Colégio Estadual Professor Flávio Warken-Ensino Fundamental e Médio · secretaria de estado da...

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR FLÁVIO WARKEN-ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Foz do Iguaçu 2014

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR FLÁVIO WARKEN-ENSINO FUNDAMENTAL,

MÉDIO E PROFISSIONAL

PROJETO

POLÍTICO PEDAGÓGICO

Foz do Iguaçu

2014

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO............................................................................................................................... 3

1. IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................................................ 4

1.2 ASPECTOS HISTÓRICOS ...................................................................................................... 4

2.2 RECURSOS HUMANOS ......................................................................................................... 6

3.1 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR .......................................................... 7

4.1 VISÕES DE MUNDO .............................................................................................................. 12

4.3 VISÃO DE EDUCAÇÃO ......................................................................................................... 14

4.4 CULTURA ................................................................................................................................ 15

4.5 VISÃO DE SOCIEDADE ........................................................................................................ 16

4.6 CIDADANIA ............................................................................................................................. 17

4.7 INCLUSÃO ............................................................................................................................... 19

4.8 DIVERSIDADE SEXUAL ....................................................................................................... 20

4.9 CULTURA AFRO BRASILEIRA E INDÍGENA-LEI 11.645/08............................................ 21

4.10 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO .......................................................... 22

4.11 CONHECIMENTO E CURRÍCULO .................................................................................... 23

4.12 CIÊNCIA E TECNOLOGIA .................................................................................................. 24

4.13 ENSINO E APRENDIZAGEM ............................................................................................. 26

4.14 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA .......................................................... 28

4.15 AVALIAÇÃO ........................................................................................................................... 30

4.15.1 Recuperação paralela .......................................................................................... 31

4.16 PLANO DE ENSINO ............................................................................................................ 31

5. MARCO OPERACIONAL ............................................................................................................ 34

6. SALA DE APOIO .......................................................................................................................... 36

7. SALA DE RECURSOS ................................................................................................................ 37

8. PROGRAMA CELEM ................................................................................................................... 39

9. PROJETOS ................................................................................................................................... 40

9.1 PROJETO MAIS EDUCAÇÃO .............................................................................................. 40

10. FORMAÇÃO CONTINUADA .................................................................................................... 41

11. CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES ................................................................................... 42

11.1 TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL .............................................. 42

11.2 CURSO TÉCNICO EM DESENHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL ...................................... 42

11.3 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO ......................................................................................... 43

12. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR .................................................................................................. 45

13. PLANO DA BRIGADA DE EMERGÊNCIA – PBE ................................................................ 46

14. AVALIAÇÃO DO PPP ................................................................................................................ 57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 58

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APRESENTAÇÃO

Este é o Projeto Político Pedagógico (PPP) do Colégio Estadual Professor

Flávio Warken.

A abreviação PPP aparecerá neste documento como forma de facilitar a

leitura. O primeiro P de Projeto se refere ao caráter de planejamento, de projetar,

pensar além do presente ou organizar, as ações deste Estabelecimento de Ensino.

O segundo P de Político, não no sentido político-partidário, mas como o espaço

escolar não é um espaço neutro, as decisões, escolhas e ações refletem uma

posição, uma escolha, e atendem a determinados interesses.

O slogan, expresso na frase “a educação é sempre um ato político” é

debatido por Saviani em seu livro Escola e Democracia, onde o autor procura

separar a prática pedagógica da prática política, evitando com isso a dissolução da

especificidade do fenômeno educativo (1997, p. 91). Saviani afirma que “Com

efeito, eu só posso afirmar que a educação é um ato político (contém uma

dimensão política) na medida em que eu capto determinada prática como sendo

primordialmente educativa e secundariamente política” (1997, p. 101).

Podemos concluir com isso, que a educação é um ato político a partir do

pressuposto que é um ato humano, ou seja, confirmando Aristóteles que disse que

“o homem é um animal político”, todas as suas ações são políticas na medida em

que são ações tomadas dentro de uma coletividade, tendo as influências da

aplicação dessas ações também nessa coletividade.

Já para Veiga, “Político e pedagógico têm assim uma significação

indissociável.” (In, VEIGA 1995, p. 13).

Veiga ainda afirma que existe uma reciprocidade na vivência democrática da

escola, onde a dimensão política e a dimensão pedagógica coexistem

harmoniosamente, ou seja, para que exista uma vivência democrática é necessária

a existência de uma ação política e pedagógica da escola.

Segundo Gadotti, “Não se constrói um projeto sem uma direção política, um

norte, um rumo. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é também político.” (In

MEC, 1998, p. 16).

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1. IDENTIFICAÇÃO

Colégio Estadual Professor Flávio Warken - Ensino Fundamental, Médio e

Profissional - Rua Sapucaí, 689, Bairro Vila C, 45 3575-5023, CEP 85870-090, Foz

do Iguaçu/PR.

1.2 ASPECTOS HISTÓRICOS

A criado em 25 de fevereiro de 1991, pela resolução n.º 651/91 com o nome

de Escola Estadual Vila “C” – Ensino de 1º Grau.

A criação teve por finalidade atender a comunidade escolar do Bairro Vila “C”

e circunvizinhos que, pelo término da construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu

ficaram sem o atendimento do Colégio Particular que ali estava instalado.

O prédio ficou aos cuidados da Prefeitura Municipal que acabou cedendo

parte do mesmo para o Estado afim de nele instalar a Escola Estadual Vila “C”.

De conformidade com a Resolução 4.449/92, de 04 de Dezembro de 1992,

ficou reconhecido o curso de 1º Grau Regular.

Em 06 de Julho de 1993, de acordo com a Resolução n. º 3.684/93, a Escola

Estadual Vila “C” – Ensino de 1º Grau, passou a denominar-se Escola Estadual

Professor Flávio Warken – Ensino de 1º Grau. Em 25 de Novembro de 1993, com a

Resolução n. º 6.304/93 foi autorizado à implantação do Ensino de 2º Grau Regular

com o Curso de Educação Geral – Preparação Universal, que começou a funcionar

em 1994. Em 31 de Março de 1994, de acordo com a Resolução n.º 1.852/94,

foi autorizado o funcionamento do Ensino de 2º Grau Regular com o Curso de

Educação Geral – Preparação Universal e a unidade passou a ser denominado

Colégio Estadual Prof. Flávio Warken – Ensino de 1º e 2º Graus. No ano de 2009

iniciou curso técnico, profissionalizante em Técnico em Edificações Integrado e

Subsequente, para formação de mão de obra qualificada no ramo da Construção

Civil devido demanda da comunidade como possibilidade de capacitação para

inserção no mercado de trabalho.

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2. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

O Colégio atende as duas etapas da Educação Básica, Ensino

Fundamental- 6º ao 9º ano e Ensino Médio, tendo adotado oficialmente e

implantado simultaneamente o ensino de nove anos, a partir de 2012, funcionando

nos períodos da manhã, tarde e noite nos 200 dias letivos. O Colégio Estadual

Professor Flávio Warken - Ensino Fundamental, Médio e Profissional em 2014

possui: 49 turmas divididos nos três períodos, sendo 18 no período da manhã, e

destas turmas são 2 do Curso Técnico em Edificações, 17 no vespertino e 14 no

noturno, sendo 06 do Curso Técnico em Edificações Subsequente e 1 do Curso

Técnico em Desenho na Construção Civil. Oferta ainda, 04 turmas de CELEM, 02

no período vespertino sendo uma de ESPANHOL BÁSICO e 01 turma de INGLÊS

BÁSICO e 02 no período noturno sendo uma de ESPANHOL BÁSICO e 01 turma

de INGLÊS BÁSICO. Atende aproximadamente 1.535 alunos de condição

socioeconômica média-baixa (maioria), com predominância da classe operária,

segundo pesquisa realizada com os alunos em 2010 (anexo 1).

Em questionário formulado pela Equipe Pedagógica e aplicado ao corpo

discente, é possível verificar alguns aspectos da realidade da comunidade

atendida, posto que as perguntas de múltipla escolha, buscavam diagnosticar a

realidade a partir de questões relevantes para conhecer quem são os alunos

atendidos pelo Colégio. Através das respostas verificou-se os seguintes dados:

73% dos pais trabalham na construção civil, 32% trabalham no comércio local, 21%

trabalham como funcionários públicos, 18% trabalham como autônomo, 13%

trabalham como recicladores; 08% como sacoleiros; 25% como empregadas

domésticas. Observação: estes dados se referem a ambos os pais. Com relação a

escolaridade, as mães são maioria no ensino superior e concluintes do ensino

médio, os pais em sua maioria possuem o ensino fundamental, geralmente

concluídos através do EJA e atualmente estão procurando os cursos

profissionalizantes como forma de agregar conhecimento e renda.

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2.1 RECURSOS FÍSICOS

O Estabelecimento de Ensino tem por finalidade, atender ao disposto na

Constituição Federal e Estadual e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, ministrando o Ensino Fundamental e Médio e atualmente

Profissionalizante.

O Colégio possui 20 salas de aula, um pátio de refeitório, biblioteca, sala

multiuso, laboratório multiuso: de Química, Física e Biologia, laboratório de

informática, quadra de esportes e 02 banheiros para portadores de necessidades

especiais. Possui salas adaptadas 03 com rampas para o aluno com necessidades

especiais (cadeirantes). O Colégio tem uma cozinha, 12 banheiros para os

educandos, um para os professores e um para as professoras.

Recursos Materiais e Tecnológicos: Possui 20 salas de aula, um laboratório

de informática equipado com 40 computadores e três impressoras, 02 multimídias,

4 aparelhos de DVD, 1 vídeo, 2 rádios com CD. A Biblioteca possui um acervo de

10.839 livros, 57mapas, 254 gibis, 474 dicionários e materiais diversos.

2.2 RECURSOS HUMANOS

No ano de 2014, o Estabelecimento de Ensino possui em seu quadro um

total de 11 funcionários Agentes Educacionais II, 16 Agentes Educacionais I, 07

Pedagogos, 01 diretor Geral e 03 Diretores Auxiliares e 72 professores graduados.

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3. MARCO SITUACIONAL

3.1 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR

O fato de estar localizado no Bairro Vila “C”, de Itaipu é um forte indício da

composição social da comunidade escolar e em particular do corpo discente do

Colégio. A origem do bairro está diretamente relacionada a construção desta que é

a maior Hidrelétrica do mundo.

Durante a construção da Hidrelétrica de Itaipu foram criadas três vilas para

habitação dos funcionários que trabalhavam na construção da obra, na operação e

segurança e na administração etc.. A vila “A” é o bairro onde moram os

trabalhadores de nível médio, na vila “B” moram os quadros administrativos e os

engenheiros e na Vila “C” moravam os operários que trabalhavam na construção

da represa.

A simples observação deste dado nos permite concluir que a divisão dos

trabalhadores em três vilas diferentes obedece à divisão sociotécnica do trabalho

existente na sociedade capitalista e que se reproduziu na construção da

Hidrelétrica de Itaipu. Uma vila para cada classe ou setor de classe e categoria

profissional.

Vindos de diferentes partes do país, uma parcela significativa dos operários

“barrageiros” que trabalhavam na armação e na concretagem migraram para outras

cidades e estados quando esta etapa da construção terminou em 1983, porém,

muitos permaneceram no bairro da Vila “C”.

