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COLÉGIO ESTADUAL PROFª ANGELINA ANNAMARIA CÔNSOLO DO PRADO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO São José dos Pinhais 2010 1

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª ANGELINA ANNAMARIA CÔNSOLO DO PRADOENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

São José dos Pinhais2010

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª ANGELINA ANNAMARIA CÔNSOLO DO PRADOENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Relação de Colaboradores do Projeto Político Pedagógico

1 Professores:

Adelaide Serra da Cruz – HistóriaAdriana V. de O. Ferreira – CiênciasAdriane Aparecida da Silva - GeografiaAdriano L. R dos Santos - ArtesAlain Leonel – HistóriaAldacir B. da Silva – PortuguêsAlexsandra C. Cantuários – InglêsAna Paula S. de Araújo – ArtesAndrea Cristina Barczak - BiologiaAnilto Paulo Cangnin – HistóriaAntonio Hartje – Educação FísicaAlexandra C. Cantuários – InglêsAlisson Cordeiro – FísicaAmélia Sato – BiologiaAngela Beatriz Escolaro – CiênciasArnaldo Pizzaia - MatemáticaCaroline Malinski – CiênciasClaudemir Felipe da Cruz – Educação FísicaCláudia C. P. Costa – Ciências/MatemáticaCleverton de Oliveira Ramos – HistóriaClodoaldo J. B. do Prado - GeografiaCristiane Vodonis – BiologiaCyrillo de O. Júnior - ArtesDalton Luiz Gandin – HistóriaDaniela A. B. Damiati – PortuguêsDiego Galvão Boing - MatemáticaEdenilce A. Oliveira – Educação FísicaEdevaldo Giocondo - GeografiaEdilza M. S. Beger – HistóriaElaine Batista – MatemáticaElenir M. G. O. Tomé – PortuguêsElenir S. Bobato – Educação ArtísticaEmanuel F. Cochinski – FísicaEva Regina Sanches - Matemática/CiênciasFabiana Kutna - Educação FísicaFernando de Araújo Barreto – CiênciasFilomena Ferreira - InglêsGislaine Mª Mendes May – PortuguêsIdalina Berti – GeografiaIrineu Teixeira de Oliveira – Educação FísicaJanete de F. Voichicoski - CiênciasJaqueline S. Ribeiro – História

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Jefferson A.R. Ferreira - QuímicaJosiane C. Rocha – InglêsJosiane J. dos Santos – InglêsJuliano X. Cassins – Educação FísicaLuciana Rurato – PortuguêsLuciane R. Mello – Educação FísicaLuciano A. Gimenes - MatemáticaLucimar Bueno – MatemáticaLuiz G. G. N. Filho – CiênciasLuiz Daniel de Oliveira – QuímicaMarcelo Guilherme – QuímicaMarcia Mendes – Português Maria Rosária A Concato – HistóriaMaria S. Uzeloto – PortuguêsMargarete dos Santos – PortuguêsMirelle Patztaff – CiênciasNatália Sary – InglêsPatrícia S. A. Souza - ArtesPaulo Henrique de Brito - HistóriaPaulo R. Andrade – MatemáticaPio Sérgio de Andrade – MatemáticaPriscila Mouro da Fonseca – CiênciasRafael Athaide M da Silva – História/GeografiaRafaela Nicolau – PortuguêsReni S. Pereira – PortuguêsRicardo C. Machado - MatemáticaRoberto K. Mattoso – Educação FísicaRoseli O. Guimarães – GeografiaRosilaine Pereira - ArtesRosyara P.M. Montanha - QuímicaRúbia J. G. Fernandes – MatemáticaSamira H.M. Zahra – GeografiaSidnei Simão de Souza – PortuguêsSilvia R.C. Correa – FísicaSimone D. Freire – PortuguêsSiomara de Cássia R Teixeira Martins – CiênciasSolange Silva do Amaral – Língua PortuguesaSonia Cristina Rado – HistóriaTânia A. Alves - MatemáticaTerezinha S. Borge – PortuguêsThiago Vaz da Costa Ramos - CiênciasVanessa R. Machado – Educação FísicaVilma Rosa de Oliveira – GeografiaVilma A. de Oliveira – PortuguêsVirgílio R. Nogueira – ArtesViviane R. de Souza - Matemática

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2 Equipe agente Educacional I e II

Élio Moreira Santos – Técnico AdministrativoElizeu Xavier – SecretárioEdineusa de Andrade – Serviços GeraisEdna Alves Silva – Agente Educacional IÉrica Y. Machado – Técnico AdministrativoEsli B. dos Santos – Serviços GeraisEster Batista dos Santos – Serviços GeraisFelice N. S. Paszko – Serviços GeraisGeralda Cordeiro Marques - Serviços GeraisIvani de Araújo Hunkel – Serviços GeraisLourdes Aparecida Garcia – Técnico AdministrativoMaria Alves Moreira – Serviços GeraisMaria Bernadete Sbrissia – Técnico AdministrativoMaria Eliane Iachenski – Técnico AdministrativoMaria Mendes de Oliveira Santos – Serviços GeraisNeusa de Andrade – Serviços GeraisRegina Lucia Sbrissia – Técnico AdministrativoSueli Maria Figueiredo Furquim – Técnico AdministrativoTereza P. dos Santos – Serviços GeraisValdireni da L. Lopes – Técnico AdministrativoZilda F. Garcia – Serviços Gerais

3 Coordenação Pedagógica

Angela Simone Siqueira Gomes - PedagogaBernadete Sundin Pereira - PedagogaClaudinéia Fátima R. Abondancia – PedagogaClicie Maria Cancelier – PedagogaDébora Maia – PedagogaMaria Luzia Siqueira – PedagogaWilson J. M. Alves - Pedagogo

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1 APRESENTAÇÃO

Realizar a construção coletiva da proposta educativa, discutindo, refletindo, atualizando o que vem sendo feito com sucesso e incorporado novas idéias ao que precisa ser mudado, é desafiador, pois aqui elaboramos pequenos rascunhos, do grande desenho do caminho Pedagógico-Educativo que norteará todo o trabalho desenvolvido com os alunos e a comunidade escolar.

Assim, somos espelho deste Projeto, quando procuramos responder aos anseios dos alunos, que no Colégio Estadual Profª Angelina Annamaria C. do Prado, vão ao encontro de formação como ser humano completo, participante-atuante e cidadão.

1.1 IntroduçãoO Projeto Político Pedagógico é à base da escola, norteador do trabalho

pedagógico, o alicerce, que tem por objetivo organizar, transformar, a partir da sociedade que envolve. Ele exige reflexão, definição e uma elaboração coletiva, ou seja, a participação de professores, funcionários, pais, alunos, comunidade no geral.Projeto: significa rumo, direção.Pedagógico: trata-se da organização dos meios(conteúdos, espaço, tempo e procedimentos).Político: compromisso com a formação do cidadão para um determinado tipo de sociedade. Ele é a base da criatividade e dá subsídios para o desenvolvimento dos trabalhos com apoio pedagógico e político para construção do saber, ele deve ser realizado coletivamente.

A gestão participativa leva a construção de um Projeto Pedagógico em que todos se reconhecem e com qual estejamos verdadeiramente comprometidos. Entendemos que a Escola é um ato de construção permanente. E o ato de mudar o pensar, o sentir e o agir, buscando a coerência, faz parte de um processo. A mudança vem de uma vivência coletiva, de se identificar problemas, alternativas e soluções. Trata-se sobretudo, de pensar o próprio movimento de construção da identidade da Escola Pública. Isto significa resgatar a Escola como espaço público, lugar de debate, do diálogo, fundado na reflexão coletiva. E nesse processo que é público, o trabalho coletivo, a participação, a responsabilidade de todos com os rumos na Escola, as dificuldades e os conflitos que marcam a convivência vão construindo a base de uma Escola que se pretende melhor. Escola cujo objetivo maior, inspirado nos princípios de liberdade e solidariedade, é o de proporcionar o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Para Bussmann a implementação do projeto Político Pedagógico é condição para que a identidade da Escola se afirme rumo à construção do conhecimento e da cidadania. Para tanto a Escola deve apontar formas democráticas de participação dos vários segmentos, para que se torne, de fato, presente na construção do país.

Ressaltamos que o Projeto Pedagógico não visa apenas a organização do trabalho pedagógico, mas qualidade em todo o processo, descentralizando ações em busca de sua verdadeira autonomia, que está intimamente ligada à concepção emancipadora de educação. Essa autonomia é pois, relevante para a criação da identidade da escola, e envolve quatro dimensões básica, relacionadas e articuladas entre si: administrativa, jurídica, financeira e pedagógica. Dimensões essas que implicam direitos e deveres e, principalmente, alto grau de compromisso e responsabilidade de todos os segmentos da comunidade escolar(VEIGA. 1998, 16,18).

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O Projeto Político Pedagógico desenvolve-se norteando princípios de igualdade, liberdade, qualidade, segurança e democracia, buscando a realização do profissional de encontro com os anseios do educando. Com a qualidade e o sucesso da tarefa educativa que visa a ruptura entre pensar e fazer/ teoria e prática/ ciência e cultura, para formar cidadãos capazes de participar da vida sócio-econômica, cultural e política, subsidiando os trabalhos com apoio pedagógico e político para construção do saber.

Tendo como pressupostos concepções de: sociedade, homem, escola e mundo. Sendo proposto que queremos viver, em uma sociedade com direitos e deveres de cidadania, onde expresse a formação humanística de cada indivíduo, com qualidade, segurança, liberdade e solidariedade no meio social, que o sujeito que se quer formar como um cidadão, tenha discernimento entre esses direitos e deveres e que participe ativamente e com qualidade perante a sociedade e a escola que se quer, onde prepare culturalmente, socialmente e profissionalmente os indivíduos para uma melhor compreensão de que se esta inserida num mundo onde o respeito, igualdade, solidariedade, compromisso, liberdade, sejam exercidos através da cidadania.

A partir da gestão democrática onde se abrange toda a camada popular, quebrando os pressupostos entre o pensar e o fazer. Construindo valores igualitários, com a participação de toda comunidade escolar. A liberdade e à autonomia caminham juntas desde que saiba usar limites, sabendo respeitar leis e regras.

A valorização do profissional da educação para que ele reflita e atue na formação de cidadãos críticos e conscientes da sociedade. Define as ações educativas dentro das características, funções, capacidades e as condições que a envolvem. Aonde as idéias venham de encontro com os anseios da comunidade escolar, com esforço coletivo e participativo, visando uma sociedade mais justa e mais consciente.

Suas características de formar cidadãos para o mundo, onde ele possa enfrentar as dificuldades e conquistar o seu espaço. O projeto precisa ser executado para saber se o objetivo foi atingido, para isso, é necessário o trabalho coletivo.

Este tipo de participação elimina o autoritarismo, arrogância, individualismo e relações "clientelistas", resistência, fragmentação, desconfiança, descriminação, exclusão, rotina. Evitando o abuso hierárquico, possibilitando um trabalho mais corporativo, resultando em um trabalho eficaz.

A relação de trabalho deve ser baseada em solidariedade, reciprocidade, participação e organização. Trabalhando um Currículo onde se tenha uma interação entre sujeitos que tem o mesmo objetiva, buscando novas formas de organização, visando reduzir o isolamento e a fragmentação entre as diferentes disciplinas, sendo assim, deve ocorrer a interdisciplinariedade, mas também a reciclagem educacional.

Efeitos intencionalmente pretendidos e almejados como: preparar os indivíduos para compreensão da sociedade com finalidade política e social, a partir dos direitos e deveres. A avaliação deve ser de acordo com a realidade escolar, valorizando a compreensão do aluno. Deve-se partir da realidade escolar, buscar compreender a existência de problemas para a avaliação diagnóstica e propor alternativas.

Um processo democrático de decisões, que desvele os processos de conflitos e contradições e busque as construções de saberes.

É função dos profissionais da área da educação, colocar em prática a legislação em vigor, possibilitando a formação humanística do aluno no tocante ao ensino e aprendizagem. Já o pessoal administrativo assegura locação e gestão de recursos humanos.

Sendo assim, é como organizar as ações administrativas a interação política, a aprendizagem e o currículo, buscando, investindo até conceber o sucesso escolar.

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Onde muitas vezes encontramos limites de trabalho, incoerência, resistência, inexperiência, excesso de burocracia e dificuldade em respeitar os tempos e espaços escolares.

2 IDENTIFICAÇÃO/ ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

Colégio Estadual Professora Angelina Annamaria Cônsolo do PradoCódigo: 0182-2

Endereço: Rua Dr. Murici, 3421 - Bairro: Costeira CEP: 83015-290

Município: São José dos Pinhais - Local: UrbanaCódigo: 2570

NRE: Área Metropolitana SulCódigo: 03

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Ato de autorização do ColégioResolução nº 526/96 de 23/02/1996

Ato de reconhecimento do ColégioResolução nº 19/97 de 30/01/1997Renovação nº 3865/06 de 11/08/06

Distância entre o Colégio e o NREAproximadamente 30 Km

2.1 Histórico do Estabelecimento

O governo e o MEC buscando solucionar os inúmeros problemas sociais e garantir os direitos estabelecidos pela lei nº 8069/90, iniciaram em 1990 a construção de 260 (duzentos e sessenta) CAICs em diversos Estados brasileiros.

O CAIC - CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE - Profª Etelvina de Oliveira Brito, começou a ser construído em 1991, no bairro da Costeira, em São José dos Pinhais.

Em 1993, começou a funcionar internamente, com levantamento estatístico do perfil da futura clientela.

O Colégio Estadual Profª Angelina Annamaria Cônsolo do Prado - Ensino Fundamental e Médio, é uma instituição Estadual, mantida pelo Governo do Estado do Paraná, está vinculado concomitantemente, com a implantação do projeto denominado CAIC - Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente - Profª Etelvina de Oliveira Brito - que ainda conta com estrutura educacional da Escola Municipal Rosi Machado Marchesini - Educação Infantil e Ensino Fundamental, cuja mantenedora é a Prefeitura Municipal.

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A Própria organização do espaço reflete a concepção educativa dos seus idealizadores: um Centro de Atenção que assegure educação, saúde, alimentação, esporte e o lazer para as crianças e adolescentes que vivem em situação de risco.

No Colégio Angelina, há o total de 11 salas de aula, sendo 11 turmas no período da manhã, 11 turmas no período da tarde e 10 turmas no período da noite, onde deveriam estar funcionando de acordo com projeto do quadro de ocupação, de 36 alunos por turma, mas na realidade estão sendo atendidos até 43 alunos em cada sala.

Aqui, fazemos uma ressalva quanto ao mobiliário dessas salas, ou seja, são carteiras para dois alunos. Uma vez que o prédio foi projetado para atender à Educação Infantil.

Em 26 de abril de 1994, o CAIC - Profª Etelvina de Oliveira Brito, foi inaugurado e, para iniciar o primeiro ano letivo, Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais, transferiu para o local a Escola Municipal Rosi Machado Marchesini - Educação Infantil e Ensino Fundamental, que até aquele momento mantinha pouco mais de 240 (duzentos e quarenta) alunos, em um total de 8 (oito) turmas.

Concebido com esforço integrado o CAIC possui estrutura para até 1500 (hum mil e quinhentos) alunos e está instalado em uma área de 20 mil metros quadrados.

No total são 6.390 metros de área construída, dividida em cinco blocos:1º Bloco - Administração, Laboratório de Química/ Física/ Biologia, Laboratório de

Informática, Setor de Saúde e Salas de Aula;2º Bloco - Biblioteca, salas de Multiuso - Oficinas (artes cênicas, artes plásticas,

música), Clube de ciências, Salas de Aula;3º Bloco - Setor de Alimentação/ Refeitório;4º Bloco - Setor da Creche "Gente Miúda";5º Bloco - Ginásio de Esportes;No espaço livre os alunos contam com uma cancha de areia e um playground

(setor da creche).A parir daí constatou-se a necessidade premente da implantação do Ensino de 1º

Grau (Ensino Fundamental) - 5ª à 8ª Séries e, futuramente, o 2º Grau (Ensino Médio).Em 09 de janeiro de 1997, a Diretora Geral da Secretaria de Estado da Educação,

através da Resolução nº 19/97, publicada no Diário Oficial nº 4934 de 30/01/97, no art. 1º reconheceu o curso de 1º Grau - Regular da Escola Estadual Profª Angelina Annamaria Cônsolo do Prado - Ensino de 1º Grau. Em seguida, no seu parágrafo único, em decorrência do disposto no art. 1º, reconhece a Escola Estadual Profª Angelina Annamaria Cônsolo do Prado, nas dependências do CAIC, tendo como entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná.

Em 27 de junho de 1997, a Diretora Geral da Secretaria de Estado da Educação, através da Resolução Nº 2196/97, publicada no Diário Oficial Nº 5053/97 de 25/07/97, autoriza no art. 1º o funcionamento do curso de 2º Grau - Educação Geral. Em decorrência do disposto no art. 1º, a Escola Estadual Profª Angelina Annamaria Cônsolo do Prado, passa a denominar-se Colégio Estadual Profª Angelina Annamaria Cônsolo do Prado - Ensino de 1º e 2º Graus

Atualmente o Colégio Estadual Profª Angelina Annamaria Cônsolo do Prado - Ensino Fundamental e Médio, oferta:

Ensino Fundamental (5ª à 8ª Séries) - Manhã e Tarde;Ensino Médio (1ª à 3ª Séries) – Noite.O Estabelecimento atende o total de 1184(hum mil, cento e oitenta e quatro)

alunos, divididos em três turnos (manhã, tarde e noite), sendo: 11 turmas pela manhã,

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com 430 (quatrocentos e trinta) alunos, 11 turmas á tarde com 396 (trezentos e noventa e seis) alunos e 10 turmas á noite com 358(trezentos e cinquenta e oito) alunos.

2.2 Estrutura Funcional da Entidade Escolar

O quadro atual de professores:

PROFESSOR DISCIPLINAAdriano Luis Rodrigues Santos Artes Alain Leonel História/ GeografiaAlessandra Batista Geografia/História Alexsandra Cristina Cantuários Ling.Port./LEM - Ing.Andrea Cristina Barczak Biologia Cyrilo de O Junior Artes Claudia Christina Pereira Costa CiênciasCleber Juliano Piertel ArtesClodoaldo José |Bueno do Prado Geografia Cristiane M. B. Machado Geografia Dalton Luiz Gandin Ens. ReligiosoDaniela Aparecida Bononi Lingua Portuguesa Diego galvão Boing Matemática Dijalmary Matos Prateschas Física Edevaldo Giocondo GeografiaEdenilce Aparecida Oliveira Ed. FísicaElenir Maria Gomes de Oliveira Tomé Ling. PortuguesaFabiana Kutna Ed. FísicaFhilipe Gabriel da Silva Biologia Francine Traba Martins dos Santos CiênciasIdalina Berti Geografia Janete de Fátima Voich Matemática João Carlos das Neves Geografia Joelma Aparecida de Oliveira Espanhol Karine Batista de Souza CiênciasLuciana Rurato Ling. PortuguesaLuciano Aparecido Gimenes MatemáticaMarcelo Guilherme QuímicaMargarete dos Santos Ling. PortuguesaMario Fernando Zanona Filosofia Natália Sary LEM - InglêsPedro Paulo Ferreira Matemática Pio Sérgio de Andrade MatemáticaReni Silveira Pereira Ling. PortuguesaRosi carvalho Biologia Samila Hussein Mustafha GeografiaSandro Alex Monteiro Lapas Ciências Sandro Silva Ed. Física Sylvia Karin do Rosário Krueger Ling.Portuguesa

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Solange Aparecida Terossi Ling.PortuguesaSonia Cristina Rado História/ Ens. Rel.Tania Aparecida Alves MatemáticaThincia Camargo HistóriaVanessa Rososki Machado Ed. Física

O quadro atual de funcionários:

FUNCIONÁRIOS: EQUIPE AGENTE EDUCACIONAL I E PEDAGÓGICA

FUNÇÃO

Nome FunçãoAndrea da Rocha Gonçalves Agente Educacional IAntonio Hartje Direção AuxiliarAnne Cristina Castellain Kamada PedagogaCamila Marangon Pessotto Agente Educacional IIClaudinéia F. Rocha Abondancia PedagogaCleverton de Oliveira Ramos DireçãoDébora Maia Pedagoga Edineusa de Andrade Agente Educacional IElizeu Xavier SecretárioEsli Batista dos Santos Agente Educacional IEster Batista dos Santos Agente Educacional IFranciele Fernanda do Nascimento Agente Educacional IFernando Carlos Catta Preta PedagogoGeralda Cordeiro Marques Agente Educacional IIvani Araujo Hinkel Agente Educacional IJulia Yumico Wakamiya Agente Educacional ILourdes Aparecida Garcia Agente Educacional IIMaria Auxiliadora Cancelier PedagogaMaria Bernadete Sbrissia Agente Educacional IIMaria Eliane Iachenski Agente Educacional IIMaria Mendes de O. Santos Agente Educacional INeuza de Andrade Agente Educacional IRegina Lucia Sbrissia Agente Educacional IISueli Maria Figueiredo Agente Educacional IITereza Pereira dos Santos Agente Educacional IValdirene da Luz Lopes Agente Educacional II

2.3 Estrutura Organizacional e Funcionamento da Entidade Escolar

TURNO HORÁRIOENSINO

FUNDAMENTALENSINO MÉDIO

TOTAL DE TURMAS

MANHÃ 07h30 -11h45 5ª à 8ª Séries - 11TARDE 13h - 17h15 5ª à 7ª Séries - 11NOITE 19h 22h45 - 1ª à 3ª Séries 08

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2.4 Distribuição de Séries, Turmas e Alunos

MODALIDADE DE ENSINO SÉRIES Nº DE TURMAS

NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS

MANHÃ/TARDE NOITEENSINO FUNDAMENTAL 5ª 7 254 -

6ª 6 217 -7ª 5 180 -8ª 4 166 -

ENSINO MÉDIO 1ª 3 942ª 3 963ª 2 79

TOTAL 07 30 817 269

2.5 Equipe Pedagógica e Técnico - Administrativa

EQUIPE Nº DE SERVIDORES POR TURNOMANHÃ TARDE NOITE

DIREÇÃO GERAL 01 - 01DIREÇÃO AUXILIAR --- 01 -

PEDAGOGOS 02 01 02DOCENTES 20 22 21

AGENTE EDUCACIONAL II 06 07 03AGENTE EDUCACIONALI 07 09 02

,

2.6 Estrutura Física do Estabelecimento

NÚMERO DE SALAS FUNCIONAMENTO11 SALAS DE AULA01 SALA DE ALMOXARIFADO01 SALA DOS PROFESSORES01 LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS/QUÍMICA/FÍSICA01 SALA DA DIREÇÃO01 SALA DA EQUIPE PEDAGÓGICA01 SALA DE VÍDEO01 COZINHA01 BIBLIOTECA01 REFEITÓRIO01 SECRETARIA04 BANHEIROS01 GINÁSIO DE ESPORTES

01 LABORATÓRIO PARANÁ DIGITAL

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01 ESPAÇO RESERVADO PARA IMPLANTAÇÃO DO LABORATÓRIO PROINFO

2.7 Caracterização da Comunidade

Dentro da área de abrangência do Colégio Estadual Profª Angelina Annamaria Cônsolo do Prado - Ensino Fundamental e Médio, encontramos os seguintes bairros circunvizinhos: Jardim São Francisco, Vila Quissisana, Barro Preto, Jardim Suissa, Jardim Rosele Maria, Jardim Ana Lúcia, Jardim Ouro Fino e Nova Costeira.

Com o objetivo de levantar dados sobre a comunidade escolar, alunos que frequentam o Ensino Fundamental e Médio responderam questionários. A partir das respostas, algumas constatações relevantes, apresentadas a seguir, caracterizam sócio-econômicas e culturais a comunidade local:• Verificou-se que a população gira em torno de pessoas de baixa renda, uma vez

que a renda familiar de 70% situa-se na faixa de 1 à 3 salários mínimos;• Quanto à estrutura familiar 73% das famílias possuem de 4 a 6 integrantes, 19% de

1 a 3 e 8% de 7 a 9;• Outro dado verificado foi que 30% da população desta comunidade são originários

do interior do Estado do Paraná;• Os aspectos relacionados à escolaridade dos pais, 45% dos pais e 55% das mães

possuem o 1º grau incompleto;• a comunidade escolar está localizada 10% na zona rural e o restante na zona

urbana

• Existe um contraste entre problemas de infra-estrutura básica, as empresas multinacionais e industrias de grande porte, o que não diminuiu o desemprego e o subemprego da região, visto que a exigência neste caso é de mão de obra qualificada;

• A desagregação familiar é observada através de um percentual razoável de filhos sob responsabilidade de avós e parentes;

• Os bairros possuem Igrejas Católicas e Evangélicas, atendendo a diversidades de credos religiosos;

• 25% de alunos do Ensino Médio são trabalhadores e percenctual restante dependem dos pais e fazem durante as horas vagas cursos de qualificação.

3 OBJETIVOS GERAISÉ importante verificar que o Projeto Político Pedagógico, é a organização do

trabalho da escola como um todo. Onde existem objetivos bem definidos. A LDB - 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), determina

ser dever do Estado e da Família, tendo por finalidade o desenvolvimento pleno do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. Com base em princípios de: Igualdade de condições para acesso e permanência na escola. Saviani alerta para o fato de que há uma desigualdade no ponto de partida, mas a igualdade no ponto de chegada deve ser garantida pela mediação da escola. Ele destaca: "portanto só é possível considerar o processo educativo em seu conjunto sob

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a condição de se distinguir a democracia como possibilidade no ponto de partida e democracia como realidade no ponto de chegada"(1982, p.63); qualidade que não pode ser privilégio de minorias econômicas e sociais. A escola deverá criar possibilidades para garantir a meta qualitativa objetivando o desempenho satisfatório de todos; liberdade está sendo associada à idéia de autonomia que se remete para as regras e orientações criadas pelos próprios sujeitos da ação educativa e deve ser pensada na relação entre administradores, professores, funcionários, alunos, pais e comunidade que aí assumem sua parte de responsabilidade na participação do Projeto Político Pedagógico. Esta liberdade deve ser considerada também, como a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o saber direcionados para uma intencionalidade definida coletivamente.

Já a Gestão Democrática exige a compreensão em profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica. Ela visa romper com a separação entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre a teoria e prática, buscando resgatar o controle do processo e do produto do trabalho pelos educadores. A busca por este tipo de gestão inclui, necessariamente, ampla participação dos representantes dos diferentes seguimentos da escola nas decisões e ações administrativo-pedagógicas.

4 MARCO SITUACIONAL

4.1 Análise dos Dados Estatísticos da Escola Referente a 2009

PeríodoMANHÃ EVASÃO REPETÊNCIA PROMOÇÃO

2 turmas de 5ª.série

2 7 64

2 turmas de 6ª.série

- 6 65

3 turmas de 7ª.série

4 5 108

4 turmas de 8ª.série

5 9 139

Observando o quadro do período da manhã, verifica-se que de 2 turmas de 5ª Série, dos alunos 3%são evasão, 9%repetência e 88% promoção; Já de 2 turmas de 6ª Série, dos alunos 0% são evasão, 8% repetência e 92 promoção; nas 3 turmas de 7ª Série 3%dos alunos de evasão, 4% repetência e 83% promoção; nas 4 turmas de 8ª Série 3% dos alunos de evasão, 6%repetência e 91% promoção.

PeríodoTARDE EVASÃO REPETÊNCIA PROMOÇÃO

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5 turmas de 5ª.série

4 27 131

4 turmas de 6ª.série

7 14 115

2 turmas de 7ª.série

4 3 67

Observando o quadro do Ensino Fundamental, período da tarde, verifica-se que das 5 turmas de 5ª Série, dos alunos 2% são evasão, 17%repetência e 81% promoção; Já de 4 turmas de 6ª Série, dos alunos 5% são evasão, 10% repetência e 85% promoção; nas 2 turmas de 7ª Série 5% dos alunos de evasão, 4% repetência e 91% promoção.

PeríodoNOITE EVASÃO REPETÊNCIA PROMOÇÃO

3 turmas de 1ª.série

10 15 87

3 turmas de 2ª.série

13 23 76

2 turmas de 3ª.série

13 12 55

Observando o quadro do Ensino Médio, período da noite, verifica-se que das 3 turmas de 1º Ano, dos alunos 9% são evasão, 13% repetência e 88% promoção; Já de 3 turmas de 2º Ano, dos alunos 12% são evasão, 20% repetência e 78% promoção; nas 2 turmas de 3º Ano, 16 % dos alunos de evasão, 15% repetência e 69% promoção.

4.2 Formação Continuada

De acordo com a LDB, os sistemas de ensino deverão assegurar o aperfeiçoamento continuado dos profissionais em Educação. Nesta categoria estão, não só professores, mas todos aqueles que apóiam o processo de ensino e aprendizagem, como diretores, coordenadores, supervisores, orientadores educacionais.

A valorização dos profissionais da educação é uma questão fundamental para o sucesso da prática do Projeto Político Pedagógico. Deve-se garantir a eles o direito ao aperfeiçoamento profissional permanente, valorizar a experiência e o conhecimento que professores tem a partir de sua prática pedagógica. A formação continuada é um direito de todos os profissionais que trabalham na escola, uma vez que não possibilita progressão funcional baseada na titulação, na qualificação e na competência dos profissionais, mas também propicia, fundamentalmente, o desenvolvimento profissional.

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Sendo assim, a formação continuada dos profissionais da escola não deve limitar-se aos conteúdos curriculares, mas se estender à discussão da escola como um todos em suas relações com a sociedade. Baseados nestas informações, concluímos que devemos realizar encontros para leituras e discussões em torno das dificuldades, buscando em conjunto soluções apropriada.

Essa formação profissional será dirigida à equipe e não aos professores individualmente. Acontecerá especialmente na escola, considerado como local privilegiado para isso, num período incluindo na carga horária de trabalho, pois faz parte da atuação docente.

Antes de iniciar qualquer programa de formação, entendemos que deve ser um diagnóstico das reais necessidades do colegiado, com relação às dificuldades enfrentadas, metodologias aplicadas e expectativas futuras. Baseado neste perfil no Calendário Escolar e no Projeto Pedagógico da Escola, será elaborado um plano de ação devendo constar os objetivos claros, metas a serem alcançadas, ações, pessoas envolvidas, tempo, espaço e recursos materiais a serem utilizados.

O desenvolvimento de Projetos de estudos serão contemplados e estimulados, mas, é evidente, que tais projetos não podem estar isolados da práxis educativa e deverão estar inseridos num processo permanente de reflexão e aperfeiçoamento da qualidade de toda a equipe.

O Processo de Formação continuada tem como objetivos.• Possibilitar o auto-conhecimento, no qual a escola se situa como vê a sim mesma e

a sua missão;• Possibilitar a implementação da Proposta Pedagógica da Escola;• Desenvolver o enriquecimento curricular;• Promover a integração do colegiado;• Intercâmbio cultural;• Permitir a socialização e o compartilhamento de experiências, dificuldades e

descobertas de soluções;• Permitir a construção do conjunto de ações da equipe com consonância com os

princípios filosóficos da Escola.

Os profissionais da educação do Colégio Estadual Profª Angelina A. C. do Prado têm a oportunidade durante o ano letivo de aprimoramento, com a participação nas seguintes formas de eventos:• Reuniões pedagógicas, conforme calendário Escolar.• Grupos de estudos (por áreas de conhecimento), conforme calendário elaborado

pela SEED;• TV Paulo Freire • Cursos de Capacitação promovidos pela SEED, na Universidade do professor ou

em outros locais como , CETEPAR;• Cursos extraordinários, com profissionais experientes e graduados, promovidos pela

própria escola;• Participação em eventos patrocinados por instituições de ensino ou afins.

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4.3 Organização do Tempo e do Espaço

O Colégio é organizado em salas, onde cada série e turma tem a sua. Nas salas de aula existem: quadro negro, tvs pendrive, cadeiras, carteiras duplas e que podem ser dispostas de acordo com o interesse dos professores.

As aulas são divididas em 5(cinco) por dia, cada uma com 50(cinquenta) minutos de duração, mais o intervalo de 10(dez) minutos. No período noturno as três primeiras aulas são de 45 minutos e as duas últimas aulas de 40 minutos.

4.4 Equipamentos Físicos e Pedagógicos

Quanto a Equipamentos:• 1 TV’s – 20;• 11 TVS pendrive;• 1 Vídeo Cassete;• 1 Máquina Fotográfica Digital;• 2 Rádios;• 4 Aparelhos de DVD;• Spin Light;• 24 Computadores;• Peça de Anatomia;• 1 Microscópio • 1 Multimídia • 1 Impressora Multifuncional

4.5 Relação de Trabalho na Escola

Cabe ao professor e não apenas a ele, mas a escola como um todo, a organização dos conteúdos, para formação cultural de seus educandos, mas para isso devemos observar e conhecer nossos alunos, levando sempre em consideração o ser humano com um todo, respeitando suas diferenças, pois, um aluno é diferente do outro, e nunca esquecer de que os alunos possuem emoções, sentimentos, costumes e hábitos.

O professor é o mediador entre o aluno e o conhecimento, cabe a ele orientar, levar o educando a refletir, a construir do seu próprio conhecimento, dando a ele apenas as devidas coordenadas, levando o aluno a pesquisar e não dar respostas prontas. O professor deve fazer com os seus alunos resolvam as suas próprias dúvidas, questionamentos, isto é, seus problemas, para isso o professor deve sempre estar atento a novas estratégias, a novas maneiras para inovar o seu trabalho. Cabe ainda ao professor levar o aluno a conhecer a realidade do mundo, onde todos estão inseridos, e

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ainda levar o aluno a buscar os valores que estão perdidos, como: a solidariedade, amizade, companheirismo etc.

É importante não esquecer que o professor não é o detentor exclusivo do conhecimento, este tem muito a aprender com os alunos e o diálogo e o respeito é a base para que haja troca de experiências entre eles.

O maior compromisso dos profissionais da educação é com a emancipação humana, convertendo-se em formadores de homens, garantindo a qualidade de ensino, a qualidade da educação e da formação humana no âmbito escolar e não escolar. É preciso que todos os envolvidos com o processo educacional estejam comprometidos com ações que possibilitem liberdade, participação, diálogo, responsabilidade, critica e transformação;

4.6 Participação dos Pais

Envolver as famílias no trabalho cotidiano das escolas é fruto de um longo trabalho de conscientização da importância da mesma na vida escolar do aluno, além do exercício da democracia e cidadania. Os pais têm pleno acesso a escola a fim de tomarem ciência quanto ao desempenho escolar de seus filhos, não somente nas reuniões agendadas pela escola mas sempre que achem necessário junto a Equipe Pedagógica.

A participação dos pais efetiva-se também na representatividade dos mesmos nos Órgãos Colegiados – APM e Conselho Escolar, estratégias da Gestão Democrática da Escola Pública, defendida pela LDB – Art. 14.

4.7 Contradições e Conflitos

Há muito que se caminhar no que diz respeito a prática docente, a metodologias atualmente empregadas nas diversas disciplinas e atividades. Elas se resumem, em boa parte, a comentários genéricos sobre o tema abordado, leitura do livro didático e um questionário, na maioria das vezes, frente a um resumo do que foi tratado.

É fundamental respeitar o conhecimento com que o aluno chega tendo-o como ponto de partida para novas aprendizagens, num processo constante de construção e reconstrução das conteúdos trabalhados. A metodologia de ensino-aprendizagem e de avaliação são pontos importantes nesse processo.

O desenvolvimento de uma metodologia pedagógica que tenha como objetivo repensar o papel do professor e do aluno no processo de ensinar e aprender deve ser constantemente revisado e atualizado. Para que o processo de ensino-aprendizagem, bem como o de avaliação, seja eficaz deve-se levar em consideração o processo de reflexão sobre as experiências individuais de cada participante juntamente com a abordagem teórica das metodologias pedagógicas, as quais conduzirão ao auto desenvolvimento, à aprendizagem colaborativa e às aulas com maior interação entre professor e aluno. Assim, diversificar as metodologias podem dinamizar as aulas, e organizar melhor o conhecimento adquirido ao longo do trabalho das unidades planejadas.

