992), ao tratar da função da escola básica, afirma que:

(...) a escola é uma instituição cujo papel consiste na socialização do saber

sistematizado. (…) não se trata pois, de qualquer tipo de saber. Portanto, a escola

diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; ao

saber sistematizado e não só saber fragmentado; à cultura erudita e não à cultura

popular. Em suma, a escola tem a ver com o problema da ciência. Com efeito,

ciência é exatamente o saber metódico, sistematizado (p.21).

Este compromisso da educação torna-se ainda mais premente quando a escola

encontra-se voltada para as camadas populares, para os quais o domínio da cultura

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constitui instrumento indispensável para iluminar a sua ação política. Numa sociedade

classista, os conhecimentos produzidos pelos embates travados pela humanidade ao longo

da história, são apropriados pela classe hegemônica e colocados a serviço de sua

dominação. Desta forma, o principal conhecimento ensinado pelo educador deve ser os

conteúdos culturais universais, os quais estão permanentemente sendo reavaliados pela

realidade social. Mas para uma escola comprometida com o processo de transformação:

Não basta que os conteúdos sejam apenas ensinados, ainda que bem ensinados: é

preciso que se liguem, de forma indissociável, à sua significação humana e social.

Essa maneira de conceber os conteúdos do saber não estabelece oposição entre

cultura erudita e cultura popular, ou espontânea, mas uma relação de

continuidade em que, progressivamente, se passa da experiência imediata e

desorganizada ao conhecimento sistematizado (LIBÂNEO, 1990, p. 39).

O saber sistematizado, que foi e continua sendo produzido a partir dos embates

travados pela humanidade na busca incessante de produzir as suas necessidades históricas,

nas sociedades classistas, tem sido apropriado pelos detentores do poder e colocados a

serviço de sua dominação de classe. Para uma educação comprometida com um processo

transformador e, portanto, com os interesses da maioria da população, a atividade nuclear

da escola deve ser a socialização do saber sistematizado, o qual é indispensável para que

cada um possa ser sujeito de seu tempo, pois: “o dominado não se liberta se ele não vier a

dominar aquilo que os dominantes dominam. Então dominar o que os dominantes

dominam é condição de libertação” (SAVIANI, 1983, p. 59).

Para tanto, o trabalho do educador comprometido com um projeto de

transformação social, deve estar norteado pelos conhecimentos científicos, os quais

devem ser transmitidos de forma viva e atualizada, servindo para problematizar a

realidade vivida por educadores e educandos. Neste sentido, uma educação comprometida

com a emancipação deve mediar a relação de conhecimentos científicos com a prática

social, onde o indivíduo, munido teoricamente, possa se ver como participante da

sociedade e como agente capaz de transformá-la. Isto é possível, pois a escola “(...) ainda

que elemento determinado, não deixa de influenciar o elemento determinante, ainda que

secundário, nem por isso deixa de ser instrumento importante e por vezes decisivo no

processo de transformação da sociedade”(SAVIANI, 1983, p. 69).

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Uma “educação para além do capital” (2005) como propõe Mészáros, precisa lutar

não só contra a tentativa de descaracterização da vaidade do Método Materialista

Histórico Dialético na educação, como também contra todas as formas e processos de

internalização capitalista responsáveis pela difusão e incucação das ideologias da classe

dominante, que tanto pode ser efetivado através da educação forma como também em

outros espaços e por outros meios existentes e utilizados com tais finalidades.

7.3.8. Educação

A educação é um processo social que tem por finalidade imprimir/transmitir às

crianças os legados culturais produzidos pelos homens, através do trabalho e das demais

atividades sociais ao longo da história da humanidade. Quando as crianças chegam no

mundo da cultura, a única aptidão inata que elas trazem é a aptidão para adquirirem outras

aptidões que são especificamente humanas (linguagem, memória, consciência,

pensamento, emoções, sentimentos, etc.).

Por isso, ao contrário do que comumente se pensa, com as crianças não ocorre o

processo de adaptação, da mesma forma que acontece com os animais. Se os animais

simplesmente adaptam-se a natureza, a partir dos processos biológicos evolutivos,

segundo as características particulares de cada espécie e das condições proporcionadas

pelo meio ambiente, as crianças necessitam apropriarem-se dos instrumentos, dos objetos,

dos signos e fenômenos existentes ao seu redor.

O processo principal que caracteriza o desenvolvimento psíquico da criança é um

processo específico de apropriação das aquisições do desenvolvimento das

gerações humanas procedentes. Estes conhecimentos adquiridos, diferentemente

dos do desenvolvimento filogenético dos animais, não se fixam

morfologicamente e não se transmitem por hereditariedade (LEONTIEV, 1978, p.

320).

Além da apropriação, outro princípio da Psicologia Histórico-Cultural, demonstra

que o processo de apropriação das crianças não ocorre sem a mediação das pessoas mais

experientes, não só adultas, mas inclusive de outras crianças com níveis de

desenvolvimento mais adiantados. Leontiev, utiliza-se de uma metáfora para exprimir a

importância da mediação no processo educacional, seja na educação social ou na

educação escolar.

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Se o nosso planeta fosse vítima de uma catástrofe que só pouparia as crianças

mais pequenas e na qual pereceria toda a população adulta, isso não significaria o

fim do gênero humano, mas a história seria inevitavelmente interrompida. Os

tesouros da cultura continuariam a existir fisicamente, mas não existiria ninguém

capaz de revelar às novas gerações o seu uso. As máquinas deixariam de

funcionar, os livros ficariam sem leitores, as obras de arte perderiam a sua função

estética. A história da humanidade teria de recomeçar (LEONTIEV, 1978).

Na mesma direção, outro princípio fundamental da Psicologia Histórico-Cultural

que precisa ser apreendido e compreendido, principalmente pelos professores, em toda a

sua dimensão e complexidade, diz respeito a formação dos sistemas cerebrais complexos.

A criança não nasce com órgãos aptos a realizar de repente as funções que são

produto do desenvolvimento histórico dos homens e se desenvolvem no decurso

da vida pela aquisição da experiência histórica. Os órgãos destas funções são

sistemas cerebrais funcionais (órgãos fisiológicos móveis do cérebro) (…) que se

formam no decurso do processo específico da apropriação, descrito mais acima

(LEONTIEV, 1978. p. 324).

Na formação dos sistemas funcionais cerebrais, portanto, a linguagem, outro

princípio essencial da Psicologia Histórico-Cultural, ocupa uma função fundamental na

formação e desenvolvimento desses órgãos cerebrais especializados, que são responsáveis

por funções específicas, mas totalmente articuladas e conectadas com o todo do sistema

cerebral global.

Ao aprender atividades complexas com objetos, corrigindo seu próprio

comportamento através de relações sociais e adquirindo sistemas linguísticos

complexos, as crianças são levadas, invariavelmente, a desenvolver novas

motivações, criar novas formas de atividade consciente e propor novos

problemas. A criança substitui suas brincadeiras iniciais de manipulação por

outras que envolvem temas e papéis inéditos. Aparecem então regras socialmente

condicionadas para essa brincadeiras que se tornam regras de comportamento.

Sob a influência da linguagem dos adultos, a criança distingue e estabelece

objetivos pra seu comportamento: ela repensa as relações entre os objetos: ela

imagina novas formas de relação criança-adulto. (LURIA, 1990, p. 25).

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Nessa perspectiva teórica, o cérebro deve ser compreendido como um sistema

global aberto e flexível. Quanto maiores e de melhores qualidades forem as impressões e

representações, enviadas ou captadas do mundo exterior que chegam até o “cérebro

conhecedor”, para utilizar uma expressão de Marx, mais conexões neoronais serão

desencadeadas e, com isso, mais plasticidade cerebral, aumentando consequentemente as

possibilidades do cérebro conhecedor alargar quantitativamente e qualitativamente os

conhecimentos apropriados.

Além desses princípios, também é fundamental compreender o conceito de nível

de desenvolvimento atual e zona de desenvolvimento próximo, formulada por Vigotski e

exposta aqui por Duarte.

(…) o desenvolvimento que parte da colaboração mediante a imitação é a fonte

de todas as propriedades especificamente humanas da consciência da criança. O

fator principal é constituído pelo desenvolvimento baseado no ensino. Por

conseguinte, o aspecto central para toda a psicologia do ensino apóia-se na

possibilidade de elevar-se mediante a colaboração a um grau intelectualmente

superior, na possibilidade de passar com a ajuda da imitação do que a criança é

capaz de fazer ao que não é capaz. Nisto se baseia toda a importância do ensino

no desenvolvimento e isso é o que constitui na realidade o conteúdo do conceito

de zona de desenvolvimento próximo (2001, p. 205).

Prossegue Duarte, citando Vigostki;

A imitação, se a interpretamos no sentido amplo, é a forma principal pela qual é

levada a cabo a influência do ensino sobre o desenvolvimento. O ensino da

linguagem, o ensino na escola, se baseia em alto grau na imitação. Porque na

escola a criança não aprende a fazer o que é capaz de fazer por si mesma, mas

sim a fazer o que é todavia incapaz de realizar sozinha, porém, está a seu alcance

em colaboração com o professor e sob sua orientação. O fundamental no ensino é

precisamente o novo que aprende a criança. Por isso, a zona de desenvolvimento

próximo, que determina o campo das gradações que estão ao alcance da criança,

resulta ser os aspectos mais determinante no que ser refere ao ensino e ao

desenvolvimento. (2001, p. 205).

Ainda de acordo com Duarte,

(…) a zona de desenvolvimento próximo é constituída por aquilo que a criança,

num determinado momento, não faz sozinha, mas o faz com a ajuda de outros,

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inclusive e principalmente do professor. É por isso que para Vigotski o único

bom ensino é o que atua no âmbito da zona de desenvolvimento próximo. Aquilo

que a criança faz sozinha, mas no passado só fazia com ajuda, já foi interiorizado

e foi incorporado ao nível de desenvolvimento atual (2001, p. 206).

Com isso, Duarte demonstra que:

Começa-se a ensinar a criança a escrever quando todavia não possui todas as

funções que asseguram a linguagem escrita. Precisamente por isso, o ensino da

linguagem escrita provoca e implica o desenvolvimento dessas funções. Esta

situação real se produz sempre que a instrução é fecunda. (…) Ensina a uma

criança quilo que é incapaz de aprender é tão inútil como ensinar-lhe a fazer o

que é capaz de realizar por si mesma. Duarte ainda acrescenta: Note-se nessa

citação o exemplo da alfabetização, onde Vigotski mostra claramente que o que

provoca o desenvolvimento da criança é o fato desse conteúdo da aprendizagem

exigir dela, criança, a utilização de capacidades que ainda não estão formadas

porque ainda estão na zona de desenvolvimento próximo. Se a alfabetização

trabalhasse apenas com aquilo que já está formado, se ela não apresentasse à

criança exigências que não são podem ser por ela atendidas naturalmente, então

essa aprendizagem se limitaria ao nível de desenvolvimento atual (2001, p. 97).

Nesta perspectiva, é indispensável que o professor saiba, principalmente no início

do ano letivo, em cada disciplina, que é o nível médio de desenvolvimento atual da turma.

Isso é fundamental para se estabelecer uma graduação que vai constituir a zona de

desenvolvimento próximo da sala. Dentro desta graduação, existem situações e

características específicas que precisam se consideradas no preparo das aulas e dos

arranjos pedagógicos. No entanto, isso ainda não é tudo, uma vez que mesmo dentro da

graduação da zona próximo da turma, pode existir alunos consideravelmente abaixo ou

acima que irão necessitar de uma atenção especial. Esta atenção deve ser tanto do

professor de sala como da escola como um todo.

Diante disso, para que a educação escolar possa melhor contribuir no processo

educacional dos seus educandos, inclusive daqueles com deficiência, aparentemente com

dificuldades de aprendizagem e desenvolvimento, é fundamental que o professor saiba

quem é o aluno. É indispensável que o professor conheça de seu aluno: às condições

sociais e econômicas, as pessoas com quem se relaciona e a qualidade dessas relações,

bem como as situações de aprendizagem que já vivenciou. No entanto, este é apenas o

primeiro passo para o educador conhecer o seu aluno. Não basta conhecer quem é o aluno

para definir a sua concreticidade, pois, “(…) conhecer a concreticidade do indivíduo não

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se limita, para o caso da atividade educativa, ao conhecimento do que ele é, mas também

ao conhecimento do que pode vir a ser” (DUARTE, 2001 p. 22).

De acordo com as investigações de Leontiev, se no decorrer do processo de

formação das operações mentais superiores das crianças, preocupações com o ensino

como essas apontadas anteriormente, não forem levadas em conta, as estruturas cerebrais

funcionais responsáveis por áreas específicas, podem se formarem de modo inadequado

ou nem mesmo se formarem.

Evidentemente que esta intervenção no processo de formação de operações

mentais deve ter lugar no devido tempo, pois se não se percorrer uma dada etapa

da formação de um dado processo esta não se forma corretamente (a não ser por

vezes, de modo absolutamente fortuito), ele não pode desenvolver-se

normalmente, daí resultando a impressão de estarmos perante uma deficiência

mental na criança, impressão sem fundamento na realidade (LEONTIEV, 1978,

p. 330).

De acordo com as investigações de Leontiev, se no decorrer do processo de

formação das operações mentais superiores das crianças, preocupações com o ensino

como essas apontadas anteriormente, não forem levadas em conta, as estruturas cerebrais

funcionais responsáveis por áreas específicas, podem se formarem de modo inadequado

ou nem mesmo se formarem.

Evidentemente que esta intervenção no processo de formação de operações

mentais deve ter lugar no devido tempo, pois se não percorrer uma dada etapa da

formação de um dado processo este não se forma corretamente (a não ser por

vezes, de modo absolutamente fortuito), ele não pode desenvolver-se

normalmente, daí resultando a impressão de estarmos perante uma deficiência

mental na criança, impressão sem fundamento na realidade(LEONTIEV, 1978, p.

330).

Uma das principais divergências entre a teoria de Piaget e a teoria de Vigostski,

consiste exatamente na definição do que vem primeiro, se o aprendizado ou o

desenvolvimento. Para a psicologia genética de Piaget, primeiro a criança se desenvolve,

amadurece pra depois aprender. Para Vigotski, é justamente o contrário, o bom é aquele

que se adianta e proporciona o aprendizado e o desenvolvimento.

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Segundo síntese elaborada por Tuleski, é muito importante que os professores

tenham clareza que o cálculo, a leitura e a escrita são habilidades culturais, adquiridas

pelo ensino sistematizado, portanto, não-inatas; sua apropriação depende de uma relação:

ensino-aprendizagem que promove a formação dos sistemas funcionais. Quando

pensamos em dificuldade DE APRENDIZAGEM, o fenômeno é enfocado sob o prisma

unicamente do aluno, do aprendiz de seu ambiente restrito familiar ou em seu organismo,

numa visão ambientalista ou inatista; Problemas de escolarização obriga a pensar a

constituição multilateral tanto do aprender como do não-aprender em relação como

ensinar e o não-ensinar, ou seja, a totalidade do fenômeno que vai além , inclusive, das

relações unicamente intraescolares; A opção da psicologia histórico-cultural nos proíbe

pensar os fenômenos de maneira fragmentada, pois ao compreender o homem como

HISTÓRICO, não o vê como refém da maturação neuronal ou de estruturas biológicas

herdadas (TULESKI, 2006).

Pode-se portanto, dizer que educação social/escolar é processo de humanização. É

através da educação que as crianças são retiradas do seu estado puramente

natural/biológico e são gradualmente introduzidas no mundo humanizado, na medida em

que vão apropriando-se dos instrumentos, objetos, signos e fenômenos produzidos ao

longo da história.

Como processo que envolve inúmeras relações e mediações, a educação, seja ela

social ou escolar, não é neutra das determinações econômicas, sociais, políticas, culturais,

ideológicas, religiosas, entre outras esferas da vida social.