Na história recente de Foz do Iguaçu outro importante pólo de atração

populacional é o turismo, todos os anos centenas de milhares de turistas visitam as

Cataratas do Iguaçu e o Parque Nacional do Iguaçu e outros tantos milhões

importam mercadorias de Ciudad del Este no Paraguay, o terceiro maior centro de

compras do mundo, por tudo isto, Foz do Iguaçu possui o terceiro maior parque

hoteleiro do Brasil.

As atividades econômicas ligadas ao turismo como a hotelaria e o comércio

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são responsáveis pela maior parte dos empregos formais na cidade, porém, uma

parcela cada vez maior sobrevive de atividades informais ligadas ao comércio de

mercadorias importadas do Paraguay como vendedores nas lojas em Ciudad del

Este, moto taxistas e “laranjas” (pessoas que trazem mercadorias do país vizinho

para grandes compradores).

Ao verificar a História do Brasil até 1989 a participação da população em

qualquer instância, não só, não era estimulada, como era repreendida. No período

de ditadura militar as pessoas não tinham o direito de escolher seus representantes

no governo, não tinham direito de discordar das decisões a que estavam sujeitas e

quem tentava fazer isso era forçado a desistir, mediante censura, tortura e até

morte. Portanto de modo geral, o povo aprendeu na prática que participar seria

sinônimo de complicação, problema, confusão etc. Criou-se o hábito da não

participação que perdura, de certa forma no inconsciente das pessoas até hoje. Se

somarmos ao fator histórico a questão socioeconômica, que força toda a família:

mãe, pai ou responsáveis e até filhos a trabalhar, posto que a luta pela

sobrevivência não é uma escolha e sim uma imposição do modelo de sociedade

em que vivemos, podemos entender o porquê da pouca participação. A junção

destes fatores corrobora para, quase que impossibilitar a participação em número e

em qualidade.

Para que haja efetiva participação, os pais, responsáveis e comunidade

escolar devem receber formação para poder entender o que discutem e decidir de

modo consciente através da reflexão dos temas e assuntos tratados no coletivo.

Sem essa possibilidade de formação, a participação perde em qualidade, pois se

torna mero cumprimento de formalidade ou prática esvaziada de função, dentro da

proposta de gestão democrática.

Segundo PARO em seu livro Gestão Democrática da Escola Pública, para

que os pais e responsáveis realmente possam participar, dentro desta lógica

capitalista, deveríamos ter assegurado em lei, que estes não tivessem qualquer

desconto ou prejuízo em seus empregos em datas e horários estabelecidos para a

participação em reuniões e outros. Cabe lembrar que tal medida teria validade para

os ditos empregos formais e grande parte da população da cidade e mesmo de

nossa comunidade trabalha de modo informal.

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Vivenciamos ao longo do ano letivo, problemas com alunos que

desconhecem a importância de horários e regras pois, estão tão acostumados a

não ter uma rotina em casa , já que os pais, obrigados a se valer da dita

“flexibilidade ” dos empregos ou da falta de emprego, realizam sem rotina algo que

possibilite obter algum rendimento. Dessa forma, mesmo que involuntariamente

acabam por educar seus filhos dentro desta lógica. Podemos mencionar que já

tivemos casos onde a quebra de uma regra não foi compreendida nem pelo aluno,

nem por seu responsável.

Independente destes condicionantes temos sempre procurado estimular a

participação da comunidade na escola com vistas à tomada de decisões, mas,

somos conscientes dos entraves que enfrentamos.

3.2 DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Precisamos de mais espaço físico para atender com qualidade programas

de contra turno como sala de apoio e mais educação.

Devido a necessidade de atender grande número de alunos que apresentam

defasagem de conteúdos de Português e Matemática, constatadas pelos

professores, em todo início de ano letivo dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental,

no caso 6º anos, se faz necessário o atendimento em contra turno, nas chamadas

Salas de Apoio à Aprendizagem.

Devido à demanda e necessidade de oferecer curso de língua estrangeira

para os educandos e comunidade, como forma de oportunizar conhecimento e

contribuir para a educação, porque não ajudando na inserção das pessoas no

mercado de trabalho, o Colégio oferta turmas de CELEM nos idiomas de Inglês e

Espanhol.

Diante da vulnerabilidade a que os educandos estão expostos na sociedade

e sua extensão na comunidade escolar, verificou-se que tal situação está

interferindo no processo educativo e por este motivo se faz necessário o

desenvolvimento de diferentes atividades de contra turno, que são desenvolvidas

através do Programa Mais Educação, onde os alunos permanecem após seu

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período de aulas regular, recebe alimentação e continua outro período com

atividades diversas que ajudam o aluno em seu desenvolvimento intelectual.

Após o levantamento de dados da pesquisa realizada com os alunos,

verificamos a necessidade de trabalhar temas como: estudo e organização fora da

escola, noção de disciplina normas e regras, estimulo a escolha de representantes

escolares entre os próprios educandos de cada turma, compreensão e formação de

grêmio estudantil, além disso, existe a necessidade de realizar formação da

comunidade para participação nas decisões tomadas pela escola. No que se refere

aos professores, existe a necessidade de formação continua sobre temas como

avaliação, Plano de Trabalho docente, dificuldade de aprendizagem que serão

realizadas sempre que o calendário escolar permitir.

3.3 HORAS ATIVIDADE

Conforme a instrução nº02/2003- SUED, referente à distribuição dos 30% de

hora atividade dos docentes. De acordo o ofício nº 001/ 2013 as horas-atividades

sejam cumpridas rigorosamente no estabelecimento de ensino. E na instrução nº

02/ 2004 – SUED de 20/02/200, onde consta, entre outros:

1. A hora atividade é um período reservado a estudos, como: planejamento,

avaliação, correção das atividades desenvolvidas pelos alunos, estudos e

reflexões sobre os conteúdos curriculares e ações, projetos, troca de

experiências, atendimento de alunos, pais e outros assuntos educacionais

de interesse dos professores e do colégio;

2. O cumprimento do horário da hora atividade e das atividades desenvolvidas

deve ser realizado no colégio integralmente, no mesmo local e horário das

aulas;

3. De acordo com as possibilidades a hora atividade é distribuída de forma a

favorecer o trabalho coletivo dos professores que atuam por disciplina,

formando grupos que favoreçam um trabalho interdisciplinar.

4. O planejamento, execução e avaliação das ações desenvolvidas pelos

professores na hora atividade são de responsabilidade do conjunto de

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professores que vão desempenhar as atividades.

5. A organização da hora atividade deverá garantir, também, carga horária que

permita ao professor a realização de atividades pedagógicas individuais

inerentes ao exercício da docência.

6. Cabe à direção do estabelecimento sistematizar o quadro da distribuição da

hora-atividade, que deverá constar em edital, permitindo o seu

acompanhamento e informando à comunidade escolar da disponibilidade de

horário de atendimento do professor aos alunos e pais.

A hora atividade é realizada na instituição, é o momento em que os

professores planejam aulas, fazer correções, estudo etc. Ainda não foi possível

realizar a hora atividade concentrada por disciplina para este momento.

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4. MARCO CONCEITUAL

Como agência estatal especializada no processo de atualização histórico-

cultural das novas gerações, a escola pública deve cumprir sua função social

regida pelos princípios de laicidade e impessoalidade que conformam o estado

republicano, portanto deve oferecer educação, pública, laica, gratuita e de

qualidade social a todos. Nesse sentido, o conceito de verdade que referencia as

ações do estado e da escola pública, a sua visão de mundo, de homem e de

sociedade são aquelas produzidas pela ciência moderna. Consequentemente a

escola pública somente poderá cumprir a sua função precípua se for capaz de

democratizar o acesso ao conhecimento teórico científico.

4.1 VISÕES DE MUNDO

O mundo que a espécie humana divide com os demais seres vivos, é conforme nos

revela a moderna ciência biológica fundada por Darwin/Wallace, produto de um

longo processo de evolução natural. A evolução é um fato científico comprovado

por diversos ramos da Biologia e conta com enorme conjunto de evidências

fósseis, por isso, é a teoria amplamente aceita pela comunidade científica e como

tal constitui uma verdade pública.

O Big Bang também é um fato científico que conta com fortes evidências,

como a radiação cósmica de fundo prevista pelo físico G. Gamov em 1948 e

descoberta pelos físicos A. Penzias e R. Wilson em 1965 (descoberta que garantiu

a eles o prêmio Nobel de Física de 1978) e a lei de Hubble.

Sendo assim, a visão de mundo da escola pública deve ser alicerçada no

conhecimento das ciências naturais, alicerçada, portanto, em verdades provisórias

porém, verdades seguras o suficiente para contribuir que o educando supere as

visões míticas e mágico-religiosas do mundo.

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4.2 VISÃO DE HOMEM

O que é o fenômeno humano? Em todas as épocas e lugares diferentes

culturas responderam este problema de diferentes formas. Desde os primeiros

tempos todos os povos elaboraram mitos de criação e através deles atribuíram

sentido a existência humana.

Todavia, para estar em condições de fazer indagações e dar respostas de

natureza religiosa ou filosófica, os homens tinham antes que resolver um outro

problema:

Como produzir a própria existência, ou seja, como garantir todos os dias

aquelas fontes de víveres indispensáveis que sem as quais os homens não

poderiam se entregar a toda sorte de especulações metafísicas.

Não que as doutrinas religiosas e/ou filosóficas daqueles primeiros tempos

não tivessem um valor relativo, ao contrário, contribuíam através de seu sistema de

valores morais para manter a coesão social.

Embora as ideias metafísicas de uma sociedade possam dar algumas pistas,

por si só, elas não podem oferecer respostas para o nosso problema inicial: o que é

o homem? Como disse Marx em “A ideologia alemã” da mesma forma que não se

julga um sujeito pelo que ele diz de si mesmo, também não se julga uma sociedade

por suas ideologias. Então qual o critério? Para encontrar uma resposta, devemos

perguntar como os homens de uma determinada sociedade produzem a sua

própria existência.

Como qualquer ser biológico, o homem precisa satisfazer suas

necessidades básicas, porém diferente dos outros animais que se adaptam a

natureza os homens precisam adaptá-la a suas condições, precisam transformar a

natureza pelo trabalho.

O trabalho é uma atividade tipicamente humana, isto quer que só os homens

trabalhem somente os homens atuam sobre a natureza de forma consciente,

intencional e planejada. Contudo os homens não trabalham sozinhos e de mãos

vazias, ao contrário, criam instrumentos materiais que mediam sua relação com a

natureza e instrumentos conceituais (linguagem) que mediam a relação dos

homens entre si.

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Sendo assim, mesmo sendo um ser proveniente da natureza, dela o homem

se destaca ao produzir para si através do trabalho uma segunda natureza histórico-

cultural e social. Trabalhando os homens criam um mundo “a sua imagem e

semelhança”.

Nesse sentido, o homem não é “mau por natureza” com dizia Hobbes nem

“bom” como dizia Rousseau, a natureza humana é como escreveu Marx em “A

ideologia alemã” constituída pelo conjunto das relações sociais de produção.

Se o homem fosse pura biologia como defende o Liberalismo bastaria então

a zoologia para compreendê-lo e a Filosofia, a Ética, a Sociologia, a Psicologia e as

demais ciências seriam desnecessárias.