4.8 Organização e Distribuição de Turmas

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As turmas são organizadas por série e distribuídas em turnos a fim de atender a demandada da clientela e seguindo critérios da Legislação vigente. Sendo que o ideal da escola, seria atender 36 alunos por classe, mas na realidade cada turma tem até 43 alunos, que são distribuídos mesclando as turmas de um ano para o outro, para maior interação, procurando assim, estimular as relações interpessoais e evitando a formação de pequenos grupos fechados ("panelinhas").

4.9 Organização da Hora Atividade

A hora-atividade é de suma importância para o desenvolvimento do trabalho pedagógico, tanto para o professor quanto para a equipe pedagógica, visando a qualidade do processo ensino-aprendizagem. É um momento de reflexão e trabalho coletivo, onde seus pares podem discutir, planejar, avaliar ações, entre outros.

Apesar desta conquista, o percentual de tempo destinado ainda é insuficiente para que os professores possam realizar todos os encaminhamentos propostos para a hora-atividade. Isto acontece devido a inúmeros fatores, dentre os quais citamos o número elevado de alunos por turmas, impossibilitando o desenvolvimento pleno de determinadas atividades: planejamento de aulas para diferentes turmas com necessidades educacionais e pedagógicas diversas; planejamento de ações para acompanhar alunos com déficit de aprendizagem; atendimento aos pais e/ou responsáveis; correção de atividades; entre outras.

4.10 Alunos com Necessidades Especiais

A inclusão de alunos com necessidades especiais, não se realiza somente com a efetivação de sua matrícula em ensino regular, mas com a criação de oportunidades e de condições necessárias para sua independência e autonomia.

Este Colégio, apesar de reformas e da criação de rampas e banheiros adaptados ainda não possui estrutura física completa para receber os alunos com deficiência física. Estão inseridos apenas alguns alunos com deficiência mental leve, oriundos de Classe Especial. Apesar desses alunos com dificuldades de aprendizagem estarem frequentando uma sala superlotada, sem recursos materiais ou de profissionais habilitados, estão apresentando um bom rendimento devido à solidariedade dos colegas de sala de aula e atendimento individualizado dos professores, que na medida do possível têm se esforçado para suprir as necessidades.

CULTURA AFRO

A reflexão sobre educação e diversidade cultural não diz respeito apenas ao reconhecimento do outro como diferente. Ela é muito mais complexa e multifacetada do que se pode pensar. Significa muito mais do que a apologia ao aspecto pluriétnico e pluricultual da nossa sociedade. Significa pensar a relação entre o eu e o outro. Exige de nós um posicionamento crítico e político e um olhar mais ampliado que consiga abarcar os múltiplos recortes dentro de uma realidade realmente diversa. O reconhecimento destes diversos recortes dentro da ampla temática da diversidade cultural (negros, índios, mulheres, pessoas com necessidades especiais, homossexuais, entre outros) coloca-nos frente a frente com a luta desses e outros grupos em prol do respeito à diferença.

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A escola é um espaço sociocultural em que as diferentes presenças se encontram e nem sempre são respeitadas. Encontra-se ainda casos em que nem mesmo a garantia de educação escolar como um direito social possibilita a inclusão de todo o tipo de diferenças dentro desse espaço.

A lei n.º 10.639, de 2003 de autoria da deputada Esther Grossi (PT-RS), alterou a LDB e passou a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluíssem no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira. O fato foi considerado pelos movimentos de luta dos negros em todo o país como um importante passo.

O conteúdo programático, conforme a lei, inclui o estudo da História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinente à História do Brasil.

A lei especifica ainda que o assunto referente à temática “História e Cultura Afro-Brasileira” será ministrado, em todas as disciplinas e em especial, nas áreas de Educação Artística, Literatura e História brasileira. Determina também que o calendário escolar inclua o dia 20 de novembro como “Dia Nacional da Consciência Negra”. Ela realça o que já é feito nas escolas, mas sem força de lei.

Conteúdos como os que se tem estudado e discutido, relativos à História da África e à participação dos negros na formação da nacionalidade brasileira permitem a desnaturalização do racismo e das desigualdades raciais.

4 AGENDA 21

A agenda 21 neste colégio foi concebida com o desejo de mudanças para um modelo de civilização em que predomine o equilíbrio ambiental e a justiça social.

Este documento é o resultado de um processo de planejamento participativo que analisou e diagnosticou a situação atual de nossa comunidade e planejou as futuras atuações de forma sustentável e com o intuito de gerar inserção social.

O enfoque desse processo de planejamento não é restrito às questões ligadas à preservação e conservação do meio ambiente, mas sim uma proposta que visa a sustentabilidade ampliada unindo as necessidades ambientais e sociais enunciando a indissociabilidade entre os fatores sociais e ambientais.

A concepção processual e gradativa da validação do conceito implica assumir que os princípios e as premissas que devem orientar a implementação desta Agenda 21 não constituem um rol completo e acabado, mas sim processos contínuos.

Torná-la realidade é antes de tudo um processo social no qual os envolvidos deverão pactuar paulatinamente novos consensos e montando uma Agenda possível rumo ao futuro que se deseja sustentável e socialmente justo.

Se a experiência coletiva for boa, a ponto de melhorar a relação de interesses, quanto ao respeito às diferenças e ao estabelecimento dos limites do direito individual

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em prol do bem-estar coletivo, então teremos construído as bases para a formação desta almejada sociedade sustentável, minimizando ou evitando as desigualdades e injustiças sociais.

OBJETIVOS GERAIS

Elaborar planos de atuação para transformar a realidade local no cenário desejado por todos da comunidade, fortalecendo a participação, a cidadania ativa e consolidando a formação de sociedade sustentável.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Desenvolver Fóruns locais para:

• Detectar os principais problemas da comunidade escolar;

• Identificar as potencialidades, os recursos e as fragilidades da comunidade local.

• Envolver e mobilizar a comunidade na possível resolução dos problemas diagnosticados;

• Conscientizar e sensibilizar, todas as partes envolvidas no processo, da importância desta Agenda, bem como seu amadurecimento.

• Preparar, acompanhar e avaliar os planos de desenvolvimento sustentável local de forma participativa.

• Desenvolver ações estratégicas e ou projetos para a proteção da atmosfera, proteção do solo, da água, da diversidade biológica, da desigualdade social, saúde, acesso aos serviços de informação e direito à troca de informações.

• Desenvolver a auto-estima através da implantação dos projetos já existentes e dos que venham a ser desenvolvidos durante o processo.

• Criar agenda de compromissos que nortearam o desenvolvimento, a implantação e a avaliação dos processos propostos.

DESENVOLVIMENTO

Será realizado um Fórum com a participação dos representantes dos grupos de interesses específicos desta comunidade com o objetivo de introduzir a temática da Agenda 21 Local, seus temas e com o intuito de diagnosticar os problemas mas presentes, bem como as possíveis soluções dos mesmos. Neste encontro será também realizado o levantamento das características locais para descrever a realidade local em suas dimensões ambiental, econômica, cultural e política, possibilitando uma comparação entre a situação atual e o cenário futuro desejado.

Baseado no levantamento destas problemáticas, ficarão definidas algumas ações futuras .

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MARCO CONCEITUAL

5.1 Concepção de Sociedade, Homem e Outros

A Escola é um espaço constituído por diversas dimensões, todas entrelaçadas. Pode-se destacar principais, como as dimensões pedagógicas, políticas, culturais, administrativas e humanas.

Por dimensão pedagógica compreende-se o processo ensino-aprendizagem, com todas as variáveis que o constitui, ou seja, a organização dos conhecimentos, dos espaços e do tempo escolar, a relação professor-aluno, a metodologia de ensino.

Por dimensão administrativa entende-se a questão de infra-estrutura e de pessoal.No campo político, situa-se as relações de poder e processo decisório. No social,

a relação com a comunidade escolar: a relação interna entre professores, alunos e funcionários e a relação estabelecida com pais, moradores próximos à escola, Secretaria de Educação e sociedade em geral. Também estão incluídas as experiências sociais de todos os segmentos, suas condições de moradia, trabalho e lazer.

No campo cultural, estão as raízes e vivências que promovem a elevação do Homem, conferindo-lhe uma identidade social e cultural. E na dimensão humana os sentidos, desejos, dificuldades pessoais, os conceitos e preconceitos que povoam o íntimo de cada um de nós.

O que vai nortear os princípios didáticos-pedagógicos é a clareza de que cada dimensão é constituída por elementos ou traços das demais, e que há um permanente movimento de associação e influências mútuas, e principalmente o fato de que tudo o que acontece na escola tem um caráter educativo. A importância de saber responder com equilíbrio por todas as dimensões, sem perder de vista o eixo central da escola e para todos nós devemos convergir – o processo pedagógico – é fundamental no enfrentamento dos desafios atuais da Educação. Entretanto, a Educação não mais queremos simples adaptação ao mundo, mas posicionamento crítico e criativo de frente aos desafios da vida em sociedade. Esta educação de construção e reconstrução dos saberes e valores da vida, se alicerça na Lei nº 9394/96 – Diretrizes e Bases da Educação e nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) do Ensino Fundamental e Médio, que abrem espaços para essas mudanças, propondo à Escola e educadores novos entendimentos pedagógicos para que possam desempenhar o seu papel. A LDB deixa clara a responsabilidade da Escola em propiciar amplas condições e oportunidades de aprendizagem, ao mesmo tempo em que reforça a necessidade de estabelecer uma formação básica comum, com flexibilidade no trato aos componentes corriculares.

Inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, a LDB tem por finalidade o pleno desenvolvimento dos educandos, preparando-os para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, através de uma formação básica comum, a ser complementada de acordo com o plano pedagógico de cada Escola, caracterizando uma nova concepção de ensino, sendo o mesmo, diferenciado, interdisciplinar e formativo. Propiciando o seguinte de:

UM NOVO ALUNO que compreenda a cidadania, se posicione de uma forma crítica, seja intuitivo, sensível, solidário, responsável, agente transformador, ético, ativo e participativo na construção do seu conhecimento. Além disso, que cuide do seu próprio corpo, desenvolva a auto-estima* e saiba utilizar a tecnologia, questione a

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realidade e proponha soluções; que utilize as diferentes linguagens (verbal, plástica, musical, gráfica, matemática); valorize a pluralidade do patrimônio sociocultural e saiba comunicar suas idéias.

* A auto-estima é uma necessidade humana fundamental. Seu impacto não necessita nem do entendimento e nem do consentimento da pessoa. Ela faz o seu trabalho dentro do ser humano, sabendo-se disso ou não. As pessoas estão livres para tentarem aprenderem a dinâmica da auto-estima ou para permanecerem inconscientes e respeito dela, mas, neste caso, continuará sendo um ministério para elas e terão que arcar com as consequencias.

“Auto-estima” refere-se a muito mais do que um senso inato de valor próprio que, presume-se, seja um direito inalienável de todo o ser humano – a centelha que psicoterapeutas e professores procuram reavivar naqueles com quem trabalham. Essa centelha é apenas a ante-sala da auto-estima. A auto-estima, quando plenamente realizada, é a vivência de que os indivíduos são adequados para a vida e suas exigências.

Em específico auto-estima é:• Confiança na capacidade de pensar;• Confiança na habilidade de dar conta dos desafios básicos da vida;• Confiança no direito de vencer e ser feliz;• A sensação de se ter valor, e de que as pessoas merecem e podem afirmar as suas

necessidades e aquilo que querem, almejam alcançar as metas e colher os frutos de seus esforços.

Confiar nas próprias idéias e saber ser merecedor da felicidade é a essência da auto-estima. O poder dessa conviccção a respeito de si mesmo esta no fato de tratar-se de mais que um julgamento ou sentimento. É um fator mativacional. Inspira o comportamento.

O nível da auto-estima tem profundas conseqüências em todos os aspectos da existência humana: como atuar no local de trabalho, como lidar com as pessoas, até onde se pode chegar, quanto se pode. E no domínio pessoal, por quem provavelmente se apaixonarão, como interagirão com o cônjuge, os filhos e amigos, que nível de felicidade pessoal pode atingir. A auto-estima elevada busca o desafio e o estímulo de metas exigentes e valiosas. Alcança-las alimenta uma boa auto-estima. A baixa estima busca segurança do que é conhecido e pouco exigente. Limitar-se ao conhecimento e ao que é pouco exigente serve para enfraquecer a auto-estima.

Quanto mais sólida for a auto-estima das pessoas, mais bem preparadas elas estarão para lidar com os problemas que surgem em sua vida pessoal e profissional; mais rápido conseguirão se erguer depois de um tombo; mais energia terão para recomeçar.

Se o poder da auto-estima deriva do fato de ela ser uma necessidade básica, o que exatamente é uma necessidade?

Segundo BRANDEN (1995, p.37), “necessidade é aquilo que é exigido para o funcionamento efetivo. As pessoas não querem somente comida e água, elas necessitam delas”. Sem elas morrem pessoas. Outras necessidades nutritivas são fundamentais para sobrevivência, como a de cálcio. Em certas regiões do México, o solo não contém cálcio; os habitantes dessas regiões não perecem por isso, mas seu desenvolvimento é interrompido, em geral são debilidades e estão altamente predispostos a várias doenças por falta de cálcio. São prejudicados em sua capacidade de funcionar.

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A auto-estima é uma necessidade análoga ao cálcio. Sua ausência em alto grau não provoca necessariamente a morte, mas prejudica a capacidade de funcionar, dizer que a auto-estima é uma necessidade é o mesmo que dizer:• Que ela tem uma participação essencial no processo da vida;• Que é indispensável ao desenvolvimento normal e saudável;• Que tem valor de sobrevivência.

UMA NOVA ESCOLA que forneça condições de aprendizagem, utilizando uma metodologia atual; reconheça a necessidade de participação construtiva do aluno no processo de ensino, potencializando a aprendizagem. Nesta Escola a sala de aula constitui-se um espaço privilegiado de reflexão, de situações de aprendizagens vivas e enriquecedoras, sendo que as atividades estão centradas em projetos de trabalhos e na resolução de problemas para desenvolver competências.

UM NOVO EDUCADOR que se atualize sempre e atue como um facilitador da aprendizagem do aluno e da construção de sentidos, bem como gerenciador da informação e incentivador da estética da sensibilidade, zelando pela política da igualdade e pela ética da identidade.

Não pode o ensino resumir-se a mera cópia, reprodução de conhecimentos ou treinamento para habilidades fora dele definidas. O que nele importa é a incessante busca do saber e do aprender a aprender. O aprendiz torna-se o centro da aprendizagem e da Escola, orientado pelo professor – mediador; a experiência individual e o trabalho em coletivo ganham destaque e valoriza-se o trabalho em grupo, o aprender fazendo, a criatividade, a descoberta, o aprender a aprender, o esforço decorre do interesse e há uma preocupação em educar-se para a vida democrática.

Para que se construa essa prática pedagógica inovadora voltada para a construção do conhecimento, para a visão do todo e à formação de cidadãos. Solidariamente competentes e singularmente autônomos em seu pensar e agir, a nova estratégia educacional deverá estar embasada nos Princípios Estéticos, Políticos e Éticos, das Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio – DCNEM, que são: sensibilidade, igualdade e identidade, Ressaltamos que aprender a fazer, aprender a conhecer e a conviver e aprender a ser são pontos norteadores para qualquer proposta de construção de modernidade a partir da Educação.

Mais do que três princípios, a Escola de que necessitam os cidadãos de amanhã deve-se pautar pela busca do saber sobre si mesma e sobre o contexto social em que atua. Ela precisa pesquisar o seu meio, a sus circunstância imediata e as determinações gerais da sociedade, que a penetram e influenciam. Ou seja, quais os problemas que a cercam; que saberes não-manifestos trazem os alunos e os professores, desde os respectivos mundos e os modos de vida. Buscar entender esses saberes, aspirações e perspectivas e entender-se a si mesma é a tarefa básica da Escola. Esta nova proposta para o Ensino Fundamental e Ensino Médio vê a Educação como uma área de intersecção de todas as ciências, exigindo para tanto equilíbrio, sensibilidade, rigor e flexibilidade diante das mutações da vida. O conhecimento cientifico e a arte não estão separados nesse novo contexto. O pensar e o sentir estão unidos desde o princípio porque só conseguimos conhecer, criar expressar a partir das sensações e percepções que temos. Perceber e representar tudo o que nos cerca é fundamental para nossa vida. Os sentidos associados à inteligência captam e processam informações que vamos, pouco a pouco, transformando em conhecimentos, sempre com auxílio das várias linguagens de que dispomos. Cabe, portanto, aos educadores, como papel fundamental e cotidiano de sua atividade ajudar a provocar

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nas crianças e nos adolescentes o desenvolvimento de sua capacidade de perceber as coisas das mais variadas formas possíveis, bem como de expressar sentimentos e significados.

O ensino como produção de conhecimento propõe enfaticamente o envolvimento do aluno neste processo educativo, valorizando a reflexão, a ação, a curiosidade, o espírito crítico, a incerteza, o questionamento, e exigindo uma reconstrução da prática educativa em sala de aula. Essa produção do saber com autonomia, criticidade, criatividade e espírito investigativo provoca à interpretação do conhecimento e não apenas sua aceitação. Nesse contexto, o próprio papel do educador é reconstruído, ou seja, de transmissor ela passa a mediador. Não ensino conteúdos, mas ensina o que o indivíduo precisa aprender, para analisar, planificar e exprimir dados para pensar, isto é, ensina operações, funções e pré-requisitos básicos para o educando aprender a aprender. Não basta, hoje em dia, ensinar e ler e escrever e a decorar a tabuada, mas é necessário ensinar a pensar, a relacionar dados e conteúdos e distinguir as informações relevantes das sem importância.

A mudança paradigmática da ciência numa sociedade globalizada que se aproxima do século XXI, exige a superação de metodologias reprodutivas e conservadoras, propondo que o homem seja visto como um ser indiviso, que haja o reconhecimento da unidualidade cérebro-espírito, levando à reintegração sujeito-objeto. Nesta perspectiva de aliança e reencontro, a prática pedagógica desse novo milênio muda o seu eixo orientador. O que temos agora é uma interconexão ente a abordagem holística, aquela que busca a superação da fragmentação do conhecimento e o resgate do ser humano em sua totalidade, com a abordagem progressista, que tem como pressuposto central a transformação reflexiva e crítica de professores e alunos e com o ensino com pesquisa, que considera alunos e professores como produtores de seus próprios conhecimentos.

A Escola é uma construção coletiva e permanente. Nesta perspectiva, é essencial a vinculação da Escola com as questões sociais de com valores democráticos, não só do ponto de vista da seleção e tratamento dos conteúdos, as normas de funcionamento e os valores, implícitos e explícitos, que regem a atuação das pessoas, na Escola são determinantes da qualidade de ensino, interferindo de maneira significativa sobre a formação dos alunos.

Visão de mundo e de homem: que tipo de homem e de mulher querem formar? Para que tipo de sociedade?

Se tivermos descontentes com a realidade que nos rodeia e queremos transforma-la temos que dirigir a educação no sentido de formação de cidadãos participativos, críticos, conscientes de suas responsabilidades e de seus direitos.

Uma sociedade justa e solidária, onde as pessoas sejam realmente felizes, não comporta atos discriminatórios de qualquer natureza. Por isso ao combate a todas as formas de preconceitos, sejam eles de classe, gênero, raça, idade, credo, etc.

“É possível pensar, pois, na superação, da discriminação, da passividade ou da pura rebelião que elas engendram, primeiro sem uma compreensão crítica da História, na qual, finalmente essas relações interculturais se dão de forma dialética, por isso contraditória e processual. Segundo sem projetos de natureza político-pedagógica no sentido da transformação ou da reinvenção do mundo”. (Paulo Freire)

A reflexão a cerca de homens e mulheres queremos formar para que sociedade, traz implícita a concepção de história como possibilidade. A sociedade não sempre assim e nem será. Ela é resultado da ação histórica de milhões de homens e mulheres nos diversos campos do mundo.

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“Pensar a História como possibilidade e reconhecera educação também como possibilidade. É reconhecer que se ela, a educação, não pode tudo, pode alguma coisa. Sua força, como costumo dizer, reside na sua fortaleza. Uma de nossas tarefa, como educadoras e educadores, é descobrir que historicamente pode ser feito no sentido de contribuir para transformação do mundo” (Paulo Freire).

Visão do professor: A concepção de que o professor é a figura chave na Escola e de que na sua pessoa esta concentrada a possibilidade de eficácia de processo educativo, é fundamental para buscarmos promover, antes de mais nada, o desenvolvimento deste professor, orienta-lo e assisti-lo na promoção de um ambiente escolar e processo educativo significativo para o educando. Como “chave do êxito na educação reside nas pessoas” (Kowfman, 1978, p.u), mudanças curriculares, inovação de métodos e técnicas de ensino ou do próprio currículo não tornaram por si só o processo ensino aprendizagem repentinamente eficazes. Se este tiver que ser melhorado, terá que ser a partir dos professores, do desenvolvimento de suas atividades, habilidades e conhecimentos a respeito das mudanças e inovações necessárias.

Visão do aluno: O essencial numa escola é o professor e o aluno. Entendemos, que a educação é algo permanente, algo incompleto, num constante processo de busca. Para isso é fundamental oferecermos incentivos ao aluno para que ele se sinta motivado, para ele uma necessidade vital e não uma obrigação.

Queremos que o Colégio torne-se um lugar de desenvolvimento, da confiança dos ideais e esperança dos jovens para que os mesmos lancem-se sem medo rumo ao futuro.

Para que o Colégio se torne um local atrativo para o aluno é necessário que o mesmo tenha ampla assistência pedagógica dentro e fora da sala de aula. Precisamos incentivar todo e qualquer evento cultural ou esportivo promovido para e pelo os alunos. Promoveremos palestras, projetos de reforços que visem a melhoria do ensino.

A educação é um processo amplo e integral, desta forma a pessoa deve ser vista como um todo, tanto em suas relações individuais quanto na sua vida social e política. Para tanto, a Escola deve abranger os mais diversos e variados terrenos, alcançando assim toda a experiência do aluno em suas atitudes diante da vida, incluindo Rubens Alves, cada criança é um fim em si mesmo, com direito ao prazer e a felicidade. E o professor através da novas propostas dos Parâmetros Nacionais Curriculares dá mais autonomia ao professor para que possa trabalhar a partir dos interesse e das necessidades do aluno.

Visão da comunidade: A Escola deve ser um espaço de formação e informação, em que a aprendizagem de conteúdos devem necessariamente favorecer a inserção do aluno no dia a dia das questões sociais marcantes e em um universo cultural maior. A formação escolar deve proporcionar o desenvolvimento de capacidades, favorecendo a compreensão e a intervenção nos fenômenos sociais e culturais, bem como a possibilitando aos alunos usufruir as manifestações culturais nacionais e universais.

Na perspectiva de construção da cidadania precisa assumir a valorização da cultura de sua própria comunidade, ao mesmo tempo buscar ultrapassar os seus limites, proporcionando as crianças pertencentes aos diferentes grupos sociais o acesso ao saber, tanto no que diz respeito aos conhecimentos socialmente relevantes da cultura brasileira no âmbito nacional e regional como no que faz parte do patrimônio universal da humanidade.

Um ensino de qualidade, que busca formar cidadãos capazes de interferir criticamente na realidade para transforma-la deve também contemplar o

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desenvolvimento de capacidades que possibilitem adaptações às complexas condições e alternativas de trabalho que temos hoje e de lidar com a rapidez na produção a e na circulação de novos conhecimentos e informações, que tem sido avassaladores e crescentes. A formação escolar deve possibilitar aos alunos condições para desenvolver competência e consciência profissional, mas não se restringiu ao ensino de habilidades imediatamente demandadas pelo mercado de trabalho. A escola é uma construção coletiva e permanente, nesta perspectiva, é essencial a vinculação da escola com as questões sociais e com os valores democráticos, não só do ponto de vista da seleção e tratamentos dos conteúdos, como também da própria organização escolar. As normas de funcionamento e os valores implícitos e explícitos, que regem na atuação das pessoas na escola são determinantes da qualidade de ensino, interferindo de maneira significativa sob a formação dos alunos.

Deve ser ressaltado que uma prática da reflexão coletiva não é algo que se atinge de uma hora para outra e a escola é uma realidade complexa, não sendo possível trataras questões como se fossem simples de serem resolvidas. Cada escola encontra, uma realidade, uma trama, um conjunto de circunstâncias e de pessoas. É preciso que haja incentivo do poder público local, pois o desenvolvimento do Projeto requer tempo para análise, discussão e reelaboração contínuo, o que é possível em um clima institucional favorável e com condições objetivas de realização.

Assim, o conhecimento não é visto como algo situado fora do indivíduo, a ser adquirido por meio de cópia do real, tão pouco com algo que o indivíduo constrói independente da realidade exterior dos demais indivíduos e suas próprias capacidades pessoais. É antes de tudo, uma construção histórica e social, na qual interfere fatores de ordem cultural e pedagógica.

Por mais que o professor, os companheiros e classe e os materiais didáticos possam, e devam, contribuir para que a aprendizagem se realize, nada pode substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os conteúdos da aprendizagem. É ele quem modifica, enriquece e, portanto, constrói novos e mais potentes instrumentos de ação e interpretação.

Nesta fase de transição da linha tradicionalista para a linha progressista comum à maioria das escolas, analisando e elegendo a teoria construtivas sociointeracionista onde o professor será o medidor entre o aluno e o conhecimento para o aluno ser autor. Na prática pedagógica, interdisciplinaridade e transversalidade alimenta-se mutuamente, pois o tratamentos da questões trazida pelo TEMAS TRANSVERSAIS possíveis fazer um trabalho pautado na transversalidade tornando-se uma perspectiva disciplinar regida. A transversalidade promove uma compreensão abrangência dos diferentes objetivos do conhecimento, bem como a percepção de implicação do sujeito de conhecimento na sua produção, superando a dicotomia entre alunos. Por essa mesma via, a transversalidade abre espaço para inclusão de saberes extra escolar, possibilitando a referência a sistemas de significado construído na realidade dos alunos.

Os temas transversais, portanto, são sentido social a procedimentos e conceitos próprios das áreas convencionais superando assim o aprender apenas pela necessidade escolar de “passar de ano”.

É possível e desejável que conhecimentos aprendidos em vários momentos sejam articulados em torno de um tema em questão de modo a explicitá-lo e dar-lhe relevância. Caberá aos professores mobiliar tais conteúdos em torno de temáticas escolhidas, de forma que as diversas áreas não representem continentes isolados, mas digam respeito aos diversos aspectos que compõem o exercício da cidadania. A

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finalidade última dos Temas Transversais se expressa neste critério: que os alunos possam desenvolver a capacidade de posicionar-se diante das questões que interferem na vida coletiva. Assim os temas eleitos, em seu conjunto, devem possibilitar uma visão ampla e consistente da realidade brasileira e sua inserção do mundo, além de desenvolver um trabalho educativo que possibilite uma participação social dos alunos.

É nesse processo-espaço que é público, o trabalho cooperativo, a participação coletiva, a responsabilidade de todos com os rumos da Escola, as dificuldades e os conflitos que marcam a convivência coletiva vão construindo a base de uma Escola que se pretende melhor.

Espera-se assim fazer com que a Escola se torne, de fato, presente na construção da Nação, capaz de transformar-se no sentido de atender às necessidades de desenvolvimento do cidadão e do país. Formar um cidadão hoje para hoje (e não apenas para o futuro) fazendo presente o futuro tão desejado.

5.2 Concepção de Gestão Democrática

A Gestão democrática é aquela que abre espaço para todos os interessados participarem. Somente com uma visão diferente, ampla do que é administrar é que se conseguirá alcança o objetivo da qualidade da educação desejada, e estimular a responsabilidade e compromisso dos indivíduos envolvidos.

O gestor (diretor) necessita estar atento aos conflitos que geralmente acontecem -em meio a tantas pessoas, e fazer com que eles se preocupem em trabalhar, e realizar a tarefa que está sendo necessária.

Não concebe-se ver o diretor como o indivíduo mais importante da instituição, mesmo que ele venha a assumir mais papéis que poderia: “O diretor de escola vem assumindo,pouco a pouco, importância cada vez maior na administração.Progressivamente, ele foi levado a desempenhar, num certo sentido, todas as funções. Esta nova realidade implica que sejam redefinidas suas atribuições, a fim de que sejam evitados choques de competência.Por um lado, o poder do diretor de escola é proporcional ao do supervisor,por outro,ao dos professores”.(HORA.1994, p.79).

Sendo assim a Gestão democrática e participativa é aquela que toma as decisões com acompanhamento e opiniões de todos os funcionários, alunos e comunidade em geral, conseguindo assim alcançar de maneira mais fácil os objetivos propostos.

5.2.1 Gestão Democrática

Democracia é um sistema de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com o povo. Essa participação da sociedade exige o acompanhamento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.

Para uma gestão democrática é preciso restabelecer o controle da sociedade civil sobre a educação e a escola pública, induzindo a eleição de dirigentes escolares e os conselhos escolares, garante a liberdade de expressão, de pensamento, de criação e de organização coletiva no escola, facilita a luta por condições materiais para aquisição e manutenção dos equipamentos escolares bem como por salários dignos a todos os profissionais.

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Como afirma Bastos (2001,p.10) “a construção de uma proposta hegemônica de gestão democrática pressupõe movimentos de participação na escola e na comunidade acompanhados de debates, em assembléias e a organização de práticas compartilhadas nas decisões das esferas administrativa e pedagógica”.

No processo de construção da gestão democrática da educação, a autonomia, a representatividade social e a formação da cidadania são elementos fundamentais que vão contribuir para que as escolas, articuladas com a comunidade possam participar da construção de uma sociedade fundada na justiça social, na igualdade e na democracia.

5.2.2 Movimentos de Participação

Os movimentos de participação na gestão da escola pública são ações políticas organizadas por sindicatos de profissionais da educação, partidos de esquerda e pela população. A gestão participativa tem suas diretrizes constitucionais como princípios, mas não está bem definido os mecanismos participativos , fazendo com que profissionais na área da educação tenham futuramente que lutar para serem aplicados estes mecanismos.

Em 1970 – Movimentos democratizantes da administração do sistema educativo recomeçaram lutas populares, por mais vagas e movidos pela eleição de diretores de escolas.

Como afirma Bastos (2001, p.22) “a gestão democrática da escola pública deve ser incluída no rol das práticas sociais que podem contribuir para a consciência democrática e a participação popular no interior da escola”.

Já a escola é um lugar de diferentes práticas.As práticas da gestão fazem parte desse cotidiano e historicamente têm servido para controlar e estimular novos conhecimentos. Existe a relação do poder na esfera administrativa- organização , mas esta vai além do “administrativo”. Ela atinge o pedagógico, professor com os alunos e a comunidade, apenas dentro do currículo, planejamento pedagógico. Para tanto a visão de Marília Spósito é que a propôs ta de democratização chegue até a sala de aula.

Quando se iniciou o eleitoral dos diretores das escolas em 1970 e 1980, criou-se uma política de disputas, conflitos essenciais ao processo democrático.

Para Bastos (2001,p.26) “o voto popular, porém é uma fonte, mas não única fonte de participação da sociedade ou da comunidade na democratização do poder. Existe outra fonte de democracia, decorrente do voto,que é a participação nas decisões: os conselhos de escola e comunidade que trouxeram para o cotidiano escolar, vozes diferentes e discordantes, que assustam a direção, o corpo docente e os técnicos das secretarias de educação”.

Logo, a gestão democrática dá a oportunidade para a comunidade da escola, o compromisso de reeducar o seu dirigente e colocar que há a necessidade de representação de todos que participam da escola para administrá-la.

5.2.3 Gestão Escolar

A gestão escolar é o processo que rege o funcionamento do Colégio, compreendendo divisão de responsabilidade e tomada de decisão coletiva da comunidade escolar no planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas.

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A lei de Diretrizes e Bases (LDB), já prevê uma progressiva autonomia (pedagógica,administrativa e financeira) para as Escolas. Assim, delega mais responsabilidade aos gestores,ao mesmo tempo, em que convoca outros parceiros para compartilhar funções. O que antes era trabalho exclusivo da Direção passa a ser compartilhado com a comunidade. Desta maneira, neste esforço conjunto procura-se romper o círculo vicioso de omissão e culpa pelo fracasso escolar que ora é atribuído ao governo, ora à família, ao aluno,ao professor e à Escola.

Segundo PRAIS (1997), a gestão democrática possui um duplo sentido: um pedagógico, à medida que se constitui em um fenômeno educativo e recupera a função da Escola Pública como instituição popular e outro de natureza política ao recuperar o significado do (a) da Escola enquanto líder do processo educativo e buscar o equilíbrio dialético entre decisão colegiada e o princípio da unidade de ação.

Considerando-se esses dois eixos, o paradigma da gestão democrática pressupõe a viabilização de propostas compartilhadas e de ações que estimulem a inovação e autocrítica das organizações escolares. Entendemos que o espaço coletivo, cria possibilidades de mudança, porque permite a união entre as pessoas e quanto mais pessoas estiverem pensando juntas, contribuindo, mais fácil fica superar as dificuldades. Entretanto, a gestão democrática só obterá êxito se a Escola estabelecer um fecundo diálogo com a comunidade, ou seja, um diálogo que traduza, sobretudo, na articulação do pensar e agir com a comunidade educativa, entendida esta última como o grupo formado por professores, direção, equipe pedagógica e administrativa, alunos pais e segmentos organizados da sociedade civil.

Democracia exige paciência e confiança no processo. A conquista de um espírito de coletividade e valores éticos é uma tarefa longa, que exige superação do individualismo e da intolerância. O processo decisório, Público e transparente. De fato as decisões tomadas estejam certas ou não, passam a ser responsabilidade de todos, o que aprofunda o comparecimento da comunidade escolar coma educação e com a própria Escola.

Destacamos, contudo, que a gestão democrático, não garante, por si só, a democracia. A existência dela vai depender da forma como as pessoas agem, isto é, respeito às opiniões, informação passadas com clareza, decisões tomadas em favor da coletividade e dos interesses maiores da Educação.

A gestão escolar, como decorrência do princípio constitucional da democracia e colegialidade, terá como órgão máximo a Direção e o Conselho Escolar.

5.3 Concepção Curricular

A escola deve ser elemento básico da vida social e cultural, onde crianças e adultos possam apropria-se dos conhecimentos científicos básicos e, de outro, aprender com a história, com livros, com o cinema, com a música, a dança, o teatro, com a linguagem e a arte, pois a experiência com essas produções constitui a formação cultural e humana necessária para enfrentar desafios da vida.

E o papel específico da escola em relação ao saber é o de incorporar as diferenças combatendo a desigualdade; o de assegurar – no plano social e cultural – a posse do conhecimento, pois o que possibilita a superação da particularidade é o conhecimento universal e, sobretudo, a compreensão da história. Ao falar de conhecimento falamos de cidadania que é o ponto básico, pois infelizmente, parece que tantos anos de administrações incompetentes, falta de recursos, propostas equivocadas levam a população a esquecer que o trabalho básico da escola – ensinar; de assegurar

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a reapropriação do conhecimento – é um serviço que ela presta na ( e para a) construção da cidadania (KRAMER,1998).

A atividade de ensino é, sem dúvida, objetivo principal do profissional do magistério que se dá pela habilitação à profissão e pela prática reflexiva. È uma prática docente, a experiência e a reflexão constante para o exercício do magistério, que levam ao êxito.

Como a escola trabalha diretamente com o conhecimento e com o ser humano, tem o desafio de estar em constante processo de discussão e reelaboração de suas ações, para não só acompanhar os processos evolutivos da sociedade, mas para interferir nas necessárias transformações.

O currículo não é elemento transcendente e atemporal – ele tem uma história, vinculada a formas específicas e contingentes de organização da sociedade e da educação, assim existe a necessidade de atualização permanente, refletindo a dinamicidade do conhecimento científico e tecnológico e sua subseqüente reorganização dos saberes escolares.

No Paraná há uma história de avanços e retrocessos no trabalho de reorganização do currículo, que hoje tem como base a elaboração coletiva das diretrizes curriculares. Nesse processo a escola torna-se um espaço de criação e de crítica cultural, o que envolve eleger a cultura como o eixo articulador do currículo. Para isso, inicialmente, precisava considerar os educandos como sujeitos culturais e adotar uma postura aberta à cultura, às suas distintas manifestações, postura que supere o “daltonismo cultural” de muitos docentes, que desconsideram o “arco-íris de culturas”, que se encontra nas salas de aula, valorizando a riqueza cultural no espaço escolar.