Quando crianças chegam na escola, elas já trazem um repertório de conhecimentos

que foram adquiridos nas diversas atividades sociais em que participaram. O papel

específico da escola consiste em retirá-las desse nível de aprendizagem e

desenvolvimento e introduzi-las no mundo dos conhecimentos sistematizados,

possibilitando o acesso aos níveis mais elevados, mais ricos e enriquecedores da cultura

humana. Só se forma cidadãos verdadeiramente criativos e com autonomia de

pensamento, quando se garante aos alunos matriculados na escola, tudo aquilo que tem de

mais elaborado em termos de conhecimentos.

Reforçando alguns aspectos, é importante fazer uma distinção entre a educação

escolar formal e a educação não formal, a educação social que se adquire noutros espaços

(famílias, igrejas, clubes, sindicatos, associações, grêmios, etc.).

A educação formal, ofertada nas instituições de ensino, tem a responsabilidade

primeira de lidar com os conhecimentos sistematizados, organizados em áreas

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especializadas que abarcam recortes específicos (história, geografia, matemática,

filosofia, etc.). Quando a instituição escola não compreende ou perde esta dimensão

social, ela corre o sério risco de ser transformada apenas em mais um espaço de

convivência e socialização das crianças, jovens e adultos.

A concepção de educação deve estar intimamente amarrada com a concepção de

mundo, de sociedade, de escola, de professor e de aluno. De ponto de vista deste Projeto

Político Pedagógico, a educação de modo social mais amplo, mas sobretudo aquela

socializada na escola pública, deve ser compreendida como processo que tem como

atribuição introduzir gradualmente as crianças no mundo da cultura.

Cada criança, quando chega no mundo, com o seu aparato estritamente biológico,

precisa receber uma espécie de segunda personalidade. Mas esta segunda personalidade

só pode ser constituída por meio da educação social e escolar. Por isso, a educação deve

ser compreendida como processo social especificamente humano.

Mesmo nos dias de hoje, ainda persiste uma certa confusão entre educação e

adestramento. Muitas vezes, equivocadamente se ouve falar em educação de animais. Os

animais são adestrados e não educados. O máximo que se consegue com o adestramento

dos animais é um certo condicionamento, por meio de comandos mecânicos repetitivos.

Mesmo assim, os animais permanecem presos nas amarras biológicas restritivas.

O animal, inclusive o mais inteligente, não é capaz de desenvolver suas

faculdades intelectuais mediante a imitação ou o ensino. Não pode assimilar nada

basicamente novo em comparação com o que já possui. É capaz de aprender

unicamente mediante o adestramento. Neste sentido, cabe dizer que o animal não

pode ser ensinado em absoluto, se interpretamos o ensino no sentido específico

que tem para o homem (VIGOTSKI, citado por Duarte, 2001. p. 205).

Com a educação é totalmente diferente. Quando as crianças estabelecem relações

sociais mediadas por instrumentos, objetos e signos, elas vão cada vez mais se

distanciando das características puramente biológicas e adquirindo características

especificamente humanas (linguagem, pensamento, consciência, memória, emoções,

sentimentos, etc.). Sem a intervenção da educação social e escolar, as crianças

permaneceriam eternamente crianças, presas e dominadas pelos seus instintos meramente

biológicos.

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É, pois, pela educação que as crianças aprendem hábitos, valores morais,

sentimentos de amor, de ódio, de gosta e amar, entre outros. Se não fosse a educação as

crianças não aprenderiam realizar as atividades escolares, as atividades domésticas, as

atividades de higiene pessoal e, principalmente, as atividades produtivas criadoras que

possibilitam o surgimento da sociabilidade humana.

8. DIVERSIDADE EDUCACIONAL E DESAFIOS EDUCACIONAIS

CONTEMPORÂNEOS

A escola não esta isolada, cercada por muralhas não está só inserida na sociedade

isto é, a sociedade com suas múltiplas determinações, cultura e influências que está na

escola, assim, a escola é lugar de formar mentes, formar cidadãos e cidadãs emancipados

com conhecimentos. Não cabe a escola fazer julgamento de valores, nem tão pouco ditar

normas discriminatórias ou excludentes, a função da escola é social de conhecimento

qualificado e reflexivo. Portanto, a escola como já visto, vai além do conhecimento

formal, pois não pode negar a realidade, o momento histórico da qual faz parte assim, é

necessário o novo posicionamento dos professores, enfim da escola em relação aos

desafios que se opõem a educação, desafios estes que são chamados no momento de

Desafios Educacionais Contemporâneos. “tais desafios trazem a inquietudes humanas, as

relações sociais, econômicas, políticas e culturais, levando-nos a avaliar os

enfrentamentos que devemos fazer”.(...)

Sob essa ótica a proposta para o enfrentamento aos Desafios Educacionais

Contemporâneos foram construídas no e pelo coletivo escolar, visando de forma reflexiva

dar respostas necessárias e práticas de intervenções e superações no contexto educacional.

8.1. Inclusão Educacional

Muito tem-se discutido sobre a Educação Inclusiva em nossa sociedade. A

integração e a inclusão de alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino,

tem acontecido por várias vezes através do atendimento a leis vigentes. No entanto,

percebe-se que há inúmeras barreiras que impedem que a política de inclusão se torne

realidade nas práticas cotidianas de nossa escola.

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Para que haja inclusão não basta apenas assegurar a matrícula do aluno em turma

regular de ensino, ou criar estruturas físicas adequadas ou mesmo estabelecer leis que

assegurem o direito à educação inclusiva aos que dela necessitam.

É preciso que tenhamos políticas educacionais que atentem para a valorização

desse aluno, enquanto indivíduo, facilitando o acesso a serviços de apoio especializado,

formação continuada dos profissionais da educação, publicação de materiais com o tema,

etc.

Ao assegurar que de fato tenhamos a prática de uma educação inclusiva que

favoreçam o aluno o Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso, conta com a Sala de

Recursos, com a Sala de Apoio à Aprendizagem e Projetos Especiais que visam a

promover as práticas inclusivas em nosso contexto.

Ressalta-se que as práticas inclusivas, encontram-se permeadas em todas as ações

propostas nas Propostas Pedagógicas Curriculares, deste estabelecimento de ensino.

8.2. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

A diversidade cultural e étnica é tratada no cotidiano escolar deste

Estabelecimento, sendo contemplada em todas as Propostas Pedagógicas Curriculares,

conforme as orientações da SEED. O respeito à diversidade étnico e cultural é referencia

em nosso estabelecimento, pois, nossos educandos pertencem a diversas etnias portanto,

há uma diversidade de costumes e consequentemente uma diferença cultural acentuada,

como polonês, alemães, italianos, comunidades do movimento sem terra, alunos do

campo, etc.

A diversidade cultural é extremamente rica e os professores através do

compromisso com a diversidade cultural, trabalham a partir da realidade do aluno.

Inserindo-os nas questões relevantes, principalmente quando, trata-se de povos

minoritários e excluídos, assim as questões relativas a cultura afro são abordadas no

contexto escolar de forma histórica e responsável.

A abordagem é voltada a ações concretas que buscam legitimar pela política de

reparação de danos do Governo Estadual dando voz e direito ao povo que por diversos

anos foram excluídos do processo de igualdade social. O respeito aos povos e a

valorização de sua cultura são apresentados aos alunos relacionadas ao cotidiano, pois,

temos muito das influências do povo negro em nossa cultura.

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A Lei 10.639/2003 referente a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e as

Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-raciais e bem como as

demais orientações recebidas sobre a temática, são tratadas de forma contextualizada com

o objetivo de vencer as resistências dentro e fora do contexto escolar. Dessa forma os

conteúdos são trabalhados em sala e são desenvolvidas ações que propiciem o contato

com a cultura africana e afro-descendente, culminando em desfiles, exposições, mostra de

teatros e dança, por isso das quais sejam apresentadas penteados, vestimentas, adereços,

utensílios, objetos e rituais resultantes desse processo. Também serão desenvolvidas

discussões e atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a sua família

em diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização da diversidade étnica

brasileira.

8.3. Educação Indígena (Cultura e História)

Conhecer a cultura do outro, e os processos de construção histórica de um país é

imprescindível para se poder desvendar o passado e compreender o presente e traçar os

rumos para o futuro.

Desta forma torna-se necessário o conhecimento das diversas sociedades,

enfocando a importância da Educação Indígena na formação do povo brasileiro, dado a

sua imensa contribuição para com a cultura, os costumes, a culinária, a interação

ambiental, o respeito à terra de nosso país.

Quanto a garantia de um trabalho voltado para a educação indigena o Colégio

Estadual José Ângelo Baggio Orso, contempla em todas as suas Propostas Pedagógicas

Curriculares a valorização e o resgate das origens do povo indígena do nosso país e de

nosso Estado.

8.4. Educação do Campo

A Educação do Campo ocorre não só nos espaços escolares, mas também fora

dele. O espaço escolar é onde ocorrem a sistematização, análise e síntese das

aprendizagens, porém, não se pode desconsiderar os saberes construídos na produção, na

família, na convivência social e na cultura, é na sala de aula que será o encontro destes

saberes.

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Portanto a educação do campo deve fazer o resgate da dívida histórica do Estado

com os sujeitos do campo, que em nome de modelos pedagógicos vinculados

exclusivamente ao meio urbano, acabam ficando à margem dos planos educacionais.

Considerando a diversidade sócio-cultural da população brasileira, especialmente

aquela expressa na prática dos alunos das comunidades do campo, é que forma elaboradas

as Propostas Pedagógicas Curriculares do Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso.

8.5. Educação Ambiental – Agenda 21

Atualmente a preocupação com o futuro do mundo é constante, mas para que essa

preocupação não se torne apenas uma preocupação simbólica é necessária a pratica dessa,

prática efetiva pautada em conhecimento, é necessário criar no educando uma reflexão

critica, acerca das questões sociais e ambientais locais e mundiais que assolam o mundo.

Com isso espera-se que nossos alunos bem como a comunidade escolar adotem uma

postura consciente e participativa na utilização e conservação dos recursos naturais.

Nesse contexto, “a educação é vista como um dos processos do desenvolvimento

humano, responsável pelas estruturas das políticas de conhecimento, pela mudança de

mentalidades, bem como pela formação de novas identidades sociais”. (MORALES,

2008. pag. 10. in Cadernos Temáticos da Diversidade – Educação Ambiental).

A Agenda 21 é um conjunto de compromissos assumidos por 179 países, no qual

se propuseram a incorporar em suas políticas públicas, princípios capazes de conduzi-los

na construção de sociedades sustentáveis apontando também para a urgente necessidade

de um novo modelo de desenvolvimento civilizatório. Como mudar mentalidades, como

criar nova cultura de sustentabilidade? A educação é o caminho apontado na escola, estão

o futuro das comunidades, cidades e países, é na formação humana inicial, que se

encontra a solução para a grande problemática na qual o mundo se encontra hoje.

Mudar a realidade local, através da formação consciente e critica de nossos alunos

é um trabalho coletivo, de todos na escola, textos e conteúdos relacionados aos problemas

sociais, ambientais, culturais e políticos, são parte das Propostas Curriculares, bem como

estão presentes nos Planejamentos dos professores e são tratados de uma perspectiva

critica enfatizando a realidade local.

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8.6. Educação Fiscal

Para exercer a efetiva cidadania nossos alunos necessitam conhecimentos e

compreender a realidade social, os princípios, leis e encaminhamentos que são dados as

questões públicas, ou seja, políticas públicas. É preciso se inteirar, conhecer orçamentos,

propostas, saber como estão sendo empregado o dinheiro público, como os políticos

agem, exercer enfim a cidadania, pois, ser cidadão não é somente viver na cidade mas sim

viver a cidade, tomar parte, fazer parte, ter parte é a verdadeira participação efetiva,

nossos alunos precisam aprender a participar de fato.

O projeto de educação fiscal é parte integrante do momento histórico do qual

estamos vivenciando para requer o conhecimento sobre a função social dos tributos, o

desenvolvimento econômico do Estado e a distribuição justa dos recursos públicos para

todos. O aluno aprende a garantir seus direitos e praticar seus deveres para consigo

mesmo e para com a sociedade.

O tema educação fiscal é parte integral da Proposta Pedagógica e esta presente em

todas as disciplinas do Currículo Básico, ofertando no estabelecimento de ensino.

8.7. Cidadania e Direitos Humanos

Em 1988, um grande feito para a sociedade brasileira para vigorar e direcionar o

cidadão, um dos princípios básicos da vida é organizado sistematizado e implantado como

lei maior que rege o povo brasileiro, a Constituição Brasileira de 1988 é um avanço

democrático ao país. Os direitos e deveres humanos são fortalecidos a partir da sua

construção e aprovação.

Gadotti (2001), define cidadania como a consciência de direitos e deveres da

democracia a escola como cidadã, cada vez mais comprometida com a construção de uma

sociedade justa e igualitária, portanto, a escola deve proporcionar um ensino de qualidade,

buscando a formação de cidadãos livres, conscientes, democráticos e participativos.

Assim, a escola estará promovendo a transformação, pois, além da escola, ensinar o

conhecimento científico estará preparando para o exercício da cidadania.

A formação política reflexiva é fator importante, merece destaque no ambiente

escolar, conhecer a realidade e suas raízes históricas, bem como promover a democracia,

a participação na escola, ensinará o exercício da democracia e ela própria e os agentes

envolvidos fazerem uso da democracia.

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A escola é o local de debates, de formação de idéias, de valores de atitudes, enfim

de difusão de saberes e conhecimento, é na escola que estão as crianças e os jovens. Nesse

sentido, é importante citar Oliveira (2008). A juventude não é apenas um recorte de idade,

tampouco um estado de espírito. Temos e sabemos de juventude, garotos e garotas,

trabalhadores, moradores das prefeituras, jovens do campo, índios, negros, artistas,

moradores de rua, militares, políticos, filhinhos de papai, filhos de ninguém, excluídos,

pervertidos, revoltados, inconformados, batalhadores... ou nem tanto, e por aí em diante.

A representação dessas tantas e tão diversas juventudes nos traz a primeira certeza: a de

que elas existem e de que precisam ser reconhecidos, compreendidas, valorizadas e

apoiadas.

Nessa perspectiva, a escola precisa pensar e viver a juventude e garantindo o

direito a juventude. A saber: Direito à aprendizagem é a qualificação a ação e produção

cultural, educação de qualidade, esporte, lazer e convívio social saudável, saúde,

segurança e proteção, proteção e conservação do meio ambiente, oportunidade de trabalho

e emprego, vida saudável, inclusão digital e participação. Para garantir o direito da

criança e da juventude a escola desenvolve ações no decorrer do ano letivo, projetos e

programas como: Apoio a Aprendizagem, Sala de Recursos, CELEM, Viva a Escola,

Segundo Tempo, Atitude, Oratória, Soletrando, Jogos da Primavera, Olimpíada de

Matemática, Grêmio Estudantil, Mostra Cientifica e Cultural, Futsal e Voleibol, Balé,

Fera Com Ciência, Vereador Jovem, representante de turma, Conselho de Classe e

inserção no mercado de trabalho, através do Estágio não-obrigatório, Diversidade Cultural

e Desafios Educacionais Contemporâneos, Palestra, Seminários. Algumas ações e

encaminhamentos visam garantir a proteção, segurança e saúde dos alunos, são estas:

Patrulha Escolar, Conselho Tutelar, UBS, CAPSI e CAPSAD.

Aprender, pensar, criar, refletir, ousar, agir, compreender, lutar, vencer,

conquistar, brincar e participar, enfim viver com sabedoria é o princípio educativo do

Colégio Orso, as crianças, jovens e cidadãos que fazem parte do corpo discente do

Colégio.