Como a “natureza humana” é constituída pelo conjunto das relações sociais

de produção e como esta, por ação dos próprios homens metamorfoseou-se

através da história, isso significa que são os homens os verdadeiros demiurgos da

história, que se “os homens concretos, vivendo em condições concretas”, Marx,

(2002) fizeram esta sociedade, então não precisamos ser presas do “destino”,

podemos afastar o fatalismo e reconhecer serenamente que é possível mudar a

sociedade.

4.3 VISÃO DE EDUCAÇÃO

O que distingue o homem dos outros animais? É a razão?

Nos primeiros momentos após o nascimento a única diferença perceptível

entre um bebê humano e um símio é a maior fragilidade do humano. Nada daquilo

que nos distingui do resto do reino animal parece estar presente, a marcha bípede,

a linguagem, a memória, a atenção deliberada, o raciocínio lógico etc..

No decorrer dos anos, algumas funções psicológicas superiores emergirão

mais rapidamente surgindo por volta do primeiro ano de vida enquanto outras

estarão plenamente consolidadas apenas quase ao final da segunda década de

vida, porém em ambos os casos somente haverá desenvolvimento se a criança

estiver inserida num meio sociocultural que torne a aprendizagem possível.

A natureza dotou os homens das condições biofisiológicas necessárias para

que as funções psicológicas superiores se desenvolvam, todavia só haverá

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desenvolvimento se houver aprendizagem. Sendo assim, ao nascer o bebe é

apenas potencialmente humano o que torna a condição humana uma conquista.

Dentre todas as espécies animais a nossa é de longe a que apresenta a

maior plasticidade de comportamento. Enquanto todos os outros animais têm a

maior parte do seu comportamento determinados pelo instinto, nos humanos a

maior parte do comportamento precisa ser aprendido, o que talvez determine uma

correspondência entre duração da infância e necessidades de aprendizagem.

De fato, o repertório de comportamentos humanos é extremamente variado

e se considerarmos todas as conquistas humanas proporcionadas pela criação e

desenvolvimento da cultura as potencialidades do gênero humano parecem ser

ilimitadas.

Se aceitarmos antes que a “natureza” humana é constituída pelo conjunto

das relações sociais e que a condição humana é uma conquista, então só nos

humanizamos através da educação, em outros termos, não nascemos humanos,

mas nos tornamos humanos, pois aprendemos a sê-lo.

Nesse sentido, educação é sinônimo de humanização, isto é, aquele

processo através do qual podemos desenvolver todas as capacidades humanas

em suas múltiplas dimensões, físicas, intelectuais, morais, artísticas, científicas

etc., ou como definiu Saviani educar é “o ato de produzir, direta e intencionalmente,

em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e

coletivamente pelos homens.”

Sendo a cultura uma segunda natureza que o “indivíduo singular” deve

assimilar para alcançar a condição humana e se é através do trabalho que o

homem produz a cultura e se constitui como tal, então o trabalho é o princípio

educativo que deve presidir toda a organização do trabalho pedagógico escolar.

4.4 CULTURA

Como vimos até aqui, e a transmissão cultural através da educação que nos

transforma de meros indivíduos pertencentes ao reino animal em seres humanos,

por isso, precisamos definir mais claramente o que compreendemos como cultura

neste PPP.

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Cultura e o processo e o produto do trabalho humano, constitui o conjunto de

objetos materiais e simbólicos, em síntese, cultura é toda produção humana.

Neste sentido, as edificações, os utensílios domésticos, as ferramentas de

trabalho, o mobiliário, a linguagem, a técnica, a religião, a filosofia, as artes e as

ciências constituem a cultura.

A cultura corresponde aquilo que o homem desenvolveu ao longo de sua

história, compreende como ocorre sua relação com os demais seres humanos e o

mundo que os cerca. Inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os

costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como

membro da sociedade.

No contexto escolar a cultura deve ser entendida e trabalhada levando em

conta seus aspectos históricos, culturais e populares.

4.5 VISÃO DE SOCIEDADE

A concepção de sociedade que defendemos decorre da concepção de

mundo, de homem e de educação apresentadas anteriormente.

Se é apenas em sociedade que os indivíduos se educam e se a sociedade é

produzida pelos próprios homens através do trabalho, então quanto mais

desenvolvida for a produção social maior será a possibilidade de humanização dos

sujeitos.

Sendo assim, somente uma sociedade que esteja apoiada em forças

produtivas altamente desenvolvidas e organize a produção social para satisfazer as

necessidades dos homens, poderá realizar sua finalidade. Enquanto os indivíduos

forem escravos de suas necessidades e estiverem submetidos ao trabalho alienado

não será possível a sua plena humanização.

Planificar democraticamente a economia para explorar racionalmente os

recursos naturais e garantir a propriedade social dos meios de produção, organizar

o processo de trabalho reintegrando teoria e prática/concepção e execução e na

gestão da coisa pública – democracia direta. Qualquer sociedade que não esteja

organizada sobre essas bases é um obstáculo a educação.

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4.6 CIDADANIA

Cidadania é a palavra da moda, todos falam em cidadania e direitos do

cidadão, mas será que todos compreendem da mesma forma este conceito tão

controvertido.

No direito, cidadão e o membro de um Estado e como tal possuidor de

direitos e deveres.

Neste sentido todo cidadão, possuiria direitos civis e políticos considerados

como inalienáveis como direito a vida, a liberdade e a propriedade. Esse e o

conceito de cidadania política e teria surgido na época das Revoluções burguesas

do século XVIII, tendo sido proclamados pela primeira vez na Constituição

Americana de 1787 e na Constituição Francesa de 1791.

Contudo, com o desenrolar dos conflitos oriundos das relações sociais no

interior da nova ordem burguesa, surgiram novos direitos de cidadania como

produto das conquistas sociais da classe trabalhadora, como direito ao trabalho, a

moradia, a saúde, a educação e a previdência etc..

Os novos direitos econômicos e sociais são produto direto das revoluções

sociais do século XX, tendo sido proclamados pela primeira vez pela constituição

da Revolução Mexicana em 1919.

Para os juristas, enquanto os direitos de cidadania conquistados no XVIII

são chamados de direitos de primeira geração, os direitos conquistados durante o

século XX são chamados de direitos de segunda geração. Existem também os

chamados direitos de terceira geração, são direitos relativos ao meio ambiente e a

outros interesses difusos.

Porem, como não chegamos ainda ao fim da história e a luta de classes

continua, abundam por parte das novas classes trabalhadoras do século XXI e

seus representantes intelectuais e ideológicos criticas radicais a esse conceito de

cidadania Liberal e a toda a estrutura socioeconômica que a sustenta.

Partindo da ideia e da pratica social que existia entre os gregos antigos, os

críticos da cidadania liberal, dizem que a cidadania real se restringiria apenas a

minoria burguesa dominante e que para a maioria trabalhadora restaria apenas a

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exclusão social e a negação de direitos reais.

Para tais críticos os chamados direitos do cidadão estão restritos aos

chamados direitos do consumidor com acesso apenas aqueles que possuem poder

econômico para participar do grande banquete do consumo, o cidadão seria

apenas e tão somente o consumidor.

No interior da escola, uma das formas de trabalharmos a cidadania é por

meio de uma gestão democrática, pois entendemos que são nos momentos de

discussão e decisão coletiva, que se expressa a democracia, e como consequência

a garantia dos direitos e deveres da comunidade escolar.

19

4.7 INCLUSÃO

“A partir de meados do século XX, com a intensificação dos movimentos sociais de luta contra todas as formas de discriminação que impedem o exercício da cidadania das pessoas com deficiência, emerge, em nível mundial, a defesa de uma sociedade inclusiva. No decorrer desse período histórico, fortalece-se a crítica as práticas de categorização e segregação de alunos encaminhados para ambientes especiais, que conduzem, também, ao questionamento dos modelos homogeneizadores de ensino e de aprendizagem, geradores de exclusão nos espaços escolares.” (Inclusão: Revista de Ed. Especial v.5 nº 2 Junho/Dezembro 2010).

É importante tratar sobre este assunto, pois de modo geral, devido a vários

movimentos pela inclusão difundidos na mídia (especificamente a televisiva), as

pessoas entendem que esta deve ocorrer e não aprofundam a discussão deste

assunto. Quando falamos em inclusão logo todos pensamos nos deficientes físicos,

cegos, surdos e nos portadores das mais variadas síndromes e transtornos.

Claro está que todos necessitam e a escola deve atendé-los, porém há um

outro sujeito que é cotidianamente excluído da escola.

Os números oficiais dizem que a educação escolar fundamental foi

universalizada no Brasil, porém, os números também apontam que muitos

começam e acabam por evadir. Infelizmente os vários problemas sociais que

atingem grande parte da população acabam por atingir as famílias dos estudantes

que entre garantir sua sobrevivência e estudar, sem escolha, tentam sobreviver.

Sabemos que como se trata de um problema macro, logicamente foge as funções e

as possibilidades da escola resolver, então todas as forças são para diminuir o

número de alunos que evadem. Sendo assim controlamos a frequência diariamente

e ligamos semanalmente informando aos pais e cobrando o comparecimento do

aluno na escola.

Entre os educadores existe o debate de como realizar uma educação

verdadeiramente inclusiva, sem excluir nenhuma parcela dos alunos? Apresenta na

verdade as dificuldades existentes nas escolas brasileiras que atendem uma

população que traz consigo toda espécie de problemas sociais, que por sua vez

não são solucionados pelo poder público, independente de sua esfera, fora da

escola ou dentro dela. Algo perfeitamente possível e compreendido dentro da

lógica capitalista em que vivemos todos.

20

Não cabe discutir apenas problemas como: número excessivo de alunos por

turma, ou falta de qualificação dos professores, ou problemas de estrutura física

das escolas para realizar um atendimento pedagógico de qualidade para todos os

alunos, incluindo as diferentes dificuldades, sejam elas físicas, neurológicas,

psicológicas etc. Temos que ampliar a discussão posto que esse ser humano,

como qualquer outro, necessita ser tratado como ser humano. É inegável que o

setor da saúde em todas as suas esferas, precisa realizar um trabalho contínuo,

eficaz e de qualidade, para que possamos oferecer a todos, sem distinção uma

educação também de qualidade. O setor de assistência social precisa de a mesma

forma realizar aquilo que lhe cabe, assim como o judiciário etc. Nosso aluno não

vive numa ilha chamada escola, vive numa sociedade desigual e capitalista.

Enquanto isto não for superado não conseguiremos modificar nossa realidade

escolar.

Cabe destacar que esta instituição respeita, no que lhe cabe, desde a

Constituição, todas as leis referentes a inclusão respeitando a diversidade, e ,

contra qualquer tipo de discriminação.

É importante frisar que, para respeitar verdadeiramente os alunos que tem

necessidades especiais, a avaliação deve ser capaz de propiciar o

acompanhamento e possível avanço do aluno de acordo com suas potencialidades.

A avaliação necessariamente deve ser diferenciada daquela ofertada a outros

alunos, já que o aluno tem especificidades quanto ao seu ritmo de desenvolvimento

e aprendizagem.

4.8 DIVERSIDADE SEXUAL

O aumento expressivo das discussões de temáticas sobre a diversidade

sexual, em diferentes contextos tem problematizado a homofobia e possibilitado

ações afirmativas de combate à discriminação e à violência. Exemplos disso são o

Programa Brasil sem Homofobia e o Plano Nacional de Educação em Direitos

Humanos, do Governo Federal, que têm como princípios a inclusão, o combate à

discriminação e à violência e a promoção dos direitos humanos.