Segundo McCarthy (1998), é essencial que nos situemos na prática pedagógica culturalmente orientada, além da visão das culturas como interrelacionadas, como mutuamente geradas e influenciadas, e procuremos facilitar a compreensão do mundo pelo olhar do subalternizado.

É preciso que a cultura dos estudantes e da comunidade possa interagir com outras manifestações culturais, com museus, centros culturais, música erudita, clássicos de literatura etc. Todas as manifestações culturais, hegemônicas ou subalternizadas, precisam ser objetos de atenção e apreciação no currículo.

Mas só a presença da cultura na escola é insuficiente. É preciso que se dê ao aluno(a) condições de compreender sua produção e, sempre que possível, de participar dessa produção.

A escola deverá proporcionar um espaço de crítica cultural, de maneira que cada professor possa desempenhar o papel de crítico cultural ( SARLO, 1999) e propiciar ao estudante a compreensão de que tudo que passa por natural e inevitável precisa ser questionado e pode, conseqüentemente, ser transformado.

Uma educação de qualidade deverá capacitar uma pessoa a se mover do estado de viver de forma relativamente restrita sem mundo cotidiano até tornar-se um sujeito razoavelmente ativo na mudança de seu ambiente, o que requer uma compreensão acurada da realidade na qual está inserida.

Os conhecimentos escolares necessários a uma educação de qualidade devem, assim, possibilitar o bom desempenho no mundo imediato, bem como a análise e a transcendência das tradições culturais do(a) aluno(a), tornando-os pessoas capazes de compreender o papel que devem desempenhar na mudança de seus ambientes e no desenvolvimento de seus papéis, bem como de ajuda-los a adquirir os conhecimentos e as habilidades necessárias para o exercício desse papel. Conhecimentos e processos que contribuam para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos que procurem

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compreender como as coisas se tornaram o que são e como fazer para que elas venham a ser diferentes.

A seleção curricular deve expressar a realidade da sociedade para qual se destina, em vez de expressar padrões alheios. Isso implica compreender a natureza dessa sociedade e organizar a educação e o currículo para que expressem a natureza dessa sociedade e organizar a educação e o currículo para que expressem e criem valores adequados a uma sociedade democrática instruída e a uma cultura comum.

A proposta curricular deverá então partir, pelo menos, dos seguintes pressupostos: todos podem aprender; o respeito às diferenças e a convergência da ação coletiva como necessária à superação dos fracassos escolares; instituições escolares preparadas e adequadas pedagogicamente, respectivamente para crianças, adolescentes; jovens e adultos.

No entanto, o currículo não poderá ser confundido com grade disciplinar ou ainda reduzido exclusivamente a ela. Reestruturar currículos é definir formas de regulação da vida, da formação de identidades que estarão na arena disputando com outras instâncias de formação humana.

Assim, é fundamental que a proposta curricular reconheça a diversidade, assumindo explicitamente disputa cultural na sociedade, entre alunos e alunas e entre professores e professoras.

Construir um currículo é tarefa de cada um e a preocupação constante deve ser a insatisfação com o existente e a busca do novo. Por isso, coletivamente devemos ter condições de decidir o que se considera significativo que os alunos aprendam, como fazer para que eles compreendam o mundo em que vivem e tentem mudá-lo.

A educação baseada em uma pedagogia crítica, procura questionar de que forma podemos trabalhar para a reconstrução da imaginação social em benefício da liberdade humana. É quando pedagogia e cultura popular se relacionam e surge a importante compreensão do significado de tornar pedagógico mais político e o político mais pedagógico.

Sendo assim, essa escola terá como prioridade o estudo das áreas do conhecimento, centradas na cultura, pois acreditamos que a cultura vai validar suas vozes e experiências.

O Colégio Estadual Professora Angelina Annamaria Consolo do Prado – Ensino Fundamental e Médio, tem a organização curricular por série e por área de conhecimento, conforme matriz curricular, em anexo.

O Estabelecimento cumpre de acordo com a LDB Lei nº 9394/96, 800 (oitocentas) horas de atividade escolar, distribuída em 200 (duzentos) dias letivo anuais.

5.3.1. A Matriz Curricular do Ensino Fundamental (5ª à 8ª séries), está assim composta:

BASE NACIONAL COMUMÁreas do Conhecimento / Disciplinas: Ciências, Educação Artística, Educação Física, Ensino Religioso, Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática.

PARTE DIVERSIFICADAÁreas do Conhecimento / Disciplinas: Língua Estrangeira Moderna – Inglês.

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5.3.2. A Matriz Curricular do Ensino Médio (1ª à 3ª séries), é estruturada da seguinte forma:

BASE NACIONAL COMUMÁreas do Conhecimento / Disciplinas: Arte, Biologia, Educação Física, Física,

Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática e Química.

PARTE DIVERSIFICADAÁreas do Conhecimento / Disciplinas: Filosofia, Língua Estrangeira Moderna –

Inglês e Sociologia.

5.4 Propostas Curriculares das Disciplinas de Ensino Fundamental

5.4.1 CIÊNCIAS

Fundamentação Teórica:

A disciplina de Ciências, dentro de um contexto histórico, visa propor uma abordagem crítica e histórica dos conteúdos, onde sejam priorizados os conhecimentos científicos, físicos, químicos e biológicos para o estudo dos fenômenos naturais, assim como a articulação entre a ciência, tecnologia e sociedade e as implicações daí recorrentes.

Desde a pré-história, o ser humano buscou entender os fenômenos naturais, seja no céu, animais, plantas, criou instrumentos e técnicas de observações ao longo do tempo, intensificando a construção da ciência como um todo.

A Ciência provou que os avanços científicos determinaram o crescimento e o desenvolvimento da humanidade em inúmeras áreas, oferecendo meios para que houvesse melhora nas condições de vida no planeta. Apesar dela constituir um conhecimento especializado, está presente na vida cotidiana aproximando o que é científico do senso comum.

É uma disciplina com construção humana coletiva, do qual participam a imaginação, a intuição e a emoção. A comunidade científica sofre a influência do contexto social, histórico e econômico em que está inserida. Ela contribui para a formação da cidadania na medida que favorece a participação dos alunos na vida comunitária.

Portanto, não existem neutralidade e objetividade absolutas: fazer Ciência exige escolhas e responsabilidades humanas. As afirmações científicas são provisórias e nunca podem ser aceitas como completas e definitivas.

Atualmente, a sociedade, está exigindo um questionamento maior do indivíduo sobre a utilização racional dos recursos da natureza e sobre os problemas que envolvem as relações entre Ciência. Ser Humano e Ambiente.

A Ciência tem como finalidade a intenção de contribuir na formação de indivíduos com visão ampla do mundo, capazes de intervir na transformação do meio em que vivem, de forma racional criando uma consciência de responsabilidade para que não se negue as gerações futuras o direito a própria vida.

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Deve mobilizar o aluno a aprender em situções reais, em casa, no trabalho, na cidade, no lazer, etc, preparando-o para a vida, para a coletividade, impulsionando assim o avanço da sociedade.

Objetivos Gerais da Disciplina:

Os objetivos gerais de Ciências no Ensino Fundamental são elaborados para que o aluno desenvolva competências que lhe permitam compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão, utilizando os conhecimentos de natureza científica e teconológica. Desta forma, o ensino de Ciências deverá estar organizado para que o final do Ensino Fundamental o aluno tenha desenvolvido as seguintes capacidades:

Compreender a natureza como um todo dinâmico e ser humano, em sociedade como agente e paciente de informações do mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;

Valorizar e preservar a natureza e os seres vivos, compreendendo a importância dos recursos naturais e a manutenção do equilíbrio ambiental;

Compreender a tecnologia como meio, para suprir necessidades e melhorar as condições de vida, considerando princípios éticos para avaliar as práticas tecnológicas envolvidas em qualquer circunstância;

Questionar a política de saúde do Brasil procurando soluções para elevar o nível de qualidade de vida principalmente no aspecto preventivo de atendimento à população;

Oportunizar ao aluno o desenvolvimento da curiosidade do interesse da mobilização para busca e organização de informações, ou seja, permitir que o aluno estabeleça relações entre o mundo natural (conteúdo da Ciência) o mundo construído pelo homem (Tecnologia) e seu cotidiano (Sociedade);

Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação, as condições da vida e as concepções de desenvolvimento sustentável;

Conhecer e compreender as transformações e principalmente a integração entre os Sistemas que compõem o corpo humano, suas funções de nutrição, coordenação, relação, regulação e reprodução, bem como as questões relacionadas à saúde e a sua manutenção, especialmente através da preservação;

Analisar os problemas globais, levando o aluno a se posicionar de maneira a perceber que suas atitudes estão entre as possíveis soluções, como por exemplo, optar por não consumir um produto que agride o meio ambiente buscando produtos alternativos.

Encaminhamento Metodológico

A disciplina de Ciências, tendo como objetivo de estudo os Fenômenos Naturais: físicos, químicos e biológicos, deve ser estudada a partir de conteúdos abordadeos de forma articulada, em numa perspectiva crítica e histórica, considerando a necessidade de constextualização, evitando a abordagem tradicional de repasse de conteúdos do livro didático.

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A Ciência deve ser concebida no processo Ensino-Aprendizagem, como uma construção humana, cujos os conhecimentos científicos são passíveis de alterações e marcadas por intensas relações de poder.

Visando a abordagem crítica e articulada, são propostos conteúdos estruturantes, dos quais ramificam-se os conteúdos específicos a serem trabalhados considerando a prática social do aluno.

Para evitar uma abordagem descontextualizada, fragmentada por série, os conteúdos específicos serão trabalhados ao longo do Ensino Fundamental, respeitando-se o nível cognitivo de cada turma, a realidade local, a diversidade cultural e as diferentes formas de apropriação dos sabares pelos educandos.

O encaminhamento metodológico, portando, devem considerar o dinamismo e a provisoriedade da Ciência, cuja a prática e descobertas estão constantemente sendo substituídas por outras mais modernas. Assim, os conteúdos específicos devem estar relacionados entre si, com os conteúdos estruturantes, com outras disciplinas e com elementos científicos, tecnológicos e sociais.

O professor deve provocar discussões, análises e reflexões, valorizando o conhecimento empírico do aluno para chegar ao conhecimento historicamente produzido.

O laboratório (desde que não trabalhado por si só), aulas práticas, pesquisas e trabalhos de campo, entrevistas, problematizações, observações, visitas, projetos individuais e em grupos, palestras, fóruns, debates, seminários, conversações, músicas, desenhos, maquetes, experimentos, relatórios, dramatizações, histórias em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, dentre outros, TV pendrive, TV Paulo Freire, etc., São recursos que podem ser utilizados evitando-se a forma reducionista de repasse de livros didáticos. Comparações de acontecimentos científicos-passado, presente e futuro, também devem estar entre as formas de convite para a aprendizagem, assim como a utilização das tecnologias encontradas na escola (recursos áudio-visuais).

Os registros são importantes, mas que não sejam usados como cópia de texto do livro ou do quadro, numa informação desprovida de motivo para incentivo ao interesse do aluno, em aulas monótonas e cansativas.

Salientamos, que os temas propostos devem ser flexíveis o suficiente para abrigar a curiosidade e as dúvidas do educando, para que a compreensão dos conceitos evidenciem a importância da montagem do método científico, exigindo o desenvolvimento de atitudes / procedimentos para a solução e interpretações dos fenômenos envolvidos.

Os conteúdos específicos e estruturantes:

Os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, assim como os conteúdos estruturantes serão contemplados na disciplina favorecendo a reflexão, noção de contexto e articulação dos conteúdos específicos que passam a ser entendidos como expressão da realidade e deixam de ser compreendidos como elementos fragmentados.

5ª Série:− Astronomia: Universo, sistema solar, Movimentos terrestres, Movimentos celestes,

Astros, Origem e evolução do universo, Gravitação universal.

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− Matéria: Constituição da matéria, Propriedade da matéria.− Sistemas Biológicos: Níveis de organização, Célula, Morfologia e fisiologia dos seres

vivos.− Energia: Formas de energia, Conversão de energia, Transmissão de energia.− Biodiversidade: Organização dos seres vivos, Sistemática, Ecossistema, Interação

ecológicas, Origem da vida, Evolução dos seres vivos.

6ª Série:− Astronomia: Universo, Sistema solar, Movimentos terrestres, Movimentos celestes,

Astros, Origem e evolução do universo, Gravitação universal.− Matéria: Constituição da materia, Propriedades da matéria.− Sistemas Biológicos: Níveis de organização, Célula, Morfologia e fisiologia dos seres

vivos.− Energia: Formas de energia, Conversão de energia, Transmissão de energia.− Organização dos seres vivos, Sistemática, Ecossistema, Interações ecológicas,

Origem da vida, Evolução dos seres vivos.

7ª Série:− Astronomia: Universo, Sistema Solar, Movimentos terrestres, Movimentos celestes,

Astros, Origem e evolução do universo, Gravitação universal.− Matéria: Constituição da matéria, Propriedades da matéria.− Sistemas Biológicos: Níveis de organizaçã, Célula, Morfologia e fisiologia dos seres

vivos.− Energia: Formas de energia, Conversão de energia, Transmissão de energia.− Biodiversidade: Organização dos seres vivos, Sistemática, Ecossistema, Interações

ecológicas, Origem da vida, Evolução dos seres vivos.

8ª Série:− Astronomia: Universo, Sistema Solar, Movimentos terrestres, Movimentos celestes,

Astros, Origem e evolução do universo, Gravitação universal.− Matéria: Constituição da matéria, Propriedades da matéria.− Sistemas Biológicos: Níveis de organização, Célula, Morfologia e fisiologia dos seres

vivos.− Energia: Formas de energia, Conversão de energia, Transmissão de energia.− Biodiversidade: Organização dos seres vivos, Sistemática, Ecossistema, Interações

ecológicas, Origem da vida, Evolução dos seres vivos.

Avaliação:

A avaliação é a reflexão transformadora em ação, pois subisidia decisões a respeito da aprendizagem dos educandos, tendo em vista garantir a qualidade do processo educativo. Por meio dela, os sujeitos escolares sabem como está a aprendizagem dos alunos e também podem ter indícios de como está o ensino, para a escola refletir e melhorar a Prática Pedagógica.A avaliação do Processo Pedagógico é feita em uma interação diária do professor com a classe e em procedimentos que permitam verificar a apropriação dos conteúdos específicos trabalhados. Torna-se imprescindível, assim, a coerência entre planejamento, metodologia utilizada e o Processo Avaliativo, afim de que os critérios de

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avaliação estejam ligados aos propósitos do Processo Pedagógico, à aquisição dos conteúdos específicos a ampliação de seu referencial de análise crítica da realidade.O processo avaliativo dar-se-à de forma sistemática e a partir de critérios de avaliação que considerem os conhecimentos acumulados, a prática social, relações e interações estabelecidas em seu processo cognitivo, no cotidiano escolar e fora dele. Por meio de instrumentos avaliativos os alunos poderão expressar os avanços na aprendizagem, assim como seu desempenho e dificuldades.Para atender ao que se propõe, são necessários meios, recursos e instrumentos avaliativos diversificados como: trabalhos em grupo, atividades práticas, provas, produção de texto, etc.

5.4.2 EDUCAÇÃO ARTÍSTICA

Fundamentação Teórica:

No Ensino Fundamental a Arte passa a vigorar como área de conhecimento e trabalha com as várias linguagens, visando a formação artística e estética do educando. A área de Arte, assim constituída, refere-se às linguagens artísticas, como Artes Visuais, a Música, o Teatro e a Dança.

Partindo desse pressuposto, a Arte na Escola tem uma função importante a cumprir.Ela situa o fazer artístico dos alunos como fato humanizador, cultural e histórico, no qual as características da arte podem ser percebidas nos pontos de interação entre o fazer dos artistas de todos os tempos, que sempre inauguram formas de tornar presente o inexistente. Não se trata de copiar a realidade ou a obra de arte, mas sim de gerar e construir sentidos.

O conhecimento em Arte é construído sobre três eixos norteadores, que são: produção, apreciação e contextualização. Ao fazer, apreciar e conhecer arte, o aluno percorre trajetos de aprendizagem que proporcionam conhecimentos específicos sobre a relação com o mundo. Além disso, desenvolve potencialidades(como percepção, observação, imaginação e sensibilidade) que podem contribuir para a consciência do seu lugar no mundo e para a compreensão dos conteúdos das demais áreas do currículo. Na produção artística de cada época também deve estar presente a tecnologia. Fazer arte e pensar sobre o trabalho artístico que vem sendo produzido na história, garante ao educando uma aprendizagem contextualizada em relação aos valores e modos de produção artística nos diversos meios sócio-culturais.

Concluído, o que a Arte na Escola, principalmente, pretende é formar o conhecedor,fruidor, decodificador da obra de arte, pois entendemos que uma sociedade só é artisticamente desenvolvida quando ao lado de uma produção artística de alta qualidade há também uma alta capacidade de entendimento desta produção pelo público.

Objetivos Gerais da Disciplina:

Através da Educação Artística, o aluno poderá adquirir sensibilidade e cognição em Artes Visuais, Dança, Música e teatro, desenvolvendo conhecimento estético para que possa apreciar, desfrutar, valorizar e emitir juízo de valor sobre produções artísticas de distintos povos e culturas ao longo da história.

Metodologia:

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Deve-se direcionar o pensamento para método que vai ser aplicado: para quem, como , por que e o que? O trabalho em sala de aula deve pautar a relação que o ser humano tem com a arte, o produzir, o desenvolver e o sentir.

No espaço escolar, o objeto de trabalho, a metodologia deve ter três momentos: Sentir e perceber (familiarização com diversas produções artísticas, o trabalho do professor é mediar e possibilitar essa apropriação); conhecimento em arte ( não deve ficar apenas na teoria, mas sentir e perceber e no trabalho artístico com esses três elementos é que se efetiva o conhecimento de arte, ele se transforma através do tempo); Trabalho Artístico (momento do exercício da imaginação e criação, deve ser realizada, pois é fundamental não tem como apreender de forma abstrata).

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

5º Série: • Uso dos materiais de desenho;• Ponto e Linha;• Cores:Primárias e Secundárias;• Tonalidades;• Construções e composições tridimensionais;• Modelagem;• Texturas e Volumes;• Leitura e Improvisações de textos dramáticos;• Formas de expressão dramática(tragédia, comédia, farsa, auto-farsa);• Princípios do movimento e do condicionamento físico;• Tipos de danças;• Elementos da linguagem musical(notas, pautas e espaços musicais);• Estilos musicais;• Interpretação e Improvisação musical (individual ou em grupo).

6º Série: • Linha: forma e posições;• Sólidos geométricos;• Texturas e Volumes;• Leitura e Releitura de Obras de Arte;• Cores: complementares, análogas, quentes, frias e neutras;• Harmonias cromáticas;• Construções e composições tridimensionais;• Teatro de máscaras, fantoches, marionetes e sombras;• Ritmos Musicais;• Instrumentos Musicais;• Leitura Musical;• Composição e Interpretação de paródias;• Composição coreográfica;• Interpretação de repertórios de diferentes épocas e locais.

7º Série:

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• Modulação espacial;• Cor luz e cor pigmento;• Ampliação e redução de desenhos;• Histórias em quadrinhos;• Polígonos estrelados;• Leitura e Releitura de Obras de Artes;• Produção de um espetáculo teatral;• Interpretação de estilos musicais (shows e festivais).

8º Série:• Leitura e Releitura de Obras de Arte;• A arte através dos tempos;• Perspectiva;• Desenho Publicitário: desenho de letras, logotipo, cartaz, prospecto, anúncio;• Representação da figura humana;• História da dança;• História da Música;• História do Teatro;• Composição e Interpretação interligando as diferentes linguagens artísticas.

Avaliação:

É diagnóstica, processual, com planejamento constantemente redirecionado, utilizando também a avaliação do professor, da classe, sobre o desenvolvimento das aulas e auto-avaliação dos alunos.Importante que se faça uma pesquisa, o que o aluno já sabe, pois esse conhecimento deve ser socializado entre os colegas e ser referência para o professor propor abordagens diferenciadas. Também se utiliza de avaliações individuais ou coletivas com diversos instrumentos (pesquisas, provas, trabalhos artísticos entre outros).

5.4.3 EDUCAÇÃO FÍSICA

Fundamentação Teórica:

A Educação Física no Brasil está tentando ocupar o lugar que lhe cabe dentro das ciências. Sabemos que esta foi introduzida em nosso país através de uma Escola Militar com o propósito de adestramento e preparação para o combate na guerra.

Podemos afirmar que a Educação Física, na época denominada de Ginástica, foi introduzida nos Colégios brasileiros por volta de 1870. Rui Barbosa, em 1882, lançou o projeto de reforma do Ensino Primário, dando destaque especial à Educação Física como fator formador de jovens.

Na época a classe dominadora resistiu muito à introdução de ginástica nas Escolas, por acharem esta desprovida de valores intelectuais, como matemática, cálculo integral ou mecânica racional. Apesar da resistência a Educação Física foi introduzida nos currículos escolares.

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Desde então a Educação Física, sempre atrelada a valores morais, médicos e militares, tornou-se obrigatória nos cursos primários e secundários e, mais tarde, em todos os níveis e graus de ensino.

Hoje, a Educação Física, dentro da tendência Histórico-crítica discutida em sua ação pedagógica, deve buscar elementos da “Ciência da Motricidade Humana”. Por isto, nossa proposta de trabalho baseia-se na tendência Histórico-crítica da Educação, tida por alguns como Educação Física progressista, revolucionária e crítico-revolucionária.

Trabalhar-se-á, pois, na Educação Física com o corpo em movimento à luz de uma visão Histórico-crítica, nas decisões de seus destinos.

Entendemos, ainda, que o corpo em movimento “é expressão objetivada da consciência corporal, formada pelo conjunto de relações que compõem uma determinada sociedade”.

A sociedade em que vivemos tem uma concepção do corpo ainda enraizada no que surgiu a partir do século XVII. Por isso a síntese da história nos trazem até os dias de hoje, numa trajetória da sociedade dominante, onde o poder dominante impunha normas de condutas corporais para efetivar a dominação: “Que é o corpo bonito, como se comportar em relação ao público, que exercícios devem ser feitos para melhorar e conservar a saúde, como ficar mais belo, quem tem o biótipo melhor para este ou aquele esporte, etc. ...”

É necessário tomar como ponto de partida a concepção de corpo que a sociedade tem produzido historicamente, visando o conhecimento do seu próprio corpo ( consciência corporal ).

A Educação Física brasileira passa por um momento de fundamental importância em sua história, onde pretendemos questionar a visão de “corpo máquina” e corpo “espécie humana”. Corpo este dotado de todos os sentimentos humanos que deverão ser respeitados em suas manifestações. Cabe a nós procurarmos orientar para que, quando houver suas manifestações, estas possam ser observadas com a maior naturalidade, compreensão e respeito.

Objetivos Gerais da Disciplina:

• Integração no processo pedagógico como elementos fundamentais para o processo de formação humana do aluno;

• Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade em que esta inserido.

Metodologia:

As atividades de jogos representam excelentes oportunidades de experiências de respeito mútuo, a começar pelo estabelecimento das regras. Promover jogos nos quais os próprios alunos possam combinar as regras de comum acordo, será também rica experiência moral.

As aulas de Educação Física serão ministradas de forma a observar os conteúdos concretos e significativos produzidos historicamente pelo aluno, orientando para que as mesmas tenham um caráter recreativo, não exigindo tantas habilidades do aluno, mas que se permita a construção do seu saber de maneira prazerosa.

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Ao se trabalhar os pressupostos dos movimentos expressos na ginástica, dança e jogos historicamente colocados, objetiva-se atingir a consciência e domínio corporal através do estudo do “corpo em movimento”.

Os jogos de salão (xadrez, dama, tênis de mesa, trilha e outros) serão oferecidos de acordo que atinjam a todos de forma recreativa, introduzindo-se, aos poucos, as regras, técnicas/táticas necessárias, respeitando-se as individualidades.

No espaço chamado de “Atividades Complementares da Educação Física”, os alunos poderão ter contato com informações de cunho esportivo, cultural e saúde. Neste espaço os professores orientarão os alunos a interferirem nas atividades culturais promovidas pelo Colégio, ou que o mesmo houver sido convidado a participar.

A ação educativa dos conteúdos propostos será encaminhada pelos professores de maneira a preparar os alunos a serem, no futuro, adultos críticos, sabendo reivindicar os seus direitos, opinar, discutir, alterar a ordem social, tendo acesso à cultura e à história do seu tempo.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

5º Série: • Manifestações Esportivas;• Manifestações Ginásticas;• Manifestações Lúdicas;• Desenvolvimento Corporal e Construção da Saúde;• Jogo;• Jogos de Salão;• Aspectos Históricos e Sociais;• Dança.

6º Série: • Manifestações Esportivas;• Manifestações Ginásticas;• Manifestações Lúdicas;• Construção da Saúde;• Jogo;• Dança;• Jogos de Salão;• Aspectos Históricos e Sociais.

7º Série: • Manifestações Esportivas;• Manifestações Ginásticas;• Manifestações Lúdicas;• Construção da Saúde;• Jogo;• Dança;• Jogos de Salão;• Aspectos Históricos e Sociais.

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8º Série:• Manifestações Esportivas;• Relação do Corpo com o Mundo do Trabalho;• Construção da Saúde;• Jogo;• Dança;• Jogos de Salão;• Aspectos Históricos e Sociais.

Avaliação:

Levar em consideração a faixa etária dos alunos e seu grau de autonomia e discernimento que possuem processo, de forma contínua, poderá revelar as alterações próprias e características do momento do aprendizado.

A avaliação de caráter qualitativo e somativo, levando em conta o processo de envolvimento e participação ativa em cada aula.

Critérios da Avaliação: • Frequência às aulas;• Participação nas atividades;• Questionamentos produzidos pelos alunos; • Resolução das atividades práticas e teóricas;• Criatividade na execução das atividades;• Percepção do próprio movimento em relação aos outros e em relação à

natureza.

5.4.4 ENSINO RELIGIOSO

Fundamentação Teórica:Importância histórica da disciplina e seus fundamentos

O primeiro projeto educacional para o Brasil veio da Europa, era de caráter religioso e teve sua efetivação com o trabalho de evangelização e catequese dos índios, negros e filhos dos colonizadores, realizado pelos jesuítas.

Durante a monarquia, a religião católica era oficial e o que se ensinava nas escolas era de cunho religioso.

No ínicio da República o ensino da religião sofreu bastante devido à separação da Igreja e Estado. Mesmo sendo laico o ensino da religião ainda esteve presente na 1ª Constituição do Brasil e seguia ainda às orientações da Igreja Católica.

Atualmente a legislação defende a matrícula facultativa ao aluno, e a educação religiosa tem a função de socialização do conhecimento sobre o fenômeno religioso.

A educação religiosa é hoje uma área do conhecimento tão importante e necessária quanto as outras áreas para a formação integral do cidadão. Sendo assim o Ensino Religioso pretende proporcionar à compreensão das diferentes manifestações do sagrado por meio do trabalho com conceitos básicos no

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campo religioso e na maneira como as tradições religiosas influenciam a sociedade ou ainda esta afirma ou nega o sagrado.

Entendendo que o sagrado compõe o universo cultural humano é que se considera relevante os conhecimentos relativos ao sagrado para todos os alunos durante o processo de escolarização,pois contribuem para a percepção de um dos aspectos da cultura e da vida em sociedade.

Assim sendo, o Ensino Religioso, ao ressaltar o sagrado, procura explicitar a experiência que ocorre nas várias culturas representadas nas diferentes religiões. O conteúdo tratado pelo Ensino Religioso terá, também, a preocupação com os processos históricos da contribuição do sagrado,procurando explicitar os caminhos percorridos até a concretização de simbologias e espaços que se organizam em territórios sagrados, ou seja, a criação das tradições.

É por meio do entendimento do sagrado que se compreende a construção dos processos de explicação para os acontecimentos que não obedecem, pro exemplo, às leis da natureza, do físico e do material.

Muitos dos acontecimentos que marcam a vida em sociedade são atribuídos às manifestações do sagrado. Tais manifestações diferem-se de cultura para cultura, ou seja, a apreensão só poderá ser realizada dentro de cada realidade.

Para análise e reconhecimento do sagrado aponta-se aspectos como a paisagem religiosa (refere-se a materialidade fenômica do sagrado), o símbolo (entende-se como sistema simbólico), o texto sagrado (reconhecido através das Escrituras Sagradas, das Traduções Orais Sagradas e dos Mitos)e o sentimento religioso (estado particular do sujeito em relação ao sagrado).

Objetivos Gerais da Disciplina:

• Proporcionar o conhecimento e a compreensão do fenômeno religioso, a partir da realidade sociocultural do aluno.

• Analisar o papel das tradições religiosas na estruturação e manutenção das diferentes culturas.

• Promover, por meio da informação reflexão e vivência de valores éticos, o diálogo religioso e consequentemente superar preconceitos.

• Promover a educação para a paz, desenvolvendo atitudes éticas que qualifiquem as relações do ser humano consigo mesmo e com o outro.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

5º Série: • Textos Sagrados:

- Orientações legais;- Instrumentos que visam assegurar a liberdade religiosa.

• Símbolos:- Lugares Sagrados: rios, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

• Paisagem religiosa:- Textos orais e escritas: contos, narrativas, poemas e orações;- Fundadores e lideres religiosos;- Estrutura hierárquica

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6º Série: • Textos sagrados:

- Universo simbólico: Simbologia dos gestos, sons, formas cores o texto nos ritos, mitos e cotidiano.

• Símbolos: Ritos – de passagem, mortuários, propiciatórios, outros...• Paisagem religiosa:

- Festas religiosas: festas organizadas por diferentes grupos religiosos.• Vida e morte:

- Sentido da vida;- Reencarnação;- Ressurreição;- Além morte;- Acenstralidade.

Quando são trabalhados os conteúdos símbolos religiosos e diversidade religiosa também contempla a História da cultura afro-brasileira, pois faz parte da História Cultural do Brasil. Assim como questões ambientais quando falamos de lugares sagrados.

Metodologia:

O Ensino Religioso como disciplina deve trabalhar seus conteúdos de forma sistemática e em articulação com as demais áreas.o fenômeno religioso é seu objeto de estudo e compreende as diferentes manifestações do Sagrado. Essas manifestações constituem o conhecimento religioso histórica e culturalmente produzido pela humanidade.

Por meio de uma metodologia que proporcione uma interação dialógica no processo de construção do conhecimento, juntos professor e aluno dão um novo significado ao conhecimento.

Avaliação:

Apesar de não constar notas no registro de classe na disciplina de Ensino Religioso, ela deverá ser avaliada num processo contínuo de crescimento e amadurecimento do aluno no decorrer dos assuntos trabalhados, como interpretação de poesias, músicas, confecção de cartazes, uso do desenho para ilustração de temas.

Neste processo espera-se que o aluno:− Estabeleça discussões sobre o sagrado numa perspectiva laica;− Desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural;− Perceba que o fenômeno religioso é próprio da identidade de cada grupo social.

Instrumentos de Avaliação:

• Registros escritos como textos e desenhos;• Provas;• Trabalhos de Pesquisa;• Relatos Orais.

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Recursos:

Uso de materiais como: aparelho de som, livros, poesias, filmes, músicas, livros de literatura, papéis diversos, vídeo, TV pendrive.

5.4.5 GEOGRAFIA

Fundamentação Teórica:

A Geografia deve prestar-se a desenvolver no aluno a capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar criticamente a realidade, para melhor compreendê-la e identificar as possibilidades de transformação no sentido de superar suas contradições.

Vista sob esta perspectiva, o ensino de Geografia tem por finalidade munir os alunos de conhecimentos que lhes permitem agir de modo mais lúcido ao tratar de questões que têm a ver com ocupação e a gestão do espaço. Contribui para a formação do cidadão que participa dos movimentos promovidos pela sociedade, que conhece seu papel no interior das várias instituições das quais participa, que discute de forma consciente sobre os problemas e situações de vida do mundo atual.

Assim, não se trata de repassar para os alunos fatos para que eles memorizem, e sim levantar questões e instrumentalizá-los, de modo a lhes propiciar as condições de se compreenderem como sujeitos da história e agentes da transformação social. É dentro dessa perspectiva que devemos proceder na escolha e no tratamento dos conteúdos essenciais a disciplina, buscando estabelecer os aspectos fundamentais para o seu ensino.

A compreensão desses processos e a inserção dos alunos no mundo capitalista de hoje, somente ocorre se forem problematizados. A problematização está ligada ao estabelecimento de nexos entre os temas e a vida cotidiana dos alunos e entre fatos, em diversas escalas. Consiste em justificar determinado estudo pela sua relevância social e pela necessidade de compreensão mais abrangente e fundamentada dos fenômenos.problematizar implica também em expor as contradições sociais, trazê-las à luz, buscar explicações que fundamentem uma consciência transformadora.

Objetivos Gerais da Disciplina:

Formar um aluno consciente das relações sócios-espaciais e das transformações ocorridas no espaço geográficos, possibilitando a sua atuação crítica na modificação das relações sociais.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

5º Série: • A Importância da Geografia;• Orientação Geográfica;• Os Movimentos das Terras no Universo e suas Influências (Rotação e

Translação);• As Coordenadas Geográficas;• Noções Cartográficas;

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Escala. Legenda.

• Fusos Horários;• Atmosferas;

Classificação, Fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas.• Litosfera.o As Rochas e os Minerais;• Hidrosfera;o Rios e Bacias Hidrográficas.

6º Série: Geografia do Brasil.

• A Divisão Política e Regional;• Regiões Geoeconômicas;

População.• Formação;• Movimentos Migratórios;• Crescimento;• Distribuição;

Atividades Econômicas.• Setores da Econômica;• Área Rural;• Agroindústria;• Modernização da Economia;• Área Urbana;• Industrialização.

7º Série: Critérios de Regionalização.

• Histórica Geográfica;• Natureza;• Paisagem Natural;• As Eras Geológicas;• Geografia dos Continentes• O Continente Americano (noções histórico-econômico-físico);• Desigualdade dos Países: Norte e Sul;• Formação e Conflitos Étnico, Religiosos e Raciais;

Política Ambiental• Circulação e Poluição Atmosférica;• Desmatamento;• Chuva Ácida;

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• Buraco na Camada de Ozônio;• Efeito Estufa (Aquecimento Global);

Blocos Econômicos.• Órgãos Internacionais;• Economia e Desigualdade Sociais;• Dependência Tecnológica;• Conflitos Mundiais.

8º Série: Regionalização Sócio-Econômica

• Capitalismo;• Sistemas de Circulação de Mercadorias, Pessoas, Capitais e Informações;• Consumo e Consumismo;

Globalização.• Meios de Comunicação;• Narcotráfico;• Terrorismo;• Recursos Energéticos;• Biopirataria;• Neoliberalismo.

Metodologia:

A Geografia tem por objetivo buscar a explicação das diferentes paisagens, territórios e lugares como resultado de combinações próprias que marcam suas singularidades. Assim sendo, é preciso reconhecer essas singularidades e especificidade dos lugares no processo de globalização em nível mundial. O espaço geográfico, dessa forma, reflete as características do momento histórico que o criou. Desta forma, faz-se necessário sincronizar esses elementos com outros já apropriados pelos alunos em oportunidades anteriores.

Para que o professor seja, realmente, o mediador e faça a aproximação entre o conhecimento que os alunos tem e o conhecimento geográfico, produzido historicamente, é preciso que o professor seja sensível frente ás dificuldades dos educandos, lembrando que o conhecimento geográfico se constrói gradativamente.

Para o educando chegar á compreensão do espaço e a produção do mesmo, é necessária a habilidade de traduzir a realidade e, isto pode ser feito através de representações em painéis, cartazes, colagens, confecção de maquetes, plantas, leitura e análise de fotos e mapas diversos. Também o uso de canções, charge, relatórios, coleta de dados, gráficos, entrevistas, e o uso das tecnologias (televisão e vídeos) que criam situações que possam gerar desafios e desequilíbrios cognitivos, possibilitando ao aluno a construção do conhecimento.