8.8. Enfrentamento à Violência na Escola

Historicamente, a escola é o local de criação, desenvolvimento e consolidação de

laços sociais, ou seja, a escola é o lugar de formar a sociedade, o ser social propriamente

dito, assim a relação entre a escola e a violência é uma realidade concreta, um problema

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globalizado é um fenômeno do mundo moderno, cabe portanto a escola não como

salvadora de todos os males da humanidade, mas sim, como socializadora de

conhecimento, como humanizadora de indivíduos cumprir seu papel social com

qualidade, requer assim que a escola, ou seja, a comunidade escolar compreenda o seu

papel na sociedade contemporânea, considerando a violência como processo social que

diretamente interfere no desenvolvimento do processo pedagógico bem como na prática

docente e discente.

Atualmente a discussão sobre a violência tem se constituído, a partir do senso

comum e realizada de forma superficial faz mister pensar a violência a partir da ciência e

de uma concepção fundamentada na perspectiva histórica-critica.

Para Schilling (2004, p. 31): (…) é difícil falar sobre a violência. Podemos nos

questionar, sempre, se nossas falas não são fracas, inoperantes, insignificantes. Se, neste

cenário de violência tão intensamente apresentada e representada das nossas falas nãos ão

inerentes, mediócres, banais.

Nesse sentido, precisamos compreender o processo de violência, como ele se dá,

qual é o seu impacto na escola e na sociedade e de que violência estamos falando, pois, há

várias formas de violência, o simples fato de negar aos alunos o direito a discussão da

violência é uma forma de violência, isto é a violência contra o direito ao conhecimento do

fenômeno violência.

Assim, estabelecer a relação entre educação e violência é um grande desafio a ser

enfrentado pelo(s) professor(es), pois em primeiro lugar, não podemos negar a violência,

ela está presente em nossa escola e na sociedade, precisamos compreende-la com um fator

a ser estudado e problematizado, não a mera informação midiática. A comunidade escolar

deve pautar nas discussões sobre a violência com bases teóricas sólidas, voltadas a

realidade dos sujeitos sociais nela envolvidos. Nessa ótica assumimos a postura da

compreensão e da reflexão tanto da violência praticada por sujeitos sociais, na escola e

fora da escola, como da violência praticada pela ou a partir da escola, esse trabalho será

realizado pela comunidade escolar em todas as disciplinas do currículo básico, bem como

pelos por todos que atuam na escola pois, compreendemos que somos todos educadores

na escola independente da função que desempenhamos na escola.

8.9. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas

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Sabemos que a sociedade contemporânea talvez um dos mais emblemáticos

problemas, o uso abusivo de drogas, que geralmente tem direta ou indiretamente

interferido na formação escolar e social dos educandos, pois sabe-se através de pesquisas

que crianças e adolescentes estão mais suscetíveis as drogas devido a fase de

desenvolvimento psíquico, e social que em que se encontram.

Cabe portanto, a escola desenvolver mecanismos que auxiliam na prevenção ao

uso indevido de drogas, compreendemos que esses mecanismos se constroem pelo

conhecimento construído em bases sólidas fundamentadas em assuntos, textos e matérias

resultantes de pesquisas sérias não meras informações que possam despertar o uso pelas

drogas, essa talvez seja a maior dificuldade da sociedade contemporânea, como trabalhar

no contexto escolar a prevenção indevida ao uso de drogas sem estimular o seu uso?

Acreditamos que o conhecimento com bases teóricas sólidas e sérias pode auxiliar no

combate ao uso indevido de drogas. Bem como, a formação do professor é fundamental

para que aconteça esse processo educativo de educar nossos educandos para a vida,

considerando o contexto social em que vivem nossos alunos. Os professores trabalham de

forma articulada o contexto social dos alunos e aos conteúdos ofertados pelas disciplinas

do Currículo, o tema prevenção ao uso indevido de Drogas.

A prevenção ao uso indevido de drogas, no âmbito das escolas públicas

estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que

requer um tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado teoricamente, por

meio de conhecimentos científicos desprovidos de preconceitos e discriminações.

(Fátima Ykiko Yokohama. In: Prevenção ao Uso Indevido de Drogas – Cadernos

Temáticos: Desafios Contemporâneos Modernos. Seed/PR. Pág. 07-2008).

8.10. Gênero e Diversidade Sexual

Falar em sexualidade na escola, ainda é um tabu, mas precisamos mudar essa idéia

retrograda, pensar em educação requer pensar em tudo e em todos que estão inseridos

nesse processo, portanto, educação é uma palavra ampla que abre um leque de conceitos e

fundamentos e principalmente quando se pensa em educação numa visão histórico-crítico,

numa concepção histórica-social na qual a realidade do educando é tratada de forma real,

contextualizada, criticizada a partir de fundamentos teóricos coerentes e conscientes, o

aluno real é parte, toma parte e faz parte do processo educativo.

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Conhecer o aluno é compreendê-lo, sabê-lo, orientá-lo e respeitar sua orientação

sexual. Para tanto, requer rever conceitos é pré-conceitos empreguinados na sociedade,

resquícios de uma sociedade discriminatória e egoísta. Cabe, portanto, a escola tratar do

tema sexualidade e sexo, visando o respeito a livre orientação sexual e relações

igualitárias de gênero, classe, raça/etnia para que saibamos agir cotidianamente de forma

reflexiva sem pré-conceitos discriminações ou exclusões.

Nesse sentido, o professor é a figura principal, cabe a ele a possibilitar momentos

para discussões qualificada sobre sexo e sexualidade e nas relações entre homens e

mulheres nos diversos momentos históricos da sociedade. Colaborando com a proposta

pedagógica referendamos a Instrução que se refere ao nome social, o direito estabelecido

por lei de ser identificado por um nome social compatível com o gênero sexual.

9. ESTÁGIO OBRIGATÓRIO E NÃO-OBRIGATÓRIO

Justificativa

Considerando que o trabalho (na forma de estágio ou não), constitui-se numa parte

importante no processo de formação educacional de qualquer ser humano, dentro dos

parâmetros legais estabelecidos pela Lei Federal Nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, a

escola poderá fazer o encaminhamento dos alunos regularmente matriculados que

desejam exercer o direito de realização do estágio remunerado. Porém, como a

preocupação central da escola não deve ser com o fornecimento de mão-de-obra para o

mercado de trabalho dos próprios estagiários, a escola precisa, neste processo, observar

em primeiro plano, se as atividades laborais não trazem prejuízos para os alunos

estagiários no processo de sua formação acadêmica.

Conceber trabalho como principio educativo pressupõe oferecer subsídios, a partir

das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições sociais, as quais se

explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer instrumentos

conceituais ao aluno para analisar as relações de produção, de dominação, bem como as

possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho.

Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos conhecimentos

produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro

trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma conceitual e operacional. Isto

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implica em ir para além de uma formação técnica que secundariza o conhecimento,

necessário para se compreender o processo de produção em sua totalidade. Os

conhecimentos escolares, deste modo, são a via para se analisar esta dimensão

contraditória do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador atuar no mundo do

trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica.

Objetivos de Estágio

O estágio deve fazer parte do PPP (Plano Político Pedagógico) da escola, além de

integrar o itinerário formativo do educando.

O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e

à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida

cidadã e para o trabalho, contribuindo assim para a formação do educando no

desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do trabalho que oportunize

concebê-lo como ato educativo.

Atividades de Estágio

Atividades que possibilitem:

a integração social;

o uso das novas tecnologias;

produção de textos;

aperfeiçoamento do domínio do cálculo;

aperfeiçoamento da oralidade;

compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como: planejamento,

organização e realizações de atividades que envolvam rotina administrativa,

documentação comercial e rotinas afins.

Atribuições da Instituição de Ensino

Em conformidade com o Art. VII, são obrigações das instituições de ensino, em

relação aos estágios de seus educandos:

I – celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante ou

assistente legal, quando ele for absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte

concedente, indicando as condições de adequação do estágio à proposta pedagógica

do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e

calendário escolar;

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II – avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à

formação cultural e profissional do educando;

III – indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como

responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário;

IV – exigir do educando a apresentação periódica , em prazo não superior a 6(seis)

meses, de relatório das atividades;

V – zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientado o estagiário para

outro local em caso de descumprimento de suas normas;

VI – elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de

seus educandos;

VII – comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas

de realização de avaliações escolares ou acadêmicas.

Atribuições do Professor Orientador de Estágio

elaborar o plano de estágio e orientar sua execução;

organizar formulário e registros para acompanhamento do estágio de cada aluno;

manter permanente contato com os supervisores responsáveis pelo estágio na parte

concedente;

explicitar a proposta pedagógica da Instituição de Ensino e do plano de estágio

obrigatório e não-obrigatório à parte concedente;

planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de

atividades a serem realizadas pelo estagiário;

realizar avaliações que indiquem se as condições para realização do estágio estão

de acordo com o Plano de Estágio e o Termo de Compromisso, mediante relatório;

zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

orientar a parte concedente quanto à legislação educacional e às normas de

realização do estágio;

solicitar relatórios de estágios da parte concedente e do aluno;

realizar visitas nas instituições concedentes para avaliar as condições de

funcionamento do estágio.

Orientar previamente o estagiário quanto:

às exigências da empresa;

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às normas de estágio;

aos relatórios que fará durante o estágio;

aos direitos e deveres do estagiário.

Obs.: No caso de estudante com deficiência, que apresente dificuldades para elaborar o

relatório, o professor orientador deverá auxiliar esse estagiário.

Atribuições da parte concedente

Conforme Art. 9º do Capítulo III da Lei Nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.

As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta,

autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior devidamente

registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional, podem oferecer

estágio, observadas as seguintes obrigações:

I – celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando,

zelando por seu cumprimento;

II – ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando

atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;

III – indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência

profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para

orientar e supervisionar até 10(dez) estagiários simultaneamente;

IV – contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice

seja compatível com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de

compromisso;

V – por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do

estágio com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da

avaliação de desempenho;

VI – manter à disposição da fiscalização, documentos que comprovem a relação de

estágio;

VII – enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses,

relatório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário.

Parágrafo único. No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela

contratação do seguro de que trata o inciso IV do caput deste artigo poderá,

alternativamente, ser assumida pela instituição de ensino.

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Atribuições do responsável pela Supervisão de Estágio na parte concedente

Acompanhar o plano de atividades do estágio proposto pela parte concedente e a

instituição de ensino:

tomar conhecimento do Termo de Compromisso;

orientar e avaliar as atividades do estagiário em consonância com o Plano de

Estágio;

preencher os relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino;

manter contato com o Professor orientador da escola;

propiciar instalações e ambiente favorável á aprendizagem social, profissional e

cultural dos alunos;

encaminhar relatório de atividades, com prévia e obrigatória vista do estagiário, à

instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses.

Atribuições do Estagiário

Considerando a Concepção de Estágio:

ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte

concedente como na instituição de ensino;

celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com a instituição de

ensino;

respeitar as normas da parte concedente e da instituição de ensino;

associar a prática de estágio com as atividades do plano de estágio e outras,

executadas, mas não previstas no plano de estágio;

entregar os relatórios de estágio no prazo previsto.

Formas de acompanhamento do Estágio

solicitar da parte concedente relatório, que integrará o Termo de Compromisso,

sobre a avaliação dos riscos inerentes às atividades a serem desenvolvidos pelo

estagiário, levando em conta: local de estágio; agentes físicos, biológicos e

químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os processos de trabalho; as

operações e a organização do trabalho; a formação e a instrução para o

desenvolvimento das atividades de estágio;

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exigir do estudante a apresentação periódica de relatório das atividades, em prazo

não superior a 6 (seis) meses, no qual deverá constar todas as atividades

desenvolvidas nesse período.

auxiliar o educando com deficiência, quando necessário, na elaboração de relatório das

atividades.

elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus

estudantes;

esclarecer à parte concedente do estágio o Plano de Estágio e o Calendário

Escolar;

planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de

atividades a serem realizados pelo estagiário;

proceder avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio

estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de

Compromisso, mediante relatório;

zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

observar se o número de horas estabelecidas para o estágio não obrigatório compromete o

rendimento escolar do estudante e, neste caso, propor uma revisão do Termo de

Compromisso.

Avaliação do Estágio

O professor orientador do estágio precisa analisar em que medida o Plano de

Estágio está sendo cumprido:

No que se refere ao aluno: embora não tenha função de veto ao estágio não-obrigatório,

faz-se necessário avaliar em que mediada está contribuindo ou não para o desempenho

escolar do aluno. Desta forma o professor orientador precisa ter acessoa a três

documentos do aluno:

rendimento e aproveitamento escolar;

relatório elaborado pelo aluno;

relatório de desempenho das atividades encaminhado pela parte concedente.

No que se refere à parte concedente: o professor orientador, mediante visitas às

instituições e análise dos relatórios, tem a incumbência de avaliar as condições de

funcionamento do estágio, recomendado ou não sua continuidade. Aspectos a serem

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observados: Cumprimento do Artigo 14 de Lei 11.788/98 e Artigos 63, 67 e 69 da Lei

8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente.

10. ADOLESCENTE APRENDIZ – MENOR APRENDIZ

O projeto menor aprendiz que visa a inserção dos adolescentes maiores de catorze

anos no mercado de trabalho, também é contemplado pela escola.

A proposta do presente projeto é propiciar a formação técnico profissional

metódica, compatível com o desenvolvimento físico, moral e psicológico do aluno.

A jornada de trabalho do menor aprendiz é de 6(seis) horas diárias, não devendo

interferir no rendimento escolar do aluno.

11. MARCO OPERACIONAL

No marco operacional, o propósito é oferecer uma visão de conjunto sobre o modo

que a escola pretende colocar em prática os princípios e os pressupostos explicitados

anteriormente. Os planos de ações apresentados na sequência, demonstram em linhas

gerais, como cada setor da escola pretende desenvolver as suas atividades para cumprir

com a finalidade específica.

É importante destacar que, na elaboração dos planos de ação, além do referencial

político teórico deste Projeto Político Pedagógico, eles foram também fundamentados em

outros textos legais: o Regimento Escolar, os estatutos, no caso do Conselho Escolar, da

APMF e do Grêmio Estudantil, bem como nas leis e normas expedidas pela SEED/NRE.

12. AVALIAÇÃO

12.1. Avaliação Semestral

A educação deve ser considerada sempre como um ato político, o conhecimento

como transformação contínua e não transmissão de conteúdos programados. A regulação

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da aprendizagem deve ter sempre o sujeito como centro e não a comprovação de

desempenhos com normas e critérios pré-fixados.

A avaliação não pode ser instrumento de exclusão dos alunos, deve ser

democrática, favorecendo o desenvolvimento da capacidade do aluno de apropriar-se de

conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos, produzidos historicamente, resultado de

um processo coletivo de avaliação diagnóstica.

Diante do exposto, faz-se necessário que o professor perceba o real sentido da

avaliação, a qual deve ser usada como recurso pedagógico a favor do aluno, permitindo

melhorar a qualidade do ensino e das diferentes aprendizagens.

Cabe a escola trabalhar para o desenvolvimento do aluno em articulações com

todas as habilidades, hábitos e convicções do viver.

Considerando o fato de que a avaliação deve ser processual, contínua e diagnóstica

o coletivo do Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso optou pelo sistema de avaliação

semestral, para que professores e alunos tenham a possibilidade de num período maior de

tempo, o semestre trabalhar os conteúdos curriculares, bem como a recuperação paralela

destes com mais qualidade. Assim conforme o artigo 22 da LDB 9394/96: “A educação

básica tem por finalidade, desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum

indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no

trabalho e em estudos posteriores.”

A avaliação está presente no nosso dia-a-dia, pois estamos constantemente

julgando algo, seja no ambiente de trabalho, no ambiente familiar, nas reuniões de amigos

ou em outras circunstâncias. De acordo com Deliberação 007/99 do Conselho Estadual de

Educação, a avaliação escolar é entendida da seguinte forma:

Art.1º - A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual

o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com

as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem

como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

§1º – A avaliação dever dar condições para que seja possível ao professor tomar

decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem.