A crescente mobilização de diversos setores sociais em favor do

21

reconhecimento da legitimidade de suas diferenças tem correspondido a uma

percepção cada vez mais aguda do papel estratégico da educação para a

diversidade. Ela é vista como fator essencial para garantir inclusão, promover

igualdade de oportunidade e enfrentar toda a sorte de preconceito, discriminação e

violência, especialmente no que se refere a questões de gênero e sexualidade.

Para isso, é preciso considerar a experiência escolar como fundamental para que

tais conceitos se articulem, ao longo de processos em que noções de corpo,

gênero e sexualidade, entre outras, são socialmente construídas e introjetadas.

Uma experiência que apresenta repercussões na formação identitária de cada

indivíduo, incide em todas as suas esferas de atuação social e é indispensável para

proporcionar instrumentos para o reconhecimento do outro e a emancipação de

ambos.

A escola e, em particular, a sala de aula, é um lugar privilegiado para se

promover a cultura de reconhecimento da pluralidade das identidades e dos

comportamentos relativos a diferenças. Dai, a importância de se discutir a

educação escolar a partir de uma perspectiva crítica e problematizadora,

questionar relações de poder, hierarquias sociais opressivas e processos de

subalternização ou de exclusão, que as concepções curriculares e as rotinas

escolares tendem a preservar(Silva, 1996).

Da mesma maneira, como espaço de construção de conhecimento e de

desenvolvimento do espírito crítico onde se formam sujeitos, corpos e identidades a

escola torna-se referência para o reconhecimento, respeito, acolhimento, diálogo e

convívio com a diversidade.

Um local de questionamento das relações de poder e de análise dos

processos sociais de produção de diferenças e de sua tradução em desigualdades,

opressão e sofrimento.

4.9 CULTURA AFRO BRASILEIRA E INDÍGENA-LEI 11.645/08

De acordo com a lei 11645/08 nos Estabelecimentos de Ensino Fundamental

e Médio públicos e privados tornou-se obrigatório o estudo da história e cultura

afro-brasileira e indígena. O conteúdo programático inclui diversos aspectos da

22

história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira a partir

de dois grupos étnicos, como o estudo da história da África e dos africanos, a luta

dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e o negro e o índio na

formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas

sociais, econômicas e política, pertinentes a história do Brasil. Tais conteúdos

serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial, nas áreas de

educação artística, literatura e história brasileira.

Um dos grandes desafios da escola atualmente, é o trabalho em relação a

conscientização entre educadores e educandos de que todos, sem distinção devem

estar integrados, respeitando e reconhecendo as diferenças individuais,

conquistando espaços, reconhecendo que a inclusão não se limita a inserção

física, em um sentido mais amplo, é processo que garante a efetivação dos direitos

individuais e coletivos, é a plena integração do sujeito no ambiente social em todos

os seus aspectos e dimensões; econômico, político, educacional, cultural e outros.

A escola que procura realizar seu trabalho de forma a atender a diversidade

cultural realmente, não exclui, sem exceção, dos mais lentos aos mais rápidos, dos

vindos de famílias estruturadas aos de lares desestruturados, mas tem a clareza

que aqueles que são os filhos dos trabalhadores são os que mais precisam da

escola pública, pois é o único espaço que podem ter acesso ao conhecimento

historicamente acumulado pelo homem.

4.10 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

A educação é o processo formativo que diz respeito a totalidade da vida do

sujeito e como tal acontece nos mais variados espaço tempos, contudo, não é

desta educação que se ocupa a instituição escolar.

À instituição escolar se ocupa de uma forma específica de educação: a

educação sistemática cuja finalidade é a transmissão do conhecimento teórico

científico e da cultura historicamente produzida pela humanidade.

Dada a intencionalidade do processo educativo escolar, este só pode ser

conduzido de forma consciente por uma pedagogia que organize todo o trabalho

educativo no sentido de alcançar os objetivos propostos.

23

Tal objetivo é sempre definido de acordo com escolhas políticas subjacentes

e a partir daí, determinam-se os meios mais adequados para alcançá-lo, quer dizer,

a partir dos objetivos escolhemos um sistema de avaliação e uma organização

curricular e em função destes a organização do espaço-tempo escolar.

4.11 CONHECIMENTO E CURRÍCULO

A organização curricular deve necessariamente articular-se a partir da

concepção de conhecimento escolar escolhida em função dos objetivos e da

pedagogia adequados a escola pública.

Proporcionar aos educandos condições para que possam compreender a

realidade tanto natural quanto social e assim adquirir consciência de sua situação

de classe é papel da escola pública.

Além de contribuir para que o educando desenvolva consciência de classe, o

conhecimento das ciências humanas é também uma contribuição fundamental para

que este possa administrar a produção social tornando possível uma planificação

democrática da economia e possa participar diretamente do governo da sociedade.

Quanto as ciências naturais o seu conhecimento é indispensável para que

os educandos não se limitem a apenas executar o trabalho concebido por outros,

mas possam conceber e planejar o processo de trabalho no sentido de superar a

dicotomia concepção execução existente na sociedade. Uma sólida formação

científica é também indispensável para superação das concepções metafísicas do

mundo.

Sendo assim, a concepção de conhecimento escolar e de currículo

adequados a escola pública é o conhecimento teórico científico e o currículo

disciplinar, pois, como escreveu Saviani, o conhecimento que justifica a existência

da escola é o científico, a escola não existe em função do conhecimento que

produz palpites, a escola deve contribuir para que seus educandos possam superar

o senso comum.

Para romper com as formas de conhecimento espontâneos presentes na

vida cotidiana de seus educandos, a instituição escolar deve ser capaz de

transformar os conhecimentos das ciências em conhecimento escolar, essa

24

transposição didática dos conteúdos deve exigir dos profissionais da educação

como principais articuladores do currículo, uma sólida formação teórica e científica

e o domínio dos métodos e técnicas indispensáveis à transmissão dos

conhecimentos escolares.

Se recusamos o senso comum por seu caráter assistemático espontâneo,

superficial e fragmentado da realidade, pelo mesmo motivo recusamos todas as

formas de conhecimento tácito e meramente empírico, pois tal forma de

conhecimento limita o educando e sua visão de mundo a aparência das coisas.

Ao treinar os educandos para que sejam capazes apenas de resolver

problemas práticos imediatos a pedagogia neoprodutivista limita-os ao saber-fazer,

às tais competências e habilidades exigidas pelo mercado e necessárias ao

processo de trabalho alienado imperante no modo de produção capitalista.

Como educadores da escola pública devemos articular um currículo que

ofereça a nossos educandos condições para que se desenvolvam de forma

integral, nessa perspectiva a concepção que nos interessa é a do currículo

disciplinar.

A concepção disciplinar do currículo articula de forma consistente a relação

entre conhecimentos científicos e conhecimentos escolares por isso, é a única

forma curricular adequada a pedagogia histórico crítica. Enquanto as outras

concepções curriculares promovem o esvaziamento cultural do conteúdo cedendo

ao pragmatismo utilitarista das pedagogias neoprodutivistas, a concepção

disciplinar é a única que mantém a integralidade do currículo, ou seja, o seu

conteúdo científico.

4.12 CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Vivemos cercados por objetos tecnológicos, agora mesmo para escrever

essas palavras estou utilizando um computador. Os produtos da tecnologia são

como objetos mágicos, eles transmitem sons e imagens “em tempo real” permitindo

que fatos ocorridos do outro lado mundo sejam conhecidos por todos conectados a

rede, eles ampliam nossa capacidade de comunicação e locomoção, permitindo

que conversemos ou mesmo visitemos alguém que vive distante bastando para

25

isso que “teclemos”, quer dizer, conversemos pela internet através de alguma das

muitas redes sociais disponíveis ou que peguemos um avião e viajando a

velocidades supersônicas, em poucas horas desembarquemos para visitar algum

amigo do outro lado do mundo.

De fato, eles estão por toda parte, diariamente nos transportam nos

alimentam, nos ensinam nos curam etc., são celulares, computadores, TV,

automóveis, naves espaciais, aviões etc.. Ficamos maravilhados com o prodígio

que podem realizar, na verdade, são tão espetaculares que qualquer homem de

épocas passadas se deparassem com astronautas modernos ou a tripulação de um

submarino ou mesmo de um helicóptero, diria tratar-se de deuses.

Os objetos tecnológicos elevarem o fetiche da mercadoria a sua décima

potência.

Mas o que é a tecnologia?

Cabe inicialmente diferenciar técnica de tecnologia. Enquanto a técnica ou

um instrumento técnico, e produto de conhecimento meramente empírico

(instrumentos, ferramentas e máquinas simples) a tecnologia está

indissoluvelmente ligada ao conhecimento científico (máquinas automáticas), os

objetos técnicos apenas ampliam nossas capacidades físicas, são como extensões

de nosso corpo, a lupa, por exemplo, e um instrumento técnico, ela apenas amplia

a nossa capacidade de ver e já era usada por comerciantes de tecidos desde o

século XV, ao passo que os modernos telescópios ópticos usados nos

observatórios de astronomia são produto direto da aplicação pratica de um ramo da

física (óptica) e o telescópio não apenas amplia, mas muda (corrige) a nossa visão

do universo.

Se dissermos anteriormente que ciência e tecnologia estão

indissoluvelmente ligadas, então não há como falar de uma sem tratar da outra.

Ciência e um tipo especial de conhecimento humano e suas origens

remontam a antiguidade grega quando surgiu como parte da Filosofia.

Seguindo os preceitos da cultura grega (contemplativa) a ciência era

predominantemente teorética, quer dizer, deveria apenas observar a natureza sem

pretender transformá-la ou como no caso dos Pitagóricos o conhecimento

decorreria da reflexão pura.

26

A ciência como a conhecemos hoje é produto de uma época mais recente,

pertence ao século XVII do ocidente europeu. No contexto das novas forças

produtivas (indústria) engendradas pelo Capital, o domínio da natureza se torna um

imperativo.

Atendendo a essa nova necessidade acontece a chamada Revolução

Cientifica do século XVII representadas por filósofos cientistas como Bacon,

Descartes e Galileu. O que esses pioneiros fazem de fato é fundar uma nova

ciência, a Ciência Moderna.

A Ciência Moderna se distingui da anterior Aristotélica, porque alem de

observar a natureza pretende submetê-la, pretende experimentá-la, nas palavras

do próprio Bacon pretende atormentá-la, quer dizer, submetê-la aos novos métodos

de observação e experimentação afim de conhecê-la profundamente, já que como

ele próprio disse “conhecimento e poder”.

De lá para cá, as novas e crescentes descobertas científicas, alimentaram o

desenvolvimento tecnológico que foi colocado a serviço da acumulação do Capital

Industrial e depois Financeiro.

Portanto, Ciência Moderna e um tipo de conhecimento da realidade que não

se contenta com as aparências como o senso comum e que não possui verdades

absolutas como a religião, a Ciência ao contrário, não pretende explicar a realidade

exatamente como ela é, mas criar modelos explicativos cuja verdade é sempre

relativa e aproximativa, por isso, provisória. A Ciência moderna é sistemática,

possui método e linguagem rigorosos, objeto de investigação definidos, cujos

conhecimentos produzidos apenas ganham o status de teoria após rigorosa

comprovação.