Salientamos que o estudo da paisagem urbana e rural, com toda a sua problemática pode, em grande parte, ser desvendado pela observação direta dessas paisagens. Uma excursão a um sítio ou uma fazenda garantirá um contato direto com o solo, a vegetação e as formas de organização da produção. Desta maneira, a

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aprendizagem se tornará um momento de prazer, estando a Geografia aberta a uma infinidade de recursos para a motivação do aluno.

Avaliação:

Avaliar significa dizer o que está acontecendo na relação ensino-aprendizagem, isto é, o quanto foi possível avançar, o que vai bem e o que precisa melhorar, portanto, o professor deve ter clareza de onde quer chegar com seu trabalho, pois a aprendizagem não acontece de uma vez, mas gradualmente.

A avaliação, nesse processo, é uma sistemática contínua, incidindo sobre o trabalho do próprio professor e o aproveitamento dos alunos, não se detendo somente nos critérios de aquisição de conhecimento pelos educandos, mas também possibilitando ao professor avaliar sua própria metodologia, sua proposta pedagógica, e o que espera dos alunos.

Sempre que necessário, devem ser retomados conceitos sobre os quais ainda pairam dúvidas, para tanto o professor precisa acompanhar o processo, observando os alunos para ter uma idéia de suas dificuldades e diferenças. Assim o professor assume o papel de orientador, cuja meta é orientar a classe a trabalhar individual e coletivamente. Enfim, a avaliação leva ao planejamento de novas ações na direção de fazer o aluno avançar, bem como melhorar as práticas do professor.

A avaliação do ensino de Geografia precisa contemplar instrumentos variados e dinâmicos, com questões diversificadas que contemplem as habilidades particulares de cada aluno, como:

• produção e ilustração de histórias;• produção de cartazes;• questões descritivas e de múltiplas escolha;• construção de maquetes;• jogos interativos;• debates e seminários;• produção de textos orais e escritos;• comparação e interpretação de mapas;• elaboração e interpretação de mapas;• elaboração e interpretação de gráficos;• apresentação de relatos orais e escritos;• manuseio de Atlas, do globo terrestre, dos mapas.

Critérios de Avaliação: • Reconhecer semelhanças e diferenças nos modos que diferentes grupos

sociais se apropriam da natureza e a transformam;• Compreende a especialidade e a temporalidade dos fenômenos geográficos,

em suas dinâmicas e interações;• Reconhece a importância de uma atitude responsável de cuidado com o meio

em que vive, percebendo os cuidados que deve ter na preservação e conservação da natureza;

• Identifica os elementos da linguagem gráfica utilizada nas representações cartográficas.

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5.4.6 HISTÓRIA

Fundamentação Teórica:

A História no Ensino Fundamental, dentro do contexto atual deve evidenciar o papel do homem como agente formador do próprio espaço social , portanto considera o aluno como sujeito de sua aprendizagem e da sua história.

Desenvolver na criança a visão construtivista do saber é tarefa própria dessa disciplina cuja riqueza inesgotável surpreende pela sua coerência e ao mesmo tempo pelo imprevisto.

Refletir o presente, conhecer a realidade sociocultural e econômica da comunidade a que pertence, interpretar as razões de conflitos, perceber a diversidade cultural em outros locais e épocas, aproximar a realidade do aluno a fatores interdependentes, resultantes da ação humana, identificar interesses, observar reações, concluir de forma lógica e outras tantas experiências relacionadas ao saber formal, fazem do conhecimento histórico a mais rica fonte, onde bebemos a maravilhosa essência do humanismo: "História é Vida".

Atualmente a escola considera a necessidade de trazer o saber escolar com o conhecimento histórico. Ë essencial para a formação da cidadania consciente e responsável conhecermos nossas origens, percebermos as grandes diferenças sociais que levam à exclusão da maioria da população. O conhecimento histórico traz à tona a noção de cidadania. É no falar que o cidadão se manifesta. A cidadania é construída na conquista de direitos, na percepção do papel social do ser humano.

Alheias às leis que lhes garantem direitos e sem consciência de seus deveres mais elementares a grande maioria de adolescentes de escolas públicas conseguem através de contextos próprios apropriar-se de conhecimentos e construir uma nova postura diante da sociedade.

Os avanços tecnológicos conquistados pelos homens não estão ao alcance de todos ao mesmo tempo. Essa percepção de diferentes povos e diferentes tecnologias norteiam a historiografia do ensino fundamental.

Ainda devemos prever a interdisciplinaridade que a mesma visão de um determinado fenômeno é abordada sob a ótica de diferentes disciplinas. A História pode proporcionar as pistas, possibilitando descobertas e reflexões sobre a prática cotidiana e relacioná-las com problemáticas históricas do grupo de convívio, à sua localidade, à sua região e à sociedade nacional e mundial.

Os conteúdos históricos apresentados aos alunos do Ensino Fundamental devem partir de situações do presente, onde a problemática acontece e buscar na produção historiográfica existente o fortalecimento da consciência critica dos jovens, a partir da reflexão, estudo e análise da realidade social, econômica, cultural e política para conseguir um protagonista juvenil comprometido com a transformação da realidade que o modelo neoliberal está gerando.

Outra abordagem que cabe ao estudo Histórico diz respeito à transversalidade, cuja necessidade não se restringe somente a essa disciplina escolar, mas enriquece sobremaneira o trabalho didático.

Enfim, fundamentando a questão do saber histórico no Ensino Fundamental, deve pautar-se no reconhecimento da realidade, nas questões da diversidade sócio-econômica, na percepção do "eu" e do "outro", da formação do senso de cidadania, da

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busca da inclusão de todos no processo histórico, nas questões do desenvolvimento tecnológico que espera um novo homem, menos tecnicista e mais comprometido com os valores sociais.

Esperamos que o Ensino de História possa preparar o educando para ser mais crítico, impregnado de auto-estima, disposto e enfrentar as mudanças, trazendo idéias e ideais, tendo iniciativa, flexibilidade, capacidade, competência, solidariedade e consciência de sua cidadania.

Objetivos Gerais da Disciplina:

• Estabelecer comparações e conexões, selecionando e contextualizando informações históricas em períodos temporais e espaciais significativos, além de aprender um número cada vez, maior de dimensões históricas;

• Saber também interrogar documentos, discernir argumentações históricas e construir a sua própria argumentação, mostrando independência de pensamento, colocando perguntas, utilizando e valorizando informações históricas e colocando hipóteses.

Metodologia:

Não se aprende História somente no espaço escolar. As crianças e os jovens têm acesso a inúmeras informações e imagens no convívio familiar, nas tradições de seu meio, nas comemorações que participam. Os meios de comunicação bombardeiam os lares com notícias e documentários ricos em qualidade que dificilmente podem competir com a Escola, tão carente de recursos.

Partindo deste contexto, o professor para transformar o ensino de História em algo vivo e dinâmico deve partir da associação, ou seja, dos conceitos prévios e visões de mundo dos educandos e da construção dos conteúdos historiográficos.

Devemos proporcionar ao aluno a organização do saber sobre questões e informações históricas, no plano temporal e contextual, dando significado aos conteúdos, sensibilizando, criando conflitos que vão resultar no estímulo ao conhecimento e na troca de informações entre o aluno e o professor. O professor atua como organizador do pensamento formal, mostra ao aluno a apropriação cultural contida nos livros didáticos, ensina procedimentos de pesquisa, organiza a ação escolar e ajuda na busca do conhecimento como um agente agregador e catalisador.

O professor de História deixar sempre clara idéia dos conflitos sociais, incorporando o aluno como sujeito desses conflitos, ser coerente em seu trabalho, reconhecendo a diversidade que se apresenta em sua ação. Não buscar no aluno um "expert" em conteúdos históricos, mas um ser humano politizado, consciente de seus direitos, conhecedor da realidade e crítico. Desenvolvendo atividades nas quais possam questionar o presente, identificar questões internas às organizações sociais para a construção do momento histórico atual.

É importante que ao aluno note que a disciplina de História pode lhe dar uma visão mais ampla sobre o dia a dia que o cerca, do presente em permanente contato com o passado.

Na seleção de conteúdos, dentro dos eixos temáticos, procuramos abordar aspectos da realidade da clientela escolar: conhecimentos da historia brasileira ou

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incluindo no estudo das relações sociais no tempo, as reflexões dobre as contradições sociais e sobre os processos históricos contínuos ou descontínuos.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

5º Série: • Concepção de História;• Tempo Histórico, Linear, Sagrado e Profano;• Fontes Históricas;• Papel do Historiador;• As Primeiras Sociedades Humanas;• A Revolução Agrícola;• Índios na América;• O índio Brasileiro;• Sociedades Escravistas: Grécia e Roma;• Transição para a Sociedade Feudal;• Características da Sociedade Feudal;• Poder da Igreja na Idade Média.

6º Série: • Declínio do Feudalismo; • Elementos da Transição do Feudalismo para o Capitalismo;

Desenvolvimento das Cidades. As Cruzadas. Epidemias. Crescimento Artesanal e Comercial.

• Portugal na Expansão Mercantil Européia;• Índios da América: Incas, Maias e Astecas;• Absolutismo Monárquico• Mercantilismo: Práticas Capitalistas de Acumulação;• Brasil Conquista Mercantilista Portuguesa;• A Exploração Colonial Agroindustrial: Açucareira, Mineração e Pecuária;• Europa e Renascimento Cultural e Científico;• Reforma Religiosa;• Catolicismo no Brasil;• Contradições Internas do Sistema Colonial;• Lutas pela Independência do Brasil;• Processo de Independência da América (EUA);• Iluminismo.

7º Série: • Revolução Francesa;• A Vinda da Família Real para o Brasil;• Independência das Colônias Espanholas;• Independência do Brasil;• Período Regencial;

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• A Revolução Industrial;• Socialistas e a Luta Operária;• Parlamentarismo no Brasil;• Desenvolvimento Cultural Brasileiro e a Industrialização;• Período Cafeeiro e o Imigrante;• Fim da Escravidão;• Brasil República;• Revoltas Sociais no Brasil;• A Primeira Guerra Mundial;• A Emergência de Novas Potências;• A Segunda Revolução Industrial;• Imperialismo.

8º Série:• Transição do Feudalismo para o Capitalismo;• Expansão Marítima – Comercial Européia;• Mercantilismo;• Formação dos Estados Nacionais e Absolutistas;• Renascimento;• Reforma e Contra – Reforma;• Revolução Industrial;• Organização da Classe Operária e o Socialismo;• Revolução Russa;• A Primeira Guerra Mundial;• O Totalitarismo no Entre-Guerra, Nazismo e Fascismo;• A Segunda Guerra Mundial

Avaliação: No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as

hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem no processo de Ensino e aprendizagem.

A avaliação deve ter caráter diagnóstico, proporcionar a possibilidade de mensurar tanto o aluno quanto o educador, levando à reflexão sob todo o processo didático.

Os instrumentos de avaliativos como textos,produções individuais, tarefas, diálogos reflexivos, exercícios elaborados e outros podem servir para diagnosticar as conquistas discentes. O objetivo alcançado pelo aluno será sempre reflexo dos critérios pré-elaborados pelo professor no momento de especificar seu tema.

A História tem como pressuposto levar o educando a apreender a realidade na sua diversidade e nas múltiplas dimensões temporais. Para atingir esse objetivo é necessário o professor considerar que, no processo de aprendizagem, a importância de uma variedade de instrumentos e situações possibilita por um lado, avaliar as diferentes capacidades e conteúdos curriculares propostos e, por outro, contrastar os dados obtidos e observar a transferência das aprendizagens em contextos diferentes. Portanto, procurar valorizar o intercâmbio de idéias, sugerindo a análise e interpretação de diferentes fontes e linguagens – imagens, textos, filmes, documentos, visitas -, a comparação entre informações e o debate acerca de explicações diferentes para um

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mesmo acontecimento, estará o professor incentivando a construção do conhecimento pelo diálogo, pela troca, na formulação de perguntas e na construção de relações entre o presente e o passado.

O professor deve levar os seus alunos a questionarem a própria História. Ser capaz de lê-la criticamente é o objetivo da sua avaliação.para isso os alunos devem ter a compreensão de como os homens, coletivamente, constroem as sociedades ao mesmo tempo em que se constroem como homens. É fundamental que os alunos se situem no seu tempo, como agentes históricos (sujeitos e objetos da História) e entendam que a História é dinâmica, processual e plural.

Critérios de Avaliação:

• Reconhecer, criticar e analisar as diversidades culturais da sociedade;• Identificar-se como agentes participativos na construção do espaço;• Ter consciência dos aspectos legais elaborados na sua comunidade e

interpretá-los como fonte de direito e dever;• Desenvolver competências como parte de um grupo comunitário, lutando para

diminuir as desigualdades sociais;• Estabelecer relações entre continuidade, permanência, ruptura e transformação

nos processos históricos;• Estar apto a investigar todos os documentos e a historiografia de seu foco de

interesse e tirar conclusões lógicas do resultado do processo, fazendo associações do saber formal com a própria vivência pessoal;

• Atuar sobre os processos de construção de memória social, partindo da crítica dos diversos "lugares de memória" instituídos;

• Situar os momentos históricos nos diversos ritmos da duração e nas relações de sucessão e/ou de simultaneidade;

• Comparar problemáticas atuais e de outros momentos históricos;• Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação do passado;• Integrar-se como parte do contexto sócio cultural vivenciando os momentos de

planejamento, participação, execução e resultados no exercício da plena cidadania.

5.4.7 LÍNGUA PORTUGUESA

Fundamentação Teórica:

O objeto de estudo da língua portuguesa é a própria língua, por isso o ensino de língua portuguesa deve centrar-se no objetivo de desenvolvimento e sistematização da língua interiorizada pelo aluno incentivando a sua verbalização e o domínio de outras variantes, utilizadas em diferentes contextos sociais.

A compreensão da arbitrariedade da linguagem pode permitir ao aluno a problematização dos modos de ver a si mesmo, as categorias de pensamento, das classificações que são assimilados como dados indiscutíveis. As diversas formas de

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linguagens, se confrontam nas práticas sociais e na história, fazendo com que a circulação de sentidos produza formas sensoriais e cognitivas diferenciadas

A língua escrita é o produto mais desenvolvido e transcendente, linguagem de situações concretas e imediatas ampliando seu grau de abstração, possibilitando a integração das relações sociais – científico – tecnológicas, por isso é importante o entendimento de que as linguagens e os códigos são dinâmicos e situados no espaço e no tempo histórico.

Objetivo Geral da Disciplina:

Compreender e utilizar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

5º Série: Expressão Oral.

• Seqüência, Clareza e Objetividade na Exposição das Idéias;• Consistência Argumentativa na Exposição das Idéias em Relação ao Domínio

da Norma Padrão;• Perceber os Modos como os Autores fruem o seu Tempo, como Captam de

sua Ótica ao Real, na sua mais ampla acepção;• Experimentar no nível do imaginário novas formas de pensar, agir e relacionar

com o outro;• Compreender as Relações entre passado e presente;

Expressão Escrita. Produção de Textos.

• Ficcionais;• Informativos;• Narrativo;• Verbal;• Descritivo e Narrativo;• Elementos da Narrativa.• Publicitário;• Poesia;

Leitura.• Textos Visuais e Verbais;

Gramática.• Classes Gramaticais;• Frase Nominal e Verbal;• Encontros Consonantais;• Acentuação Tônica;• Verbos Regulares e Irregulares;• Advérbios e Locuções Adverbais.

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6º Série: Leitura (Textos Narrativos).

• Textos Narrativos (Fábulas e Crônicas);• Jornalísticos (entrevista);• Estudo Vocabular;• Leitura Oral e Coletiva;• Texto: Verdades e Mentiras – Leitura;• Caracterização dos Personagens.

Expressão Oral.• Texto Comparativo;• Expressar Opiniões, Respeitando a Opinião Alheia;• Percepção dos Diferentes Pontos de Vista do Narrador;• O Texto Jornalístico e suas Funções;• Polissemia, Sinonímia, Antonímia;• Ampliação Vocabular;• Antônimos e Sinônimos;

Expressão Escrita.• Criação de Textos a partir do Tema Dado;• Criação de Poemas Explorando Forma e Disposição das Palavras;• Criação de Narrativa e seus Elementos Significativos – Forma e Exposição;• Grafismos;• Neologismos;• Real e Fictício na Narração;• A Crônica;• A Narração e o Tema;• Diferentes Tipos de Discurso: Descritivo, Poético e Informativo;• Texto e Jornal;• Confecção de Jornal e sua Estrutura;• Formas do Discurso Direto, Indireto e Interior;• A Linguagem Figurada;• A Tira e sua Estrutura;• Resumir Parágrafos;• Reconhecer a Idéia Principal do Parágrafo;

Gramática.• Revisão da 5ª Série;• Promove, Advérbio, Preposição, Interjeição;• Acentuação;• Noção de Sujeito e Predicado;• Verbos Regulares;• Formação das Palavras (Composição e Derivação);• Grafar Corretamente as Palavras;• Sufixos, Prefixos;

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• Siglas, Abreviaturas;• O Emprego dos Sinais de Pontuação.

7º Série: Leitura.

• Não Friccionais;• Ficcionais;

Expressão Escrita.• Produção de Textos Ficcionais e Não – Ficcionais;

Gramática.• Classes Gramaticais;• Análise Sintática;• Concordância Verbal e Nominal;• Aposto e Vocativo;• Conjunções;• Figuras de Linguagem;• Pontuação;• Acentuação;

Oral.• Seqüência, Clareza, Objetividade nas Exposições das Idéias;• Consistência Argumentativa nas Exposições das Idéias;• Adequada Vocabular.

8º Série: Expressão Oral.

• Relatos de Experiências Pessoais;• Debates;• Criação de Histórias;• Exposição de Idéias;• Julgar a Fala do Outro;• Utilizar a Norma Padrão;• Reconhecer as variedades Lingüísticas;

Leitura.• Textos Informativos, Argumentativos• Ficcionais e Não – Ficcionais;

Expressão Escrita.• Textos Verbais E Não – Verbais;• Tipologia Textual;• Padrões de Textualidade: Coesão, Coerência, Progressão Discursiva,

Intertextualidade;

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• Produção Textual, Discurso Narrativos, Descritivos, Publicitários, Jornalísticos, Argumentativos;

Gramática.• Língua Oral X Escrita;• Níveis de Linguagem;• Vícios na Linguagem;• Sintática;• Semântica;• Estilística.

Metodologia:

Na perspectiva para uma nova prática, a visão e linguagem que estamos defendendo tem como objetivo de preocupação a interação verbal, isto é, a ação entre sujeitos historicamente situada que, via linguagem, se apropriam e transmitem um tipo de experiência historicamente acumulada.

O trabalho com o texto será cerne do nosso ensino, este deverá ser entendido como um material verbal produto de uma determinada visão de mundo, de uma intenção e de um momento de produção. O professor deverá criar situações de contato com visões do real, via texto, para que o aluno desenvolva, cada vez melhor, um controle sobre os processos interacionais.

É importante trazer para a sala de aula todo o tipo de texto: literário, narrativo, descritivo, informativo, publicitário e dissertativo, colocar estas linguagens em confronto, não apenas as suas formas particulares ou composicionais, mas o próprio conteúdo veiculado nelas. No que se refere à linguagem oral é preciso transformar a salda de aula um espaço de debate permanente, num local onde o aluno deverá escutar a voz do outro e, ao mesmo tempo, adequar o seu discurso ao outro.

É obrigação da escola proporcionar ao aluno o domínio da variedade padrão. Talvez a estratégia mais adequada para sensibilizar o aluno no que refere ao uso de determinada variedade esteja no confronto de estruturas diferentes. A partir disso, será mais fácil pensar confronto de estruturas diferentes e pensar em termos de adequação da norma a contextos específicos.

Já a leitura deve-se expor ao aluno a todo tipo de texto: os narrativos (romances, contos, novelas, artigos, crônicas, fábulas, lendas); os dissertativos (editoriais, artigos); os poéticos e os publicitários. A partir desse contato com a diversidade é possível estabelecer o contraponto, mostrando ao aluno que cada texto tem uma especificidade ou forma e revela uma determinada interpretação sobre o real.

A literatura determinada deverá ocupar um espaço privilegiado no planejamento, visto que a literatura é o retrato vivo da alma humana, pois tem sido ao longo da história uma das formas mais importantes que dispõe o homem não só para o conhecimento do mundo, mas também para a expressão, criação e re-criação.

Em relação à escrita é preciso ter presente, no ato de escrever, a noção de interlocutor, isto é, o perfil daquele que vai ler nossos escritos. A produção de textos é uma estratégia adequada que deve decorrer de uma discussão ao da leitura de outros textos, uma literatura contrastiva. A partir do debate, ao levantamento de idéias, dos objetivos bem claros, é possível dar sentido à escrita. As questões referentes à norma

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padrão deverão ser trabalhadas no próprio texto contrapondo a variedade padrão e a não – padrão.

Avaliação:

Numa perspectiva sócio-interacionista da língua, devemos mudar o enfoque sobre o sujeito lingüístico, temos que construir uma concepção de avaliação que nos dê pistas concretas do conhecimento que o aluno está fazendo para se apropriar efetivamente das atividades verbais.

Na avaliação deve se tornar a produção (oral / escrita) do aluno como parâmetro de avaliação dele mesmo, pois é comparando texto do próprio aluno que o seu progresso pode ser evidenciado. E quanto aos chamados erros ortográficos devem ser gradativamente sanados com o contato constante do aluno com o material escrito.

Na leitura, a fluência, a entonação correta, a postura adequada para ler o “entendimento” da mensagem são elementos necessários, mas não suficientes. É preciso valorizar a reflexão que o aluno faz a partira do texto lido.

O aspecto gradativo pelo qual o aluno domina o conteúdo da língua não deve ser visto apenas na leitura e escrita, mas também a oralidade deve ser avaliada progressivamente, devendo-se considerar: a participação, a exposição de idéias de modo claro, a fluência de sua fala, a participação organizada, o desembaraço, as contribuições e principalmente a consistência argumentativa de sua fala.

A avaliação terá sempre uma visão diagnóstica e contínua, que priorize a qualidade e o processo de aprendizagem do aluno, como intuito de intervir pedagogicamente no momento certo.

5.4.8 MATEMÁTICA

Fundamentação Teórica:

Apresentação fundamental, dentro da matemática, consiste em promover o diálogo, troca de idéias, estimular a curiosidade, desenvolver hábitos de estudo entre os alunos em cada momento do aprendizado. É o caminho mais eficaz para superar um ensino em que apenas o professor explica e o aluno ouve passivamente.

O ensino da Matemática deve consistir num referencial para a construção do conhecimento matemático, permitindo ao aluno compreender a realidade em que ele está inserido, desenvolver suas capacidades cognitivas e sua confiança para enfrentar desafios. Desta maneira, ele ampliará os recursos necessários para o exercício da cidadania, bem como incorporará à aprendizagem os recursos das tecnologias e da comunicação.

Ensinar Matemática não significa apenas mostrar como ela é apresentada hoje. É necessário revelar a sua história, como ela foi usada e aprimorada pelos diferentes povos e culturas até chegar na forma como é hoje. Ela sempre esteve e está presente nos acontecimentos e no desenvolvimento da humanidade, quer direta ou indiretamente, como uma ferramenta para que determinados projetos possam ser concluídos com êxito.

Nesta perspectiva, a Matemática é um bem cultural, construída nas relações do homem com o mundo em que vive e no interior as relações sociais, e tem sido desenvolvida para dar respostas às necessidades e preocupações de diferentes

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culturas, em diferentes momentos históricos construído nas relações do homem com o mundo em que vive e no interior das relações sociais.

Por tudo isso, observa-se a relevância de desenvolver um ensino de Matemática que permita ao educando compreender a realidade em que está inserido, assim como desenvolver suas capacidades cognitivas e sua confiança para enfrentar desafios, de modo a ampliar os recursos necessários para o exercício da cidadania, ao longo de seu processo de aprendizagem.

Metodologia:

O ensino de Matemática não se reduz a apenas olhar para os conceitos e aceitá-los como prontos e definitivos,mas propiciar ao educando a sua construção e apropriação. De posse desse conhecimento ele poderá compreender, analisar e buscar soluções para transformar e resolver os problemas do seu dia-a-dia e, consequentemente, transformar a sua realidade.

O procedimento adequado para que se proporcione um aprendizado de Matemática com compreensão, requer que o professor atue como um motivador no processo ensino-aprendizagem, incentivando a cooperação dos alunos e valorizando suas participações na construção do conhecimento matemático. A partir da promoção de situações ou problemas, até mesmo lançados como desafio, permite-se uma tomada de decisão do aluno, a fim de que se organizem atitudes matemáticas que resultam em soluções significativas. É conveniente que estas resoluções certifiquem a aquisição do conhecimento por meio de análises e comparações de métodos de solução e/ou raciocínio e resultados.

Neste espaço, que é a sala, acontece a sistematização do conhecimento matemático, a troca de experiência, as discussões e interações ente aluno- professor – conhecimento. Um espaço que deve ser marcado pelo trabalho cooperativo e estimulante para todos os participantes, de modo a incentivá-los a querer saber mais e a vencer os desafios. Uma das formas, que pode ser usada, é o recurso aos jogos e materiais concretos via construção,pois constituem uma forma interessante de propor problemas, permitindo que estes sejam apresentados de modo atrativo e favoreçam a criatividade na elaboração de estratégias de resolução e busca de soluções. O uso desses materiais, como certeza, contribui para um aprendizado baseado na visualização, dinamização e valorização da atual prática social.

Objetivos Gerais da Disciplina:

Proporcionar aos alunos os conhecimentos básicos:• Estimular o educando no sentido de ampliar o seu campo de raciocínio,

tornando-o ao mesmo tempo dinâmico e versátil;• Estimular a curiosidade para que explore novas idéias e descubra novos

caminhos para resolução de problemas;• Usar adequadamente a linguagem matemática na resolução de problemas e

fazer discussão dos resultados obtidos;• Desenvolver habilidades específicas de medir e comparar grandezas, calcular,

construir e consultar tabelas e gráficos.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

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5º Série:

Estatística.• Leitura de Gráficos e Tabelas (interpretação);• Média Aritmética (cálculo);• Noções Básicas de Possibilidades.

Geometria.

• Geometria Espacial – Sólidos Geométricos;

• Planificações: Figuras Planas, Simples e o Cálculo de Perímetro e Área;• Geometria Plana (ponto, reta e plano);• Noções de Escala (ampliação e redução).

Números Naturais e Decimais.• Histórias dos Números;• As Seis Operações Fundamentais;• Números Primos;• Múltiplos e Divisores;• Noções de Incógnita.

Números Fracionários.

• Conceitos, Noção e Comparação;• As Seis Operações Fundamentais;• Porcentagem.

Medidas.

• Comprimento;• Capacidade;• Volume;• Área;• Massa;• Tempo.

6º Série:

Números Inteiros.

• Noções;• As Seis Operações;• Localização dos Pontos no Plano Cartesiano;• Leitura e Interpretação de Gráficos.

Números Racionais.

• As Seis Operações;• Cálculo de Média Aritmética e Ponderada;

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• Renda Percapta (noções para interpretação).

Introdução à Álgebra.

• Noção de Incógnitas;• Equação de Primeiro Grau;• Noções de Inequações;• Sistema de Equações (métodos de adição e substituição).

Grandezas.

• Razão e Proporção;• Escala (ampliação e redução);• Regra de Três;• Porcentagem.

Juros Simples.

Geometria.

Ângulos (construção e classificação).

7º Série:

Estatística.

• Gráficos de Setores e Outros (interpretação e construção);• Ângulos.

Números Irracionais.

• Números Quadrados Perfeitos;• Raízes Aproximadas;• Números (área do círculo e do comprimento da circunferência);• Identificação de Números Irracionais Não – Periódicos na Reta Numérica;• Teorema de Pitágoras;• Introdução à Álgebra através da Geometria (cálculo de áreas e números de

diagonais);• Composição e Decomposição das Figuras;• Noção de Estimativa.

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Álgebra.

• Definição de Polinômios através da Geometria (retângulo e quadrado);• Propriedade das Potências (numericamente);• As Cinco Operações com Monômios e Polinômios (apenas por divisão);• Produtos Notáveis;• Fatoração (uso na resolução de equações).

Interpretação Geométrica de um Sistema.

• (Duas Paralelas e uma Transversal para o Estudo de Ângulos).

Triângulos (tipos de ângulos).

• Soma dos Ângulos Externos e Internos, também de outros Polígonos.

8º Série:

Semelhança de Triângulos.

• Razão e Proporção;• Teorema de Tales;• Teorema de Pitágoras.

Potenciação.

• Propriedades;• Noção Científica.

Radicais.

• Decomposição de Radicais;• Propriedade dos Radicais (noção de expoente fracionário e negativo);• Caso Simples de Racionalização.

Equações de Segundo Grau.

• Problemas Envolvendo as Equações de Segundo Grau;Equações Literais.

Relações Métricas no Triângulo.

Relações Trigonométricas.

• Juros e Porcentagem (gráficos);• Simples e Composto;• Noções de F unções.

Avaliação:

O processo de avaliação do Ensino Fundamental, deve levar em consideração a faixa etária dos alunos e seu grau de autonomia e discernimento que possuem. Este

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processo, manifestado de forma contínua, poderá revelar as alterações próprias e características desse momento do aprendizado.

A avaliação será de caráter qualitativo e somativo, ou seja, será levado em conta todo o processo de envolvimento e participação ativa em cada aula. Desta maneira,o educando será avaliado na sua individualidade,priorizando o seu desenvolvimento físico e psico-social (interação, disciplina, respeito e companheirismo).

Os instrumentos avaliativos como: testes e/ou provas, resoluções de exercícios, trabalhos individual ou em grupo serão maiôs para o registro do resultado de produções a atitudes dos alunos, já que através de um diagnóstico diário, o professor vem a observar as reações,os procedimentos e o desempenho dos seus alunos perante o desafio da resolução de situações – problemas. A partir da observação diagnóstica da turma, será detectado o grau de conhecimento e dificuldade dos educandos, procurando elaborar novos conteúdos ou retornar se for necessário.

O educando será avaliado na sua individualidade, durante todas as aulas, priorizando o seu desenvolvimento físico e psico - social (interação, disciplina, respeito, companheirismo, assiduidade, pontualidade, etc.).

Salientamos que a avaliação no ensino de Matemática não deve ser considerada função exclusiva do professor. A auto-avaliação é uma situação de aprendizagem em que o aluno desenvolve estratégias de análise e interpretação de suas produções e dos diferentes procedimentos para se avaliar. Além desse aprendizado ser em si, importante, porque é central para a construção da autonomia dos alunos.

Critérios de Avaliação:

• Demonstrar criatividade na reelaboração e formalização de novas formas de raciocínio;• Analisar dados e interpretá-los para comunicar-se matematicamente por meio de

representações e resultados, tais como pesquisas, gráficos e linguagem matemática, relacionando-a com as outras áreas do conhecimento;

• Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações matemáticas;

• Interagir com colegas de formas cooperativas, trabalhando coletivamente na busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos consensuais, respeitando a opinião do outro e aprendendo com este.

5.4.9 INGLÊS

Fundamentação Teórica:

A língua estrangeira desde a época em que foi implantada tem passado por diversas transformações, tendo como objetivo o seu aperfeiçoamento para obter – se um melhor aprendizado possível.

Desde a colonização, que tinha como finalidade promover a educação para facilitar o processo de dominação, sendo que inicialmente as línguas que faziam parte do currículo eram as clássicas (grego, latim).

Com a chegada da família real ao Brasil começou-se a valorizar as línguas modernas como inglês, francês, para atender às demandas da abertura dos portos ao

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comércio. Em seqüência devida às raízes começou-se a dar importância as demais como alemão, italiano. Todas as transformações e ênfase dada às línguas estão relacionadas aos acontecimentos históricos da época, pois as línguas foram sendo influenciadas conforme os acontecimentos que transformou as sociedades. Com a expansão do Brasil, foram criadas colônias de imigrantes, numa tentativa de preservar sua cultura organizaram-se para construir e manter escolas para seus filhos, tornando-se o português como uma língua estrangeira.

Com o propósito de efetivar o nacionalismo, o governo decidiu fechar as escolas estrangeiras que funcionavam criando as escolas primárias subvencionadas com recursos federais com intuito de impedir a desnacionalização da escola e da infância, mas em seguida permitiu que funcionasse a oferta do ensino primário, por escolas particulares, dentro das orientações de caráter nacionalista .

O surgimento do método direto baseava-se na teoria de uma tentativa de se conceber a língua como um fenômeno particular e compartilhado com outros falantes da mesma língua. No método direto a língua materna perde o seu papel de mediadora no ensino da língua estrangeira e têm como princípio fundamental à aprendizagem em constante contato com a língua em estudo (transmissão de significação, através de gesto, gravuras, gramática de forma indutiva). Mesmo com a influência da língua espanhola, o inglês teve seu espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas transações comerciais, principalmente com a dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos após a segunda guerra mundial.

Nos anos 50 com o desenvolvimento da ciência lingüística e o crescente interesse pela aprendizagem de línguas, surgiu mudanças significativas quanto as abordagens e os métodos de ensino, sendo a língua vista como um conjunto de regras a serem memorizado tanto no método áudio - oral como no audiovisual.

A partir da década de 60, numa visão de caráter estruturalista, a língua é vista como uma estrutura que faz intermediação entre o indivíduo e o mundo.

Em 1965.o foco de ensino na oralidade cedeu espaço ao ensino na oralidade e cedeu espaço ao ensino de todas as habilidades lingüísticas: falar, ouvir, ler e escrever. Desde a década de 50, o sistema educacional brasileiro viu-se responsável pela formação de seus alunos para o mundo do trabalho.

Em 1961 cabia a eles a decisão acerca da inclusão ou não da língua estrangeira nos currículos.

Em 1976 o ensino de língua estrangeira volta a ser valorizado quando a disciplina volta ser obrigatória. Em 1980 a redemocratização do país era o cenário propício para que os professores organizados em associações liderassem um amplo movimento pelo retorno da pluralidade de oferta de língua estrangeira nas escolas públicas.

Em 1996 a LDB determinou que a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no ensino fundamental. No ensino médio a lei determina que seja incluída uma língua estrangeira moderna, como obrigatória , escolhida pelo corpo escolar.

Em 1999 os PCNs presentifica a ênfase no ensino das comunicações oral e escrita, com vistas ao atendimento das demandas necessárias à formação pessoal, acadêmica e profissional. Tais estudos partem do conceito de letramento oriundo do termo inglês literacy, cuja representação etimológica o define como estado, condição ou qualidade.

Em 2005, resultado de um processo que se arrastou por anos e atendendo a interesses políticos e econômicos – a intenção do Brasil de se destacar atendendo ao interesses políticos e econômicos no mercosul e as relações comerciais do Brasil como

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país de língua espanhola. Ao historiar o ensino da língua estrangeira, pretendeu-se, problematizar os aspectos que têm marcado ao seu ensino, sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais.

Para Bakhtin (1988,1992) as relações sociais ganham sentido pela palavra, sendo que sua existência só se concretiza no contexto real de sua enunciação.

A língua estrangeira pode ser propiciada da construção das identidades dos alunos ao oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira, favorecendo ligações entre a comunidade local e planetária.

Objetivos da Língua Estrangeira na Educação Básica:56 Ao conceber que a língua, objeto de estudo da L E , contempla as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a identidade, tem – se clareza de suas implicações no processo de ensino e de aprendizagem da disciplina.7 Entendemos que o ensino de língua estrangeira deve oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que ampliem as possibilidades de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e novas maneiras de construir sentidos do ser no mundo.

O aprendizado de uma língua estrangeira possibilita proporcionar a consciência sobre o que seja língua e suas potencialidades na interação humana.

Letramento Crítico:

É uma concepção mais inclusiva de leitura e escrita porque requer uma compreensão de que tais habilidades são influenciadas uma pela outra, como pela oralidade, ao que diz respeito aos usos heterogêneos de língua como prática sócia – cultural, nas quais formas de leitura, escrita e oralidade interagem entre si.

O letramento crítico é concretizado por meio do engajamento crítico com e através dos textos e da prática social crítica.

Ao ensinar e aprender uma L E , através da abordagem por Letramento crítico, os alunos e professores percebem que é possível construir significados além daqueles permitidos pela língua materna.

É na língua, e não através dela, que se percebe e entende a realidade e, conseqüentemente, a percepção do mundo está intimamente ligada às línguas que se conhece.