§2º - A avaliação deve proporcionar dados que permitam ao estabelecimento de

ensino promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e método de

ensino.

§3º - A avaliação deve possibilitar novas alternativas para o planejamento do

estabelecimento de ensino e do sistema de ensino como um todo.

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Uma proposta de avaliação que rejeite o caráter mecânico descontextualizado e

classificatório do processo de ensino-aprendizagem não deve se restringir ao julgamento

do sucesso ou fracasso do aluno, deve ser compreendida como um conjunto de atuações

que tenha a função de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. Deve

acontecer contínua e sistematicamente por meio da interpretação qualitativa do

conhecimento construída pelo aluno.

Analisando o processo de aquisição ou apropriação do conhecimento na visão

histórico-cultural, conforme Vygotski, constatamos que a construção do conhecimento é

contínua e cumulativa. A aprendizagem de acordo com essa perspectiva é promotora do

desenvolvimento cognitivo e social do indivíduo, cabendo ao professor atuar como

mediador nesse processo, provocando aquisição de conhecimentos que o aluno ainda não

possui. Nesse sentido, o registro e avaliação do professor em cada etapa do

desenvolvimento do aluno é fundamental para que se possa estabelecer diagnósticos

constantes do desempenho escolar do educando.

Desta forma a avaliação em sala de aula deve ser diagnóstica, acompanhando e

possibilitando a criação de elos entre ensino e aprendizagem, apontando pistas para a

superação dos obstáculos enfrentados pelo aluno e pelo professor.

Compreender a avaliação como diagnóstico significa ter o cuidado constante de

observar, nas produções e manifestações dos alunos, os sinais ou indicadores de sua

situação de aprendizagem.

Portanto as tarefas e os desafios propostos devem ser claros para que a resposta do

aluno permita ao professor avaliar como ele se situa na apropriação dos conteúdos e na

atividade de conhecer seus acertos, dúvidas, relações que estabelece, etc.

Esse mapeamento deve sinalizar ao professor os rumos da atuação docente e as

intervenções necessárias como acompanhamento dos alunos, para que percebam seu

processo e emitir juízos com base nas produções dos alunos em sala de aula como parte

das atividades desenvolvidas, porém essas produções não são instrumentos suficientes

para avaliar o aluno.

O que caracteriza esta proposta de avaliação, é seu caráter contínuo, diagnóstico e

de acompanhamento, sempre tendo em vista o progresso dos alunos e sua aproximação

dos objetivos pretendidos, a partir de sua situação real. Tem um forte traço qualitativo,

não pretende medir aprendizagem segundo escalas ou valores, mas interpretar a

caminhada dos alunos com base nos registros e apreciações sobre seu trabalho.

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Nesse contexto, a avaliação subsidia o professor com elementos para reflexão

contínua sobre a sua prática pedagógica, sobre a criação de novos instrumentos de

trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos

como adequados para o processo de aprendizagem individual e/ou de todo o grupo. Para o

aluno, é o instrumento de retomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e

possibilidades para a reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a

escola possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais

demandam maior apoio.

A avaliação escolar está relacionada a democratização do ensino, ou seja, o acesso

e a permanência do educando na escola e a conseqüente terminalidade escolar, como

ensino significativo tanto do ponto de vista individual quanto do coletivo.

É função da escola realizar a mediação entre o conhecimento prévio dos alunos e o

conhecimento sistematizado, propiciando formas de acesso ao conhecimento científico,

respeitando o tempo e a capacidade de buscar e organizar informações individuais, no

desenvolvimento de seu pensamento e na formação de conceitos. O processo de ensino

deve, pois, possibilitar a apropriação dos conteúdos e da própria atividade de conhecer,

respeitando as suas especificidades. Nesse sentido levando em consideração também a

realidade do aluno trabalhador.

Além disso os professores são orientados a fazer uma adaptação curricular visando

ao atendimento e acompanhamento dos alunos que freqüentam ou freqüentaram a sala de

recursos, uma vez que estes educandos possuem laudos avaliativos que comprovam essas

necessidades.

12.1.1.Instrumentos da Avaliação

Provas escritas e/ ou orais;

Trabalhos em salas de aula;

Pesquisa;

Seminários informativos;

Relatórios de atividades;

Apresentação de trabalhos;

Tarefas;

Participação em atividades extra-curriculares;

Trabalhos de elaboração de idéias, análise e síntese.

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OBS.: Os trabalhos, pesquisas, tarefas etc., não deverão ultrapassar a 20% do total

da nota semestral.

12.1.2. Princípios norteadores das ações avaliativas

Deixar clara a perspectiva de formação do aluno nas atividades propostas;

Agir coletivamente (defender as propostas do Conselho de Classe);

Avaliar o aluno como um todo, resgatando a caminhada de cada um, inserindo o

aluno no coletivo;

Buscar uma nova cultura avaliativa que desmistifique a mera classificação,

visando o desenvolvimento integral do aluno.

12.1.3. Encaminhamento Metodológico

- Organizar-se sempre semestralmente (no decorrer do semestre os resultados serão

sempre parciais, dependendo da participação contínua e permanente do aluno);

- O aluno deverá saber em que necessita ser recuperado, por isso deverá saber quais os

conteúdos a serem avaliados; tanto na avaliação contínua quanto na recuperação paralela;

- O aluno deve ser conscientizado de sempre buscar o que lhe falta e o professor na

medida do possível, sondar e registrar o que foi recuperado;

O registro deve conter claramente:

- Natureza (que tipo de avaliação, escrita, oral, etc.);

- Valor (quanto vale a avaliação);

O registro das avaliações e dos conteúdos é um reflexo do trabalho do professor que

mostra compromisso e comprometimento.

Acontecerá sistematicamente durante o ano letivo, significando a maneira própria como

cada disciplina faz o recorte, os seus conteúdos e verifica os seus resultados.

Acontecerá no final de cada semestre onde serão submetidas a juízo de valor, os

envolvidos no processo educativo a fim de se levantar os conteúdos apropriados. Além da

apreciação de cada disciplina, o processo pedagógico como todo será avaliado com vistas

a reorganização do currículo, dos recursos, das relações, das condições espaço-temporais

do ambiente escolar sempre atendendo de forma geral ao que diz a Lei de Diretrizes e

Bases.

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12.2. Avaliação do Estabelecimento de Ensino

Avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o objetivo de

corrigir rumos e repensarmos situações para que a aprendizagem ocorra. Ao avaliar a

aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos professores a gestão e o currículo

escolar, bem como o próprio sistema de ensino como um todo. (Eu acompanho a

avaliação escolar do meu filho. E você – Material de apoio.

www.diaadiaeducacao.pr.gov.br).

Nessa lógica a avaliação do estabelecimento de ensino será realizada no cotidiano

escolar, diariamente, pois, entendemos a avaliação constante, contudo será ofertada

momentos para o coletivo escolar como: Pré-conselhos, Conselho de Classe, Pós-

Conselho, Reunião Pedagógica, Grupos de Estudos, etc...

O rendimento escolar a qualidade ofertada pela escola são avaliados através dos

referenciais teóricos e resultados educacionais, tanto na escola quanto fora desta como:

aprovação, reprovação, taxa de evasão, preenchimento e encaminhamento da ficha FICA,

ENEM e IDEB, Prova Brasil.

Nesses momentos, também são proporcionados estudos, avaliação e reelaboração

do plano de trabalho docente são reavaliados, processos de aprendizagem, conteúdos

metódicos,critérios e instrumentos de avaliação, Planejamento, Projeto Político

Pedagógica, Regimento Escolar, Registro de Classe e Diretrizes Curriculares, Plano de

Ação do Estabelecimento, Conselho de Classe, entrega de boletins, Conselho Escolar,

APMF e Grêmio Estudantil, bem como, são possibilitados estudos de avaliação e auto-

avaliação do trabalho ofertado pela escola, a comunidade, alunos, pais, etc., visando o

aprimoramento e qualidade do trabalho ofertado.

13. CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é o órgão de natureza consultiva e deliberativa em assuntos

didáticos-pedagógicos, fundamentados no Regimento Escolar, tem o objetivo de analisar

as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do

processo ensino-aprendizagem.

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Ao dispor sobre a natureza do Conselho de Classe vemos que o fato de apresentar-

se enquanto órgão consultivo e deliberativo, permite estabelecermos etapas durante o

processo compreendendo três dimensões, a saber:

Pré Conselho – Consiste em um momento de reflexão conjunta entre professores e alunos,

objetivando:

Verificar até que ponto os objetivos propostos estão sendo alcançados;

Identificar as causas que estão dificultando e /ou interferindo em seu crescimento

intelectual e afetivo;

Indicar aspectos, atos e atitudes que podem contribuir para melhorar o desenvolvimento

do aluno como pessoa e estudante;

Sinalizar o melhor caminho pedagógico a ser percorrido;

Rever criticamente sua atuação, permitindo reorientar-se quando necessário;

Repensar a metodologia empregada para o desenvolvimento dos conteúdos previstos;

Rever a significância dos conteúdos em relação ao trabalho pedagógico explicito na

filosofia do colégio;

Repensar as relações interpessoais que devem presidir a ação educativa.

Conselho de Classe – Considerando o exposto no documento produzido pela Coordenação

de:

….quando os professores se reunem em Conselho de Classe (grande grupo) são

discutidos os diagnósticos e preposições levantadas no Pré Conselho,

estabelecendo-se a comparação entre resultados anteriores e atuais, entre níveis

de aprendizagens diferentes nas turmas e não entre alunos (CGE 2007, p. 9).

Fazendo o uso dessa concepção, o Conselho de Classe do Colégio Estadual José

Ângelo Baggio Orso, adota como prática a utilização do exposto no referido documento e

concorda que o mesmo atue nos processos de tomadas de decisões com vista a garantir e

assegurar a qualidade durante todo o percurso do processo ensino-aprendizagem.

Recorremos a Cruz (2005) a fim de ampliar a compreensão a respeito do Conselho

de Classe quando afirma:

Entendemos o Conselho como etapa dinamizadora do trabalho educativo. A

dimensão do processo de avaliação supões que os conselhos estejam relacionados

uns com os outros e provoquem ações concretas que possam interferir na prática

educativa. Essa inter-relação não se reduz a conhecer a nota que o aluno tirou no

bimestre anterior, nem ao relato do que ele fez de errado. É necessário que um

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conselho esteja estruturalmente relacionado com o anterior para que fique

configurada a dimensão do processo orgânico de educação (CRUZ, 2005, p. 17).

Ao entender que o Conselho de Classe deve ser orgânico e ao mesmo tempo

deliberativo, as ações a serem desencadeadas após este momento devem buscar a inter-

relação entre as problemáticas levantadas e as ações a serem desenvolvidas, a fim de

superar as dificuldades constatadas pelo grande grupo.

Cabe destacarmos que o Conselho de Classe, sendo um órgão colegiado deve-se

fundamentar nos princípios democráticos estabelecidos na lei maior, Constituição Federal

de 1988, Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96, seguindo também as instruções

e orientações da SEED.

Dando sequência tem-se:

Pós Conselho – Dimensão na qual as ações postas em prática, com o envolvimento dos

alunos, pais, professores, equipe pedagógica, direção e demais envolvidos no processo

educacional, esta dimensão permite o envolvimento direto das famílias no resultado da

aprendizagem de seus filhos propiciando a eles e aos demais agentes educacionais o

envolvimento na superação dos problemas levantados no decorrer do Conselho de Classe.

14. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação acontece no dia a dia escolar no cotidiano. O professor ao

avaliar sua prática avalia a apreensão dos conteúdos pelos alunos e ao perceber a

necessidade de recuperação oferta a estes, a retomada do conteúdo, quantas vezes forem

necessárias. Alguns alunos requerem atendimento individualizado e diferenciado, pois

tem dificuldades acentuadas de aprendizagem, defasagem de conteúdos, ou são alunos de

inclusão educacional. Também requer adaptação curricular no conteúdo na metodologia e

na avaliação.

A recuperação paralela esta presente nas leis e instruções que regem a

educação brasileira, portanto, é parte integrante do regime escolar e da proposta

pedagógica do estabelecimento.

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15. RENDIMENTO ESCOLAR

O rendimento escolar, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº

9394/96, obedecerá o Art. 13 incisos III, IV e V e o Art. 24 inciso V alínea A e e em

consonância com o Regimento Escolar e Instrução que regem a educação no Estado do

Paraná.

Para acompanhar o rendimento dos alunos é realizado bimestralmente pré-

conselhos e semestralmente o conselho de classe e pós-conselho o qual é repassado aos

pais ou responsáveis por aluno(s) o boletim escolar e o desenvolvimento do processo de

aprendizagem do aluno. Também a escola está aberta aos pais/responsáveis por alunos

durante o ano letivo, quando estes não comparecem à escola a equipe pedagógica ao

tomar conhecimento do baixo rendimento de um aluno através dos professores, convoca

os pais/responsáveis, através de bilhetes ou via telefone.

Nesse sentido a escola José Ângelo Baggio Orso é democrática e aberta aos pais,

procura cada vez mais o apoio e a participação dos pais/responsáveis no processo de

aprendizagem dos alunos, pois compreendemos que a participação dos pais/responsáveis é

de fundamental importância, a qualidade educacional ofertado pela escola e em

consequência o ótimo resultado do rendimento escolar dos alunos.

Os indicadores servem de referenciais para re-avaliação do ensino ofertado. Estes

indicadores possibilitam aos professores, pedagogos e funcionários estabelecer metas e

projeções para superar desafios e melhorar a qualidade da educação ofertada pelo

estabelecimento de ensino. Em 2009 o ensino fundamental alcançou 94,90% de

aprovações, 3,20% de reprovação e 1,80% de evasão escolar. Quanto os números do

Ensino Médio os alunos obtiveram 88.60% de aprovação, 5,20% de reprovação e 6,10 de

evasão.

Em relação aos dados do IDEB, houve um crescimento considerável, pois, superou

as projeções do ano de 2011, ultrapassando a meta estabelecida de 45 em 2011, ficando

portanto em 2009 com 4,6, crescimento significante também no ENEM 499,72.

Os projetos e programas desenvolvidos na escola são co-responsáveis também

pelo processo pedagógico e o sucesso desse na escola.

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16. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA

O Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso, oferece aos professores e

funcionários a formação continuada que é o momento destinado à busca e ao

aprimoramento de conhecimentos no campo da educação, bem como no campo específico

de cada docente.

Nessa perspectiva são organizados reuniões pedagógicas, as quais são garantidas

pelo Calendário Escolar. Esses momentos são organizados e encaminhados pela equipe

pedagógica e direção, a partir da necessidade da escola são escolhidos temas e assuntos

pertinentes ao processo educativo. Nesses momentos acontecem palestras / eventos com o

objetivo de valorizar e proporcionam a fundamentação dos professores e funcionários,

visando a melhoria da qualidade de ensino.

Vale ressaltar ainda, que são disponibilizados aos professores e funcionários

material de apoio para o estudo contínuo.

17. HORA ATIVIDADE PARA PROFESSORES

Conquista docente assegurada pela LDB em seu artigo 67, inciso V, como

“período reservado a estudos, planejamento e avaliação incluído na carga de trabalho” e

no Plano de Carreira do Professor no art. 31 parágrafo único e legitimado pela Lei nº

13.807 de 30/09/2002. A hora-atividade é o momento do professor organizar seu trabalho

didático, de estudar, de realizar atendimentos individualizados, de trocar experiências com

colegas de trabalho, de planejar e avaliar sua prática educativa.

O professor deve cumprir a hora-atividade na escola podendo também ser

estendida a cursos, palestras, seminários, etc., voltados a educação de acordo com a

Instrução nº 02/2004 – SUED de 27 de fevereiro de 2004.