4.13 ENSINO E APRENDIZAGEM

A Psicologia Histórico-cultural, fundamentada no materialismo histórico

dialético, propõe o estudo da atividade consciente do homem a partir de suas

condições sociais de vida que foram construídas historicamente. No

Construtivismo, o desenvolvimento psíquico seria acompanhado do crescimento

27

orgânico, já que o desenvolvimento nesta perspectiva ocorre através de um

processo de progressiva equilibração. Segundo Piaget o desenvolvimento é uma

equilibração progressiva, uma passagem contínua de um estado de menor

equilíbrio para um estado de equilíbrio superior.

Compreendendo as diferenças citadas podemos, dizer que a Pedagogia

Histórico-Crítica seria a tendência pedagógica que propõe a prática condizente com

uma formação consciente que busca transmitir os conhecimentos historicamente

acumulados pelo homem, tendo a humanização como um importante objetivo, já

que o homem é um ser social e como aponta Leontiev: “que tudo que há de

humano nele provém da sua vida em sociedade, no seio da cultura criada pela

humanidade”.

Para compreender os conceitos de Ensino e aprendizagem nos utilizaremos

das ideias de Lev Semenovich Vygotsky, intelectual de ampla formação, que

utilizando o método dialético, desenvolveu pesquisas e estudou as operações

superiores.

“Segundo Vygotsky, o nível superior da reflexão, do conhecimento abstrato

do mundo, tem inicio com as interações sócias cotidianas, desde as atividades

práticas da criança até tornar-se capaz de formular conceitos. Ao analisar os

fenômenos da linguagem e do pensamento, busca compreendê-los dentro do

processo sócio-histórico como internalização das atividades socialmente

enraizadas e historicamente desenvolvidas.” (Aranha, 2006. pg.277)

Vygostsky diz que no processo de internalização o papel do outro é

fundamental. Todos que interagem com a criança seja em casa, em brincadeiras

com colegas ou na escola, pois é através desta mediação que os conceitos são

construídos e sofrem constante transformação. Sendo assim a relação do indivíduo

com o mundo é mediada pelos sistemas simbólicos. A mediação também é

importante com relação ao pensamento e a linguagem, por exemplo, a palavra

casa não se refere a uma única casa determinada e sim, a noção de casa em

geral, a palavra serve para representar como conceito e assim um instrumento do

pensamento.

A zona de desenvolvimento real se refere aquilo que a criança já alcançou

no seu desenvolvimento, aquilo que ela aprendeu e pode realizar sozinha, sem

28

mediação. A zona de desenvolvimento proximal se refere aquilo que o aluno está

aprendendo e precisa da mediação de outro, por exemplo um adulto, para realizar

e passar ao desenvolvimento real quando conseguir realizar sem ajuda. Nessa

perspectiva o Ensino deve incidir sobre a zona de desenvolvimento proximal para

que o aluno possa, internalizando os conceitos, chegar ao desenvolvimento real.

A teoria histórico-cultural é muito importante nas escolas, pois pode servir

para respaldar e orientar o trabalho do professor dentro de sala de aula.

4.14 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

O conceito de infância desta época é bem diferente de tempos atrás.

Segundo Áries (1981) as crianças eram entendidas como pequenos seres, adultos

em miniatura e eram dessa forma retratados na arte. A educação das crianças se

dava na família e estava a cargo das mulheres. Quando a criança já tinha alguma

independência, passava a ajudar os adultos em suas tarefas cotidianas para que

pudessem estar inseridas no meio social. Na verdade a infância era entendida com

um momento que o adulto “em miniatura” devia superar para viver plenamente sua

vida de adulto. Não se considerava a identidade pessoal da criança, tanto que

existia uma espécie de uniforme igual para meninos e meninas.

Atualmente a criança é entendida como um ser inteligente, que precisa de

cuidados e orientações diferentes do adulto. E a infância é o período em que, este

ser através da mediação e interação com o mundo, no caso da escola a mediação

planejada, irá se desenvolver de acordo com o meio social.

Para Vygotsky o desenvolvimento psicológico e mental depende da

aprendizagem, pois só se dá por processos de internalização de conceitos

promovidos pela aprendizagem social, principalmente a planejada, da escola como

mencionado acima. Em outras palavras, não se pode pensar que a criança vai se

desenvolver sozinha, com o tempo, pois ela não tem instrumentos para isso. Ela

depende da aprendizagem adquirida através das experiências a que foi exposta.

De acordo com o ECA considera-se criança a pessoa até doze anos de

idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. A

criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à

29

pessoa, assegurados em lei todas as oportunidades e facilidades para assegurar

seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social.

Articulação entre anos iniciais do Ensino Fundamental, e os finais do Ensino

Fundamental e Ensino Médio.

Durante a capacitação de julho de 2011 o tema foi abordado com os

professores, que demonstraram o entendimento que objetivamente, com o Ensino

de nove anos, esperavam que os alunos, por terem a obrigatoriedade de frequentar

a Educação Infantil como Primeiro Ano de sua escolarização, poderiam chegar ao

6º ano-(anos finais do Ensino Fundamental) com uma bagagem maior de

conhecimentos.

Entendendo a importância da articulação entre os anos iniciais e os anos

finais do Ensino Fundamental, e, cumprindo indicação da SEED, a Equipe

Pedagógica deste Colégio reuniu se com as supervisoras e coordenadoras de

turma da Escola Municipal Arnaldo Isidoro de Lima, no final de cada ano letivo para

tratar do tema. Ficou claro na conversa que tanto a rede Municipal quanto a

Estadual estavam realizando algum tipo de formação a este respeito. A Equipe

Pedagógica do Colégio Flávio Warken acredita que a este tipo de articulação seria

mais efetiva se o sistema Municipal e Estadual conversassem, posto que a

discussão somente em âmbito local pode não ser tão efetiva e eficaz quanto a

feita pelos dois sistemas.

Quanto a prática pedagógica, este Colégio tem realizado um trabalho

diferenciado com os agora chamados 6ºs anos, no sentido de ambientar os alunos

nos primeiros dias de aula, conhecer seu desempenho de escrita através da

construção de um texto sobre quem ele é, orientando sua adaptação as normas e

ajudando a organizarem-se através dos mandamentos do bom aluno. Os pais

participam de reuniões para também colaborar com o aluno nesta transição, e

ajudá-los a construir uma responsabilidade junto a seus afazeres e para que sinta

se, seguro no espaço escolar para tirar dúvidas e obter resultados positivos. Os

pais também recebem o guia pedagógico de acompanhamento para pais, como

suporte escrito, para saber como acompanhar o desempenho do filho. Ao longo do

ano o contato com pais e alunos é mantido, pois já se criou o vínculo inicial.

A Proposta de formação continuada para os professores sobre Ensino

30

Fundamental de Nove Anos, ofertada pela SEED.

Como a formação oficial é orientada pela SEED, o tema foi apresentado em

Julho de 2011, no momento de formação e pode ser retomado nos Colégios,

respeitando o Calendário Escolar, e as horas-aula dos alunos, nas datas que são

previstas para reunião pedagógica e/ou durante as datas reservadas a formação

continuada organizada pela SEED. Poderão na medida do possível, serem

discutidas questões referentes ao tema nos conselhos de classe.

4.15 AVALIAÇÃO

O tema avaliação vem sendo discutido ao longo dos anos pelos profissionais

de educação, o que é positivo, posto que discutir avaliação nos obriga a refletir

sobre outras questões que estão intimamente ligadas, pois:

“Qualquer seleção de conteúdos é intencional, portanto, carrega consigo um objetivo. A partir do momento em que o professor, na elaboração da Proposta Pedagógica da disciplina, optou por este ou aquele conteúdo, esta opção não é neutra ou aleatória, já traz consigo uma determinada intencionalidade. Esta, por sua vez, expressa também uma certa visão de homem, de mundo e de sociedade, os quais serão compreendidos e analisados a partir dos conhecimentos historicamente produzidos e construídos pelo conjunto da humanidade. Portanto, o trabalho com o conteúdo carrega a forma como o professor e a escola, em seu conjunto, esperam que os sujeitos da aprendizagem compreendam, analisem e se relacionem com o mundo, com o outro e desta forma com o objeto de conhecimento.” (CGE/CADEP 2009, p. Este texto não foi paginado).

O professor deve, no momento do seu planejamento, pensar em critérios

para avaliar os alunos. Critérios estes que devem estar presentes durante toda a

prática pedagógica, do planejamento, passando pela metodologia até o momento

da nota e da avaliação do processo Ensino-Aprendizagem.

A avaliação deve ser diagnóstica e processual, onde o desempenho do

aluno é observado, não só em momentos pontuais, mas ao longo do processo,

buscando a valorização do desempenho do aluno com relação aos conteúdos de

forma ampla, com a prática social final.

De acordo com a LDB a avaliação deve ser diagnóstica, contínua e diária.

31

Em reunião da Equipe Pedagógica do Núcleo Regional de Educação e

Equipe Pedagógica do Estabelecimento de Ensino, registrado em ata decidiu-se

que a avaliação ficaria a critério de cada professor no tocante a distribuição da nota

entre trabalhos e provas.

4.15.1 Recuperação paralela

Prevista na LDB, é obrigatória no sentido de ser via para retomada dos

conteúdos escolares que não foram aprendidos em determinado período.

De acordo com a LDB existe a obrigatoriedade de estudos de recuperação,

de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento

escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos.

Neste estabelecimento os professores realizam a recuperação de estudos e

também de notas, para os casos de baixo rendimento.

A recuperação paralela é realizada no decorrer do bimestre de acordo com

os conteúdos trabalhados pelo professor.

4.16 PLANO DE ENSINO

É necessário que os profissionais da educação libertem-se da ideia de que o

plano deve seguir um formato único, de um formulário previamente estabelecido e

copiado por todos. Diferente disto deve ser um momento de levar em conta que o

trabalho pedagógico exige preparo, organização e planejamento.

A escola pode organizar-se de acordo com suas necessidades e suas

realidades específicas, repensando todo o ensino, utilizando o plano de ensino

como uma estratégia de refletir e propor ações de transformação do conteúdo,

mera formalidade, em efetivo conhecimento para o aluno.

“O Plano é um documento que registra o que se pensa fazer, como fazer,

quando fazer, com quem fazer”. (Sobrinho apud Padilha, 1999).

Mesmo com a utilização de um livro didático é fundamental ter clareza do

que se pretende alcançar com tal trabalho pedagógico. A improvisação quando da

falta de professores, é um problema que nos traz uma série de outros problemas,

32

como exemplo a indisciplina, a incompreensão de conteúdos, e mesmo baixo

desempenho escolar. A equipe pedagógica orienta aos professores que na medida

do possível não faltem, e caso haja a necessidade da falta se os professores tem

alguma atividade que possa ser aplicada a equipe pedagógica o faz e do contrário

os alunos são trazidos para o saguão onde podem jogar xadrez, dominó e brincar

com bola.

Fusari (2001) sugere que tanto a questão da forma quanto do conteúdo

sejam discutidos amplamente no interior da escola, em prol da superação da

dicotomia teoria e prática.

Nas datas previstas em calendário em que é possível realizar a discussão, a

Equipe Pedagógica trabalha com este tema na tentativa de superar esta

problemática.

4.17 O PEDAGOGO E A GESTÃO ESCOLAR

De acordo com o texto “O papel do pedagogo na gestão: possibilidades de

mediação no currículo” nos anos 70 a gestão da escola era inspirada na

administração empresarial, o que trouxe para a educação a intencionalidade de

formar mão de obra para o mercado de trabalho.