Conteúdo Estruturante

Os conteúdos específicos a serem desdobrados a partir do Conteúdo Estruturante serão estabelecidos com referência aos textos de diferentes tipos, contemplando seus elementos lingüísticos – discursivos.8 Cabe ao professor selecionar um conjunto de textos para o trabalho em sala de aula, tendo como referência os fundamentos teóricos – metodológicos da disciplina, de modo que o aluno: seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita e tenha consciência sobre o papel das línguas na sociedade.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

5º Série:

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• Greetings;• Artiches;• Personal Pronouns;• Verb To Be;• Adjectives;• Numbers (1 to 100);• Demonstratives;• Possessives;• Interrogative Words (What, Where, When, Who, How);• Commands – Giving Orders;• Vocabulary (Nationalities, Family, Fruit, Colors Kinimals)

6º Série: • Verb To Be / Post;• Verb There To Be;• Using How Many / How Much;• Verb There To Be / Post;• Verb Present Continuaus;• Using Going To;• Verb Simple Present – Affirmative Form;• Prepositions (In; On, At);• Ordinal Numbers;• What Time Is It?• Nember (100 to 1000);• Vocaburary (Occupations Time, Days of There Week, Body of Human, Months,

Seasons, Dates).

7º Série: • Simple Present Tense (Affirmative, Negative, Interrogative);• Interrogatives Words ( Why, Which);• Relative Pronouns;• Adverbs;• Prepositions ( Giving Directions);• Simple Post ( Regular and Irregular, Verbs, Affirmative, Negative, Interrogative

Forms;• Genituive Case;• Vocaburary (Chothes, Foods, Sports, Expressions).

8º Série:• Simple Post – Regular and Irregular Verbs;• Present X Past;• Past Continuons;• Plural of Nouns;• Degree of Adjectives;• Using Will / Would;

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• Questions Tags;• Indefinit Prondens (Few, Many);• Refeitive Pronouns;• Vocaburary (Expressions).

Metodologia:

É preciso considerar que o trabalho com textos em contacto de uso, isto é, autênticos, sem uma mudança metodológica não é capaz de suscitar a consciência crítica da língua.

Os alunos são encorajados a ter uma (estrutura) postura crítica frente aos textos, envolvendo questionamentos sobre a visão de mundo. É necessário criar estratégias para que o aluno perceba a heterogeneidade da língua.

Outra sugestão, após a leitura de um texto com frases complexas, oferecer aos alunos uma lista de frases e suas respectivas traduções e pedir que observem como as duas línguas se diferem nos dois idiomas.

É importante destacar que o trabalho com a produção de textos de Língua Estrangeira precisa ser concebido como um processo dialógico ininterrupto. Conforme Bakhtin “um discurso nasce de outros discursos...”. A produção de um texto é construída sempre a partir do contato com outros textos. Servirão de apoio, ampliando sempre as possibilidades de expressão dos alunos.

É importante também tecer algumas considerações sobre o livro didático, que tem assumido uma posição central na definição de conteúdos e metodologias. As atividades do livro didático tendem a se fundamentar em grande parte na abordagem comunicativa. Entende-se então, que ao tratar os conteúdos na perspectiva do Letramento Crítico, o professor deverá proporcionar ao aluno, uma determinada cultura ao encontro de outras línguas. Desse encontro, espera-se que possa (agir) surgir a consciência do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando assim o domínio lingüístico que o aluno possa vir a ter.

Avaliação:

A avaliação da aprendizagem de Língua Estrangeira está intrinsecamente atrelada à concepção de língua e aos objetivos para o ensino defendidos nestas diretrizes. A avaliação constitui num instrumento facilitador na busca de orientações e intervenções pedagógicas, não se atendo apenas ao conteúdo desenvolvido, mas àqueles vivenciados ao longo do processo de forma que os objetivos específicos explicitados nessas Diretrizes sejam alcançados.

O aluno envolvido no processo de avaliação, uma vez que também é construtor do conhecimento, precisa ter seu esforço reconhecido por meio de ações tais como: o fornecimento de um retorno sobre seu desempenho e o entendimento do erro” como parte integrante da aprendizagem.

Embora as considerações evidenciem a avaliação processual é importante considerar na prática pedagógica, avaliações de outras naturezas: diagnóstica e formativo, desde que essas se articulam com os objetivos específicos e conteúdos definidos nas escolas a partir de concepções e encaminhamento metodológicos apresentados neste documento de Diretrizes respeitando as diferenças individuais e escolares.

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5.5 Propostas Curriculares das Disciplinas de Ensino Médio

5.5.1 ARTES

Fundamentação Teórica:

Desde o início da humanidade, a arte tem se mostrado como uma práxis presente em todas as manifestações culturais. O homem primitivo que desenhou o bisão emuma caverna pré-histórica teve de aprender construir conhecimentos para difundir essa prática. E da mesma maneira, compartilhar com as outras pessoas o que aprendeu. Como podemos perceber a vida humana se confunde, em suas origens, com as manifestações artísticas. E é nesta fusão que acaba por definir a essência do ser humano. O fazer artístico não pode ser entendido com a aventura individual de uma inteligência ou sensibilidade especialmente dotada, visando um fim em si mesmo. Segundo Hannah Arendt, “a obra de arte transcende gloriosamente tanto os períodos como as eras em que foram criadas e as funções às quais foram originalmente criadas para servir.”

A manifestação artística tem em comum com outras áreas de conhecimento em caráter de busca de sentido, criação e inovação. Essencialmente, por seu ato criador, em qualquer das formas de conhecimento humano, ou em suas conexões, o homem estrutura e organiza o mundo, respondendo aos desafios que dele emanam, em um constante processo de transformação de si e da realidade.

Nessa perspectiva, a Arte na Escola tem uma função importante a cumprir. Ela situa o prazer artístico dos alunos como fator humanizador, cultural e histórico, no qual as características da Arte percebidas nos pontos de interação entre o lazer artístico dos alunos e o fazer artístico dos mestres de todos os tempos, que sempre inauguram. Ressaltamos que não se trata de copiar a realidade ou outra arte, mas sem, gerar e construir sentidos. Cada obra de arte é, ao mesmo tempo, produto cultural de uma determinada época e criação singular da imaginação humana, cujo sentido é construído pelos indivíduos a partir de sua experiência.

O conhecimento da Arte para o aluno do Ensino Médio representa a apropriação dos saberes culturais e estéticos inseridos na prática de produção e apreciação artística, fundamental para o desenvolvimento e desempenho social do cidadão,potencializando-o no sentido de compreender as diferentes linguagens que servem para as manifestações das marcas sócio-culturais. Apesar de ser um produto da fantasia e da imaginação, a arte não está separada da economia, política e dos padrões sociais que operam na sociedade.

A Arte é parte de um legado cultural no qual a Escola tema tarefa de iniciar os educandos. Entretanto, os ritos dessa iniciação não devem ter como pressupostos metodológicos julgamentos de valores disfarçados de verdades científicas universais. É necessário que o Ensino da História da Arte não signifique um conjunto de informações em relação ao qual o aluno é emotivamente neutro. P envolvimento do aluno se dá na medida em que existe um “relacionamento” direto entre as obras de arte e seus modos de vida e pensamento. Apreciar arte não é um ramo do conhecimento teórico, não é uma satisfação emocional, mas uma habilidade (aptidão) adquirida. Como habilidade, poder ser desenvolvida, cultivada e refinada (Osborne:1980).

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A Arte está fundamentada nas diferentes linguagens artísticas e códigos das Artes Visuais, Música, Dança e Teatro. Aqui, também podemos incluir outras linguagens – Artes Gráficas, Cinema, Vídeo, Televisão, Desenho, Fotografia, Arte em Computador –, resultantes das mutações ocorridas no mundo. Os progressos da ciência e da técnica ampliaram a visão do homem no mundo. Logo, a Arte sofreu o impacto desta transformação. Cabe a Escola, portanto, colocar o aluno dentro de uma realidade social, mostrando-lhe a abertura da Arte em relação à ciência e à tecnologia. Desde modo, a Arte passa a exercer sua multiculturalidade, fecundando consciências de uma sociedade multicultural e onde ele, o educando, confronte seus valores crenças e competências culturais no mundo no qual está inserido.

A importância do Ensino da Arte é inegável, uma vez que esta conduz o educando a compreender e a desvelar uma pluralidade de significados, de inferências culturais, econômicas, políticas atuantes nessas manifestações culturais.

Objetivos Gerais da Disciplina:

• Propiciar a compreensão e a apreciação da arte como fato histórico contextualizado nas diversas culturas;

• Instrumentalizar o educando, para que ele possa fazer uso das linguagens artísticas enquanto diferentes modos de ver, de compor, de interpretar e de produzir a realidade ao nível do imaginário;

• Possibilitar ao educando, através do conhecimento dos códigos artísticos, perceber que forma/conteúdo constituem o significado da representação artística.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

1ª Série: Arte: Em busca de uma conceituação. Fundamentos da Arte.

• A Função da Obra de Arte e do Artista;• O Papel da Imaginação;• Processo Criativo: Artista – Obra – Intérprete – Público;• Classificação das Artes;• Arte: Idéia e Imagem;• Arte: Comunicação e Expressão.

Leitura de Obras de Artes.• Os Elementos Táteis e Visuais na Arte;• A Arte de Ver a Arte e a Arte de Fazer a Arte.

A Magia na Arte.• A Ilusão: a Arte do Disfarce;• O Olhar através dos Quadros;• Os Mágicos da Pintura: Andréa Mantegna, Andréa Pozzo, Arcimboldo.

Fazendo Arte: Experiências com Técnicas Expressivas.

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Artes Gráficas: Desenho.• Natureza Morta e Abstracionismo Geométrico;• Mural Renascentista.

Pintura. Vitral. Arte Universal.

• Pré –Histórica;• Mesopotânia;• Egípcia;• Grega;• Romana;• Oriental (Chinesa / Japonesa / Indiana)• Africana;• Pré-Colombiana (Maia / Asteca / Inca)• Medieval(Gótica / Românica)• Bárbara;• Bizantina;• Islâmica;• Barroca;• Neoclássica;• Romântica;• Realista.

2ª Série: Leitura de Obras de Arte.

• Os Elementos Táteis e Visuais na Arte;• A Arte de Ver a Arte e a Arte de Fazer a Arte.

Arte Universal.• Arte Moderna;• Arte Nouveau;• Impressionismo;• Pós – Impressionismo.

Vanguardas Européias.• Expressionismo;• Surrealismo;• Cubismo;• Fauvismo;• Abstracionismo;• Dadaísmo.

Op Arte e Pop Arte. Happening. Arte Conceitual. Fazendo Arte. Artes Gráficas: Desenho.

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• A Figura Humana e o Retrato;• Caricaturas e Cartum. Ilustração; Iluminuras; Mosaico.

A Arte no Brasil.• A Arte Indígena;• O Barroco no Brasil;• A Missão Artística Francesa;• Semana de Arte Moderna.

A Magia na Arte.

• O Mundo Impossível de Escher;• A Magia da Perspectiva;

3ª Série: A História da Música I.

• Na Antiguidade;• Na Idade Média;• Na Renascença;• No Barroco;• Na Idade Moderna e Contemporânea.

A História da Música II.• Linguagem da Música;• Formas Musicais;• Instrumentos Musicais;• Conjuntos Instrumentais e Vocais;• Orquestra Sinfônica.

Música Brasileira Contemporânea. A Historia do Teatro I.

• Linguagem;• Elementos: Ator / Texto / Especo Cênico;• Gêneros Teatrais.

A Historia do Teatro II.

• Na Antiguidade• Na Idade Média;• Na Idade Moderna e Contemporânea.

O Teatro Brasileiro.

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Ópera: Teatro & Música. Imagens em Movimento: O Cinema.

• Linguagem e Elementos;• Do Cinema Mudo às Grandes Produções;• Animação: Desenho Animado.

O Cinema Brasileiro. A Arte da Fotografia. Breve História da Dança.

• As Voltas que a Dança Dá . . . Giro pelo Tempo;• Gêneros;• A Dança no Palco: O Balé.

Construindo o Belo e o Prático: A Arquitetura. O Design Moderno. Arte em Computador: Design Gráfico. A Magia na Arte.

• Imagens Espelhadas;• O Mestre as Cores: Bosch.

Fazendo Arte. Comunicação Visual: Logotipo. Teatro: Máscaras. Artes Gráficas: Desenho.

• Animação / Desenho Animado;• Design de Produto/ Embalagem / Mobiliário.

Fotomontagem. Maquetes Arquitetônicas. Escultura: Estrutura Tridimensional

Metodologia:

Partindo do pressuposto que a criatividade, a imaginação, a emoção e os sentidos humanos são frutos do desenvolvimento histórico – social do homem e são resultantes de toda a História, vê-se hoje a necessidade de uma prática pedagógica de Ensino da Arte fundamentada em três eixos: na apreciação estética, na análise histórica das relações com os objetos e seu contexto e no fazer artístico.

Esta nova concepção que organiza o processo de ensino da Arte, não se configura somente pelo fazer artístico,mas é preciso também refletir, exercitar o julgamento, comparar, analisar e interpretar imagens para conhecer arte, além de ser imprescindível entender o lugar da Arte no tempo e na cultura. Para nós, esse novo repensar da prática de Arte, é conhecido como Metodologia Triangular. Evidencia-se

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aqui a tríade: ver (leitura do mundo), saber (conhecer e pensar sobre o mundo) e fazer (produção artística). O importante não é ensinar estética, história e crítica de Arte, mas desenvolver a capacidade de formular hipóteses,julgar, justificar e contextualizar julgamentos acerca de imagens e de arte (Barbosa: 1991).1

Para a assimilação de um princípio, ou de um conceito, por exemplo, o movimento Cubista, é preciso colocar a Arte em seu momento Histórico, investigando influências e correlações em função do espírito do tempo. Também se faz necessário conhecer os elementos estéticos que compõem a obra dos artistas da época estudada. Por último o fazer artístico permite uma espécie de troca de papéis, onde o aluno pode vivenciar, experimentar e confrontar-se com a obra de arte. A partir dos elementos formais, com suas idéias e, em seguida, colocando-se no papel de artistas, analisando e refletindo o mundo em que vive. É fundamental também que se saliente a importância do caráter lúdico embutido quer no apreciar, quer no fazer artístico.

Temos que alfabetizar para a leitura da imagem. Através da leitura de obras de Artes Plásticas estaremos preparando a criança para a decodificação da gramática visual, da imagem fixa e, através da leitura do cinema e da televisão, a preparemos para a prender a gramática da imagem em movimento. Esta decodificação precisa, no entanto, ser associada ao julgamento da qualidade do que está sendo visto aqui e agora e em relação ao passado. Preparando-se para o entendimento das artes visuais se prepara o educando para o entendimento da imagem quer seja arte ou não (Barbosa: 1999). 2

Entendendo que não há uma regra que coloque os três eixos – história da arte, análise da obra de arte e fazer artístico – numa ordem pré-estabelecida, acredita-se que o trabalho com Arte seja bastante flexível e desafiador, pois requerer uma postura interdisciplinar com outras linguagens como música, cinema, desenho e áreas afins na busca de gerar e construir sentidos.

1 Ana Mãe BARBOSA. A imagem do ensino de arte. São Paulo: Perspectiva, 1991.2 Ana Mãe BARBOSA. A imagem do ensino de arte. 4ªed. São Paulo: Perspectiva, 1999.

Avaliação:

A partir da concepção de arte presente nesta proposta, a avaliação se coloca como fundamental, porque a aquisição dos conteúdos básicos das linguagens artísticas, aliadas ao exercício prático, formal, concretiza a possibilidade de acesso aos meios de produção e consumo da arte. Entretanto o objeto de avaliação em Arte não é o conteúdo em si, mas a presença destes no trabalho artístico dos educandos. Estes conteúdos são os instrumentos que possibilitam ao aluno aprofundar e sistematizar os seus modos de expressão, afirmação e interação com a realidade.

Para que a avaliação mantenha esta coerência, o educador deve buscar formas objetivas,ou seja, uma seleção de instrumentos, métodos e procedimentos que evidenciem a instrumentalização necessária para o domínio das linguagens artísticas. Salientamos também que a avaliação no processo de ensino e aprendizagem de arte ocorre em três momentos:1. Uma avaliação diagnóstica, para detectar o nível de conhecimento artístico e

estético dos educandos, neste caso antes da realização de uma atividade;2. Uma avaliação durante o processo de aprendizagem, quando se identifica como

o educando interage com os conteúdos e transforma seus conhecimentos;3. Uma avaliação no final de um conjunto de atividades que compõem uma

unidade didática para analisar como se desenvolveu a aprendizagem.

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A avaliação em Arte constitui uma situação de aprendizagem em que o educando pode verificar o que aprendeu, retrabalhar os conteúdos, assim como o educador pode avaliar como ensinou e o que os seus alunos aprenderam. Outro aspecto da avaliação consiste na participação dos educandos na auto-avaliação de suas atividades, bem como, na avaliação coletiva, o que contribuirá para desenvolver a reflexão a respeito do seu modo de trabalhar e ampliar o processo de cada um em suas correlações artísticas e estéticas.

5.5.2 BIOLOGIA

Fundamentação Teórica:

A disciplina tem como objeto de estudo o fenômeno vida, e cada vez mais a área biológica vem desenvolvendo formas de melhorar a qualidade do meio ambiente, aumentar a oferta de alimentos, melhorar as condições de saúde, compreender os mecanismos que regem a vida. Esses procedimentos precisam ser compreendidos por pessoas das mais diversas áreas de atuação, para que possamos entender e respeitar o mundo em que vivemos. Assim, a área biológica está assumindo cada vez mais importância na formação das pessoas.

Ao romper com a visão teocêntrica, os conceitos sobre o homem e a explicação para os fatos da natureza,passam para primeiro plano, dando uma nova trajetória na história da humanidade.

A preocupação com o entendimento dos fenômenos naturais e a explicação racional da natureza, leva o homem a propor concepções de mundo e interpretações que influenciam a humanidade.

Essa construção do pensamento biológico acontece a partir de movimentos,momentos de crise, revoluções, mudanças de paradigmas, questionamentos conflitantes, de busca explicações sobre o fenômeno VIDA.

A Biologia é parte do processo de construção científica e deve ser compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano (ANDERY, 1988). Hoje a área biológica vem desenvolvendo formas de melhorar a qualidade do meio ambiente, aumentar a oferta de alimentos, melhorar as condições de saúde, compreender os mecanismos da vida. Esses procedimentos precisam ser compreendidos por todas as áreas de atuação para que possamos entender e respeitar o mundo em que vivemos, assim a área biológica está assumindo cada vez mais importância na formação das pessoas.

Objetivos Gerais da Disciplina:

Compreender o processo de construção do pensamento biológico,presente na História da Ciência e reconhecer a Biologia como uma construção humana, relacionando a produção científica e o contexto social, econômico, político e cultural, verificando as diferentes teorias associadas ao momento histórico e os interesses do período.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

1ª Série:

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Introdução à biologia e origem da vida• Visão Geral;• Das origens até o dia de hoje.

Citologia• Composição química das células;• Introdução à citologia;• Citoplasma;• Metabolismo energético das células;• O núcleo e a síntese protéica;• As divisões celulares.

2ª Série: Seres vivos

• Introdução ao estudo dos seres vivos;• Vírus;• Reino morena;• Reino Protista;• Reino Fergi;• Reino Platae;• Reino Animália.

Ecologia

3ª Série: Evolução

• Teorias e evidência;• Genética de população e especiação.

Genética• Visão histórica;• Leis de Mendel;• Biotecnologia.

Reprodução, Embriologia e Histologia

Metodologia:

Os conteúdos devem desenvolver-se de forma integrada entre conteúdo Estruturante, Biodiversidade, Mecanismos Biológicos e Organização dos Seres Vivos, para que haja verdadeira compreensão dos fenômenos e como a vida se organiza na Terra.

É importante conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as idéias primeiras do aluno, como elementos que contribuem para a aprendizagem dos conceitos científicos.

O ensino dos conteúdos específicos de Biologia apontam para as seguintes estratégias metodológicas:

• Prática social – dar significado às concepções alternativas do aluno;

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• Problematização – detectar e apontar as questões que precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e estabelecer quais conhecimentos são necessários para resolver estas questões;

• Instrumentalização – apresentar conteúdos sistematizados;• Catarse – aproximação entre o conhecimento adquirido e o problema em

questão;• Retorno à prática social – fase de compreensão do conhecimento científico,

passa a atuar e transforma as relações de produção, para construir uma sociedade mais igualitária.

Muitos recursos como aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, as analogias e tantos outros, devem ser usados para possibilitar a participação dos alunos, favorecendo a expressão de seus pensamentos,suas percepções, significações, interpretações, oportunizando o encontro e o confronto das diferentes idéias.

O uso de diferentes imagens como vídeo, transparências, fotos e atividades experimentais, são recursos freqüentes nas aulas de Biologia, requerendo problematização, demonstração e interpretação.

As aulas demonstrativas também são importantes, mas devem permitir a participação do aluno. Atividades práticas e estudos do meio, além de possibilitar a elaboração da pesquisa veicula a relação homem ambiente.

Os jogos didáticos geram desafios e desenvolvem habilidades de resolução de problemas, possibilitando traçar planos de ações para atingir determinantes objetivos.

Avaliação:

O instrumento mais adequado para a avaliação é a observação atenta aos progressos do aluno. Deve ocorrer através dos mais diversificados instrumentos com o objetivo de intervir no processo de aprendizagem dos estudantes, visando seu crescimento.

Critérios de Avaliação:

• Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia;• Descrever processos e características do ambiente ou seres vivos,

observando em microscópio ou olho nu;• Apresentar suposições e hipóteses acerca dos acerca dos fenômenos

biológicos em estudo;• Apresentar de forma organizada, o conhecimento biológico aprendido, através

de textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc;• Relacionar os diversos conteúdos conceituais de Biologia (lógica interna) na

compreensão de fenômenos;• Utilizar critérios científicos para realizar classificações de animais, vegetais, etc;• Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas

apresentando, utilizando elementos da Biologia:• Reconhecer a Biologia como em humano e, portanto, histórico, fruto da

conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos.

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5.5.3 EDUCAÇÃO FÍSICA

Fundamentação Teórica: O corpo em movimento “é a expressão objetivada da consciência corporal,

formada pelo conjunto de relações que compõem uma determinada sociedade”.A Educação Física é um processo (um vez que o homem é fundamentalmente um

ser em transformação), que esta diretamente ligado a duas palavras: corpo e movimento. Tem por finalidade contribuir para a formação integral do ser humano, capacitá-lo a refletir sobre suas possibilidades corporais e com autonomia exercê-las de maneira social e culturalmente significativa e adequada.

Nesse sentido, a Educação Física contempla múltiplos conhecimentos produzidos e usufruídos pela sociedade a respeito do corpo e do movimento. Entre eles, se consideram fundamentais as atividades culturais de movimento com finalidade de lazer, expressão de sentimentos, afetos e emoções, e com possibilidade de promoção, recuperação e manutenção da saúde.

Por isso, se faz necessário compreender esta disciplina em um contexto mais amplo, entendendo que é parte integrante de uma totalidade composta por interações que se estabelecem na materialidade das relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos. Isto quer dizer, uma educação voltada para uma consciência crítica, restranscendendo o senso comum, desmistificando formas já instaladas sobre o entendimento das diversas práticas e manifestações corporais.

Assim sendo, a Educação Física deverá possibilitar a mudança das relações sociais, fundamentando os conteúdos da Educação Física: os jogos, a ginástica, a dança e as lutas, num compromisso com uma Educação Física transformadora.

Objetivos Gerais da Disciplina: • Possibilitar a compreensão das diferentes manifestações da cultura corporal,

reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expressividade.

• Propiciar aos educandos a compreensão dos limites e das possibilidades do próprio corpo de forma a contribuir no seu desenvolvimento e nas suas necessidades.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:1º Série:

• Desenvolvimento de jogos pré-desportivos;• Mulher e a Cultura Corporal;• Discussões sobre a mídia e o esporte espetáculo;• A violência e os esportes;• Dança e seus ritmos;• Ginástica Geral.

2º Série: • Desenvolvimento de atividades que estimulem a coordenação motora e noções

de tempo – espaço;

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• Esportes;• Discussões sobre o jogo / esporte;• Racismos nos esportes;• Dança e seus ritmos.

3º Série: • Compreensão, discussão e construção de regras aplicadas aos jogos e

esportes;• Conceito de lazer e trabalho• Desempenho físico e esportivo;• Aspectos socioculturais, influências e contribuições para os esportes;• Dança e seus ritmos;• Ginástica geral;• Saúde e qualidade de vida;• Atividade física e seus benefícios.

Metodologia:

A metodologia que deverá ser utilizada consiste na ação – reflexão – nova ação consciente.

A ação é o momento da aula em que acontece a vivência praticado conteúdo. Na reflexão se dá a problematização do conteúdo vivido, a qual objetiva proporcionar a compreensão do aluno para a dinâmica histórica e sua significação social por meio de questionamentos e estudos.

Na nova ação consciente acorre a reelaboração da prática corporal vivenciada.

Avaliação:

A avaliação em Educação Física deve ser contínua, priorizando a qualidade do processo de ensino e aprendizagem, identificando dessa forma, os progressos do aluno durante o ano letivo.

Professor e aluno poderão analisar o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no processo bem como planejar e propor outros encaminhamentos que busquem a superação das dificuldades percebidas.

Critérios de Avaliação:

A avaliação se realizará em função de critérios, acontecimentos e dos objetivos propostos, levando-se em consideração:

• Participação Individual e Coletiva do Educando nas Atividades;• Leitura e Construção de Textos;• Questionamentos Produzidos pelos Alunos;• Resolução de Atividades Práticas e Teóricas;• Criatividades;• Execução de Movimentos e Habilidades;• Percepção do seu Próprio Corpo e Movimento.

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5.5.4 FÍSICA

Fundamentação Teórica

Os novos tempos fazem com que a produção de conhecimento se duplique a cada dois anos. O resultado disso é a geração de tecnologia que invadiu e transformou o modo de viver, de pensar e de se relacionar. Existe uma tendência mundial de quebrar fronteiras continentais, imperando em seu lugar um mercado globalizado de produtos e relações.

Os alunos de Ensino Médio têm acesso a uma tecnologia totalmente nova e que está em constante aperfeiçoamento. Os meios de comunicação já não são mais os mesmos,há muitas novidades.

O conhecimento de Física teve um papel fundamental para esses novos tempos,fornecendo subsídios para que pesquisadores e cientistas encontrassem novas maneiras de dominar a energia e fazê-la servir aos interesses do homem. Isso não é novidade na História Mundial, pois as grandes descobertas sempre influenciaram o modo de viver e de se relacionar dos povos e cada vez mais a informação e o conhecimento serão utilizados como forma de dominação política e econômica.

Todas as ciências da natureza,como a Física, enquanto áreas de conhecimentos concluídas, têm uma história e uma estrutura que, uma vez aprendidas, permitem uma compreensão da natureza e dos processos tecnológicos que permeiam a sociedade. Qualquer cidadão que detenha o conhecimento científico pode ter condições de utilizá-lo para as suas interpretações de situações de relevância social, reais, concretas e vividas, bem como aplicá-lo nessas e outras situações.

O ensino da Física baseia-se em três conceitos unificadores:1. Os processos de transformação da matéria bruta ou manufaturada apresentada no

espaço e no tempo, mundo natural e nas intervenções humanas;2. A energia entendida como agente das transformações, permitindo diferenciação

entre o “antes e o depois”;3. As escalas que nos possibilitam compreender a dimensão e a duração dos eventos

no cotidiano e sua extrapolação para o micro e macroscópico e para o instantâneo e o remoto.

A escolha destes conceitos privilegia o estudo da Física numa perspectiva dinâmica, que efetivamente busca uma aproximação com a natureza na sua contínua evolução no tempo.

Nossa proposta visa valorizar,no plano pedagógico, a interação professor-aluno, a extensão e a profundidade na apresentação dos conteúdos, a evolução histórica dos conceitos físicos e os seus reflexos na sociedade, a interdisciplinaridade com as outras Ciências, o universo real dos educandos,o diálogo, a discussão constante e permanente em sala. Busca-se também propiciar a pesquisa e a criatividade através de atividades em sala e fora dela, incentivando a descoberta e o desenvolvimento da curiosidade científica.

O ensino da Física deve estar voltado para os fenômenos físicos,enfatizando qualitativamente, com consistência teórica,compreensão da evolução dos sistemas físicos e suas influências na sociedade, apresentando a Física como Ciência em processo de construção.

Objetivos Gerais da Disciplina:

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O Ensino de Física deve promover a melhoria da formação científica dos alunos assim contribuindo de forma significativa ao desenvolvimento nacional. Dessa forma, buscamos contribuir com um ensino de Física centrado em conteúdos e metodologias capazes de levar, aos estudantes, uma reflexão sobre o mundo das ciências sob a perspectiva de que esta não é somente fruto de racionalidades matemáticas, mas sim, mostrar-lhes a força dos princípios e a beleza dos conceitos científicos.

A Física deve educar para a cidadania, contribuindo para a formação de um sujeito crítico, que consiga questionar e / ou responder às questões relacionadas ao seu dia – a – dia.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

1º Série: Mecânica

• Avaliação da Física no cotidiano;• Tecnologia x novos hábitos de consumo;• Sistemas internacionais de unidades;• Notação científica;• Conceitos básicos de cinemática (ponto material e corpo externo,

referencial,movimento e repouso,trajetória,deslocamento e posição);• Velocidade média e instantânea;• Movimento uniforme;• Aceleração média e instantânea;• Movimento uniforme variado e equação de Torricelli;• Moeda livre e lançamento vertical;• Princípios fundamentais da dinâmica (massa, inércia, força, deformação);• Força resultante e equilíbrio (estática);• Leis de Newton (princípio da inércia, princípio fundamental e o princípio do par:

ação e reação);• Aplicações importantes das Leis de Newton (força-peso,força de atrito, força de

reação horizontal, força elástica, força de atração);• Trabalho de forças constantes;• Potência de uma força;• Unidades de potência;• Rendimento;• Energia (formas e transformações);• Energia mecânica: cinética,potencial gravitacional e potencial elástico;• Teorema da energia cinética;• Princípio da conservação da energia;• Impulso, quantidade de movimento e choques;• Hidrostática (densidade,pressão e empuxo).

2º Série: Ondulatória

• Termometria (temperatura x calor, medidas e medidores de temperatura, escalas termométricas);

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• Dilatação Térmica (linear,superficial e volumétrica);• Calorimetria (caloria e joule);• Calor sensível, latente e específico (equações da calorimetria);• Capacidade Térmica;• Mudanças de fases;• Princípios da igualdade nas trocas de calor;• Curvas de aquecimento e resfriamento;• Transmissão de calor;• Gases e as leis de transformações gasosas;• Termodinâmica (energia interna, trabalho num sistema);• Leis da Termodinâmica e máquinas térmicas;• Ondas eletromagnéticas e mecânicas;• Princípios básicos da óptica;• Luz,cor,espelhos, planos e esféricos, lentes;• Reflexão, difração, absorção,refração;• Fenômenos luminosos;• Radioatividade e seus impactos na medicina, ambiente, tecnológico, social,

econômico e como fonte alternativa de energia;• Fontes alternativas de energia;• Outras ondas eletromagnéticas (rádio, TV, laser, raio X, UHV e infravermelho,

entre outros);• Ondas mecânicas – ondas em cordas;• Acústica: o som, suas qualidades e principais fenômenos.

3º Série: Eletricidade

• Histórico;• Carga elétrica;• Eletrização;• Condutores e dielétricos;• Lei de Coulomb e a constante eletrostática;• Campo elétrico e tensão;• Capacitância e capacitores;• Corrente elétrica;• Circuito elétrico (geradores,receptores e demais dispositivos);• Resistores e leis de ohm;• Potência elétrica;• Fenômenos magnéticos e campo magnético;• Força magnética.

Metodologia:

Devemos mostrar aos alunos que as fórmulas matemáticas representam modelos, os quais são elaborações humanas criadas para entender determinado fenômeno físico. O aluno deve estar sempre em contato com a ciência que é produzida nos dias

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de hoje, e não somente ao que é apresentado a ele nos livros didáticos, tendo o professor o papel de inserir esse aluno ao contexto científico, com leituras de revistas científicas e / ou aulas em que os alunos vejam na prática o que aprendem com expressões matemáticas. Ao final do Ensino Médio, o aluno deverá conseguir entender e explicar os fenômenos físicos que acontecem à sua volta; deve saber interpretar e questionar, e, acima de tudo, ter a sua visão sobre o assunto, ou seja, a sua visão crítica.

É importante a observação de fenômenos comuns aos alunos, para o confronte entre as informações que o aluno possuía e o conhecimento científico a ser adquirido. A discussão, análise e reflexão orientadas e provocadas pelo professor acerca desses fenômenos, propicia a modificação intelectual e qualitativa, referente a concepção prévia sobre o conteúdo estudado, passando para a compreensão científica elaborada.

Os conteúdos poderão ser tratados, ainda, por meio das atividades e aulas práticas, com coerência entre teoria e a prática.

A experimentação formal em laboratórios, por si só, não resulta na apropriação dos conteúdos específicos, são muitas as possibilidades de encaminhamentos metodológicos como: a observação, projetos individuais e em grupos, seminários, debates, jogos de simulação, painéis, murais, exposições e feiras, entre outras.

Para o desenvolvimento das atividades, os professores poderão utilizar os mais variados recursos pedagógicos e valorizar os registros dos alunos no decorrer das atividades desenvolvidas nas aulas, assim poderá analisar a própria prática e realizar uma intervenção pedagógica coerente no processo educativo.

Avaliação:

A avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em consideração todos os aspectos; a compreensão dos conceitos físicos, a capacidade de análise de um texto, a capacidade de elaborar relatórios. No entanto, a avaliação não pode ser utilizada para classificar os alunos com uma nota, como tradicionalmente é feito, com o objetivo de testar o aluno ou mesmo puni-lo, mas sim de auxiliá-lo na aprendizagem. Ou seja, avaliar só tem sentido quando se utiliza a avaliação como instrumento para intervir no processo de aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento.

Deverá acontecer através de instrumentos avaliativos diversificados, de maneira que oportunize a interpretação, expressão, discussão, reflexão, análise, produção e argumentação do próprio ponto de vista. Dando-se ao longo do processo ensino aprendizagem,com diversificadas atividades e métodos avaliativos.

Critérios de Avaliação:• Compreender enunciados que envolvam símbolos físicos;• Conhecer fontes de informação e formas de obter informações relevantes

sabendo interpretar notícias científicas;• Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de expressão

da cultura humana;• Reconhecer o papel da física no sistema produtivo compreendendo a evolução

dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento científico.

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5.5.5 GEOGRAFIA

Fundamentação Teórica:

O ensino da Geografia procura explicar como os homens ocuparam a superfície terrestre para produzir a sociedade que existe hoje e, ainda, possibilita prever como essa ocupação tenderá evoluir no futuro.

Vista sob esta perspectiva, o ensino de geografia tem por finalidade munir os alunos de conhecimentos que lhes permitam agir de modo mais lúcido ao tratar de questões que tem a ver com ocupação e a gestão do espaço. Além disso, contribui para a formação do cidadão que participa dos movimentos promovidos pela sociedade, que conhece seu papel no interior das varias instituições das quais esta inserido, discute de forma consciente sobre os problemas e situações de vida do mundo atual.

O espaço geográfico precisa ser lido e compreendido pelos estudantes do Ensino Médio, como uma construção humana, como projeção e expressão da sociedade. É preciso considerar que o espaço é a herança da história das sociedades humanas, de sua economia e de sua cultura. As relações de produção definiram, ao longo do tempo, modos de organizar o espaço, configurando áreas concentradoras de riquezas e áreas periféricas. Estes diferentes espaços, são controlados e organizados de acordo com suas histerias e culturas distintas, mas que novas relações de poder que se estabelecem, fragilizam essas regionalizações, tomando-as efêmeras e transitórias. Essas transformações constroem um novo mapa do mundo, mudam as relações políticas e de poder entre os países, possibilita a formação dos blocos político - econômico e a configuração de um mundo globalizado.