18. HISTÓRIA DO PARANÁ

É de suma importância o trabalho realizado pelos professores de história, bem

como das demais disciplinas escolares em relação a valorização da história cotidiana,

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história essa que faz despertar, emergir as memórias e histórias das comunidades,

municípios e regiões, visando as experiências, tanto individuais como coletivas na

construção de uma consciência histórica pautada em fatos reais vivenciados no dia à dia

de cada aluno paranaense.

“A meta da educação do Estado do Paraná para a Educação Básica é a formação

de qualidade dos nossos educandos acolhidos por um trabalho docente critico e articulado

às diretrizes da política educacional que vem sendo construído”.(Yvelise Freitas de Souza

Arco-Verde, Secretária de Estado da Educação in Caderno Pedagógico de história do

Paraná. Pág. 04 – 2008).

Assim sendo, oferecemos aos educandos a possibilidade de ampliar seus

conhecimentos de história do Paraná, através da reflexão sobre os conteúdos, conceitos,

concepções, memórias e histórias locais, regionais na disciplina de história. O professor

trabalha os conteúdos de história do Paraná de forma articulada aos demais conteúdos de

história presente na proposta pedagógica e Diretrizes Curriculares de História.

A valorização da história local também constitui um dos eixos de trabalho, dentro

da proposta para a disciplina de história do Colégio Orso. Como seres históricos que

somos. Partindo da nossa realidade para assim valorizar aquilo que nossos antepassados

nos deixaram e que aquilo que deixaremos para os nossos filhos, isto é, o processo

histórico no qual fundamentamos nossa ação.

19. SALA DE RECURSOS

O Colégio oferta a Sala de Recursos – DI (deficiência intelectual) no contra-turno,

sendo seu funcionamento no período matutino de segunda-feira a sexta-feira, para alunos

“regularmente matriculados que frequentam o ensino fundamental nas séries finais e que

apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo,

decorrentes de deficiência mental / intelectual e ou transtornos funcionais específicos”.

(Instrução Normativa nº. 013/08-SUED/SEED pág. 01).

A Instrução Normativa nº 013/08 – SUED/ SEED coloca que “a Sala de Recursos

é um serviço de apoio especializado, de natureza pedagógica que complementa o

atendimento educacional realizado em classes comuns do Ensino Fundamental”. Os

alunos que necessitam do atendimento na Sala de Recursos quando identificados na sala

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de aula, através de relatórios dos professores regentes e equipe pedagógica, seguem as

normas presentes na Instrução citada acima, bem como para alunos egressos da classe

especial, oriundos do ensino fundamental nas séries iniciais.

Assim para receber o atendimento especializado da Sala de Recursos, os alunos

passam por uma avaliação no próprio contexto escolar, os professores ao detectarem as

necessidades / dificuldades acentuadas de aprendizagem dos alunos os encaminham à Sala

de Recursos, na qual a professora especialista fará avaliações e observações

encaminhando se necessário os alunos ao NRE para avaliações pedagógicas por uma

equipe multiprofissional de apoio externa, pautadas nas orientações e normas do

DEEIN/SEED.

A partir do ano de 2012 a Sala de Recursos passa a ser Multifuncional e as

Instruções citadas serão substituídas com orientações do MEC.

20. CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (CELEM – ESPANHOL)

O Colégio oferta aos alunos em sistema de contra-turno o curso básico de

Espanhol em dois momentos PI e PII que atende as disposições da Resolução no

3904/2008, e da presente Instrução nº019/2008, bem como, as orientações do

CELEM/DEB/SEED.

A oferta do curso extracurricular da língua espanhola é gratuita e “é destinada aos

alunos da Rede Estadual de Educação Básica matriculados no Ensino Fundamental (anos

finais) no Ensino Médio, Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos”

(Instrução nº 019/2008 – SUED/SEED). Também é ofertada a professores e funcionários,

10% das vagas e a comunidade poderá também usufruir desta oportunidade com 30% das

vagas desde que dentro da legislação em vigor.

O curso de espanhol tem carga horária de 320 horas/aula e duração de dois anos. O

aluno é promovido no final de cada ano letivo, obtém a promoção de alunos que

apresentarem acima de 75% de presença e média anula igual ou superior à 6,0 (seis

vírgula zero).

A avaliação é continua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste

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no conjunto dos componentes curriculares cursados com preponderância dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos (Instrução 019/2008. pag. 04).

21. SALA DE APOIO A APRENDIZAGEM

O Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso, oferta a sala de Apoio a

Aprendizagem nas disciplinas de português e matemática, para os alunos do 6º e 9º Ano

que apresentem defasagem de conteúdo/aprendizagem, e a partir do ano letivo de 2012,

passa a ofertar, se necessário, Sala de Apoio para os alunos do 7º e 8º Ano.

Os alunos são atendidos em horário diferenciado (contraturno), com objetivo de

atingir conhecimentos que ficaram defasados em séries anteriores.

22. ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR

Segundo o Conselho Nacional de Educação – CNE a atividade complementar faz

parte da grade curricular e deve contemplar os alunos em risco de convívio social, para

que este sejam apoiados com atividades diferenciadas na escola, tornando-a atrativa a esta

criança, e desenvolvendo nele o gosto por estar na escola.

São atividades de livre escolha da escola que as recebe, que se enquadram como

complemento curricular obrigatório, podendo ser desde uma atividade recreativa,

artesanal, artística, de esporte, lazer ou cultural. De acompanhamento, reforço escolar,

ligados à informática ou as aulas de cidadania e direitos humanos.

Para poder participar dessas atividades o aluno deverá estar matriculado em turma

regular de escolarização, com frequência mínima obrigatória, as aulas deverão ser em

contra-turno, obedecendo o período que o aluno frequenta.

As turmas de atividade complementar devem possuir para controle e segurança da

própria escola, o acompanhamento do diário escolar, registrando conteúdos/atividades

trabalhadas, e a frequência dos alunos envolvidos na mesma.

O objetivo destas atividades e complementar a formação do aluno, ampliando seu

conhecimento teórico-prático nas mais diversas atividades, acrescentando ao seu dia a dia

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o espírito para atividades solidárias, posicionando-se, conhecendo seu papel como

cidadão.

23. HORA TREINAMENTO

24. ESCOLA ABERTA – SEGUNDO TEMPO

A educação verdadeiramente comprometida deve estar voltada para as minorias

raciais, moradores de rua, pessoas com deficiência física, sensorial, mental, assim como

outros excluídos, que necessitam de acesso aos conhecimentos científicos que são

indispensáveis para que os mesmos possam compreender e atuar como sujeitos diante da

realidade social.

Diante do exposto, GADOTTI (1995), acredita que o educador crítico é o agente

da explicitação da sociedade em conflito:

Na luta por uma sociedade de iguai, uma sociedade socialista, o educador crítico

utiliza-se das aramas de que dispõe: a formação da consciência e a organização

de sua categoria, associando as alutas políticas do oprimido com as lutas

pedagógicas. A posição dese educador é incômoda e incomodadora, na medida

em que, de um lado, o sistema educacional dominante o pressiona no sentido da

reprodução da sociedade. A luta pedagógica é uma tensão constante entre esses

dois polos antagônicos, pois a sociedade não está ainda revolucionária. Mas,

como digo em Educação e Poder: se amanhã uma educação revolucionária for

possível é apenas porque, hoje, no interior de uma educação conservadora e

reacionária, os elementos de uma nova educação, de uma outra educação,

libertadora, se formaram dentro de uma educação conservadora e reacionária.

Essa mudança de espaço dominado pra espaço dominante não se fará nem

espontaneamente, nem de um momento pra outro; por isso é necessário uma

verdadeira pedagogia do conflito que evidencie as contradições em vez de

camuflá-las, com paciência revolucionária, consciente do que, historicamente, é

possível fazer. (p. 64).

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A escola deve ter como um de seus pontos primordiais a gestão democrática, desta

forma, VEIGA coloca que:

A escola caracteriza-se como a institucionalização das mediações reais para que a

intencionalidade possa tornar-se efetiva, concreta, histórica, a fim de que os

objetivos intencionalizados não fiquem apenas no plano ideal, mas ganhem foram

real. A Escola é o lugar de entrecruzamento do projeto coletivo da sociedade com

os projetos existenciais dos alunos e professores. É ela que torna educacionais as

ações pedagógicas, à proporção que as impregna com as finalidades políticas da

cidadania. (VEIGA, 1995, p. 55).

Visto sob este prisma, o Projeto Segundo Tempo tem como “público-alvo,

crianças, adolescentes e jovens expostos aos riscos sociais”, que bisca transmitir as

gerações do presente e do futuro, conhecimentos sobre um projeto específico, cuja

efetivação vem marcando os cenários das políticas públicas de esporte no Brasil.

Vale ressaltar a importância desse trabalho, afinal, a realização de atividades

físicas beneficiam as pessoas que praticam esportes, pois:

Desenvolvem coordenação, agilidade e equilíbrio;

Facilitam a internalização de valores e regras;

Estímulo da expressão corporal, educando o corpo e garantindo momento de lazer.

O Projeto Segundo Tempo, tem como objetivo geral de democratizar o

acesso à prática e à cultura do Esporte de forma a promover o desenvolvimento integral

de crianças, adolescentes e jovens, como fator de formação da cidadania e melhoria da

qualidade de vida, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social.

Apresenta como princípios:

A reversão do quadro atual de injustiça, exclusão e vulnerabilidade social;

O esporte e do lazer como direito de cada um e dever do Estado;

A universalização e inclusão social;

A democratização da gestão e da participação.

Dessa forma o Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso, desenvolve o Projeto

Segundo Tempo de roma contínua para que os alunos envolvidos tenham acesso a prática

social e esportiva e desenvolvam assim sua participação na sociedade em que estão

inseridos.

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O Programa Segundo Tempo foi idealizado pelo Ministério do Esporte, destinado

a democratizar o acesso ao esporte por meio de atividades esportivas e de lazer, realizadas

no contra turno escolar.

25. COLABORARES NO PROCESSO EDUCACIONAL

25.1. Estagiários

O Colégio Orso, está a disposição das Instituições de Ensino Superior, como

campo de estágios para os estagiários dos diferentes cursos relacionarem a teoria à prática

na construção da práxis.

Para tanto, os interessados passam por entrevista na escola na qual apresentam o

projeto de intervenção, bem como os documentos necessários e expedidos pela Instituição

de Ensino da qual fazem parte, orientados pelo coordenador de estágios da Instituição.

Constatando a necessidade da escola e a importância do projeto, para os alunos

desta, será na medida do possível, realizado o projeto de intervenção ou de observação.

26. GESTÃO DEMOCRÁTICA

Muito se tem falado sobre a democratização no interior das escolas públicas,

diversos autores ao abordar o tema traz a a gestão democrática como elemento fundante

de todo o processo democrático, sobre isto recorremos as palavras de Paro(2005). Quando

o mesmo ao definir gestão democrática, afirma que : Gestar democraticamente é fazer uso

racional dos recursos públicos para a realização de um determinado fim. Este uso se dá

através do envolvimento de todos os sujeitos, envolvidos com o processo educacional. Ao

se estabelecer o processo de gestão democrática na educação deve-se fazer uso dos

princípios preconizados na Constituição Federal que de acordo com o exposto no inciso

VI da Constituição Federal de 1988, referente a Gestão Democrática do Ensino Público,

que em seu artigo 2º em que é elencado os princípios que devem servir de norte para a

implementação da gestão democrática, nas escolas públicas, e tendo como base a LDB

9394/96 que em seu artigo traz:

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Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino

público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme

os seguintes princípios: I – participação dos profissionais da educação na

elaboração do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades

escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes (LDB, 96. Art. 14).

Diante destes princípios tem-se estabelecido as políticas educacionais para a

escola pública. Assim ao se propor um projeto político pedagógico o mesmo não pode ser

imposto, e sim construído coletivamente, pautado em um processo democrático. Ao

apontar a construção coletiva, destacamos o que Longhi e Bento (2000 p. 02), traz como

elemento imprescindível para essa construção.

“Essa construção será possível por meio das discussões e reuniões que envolvem

toda a comunidade escolar, ou seja, entre equipe administrativa, financeira e pedagógica,

alunos, familiares e comunidade, focando sempre a melhora da prática educativa e

transformando idéias e concepções em movimentos de ação importantes e fundamentais

para o processo de construção.

Para a construção de um projeto de escola democrática significa repensar,

reorganizar seu trabalho pedagógico, eliminando finalmente todas as relações de poder

autoritários e competitivos existentes no cotidiano escolar para isso é preciso responder as

questões:

Que sujeitos queremos formar?

Que saberes queremos discutir?

Que relação de poder queremos excluir?

A reflexão coletiva favorece o diálogo, a descentralização do processo de decisão

e redistribuição do poder, favorecendo à comunicação horizontal, e assim construindo

práticas que visem a solidariedade e o respeito mútuo, pressupondo a democratização da

gestão. Uma gestão democrática abrange não só o enfrentamento de questões que exclui e

marginalizam nossos educandos, mas também a construção de um projeto comprometido

com os interesses das camadas populares.

Como afirma Vitor Paro “a escola só constrói a democracia dentro da liberdade,

igualdade de direitos, autonomia, solidariedade e justiça social.

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26.1. Gestão Democrática: no contexto do Colégio Estadual José Ângelo

Baggio Orso

Na perspectiva da Gestão Democrática e tendo como base os princípios de LDB

9394/96, defendidos a saber:

a descentralização que consiste na utilização de uma administração em que as

decisões e as ações são elaborados e executados de forma não hierarquizada;

participação: todos os envolvidos no cotidiano escolar participam da gestão

(professores, alunos, pais, funcionários, comunidade em torno da escola);

transparência: qualquer decisão tomada e implantada é de conhecimento de todos.

A proposta defendida pelo Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso é pautada

nos princípios descritos acima, adotando como base o método materialista histórico

dialético, no qual, a educação é entendida como a apropriação do saber historicamente

produzido e a prática social que consiste na própria atualização cultural e histórica do

homem. (Vázquez, 2007).

Conforme os princípios da Gestão Democrática o Colégio Orso tem nas suas

instâncias colegiadas (APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil) a participação dos

diversos segmentos envolvidos no processo educacional, para que as discussões e

tomadas de decisões sejam realizadas no coletivo contemplando assim o processo

democrático.

27. PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Problemas Levantados

Falta de tempo para uma participação mais efetiva dos membros da escola;

Compreensão e conhecimento fragmentado do Projeto Pedagógico por parte dos membros

da escola;

Falta de atualização do mesmo.

Ações do Colégio em 2011

De acordo com o calendário escolar e com o projeto de formação continuada, definir,

organizar e realizar espaços para aprofundar as discussões sobre diversos temas ligados ao

processo educacional;

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Organizar espaços para estudos e discussão sobre pontos específicos do Projeto

Pedagógico, ressaltando a necessidade da sua efetivação no interior da escola;

No processo de formação continuada, é preciso demonstrar a importância de se discutir e

compreender a escola na sua totalidade, inserida na comunidade e na sociedade;

Atualização do Projeto Político Pedagógico.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

Equipe pedagógica com envolvimento, das instâncias colegiadas.

REGIMENTO ESCOLAR

Problemas levantados

O não cumprimento das normas estabelecidas no Regimento Escolar por parte da

comunidade escolar;

Há um desconhecimento das normas previstas no Regimento Escolar por parte da

comunidade escolar;

A grande rotatividade de professores dificulta realizar um trabalho mais efetivo sobre o

conhecimento e a aplicação do Regimento Escolar.

Ações do Colégio em 2011

Desenvolver atividades e outras formas de divulgação, com o objetivo de esclarecer

pontos do Regimento Escolar, bem como demonstrar a necessidade do seu cumprimento

por parte de todos os membros da escola indistintamente;

A apresentação do Regimento Escolar para todos os membros da comunidade escolar,

principalmente para os alunos e as famílias.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

Equipe Pedagógica e direção.