Na década de 80 houve uma tentativa de redefinir as políticas educacionais

e trazer para a escola pública práticas democráticas. Porém em 90 retorna

fortemente a ideia dos anos 70, agora com nova roupagem, atualizada pelas

imposições do poder produtivo surge a GQT- Gestão da Qualidade Total,

transposta para a escola como gestão compartilhada.

Para se contrapor a essa ideia de gestão, como espécie de resistência

aparece a gestão democrática na escola, onde as decisões seriam tomadas

coletivamente em prol de uma formação humana. Cabe lembrar que este trabalho

coletivo exige rigor teórico-prático e as autoras, como informa o título, chamam

atenção especial ao papel do pedagogo, que seria o de mediador da

intencionalidade educativa da escola.

Ao mencionar a perspectiva histórico crítica, a escola aparece como

33

“instituição social que tem como função a democratização dos conhecimentos

produzidos historicamente pela humanidade, um espaço de mediação entre sujeito

e sociedade”. Nesse caso o papel político da escola está ligado ao papel

pedagógico quando existe a preocupação em garantir o conhecimento

historicamente acumulado pela humanidade com vistas à mudança, a superação

do sistema capitalista.

Segundo essa perspectiva, a participação é uma prática política por natureza

democrática, e, a gestão democrática na escola possibilita recuperar o papel do

diretor na “liderança” do processo educativo. Além disso, o texto traz como exemplo

dos processos de participação a eleição para diretores e a construção coletiva do

Projeto Político Pedagógico, que trata da prática que apresenta a identidade e

intencionalidade da instituição, das pessoas que compõe determinada comunidade

escolar.

A proposta curricular estará articulada com o P.P.P. na medida em que “é a

expressão de uma determinada concepção de educação e de sociedade, pensada

filosófica, histórica e culturalmente no P.P.P.

E para instrumentalizar o coletivo da escola para a realização da gestão

democrática, desde a construção do documento até a prática do P.P.P. e da

proposta curricular, visando à formação humana, está o pedagogo. Este seria o

papel do pedagogo, no que diz o texto, o mediador da intencionalidade educativa

da escola, agindo com rigor teórico-prático promovendo um trabalho coletivo e

consciente, coerente com a proposta de superação desta organização de

sociedade, onde o homem vale por aquilo que possui.

34

5. MARCO OPERACIONAL

Figura 1. Tabela do Marco Operacional

Ações Prazo Realização

1 Formação da comunidade para participação nas decisões no que se refere ao Colégio.

Longo e médio Equipe Pedagógica,

direção e professores.

2 Estimular a organização e tempo de estudos extra- escola entre os alunos

Longo Coletivo do Colégio

3 Cobrar e inculcar a noção de disciplina, normas e regras entre a comunidade escolar.

Longo Comunidade escolar

4 Formação de grupo de estudos no coletivo escolar acerca de assuntos relativos ao

Colégio

Médio e longo Professores e Equipe

Pedagógica

5 Estimulo e formação acerca do papel do Grêmio Estudantil

(em andamento)

Equipe Pedagógica,

alunos e professores

6 Construção, organização e funcionamento de sala Multifuncional

Médio SEED, Equipe Pedagógica

7 Operacionalização da sala de apoio ( organização de espaço físico específico)

Curto Direção e Equipe Pedagógica

8 Verificação de alunos com dificuldades de aprendizagem, aviso aos pais e

encaminhando ao serviço adequado (na medida em que o Estado possa ofertar o

serviço).

Curto e médio Professores e Equipe

Pedagógica e SEED.

09 Conselho de Classe Participativo Longo e médio Equipe Pedagógica,

direção e professores.

10 Incentivo e estímulo a escolha democrática de representantes de turma

Anual no 1º Bimestre

Equipe Pedagógica, professores.

No marco operacional, o propósito é oferecer uma visão de conjunto sobre

35

o modo que a escola pretende colocar em prática os princípios e os pressupostos

explicitados anteriormente. Os planos de ações apresentados na sequência,

demonstram em linhas gerais, como cada setor da escola pretende desenvolver as

suas atividades para cumprir

com a finalidade específica.

É importante destacar que, na elaboração dos planos de ação, além do

referencial político teórico deste Projeto Político Pedagógico, eles foram também

fundamentados em outros textos legais: o Regimento Escolar, os estatutos, no

caso do Conselho Escolar, da APMF, bem como nas leis e normas expedidas pela

SEED/NRE.

36

6. SALA DE APOIO

A sala de Apoio a aprendizagem iniciou devido a necessidade de atender

grande número de alunos que apresentam defasagem de conteúdos de Português

e Matemática dos anos iniciais do ensino fundamental, que estão matriculados nos

anos finais do Ensino Fundamental e que precisam aprender aquilo que é essencial

nas disciplinas mencionadas, para que possam dar continuidade a sua vida escolar

de modo satisfatório, ultrapassando estas defasagens e dificuldades.

A sala de apoio tem sido disponibilizada, no turno contrário ao da matrícula,

para alunos até 2011 de 5ª série, alunos de 6º ano a partir de 2012, que

apresentam defasagem de conteúdos de Português e Matemática dos anos iniciais

do ensino fundamental. No ano de 2011, foi ofertada também sala de apoio para 8ª

série com possibilidades de abertura também para 6/7ª série. A cada três turmas

pode ser aberta uma sala de apoio com atendimento para um grupo de no máximo

15 alunos.

Em 2014, as turmas de apoio estão funcionando com um total de 40 alunos,

dos 6º e 7º anos que frequentam as aulas nas disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática, a pedagoga Valdete acompanha as turmas de apoio e os professores

regentes de classe ao diagnosticarem as dificuldades e defasagem dos alunos os

encaminha para a sala, da mesma forma o professor de apoio conversa com o

professor regente no intuito de sanar as dificuldades individuais dos alunos.

37

7. SALA DE RECURSOS

A sala de recursos, nesta instituição, iniciou suas atividades no 2º semestre

de 2011 para atender um grande demanda de alunos com dificuldades especificas

que eram atendidos pela Educação Especial na Rede Municipal de Ensino, nas

escolas próximas ao Colégio Flávio Warken. A sala é destinada ao atendimento de

alunos do Ensino Fundamental, séries finais (de 6º a 9º) e Ensino Médio, pois se

trata da sala de recursos Multifuncional tipo I. As condições de ingresso são:

1. ter sido aluno dos serviços e apoios especializados do 1º a 5º ano, com

diagnóstico médico indicativo do problema;

2. ser aluno da classe comum de 6º a 9º/ ou Ensino Médio com laudo do

neurologista ou psicólogo que indique alguma dificuldade especifica ou

combinada.

Segundo a nota Técnica- SEESP/GAB n 11/2010, o público-alvo do

Atendimento Educacional Especializado - AEE são:

1. Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de

natureza física, intelectual, mental ou sensorial:

2. Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que

apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuro psicomotor,

comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias

motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, Síndrome

de Asperger, Síndrome de Ret, transtorno desintegrativo da infância

(psicoses) e transtorno invasivos sem outra especificação;

3. Alunos com altas habilidades/ superdotação: aqueles que apresentam um

potencial elevado e grande envolvimento com as áreas de conhecimento

humano, isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e

criatividade.

Ainda de acordo com o mesmo documento, deve haver um plano de

Atendimento Educacional Especializado elaborado pelo professor que atua na sala

de recursos em articulação com os demais professores do ensino comum.

38

No ano de 2014 os alunos estão sendo atendidos nos períodos matutino e

vespertino, no período matutino são 11 alunos e a turma é acompanhada pela

Pedagoga Leila e, no período vespertino são 07 alunos matriculados que são

acompanhados pela Pedagoga Elaine. Cabe informar que há outros alunos que

estão sendo avaliados pelas professoras das salas de recursos, para que também

receber atendimento.

39

8. PROGRAMA CELEM

O CELEM é um Centro de Estudo de Línguas Estrangeiras Modernas, que

ofertará Cursos Básicos e de Aprimoramento para Línguas: Alemã, Espanhola,

Francesa, Inglesa, Italiana, Japonesa, Mandarim, Polonesa e Ucraniana. Neste

colégio são ofertadas as línguas Inglesa e Espanhola.

Os Cursos Básicos e de Aprimoramento serão anuais, distribuídos nos

turnos regulares e/ou intermediários, de acordo com a opção do Estabelecimento

de Ensino e de maneira a proporcionar o melhor atendimento aos interessados,

como consta na instrução normativa 019/2008 SUED/SEED.

Podem participar do CELEM os alunos da rede pública estadual do Ensino

Fundamental e Médio, professores e funcionários em exercício (até 10% das

vagas), e comunidade comprovada a escolarização de no mínimo os anos iniciais

do ensino fundamental (até 30% das vagas)

Os Cursos Básicos das demais línguas estrangeiras ofertadas neste

Estabelecimento terão duração de 02 (dois) anos, com carga horária anual de 160

(cento e sessenta) horas/aula, perfazendo um total de 320 (trezentos e vinte)

horas/aula. O curso de aprimoramento terá duração de 01(um) ano, com carga

horária de 160 (cento e sessenta) horas/aula. São ministradas 4 horas-aula, de 50

minutos em dois dias da semana.

Neste momento ofertamos apenas turmas de P1, sendo 02 turmas de

Língua Espanhola e 02 Turmas de Língua Inglesa, sendo uma turma no período

vespertino e outra no período noturno de cada Língua – temos 30 alunos

matriculados em cada turma. A demanda atendeu a oferta. A equipe pedagógica é

responsável por acompanhar e mantém contato telefônico com os alunos maiores e

com os pais e ou responsáveis dos alunos menores, quando da falta dos mesmos

às aulas. Nas turmas ofertadas no período noturno, os pais dos alunos menores

assinaram um termo que está arquivado na pasta do aluno, onde se comprometem

a trazê-los e buscá-los no final da aula para que os mesmos não corram riscos a

sua segurança.

40

9. PROJETOS

9.1 PROJETO MAIS EDUCAÇÃO

Este projeto é a proposta da SEED de Educação Integral. Propõe que o

aluno estude num período, receba alimentação e realize atividades de caráter

pedagógico no contra turno. Os alunos escolhem o período de aulas normalmente

e são matriculados, e no contra turno, nos períodos, matutino ou vespertino

aqueles que têm interesse fazem matrícula para participar das atividades que

foram autorizadas para este Colégio, que são organizadas dentro de Macro

campos, sendo:

Dentro do Macro campo Esporte e Lazer, temos Basquete de Rua, onde

existe um trabalho acerca do basquetebol;

Dentro do Macro campo Cultura e Artes, temos Desenho com a construção

de grupos de desenho, Artes, Coral e Instrumentalização; e Teatro, Educação

cultural regional, com teatro inserindo os alunos na arte da atuação e organização

de peças teatrais.

No Macro campo Acompanhamento Pedagógico, dispomos de Matemática,

Investigação científica, com matemática lúdica e leitura e produção textual e

Ciências, Fórum estudos e discussão, laboratório com introdução ao conhecimento

científico, as questões de laboratório;

No Macro campo Comunicação e Uso de Mídias, temos o jornal Escolar.

Para o ano de 2014 encontram se matriculados no projeto duas turmas no

período matutino, uma com 35 alunos e outra com 32 alunos. Devido à algumas

transferência e desistências, temos no momento 61 alunos matriculados e

frequentando o projeto. A Pedagoga responsável: Valdete dos Santos de Brito da

Silva. O projeto vai de encontro com a realidade da escola que atende alunos

carentes e com dificuldades de aprendizado.