A globalização, a internacionalização da economia, das informações e o avanço da tecnologia nem sempre contribuem para melhorar a qualidade de vida da população mundial. A Geografia mostra a contradição entre tecnologia e trabalho, que ao mesmo tempo, que facilita, exclui grande parcela da população, pelo fato do mercado exigir outro tipo de profissional.

Dentro desse processo do capitalismo e da globalização, é importante o conhecimento da dinâmica dos sistemas naturais responsáveis pela vida na Terra, pois as tecnologias modernas não substituem e nem eliminam o papel da natureza na vida humana. A prática do consumismo indiscriminado, pode acelerar a destruição dos recursos naturais.

Sendo assim considerando a importância da compreensão do mundo, que contribui para com os alunos em seu processo de conhecimento e inserção na sociedade, cabe a Geografia abrir ao jovem a possibilidade de pensar o homem por inteiro em sua dimensão humana e social, aberto ao novo, com força ou poder para resistir i intervir na realidade da qual é participante.

Objetivos Gerais da Disciplina:

Formar um aluno consciente das relações sócios-espaciais e das transformações ocorridas nos espaços geográficos, possibilitando a sua atuação crítica na modificação das relações sociais.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

1ª Série:

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• Paisagem e Espaço Geográfico;• Localização Geográfica;• Cartografia;• A Dinâmica da Natureza;• Relevo e Marfogênese;• A Atmosfera e sua Dinâmica.

2ª Série: • O Modo de Produção Capitalista e Socialista;• A Nova Ordem Mundial;• A Globalização e a Formação dos Blocos Econômicos Regionais;• A Formação da Sociedade Urbano – industrial;• A Dinâmica da População.

3ª Série:• Geografia à Política;• Relações Internacionais;• Espaço Brasileiro;• Formação dos Estados Nacionais;• As Revoluções Industriais;• Globalização e o Mercado de Trabalho.

Metodologia:

A metodologia do Ensino da Geografia deverá articular os conteúdos, buscando relacionar a realidade social com a realidade individual do aluno.

Levando em conta os objetivos do Ensino médio, o professor deverá aprimorar sua metodologia a essa nova reorganização do Ensino de Geografia. Articular os conteúdos a questão da realidade e a aprendizagem prévia dos alunos; evitar a fragmentação, desenvolvendo a disciplina em torno dos temas centrais. Promover a articulação entre os assuntos abordados; buscando relacionar a realidade social com a realidade individual do aluno.

Essa ligação deverá ser afetada através da análise do dia-a-dia, de notícias, de artigos, de revistas e jornais, dos contrastes sociais que é visualizado em seu bairro, sua rua, sua casa, pois um conceito torna-se mais significativo quando percebemos suas ligações, tanto em outros já apropriados quanto como experiências vividas.

A busca dessa realidade individual, correlacionada com a realidade mundial deverá ser feita através da exposição de fatos, da análise em grupo, individual e ainda através do uso das tecnologias educacionais e materiais didáticos disponíveis.

Salientamos que a atual Geografia tem buscado práticas pedagógicas que permitam colocar aos alunos as diferentes situações de vivência com os lugares, de modo que possam construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito. Espera-se que, desta forma, eles desenvolvam a capacidade de identificar e refletir sobre diferentes aspectos da realidade, compreendendo a relação sociedade/natureza.

Essas práticas envolvem procedimentos de problematização, observação, descrição, documentação, representação e pesquisa dos fenômenos sociais, culturais ou naturais que compõem a paisagem e o espaço geográfico, na busca e formulação

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de hipóteses e explicações das relações, permanências e transformações que aí se encontram em interação.

É fundamental que o professor crie e planeje situações de aprendizagem em que os alunos possam conhecer e utilizar os procedimentos de estudos geográficos. A observação, a descrição, a analogia e a síntese são procedimentos importantes e podem ser praticados para que os alunos possam aprender a explicar, compreender e a representar os processos de construção dos diferentes tipos de paisagens, territórios e lugares.

Para aprender Geografia, o aluno conhecer e saber utilizar a linguagem gráfica ou os códigos específicos da Geografia. Neste caso, o aluno precisa ter a oportunidade de construir conhecimentos sobre essa linguagem, através da produção de mapa, roteiros e maquetes.

Cada vez mais os meios de comunicação introduzem o “mundo” na vida dos educandos. Os programas de televisão permitem que os alunos “vejam”, percorrendo lugares, e usando o imaginário para visitarem muitos outros. Desta forma, os problemas sócio-ambientais e econômicos (poluição, degradação dos ecossistemas, desigualdades sociais, crescimento populacional) podem ser abordados, através de debates, seminários e pesquisas, a fim de promover um estudo mais amplo dessas questões relevantes que afetam a atualidade.

Avaliação:

No encaminhamento metodológico propomos o entendimento da Geografia pela análise de situações concretas, ou seja, observação, descrição, documentação e representação do espaço geográfico. Assim sendo, na avaliação também serão usados os mesmos procedimentos.

E partindo do pressuposto que a avaliação é um processo contínuo e envolve todo o processo ensino-aprendizagem, esta será trabalhada de maneira viva, dinâmica (pois assim vemos e concebemos a disciplina de Geografia) e diversificada, através:

• Da leitura e interpretação de mapas, gráficos e tabelas;• Da produção de mapas, gráficos, tabelas, maquetes e roteiros;• Da apresentação oral de temas polêmicos da atualidade;• De pesquisas realizadas individualmente e/ou em grupos;• Da elaboração de relatórios de atividades praticas como: visitas, exposições e

entrevistas;• Da resolução de questões – problemas, problematização e contextualização

dos temas;• Da discussão crítica, apresentação oral sobre questões da atualidade.Critérios de Avaliação:

• Ler e analisar os códigos específicos da Geografia (mapas, gráficos, tabelas, etc.) considerando-os como elementos de representação de fatos e fenômenos espaciais.

• Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e interpretação, identificando as singularidades ou generalidades de cada lugar.

• Analisar e comparar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta.

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• Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações naturais, sociais, econômicos, culturais e políticos no seu mundo.

5.5.6 HISTÓRIA

Fundamentação Teórica:

O ensino de História no Ensino Médio pode desempenhar um papel importante na configuração da identidade,ao incorporar a reflexão sobre a atuação do indivíduo nas suas relações pessoais com o grupo de convívio, suas afetividades,suas participações no coletivo e suas atitudes de compromisso com grupos sociais, culturas, e valores e gerações do passado e do futuro.

O que se pretende com o ensino de História é que o educando tenha acesso ao conhecimento historicamente acumulado e reflita criticamente sobre ele. De posse desses conhecimentos, ele poderá se situar no tempo e na sociedade e estabelecer relações com outros tempos. Assim, pelo raciocínio histórico o educando compreenderá que as sociedades não são naturais, mas construídas pelos homens e que estão sempre em movimento e em transformação no tempo.

A apreensão das nações de tempo histórico em suas diversidades e complexidades favorece a formação do educando como cidadão, aprendendo a discernir os limites de sua atuação,na permanência ou na transformação da realidade histórica em que vive.

Ressaltamos que a formação de cidadãos não ocorre sem reflexões sobre seu significado. Do ponto de vista da formação histórica do aluno, a questão da cidadania envolve escolhas pedagógicas específicas para que ele possa conhecer e distinguir diferentes concepções acerca dela, delineadas em diferentes épocas. O significado de cidadania hoje, assume os demais sentidos historicamente localizados, mas ultrapassa os seus contornos, incorporando problemáticas e os anseios individuais de classes, de gêneros, de grupos sociais locais, regionais, nacionais e mundiais que protejam a cidadania enquanto práticas e realidades históricas.

A apropriação de conceitos e temas acorre por intermédio de métodos oriundos das investigações históricas, desenvolvendo capacidades de extrair informações das diversas fontes documentais e interpretá-las, estabelecendo relações e comparações entre problemáticas atuais e as de outros tempos.

Desta maneira, trabalhar com temas variados de épocas diversas, de forma comparada e a partir de diferentes fontes e linguagens, constituem uma escolha pedagógica que contribui de maneira significativa para que os educandos desenvolvam competências e habilidades que lhes permitam apreender as várias durações temporais nas quais diferentes sujeitos sociais desenvolveram suas ações, condição básica para que sejam identificadas as semelhanças, diferenças, mudanças e permanências existentes no processo histórico.

É necessário frisar a contribuição do ensino de História para as novas gerações, considerando-se que a sociedade atual vive um presente contínuo, que tende a esquecer e anular a importância das relações que o passado mantém com o passado. Atualmente a cultura capitalista impregnada de dogmas consumistas fornece uma valorização das mudanças no moderno cotidiano e uma ampla difusão de informações sempre apresentadas como novas e com explicações simplificadas que as reduzem aos acontecimentos imediatos.

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O ensino por meio de atividades específicas com as diferentes temporalidades, especialmente com o tempo da conjuntura e longa duração, favorece a reavaliação dos valores do mundo de hoje, a distinção de variados ritmos de transformações históricas, o redimensionamento do presente em processos contínuos, bem como a construção de identidades com as gerações passadas.

Objetivos Gerais da Disciplina:

Estimular o desenvolvimento da consciência histórica dos educandos, fornecendo-lhes subsídios para que possam fazer a “leitura” da sua própria realidade.

Contribuir na formação de indivíduos capazes de exercerem o papel de sujeitos históricos, com papel ativo na mais variadas esferas da vida social, política e cultural.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

1ª Série: Introdução a História.

• Concepções de História;• História e Memória;• Temporalidade;

A Origem da Humanidade.• O Processo de Humanização;• Os Períodos da Pré-História;• Os Primeiros Habitantes da América;

O Processo de Sedentarização na Antiguidade Ocidental.• As transformações derivadas da Revolução Agrícola no Oriente Médio, índia e

China;• Politeísmo e Monoteísmo na formação das Sociedades do Egito, da

Mesopotâmia e do Oriente Próximo;

Sociedade e Trabalho na Antiguidade Clássica.• A Formação das Cidades – Estado e suas Contradições;• As lutas Sócias no Mundo Grego-romano;

O Mundo Feudal.• A Igreja e a Hegemonia Política, Econômica e Cultural;• O monoteísmo Islâmico;• Trabalho e Propriedade no sistema feudal;

Terra, Conquista e Poder nas Sociedades Americanas.• Posse e Propriedade da Terra nas Sociedades Ameríndias;• A Exploração das Propriedades Ameríndias no contexto do Antigo Sistema

Colonial.

2ª Série:

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Movimentos Revolucionários Europeu e Questões Relacionadas à Posse da Terra.

• Os cercarmentos dos Campos da Inglaterra nos Séculos XVI e XVII;• Trabalho e Cotidiano dos Camponeses Franceses na época da Revolução de

1789;

Dinâmica e Funcionamento das Sociedades Industriais.• Revolução Industrial e Classe Operária;• Capitalismo e Imperialismo;• Industrialização no Brasil: Era VARGAS, Período JK e Ditadura Militar;

Urbanização e Trabalho no Século XX.• Movimentos Operários Brasileiros no início do Século XX;• Trabalhismo e Populismo na Era Vargas;• A Reorganização Sindical no Brasil nos anos 70.

3ª Série: Economia e Sociedade nos Pós-Guerra.

• Processo de Industrialização e novas Tecnologias;• Formação de Blocos Econômicos na Nova Divisão Internacional;• A Guerra Fria;

Cidadania, Movimentos Sociais e Questões étnicas a partir da Década de 1960.

• As Lutas pelas Conquistas dos Direitos Civis nos EUA;• O Aspartheid;• Europa nos anos 60;• Brasil Atual;

Militarismo e Autoritarismo na América Latina.• O Golpe Militar de 64 e a Doutrina de Segurança Nacional e Desenvolvimento;• Governos Militares na América Latina nos anos 70 e 80;• Resistência e Oposição ao Regime Militar;

Tensões Envolvendo a Posse e Propriedade da Terra no Brasil.• O êxodo Rural e os Movimentos de Exploração e Expropriação do Trabalhador

Rural no Brasil atual;• Alei de Terras de 1850;• A Substituição da Mão-de-Obra escrava no Brasil do Século XIX;• Brasil Atual: a Reforma Agrária e os Movimentos Sociais no Campo.

Metodologia:

O processo histórico deve ser estudado na sua totalidade, a realidade que se apresenta como uma unidade complexa onde o econômico, o político, o cultural e o social estão inter-relacionados, inseparáveis e em constante movimento.

Para o desenvolvimento do raciocínio histórico, os conteúdos serão trabalhados a partir de temas, oportunizando a problematização dos mesmos. A opção pela

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tematização é justificada pela concepção de história e de sociedade, aqui apresentada, e pela compreensão de que professores e alunos são sujeitos coletivos da Histórica produtores de conhecimento.

Para isso o professor poderá recorrer à produção historiográfica e às diferentes linguagens: fotografias, filmes, textos variados, objetos, poesias,literatura música e charges. A utilização dessas diferentes linguagens possibilita resgatar as múltiplas visões da realidade.daí a importância de se considerar as diferentes formas de expressão, recuperando os vários discursos. A metodologia proposta está fundamentada nos conteúdos que estruturam o eixo da História. Relação de trabalho, relação de poder e relação culturais, estes interligados entre si, permitindo a busca do entendimento da totalidade das ações humanas.

Detectar e compreender as causalidades e externas dos processos históricos. Análise, confronto e comparação de documentos históricos, bem como do contexto social de sua produção. Construção de nexos ente os problemas levantados pela historiografia e a realidade cotidiana do educando. Compreensão das características do conhecimento histórico e sua produção.

Avaliação:

Se o ensino de História pretende a formação ampla dos educandos e o desenvolvimento de sua autonomia como cidadãos, estes serão avaliados durante a realização de diversas atividades práticas e dinâmicas, como também procedimentos que os levem a questionamentos, reflexões, análise, pesquisas, comparações e organização de síntese e conclusões.

Como critérios para avaliação do ensino de História aponta-se:• Produção de narrativas históricas que integrem diversos aspectos das

experiências sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas relações;• Analise, interpretação e crítica de documentos históricos;• Estabelecer comparação entre documentos históricos e fatos;• Ler com compreensão textos históricos;Identificar nas ações humanas as diversas relações de poder, trabalho e de cultura

construída ao longo do tempo.

5.5.7 LÍNGUA PORTUGUESA

Fundamentação Teórica:

É via linguagem que nos constituímos enquanto sujeitos no mundo. Pensar a linguagem em qualquer circunstância, é se perguntar, antes de qualquer outra coisa, sobre o que ela é, o que se faz com ela, que fins são atingidos por seu meio, qual é a forma de comparecimento dela no contexto social.

Embora não se possa negar que a linguagem possui utilidade de permitir aos homens a troca de informações e a expressão verbal de seus pensamentos, é lícito afirmar que ela tema a finalidade de estar ao mesmo tempo em todas a parte, de pôr frente a frente homens que não trocam apenas palavras, mas sim, enunciados plenos de sentidos e intencionalidade argumentativa,valendo-se para isto de recursos lingüísticos construídos historicamente pelos homens, quer estejam estes cursos ao nível fonológico e sintético ou outro qualquer.

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O ensino de Língua Portuguesa deve centrar-se no objetivo de desenvolvimento e sistematização da língua interiorizada pelo aluno, incentivando a sua verbalização domínio de outras variantes, utilizadas em diferentes contextos sociais.

Já o estudo da metalinguístico da língua deverá ser feito na perspectiva do uso e da funcionalidade dos elementos gramaticais. Toda e qualquer análise gramatical, estilística, textual deve considerar a dimensão dialógica da linguagem como ponto de partida. O contexto, os interlocutores, gêneros discursivos, recursos utilizados pelos interlocutores para afirmar o dito /escrito, os significados sociais, a função social, os valores e o ponto de vista determinam formas de dizer/ escrever.

Objetivo Geral da Disciplina:

Compreender e utilizar a língua portuguesa como língua materna, geradora designificação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

1ª Série: Conceitos Lingüísticos.

• Gramática (Natural / Descritivo / Normativa);• Linguagem / Língua;• Fala / Comunicação;• Variedades Lingüísticas;• Língua Oral e Escrita;• Expressões da Língua;

Semântica.• Processos e Formações das Palavras;• Forma e Significado: Sinônimo / Antônimos / Homônimos / Parônimos;• As Palavras no Texto: Campo Lexical e Semântico;• Denotação e Conotação;• Vícios de Linguagem;

Estilísticas.• Funções de Linguagem;• Conceito de Estilo: Individual e Variações;

Lingüística Textual.• A Lingüística Textual: O Texto;• Leitura de Mundo / Leitura da Palavra;• Tipos de Textos;• Relação entre Textos: Intertextualidade;• Tecendo o Texto: Padrões de Textualidade, Coerência e Coesão, Níveis de

Coerência, Mecanismos de Coesão, Progressão Discursiva;• Análise e Produção de Texto: Discurso Narrativo, Descritivo, Poético;

Análise Gramatical.

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• Análise Morfológica: Classes de Palavras;• Análise Morfossintática: Termos da Fração;• Sintaxe: de Concordância de Colocação e de Regência;

Literatura Portuguesa e Brasileira.• Cultura e Arte;• Arte e Linguagem;• Conceituando Literatura;• Gêneros Literários;• Estilos de Época / Movimentos Literários;• Trovadorismo;• Humanismo;• Classicismo;• Literatura de Informação;• Barroco;• Arcadismo.

2ª Série: Língua : Uso e Reflexão.

• As Categorias Gramaticais na Construção do Texto;• Morfossintaxe;• Sintaxe de Concordância: Colocação e Regência;• Semântica e Interação;• Estilística: Recursos expressivos e comunicativos da Linguagem;

Lingüística Textual.• Tecendo o Texto: Padrões de Textualidade, Coerência e Coesão;• Tipologia Textual: Discursos Argumentativos, Jornalísticos, Narrativos,

Descritivos, Publicitários, Poéticos, Teatrais;

Literatura Brasileira e Portuguesa.• Romantismo no Brasil e em Portugal.• Tendências da Prosa Romântica;• Gerações da Poesia Romântica;• O Teatro Romântico;• O Realismo no Brasil;• A Prosa Machadiana;• O Realismo em Portugal;• O Teatro Realista de França Junior;• O Naturalismo e o Impressionismo no Brasil;• A Poesia Parnaxona e Simbolista no Brasil e Portugal.

3ª Série: Língua: Uso e Reflexão.

• Linguagem e Adequação Social;• Língua / Contexto / Intencionalidade;

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• Variedades Lingüísticas; • As Categorias Gramaticais na Construção do Texto;• Morfossintaxe;• Síntese de Concordância, Colocação e Regência;• Semântica e Interação;• Estilística; Recursos Expressivos e Comunicativos da Linguagem;

Lingüística Textual.• Tecendo um Texto: Padrões de Textualidade, Coerência e Coesão;• Tipologia Textual: Discursos Argumentativos, Jornalísticos, Narrativos,

Descritivos, Publicitários, Poéticos, Teatrais;

Literatura Brasileira e Portuguesa.• Pré – Modernismo no Brasil;• Modernismo em Portugal;• Modernismo no Brasil: Os Andrades – Demolição e Construção / 1ª Fase;• Modernismo no Brasil: O Romance de 30 / 2ª Fase;• Modernismo no Brasil: Geração de 45 / 3ª Fase;• Tendências da Poesia Contemporânea;• Tropicalismo: Música e Poesia;• Tendências do Conto e da Crônica Contemporâneas;• Produção Literária Paranaense.

Metodologia:

Na perspectiva para uma nova prática, a visão e linguagem que estamos defendendo tem como objetivo de preocupação a interação verbal, isto é, a ação entre sujeitos historicamente situada que, via linguagem, se apropriam e transmitem um tipo de experiência historicamente acumulada.

O trabalho com o texto será cerne do nosso ensino, este deverá ser entendido como um material verbal produto de uma determinada visão de mundo, de uma intenção e de um momento de produção. O professor deverá criar situações de contato com visões do real, via texto, para que o aluno desenvolva, cada vez melhor, um controle sobre os processos interacionais.

É importante trazer para a sala de aula todo o tipo de texto: literário, narrativo, descritivo, informativo, publicitário e dissertativo, colocar estas linguagens em confronto, não apenas as suas formas particulares ou composicionais, mas o próprio conteúdo veiculado nelas.

No que se refere à linguagem oral é preciso transformar a salda de aula um espaço de debate permanente, num local onde o aluno deverá escutar a voz do outro e, ao mesmo tempo, adequar o seu discurso ao outro.

É obrigação da escola proporcionar ao aluno o domínio da variedade padrão. Talvez a estratégia mais adequada para sensibilizar o aluno no que refere ao uso de determinada variedade esteja no confronto de estruturas diferentes. A partir disso, será mais fácil pensar confronto de estruturas diferentes e pensar em termos de adequação da norma a contextos específicos.

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Já a leitura deve-se expor ao aluno a todo tipo de texto: os narrativos (romances, contos, novelas, artigos, crônicas, fábulas, lendas); os dissertativos (editoriais, artigos); os poéticos e os publicitários. A partir desse contato com a diversidade é possível estabelecer o contraponto, mostrando ao aluno que cada texto tem uma especificidade ou forma e revela uma determinada interpretação sobre o real.

A literatura determinada deverá ocupar um espaço privilegiado no planejamento, visto que a literatura é o retrato vivo da alma humana, pois tem sido ao longo da história uma das formas mais importantes que dispõe o homem não só para o conhecimento do mundo, mas também para a expressão, criação e re-criação.

Em relação à escrita é preciso ter presente, no ato de escrever, a noção de interlocutor, isto é, o perfil daquele que vai ler nossos escritos. A produção de textos é uma estratégia adequada que deve decorrer de uma discussão ao da leitura de outros textos, uma literatura contrastiva. A partir do debate, ao levantamento de idéias, dos objetivos bem claros, é possível dar sentido à escrita.

As questões referentes à norma padrão deverão ser trabalhadas no próprio texto contrapondo a variedade padrão e a não – padrão.

Avaliação:

Numa perspectiva sócio-interacionista da língua, devemos mudar o enfoque sobre o sujeito lingüístico, temos que construir uma concepção de avaliação que nos dê pistas concretas do conhecimento que o aluno está fazendo para se apropriar efetivamente das atividades verbais.

Na avaliação deve se tornar à produção (oral / escrita) do aluno como parâmetro de avaliação dele mesmo, pois é comparando texto do próprio aluno que o seu progresso pode ser evidenciado. E quanto aos chamados erros ortográficos devem ser gradativamente sanados com o contato constante do aluno com o material escrito.

Na leitura, a fluência, a entonação correta, a postura adequada para ler o “entendimento” da mensagem são elementos necessários, mas não suficientes. É preciso valorizar a reflexão que o aluno faz a partira do texto lido.

O aspecto gradativo pelo qual o aluno domina o conteúdo da língua não deve ser visto apenas na leitura e escrita, mas também a oralidade deve ser avaliada progressivamente, devendo-se considerar: a participação, a exposição de idéias de modo claro, a fluência de sua fala, a participação organizada, o desembaraço, as contribuições e principalmente a consistência argumentativa de sua fala.

A avaliação terá sempre uma visão diagnóstica e contínua, que priorize a qualidade e o processo de aprendizagem do aluno, como intuito de intervir pedagogicamente no momento certo.

5.5.8 MATEMÁTICA

Fundamentação Teórica:

A Matemática é uma ciência exata, organizada e sistematizada que envolve todo conteúdo necessário para a decodificação e a elucidações dos problemas inerentes às relações lógicas entre objetos e de modo geral, instrumento valioso na explicação de problemas científicos.

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A Matemática exposta nos livros didáticos tem, via de regra, privilegiando a forma em detrimento do conteúdo. A organização lógica e seqüencial desta disciplina é apresentada em sua forma mais acabada sem qualquer referência as necessidades históricas, sociais, econômicas, culturais, presentes no processo de produção e elaboração deste conhecimento.

Caraça (1984), no prefácio de seu livro Conceitos Fundamentais de Matemática, expressa sua atitude em face da ciência: A ciência pode ser encarada sob dois aspectos diferentes. Ou se olha para ela como vem exposta nos livros de ensino, como coisa criada, e o aspecto é o de um todo harmoniosos, como onde os capítulos se encadeiam em ordem, sem contradições. Ou se procura acompanhá-la no seu desenvolvimento progressivo, assistir a maneira como foi elaborada, e o aspecto é totalmente diferente — descobrem-se hesitações, dúvidas, contradições, que só um longo trabalho de reflexão e apuramento consegue eliminar, para que logo surjam outras excitações, outras dúvidas e outras contradições.

Descobre-se ainda que qualquer coisa mais importante e mais interessante no primeiro aspecto, a ciência parece bastar-se a si próprio a formação dos conceitos e das teorias parece obedecer a necessidades interiores; no segundo pelo contrário, vê-se toda a influência da vida social exerce sobre a criação da ciência.

A ciência, encarada assim, aparece-nos como um organismo vivo, impregnada de contradição humana com suas forças e suas fraquezas e subordinado as grandes necessidades do homem na sua luta pelo entendimento e pela libertação; aparece-nos enfim como um grande capítulo da vida humana social. Em relação a matemática é interessante observar que a maioria das pessoas concordam que precisam e fazem uso da matemática para solucionar seus problemas em sua prática diária e que a matemática é fator importante no desenvolvimento técnico científico da sociedade em que vivemos.

Entretanto, embora se possa afirmar que todos os homens colaboram, de alguma forma na produção do conhecimento matemático em decorrência das necessidades de sua prática social, nem todos percebem as relações entre a matemática que usam e o conteúdo escolar devido ao alto poder de síntese e de generalização que a linguagem matemática vem adquirindo ao longo dos tempos.

A precisão e o rigor alcançados por essa linguagem, se por um lado permitiam a classificação da matemática como ciência formal e abstrata, por outro possibilitam uma visão invertida do conhecimento matemático, como se ele fosse uma criação autônoma da mente humana.

Essa visão idealista tem permeado a prática pedagógica e devido à lógica de sistematização do conhecimento matemático ter um modelo de organização o método axiomático-dedutivo1 (Geometria Euclidiana) tem predominado uma concepção formalística de Matemática.

Como afirma Caraça (1984): "A Matemática é geralmente considerada como uma ciência a parte, desligada da realidade, vivendo na penumbra do gabinete, um gabinete fechado, onde não entram os ruídos do mundo exterior, nem o sol, nem os clamores dos homens. isto, só em parte é verdadeiro.

Sem dúvida, a Matemática possui problemas próprios, que não tem ligação imediata com os outros problemas da vida social. Mas não há dúvida também que os seus fundamentos mergulham tanto como os de outro ramo da Ciência, na vida real; uns e outros encontram na mesma madre."

Nesta perspectiva, a matemática ganha significado na média em que procura não desvincular a lógica de organização e elaboração dos conteúdos do seu

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desenvolvimento histórico-social. É a partir da relação que se estabelece entre a matemática e as ciências da natureza que se tornará possível compreender o papel que ela desempenha na sociedade em que vivemos.

É perfeitamente observável que o desenvolvimento tecnológico solicita novos conceitos matemáticos, assim como o desenvolvimento das teorias matemáticas permite a produção de novas tecnologias a partir das necessidades econômicas da sociedade.

1. Método onde a partir de definições básicas (postulados e axiomas) e apoiado nelas se desenvolve toda a teoria.

Objetivos Gerais da Disciplina:

• Proporcionar aos alunos os conhecimentos básicos:• Estimular o educando no sentido de ampliar o seu campo de raciocínio,

tornando-o ao mesmo tempo dinâmico e versátil;• Estimular a curiosidade para que explore novas idéias e descubra novos

caminhos para resolução de problemas;• Usar adequadamente a linguagem matemática na resolução de problemas e

fazer discussão dos resultados obtidos;• Desenvolver habilidades específicas de medir e comparar grandezas, calcular,

construir e consultar tabelas e gráficos.

Metodologia:

O encaminhamento metodológico no ensino da Matemática, parte do pressuposto que se aprende matemática fazendo matemática. Os conceitos se dão pela interação entre aluno - professor, e aluno - aluno, oportunizando a compreensão das estratégias o desenvolvimento de estudos posteriores e a formação científica e tecnológica.

Essencial é a atenção que devemos dar ao desenvolvimento de atitudes que facilitam o conhecimento de novas informações e instrumentos necessários para que seja possível o aprendizado. Saber aprender é a condição básica para prosseguir se aperfeiçoando ao longo da vida. À medida que vamos integrando ao que domina uma sociedade da informação crescente e globalizada, as capacidades de comunicação de resolver os problemas, de tomar decisões, de fazer inferências, de criar, cooperativamente são cada vez mais exigente.

O ensino de Matemática caracteriza-se historicamente por uma forte ênfase em cópias, soluções de exercícios a partir de modelos e memorização de técnicas. Essa forma de ensino tem permitiu que os alunos acreditassem que aprender Matemática é simplesmente aplicar regras. Neste sentido, tanto, somente por repetição e quanto maior for o número de exercícios resolvidos melhor será a aprendizagem.

Esse modelo de ensino está vinculado a uma concepção de Matemática como ciência pronta que deve ser repassada e fixada. E mais, acredita-se que ensinar a forma mais elaborada é condição suficiente para que o aluno deduza as partes mais específicas.

Um exemplo de que essa crença é falha é o que ocorre com a divisão, cujo ensino iniciado pelo "processo breve", porque os alunos identifiquem as operações envolvidas em uma divisão, possibilitando erros sistemáticos por não perceber na forma abreviada escrita relação com a divisão que é resolvida em situações práticas.

Uma concepção de Matemática como Ciência dinâmica, produzida coletivamente pelos homens, está necessariamente articulada a uma forma de transmissão

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assimilação desse ensino que leve em conta os aspectos lógicos e históricos. Entretanto, a defesa de uma seqüência de ensino que procure não desvincular a lógica do conteúdo matemático de seu desenvolvimento histórico impõe uma cautela, é importante não cair num historicismo que considera como solução para todos os problemas do ensino a reprodução de trechos da história da matemática em sala de aula.

Para o Ensino de Matemática sugere-se que:• As definições devem resultar das experiências com os conceitos e não serem

passadas simplesmente;• As aplicações, onde os conteúdos aparecem em problemas, devem ser

introdução de qualquer conteúdo, sendo necessárias também durante todo o trabalho e não deixadas para o fim;

• A partir de uma base conceitual, o aluno deve trabalhar em grupo e também sozinho para que elabore seus conceitos e definições em interação com os colegas mas também desenvolva a teste idéias próprias;

• A análise dos procedimentos de resolução corretos ou incorretos pelos alunos e professor é um recurso importante para a tomada de consciência de que é possível criar hipóteses e conjeturas e investigá-los; e durante esse processo o erro muitas vezes se constitui em uma visão parcial que o aluno possui do conteúdo;

• As atividades e exercícios de fixação devem permitir a organização e a síntese das idéias propostas e desenvolvidas durante o trabalho.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

1ª Série: • Conjuntos;• Funções;• Função Polinomial do 1º e do 2º grau;• Função Exponencial;• Função Logarítmica;• Sucessão ou Seqüência Numérica;• Progressão Aritmética;• Progressão Geométrica.

2ª Série: • Geometria Métrica Plana;• Trigonometria nos Triângulos;• Equações Trigonométricas;• Matrizes;• Determinantes;• Sistemas Lineares.

3ª Série: • Análise Combinatória;• Números Binomiais;• Probabilidade;

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• Geometria Espacial;• Geometria Analítica;• Pontos e Retas;• Circunferência;• Números Complexos;• Polinômios;• Equações Polinomiais.

Avaliação:

Como parte do processo pedagógico, a avaliação deve se coerente com a concepção e ensino de Matemática presente na Proposta Pedagógica.

Nesta avaliação é muito importantes que o professor consiga divisar, na variedade de conceitos e técnicas, as idéias fundamentais dos conteúdos que estão sendo trabalhados. O que ocorre com freqüência é que esses são trabalhados de forma tão fragmentada e, conseqüentemente, avaliados em partes deixando os relevantes de lado.

Se entendermos a Matemática sob um ponto de vista dinâmico, que leva em conta a relação ente os aspectos lógicos e sociais, logo teremos que adotar uma postura que considere os caminhos percorridos pelo educando.

Desta forma, é preciso analisar os exercícios a serem propostos, verificando se eles privilegiam igualmente a linguagem matemática e o raciocínio matemático. Lembramos que a maioria do trabalho em Matemática tem se desviado do caminho essencial, do desenvolvimento de idéias básicas, para manter-se quase exclusivamente no acessório, em uma técnica particular.

Tendo como referencial os pontos discutidos acima e, considerando a proposta como um todo, a avaliação deve ser objeto de constante reflexão e não tomada como algo pronto.

Critérios da Avaliação:

• O resultado não é o único elemento a ser contemplado na avaliação. É necessário observar a elaboração do conhecimento e, para isso esta deverá ser necessariamente diagnóstica;

• Os erros não devem ser apenas constatados. Havendo uma diagnose, é preciso que haja um tratamento adequado: deve-se trabalhar os caminhos trilhados pelo aluno (heurística) e explorar as possibilidades advindas destes erros, que resultam de uma visão parcial que o aluno tem do conteúdo;

• A avaliação não pode ser fundamentada apenas em provas, mas ocorrer ao longo do processo de aprendizagem, propiciando a sua visão do conteúdo trabalhado;

• Apesar dessa diferenciação não se pode perder de vista que há um conhecimento cuja apropriação pelo aluno é fundamental. É esse conhecimento, sintetizado em um Currículo Básico, que irá dar o critério final para a avaliação.

5.5.9 QUÍMICA

Fundamentação Teórica:

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O espírito do homem contemporâneo está sempre atento a estabelecer relações entre os fatos de os acontecimentos imprevistos há algum tempo atrás. Não resta dúvida de que essa ampliação de percepção, foi possibilitada entre outras importantes contribuições, pelo desenvolvimento das ciências químicas.

Como ciência de transmutação, estudando a natureza dos corpos simples, a ação desses corpos uns sobre os outros e as combinações resultantes dessa ação, a Química deu ao homem instrumentos de concretização de uma de suas maiores vocações: a de dominar e ordenar a realidade, para observá-la em verticalidade.

Ressaltamos, no entanto, que no contexto escolar e abordagem da Química continua praticamente a mesma, ou seja, com a aparência de modernidade sua essência ainda permanece igual, priorizando-se a memorização indiscriminada de símbolos, fórmulas e nomes de substâncias. Constatamos que o ensino atual privilegia aspectos teóricos, em níveis de abstração inadequados aos dos estudantes.

Mudanças estão ocorrendo, exigindo novas práticas pedagógicas dos educandos, práticas essas que permitem ao aluno ser sujeito de sua própria aprendizagem, atuando de modo inteligente em busca da compreensão do mundo que o rodeia e criando e coordenando relações entre acontecimentos e objetos nos quais interage.

Efetivamente, descobrir e criar por si mesmo novas relações entre objetos e fatos, buscando explicitá-los, faz com que o aluno realize sucessivas equilibrações que conduzem à construção de outras estruturas. Segundo Berthelot, a “Ciência não costuma derrubar seus edifícios, mas acrescentar, a todo tempo, novos andares, e à medida que ela cresce mais, apercebe-se de horizontes largos”.

A proposta do Ensino de Química para o Ensino Médio, pressupõe que os educandos participem do processo de construção do conhecimento e, conseqüentemente, interagindo com tais conhecimentos químicos possam traduzir-se em competências e habilidades cognitivas e afetivas.

A partir desta concepção, a aprendizagem de Química pressupõe do educando compreensão e utilização dos conhecimentos científicos, para explicar o funcionamento do mundo, bem como os associados aos problemas do seu cotidiano e procurando solucioná-los, aplicando princípios científicos. Desenvolvida dentro de um processo interdisciplinar e coletivo a construção do conhecimento, em sala de aula, priorizará os valores como respeito às opiniões alheias, responsabilidade, lealdade e tolerância, de forma a tornar o ensino de Química mais eficaz, contribuindo desta maneira para que o educando planeje, execute e avalie ações de intervenção na realidade.

No entanto, entendemos que não se pode simplesmente aceitar a Química como uma ciência de conceitos prontos e acabados, mas sim produto da construção humana em constante mutação. A consciência de que o conhecimento científico é humano, dinâmico e mutável auxiliará o aluno a ter uma visão crítica da ciência e do mundo,assim como possibilitará a sua compreensão de que é um indivíduo participante deste mundo em constante transformação.