INSTÂNCIAS COLEGIADAS: GRÊMIO ESTUDANTIL / APMF / CONSELHO

ESCOLAR / AUTO DEFENSOR

Problemas levantados

Há um certo descrédito da comunidade escolar sobre o papel e a necessidade dessas

Instâncias Colegiadas no interior da escola;

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Há uma falta de incentivo e valorização dessas instâncias como forma de participação e

democratização das decisões na escola;

Há uma grande dificuldade de reunir essas instâncias, sobretudo, em face da sobre carga

de trabalho de todos os envolvidos.

Ações do Colégio em 2011

Realizar encontros, reuniões e outras formas de demonstrar o papel e a importância da

existência dessas instâncias colegiadas no interior da escola, como forma de valorizar a

participação e a democratização;

Criar condições para que essas instâncias tenham um funcionamento mais efetivo nas

tomadas de decisões sobre os rumos da escola;

Organizar e dar publicidade sobre o calendário de reuniões dessas instâncias colegiadas.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

Equipe pedagógica e direção.

ENTIDADES EXTERNAS

Problemas levantados

Há uma falta de conhecimento do papel e da contribuição que as entidades externas

podem oferecer para a escola, sobre aquelas que desenvolvem programas sócio-

educacionais;

É preciso construir formas e mecanismos de estreitamento, relacionamento e aproximação

entre a escola e as entidades externas, buscando ação em conjunto.

Ações do Colégio em 2011

Organizar visitas em algumas entidades para conhecer o trabalho e procurar intercambiar

informações e realizar ações em conjunto, quando for o caso;

Esclarecer a comunidade escolar sobre o trabalho das entidades externas, principalmente

daquelas com mais afinidades com a escola;

Realizar reuniões com as entidades externas da área de abrangência da escola, procurando

definir algumas ações conjuntas;

Convidar os representantes das entidades externas para fazer algumas palestras na escola

e informar sobre as ações que realizam.

Período

No decorrer do ano letivo.

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Responsável

Equipe, direção e professores

PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO

Problemas levantados

Falta de uma compreensão mais clara dos membros da escola sobre a realização e a

efetivação do planejamento participativo;

Falta de exercitar coletivamente a prática do planejamento participativo;

A ausência da família nas atividades realizadas pela escola.

Ações do Colégio em 2011

Providenciar material e proporcionar encontros com toda a comunidade escolar para

maior compreensão da importância da participação coletiva na elaboração do

planejamento participativo;

Criar aperfeiçoar, mecanismos de monitoramento, acompanhamento e avaliação da

execução do planejamento participativo.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

Comunidade Escolar

COMPRIMENTO DO CALENDÁRIO ESCOLAR EM DIAS LETIVOS E HORAS-

AULA

Problemas levantados

Falta de professor no início do ano letivo, ou professor substituto no caso de licença

médica, afastamento para capacitação, etc.

Ações do Colégio em 2011

Questionar juntos aos órgãos superiores à agilização da indicação dos professores no

início do ano letivo ou a substituição quando for o caso.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

A direção.

RELAÇÃO ESCOLA-COMUNIDADE

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Problemas levantados

A falta de uma participação mais efetiva dos pais no acompanhamento dos seus filhos nas

atividade da escola;

A falta de compreensão dos papéis e das atribuições específicas de cada uma das

instituições - escola e família;

Falta de envolvimento da família nas atividades realizadas pela escola.

Ações do Colégio em 2011

Proporcionar encontros, reuniões, palestras e orientações para as famílias, sobre o

processo educacional dos seus filhos;

Organizar grupos de pais para a troca de experiências sobre os problemas comuns

enfrentados na educação e relacionamento com os filhos / escola;

Possibilitar momentos de participação dos pais nas atividades promovidas pela escola,

APMF, Conselho de Classe, atendimento individual sobre a educação dos filhos, reuniões

pedagógicas, entre outras;

Participação dos pais nas instâncias colegiadas da escola;

Levantamento e monitoramento por parte da equipe pedagógica, professores e da direção

sobre a participação dos pais ou responsáveis, no sentido de acompanhar a frequência e

rendimento dos filhos na escola;

Garantir a participação dos pais nas tomadas de decisões nos assuntos relativos a vida

escolar, principalmente nas instâncias colegiadas.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

Equipe, direção e professores.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR / PLANO DE TRABALHO DOCENTE

Problemas levantados

A elaboração dos planos docentes de modo isolado por parte de cada professor, sem

estabelecer relação ou vínculo com outras disciplinas;

Falta de articulação entre as disciplinas na elaboração e implementação dos projetos

interdisciplinares.

Ações do Colégio em 2011

Planejamento participativo entre os professores, equipe e direção, no estudo, elaboração,

execução e avaliação dos planos docentes, projetos e plano de ação da escola;

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Maior comprometimento e envolvimento da comunidade escolar na execução das

atividades no plano de ação da escola.

Período

No decorrer do ano letivo

Responsável

Equipe Pedagógica

AVALIAÇÃO ESCOLAR

Problemas levantados

Falta de compreensão do que seja a avaliação processual, bem como dos instrumentos

utilizados na realização e aplicação das formas de observação e aferição da apreensão dos

conhecimentos, decorrentes da relação ensino aprendizagem.

Ações do Colégio em 2011

Discutir e efetivar os processos de avaliação estabelecidos no Regimento Escolar;

Reuniões pedagógicas para a retomada dos processos avaliativos nos seus diversos

aspectos, objetivando melhorias na relação ensino aprendizagem;

Possibilitar encontros entre professores, equipe pedagógica e a direção, propiciando

reflexões e troca de experiências sobre o processo de avaliação escolar.

Período

No decorrer do ano letivo

Responsável

Equipe pedagógica

CONSELHO DE CLASSE

Problemas levantados

Falta de compreensão sobre as atribuições do Conselho de Classe;

Falta de critérios avaliativos nas avaliações, deixando margem para opiniões e

comentários muitas vezes preconceituosos sobre os alunos;

Dificuldade de assegurar a realização de reuniões do Conselho de Classe com a presença

dos profissionais da secretaria, da direção e do aluno representante de turma, bem como

todos os registros em ata, conforme prevê o Regimento Escolar e Deliberação 07/99.

Ações do Colégio em 2011

Desenvolver todos os esforços no sentido de garantir todas as etapas de avaliação do

Conselho de Classe previstas no Regimento Escolar;

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Continuar realizando encontros e discussão sobre a avaliação, procurando avançar na

busca da definição de critérios e outros mecanismos de compreensão e democratização do

processo de avaliação;

Realizar todos os esforços, comprometer-se no sentido de informar os professores e

garantir que os livros de registros de chamadas, seja preenchidos conforme prevê a

normalização;

Os elementos levantado nas reuniões do Conselho de Classe devem servir como dado de

reflexão sobre a prática pedagógica desenvolvida na escola entre todos os participantes,

principalmente professores e equipe.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

Equipe pedagógica e direção.

HORA – ATIVIDADE

Problemas levantados

Em questão do conflito de horário dos professores que trabalham em diversas escolas,

torna-se difícil organizar a hora atividade de modo que possa haver encontro entre as

áreas para planejamento e compartilhamento de experiências;

A obrigatoriedade do cumprimento da hora atividade em tempo integral na escola;

Sobre carga de trabalho da equipe pedagógica, dificultando o acompanhamento e a

realização de encontros com os professores durante o período da hora atividade.

Ações do Colégio em 2011

A equipe pedagógica deve proporcionar encontros e momentos de reflexão por área

específica com os professores em horário pré-agendados, sendo que os professores

presentes poderão compensar na sua hora atividade.

Período

No decorrer do ano letivo

Responsável

Direção, equipe e professores.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

Problemas levantados

Pelo fato do número excessivo de alunos em sala e a falta de tempo do professor, a

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recuperação dificilmente consegue repor todo o conteúdo perdido no caso de faltas ou por

baixo desempenho nas provas ou outras atividades / observações avaliativas.

A falta de planejamento do professor, da previsão das atividades significativas e outras

formas que possam servir de recuperação de conteúdos, também acaba sendo um

problema que é prejudicial ao aluno.

Ações do Colégio em 2011

Discutir e definir critérios e procedimentos para a realização da recuperação de estudos

paralelos, conforme determina o Regimento Escolar.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

Professores regentes.

SALA DE APOIO

Problemas levantados

Falta / dificuldade de integração do professor da Sala com os professores regentes e a

equipe pedagógica, com o objetivo de intercambiar informações sobre o trabalho e o

progresso dos alunos na apropriação / domínio dos conhecimentos específicos;

Falta / dificuldade de participação da professora da Sala de Apoio nas reuniões do

Conselho de Classe, fato que acaba dificultando na avaliação de alguns casos;

Falta de orientação do professor da Sala de Apoio para os professores regentes,

principalmente no que respeita aos encaminhamentos das questões dos alunos que

merecem uma atenção conjunta;

Dificuldade da equipe acompanhar mais de perto e assessorar todo este processo,

inclusive na elaboração de critérios e na definição dos alunos que serão encaminhados

para a Sala;

A falta de acompanhamento mais de perto do professor regente aos alunos que

frequentam a Sala de Apoio.

Ações do Colégio em 2011

Garantir a presença do professor da Sala de Apoio em todas reuniões do Conselho de

Classe, exceto por motivo de incompatibilidade de horário em função de trabalho em

outro local;

Promover encontros, reuniões e outras atividades entre equipes, professores, pais e o

professor da Sala de Apoio, para o intercambio de informações e encaminhamentos

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pedagógicos.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

Professor da Sala de Apoio.

SALA DE RECURSOS

Problemas levantados

Dificuldade de caracterizar e avaliar os alunos com necessidades especiais, que deverão

ser encaminhados para a sala de recursos;

A tendência de confundir alunos com necessidades especiais com alunos com indisciplina

de sala de aula, principalmente por parte dos professores regentes;

Dificuldade do professor da Sala de Recursos no intercambio de informações e definição

de estratégias conjuntas, com os professores regentes e a equipe pedagógica;

O trabalho da Sala de Recursos distanciado do restante da escola;

Dificuldade da participação do professor nas reuniões do Conselho de Classe, o que limita

as avaliações e os encaminhamentos em certos casos específicos.

Ações do Colégio em 2010

Realizar encontros, reuniões e outras formas de abordagens sobre a inclusão de alunos

com necessidades especiais na escola, inclusive sobre os aspectos da legislação;

Priorizar nas reuniões do Conselho de Classe os assuntos referentes ao processo ensino

aprendizagem dos alunos com necessidades especiais, bem como as formas de adaptações

de curriculares e outras necessidades especiais.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

Equipe e professor especialista.

REGISTRO E ACOMPANHAMENTO DE ALUNOS INCLUÍDOS

Problemas levantados

Falta de uma atenção mais próxima da escola em relação aos alunos com necessidades

especiais matriculados;

Falta de adaptação no espaço físico da escola, dificultando sobretudo o acesso de usuários

de cadeiras de rodas.

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Ações do Colégio em 2011

Realizar reuniões e outras atividades de conscientização de alunos, professores, da equipe,

das famílias, sobre os direitos e as necessidades deste alunado;

Providenciar a remoção das barreiras arquitetônicas nos espaços remanescentes

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

Equipe, secretaria e professores.

REUNIÕES PEDAGÓGICAS / SEMANAS PEDAGÓGICAS

Problemas levantados

Falta de maior organização e acompanhamento da parte da equipe pedagógica na

realização das atividades da semana pedagógica, a partir das orientações encaminhadas

pela SEED/NRE;

A distribuição das aulas não deve ser na mesma data da capacitação nas escolas e no

NRE, pois interfere no resultado da participação dos professores na formação;

Maior comprometimento e participação da comunidade escolar nas atividades de

capacitação realizada na escola;

Melhor aproveitamento e valorização do tempo destinado à formação continuada, uma

vez que representa um espaço privilegiado de troca de experiências entre a comunidade

escolar.

Ações do Colégio em 2011

É necessário que os roteiros e as orientações sobre a capacitação, seja enviados com maior

antecedência pela SEED/NRE, o que facilita na organização das atividades.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

SEED/NRE E A ESCOLA

ENFRENTAMENTO À EVASÃO

Problemas levantados

Falta de interesse dos alunos e a sua despreocupação com a participação nas aulas e nas

demais atividades da escola;

As causas socioeconômicas que interferem na desestruturação familiar com

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consequências e reflexos na vida dos alunos;

A necessidade de trabalhar;

A falta de um acompanhamento e de um acompanhamento e de uma assistência mais

efetiva da escola e da família aos alunos propensos a evadir da escola;

Falta de uma melhor articulação da escola com outros órgãos e entidades externas que

também desenvolvem ações destinadas a evitar a evasão escolar.

Ações do Colégio em 2011

Realizar um trabalho mais efetivo de acompanhamento e assistência aos alunos com

maiores probabilidades de evadir da escola, procurando demonstrar a eles e seus

familiares a importância da educação escolar no atual momento histórico;

Procurar investigar e reunir dados e informações sobre quais são as principais causas que

levam a evasão da escola, inclusive tentando identificar se este fenômeno tem ligação

com a qualidade das aulas ou de alguma coisa que a escola deixa a desejar em termos dos

anseios dos alunos;

Intensificar o trabalho de conscientização e convencimento dos alunos sobre a

necessidade deles permanecerem na escola, por meio de reuniões e palestras em salas de

aulas ou em grupos mais ampliados;

Realizar um trabalho com alunos que desempenham uma boa relação com os demais,

procurando aproveitar essa referência positiva como elementos mediadores com os

educandos “problemas” com maior propensão de evadir da escola.

Criar grupos de discussões/reflexões e troca de experiências positivas com pais e alunos,

incentivando e demonstrando a necessidade de buscar saídas coletivas e cooperativas para

os problemas da escola;

Buscar articulação e cooperação com outros órgãos e entidades externas que possam

auxiliar nesta tarefa.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

Equipe e direção.

JORNADA PEDAGÓGICA

Problemas levantados

As jornadas deveriam garantir um maior espaço de reflexão e debates nos grandes grupos,

com o objetivo de assegurar a troca de experiências e aprofundar algumas teses mais

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polemicas sobre os rumos da educação;

A participação dos professores nas jornadas, sempre acaba provocando alguns transtornos

na escola, devido à falta de substitutos para as atividades descobertas;

A dificuldade de repassar as informações e refletir sobre os assuntos discutidos nas

jornadas, com os demais membros da escola em horários apropriados.

Ações do Colégio em 2011

Realizar encontros e outras formas de atividade com objetivo de refletir com a

comunidade escolar os principais problemas enfrentados pela escola no que tange a

qualidade da educação social e escolar;

Aproveitar melhor os espaços de formação continuada, potencializando e valorizando esta

conquista que, se bem utilizada, pode cumprir um papel importante na melhoria da

educação pública.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

Equipe e direção.

GRUPOS DE ESTUDOS

Problemas levantados

A participação no grupo de estudos, muito mais como a preocupação da obtenção do

certificado para o avanço na carreira, do que propriamente com o conhecimento e a troca

de experiências visando a capacitação e a melhoria da qualidade da educação;

A baixa participação dos inscritos nos grupos, tanto do ponto de vista presencial como nas

intervenções/contribuições nas discussões.

Sobre a carga de trabalho na educação, ao lado das responsabilidades, familiares dos

membros da escola, contribui para a precarização da participação nos grupos de estudos.

Ações do Colégio em 2011

Reforçar a importância dos grupos de estudos como conquista e como forma de formação

profissional que pode sim ampliar os horizontes dos participantes;

Procurar demover da consciência de boa parte dos membros da escola a ideia de que esses

encontros de formação são “bobagens” que pouco ou nada contribuem;

Organizar melhor as atividades dos grupos de estudos, bem como exigir a frequência e a

participação nos estudos e nas “tarefas” propostas.

Período

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No decorrer do ano letivo.