41

10. FORMAÇÃO CONTINUADA

A formação continuada dos profissionais do colégio é realizada pela SEED

nas semanas pedagógicas, momentos de capacitação, em cursos específicos por

disciplinas, em momentos reservados a este propósito e em reuniões pedagógicas

onde são discutidos temas relevantes a práxis escolar.

Quando um grande número de professores necessita ausentar-se do

Estabelecimento para fazerem capacitações, as aulas são adiantadas e os alunos

dispensados mais cedo, e quando são os pedagogos que necessitam se ausentar

para a capacitação os alunos são atendidos pela direção.

42

11. CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES

11.1 TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Este Curso é oferecido no colégio nas modalidades integrado, no período

matutino, e, subsequente no período noturno.

O curso Técnico em Edificações na Modalidade Integrado possibilita ao

aluno que ingressa no Ensino Médio uma formação tanto da base nacional comum

como uma formação técnica profissionalizante, que ocorre de forma concomitante.

E o curso Técnico em Edificações na Modalidade Subsequente, é organizado

somente com as disciplinas específicas da formação técnica, para os alunos que já

concluíram o Ensino Médio e buscam essa formação profissional.

O Curso Técnico em Edificações visa o aperfeiçoamento na concepção de

uma formação técnica que articule trabalho, cultura, ciência e tecnologia como

princípios que sintetizem todo o processo formativo.

Todos os alunos dos Cursos Técnico, seja Integrado ou Subsequente,

devem fazer estágio supervisionado, o que lhes propicia um conhecimento sobre a

prática, da atuação profissional acerca da área de edificações.

O Colégio possui 02 turmas de Técnico Integrado no período matutino,

totalizando 45 alunos e 06 turmas de Técnico Subsequente no período noturno,

totalizando 147 alunos, e ofertaremos no 2º semestre de 2014 uma Turma de

Técnico em Edificações modalidade Concomitante ao Ensino Médio.

A divulgação é feita através de banner, mídia impressa e televisiva e também

através de meio eletrônico para os demais Estabelecimentos de Ensino.

11.2 CURSO TÉCNICO EM DESENHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Este Curso é oferecido pelo Colégio na modalidade Subsequente no período

noturno.

43

O subsequente é organizado somente com as disciplinas específicas da

formação técnica, para os alunos que já concluíram o Ensino Médio e buscam essa

formação profissional.

O curso Técnico em Desenho para a Construção Civil visa o

aperfeiçoamento na concepção de uma formação técnica que articule trabalho,

cultura, ciência e tecnologia como princípios que sintetizem todo o processo

formativo.

Todo o aluno do curso técnico subsequente deve fazer estágio

supervisionado, o que lhes propicia um conhecimento sobre a prática, na atuação

profissional acerca da área de edificações e desenho técnico. Temos uma turma

que concluirá o curso no 1º semestre de 2014, com um total de 11 alunos.

A divulgação é feita através de banner, mídia impressa e televisiva e também

através de meio eletrônico para os demais Estabelecimentos de Ensino.

11.3 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

Segundo a Instrução n 028/2010- SUED/SEED o estágio é o ato educativo

escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades

devem estar adequadas às exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento

cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sobre o aspecto

produtivo. Poderão ser estagiários os estudantes que frequentam o ensino nas

instituições de Educação Profissional, de Ensino Médio, inclusive na modalidade

EJA- Educação de Jovens e Adultos.

O estágio de dois tipos: sendo, Profissional obrigatório- que deve objetivar o

atendimento de exigências do curso para formação do profissional Técnico de nível

Médio, sendo uma exigência para conclusão do curso; podendo receber ou não

bolsa ou outra forma de contraprestação, todos os alunos dos cursos ministrados

por este Estabelecimento de Ensino fazem o estágio por ser pré-requisito para a

conclusão do curso e os estagiários são acompanhados pelo Coordenador de

Estágio do Curso.

Já Estágio Profissional não obrigatório, assumido pela instituição de ensino,

realizado como atividade opcional para o aluno, acrescida à carga horária regular e

44

obrigatória, é obrigatório o recebimento de bolsa ou outra forma de contraprestação

e auxílio- transporte.

O estágio não obrigatório não interfere na aprovação/reprovação do aluno e

não é computado como componente curricular, diferentemente do obrigatório que é

justamente o contrário.

Para o estágio não obrigatório é exigida idade mínima de 16 anos. O estágio

não cria vínculo empregatício de qualquer natureza.

45

12. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Segundo a INSTRUÇÃO 010/2010- SUED SEED Equipe Multidisciplinar é

uma Instância Colegiada do Estabelecimento de Ensino, preferencialmente

coordenada pela Equipe Pedagógica, e instituídas a partir da Deliberação 04/06 –

CEE/ PR com a finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento de ações

relativas à educação das relações étnico-raciais e o ensino da História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período letivo.

Lei 10.639/03 determina que nos estabelecimentos de ensino fundamental e

médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura

Afro-Brasileira.

A Equipe Muldisciplinar é composta pelos seguintes profissionais:

professores da área de humanas, professores da área de exatas, pedagogos,

professores da área de biológicas, agente educacional II, representante das

instâncias colegiadas.

Os encontros da equipe ocorrem aos sábados, quando são discutidos os

temas e ações a serem desenvolvidas durante o ano letivo no tocante ao ensino da

cultura Africana e afro-brasileira. Em novembro é realizada apresentação cultural

alusiva ao dia Nacional Consciência Negra, quando é apresentado à comunidade

escolar o resultado das temáticas discutidas e desenvolvidas durante o ano, todas

as disciplinas trabalham o tema e cada série faz um tipo de apresentação, tais

como músicas, canto de um hino africano em diateleto africano, dança, artesanato

desenvolvido pelos alunos e fatos históricos realizados em pesquisas.

46

13. PLANO DA BRIGADA DE EMERGÊNCIA – PBE

O Plano da Brigada de Emergência é a ação mais importante, desocupação

do prédio, que tem por objetivo evitar que o desastre ocorra. Portanto, no período

de normalidade, se as pessoas estiverem preparadas, sofrerão menos danos e

prejuízos. Na data de 17/05/2013, houve o primeiro treinamento com o todo o corpo

docente e discente do período diurno do Estabelecimento de Ensino, onde segundo

avaliação do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil o único problema detectado foi

que seria necessário melhorar o tempo. Em 18/06/2014 realizamos um treinamento

com o corpo docente e discente do período noturno, apesar de chover muito na

ocasião tudo transcorreu dentro do esperado.

1. ATRIBUIÇÕES GERAIS DA BRIGADA DE EMERGÊNCIA

Zelar pela integridade física dos alunos professores e funcionários

que se encontram no estabelecimento, educando-os para situações

que ofereçam risco de morte, que serão melhor detalhadas no

decorrer do projeto.

Integrantes: Leila Elias de Barros, Valdete dos Santos de Brito Silva,

Miriam Adriana de Souza, Gláucia Venialgo Silva, Selma de Oliveira

Araujo, e Irany Márcia de Oliveira.

1.1 AÇÕES

Os membros da Brigada de Emergência:

I. Recebem informação de possível emergência;

47

II. Verifica com a Direção a situação de emergência;

III. Comunicam aos professores Regentes/ Agentes Educacionais I e II;

IV. Cooperam na organização, retirada e condução das pessoas da área em

que está ocorrendo a emergência;

V. Verifica se alguém, por qualquer motivo, ficou para trás, considerando

que:

a. Em caso positivo – orienta a pessoa para seguir para o ponto de

encontro, pedindo apoio de outros brigadistas quando necessário;

b. Em caso negativo – o brigadista para o Ponto de Encontro ocupando

a última posição da fila dos blocos.

1.2 PROFESSORES REGENTES E AGENTES EDUCACIONAI I E II

São responsáveis pelas salas de aula e outros ambientes da escola. Todos

os locais são identificados com placas sinalizadoras e lâmpadas de emergência.

1.2.1 Ações

I. Fica atento a possíveis indicativos de emergências;

II. Comunica possíveis emergências ao coordenador das salas;

III. Caso a emergência seja:

a. Em sua sala – decide e procede ao abandono imediato do local;

b. Em outro local – aguarda informação pelo coordenador das salas,

sem deixar de permanecer atento aos possíveis imprevistos e às falhas

de comunicação;

IV. Após a determinação do abandono, via sinais convencionados ou através do

coordenador das respectivas salas, da voz de comando de saída;

V. Desliga equipamentos eletroeletrônicos (se for o caso);

VI. Realiza a formação de fila com os alunos (o abre fila é o aluno líder da

turma);

VII. Solicita apoio (se for o caso) para deslocar portadores de necessidades

48

especiais e crianças menores;

VIII. O professor é o cerra-fila, se posiciona por último e procede a saída

seguindo a rota pré-definida até o “Ponto de Encontro” (concentração).

1.3 AGENTES EDUCACIONAIS I E II

Possuem acesso a todos os espaços na escola. Estão sempre circulando

pelos ambientes externos realizando o monitoramento de possíveis emergenciais.

1.3.1 Ações

I. Verifica indicativo (s) de possível emergência;

II. Comunica imediatamente ao líder de turno (diretor ou diretor auxiliar);

III. Na falta do diretor, informa à secretária da escola;

IV. Após autorização, a secretária emite sinal de alerta convencionado e aciona

o (s) órgão (s) de emergência, através dos telefones 190, 193, 199.

V. Verifica sinalização externa das Rotas de Fuga e do Ponto de Encontro;

VI. Libera passagens e controla portões de acesso;

VII. Sinaliza Ponto de Encontro na área externa;

1.4 EQUIPE DE COMBATE INICIAL À EMERGÊNCIA ( Agentes Educacionais)

São os que respondem à emergência, buscando conter o seu princípio ou

evitar maiores danos, procurando controlar o agente causador da emergência até a

realização da saída em segurança: Joelcil Gross, Cleonice Cardoso Batista, Daniel

Alves de Oliveira, Leusa Aparecida da Cruz, Valdelice de Sousa Gonçalves,

Adriane Aparecida da Costa Oliveira, Marcos Paulo dos Santos, Leila Elias de

Barros, Lidia , Luis, Maria Conceição Soares, Jheyllyi Machado, Gonçalina Gomes

Wilhelm, Tânia Maria Diniz Zanetti, Josefa Azarias da Silva, Edna Alves Neres,

Valdete dos Santos de Brito Silva, João Maria de Freitas, Ana Eliete Machado da

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Rocha, Joelma de Oliveira, Simone Bueno de Sousa, Isaias Pereira de Jesus,

Sonia Aparecida Cardoso, Marcio Andre Braga do Rosário, Rosenei Fernandes

Lisboa, Salete de Paula, Selma de Oliveira Araujo, Elaine de Fátima Ferreira,

Mirian Adriana de Souza, Betânia Mioti.

1.3.2 Ações

I.Em caso de princípio de emergência, realiza verificação local;

II.Realiza ações de combate e socorro, buscando evitar ampliação dos efeitos

negativos da emergência;

III.Avalia e comunica necessidade de abandono de local à Direção;

IV.Realiza o bloqueio e orientação de trânsito quando necessários;

V.Recebe e orienta órgãos externos de combate e socorro, quando estes chegam na

escola.