O conhecimento da disciplina visa a compreensão dos processos químicos (no mundo físico), observados dia – a – dia e suas estreitas relações ambientais, sociais, políticas, econômicas, éticas e culturais. E também podemos, acrescentar, que o ensino de Química visa a contribuir para a formação da cidadania, permitindo o desenvolvimento de conhecimentos mediadores da interação do educando com o mundo.

Ter noções de Química instrumentaliza o aluno – cidadão para que ele possa saber exigir benefícios da aplicação do conhecimento químico para o bem de toda a sociedade. Dispor desses conhecimentos também o ajuda a posicionar-se em relação a

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inúmeros problemas da vida contemporânea, como poluição, recursos energéticos, reserva mundial, importação de tecnologia, uso de matérias – primas, fabricação e uso de inseticidas, pesticidas, adubos, agrotóxicos, explosivos, medicamentos e outros.

Essa nova concepção tem como objetivos auxiliar no desenvolvimento de uma visão crítica das ciências e da capacidade de investigação, bem como a percepção da Química como uma ciência dinâmica e sem verdades absolutas.

Objetivos Gerais da Disciplina:

• Proporcionar a compreensão de aspectos químicos na interação do ser humano, individual e coletiva com o ambiente.

• Possibilitar o reconhecimento das relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico da química e aspectos sócio – político – culturais.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

1ª Série: Introdução à Química.

• Natureza Elétrica;• Modelos Atômicos;• Elementos Químicos;• Isótopos, Isóbaros e Isótonos;• Distribuição Eletrônica.

Classificação Periódica dos Elementos• Famílias e Grupos;• Tabela Periódica Atual;• Elementos Representativos, Transição e Terras Raras.

Ligações Químicas.• Iônica;• Covalente;• Metálica (opcional);• Pontes de H (opcional);• Número de Oxidação (Nox).

Funções Químicas.• Sais;• Bases;• Ácidos;• Óxidos;

Conceitos Gerais.• Mol;• Átomo – Grama;• Número de Avogrado;• Grandezas Físicas

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2ª Série: Revisão dos Conceitos Gerais. Reações Químicas.

• Estequiometria;• Balanceamento;• Classificação Problemas Envolvendo Quantidade de massa (misturas);• Pureza, Excesso e Rendimento.

Soluções.• Concentração Comum;• Concentração Molar;• Densidade.

Termoquímica.• Entalpia.

Cinética e Equilíbrio Químico. Eletroquímica.

3ª Série: Química do Carbono.

• Classificação da Cadeias;• Hidrocarbonetos;• Funções Orgânicas;• Oxigenadas;• Nitrogenadas;• Reações orgânicas.

Metodologia:

É fundamental que se estabeleça uma relação entre o aluno, o professor e o conhecimento científico, na perspectiva de uma aprendizagem significativa deste conhecimento e da formação de uma concepção de Ciência e sua relação com a tecnologia e com a sociedade contemporânea.

No Ensino Médio, embora os alunos sejam capazes de elaborar conceitos, de articular dados e redes de idéias, de compreender teorias científicas e sua construção espaço-temporal, é preciso considerar que a apropriação de tais conceitos e dos procedimentos aí envolvida é processual e mediada pela interação professor/aluno. Os modelos científicos têm uma lógica interna, grande parte das vezes, diversa daquela do conhecimento intuitivo.

Desde que o professor interfira adequadamente, o aluno pode ganhar consciência da coexistência de diferentes sistemas explicativos para o mesmo conjunto de fatos e fenômenos, estando apto a reconhecer e explicar diferentes domínios de idéias em diferentes situações.

É nossa intenção que o educando se aproprie do conhecimento científico de Química e desenvolva uma autonomia no pensar e agir. É importante conhecermos a

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relação ensino-aprendizagem como uma relação entre sujeitos, onde cada um, a seu modo, está envolvido na construção de uma compreensão dos fenômenos naturais e suas transformações, na formação de atitudes e de valores humanos.

Lembramos também que a Química está relacionada à quase tudo em nossa vida, quando comemos, respiramos, pensamos, estamos realizando processos químicos. Daí a necessidade do professor desenvolver conteúdos, evidenciando suas inter-relações, pois a total desvinculação entre conhecimento químico e a vida cotidiana fará com que os alunos não percebam as relações entre aquilo que está estudando, a natureza e a sua própria vida.

É do aluno o movimento de resignificar o mundo, de construir explicações norteadas pelo conhecimento científico: somente ele pode realizá-lo. Neste sentido o aluno não é considerado um ser desprovido de conhecimentos e o professor, resgatar o saber do aluno e orientá-lo na busca de novas soluções ao novo conhecimento. Os saberes espontâneos serão alvos de estudo e aprofundamento e é a partir deles que o conhecimento sistematizado é construído. É importante, neste caso, considerarmos as interpretações que eles fazem a cerca dos fenômenos em estudo, pois tal situação nos permite conhecer seu repertório e seus referenciais e organizar atividades que viabilizem o confronto dessas interpretações com os dados obtidos e com outras interpretações.

O centro do processo deixa de será Química e o aluno assume a posição de destaque, já que o aprendizado está na dependência direta de sua atuação sobre o conteúdo ensinado. Nessa perspectiva é de suma importância ensinar o aluno a aprender e ajudá-lo a compreender que, não leve em conta apenas o conteúdo, objeto de aprendizagem, mas como ele deve se organizar e aturar para apropriar-se desses objetos.

Conteúdos diversos podem ser trabalhados com diferentes técnicas, com uma mesma técnica ou ainda com combinação delas. O currículo ganha flexibilidade e abertura, uma vez que esses podem ser priorizados e contextualizados de acordo com a realidade do educando. Pretende-se assegurar uma dinâmica de aula capaz de estimular o interesse do aluno, de instigá-los a resolver que devem emergir das próprias atividades, organizadas e orientadas pelo professor compreensão de um conceito e dos procedimentos envolvidos.

Os conteúdos abordados terão duas fases distintas – a 1ª levando os alunos na construção do conhecimento, a utilizar a sua vivência individual, os fatos do dia-a-dia e do seu meio físico, proporcionando um entendimento acerca da transformação química, envolvendo inicialmente seu reconhecimento qualitativo e suas inter-relações com massa, energia e tempo. Na 2ª fase da abordagem do conhecimento, levar-se-á em consideração o coletivo em sua interação com o mundo físico. Como se pode perceber, no primeiro momento da aprendizagem de Química prevalece a construção de conceitos a partir de fatos e no segundo, prevalece o conhecimento de informações ligadas à sobrevivência do homem.

Avaliação:

A avaliação numa perspectiva de uma educação transformadora, deve oferecer aos educandos aprender mais e melhor, tendo em vista o compromisso de construção de uma sociedade mais justa e solidária, onde ele – educando – possa participar, interferindo na realidade para transformá-la.

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Deixando de lado a concepção e a prática de um ensino de Química meramente reprodutiva (simples memorização de conteúdos), pretendemos que a avaliação seja diagnóstica, permanente e interdisciplinar. Esta passará de uma simples medição de domínio de conteúdos para uma concepção de competências e habilidades. O pressuposto básico é a capacidade dos alunos de desenvolvê-las ao longo do processo ensino-aprendizagem.

Na Química há desempenhos clássicos, observáveis e mensuráveis. São as habilidades e atitudes científicas; as formas de pensar logicamente; as ações científicas adequadas, calcadas na correta aplicação de metodologia científicas; o adquirir, o incorporar e o aplicar corretamente conhecimentos científicos. A avaliação desses desempenhos (na realidade: pensamento científico, atitudes científicas e conhecimento científico) requer que qualquer tipo de prova seja construído considerando os seguintes aspectos.• O processo de aprendizagem de cada aluno;• Terminalidade das tarefas relacionadas aos processos científicos (aplicação do

conhecimento);• Taxionomia dos objetivos (domínio cognitivo: conhecimentos, compreensões,

análises, sínteses,aplicações e avaliações / domínio afetivo: recepção, resposta, organização e valorização);

• Auto – avaliação.As estratégias utilizadas para a avaliação seguirão os princípios metodológicos,

pois a mesma não deve se caracterizar apenas pela cobrança de conceitos científicos prontos e acabados que, na maioria das vezes, são incorporados por memorização, em apenas um momento específico sem a preocupação de contextualizar o conteúdo com a realidade.

Neste caso, a avaliação contínua possibilita ao professor pôr em prática seu planejamento de forma adequada às características do aluno. É fundamental a utilização de diferentes instrumentos de avaliação como:• Testes dissertativos: para avaliar a organização, coesão e integração do

conhecimento;• Testes de múltipla escolha: para avaliar a amplitude de um conhecimento;• Apresentações orais de pesquisas e/ou exercícios (individual ou em grupo).

Como a Química é uma ciência experimental, fica muito difícil aprendê-la sem a realização de atividades práticas. Aqui a avaliação ocorrerá em diversos momentos, por exemplo:• Realização de experimentos cuja interpretação leve elaboração de conceitos;• Elaboração de relatórios de experimentos feitos pelo professor e/ou aluno;• Elaboração de explicações para os fenômenos observados;• Demonstração para confirmar a veracidade de uma afirmação científica;• Discussões em pequenos grupos sobre os resultados obtidos em experimentos.

As conquistas científicas e diferentes incentivos ao pensamento e a criatividade podem auxiliar o professor de Química em suas avaliações. Para isso ele deve fazer uma inter-relação entre metodologia e avaliação,propriamente dita, e encontrar formas de converter o aprender Química (memorizações) no prazer de fazer Química criativamente e que a atividade científica seja, no final, concebida pelo aluno como um dos jogos (pensar e agir) mais maravilhosos inventados pelo homem.

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5.5.10 FILOSOFIA

Fundamentação Teórica:

O ensino de filosofia, enquanto disciplina escolar aparece desde ensino jesuítico, nos tempos coloniais. Nos tempos mais atuais o ensino de filosofia no Ensino Médio a partir da LDB de 1996 necessário dominar os conhecimentos desta disciplina para exercer bem a cidadania.

É um conhecimento que possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento, um espaço de criação de conceitos.

Objetivos Gerais da Disciplina:

A filosofia na escola pode significar espaço de experiência filosófica, espaço de criação e provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação e da criação de conceitos. O que se espera é que o estudante ao tomar contato com problemas textos filosóficos possa pensar e argumentar criticamente, e que nesse processo crie e recrie para si conceitos filosóficos.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

2ª Série: • Do Mito à Filosofia;• Teoria do Conhecimento;• A Guerra Fria;• Ética;• Filosofia Política;• Estética;• Filosofia da Ciência.

Metodologia:

O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia (mito e filosofia, conhecimento, ética, filosofia política, estética e filosofia da ciência) e seus conteúdos específicas se dá em 4 momentos: a sensibilização, a problematização, a investigação e a criação de conceitos.

O ensino da filosofia pode com a exibição de um filme ou de uma imagem de início, da leitura de um texto jornalístico ou literário, da audição de uma música, ou seja, são muitas as possibilidades de atividades com o objetivo de instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do aluno e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido.

O ensino de Filosofia está na perspectiva de quem dialoga com a vida, portanto, na busca de resolução do problema há também a preocupação da análise da atualidade com uma abordagem contemporânea que leve o aluno a refletir sobre a sua própria realidade. Sabendo-se que é imprescindível as atividades investigativas individuais e coletivas, que organize e oriente o debate filosófico, dando-lhe um caráter dinâmico e participativo.

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Avaliação:

A avaliação é concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não tem finalidade em sim mesma, mas sim tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade que professores, alunos e a escola estão construindo coletivamente.

É relevante avaliar a capacidade do aluno de trabalhar e criar conceitos, qual o conceito trabalhou e criou; qual discurso tinha antes e qual discurso tem após o estudo da Filosofia. A avaliação de Filosofia tem início já com a sensibilização, coletando o que o aluno pensava antes e o que pensa após o estudo. Com isso é possível entender avaliação algo que ocorre durante o processo e não como um momento separado, visto em si mesmo.

5.5.11 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

Fundamentação Teórica:

As línguas estrangeiras assumem a condição de serem práticas, parte indissolúvel do conjunto de conhecimentos essenciais, que permitem ao estudante aproximar-se de várias culturas, e conseqüentemente, propiciam sua integração num mundo globalizado.

Já são antigas as discussões sobre a importância em se aprender uma ou mais língua estrangeiras. No Brasil, embora a legislação da primeira metade do século já indicasse o caráter prático que deveria possuir o ensino das línguas estrangeiras vivas, nem sempre isso ocorreu. No lugar de ensinar/capacitar o aluno a falar, ler e escrever um novo idioma, as aulas de línguas estrangeiras modernas, nas escolas de nível médio acabaram por assumir uma afeição monótona e repetitiva que muitas vezes, chega a desmotivar professores e alunos, ao mesmo tempo em que deixa de valorizar conteúdos relevantes á formação educacional dos educandos.

Uma das contribuições para o ensino de línguas estrangeiras foi a integração das quatro habilidades: ler, escrever, falar, compreender auditivamente, que nas abordagens anteriores apareciam de forma segmentada.

De acordo com MEIRELES (2002), a aprendizagem na abordagem comunicativa é voltada para a comunicação e a pragmática que privilegia o uso da Língua Estrangeira.

O ensino das línguas estrangeiras na escola, passou a fundamentar-se, quase sempre, apenas no estudo das formas gramaticais, na memorização de regras e na prioridade da língua escrita e, em geral, tudo isto de forma descontextualizada e desvinculada da realidade, sendo ignoradas as indicações referidas na legislação.

A Língua Inglesa é instrumento de comunicação, e como tal ensino deve atender a esse objetivo, dotando o aluno da capacidade de exploração criativa para se chegar ao significado. A Língua Inglesa permeia o nosso cotidiano e faz vínculo com a língua materna, com o contexto no qual o aluno está inserido.

O Inglês é um idioma de fundamentação importante no mundo globalizado de hoje. Cada vez mais pessoas estudam e falam inglês.

A língua inglesa tornou-se um dos principais veículos de comunicação nos meios diplomáticos, no comércio mundial, nas competições esportivas, no turismo, nos encontros de líderes políticos mundiais, nos congressos sobre ciência, tecnologia, arte etc. Por isso, é de suma importância conhecer a Língua Inglesa para não se sentir isolado no mundo globalizado de hoje.

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No Ensino Médio, a Língua Inglesa, entre as suas funções, assume um compromisso com a educação para o trabalho. Então, não pode ser ignorado tal contexto, na medida em que, no Brasil, é de domínio público a grande importância que o Inglês têm na vida profissional das pessoas.

Por essa razão, pretende-se um trabalho vinculado com a língua oral e com a língua escrita.

A compreensão da língua escrita é de primordial importância no Ensino Médio, e será tanto mais fácil de ser aprendida quando houverem sido desenvolvidas as estruturas básicas da língua através da linguagem oral.

“Na realidade, não são as palavras o que pronunciamos ou escutamos, mas verdades ou mentiras, coisas boas ou más, importantes ou triviais, agradáveis ou desagradáveis etc. A palavra está sempre carregada de um sentido ideológico ou vivencial.” (BAKHTIN, 1992).

Objetivos da Língua Estrangeira:

• Perceber a importância da Língua Inglesa, considerada como instrumento de comunicação universal;

• Colaborar na ampliação da visão de mundo do aluno, tornando-o mais crítico e reflexivo;

• Reconhecer o sentido do que está sendo ouvido e lido;• Priorizar a competência para a leitura e a compreensão de textos escritos,

acompanhando o aluno na construção do vocabulário e leitura;• Possibilitar aos alunos maior percepção de sua própria cultura, por meio do

conhecimento e da cultura de outros povos;• Construção do vocabulário das estruturas e estratégias de leitura, que

gradualmente o levarão a compreensão dos textos.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

1ª Série Oralidade (Speaking)

• Entrevistas;• Diálogos;• Atos da fala (dramatização);• Debates;• Narração de fatos;• Argumentações;• Cantos;• Leituras de textos;• Contos;• Poesia.

Leitura (Reading)• Tipologia textual;• Textos literários;• Textos publicitários;• Textos informativos;

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• Textos argumentativos;• Textos instrucionais;• Textos humorísticos;• Textos de correspondência comercial e informal;• Leitura de textos.

Escrita (Writting)• Produção de textos;• Narração de fatos;• Ditado;• Produção de diálogos;• Pronomes possessivos;• Tempos verbais: present contínuos tense;• Verbos: to have;• Tempos verbais: simple present / present continuous;• Tempos verbais: simple past tense (regular verbs);• Tempos verbais:simple past tense (irregular verbs);• Tempos verbais: simple past tense (formas negativas e interrogativas);• Tempos verbais: past continuous tense;• Tempos verbais: simple future /immediate future;• Verbos: there will be;• Verbos: there was /there were.

Ouvir (Listening)• Diálogos;• Filmes;• Músicas;• Entrevistas.

2ª Série Oralidade (Speaking)

• Entrevistas;• Diálogos;• Atos da fala (dramatização);• Debates;• Narração de fatos;• Argumentações;• Cantos;• Leituras de textos;• Contos;• Poesia.

Leitura (Reading)• Tipologia textual;• Textos literários;• Textos publicitários;• Textos informativos;

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• Textos argumentativos;• Textos instrucionais;• Textos humorísticos;• Textos de correspondência comercial e informal;• Leitura de textos.

Escrita (Writting)• Produção de textos;• Narração de fatos;• Ditado;• Produção de diálogos;• Imperative form;• Pronomes indefinidos: a lot of, much, many, little, a little, few, a few;• Pronomes indefinidos: some, any, no;• Indefinidos (pronomes e advérbios) compostos: something, anything etc;• Interrogativos (pronome/advérbios): what, who, where, when, etc;• Adjetivos: comparativos de igualdade, superioridade, inferioridade e superlativo

(longos e curtos);• Tempos verbais: past perfect tense/present perfect tense/present continuous

tense.

Ouvir (Listening)• Diálogos;• Filmes;• Músicas;• Entrevistas.

3ª Série Oralidade (Speaking)

• Entrevistas;• Diálogos;• Atos da fala (dramatização);• Debates;• Narração de fatos;• Argumentações;• Cantos;• Leituras de textos;• Contos;• Poesia.

Leitura (Reading)• Tipologia textual;• Textos literários;• Textos publicitários;• Textos informativos;• Textos argumentativos;• Textos instrucionais;

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• Textos humorísticos;• Textos de correspondência comercial e informal;• Leitura de textos.

Escrita (Writting)• Produção de textos;• Narração de fatos;• Ditado;• Produção de diálogos;• Substantivos: caso possessivo;• Advérbios de modo, lugar, tempo, freqüência; • Pronomes reflexivos;• Pronomes relativos;• Question tag (verbos auxiliares, não auxiliares, futuro e condicional);• Sentenças condicionais;• Preposições;• Conjunções;• Tempos verbais: futuro do subjuntivo/futuro contínuo;

Ouvir (Listening)• Diálogos;• Filmes;• Músicas;• Entrevistas.

Metodologia:

O ensino escolar da Língua Inglesa deve capacitar o aluno a compreender, produzir enunciados corretos no novo idioma e proporcionar ao aprendiz a possibilidade de atingir um nível de competência lingüística capaz de permitir-lhe o acesso à informação de vários tipos, ao mesmo tempo em que contribua para a sua formação geral enquanto cidadão.

Nessa linha de pensamento, deixa de ter sentido o ensino de línguas que objetiva o conhecimento metalingüístico e domínio consciente de regras gramáticas que permitem, quando muito, alcançar resultados puramente medianos em exames escritos.

Para se chegar a um trabalho com Língua Inglesa que encaminha o aluno a se comunicar de forma adequada, serão utilizadas as seguintes estratégias de ensino:

• Leitura individual ou em grupo;• Resolução de exercícios individualmente;• Correlação de exercícios coletivamente;• Pesquisas em jornais, revistas e dicionários;• Exercícios de vocabulário e compreensão dos textos trabalhados;• Trabalho com canções atuais ou tradicionais, desenvolvendo a pronúncia e

vocabulário;• Trabalhos em grupos, visando a produção parcial ou total dos textos, com

auxílio de dicionários e orientação do professor;

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• O estudo da gramática será uma estratégia para compreensão / interpretação / produção de textos para a própria oralidade.

Avaliação:

Para afirmar que um determinado indivíduo possua uma boa competência comunicativa na Língua Inglesa, torna-se necessário que ele possua um bom domínio de cada um dos seus componentes. Assim, além da competência gramatical, o estudante precisa possuir um bom domínio da competência estratégica.

Considera-se que são essas as competências a serem alcançadas ao longo dos três anos de curso, não mais poder pensar apenas no desenvolvimento da competência gramatical: torna-se imprescindível entender esse componente como um entre os vários a serem dominados pelos estudantes. Afinal, para poder comunicar-se numa língua qualquer não basta unicamente ser capaz de compreender e de produzir enunciados gramaticalmente corretos. É preciso, também, conhecer e empregar as formas de combinar esses enunciados num contexto específico, de maneira a que se produza a comunicação.

Critérios de Avaliação:

Para que o professor possa avaliar os objetivos atingidos pelos alunos, e avaliando também o seu próprio trabalho, fará uso dos seguintes instrumentos:

• Trabalhos individuais, em duplas ou equipes;• Testes individuais, em duplas e em equipes;• Participação nas atividades da turma;• Produção de textos;• Realização das tarefas;• Observação dos alunos no desenvolvimento do curso;• Testes de vestibulares: simulados contendo questões de exames recentes de

diversas faculdades;• Atividades orais (leitura e apresentação de trabalhos).

5.5.12 SOCIOLOGIA

Fundamentação Teórica:

A sociologia, sofreu idas e vindas nos cursos de Ensino Médio no Brasil, desde a sua constituição, e sua última volta em 1982 até os dias atuais, como conhecimento sistematizado, tem contribuído para a ampliação do conhecimento dos homens sobre sua própria condição de vida e fundamentalmente para a análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um sobre especializado pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos dos problemas da vida social .

Seu objeto é o conhecimento e a explicação da sociedade através da compreensão das diversas formas pelas quais os seus humanos vivem em grupos, das relações que se estabelecem e entre esses diferentes grupos, bem como a compreensão das consequências dessas relações para indivíduos e coletividades. No capitalismo traz a especificidade de simultaneamente "fazer parte" e "procurar explicar" a sociedade capitalista como forma de organização social. Confirmando o princípio de

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que não existe neutralidade científica, ao menos nas análises do social dependendo do posicionamento político em questão.

Objetivos Gerais da Disciplina:A sociedade brasileira, com suas acentuadas desigualdades sociais,

econômicas, políticas e culturais permite questionar muito da Sociologia clássica e moderna a partir do resgate dos seus conteúdos críticos. Categorias como coerção, coesão, racionalidade, interação, hegemonia, classe social, reprodução, violência simbólica, diversidade, desigualdade, apresentas-se como possibilidades de explicação e emancipação das relações, processos e estruturas de dominação política e apropriação econômica que articulam as desigualdades e os antagonismos que caracterizam a realidade brasileira e sua inserção no mundo contemporâneo.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

3ª Série: • Socialização e as instituições sociais;• Cultura e Indústria cultural;• Trabalho, Produção e Classes sociais;• Poder, Política e Ideologia;• Direitos, Cidadania e Movimentos sociais.

Metodologia:

O pensamento sociológico na escola é consolidado a partir da articulação de experiências e conhecimentos apreendidos como totalidades complexas, procurando dar um tratamento teórico aos problemas postos pela prática social capitalista, como as desigualdades sociais econômicas, a exclusão imposta pelas mudanças no mundo do trabalho, as conflituosas relações sociedade-natureza, a negação da diversidade cultural, de gênero e étnico-racial. Trata-se, em síntese, de reconstruir dialeticamente o conhecimento que o aluno do Ensino Médio já dispõe um vez que está imerso numa prática social, num outro nível de compreensão: da consciência das determinações históricas nas quais ele existe e, mais do que isso, da capacidade de intervenção e transformação dessa prática social. É o desvendamento, através da apreensão e compreensão crítica do saber sistematizado, da trama das relações sociais de classe, gênero e etnia, na qual os sujeitos da sociedade capitalista neoliberal estão inseridos. Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos.

O ensino da Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeito de seu aprendizado, não importa que o encaminhamento seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo, ou a análise de filmes, mas importa que o aluno esteja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido.

Avaliação:

A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza e coerência na exposição das idéias, seja no texto oral e escrito. A mudança na forma de

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olhar para os problemas sociais, iniciativas e autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, que preocupam com a acomodação e o senso comum.

Portanto a avaliação se faz presente na reflexão crítica nos debates, textos e pesquisas.

5.5.13 ESPANHOL

Fundamentação Teórica: Em 1998, como desdobramento da LDB/96, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Língua Estrangeira (PCN), pautados numa concepção de língua como prática social fundamentada na abordagem comunicativa. No entanto, tal documento recomendou um trabalho pedagógico com ênfase na prática de leitura em detrimento das demais práticas – oralidade e escrita. A justificativa apresentada foi que, no contexto brasileiro, há poucas oportunidades de uso efetivo da oralidade pelos alunos, particularmente da Rede Pública de Ensino.

Em 1999, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira para Ensino Médio, cuja ênfase está no ensino da comunicação oral e escrita, para atender as demandas relativas à formação pessoal, acadêmica e profissional. Esta diferença entre as concepções de língua observadas nos dois níveis de ensino influencia os resultados da aprendizagem desta disciplina na Educação Básica.

Em contraposição a isso, linguistas aplicados têm estudado e pesquisado novos referenciais teóricos que atendam às demandas da sociedade brasileira e contribuam para uma consciência crítica da aprendizagem, mais especificamente, Língua Estrangeira Moderna da língua estrangeira. Muitos desses trabalhos analisam a função da Língua Estrangeira com vistas a um ensino que contribua para reduzir desigualdades sociais e desvelar as relações de poder que as apoiam. Tais estudos e pesquisas têm orientado as propostas mais recentes para o ensino de Língua Estrangeira no contexto educacional brasileiro e servem de subsídios na elaboração destas Diretrizes. Como resultado de um processo que buscava destacar o Brasil no Mercosul, em 5 de agosto de 2005, foi criada a lei n. 11.161, que tornou obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio. Com isso, também se buscou atender a interesses político-econômicos para melhorar as relações comerciais do Brasil com países de Língua Espanhola. A oferta dessa disciplina é obrigatória para a escola e de matrícula facultativa para o aluno. Por sua vez, os estabelecimentos de ensino têm cinco anos, a partir da data da publicação da lei (2005), para implementá-la. A fim de valorizar o ensino de Língua Estrangeira Moderna, no ano de 2004, a SEED abriu concurso público para compor o quadro próprio do magistério, com vagas para professores de Espanhol, para suprir a demanda prevista pela lei. Também ampliou o número de escolas que ofertam cursos do CELEM, estabeleceu parcerias para formação e aprimoramento pedagógico dos professores e adquiriu livros de fundamentação teórica de Língua Estrangeira para as escolas de todo o Estado. Paralelamente, no âmbito Federal, o MEC tem feito parcerias e promovido discussões sobre o ensino de Espanhol nas escolas brasileiras, além de distribuir material de suporte para professores da disciplina.

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Ao contextualizar o ensino da Língua Estrangeira, pretendeu-se problematizar as questões que envolvem o ensino da disciplina, nos aspectos que o tem marcado, sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais. A partir dessa análise, serão apresentados os fundamentos teórico-metodológicos que orientarão o ensino de Língua Estrangeira na Rede Pública Estadual.

Objetivos Gerais da Disciplina:• Perceber a importância da Língua Espanhola, considerada como instrumento de

comunicação.• Colaborar na ampliação da visão de mundo do aluno, tornando-o mais crítico e

reflexivo;• Reconhecer o sentido do que está sendo ouvido e lido;• Priorizar a competência para a leitura e a compreensão de textos escritos,

acompanhando o aluno na construção do vocabulário e leitura;• Possibilitar aos alunos maior percepção de sua própria cultura, por meio do

conhecimento e da cultura de outros povos;• Construção do vocabulário das estruturas e estratégias de leitura, que

gradualmente o levarão a compreensão dos textos.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:

Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o Discurso como prática social e é a partir dele que advêm os conteúdos básicos: os gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como os conteúdos básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita.

Os conteúdos da Disciplina são os seguintes:conteúdos básicos é formada pelos gêneros discursivos e pelos conteúdos pertencentes às práticas da leitura, oralidade, escrita e da análise linguística. Tais conteúdos devem ser abordados a partir de um gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa, política, literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática e jurídica.

● Conteúdo estruturante: discurso como prática social ● Gêneros discursivos e seus elementos composicionais. ● Leitura ● Escrita ● Oralidade

Metodologia:

Caberá ao professor selecionar um texto significativo pertencente a um gênero, que deve ser compreendido em sua esfera de circulação. Importa menos a quantidade de gêneros trabalhados e mais a qualidade do trabalho pedagógico com aqueles selecionados pelo professor.

É necessário considerar que a abordagem teórico-metodológica e a avaliação estão inseridas na tabela para compreensão da proposta dos conteúdos básicos de Língua Estrangeira Moderna.

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Avaliação:

A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos.

Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas como sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos que se apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em suas contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de aula precisa contribuir para essa formação.

5.6 Ensino de Filosofia, Sociologia e Espanhol

As disciplinas de Filosofia e Sociologia constam na grade curricular, do 1º, 2º e 3º Ano do Ensino Médio, onde são ministradas através de 2 aulas semanais. Tendo a Filosofia como enfoque é um conhecimento que possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento, um espaço de criação de conceitos.

Já a Sociologia tem como objeto o conhecimento e a explicação da sociedade através da compreensão das diversas formas pelas quais os seus humanos vivem em grupos, das relações que se estabelecem e entre esses diferentes grupos, bem como a compreensão das consequências dessas relações para indivíduos e coletividades.

A disciplina de Espanhol a disciplina de Língua Estrangeira deve contribuir tanto para a formação do aprendiz quanto para o acesso ao conhecimento e à reflexão sobre as civilizações estrangeiras e tradições de outros povos. As aulas serão ministradas duas vezes por semana nas séries de 1º anos.

5.7 Estudos sobre o Estado do Paraná

Esta direcionado em especial para 5ª e 6ª Série, onde a disciplina de História e Geografia andam juntas, pois para se falar de um Estado tem que estudar primeiro suas raízes, por isso a ligação entre as duas é muito importante.

No decorrer do ano letivo já foi ou esta sendo abordado questões como: Ocupação do Brasil (imigrantes), Tropeiros(importância do transporte, economia, cultura) Economia nos diversos períodos, atualmente como se encontra o Estado e pontos turísticos(importância).

Realizando o aprendizado através de pesquisas, apresentações orais, mini-projeto, onde todos estejam envolvidos, buscando assim realizar um trabalho bem dinâmico, participativo, motivando e podendo alcançar assim, resultados positivos e o conhecimento sobre o Estado que reside.

5.8 Cultura Afro-brasileira e Africana

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A escola, enquanto instituição social responsável por assegurar o direito da educação a todos os cidadãos, tem o papel muito importante de eliminar discriminações e a emancipação de grupos discriminados. Portanto deve oportunizar o acesso ao conhecimento e a posturas que visam a uma sociedade justa, posicionar-se politicamente contra qualquer discriminação, criando um espaço democrático de produção de divulgação de conhecimentos com objetivos definidos para despertar a consciência negra.

O Colégio Angelina A. C. do Prado tem intuito de neste ano letivo, priorizar o traballho com este tema,nas disciplinas de História , Geografia e Língua Portuguesa. O dia 20 de novembro deverá ser lembrado como de forma a integrar todas as disciplinas e ressaltar o valor da cultura africana .

6. PROJETOS INTEGRADOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

6.1 Projeto Oficinas de Arte – Educação

• Projeto realizado em parceria com o Subprograma Cultura;• Atendimento aos educandos de 1ª a 8ª séries;• Desenvolvimento, no horário de contra-turno.

6.2 Projeto Torneios de Futsal

• Atender aos alunos do Ensino Fundamental e Médio;• Detectar o aparecimento de novos talentos.

6.3 Projeto Dia das Mães

• Conhecer as diferentes situações do cotidiano das mães ou mulheres(trabalho,casa, filhos);

• Construção de painéis, poesias, jograis;• Apresentação oral para comunidade escolar.

6.4 Copa do Mundo

• Construção de murais, concurso de desenhos;• Jogos internos entre alunos e professores.

6.5 Projeto: Momento Leitura

Com intuito de estimular o habito da leitura, é destinado 20 minutos semanais pré-estabelecidos através de um cronograma mensal, para que professores equipe pedagógica, funcionários e alunos possam fazer um momento de leitura.

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Os livros são disponibilizados pelo Colégio e todos podem ter a liberdade de escolher o seu exemplar.

6.6 Projeto: Clubinho do Xadrez

Desenvolvido com o objetivo de estimular a concentração, memória e raciocínio, são destinados quinzenalmente 30 hora/aula para que os alunos possam jogar.

Os tabuleiros e as peças foram confeccionadas pelos alunos com o auxilio dos professores de artes e educação física. Foram utilizados materiais recicláveis para que cada turma pudesse ter aproximadamente 15 tabuleiros por turma.

6.7 Feira anual: Cidades do Paraná

O trabalho interdisciplinar oportunizou aos alunos ampliarem seus conhecimentos sobre as culturas existentes nas cidades do Paraná. Cada turma responsável por uma cidade, onde foram pesquisados aspectos políticos, regionais, econômicos entre outros. Após os estudos, os alunos organizam uma feira aberta aos pais e comunidade, para exporem e apresentarem.

6.8 Apresentações: Danças e ritmos

Enfatizando a expressão corporal com os alunos, os professores de educação física, procuram trabalhar a dança e os diferentes estilos rítmicos. Cada turma pesquisa a origem de determinada dança, pais de origem, as variações e as influencias. Finalmente, acontece a apresentação aberta a toda a comunidade.

7. EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A proposta de Educação Inclusiva foi deflagrada pela Declaração de Salamanca, a qual proclamou, entre outros princípios o direito de todos à Educação, independentemente das diferenças individuais, esta declaração teve como referência a Conferência Mundial sobre Educação para todos: Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem, ocorrida em Jomtiem, na Tailândia, em março de 1990.

Além da Constituição de 1988, outros dispositivos legais colaboram e garantem a igualdade de direitos aos portadores de deficiência. Como no Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990, no seu art. 54º - incisos I, II e III; na Lei nº 9394/96 em seu Capítulo V, que se refere à Educação Especial como modalidade da Educação Escolar e que deverá ser ofertada, preferencialmente, na rede regular de ensino.

Nos últimos 20 anos, e especialmente depois da comemoração do Ano Internacional do Deficientes, em 1981, a integração dos jovens deficientes no sistema de ensino comum conta com o apoio da opinião pública e figura entre as prioridades dos planos nacionais de desenvolvimento da educação.

Salientamos que essa mudança incontestável da mentalidade e do comportamento em relação aos portadores de deficiência é um aspecto essencial de sua integração na vida ativa, assim como na sociedade a que pertencem. Os princípios

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fundamentais em que se baseia esta integração são os seguintes: igualdade de chances de acesso à educação e participação plena e justa de todos os indivíduos, incluindo os deficientes, na vida social e no desenvolvimento das coletividades nacionais.

A inclusão é o processo pelo qual a Escola adapta-se, transforma-se para poder inserir em suas classes regulares crianças e jovens com histórico de deficiência que estão em busca de seu pleno desenvolvimento e exercício da cidadania. Entretanto, devemos entender que a inclusão é mais que um modelo para a prestação de serviços de educação especial. É um novo paradigma de pensamentos e ação, para incluir todos os indivíduos numa sociedade na qual a diversidade está se tornando mais normal do que exceção.

E mais, os princípios da inclusão aplicam-se a todos e não apenas aos alunos com deficiência ou em situação de desvantagem social. A educação é uma questão de direitos humanos e todos os indivíduos devem ter garantido o acesso, o ingresso, o regresso e a permanência, com sucesso, em todo o fluxo da escolarização estabelecido pelo sistema nacional de educação, nas zonas urbana e rural, com atendimento apropriado às suas necessidades e potencialidades.