Responsável

Equipe

SIMPÓSIOS / SEMINÁRIOS / ENCONTROS / CURSOS

Problemas levantados

Não obstante o reconhecimento da importância da realização e da participação nesses

espaços de reflexão, na realidade sempre acaba conflitando com a sobre carga de trabalho

dos profissionais, uma vez que, mesmo quando saem no horário de trabalho, precisam

depois repor ou recupera o “tempo perdido” aqui no chão da escola.

A falta de mais cursos ou encontros de capacitação em áreas específicas do conhecimento.

Ações do Colégio em 2011

Ampliar a realização de cursos em disciplinas específicas, reforçando a capacitação

profissional dos professores e a consequente melhoria na oferta da educação;

Promover cursos, seminários e simpósios na escola, com temas, palestrantes e datas

previamente definidas, aberto a toda a comunidade escolar (principalmente pais e alunos),

mediante inscrições antecipadas, com a garantia de certificado ou declaração de

participação.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

Equipe e direção

PDE / GTR

Problemas levantados

Restrição de acesso ao programa, privilegiando um grupo muito restrito de profissionais.

Ações do Colégio em 2011

No decorrer do ano letivo.

Responsável

SEED / NRE

PRODUÇÃO DE MATERIAL (FOLHAS / OAC)

Problemas levantados

Programas pouco divulgado e falta de interesse.

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Ações do Colégio em 2011

Incentivar e demonstrar a importância da participação e na produção do Folhas / OAC.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

Equipe, direção e professores

PROJETOS ESPECÍFICOS DA ESCOLA

Problemas levantados

Dificuldade de definir coletivamente e implementar com a participação de toda a

comunidade escolar, alguns projetos significativos que possam apresentar resultados

efetivos;

Pouco envolvimento da comunidade escolar nos projetos implementados pela escola;

A falta de discussão e avaliação sobre os projetos com as instâncias coletivas da escola

(Grêmio, APMF e Conselho Escolar).

Ações do Colégio em 2011

Valorizar a participação das instâncias coletivas na decisão, acompanhamento e avaliação

dos projetos específicos desenvolvidos pela escola.

Envolver os membros das diretorias das instâncias coletivas nos projetos específicos da

escola, de acordo com as características das ações;

Levantar com os alunos, os pais e os professores os assuntos de interesse antes de elaborar

e implementar os projetos;

Organizar arquivos e registros documentais dos projetos como forma de preservar a

história e a memória da escola.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

Equipe e secretaria.

SEMANA CULTURAL E ESPORTIVA

Problemas levantados

Falta de organização e envolvimento coletivo da comunidade escolar nas atividades

culturais ou desportivas das semanas;

Pouco resultado efetivo com a realização das atividades culturais e desportivas dessas

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datas.

Ações do Colégio em 2011

Definir com antecedência e coletivamente as atividades, escolhendo os responsáveis por

cada uma delas e cobrando o compromisso da participação do começo ao fim;

Encontrar estratégias para envolver a comunidade escolar tanto na organização como na

participação das atividades das semanas;

Procurar conscientizar principalmente os alunos que essa semana cultural e desportiva faz

parte do calendário e dos conteúdos, evitando-se a ideia festiva.

Período

Semestral

Responsável

Comunidade escolar

PROGRAMAS INSTITUCIONAIS DA SEED: FERA ; COM CIÊNCIA / JOCOPS /

CELEM

Problemas levantados

Restrição do número de participantes no FERA e no COM CIÊNCIA;

Entraves burocráticos na abertura do CELEM.

Ações do Colégio em 2010

Ampliar o número de vagas (FERA COM CIÊNCIA), possibilitando maior acesso dos

alunos das diversas escolas;

Facilitar a abertura e ampliar o acesso ao CELEM.

Período

Conforme cronograma da SEED.

Responsável

SEED / NRE, direção, equipe e professores.

DESAFIOS EDUCACIONAIS COMTEMPORÂNEOS: EDUCAÇÃO AMBIENTAL,

SEXUALIDADE, ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA NA ESCOLAS, PREVENÇÃO

AO USO INDEVIDO DE DROGAS, EDUCAÇÃO FISCAL, HISTÓRIA E CULTURA

AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA.

Problemas levantados

Dificuldade de contextualizar os problemas específicos e inserí-los na totalidade dos

conteúdos abordados pelas disciplinas, inclusive estabelecendo relações e pontos com

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outras disciplinas.

Ações do Colégio em 2011

Desenvolver projetos e atividades específicas articuladas com os conteúdos das

disciplinas buscando relação com a conjuntura socioeconômica, política, cultural,

ideológico e, principalmente com a realidade onde a escola esta inserida;

Realizar palestras e seminários abordando temas específicos.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

Equipe, professores e direção.

MATERIAIS E AMBIENTES DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS: LABORATÓRIO DE

CIÊNCIAS E DE INFORMÁTICA / TV PAULO FREIRE, TV PENDRIVE, ACERVO

DA BIBLIOTECA, LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO

Problemas levantados

Recursos insuficientes para cumprir as necessidades da escola;

O engessamento dos recursos financeiros que só podem ser gastos com determinadas

despesas , segundo cada um dos programas;

A falta de recursos financeiros acaba forçando a escola buscar nas famílias e outras

formas, os recursos para suprir as necessidades.

Ações do Colégio em 2011

A SEED deve destinar mais recursos para as escolas;

A APMF deve encontrar algumas alternativas de captar recursos para subsidiar algumas

ações na escola.

Período

No decorrer do ano letivo.

Responsável

SEED / NRE, APMF e direção.

28. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

OBJETIVO

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Promover a participação coletiva dos profissionais da Educação, coordenando e

acompanhando o processo pedagógico, estabelecendo inter-relações com a direção, os

professores, o administrativo, serviços gerais, pais e os alunos, envolvendo-os nas

atividades diárias e nos projetos desenvolvidos promovendo também o conhecimento e a

efetivação do Projeto Político Pedagógico da escola.

AÇÕES METODOLOGIA AVALIAÇÃO/REAVALIAÇÃO

1- Coordenar junto a

Direção o processo

de distribuição de

aulas e disciplinas a

partir de critérios

legais e de acordo

com a proposta

pedagógica.

- Obedecer às diretrizes da

SEED, do NRE de Cascavel

e da Proposta do Colégio

Estadual José Ângelo

Baggio Orso.

- Sugerir aos professores

que procurem adequar o seu

perfil à série.

- Participar efetivamente da

distribuição de aulas.

- Resolução 139/09.

- Conversação com os professores,

ouvindo suas argumentações.

- Análise da grade curricular.

- Registrar por escrito.

2- Organizar,

coordenar e

participar do Projeto

de Formação

Continuada

juntamente com

todos os

profissionais da

escola, tendo como

finalidade a

realização e o

aprimoramento do

trabalho pedagógico

escolar.

- Participar de grupos de

Estudos, reuniões técnicas

com a SEED.

- Selecionar materiais que

fundamente a prática

pedagógica.

- Hora atividade, resolução

nº 03/97 CNE.

- Organizar espaço para

estudo, pensando na

integração do coletivo.

- Seguir orientações e cronogramas

estabelecidos pela SEED.

- Análise dos relatórios e sínteses

elaboradas pelos grupos.

- Verificar a participação de todos os

envolvidos.

3- Coordenar a - Formar grupos de estudos - No final das realizações dos trabalhos

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elaboração e re-

elaboração do

Projeto Político

pedagógico e do

Plano de Ação da

Escola.

para leituras, discussões e

apresentação de sugestões

para re-elaboração do PPP.

serão ouvidos e observados os

resultados dos trabalhos.

4- Acompanhar e

Coordenar a

construção curricular

da escola, a partir

das políticas

educacionais da

SEED/PR e das

DCES.

- Propiciar momentos de

estudos e reflexões dentro

da escola, bem como,

acompanhamento aos

professores nos encontros de

estudos fora da escola.

5- Orientar os

professores quanto

aos livros de

Registros de Classe,

sistema de Avaliação

do Estabelecimento

e Registro de

Avaliações, bem

como os demais

registros necessários.

- Nas reuniões pedagógicas,

conselhos de classe e hora

atividade, acompanhar e

orientar os professores sobre

o preenchimento dos

documentos na vida escolar

dos alunos, conforme

instrução 14/08, fornecendo

aos professores uma pasta

arquivo, contendo todas as

informações necessárias do

Estabelecimento.

- Informar aos pais o

rendimento dos alunos.

- Calendário Escolar.

- Vistar os livros de Registros de

Classe, observando se estão

contemplados todas as orientações

fornecidas no decorrer do ano letivo.

6- Promover e

coordenar reuniões

pedagógicas para

reflexão e

- Selecionar materiais que

fundamente a prática

pedagógica visando o

assessoramento aos

- Oportunizar aos participantes troca de

experiência

e exposição oral.

- Analisar os relatórios produzidos.

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aprofundamento de

temas relativos ao

trabalho pedagógico

e para elaboração de

propostas de

intervenção na

realidade da escola.

professores, contribuindo

assim ao combate a evasão e

repetência escolar.

- Calendário escolar,

orientação nº 4409/2008 e

promover debates sempre

que se fizer necessário.

- Reler as atas.

- Retomar os compromissos acordados.

7- Coordenar a

Organização do

espaço e tempo

escolar a partir do

PPP e da Proposta

Curricular,

intervindo na

elaboração do

calendário letivo, na

formação de turmas,

na definição e

distribuição do

horário semanal das

aulas.

- Utilizar-se do calendário

escolar, mapas de turmas,

distribuição de aulas.

- Elaborar horário semanal e

hora atividade.

- Analisar no espaço físico

qual a melhor distribuição

das turmas por série,

adequando sempre que

necessário a disposição das

mesmas.

- Calendário resolução nº

4409/08, mapas de turma,

distribuição de aulas,

resolução nº 139/09 horário,

projeto para harmonização

do espaço recreio, hora

atividade resolução nº 03/97

CNE.

- Orientar, coordenar grupos

de apoio (alunos,

professores e funcionários

da escola).

- Acompanhamento do trabalho no

decorrer do ano letivo.

- No contato direto com os professores

durante o atendimento.

8- Orientar o

processo de

- organizar e coordenar

reuniões para

- Observar durante o ano letivo o

envolvimento dos professores e dos

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elaboração dos

planejamentos de

Ensino junto ao

coletivo de

professores da

escola, bem como da

construção do Plano

de trabalho Docente

de forma a garantir a

consonância entre

Diretrizes

Curriculares e Plano

Docente.

desenvolvimento dos

trabalhos.

- Utilizar as horas atividades

para orientações e

acompanhamento em grupos

e/ou individual aos

professores.

- DCES.

alunos na efetivação do planejamento.

9- Organizar a hora

atividade do coletivo

de professores da

escola de maneira a

garantir que esse

espaço-tempo seja

de reflexão-ação

sobre o processo

pedagógico

desenvolvido em

sala de aula.

- acompanhar a hora

atividade dos professores e

subsidiá-los sugerindo

atividades que possa

enriquecer e incrementar a

prática do professor.

- Atender durante a hora

atividade o professor

verificando as necessidades

individuais nas disciplinas

de cada docente.

- Verificar se as sugestões fizeram a

diferença na prática diária do coletivo

da escola.

10- Viabilizar o

canal de

comunicação de

acompanhamento e

avaliação do

trabalho pedagógico

com a comunidade

interna e externa.

- Organizar pastas

individuais das turmas onde

contém uma ficha de

acompanhamento de cada

aluno, constando

ocorrências de tudo que diz

respeito ao aluno.

- Atender aos pais sempre

que comparecerem

- Repensar sempre que necessário as

ações desenvolvidas, socializando-as

com seus pares.

- Analisar se houver ou não mudanças

de atitudes dos alunos após atividades

desenvolvidas na turma.

- Registro por escrito.

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colocando-os ciente de

todos os registros do aluno.

- Organizar juntamente com

a Direção, reuniões de pais

para informes sobre ações

da escola.

- Acompanhamento das

turmas (alunos).

- Palestra de incentivo aos

estudos.

- Atendimento a alunos com

dificuldades de

aprendizagem, com a sua

inclusão no processo

educativo.

- Acompanhamento e

encaminhamento de casos

especiais: indisciplinas,

desvios comportamentais,

problemas de aprendizagens

(FICA).

- Solicitar a participação da

família sempre que

necessário.

- Prevenção e

acompanhamento da evasão

escolar.

- Leitura das normas

estabelecidas conforme

Regimento Escolar no que

se refere aos direitos e

deveres, a consciência da

liberdade, responsabilidade

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e respeito.

- Incentivo na participação

de projetos, gincanas,

simulados, avaliação externa

e interna.

- Atendimento a pequenos

grupos.

11- Apresentar

propostas,

alternativas,

sugestões e/ou

críticas que

promovam o

desenvolvimento e o

aprimoramento do

trabalho pedagógico

escolar, conforme o

PPP, Proposta

Curricular e o Plano

de Ação da Escola e

as Políticas

Educacionais da

SEED.

- Retomar as diretrizes

curriculares, o processo de

avaliação, estabelecendo

relação entre ensino e

aprendizagem.

- Acompanhar o professor

através da hora atividade

assessorando e refletindo

sobre os procedimentos

metodológicos.

- Verificar se as propostas alternativas e

sugestões, críticas surtiram o efeito

desejado e se o mesmo promoveu

mudanças e melhorias para a instituição

e comunidade escolar.

- No decorrer das atividades no âmbito

escolar e em todos os momentos,

reuniões, grupos de estudo, hora

atividade.

12- Analisar os

projetos de natureza

pedagógica a serem

implantados no

colégio.

- Emitir parecer e/ou

sugestões, priorizando

projetos coletivos.

- Participar do

desenvolvimento dos

Projetos a serem

desenvolvidos durante o ano

letivo culminando com as

apresentações de toda

comunidade escolar.

- Promover a avaliação coletiva no final

dos trabalhos.

- Mapear as atividades desenvolvidas

pela escola e verificar os resultados

como melhoria para a instituição e

comunidade escolar.

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13- Organizar a

realização dos

Conselhos de Classe

e coordenar a

elaboração de

propostas de

intervenções

decorrentes do

processo.

- Promover a participação

de alunos nas discussões do

conselho de classe.

- Coordenar e efetivar os

pré-conselhos de classe

participativo, garantindo um

processo coletivo de

reflexão-ação sobre o

trabalho pedagógico

desenvolvido pela escola em

sala de aula, coordenando a

elaboração de propostas de

intervenção e realizando

eventuais encaminhamentos

aos programas educacionais

existentes na escola.

- Ata do Conselho de Classe.

- Conservação com o grupo, ouvindo a

argumentação dos professores.

- Verificar como está sendo a

participação e o retorno dos alunos nas

discussões do Conselho de Classe.

- Observar os acordos do conselho de

classe e mobilizar para a efetividade

destes.

14- Informar a

comunidade escolar

os resultados do

aproveitamento

escolar dos alunos de

forma a promover o

processo do ensino

aprendizagem.

- Reuniões com a

comunidade tratando de

assuntos referentes ao

processo de ensino

aprendizagem.

- Elaboração de

instrumentos que permitam

acompanhar o

desenvolvimento dos

educandos durante sua

trajetória escolar.

- Observar os acordos do Conselho de

Classe e mobilizar para efetividade

destes.

- Acompanhamento da realização das

ações desenvolvidas pelos envolvidos.

- Promover a participação dos pais nas

reuniões e observar se os temas

propostos refletem e melhorias para

eles e a comunidade escolar como um

todo.

15- Propiciar o

desenvolvimento da

representatividade

dos alunos e sua

participação nos

diversos momentos e

- Liderança, fortalecimento

do Conselho Escolar,

Grêmio Estudantil,

Liderança de Sala, ACES.

- Utilizar-se das assembleias

de pais para participar a eles

- Na efetivação das ações destes

colegiados.

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órgãos colegiados da

escola.

tais informações.