1. 5 DIREÇÃO E DIREÇÃO-AUXILIAR:

A Direção e a Direção-auxiliar são responsáveis pela coordenação geral do

PBE da escola e pelo procedimento de abandono convencionado.

Diretor (a): Velcir Junior Vonz

Diretor-auxiliar: Silvete Maria Prolo, Paulo Conceição.

Direção Auxiliar: Marcia Magalhães Angelini

I.5.1 Ações

II. Elabora e coordena treinamento do plano de emergências locais (PBE),

sob orientação da Defesa Civil;

III. Coordena a atuação das equipes da escola em situações emergenciais;

IV. Define necessidade de ativação do PBE;

V. Determina abandono parcial ou total de local sob emergência;

VI. Autoriza emissão do sinal de alerta convencionado;

50

VII. Coordena a realização do abandono, avaliando necessidade de

deslocamento para local de concentração externo (Ponto de Encontro

quadra esportiva).

VIII. Avalia possibilidade de retorno para a escola, sob orientação de órgãos

competentes.

IX. Representa a escola nas informações à mídia e à comunidade

circunvizinha.

1.6 SECRETÁRIA ou EQUIPE DE SECRETARIA DA ESCOLA

Secretária da Escola: Joelma de Oliveira.

I. Emite sinal de alerta convencionado.

II. Aciona órgão externos de socorro em emergências (Corpo de

Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil, Ambulância, etc., pelos telefones

190,193,199.

III. Repassa as informações iniciais sobre a situação;

IV. Recepciona a equipe dos órgãos de emergência.

1.7 CONVENÇÕES

1.7.1 Sinais de alarme

Sinal sonoro único

I. Será o sinal de alerta da escola ( “sinal escolhido” – sugestões: sirene

contínua de ar comprimido ou sistema interno de som);

II. Será acionado de forma contínua ou intermitente sob determinação da

Direção, quando da constatação de emergência:

51

III. A emissão do sinal significará que foi verificada alguma alteração e que

todos devem permanecer em alerta, interrompendo o que estão fazendo

e aguardando o comando da Direção;

IV. Sinal Contínuo – aproximadamente 15’ ( quinze segundos) de duração,

em um único toque;

Sinal Intermitente – aproximadamente 02’ (dois segundos), em vários toques.

V. O responsável pelo sinal de Alarme deverá certificar-se que todos

tenham ouvido o alarme. Caso contrário, o sinal deverá ser acionado

novamente.

Sinal Complementar

I . Será realizado por contato visual e verbal pelos Coordenadores de Blocos ou

Pavimentos , após o sinal sonoro ou na impossibilidade desde ser acionado;

II. O coordenador de Bloco ou Pavimento chamará o Professor para fora da sala

de aula e repassará as informações, visando evitar pânico.

1.8 FORMAÇÃO DE FILA

1.8.1 Organização

I. A fila de alunos será montada considerando a disposição dos alunos em

sala;

II. Deverá ser marcada a distância, bem como, mantido o silêncio na fila;

III. Os alunos deverão permanecer sempre na mesma localização na fila,

sendo incentivado a gravar quem é o colega da frente e o colega logo

atrás, para facilitar aos Professores Regentes o controle da presença dos

mesmos.

1.8.1 Saída e Deslocamento

52

I. A fila passará por portas, corredores, e portões sempre pelo lado

DIREITO;

II. Será realizada a caminhada rápida (evitando-se as corridas);

III. A formação, saída e deslocamento da fila no local da emergência deverá

ser imediata, sendo que nos demais locais dependerá dos sinais de alarme;

IV. A ordem de saída será;

a. Local da Emergência constatada;

b. Local imediatamente ao lado que esteja mais distante em relação á

saída;

c. Local que esteja imediatamente do outro lado;

d. Outra ordem a ser definida pela Direção, de acordo com cada

situação emergencial.

V. A fila deverá seguir a rota pré-definida, conforme layout elaborado pela

escola, procurando a rota mais segura, preferencialmente que não passe

próximo ao local de emergência.

1.9 SINALIZAÇÃO

1.9.1 Identificação

I. Os conjuntos construídos serão chamados de BLOCOS ou

PAVIMENTOS e receberão a identificação por TURMAS E NÚMEROS (de “A”

até...), enquanto as salas e outros ambientes internos de estudo serão

identificadas por NÚMEROS e NOMECLATURAS ( de 01 até...), conforme

layout elaborado;

II. Os extintores, mangueiras, hidrantes (internos e externos) serão

dispostos e sinalizados, conforme legislação e orientação técnica;

III. As rotas, saídas, passagens e portões receberão sinalização por

faixas, setas e placas (Governo);

53

IV. Os quadros de energia (sala, corredor, bloco e geral), a central de

gás, hidrante público e o registro da água receberão cartazes ou

placas de identificação (Governo);

V. Áreas de risco (almoxarifados, central de gás, alta-tensão, etc.)

receberão cartazes ou placas de advertência (Governo).

1.9.2 Ponto de Encontro – PE (NÃO BRIGADISTAS)

I. O local que servirá como PONTO DE ENCONTRO será:

a. Quadra de esporte (Fundo do colégio)

b. Ao lado do mastro (Frente do colégio)

II. Todos de cada BLOCO ou PAVIMENTO se encontrarão nele depois

da saída das salas e outros ambientes, inclusive os externos;

III. As pessoas pertencerão ao BLOCO ou PAVIMENTO em que se

encontrarem no momento do Sinal de Alarme e com seus ocupantes

deverão se deslocar até o PONTO DE ENCONTRO;

IV. O Ponto de Encontro será sinalizado no piso da Quadra e/ou Pátio da

frente (Mastro) com NÚMEROS E LETRAS dos blocos identificando

onde deverão permanecer as respectivas turmas dos BLOCOS ou

PAVIMENTOS.

V. Cada Coordenador levará consigo até o PONTO DE ENCONTRO, o

respectivo NÚMERO do Bloco e/ou Pavimento pelo qual é

responsável, onde os respectivos desocupantes deverão permanecer

até anunciado o próximo procedimento.

VI. Os moradores serão expressamente avisados da possível utilização

do espaço externos em casos emergenciais;

VII. Todos deverão permanecer no local até autorização (da Direção) de

retorno ou outra ordem;

VIII. A Equipe de Apoio fará cordão de isolamento no final do Ponto de

Encontro e quando todos estiverem no local, outro cordão será feito

na frente do grupo concentrado, mantendo a população coesa.

54

IX. No Ponto de Encontro haverá previsão de espaço para permanência e

atendimento de possíveis vítimas do incidente, onde receberão os

primeiros socorros até a chegada do socorro emergencial.

1.9.3 Ponto de Encontro – PE (BRIGADISTAS)

I. O ponto de encontro para todos os blocos e pavimentos para

recebimentos de orientações iniciais do líder de combate será na

Quadra de Esportes do estabelecimento.

II. Após cumpridas as orientações iniciais os brigadistas deverão retornar

a este ponto para novas orientações.

1.10 CASOS ESPECIAIS

I. Idosos e gestantes seguirão na fila da sala/bloco em que se

encontrarem;

II. Todos os visitantes receberão informação da existência do PBE

e explicação prévia de como agir em momentos emergenciais;

III. Quem por ventura venha a ser ferir em treinamentos ou

emergências reais, receberá os primeiros socorros possíveis e, se a situação

permitir ou exigir, será cuidadosamente deslocado até o espaço

especialmente destinado no Ponto de Encontro, em caso contrário, deverá

aguardar atendimento médico no local em que se encontrar;

IV. Todos os fatos especiais, acidentes e outros imprevistos serão

informados à Direção.

1.11 EXERCÍCIOS E TREINAMENTOS SIMULADOS

I. Será realizado nas Salas de Aula o treinamento de formação de fila com os

respectivos alunos;

II.Haverá treinamento (com apoio do professor de Educação Física) de

deslocamento, em passo apressado, até o Ponto de Encontro, seguindo

55

respectiva rota, ao menos uma vez por mês;

III.Exercícios de Alerta Simulados deverão ser realizados, no mínimo, uma

vez por bimestre;

IV.Os Professores Regentes poderão oferecer atividades de reconhecimento

dos espaços físicos in loco e através da planta baixa da escola ( croqui );

V. Estabelecer calendário de verificação periódica do Sistema de Iluminação e

Hidrantes (Direção);

VI.Por ocasião da recarga dos Extintores, prever o treinamento dos

funcionários utilizando os extintores.

1.12 INFORMAÇÕES, CHAVES E CONTATOS

I. As chaves ficam no CLAVICULÁRIO na sala da Direção, atrás da porta.

II. Contatos: 190 Polícia Militar, 193 Corpo de Bombeiro e 199 Defesa

Civil.

1.12.1 Informações

I. Haverá espaços, no interior das salas e dos outros ambientes,

bem como no pátio, especialmente separados para colocação de informações

sobre o PBE, contendo layout e outros dados importantes do PBE;

II. Todos os funcionários e professores não poderão alegar

desconhecimento do PBE, a partir das reuniões de treinamento;

III. Os pais e responsáveis deverão dar ciência do conteúdo do PBE;

IV. Os vizinhos deverão ser informados do PBE, bem como dos dias

em que haverá treinamento e/ou exercícios simulados.

1.12.2 Chaves e contatos

I. As chaves serão devidamente identificadas por NÚMEROS E LETRAS E

OU NOMECLATURA e terão cópia em claviculário em localização de comum

56

conhecimento e acesso em emergências;

II. Haverá lista simplificada de nome, endereço e telefones de

contatos dos alunos por Bloco e ou Pavimento com os professores e

funcionários da secretaria.

III. Será elaborado cartaz contendo contatos dos principais órgãos externos

de atuação em emergências e será exposto em local visível na secretaria.

57

14. AVALIAÇÃO DO PPP

É importante avaliar se o PPP realmente está vivo na prática social de seus

agentes, e, se constitui na realidade daquilo que é realizado na escola. Será

realizada avaliação anual do PPP com objetivo de verificar aquilo que está sendo

construído dentro das práticas e relações pedagógicas.

No inicio de cada ano letivo a Equipe Pedagógica, diretiva junto com os

professores faz discussão acerca dos problemas apresentados no ano anterior e

pensam possíveis ações para o ano letivo que se inicia, realizamos essa discussão

coletiva no momento de formação no inicio do ano.

58

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARANHA, Maria Lucia de Aruda. História da Educação e da Pedagogia.São Paulo: Moderna, 2006.

ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 2 ed. tradução de Dora Flaksman. RJ: Afiliada, 1981

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre a educação política. Campinas SP: Autores Associados, 2002. 35ed.

______________________. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações 8 ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.

________________________. O legado educacional do século XX no Brasil. Campinas, SP: Autores Associados, 2004.

________________________. Educação brasileira: estrutura e sistema. 9 ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.

GASPARIM, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas, SP: Autores Associados 2002.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Arte. PR, 2008.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Ciências. PR, 2008.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. História. PR, 2008.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. DiretrizesCurriculares da Educação Básica. Geografia. PR, 2008.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. DiretrizesCurriculares da Educação Básica. Educação Física. PR, 2008.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Portuguesa. PR, 2008.

59

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. PR, 2008.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Matemática. PR, 2008.

TEXTO DA SEED, CGE/CADEP fornecido para o grupo de estudos aos sábados para pedagogos em 2009. (sem outras referências).

VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. Tradução José Cipolla Neto. São Paulo: Martins Fontes, 1994.