Nesse sentido, é fundamental que a Escola e os professores, sintam-se apoiados e subsidiados tecnicamente na tarefa de integrar esses alunos no cotidiano da sala de aula. A Escola deve ser um espaço para as transformações, as diferenças, o erro, as contradições, a colaboração mútua e a criatividade. Dessa forma, precisamos de uma Escola que não tenha medo de arriscar, que tenha coragem para questionar o que está estabelecido em busca de rumos inovadores, necessários à inclusão(Rego, 1995).

Do ponto de vista educativo, a inclusão exige que sejam tomadas medidas específicas e sobretudo que se leve em conta o caso particular de cada criança ou adolescente portadora de deficiência. É indispensável a eliminação das barreiras entre as instituições, a criação de equipes educativas pluridisciplinares e o emprego de métodos pedagógicos diferenciados. O sistema educacional, ao dar oportunidade a criança e adolescentes em idade escolar de freqüentar escolas públicas defronta-se com a questão do currículo a ser proposto, uma vez que trata-se de um processo complexo de adequação e adaptação curricular, bem como dos aspectos técnico-pedagógicos.

Segundo Mader(1997), "um novo paradigma está nascendo, um paradigma que considera a diferença como algo inerente a relação entre os seres humanos. Cada vez mais a diversidade está sendo vista como algo natural." Partindo desta perspectiva, o Projeto Pedagógico da Escola deve conter a idéia da unidade na diversidade, pois somente, desta forma, ela poderá promover o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, moral e social dos seus alunos com necessidades educativas especiais, ao mesmo tem em que favorece a sua integração na sociedade como membros ativos.

Ressaltamos, no entanto, que o processo de inclusão/integração só se concretizará, a partir do momento em que o educando, com histórico de Necessidades Educacionais Especiais, for visto como um sujeito eficiente, capaz e produtivo e principalmente, apto a aprender a aprender. O aluno que apresenta estas necessidades, além de ser visto à luz das suas deficiências, deverá ser visto, agora, como ser global e único.

7.1 A Escola como Espaço Inclusivo

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A Secretaria de Educação Fundamental e a Secretaria de Educação Especial, numa ação conjunta, produziram o material intitulado Adaptações Curriculares – Estratégicas para a Educação de alunos com necessidades educacionais especiais, compondo o conjunto dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1999). Este trabalho didático-pedagógico constitui referência válida para guiar a educação dos alunos com as necessidades especiais, como também para todos os demais alunos. Além do mais, busca subsidiar a práxis educativa, uma vez que a diversidade na Escola requer práticas inovadoras e dinamização do currículo para atender, efetivamente, os educandos.

Os pressupostos, objetivos e indicações, contidos nos PCNs, consideram questões pedagógicas atuais, admitindo a pluralidade de concepções pedagógicas e do fazer educativo, de forma a atender à diversidade dos alunos na Escola e às particularidades de sua cultura.

Este novo paradigma educacional poderá ser favorecido se observados os seguintes aspectos:• Aceitação sem Imposição – a integração de crianças com Necessidades

Educacionais Especiais na rede regular de ensino, apensar de ser um direito garantido pela Constituição, para que ela realmente se efetive é necessário que a comunidade escolar se disponha a aceitá-la. A Escola e os professores devem tornar-se agentes modificadores da situação atual de segregação desses alunos.

• Preparação dos alunos em classe – um trabalho anterior à inserção de alunos com necessidades especiais na classe comum, o preparo de seus pares e colegas para uma convivência igualitária, na qual a importância das diferenças entre os indivíduos seja enfatizada. A base do desenvolvimento das relações humanas é a diversidade, que deverá ser tomada na sua justa medida.

• Preparação dos Pais – da mesma forma que preparamos os alunos para abrir espaço e receber seus colegas, também é muito importante sensibilizar e envolver os seus pais, para compreenderem . aceitarem e colaborarem para que essa mudança se concretize com melhorias para todos.

• Preparação e dedicação dos professores – tanto a Escola como os seus professores devem buscar novos posicionamentos diante do processo de ensino e aprendizagem, orientados por concepções e práticas pedagógicas que atendam à diversidade humana. O professor precisará superar os preconceitos, adaptando-se às novas situações que surgirão no interior da sala de aula. Maior sensibilidade e pensamento crítico e respeito de sua prática pedagógica também serão necessária.

• Construção de um Currículo aberto e transformador – O currículo deve ser um instrumento participativo, resultante da vivência e das expectativas socioculturais, que zele pela importância da diversidade na Escola e responda às suas demandas reais.

O Projeto Pedagógico, do Colégio Estadual Profª Angelina Annamaria Cônsolo do Prado, como ponto de referência para definir a sua prática educativa, deverá orientar a operacionalização e a dinamicidade do currículo, como recurso para promover o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos com necessidades especiais, bem como a organização escolar e os serviços de apoio (recurso de estratégias que promovem o interesse e as capacidades da pessoa, como também oportunidades de acesso a bens e serviços, informações e relações no ambiente em que vive).

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A adoção de um currículo dinâmico, flexível, passível de ampliações, implica na planificação pedagógica e em ações docentes fundamentadas nos seguintes critérios:

• o que o aluno deve aprender;• como e quando aprender;• que forma de organização do ensino são mais eficientes para o processo

de aprendizagem;• como e quando avaliar.

Segundo GUIJARRO (1992), os procedimentos de adaptações curriculares constituem um conjunto de modificações que se realizam nos adjetivos, conteúdos, critérios e procedimentos de avaliação, atividades e metodologias para atender às diferenças individuais dos alunos.

A seguir especificamos algumas ações que serão adotadas para flexibilizar a prática educativa, propiciando o progresso e a aprendizagem de educando com necessidades educacionais especiais:

• Organização do espaço e dos aspectos físicos da Escola e da sala de aula, considerando a funcionalidade, a boa utilização e a otimização desses recursos;

• Realização de um trabalho cooperativo e interativo entre os docentes de sala de aula, professores de apoio e outros profissionais envolvidos no ensino;

• Seleção, adaptação e a utilização dos recursos materiais, equipamentos e mobiliários de modo que favoreça a aprendizagem de todos os educandos;

• Adaptar materiais de uso comum em sala de aula;• Propiciar sistemas de comunicação alternativos para os alunos impedidos

de comunicação oral (no processo ensino-aprendizagem e na avaliação);• Proporcionar os melhores níveis de comunicação e integração com as

pessoas com as quais convive na comunidade escolar;• Organização e planejamento das metodologias, das atividades e

procedimentos de ensino levando em conta o nível de compreensão e a motivação dos alunos; priorizando as experiências individuais, a participação e o estímulo à expressão;

• Planejamento de atividades que envolvam situações individuais e agrupais, favorecendo a cooperação e a ajuda mútua;

• Planejamento de programas e serviços de atendimento aos educandos, bem como as pessoas envolvidas no processo ensino-aprendizagem;

• Priorização de objetivos e conteúdos que enfatizam capacidades e habilidades básicas de atenção, participação e adaptabilidade do aluno, de forma a possibilitar que ele participe tão independente quanto possível no ambiente escolar e na sua comunidade;

• Estabelecer uma parceria entre a família, professores e equipe técnico-pedagógica e demais profissionais envolvidos no processo ensino-aprendizagem, proporcionando uma real integração dos mesmos;

• Promover discussões entre os docentes e equipe técnico-pedagógica, propiciando e estimulando a adoção de medidas metodológicas diferenciadas e de avaliação e promoção que contemplam as diferenças individuais dos alunos;

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Envolver a comunidade escolar e demais segmentos da sociedade como parceiros da inclusão, favorecendo a quebra de preconceitos e discriminação e na valorização das diferenças. Se quisermos transformar a Escola num espaço inclusivo, somente a observância das leis, que reconhecem e garantem a Educação Inclusiva, não dará suporte a esse novo paradigma educacional. É necessária uma mudança de postura, de percepção e de concepção dos próprios sistemas educacionais. Além disso, é preciso questionar e quebrar preconceitos, aperfeiçoando a práxis educativa, considerando a Educação Especial como parte integrante da Educação.

Desta maneira, a Escola e os seus docentes poderão conhecer as características do processo de aprender, bem como as características do aprendiz. Com esse olhar, os professores conseguirão identificar a si mesmos como profissionais da aprendizagem e não mais como profissionais do ensino.

8 MARCO OPERACIONAL

8.1 Instâncias Colegiadas

8.1.1. Associação de Pais Mestres e Funcionários

É pessoa jurídica de direito privado, sendo a mesma representação dos pais, professores e funcionários do estabelecimento. Ela não tem caráter político, religioso, radical e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros. À APMF compete decidir e acompanhar juntamente com a Direção e o Conselho Escolar a aplicação de receitas, assim como mobilizar recursos humanos, materiais e financeiros da comunidade para atender os alunos e para melhorias e conservação do colégio.

8.1.2. Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil tem por funções congregar e representar o corpo discente, defendendo seus interesses individuais e coletivos. A gestão democrática introduz na escola movimentos importantes como: participação de alunos, pais, professores e comunidade.

Para Bastos ( 2001, p. 74) o grêmio é um órgão representativo do corpo discente de cada unidade escolar e tem por finalidade favorecer o desenvolvimento da consciência crítica, da prática democrática da criatividade e iniciativa.

Os alunos reconhecem como assuntos pertencentes ao grêmio: o debate, participação nas decisões, escolha de representante, a comunicação entre os membros da escola, trabalho coletivo, valorização da cultura e independência do grupo.

8.1.3. Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento Escolar, para o cumprimento da função social e específica da escola.

Os objetivos do Conselho são:

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• Realizar a gestão escolar numa perspectiva democrática;• Constituir-se em instrumento de democratização das relações no interior da

escola, ampliando a participação da comunidade escolar nos processos do trabalho escolar;

• Promover o exercício da cidadania no interior da escola;• Acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido pela comunidade

escolar;• Garantir o cumprimento da função social e da especificidade do trabalho

pedagógico da escola.As atribuições do Conselho escolar são definidas em função das condições reais

da escola, da organização do próprio Conselho e das competências dos profissionais em exercício na unidade escolar.

São atribuições do Conselho escolar:• Aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico da escola;• Analisar e aprovar o plano anual da escola, com base no Projeto Político-

Pedagógico da mesma;• Criar e garantir mecanismos de participação efetiva e democrática na elaboração

do Projeto Político-Pedagógico, bem como do Regimento Escolar;• Acompanhar e avaliar o desempenho da escola face às diretrizes, prioridades e

metas estabelecidas no seu Plano Anual, redirecionando as ações quando necessário;

• Definir critérios para a utilização do prédio escolar;• Analisar projetos elaborados e/ou em execução por quaisquer dos segmentos

que compõem a comunidade escolar;• Analisar e propor alternativas de solução á questões de natureza pedagógica,

administrativa e financeira.• Articular ações com segmentos da sociedade que possam contribuir para a

melhoria da qualidade do processo ensino- aprendizagem;• Elaborar e /ou reformular o Estatuto do Conselho escolar sempre que se fizer

necessário;• Definir e aprovar o uso dos recursos destinados à escola mediante Planos de

Aplicação;• Discutir, analisar, rejeitar ou aprovar propostas de alterações do regimento

escolar encaminhadas pela comunidade escolar;• Apoiar a criação e o fortalecimento de entidades representantes dos segmentos

escolares;• Promover, regularmente, círculos de estudos, objetivando a formação continuada

dos Conselheiros a partir de necessidades detectadas, proporcionando um melhor desempenho de seu trabalho;

• Aprovar e acompanhar o cumprimento do Calendário escolar observada a legislação vigente e diretrizes emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

• Discutir e acompanhar a efetivação da proposta curricular da escola, objetivando o aprimoramento do processo pedagógico, respeitadas as diretrizes emanadas da Secretaria de Estado de Educação;

• Estabelecer critérios para a aquisição de material escolar e/ou de outras espécies necessárias à efetivação da proposta pedagógica da escola;

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• Zelar pelo cumprimento e defesa aos Direitos da Criança e do Adolescente, com base na Lei 8069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente;

• Avaliar, periodicamente e sistematicamente, as informações referentes ao uso dos recursos financeiros, os serviços prestados pela escola e resultados pedagógicos obtidos;

• Assessorar, apoiar e colaborar com a direção em matéria de sua competência e em todas as suas atribuições.

8.1.4. Pré-Conselhos de Classe

É um espaço onde professores e coordenadores pedagógicos podem avaliar o processo ensino-aprendizagem como um todo, onde o aluno será a figura central das discussões e avaliações, estando presente por meio de seus resultados, de seus sucessos, de seus desenvolvimentos, de suas resistências, de seus fracassos, de suas necessidades e dificuldades, postos durante os debates nas questões da prática de ensino e de aprendizagem:

• Perfil da turma (aprendizagem, participação, compromisso, dificuldades, liderança, afetividade, etc);

• Alunos com dificuldades de relacionamento interpessoal;• Alunos com outros problemas;• Alunos faltosos e número de faltas;• Quais foram as tentativas para a solução dos problemas evidenciados;• Auto-avaliação do professor – sucessos insucessos evidenciados no processo

pedagógico;• Sugestões do professor para resolver os problemas evidenciados nas suas aulas

no contexto escolar como um todo;• Quais foram os instrumentos utilizados para o processo de Avaliação. Quantos

instrumentos. O que os instrumentos utilizados enfatizam.• Relação dos alunos que estão com defasagem na aprendizagem;• Como está o desenvolvimento do plano de ensino;• Há ajuda das pedagogas ou direção que você julga necessário, para o bom

andamento das suas aulas?

8.1.5. Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado, presente na organização da escola, em que vários professores das diversas disciplinas, juntamente com os coordenadores pedagógicos, reúnem-se para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos das diversas turmas, séries ou ciclos. Ele apresenta algumas características básicas que o fazem diferente de outro órgãos colegiados e que lhe dão a importância para o desenvolvimento do projeto pedagógico da escola.

São elas:• A forma de participação direta, efetiva e entrelaçada dos profissionais que atuam

no processo pedagógico;• Sua organização interdisciplinar;• A centralidade da avaliação escolar como foco de trabalho da instância.

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A participação direta dos profissionais se faz porque a CONSTITUIÇÃO DOS Conselhos de Classe prevê o lugar garantido, durante a reunião, a todos professores que desenvolvem o trabalho pedagógico com as turmas que estarão em avaliação.

A possibilidade de participação dos professores promove uma rede de relações entre os diversos profissionais da escola, permitindo a interação entre os conteúdos, entre turnos e entre turmas nos ciclos ou séries.

O Conselho de Classe configura-se como um espaço interdisciplinar de estudo e tomadas de decisões sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na escola e, nesse sentido, é um órgão deliberativo sobre:

• Objetivos de ensino a serem alcançados• Uso de metodologia e estratégias de ensino• Critérios de seleção de conteúdos curriculares;• Projetos coletivos de ensino e atividades;• Formas, critérios e instrumentos de avaliação utilizados para o conhecimento do

aluno;• Formas de acompanhamento dos alunos em seu percurso nos ciclos;• Critérios para apreciação do desempenho dos alunos ao final dos ciclos;• Elaboração de fichas de registro do desempenho do aluno para o

acompanhamento no decorrer dos ciclos e para a informação aos pais;• Formas de relacionamento com a família;• Propostas curriculares alternativas para alunos com dificuldades específicas;• Adaptações curriculares para alunos portadores de necessidades educativas

especiais;• Propostas de organização dos estudos complementares.

9 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO E PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

A análise da prática pedagógica assinala sempre uma preocupação – a AVALIAÇÃO – pois os procedimentos atuam sempre com instrumentos de controle e de limitação das atuações no âmbito da sala de aula, impedindo que o processo ensino-aprendizagem incorpore a riqueza e variedade de ações e conhecimentos presentes nas atividades escolares.

Entendemos que é necessária a construção de um processo de avaliação capaz de incorporar a diversidade do trabalho pedagógico, valorizando a multiplicidade de conhecimentos e de processos de sua construção e socialização. Esta nova concepção de avaliação deve proporcionar o seu distanciamento dos professores de NEGAÇÃO, SELEÇÃO E EXCLUSÃO.

Nesta perspectiva, avaliar é interrogar e interrogar-se. O educador olhando para o que fazem seus alunos, procurando compreender o que eles podem chegar a fazer e como deve ser a sua ação docente no sentido de favorecer esse processo. Já os alunos apropriando-se dos conhecimentos já produzidos, articulando-os à sua observação / ação e, em conjunto com seus companheiros, produzindo novos conhecimentos. Ressaltamos aqui a natureza coletiva e compartilhada do conhecimento, pois em comemoração os sujeitos revelam seus conhecimentos potenciais e desenvolvem novas potencialidades.

A avaliação como prática de interrogação se revela um instrumento relevante – para professores que, comprometidos com uma Escola democrática, instiga e convida

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seus alunos para a aventura de ir em busca do desconhecido, construindo novos e mais sólidos conhecimentos.

O processo de avaliação escolar deve caminhar junto com o compartilhar dos saberes e a reflexão sobre a prática docente, contemplando e provocando a continuidade da pesquisa, da leitura e da discussão. Constituindo-se um processo contínuo contribuirá para o exercício pleno da cidadania, tendo como objetivos principais o acesso, a permanência e o sucesso escolar de todos os envolvidos no sistema de ensino.

Em síntese, todos as atividades que realizamos principalmente as pedagógicas, são avaliadas continuamente e são essenciais para a formação humana, acontecendo de forma interpsicológica para intrapsicológica (primeiramente aprendo com o outro, ou com o mais experiente) elaborando, mostrando, interagindo com o saber, e estas aprendizagens são transformadas em significativas ferramentas intelectuais, capazes de transformar realidades.

Na medida que a nossa prática está em contínuo parecer crítico das pessoas que nos rodeiam, estamos diante de uma prática reflexiva da nossa ação, sem melindres. Porque educar é fazer ato de sujeito, e problematizar o mundo em que vivemos para superar contradições comprometendo-se com esse mundo e recriá-lo constantemente . (GADOTTI,1984-90)

• Ao considerarmos que o conhecimento é um processo de superação contínua tanto do aluno, quanto do professor, temos diante dessa a leitura os objetivos da avaliação;

• Permitir ao aluno tomar consciência das conquistas, dificuldades e possibilidades para, em seguida, reorganizar e investir na tarefa de aprender;

• Possibilitar ao professor refletir sobre a sua prática, isto é, reverter, reorientar, recriar e reorganizar os instrumentos de trabalho;

• Auxiliar a Escola na aferição dos resultados da avaliação, localizando os possíveis desvios e os limites da ação pedagógica, bem como redefinir as prioridades.

Conforme os PCNs a avaliação possui três etapas e que devem ser consideradas no processo:Avaliação Investigativa – acontece no inicio do processo e permite investigar o que o aluno já sabe, quais os conceitos que domina; esse procedimento pode acontecer a qualquer momento, no início, no meio do ano, no início de um novo conteúdo;Avaliação Sistemática – deve ser organizada de acordo com os conteúdos significativos e que leve ao conhecimento, acompanhamento o processo, o contexto e o desenvolvimento pessoal do aluno, isto é, observação sistemática através do registro, diário de classe, listas de observações, análise da produção do aluno.Avaliação do Processo – esta etapa informa que a escola cumpriu seu objetivo que é o de ensinar e aprender bem; além disso, um meio para desenvolver e possibilitar a avaliação do desenvolvimento das competências, ênfase na produção, sistematização e construção de conhecimento, oportunizando o conhecer, o fazer, o relacionar e o transformar e acompanhar o processo ensino – aprendizagem (PCNs).

A amplitude da proposta da ação avaliativa, na educação, pressupõe um processo de construção do conhecimento e que sustente a progressão constante de todos. Portanto, avaliar não é um momento isolado. É um rever seus objetivos, refazendo o processo, retomando o caminho e realizando um novo projeto.

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Conforme definição do princípio educativo da escola que é o da formação humana integral, todas as ações didático-pedagógicas serão contempladas num sistema de Áreas de conhecimentos e suas disciplinas, porque entendemos que dessa forma o processo de avaliação é mais abrangente. A preocupação esta em avaliar o desenvolvimento do aluno de forma global, tendo por objetivo desenvolver e ampliar suas capacidades permitir-lhes compreender e lidar com o mundo criticamente, competente, seguro e autônomo.

Nesta mudança de um sistema por série para um sistema de organização por Áreas dos conhecimento e suas disciplinas percebe-se um grande avanço, ou seja, mudando-se a centralidades, passa do simples ensinar conteúdos para se dar ênfase à formação humana e a valorização da alta estima, cuja a função é de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica.

A nossa proposta de avaliação está vinculada ao projeto político pedagógica, sendo coerente com as suas atividades para que possa acontecer um trabalho de ação – reflexão – ação.

10 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO, ACELERAÇÃO E PROMOÇÃO

A RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, acontecendo com todos os alunos em diferentes momentos, objetivando do aluno constantes construções do conhecimento e crescente aperfeiçoamento. Sendo o foco da avaliação o processo, importância esta na atividade crítica, na capacidade de síntese e elaboração pessoal, sobre a memorização, visando o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Como instrumentos e técnicas de avaliação são utilizados os desempenhos orais e escritos tarefas específicas, pesquisa dirigida, trabalhos em grupo e/ou individual, além de trocas de conhecimentos, habilidades, posturas, tomadas de decisões, criatividade e assiduidade.

As atividades de acompanhamento Escolar também ocorre no processo e de forma contínua, garantindo as especificidades e diferenças dos indivíduos, possibilitando a todos a construção de competências adequadas. Este Projeto possui um eixo norteador, sempre com visão de mundo, cultura, sociedade, escola, ensino – aprendizagem e conhecimento. Cabendo ao professor a responsabilidade de formação de consciência de caráter e de valor, não esquecendo as relações afetivas. O diálogo aberto possibilita apontar os caminhos para o aprender e o ensinar, na humanidade e do próprio ser. Também faz parte deste processo a observação e a análise do aluno, aproveitando as suas experiências vividas, permitindo assim uma percepção dinâmica da aprendizagem.

Entendemos que a efetivação de uma avaliação democrática na escola depende, em última instância, da democratização da sociedade, de tal forma que não se precise mais usar a escola como uma das instâncias de seleção social. Os educadores devem se comprometer com o processo de transformação da realidade, alimentando um projeto comum da escola e da sociedade.

Coerentemente com a concepção de conteúdos e com objetivos propostos, a avaliação deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos alunos com relação a aprendizagem não só de conceitos, mas também de procedimentos e atitudes, objetivando uma busca constante e contínua de abarcar a realidade.

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Para tanto, é fundamental que o educador utilize técnicas e instrumentos diversificados para poder avaliar, cujos critérios necessitam estar explícitos e claros tanto ele como para o educando.

É importante o resgate da avaliação em sua essência constitutiva, da sua função diagnóstica e isso dependerá de cada educador em sala de aula, para que se torne um processo de auxilio e de cada educando no seu processo de competência e crescimento de autonomia.

A avaliação deverá verificar a aprendizagem não a partir dos mínimos possíveis, mas sim a partir dos mínimos necessários. Mas ninguém deverá ficar sem as condições mínimas de competências para convivência social.

Há real necessidade de prover meios aos alunos, para que se apropriem do conhecimento, que por algum motivo alheio ou não a vontade deles ou do professor, não foi efetivado. Então a recuperação paralela vem de encontro a essas necessidades para dar aos alunos uma nova oportunidade de respeitar o conteúdo já trabalhado, oportunizando uma segunda chance de superar suas dificuldades nos critérios estabelecidos (avaliação do bimestre).

Segundo o que consta na LDB – Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional / artigo 13, cabe ao professor estabelecer estratégias de recuperação, para os alunos com menor rendimento. Estas devem ocorrer paralelamente as atividades ministrada em sala, quando houver necessidade, para que ao final do ano letivo o período não fique curto para recuperar o que não foi aprendido.

Também verificamos que no Regimento Escolar – artigo 91, recuperação deve ser realizada sempre que o professor retomar, recapitular o conteúdo, de forma planejada e com metodologia diferenciada, podendo ocorrer em qualquer dia letivo.

Os RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES CONTÍNUAS E AS DAS AVALIAÇÕES DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS serão aferidos semestralmente, respeitando o caráter cumulativo das mesmas, através da somatória de notas, com indicadores coerentes as critérios estabelecidos para cada conteúdo. Esses resultados serão expressos através de notas, numa escala de 0 (zero) a 10 (dez); bem como ser registrados em documentos próprios, a fim de ser assegurada a regularidade e a autenticidade da vida escolar do educando. Os resultados semestrais e finais, serão transcritos pela Secretaria do Colégio nos Documentos Escolares, Fichas Individuais, e comunicado ao alunos e/ou responsáveis através de Boletins, instrumento que possibilita aos alunos o acompanhamento do seu rendimento e frenquência.

A PROMOÇÃO é o resultado da combinação dos dados obtidos no aproveitamento escolar do aluno, aliado a apuração da assiduidade. Serão considerados aprovados, na série os alunos que apresentarem:

Frequência igual ou superior a 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis virgula zero).

Serão retidos na mesma série os alunos que apresentarem freqüência anual inferior a 75% no global da carga independentemente do rendimento escolar.

Cálculo: Média Final ou MF = 1º trimestre+2º trimestre+3º trimestre

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No Ensino Fundamental e Médio os componentes curriculares de Educação Física, Educação Artística e Língua Estrangeira Moderna e quaisquer outra disciplina da parte diversificada serão objetivos de reprovação, juntamente com outras disciplinas

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do currículo e nunca isoladas e terão registro de notas e frequência na documentação escolar do aluno.

11. ADAPTAÇÃO, APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, COMPLEMENTAÇÃO E SUPLEMENTAÇÃO DE ESTUDOS E DEPENDÊNCIA DE ESTUDOS RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO

Entende-se por ADAPTAÇÃO o conjunto de atividades didático-pedagógicas desenvolvidas, sem prejuízos de atividades das séries em que o aluno se matricular e que tem por finalidade atingir os ajustamentos para que o aluno possa seguir, com proveito, o novo currículo. E por APROVEITAMENTO DE ESTUDOS os créditos que os alunos recebe no estabelecimento de destino, após o cotejamento dos dois currículos e/ou grades.

Toda e qualquer adaptação não poderá ultrapassar o limite de cinco disciplinas. Se o número de adaptações necessárias for superior a cinco, o aluno permanecerá na série anterior, dispensando das disciplinas que já tenham obtido aprovação. Ela far-se-á conforme o caso, mediante: COMPLEMENTAÇÃO E SUPLEMENTAÇÃO DE ESTUDOS.

Ocorrerá a Complementação de Estudos quando a carga horária dos estudos no estabelecimento de origem e dos realizados no destino for insuficiente para o cumprimento do mínimo exigido por lei para a conclusão do curso. Já suplementação quando o estudo da disciplina do Núcleo Comum, não tiver sido feita em qualquer série ou bloco de disciplina do Colégio de Origem e na vier a ser ministrada, para o aluno, em pelo menos uma série ou período no de destino. Esta Suplementação de Estudos realizar-se-á de forma ordinária, com frequência ás aulas, excepcionalmente, e exclusivamente quando o aluno estiver impedido de assistir às aulas, ou seja, quando o Colégio não ofertar em dois turnos a série ou o aluno comprove estar exercendo atividade profissional em horário coincidente. Neste caso, a Suplementação sem frequência exigirá do aluno apresentação de todas as atividades das disciplinas que forem solicitadas da turma onde o aluno deveria estar matriculado.

Quando houver no currículo do aluno lacunas nas disciplinas da Parte Diversificada no Núcleo Comum, o educando deverá realizar uma ADAPTAÇÃO POR COMPROMISSO. O planejamento dos estudos neste caso será elaborado de forma flexível e adequado a cada caso, pelo professor, sob a orientação da Equipe Pedagógica mediante estruturação de um roteiro de atividades a serem realizadas, incluindo frequência, leitura dos livros, pesquisas, resolução de exercícios, estudos por módulos, incluindo também uma avaliação do aproveitamento. As atividades desenvolvidas pelo aluno deverão ser proporcionais à carga horária da disciplina da série não cursada.

Ao final do processo, a Equipe Pedagógica elaborará uma ata de resultados e, em seguida, os mesmos serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final.

Neste Estabelecimento, nosso processo de avaliação não há previsão de DEPEDÊNCIA DE ESTUDOS, pois o Colégio não dispõe de recursos humanos (docentes), físicos e materiais para ofertá-la.

A EQUIPE PEDAGÓGICA do Estabelecimento está à disposição dos pais e/ou responsáveis sempre que necessário. E os mesmos serão convocados pela Direção ou Equipe Pedagógica quando houver necessidade da parceria com a Escola, com o

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intuito de promover o aluno, destacando pontos positivos e negativos os quais contribuam para o desenvolvimento pessoal do educando, bem como para a qualidade do ensino.

Os pais serão informados através de:Comunicados escritos – sobre as ocorrências disciplinares, atividades extra

classe proposta pela Escola, ou de âmbito filantrópico para melhoria do Estabelecimento, participação efetiva na organização escolar;

Comunicados orais – e/ou informes gerais em sala de aula sobre assuntos pertinentes ao processo escolar;

Boletim Escolar – solicitado pessoalmente pelos pais ou responsáveis legais mediante assinatura de comprovante de comparecimento, para efetivo acompanhamento do rendimento escolar e frequência do aluno.

Sem dúvida, o acompanhamento dos pais é fundamental no processo de desenvolvimento dos filhos, devendo os mesmos estar presentes e atentos no transcorrer das suas vidas. Solicita-se dos pais e/ou responsáveis a atenção especial a vida escolar (comparecimento quando solicitado, estar presente nas entregas de Boletins e/ou reuniões, desde o início do ano letivo e, em todos os momentos, não deixando tudo para o final, quando, na maioria das vezes, as únicas soluções viáveis no momento são as de apaziguamento de ânimos.

O Colégio adota por orientação da Secretaria de Estado da Educação, o Regimento Escolar, no qual são determinadas a legislação e as normas a serem seguidas pela comunidade escolar. Neste Regimento, destacamos o Regimento Interno, que um conjunto de normas estabelecidas no sentido de facilitar o funcionamento diário, bem como estão inseridos nele os direitos e deveres, proibições e sanções previstas à comunidade escolar.

12. ACELERAÇÃO DE ESTUDOS – SUPERDOTAÇÃO

As crianças superdotadas, com traços individuais específicos, tiveram o direito de atendimento educacional especializado amparado pela Constituição Federal onde se faz menção aos superdotados como “ Portadores de Deficiência”, posteriormente a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira ratificou o termo por “ Educandos com necessidades especiais”.

O direito dos alunos com necessidades educativas especiais, entre os quais os com altas habilidades foi reconhecido desde a lei n.º 5692/71.

A LDB dedica o título V, artigo 58 a 60 do capítulo V a estes alunos e menciona que estes deverão receber atendimento “preferencialmente na rede regular de ensino” e que deverá haver “serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial”, aos sistemas de ensino caberá assegurar inclusive “aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados”.

Para atendimento educacional aos superdotados, é necessário:

a. organizar os procedimentos de avaliação pedagógica e psicológica de alunos com características de superdotação;

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b. prever possibilidade de matrícula do aluno em série compatível com seu desempenho escolar, levando em conta, igualdade, sua maturidade socioemocional;

c. cumprir com a legislação nos que se refere:

ao atendimento suplementar para aprofundar e/ ou enriquecer o currículo;

à aceleração/ avanço, regulamentados pelos respectivos sistemas de ensino, permitindo, inclusive, a conclusão da Educação Básica em menor tempo;

ao registro do procedimento adotado em ata da escola e no dossiê do aluno;

incluir, no histórico escolar, as especificações cabíveis;

incluir o atendimento educacional ao superdotado nos projetos pedagógicos e regimentos escolares, inclusive por meio de convênios com instituições de ensino superior e outros segmentos da comunidade.

13.AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Nossa missão de educar com qualidade (missão e política) e qualidade, exclusivamente em prol do aluno normalmente um ser humano, com desejos e necessidades, anseios que deve ser satisfeitos através de produtos e serviços, motivo da existência da nossa organização, enquanto instituição de ensino.

Deve ser contínua a prática da ética, a promoção da qualificação, a educação continuada, o bem estar dos nossos colaboradores no exercício de métodos avançados de gestão, interagindo com a comunidade em programas sociais e de interesse comum, promover a criatividade, a pesquisa e o desenvolvimento, reconhecendo as iniciativas, especialmente visionárias, direcionadas à organização educacional.

Através das reflexões e discussões sobre o Projeto Político Pedagógico, admitimos a ousadia em buscar protagonizar uma educação tão visionária, mas crer no espaço público como agente primeiro de transformação, num ambiente proporcionador do trabalho em equipe sem abdicar do talento e iniciativas individuais, sobrepondo todas dificuldades por si só em um ambiente auto motivador, transformador, cultural e estrutural.

Todo projeto lança desafios, os quais no momento em que estabelecemos, não temos o alcance bem claro de suas conseqüências. Assim, é com o Projeto Político Pedagógico . As certezas sobre a efetivação de nossos propósitos só virão por meio de um processo de avaliação, o qual permitirá uma melhor compreensão da realidade e, conseqüentemente fornecerá subsídios para a tomada de decisões garantindo assim a qualidade do ensino.

Para tanto, estamos propondo um plano que possibilite uma avaliação mais ampla, processual, à avaliação institucional, a qual deverá envolver todo o coletivo da escola. Entendemos avaliação institucional como um processo que permite avaliar a instituição de forma global, isto é envolvendo as várias dimensões que interferem na

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escola. Tais dimensões estão presentes nos órgãos constituídos como APPF, Conselho de Escola, nas condições físicas, materiais e na própria prática pedagógica.

A avaliação tem duplo objetivo, o de autoconhecimento e o de formulação de subsídios para tomada de decisão institucional, com a finalidade de promover o aprimoramento da política implementada e a concretização dos objetivos da sociedade ou grupo social a que se destina ( BELLONI,2003,p.45)

Utilizaremos para análise da prática, os diversos momentos do processo escolar (os momentos das aulas, os momentos de planejamento pedagógico, os conselhos de classe, os momentos de formação continuada e outros) tendo como parâmetros para avaliação a forma como esses momentos se concretizam e estabelecem relações por conta de sua efetivação. Enfim, a avaliação deve ser contínua, obedecendo a uma certa periodicidade, utilizando os resultados dos trabalhos para análise e direcionamento das ações.

14. PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

SETORES OU ASPECTOS A SEREM AVALIADOS

INDICADORES PARA AVALIAÇÃO PERIODICIDADE

Condições físicas e materiais

QualidadeQuantidadeUtilidade

Semestralmente

Órgãos Constituídos: APM, Conselho Escolar eGrêmio Estudantil

Relação com os demais envolvidosCumprir objetivos propostos nos planos de ação

Semestralmente

Professores Resultados EducacionaisFunções descritas no regimentoFormação continuadaRelação com osdemais envolvidos

Semestralmente

Funcionários Funções descritas no regimentoRelação com osdemais envolvidos

Semestralmente

Equipe Pedagógica Resultados EducacionaisFunções descritas no regimentoRelação com os demais envolvidos

Semestralmente

15. REFERÊNCIAS

BASTOS, João Batista. Gestão Democrática. 2ª edição. Rio de Janeiro - RJ. Ed. DP&A: SEPE,2001;

FERREIRA, Naura Sylvia Carapeto e AGUIAR, Márcia Ângela da S. (Org). Gestão Democrática da Educação: Atuais tendências, novos desafios. 3ª Ed. São Paulo - SP: Cortez, 2001;

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HORA, Dinair Leal da. Gestão Democrática na Escola - Artes e ofícios da participação coletiva. 6ª Ed. Campinas - SP: Papirus, 1994;

KRAMER, Sonia. LEITE, Maria Isabel F. Pereira Leite ( Org.) Campinas: Papirus, p. 11-24, 1999

LIBÂNIO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática. Goiânia: Alternativa, 3ª edição, 2001.

Mc CARTHY, C. 5the uses of culture:education and the limits of ethnic affiliation. New York: Routhedge, 1998.

PARANÁ, Prefeitura Municipal de Curitiba. Secretaria Municipal de Educação de Curitiba. Diretrizes Curriculares para a educação municipal de Curitiba. Curitiba, Vol. 3. 2006;

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola pública do Estado do Paraná. 3. ed. Curitiba: SEED, 1997;

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Currículares para o ensino fundamental. Curitiba: SEED, 2006;

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Currículares para o ensino médio. Curitiba: SEED, 2006;

PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. São Paulo - SP: Ática, 1997;

Revista Pedagógica Pátio. 2004

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