16- Conhecer e

acompanhar os

programas e projetos

implantados na

escola: Viva Escola

(Dança, Teatro e

Cultura Afro),

CELEM, Espanhol,

Sala de Apoio, Sala

de Recursos.

- Analisar emitindo parecer

favorável sempre quando o

processo for de cunho

pedagógico e que contribua

para a formação para a

formação dos alunos.

- Acompanhar o

desenvolvimento destes

projetos, auxiliando o

trabalho do professor.

- Encaminhar e/ou auxiliar

no encaminhamento dos

alunos para tais programas.

- Acompanhar a frequência,

contactando co os pais

sempre que necessário.

- Preenchimento dos relatórios e

parecer conforme solicitação da SEED.

- Observação constante dos resultados

alcançados.

17- Desenvolver

projetos que

promovam a

interação escola-

comunidade, de

forma a ampliar os

espaços de

participação de

democratização das

relações de acesso ao

saber.

- Temas sociais

contemporâneos (Meio

Ambiente, Prevenção de

drogas e Violência,

Sexualidade, Liderança,

Discriminação,

Desigualdades Sociais).

- Reuniões periódicas com a

Equipe Pedagógica.

- Avaliação coletiva no final dos

trabalhos.

18- Promover a

construção de

estratégias

pedagógicas de

- Textos para estudo sobre o

tema.

- Verificar a participação dos

envolvidos.

- Observação constante em sala de aula,

recreio no que se refere a brincadeiras,

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105

superação de todas

as formas de

Preconceito e

exclusão social.

comportamento em geral dos alunos.

19- Observar os

preceitos

constitucionais, a

Legislação

Educacional em

vigor e o Estatuto da

Criança, como

Fundamentos da

prática Educativa.

- Leitura da LDB 9394/96,

Constituição e Estadual,

ECA, Resolução nº

4409/2008, Deliberação

007/99 e 09/01, Resolução

139/09, Lei Complementar

103, Cargos e Salários, 101

Ampliação da Jornada e 106

Promoção e Progressão.

- Encaminhamentos ao

Conselho Tutelar através da

ficha FICA e contato direto

com Conselheiro tutelares e

família.

- Fazer cumprir o disposto

no Regimento Escolar.

- Minimização das situações que

envolvem tais entidades.

20- Interar-se da

Organização

pedagógica da

biblioteca da escola,

assim como do

processo de

aquisição,

empréstimo,

pesquisa, seleção de

materiais,

equipamentos e/ou

livros de uso

didático-pedagógico.

- Em conjunto com o

responsável pela biblioteca

acompanhar o processo de

normatização para o uso da

biblioteca pela comunidade

escolar, mantendo

professores e alunos

informados em relação às

mudanças, bem como

recebendo sugestões de

novas aquisições.

- Observar durante o ano letivo o

envolvimento dos professores e alunos

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106

29. ESTRUTURA DE PLANO DE AÇÃO DE COMBATE A EVASÃO

CAUSAS DIAGNOSTICADAS DA EVASÃO: * distorção idade-série, *repetência, *

falta de acompanhamento dos pais, *conflitos familiares por consumo de álcool, *consumo

de álcool ou de substâncias entorpecentes por parte do aluno, * envolvimento do aluno com

práticas infracionárias, * maus tratos na família, * aluno submetido à medida sócio

educativa.

CO

RP

O D

E

TR

AB

AL

HO

OBJETIVOS/

ANÁLISE DOS

DADOS

METODOLOGIA

RESULTADOS

ESPERADOS/

APRESENTADOS

E

Q

UI

PE

PE

D

A

G

Ó

GI

C

A

Conhecer as causas da

evasão quando o aluno

começa a faltar;

Elaborar caderno de

registro por turma,

constando o nome e o

número de cada aluno,

onde o líder será o

responsável por anotar

os alunos faltosos e

comunicar a equipe

pedagógica;

Elaborar um livro de

registro para a equipe,

onde constem todos os

dias letivos com

presença ou falta,

facilitando a verificação

e diálogos com os pais

quando necessário;

Encaminhamento para

Conselho Tutelar ou

Na ocorrência das

primeiras faltas a família

já é contatada por fone, ou

bilhete;

Quando não é encontrada,

ou não se resolve o caso

das faltas consecutivas ou

não, é realizado o primeiro

encaminhamento as

Conselho Tutelar;

Os relatórios são

pedagógicos, realizados

pela equipe pedagógica,

levando em conta todas as

anotações e tentativas de

contato com a família;

Em situações de maus

tratos, uso de álcool

(aluno/família) são feitos

relatórios de cada

disciplina além do

relatório da equipe, e

Em alguns casos o diálogo

com a família tem sido

suficiente;

Os encaminhamentos para

Conselho Tutelar dos casos

não graves tem resultado

imediato, porém os casos

graves de repetência

aumentando a distorção

idade-série, abandono

familiar, uso de álcool pelo

aluno ou família, uso de

entorpecentes, não estão

tendo solução eficaz, são

tomadas medidas paliativas,

o aluno volta um ou dois dias

e evade novamente.Nestes

casos estamos comunicando

a Vara da Infância e

Juventude;

Em um dos casos a mãe

perdeu a guarda para a avó

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Serviços oferecidos pela

Rede de Proteção

quando necessário;

Quando há falta de

acompanhamento dos

pais, ou maus tratos na

família, uso do álcool

ou entorpecentes, é feito

denúncia para o

Conselho Tutelar;

Na ocorrência de ato

infracional estamos

recorrendo a Patrulha

Escolar, Conselho

Tutelar , NRE Equipe

Pedagógica e o CRAS,

que tem encaminhado

estas crianças para

programas como

EUREKA, Projovem,

Atitude ou atividades no

próprio CRAS, além de

atender as famílias;

Estamos buscando

conhecer e manter

contato permanente

com CRAS, CAPS,

CREAS, CONSELHO

Tutelar, Patrulha

Escolar e CEACRE;

No caso de distorção

idade-série, os casos

são avaliados e quando

encaminhamento para o

Conselho e CRAPE e

CRAS e em alguns casos

encaminhamento pra a

Vara da Infância e

Juventude;

Quando há distorção de

idade-série é dado suporte

pedagógico, diálogo com

professores explicando as

situações, as dificuldades,

os encaminhamentos já

realizados, avaliação de

todas as disciplinas, atas e

parte legal de todo o

processo;

Nos casos de alunos que

retornam, é realizada a

avaliação das

necessidades, trabalhos

extra, professores estão

fazendo atendimento em

hora atividades em

período contra turno.

materna;

Palestras para funcionários e

professores com CAPS, e

Patrulha Escolar;

Nos casos de reclassificação,

todos avançaram porém um

cometeu ato infracional e

esta detido, uma foi embora

com um rapaz e parou de

estudar, e dois estão cursando

com sucesso a série para a

qual foram reclassificados.

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se percebe a

necessidade esta sendo

realizada a

reclassificação destes

alunos.

PR

O

FE

SS

O

R

ES

Caberá ao professor

realizar a chamada em

sala de aula com

responsabilidade,

comunicando a equipe

pedagógica as faltas

consecutivas ou não,

para que a mesma possa

ter um controle maior

sobre a ausência dos

alunos;

Quando houver retorno

de alunos, após

encaminhamento ao

Conselho Tutelar,

ofertar as atividades

perdidas;

Verificar os alunos com

distorção idade-série,

avisando a equipe sobre

a necessidade de fazer

reclassificação;

Oportunizar os alunos

com maior dificuldade,

levando em

consideração a história

de vida escolar dos

alunos.

Será utilizado o registro

do livro de registro;

Elaboração de trabalhos

extra para os alunos que

são reinseridos em sala de

aula;

Formulação de avaliações

pra processo de

reclassificação.

A observação sistemática da

freqüência dos alunos tem

sido eficiente no combate a

evasão ou faltas seguidas;

A utilização do livro de

registro da equipe

pedagógica auxilia na

verificação das faltas e

agiliza quando ocorre a

necessidade de

encaminhamento para o

conselho tutelar;

Os processos de

reclassificação têm sido

eficaz pois em todos os

casos os alunos avaliados

obtiveram sucesso, porém

apenas em metade dos casos

houve continuidade nos

estudos.

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A

G

E

N

TE

E

D

U

C

A

CI

O

N

A

L I

Ser colaborador da

equipe pedagógica e

direção, observando a

movimentação dos

alunos no pátio durante

o período

letivo,comunicando

qualquer irregularidade:

gazeamento de aula,

freqüência dos alunos,

chegadas

atrasadas,saídas

antecipadas sem

autorização, observando

os entornos da escola,

etc;

Manter uma conduta de

discrição perante

assuntos relacionados

aos alunos, não

exercendo nenhuma

forma de discriminação

diante de alunos que

venham a ser

reinseridos

em sala de aula .

Este trabalho será

realizado diariamente

mediante observação

contínua dos alunos,

averiguando qualquer

irregularidade e atitudes

suspeitas, bem como

cuidado de todos os

espaços, comunicando

todos os fatos à direção

e/ou coordenação.

A observação continua tem

sido eficaz uma vez que traz

as informações de forma

rápida. Outro aspecto

importante deste trabalho é a

aproximidade que os agentes

educacionais conseguem ter

com os alunos, facilitando a

averiguação dos fatos quando

eles ocorrem.

A

G

E

N

TE

E

D

Trabalho de apoio a

equipe pedagógica no

que diz respeito as

informações que

venham a contribuir

para a permanência e

/ou retorno do aluno a

Manutenção regular de

atualização no sistema da

situação que se encontra o

aluno, conforme

informação da Equipe

Pedagógica;

Correto armazenamento

Retorno positivo dos órgãos

competentes;

Acesso e permanência do

aluno na escola.

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U

C

A

CI

O

N

A

L

II

escola. de toda documentação

escolar;

Ter pleno conhecimento

de toda legislação, que

rege os direitos à

educação, e documentos

afins (ECA, PPP,

Regimento Interno...),

para que se faça cumprir

dentro dos parâmetros

legais, no que compete ao

Agente Educacional II;

Digitação e

encaminhamento de

Relatórios, elaborados

pela Equipe pedagógica

aos órgãos de competência

(Conselho Tutelar, Fórum,

NRE...).

R

EP

R

ES

E

N

T

A

N

TE

S

D

E

T

Cada turma possui dois

representantes de turma,

e um auxiliar, que tem a

função de ajudar o

professor da disciplina a

organizar a sala,

repassar recados,

realizar a chamada

juntamente com o

professor, manter o

mapa de sala quando há,

manter o professor e a

equipe informados

sobre os fatos que

Os representantes de

turma são escolhidos pelos

alunos, após o

direcionamento do

professor regente de turma

sobre os pré-requisitos

para ser líder de sala.

Após a escolha, a equipe

realiza um trabalho com

todos os escolhidos para

expor suas

responsabilidades e

atribuições perante a sala;

Cada sala de aula possui

O que se percebe na escolha

dos representantes é a

dificuldade de separar a

amizade na hora da escolha

da pessoa mais responsável e

que se enquadra no perfil

que a função necessita. Em

alguns casos é preciso

intervenção da coordenação.

Quanto a função de esta

informando sobre as faltas

dos alunos, tem sido

eficiente, a equipe assim que

chegam as faltas tem ligado

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U

R

M

A

ocorrem tanto na sala

como fora dela e que

dizem respeito ao bom

andamento da escola.

um caderno de anotações

organizado pela equipe

pedagógica, constando

uma folha para cada aluno

, com nome e número. O

líder da sala pega este

caderno no início da aula,

repassa a chamada nele e

informa a coordenação os

alunos faltantes, anota

quando solicitado pelo

professor, reclamações,

falte de tarefas, trabalhos

ou provas e todas as

demais solicitações do

professor. Ao final do

período é devolvido a

coordenação.

imediatamente as famílias, e

fazendo contato com

Conselho Tutelar quando

necessário.

G

R

Ê

MI

O

ES

T

U

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D

A

N

TI

L

Promover a participação

dos alunos em ações e

atividades educativas,

onde a escola se torne

um espaço agradável,

estimulando a

frequência dos mesmos.

Coletar dos alunos

sugestões de atividades

que venha ao encontro dos

interesses da sua faixa

etária e atividades essas

aprovadas pela

comunidade escolar.

Espera-se que com atividades

culturais, esportivas e

informativas, o grêmio

estudantil promova uma

maior participação e

integração entre os alunos.

AP A Associação de Pais, Promoção de eventos em Com o ambiente bem

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M

F

Mestres e Funcionários,

é voltada à melhoria das

condições físicas da

escola, que depende dos

recursos, das promoções

para poder estar em

constante melhoria.

que se garantam recursos

para manutenção do

patrimônio escolar,

melhorando o ambiente

educativo.

organizado e atraente, espera-

se que o aluno tenha maior

estimulo em permanecer na

escola.

C

O

NS

EL

H

O

ES

C

O

L

A

R

Sendo o Conselho

Escolar o órgão máximo

da escola, este tem

papel fundamental nas

decisões e

acompanhamento de

todas as instâncias

mencionadas neste

documento.

Acompanhar todas as

ações propostas neste

plano de ação, intervindo

quando necessário.

Espera-se o envolvimento de

todas as instâncias, para que

de fato a questão da evasão

escolar seja minimizado.

30. REPRESENTANTES DE TURMA (LÍDER DE SALA)

No início do ano letivo a Equipe Pedagógica realiza junto aos alunos, o trabalho de

orientação educacional, direitos humanos, deveres e direitos dos alunos, normas e regras

estabelecidas no regimento escolar, representante de turmas e grêmio estudantil. Após

realização desse trabalho é realizada de forma democrática a escolha de representantes de

turma.

Os alunos podem ser substituídos ou alternados quando necessário. As principais

atribuições dos representantes de turma podem ser assim descritas: Compromisso;

responsabilidade para consigo mesmo e para com seus colegas de sala; repasse de

informações; recolhimento de trabalhos; acompanhamento no intervalo; colaboração na

organização e desenvolvimento da hora-cívica; proporcionar a igualdade de direitos na

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sala de aula junto a seus pares conscientizar a turma quanto ao desenvolvimento da

proposta pedagógica e regimento da escola; buscar melhoria junto a turma, grêmio

estudantil e equipe pedagógica, visando a qualidade educacional; participar do conselho

de classe como representante da turma.

31. GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio Estudantil do Colégio José Ângelo Baggio Orso, foi estruturado a partir

do Conselho de representantes de turma e eleito democraticamente pelo corpo discente do

Colégio. O Grêmio possui mandato de um (01) ano e Estatuto próprio. No presente ano de

2010, a eleição ocorreu no dia 05 de outubro, sendo vencedora a chapa: Lutar Sempre,

Desistir Nunca.

Por ser tratar de uma Instância Colegiada, formada exclusivamente por alunos do

Colégio Estadual José Ângelo Baggio Orso, e eleito democraticamente para o período de

(2010 – 2011), através do voto de seus pares, a atual direção através de documento ata,

elegeu como ação primeiro a formação política dos alunos, bem como participar das

decisões do Colégio, com vista promoção de frentes de atuação na comunidade escolar.

Apresentar como tema: Lutar Sempre, Desistir Nunca e tem como elementos os seguintes

alunos:

Presidente – Hamã Cândido Carvalho Lopes

Vice-presidente –

Secretário – Priscila Cardoso

1ª Secretaria – Ana Caroline Bertelli Leite

Tesoureiro – Wesley Jean dos Santos

Diretor Social – Aretha Anacleto dos Santos

Diretor de Esporte – Vinicius Anacleto dos Santos

Diretor de Cultura – Cláudia Guimarães Camargo de Souza

Diretor de Saúde e Meio Ambiente – Karoline da Silva de Oliveira

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32. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico está em constante construção e reconstrução, sendo

assim, seu acompanhamento e avaliação será contínua, conforme as ações são

desenvolvidas, visando sempre a melhoria da qualidade do processo de ensino-

aprendizagem.