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“Tradição em formar Profissionais com Qualidade”

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MÓDULO PROFISSIONAL I

ANO: 2012

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SÃO BENTO Caro Aluno (a)

O Colégio Técnico São Bento está no mercado de trabalho desde 1996, tendo

como objetivo promover a formação integral do aluno. Parabéns pela decisão em

continuar seus estudos procurando um curso Técnico Profissionalizante.

Colocamos nossa equipe a inteira disposição para atendê-lo da melhor maneira

possível.

É importante o uso da apostila nas aulas, facilitando assim seu aprendizado,

assim se sentirá preparado para executar a prática de laboratório e

posteriormente o estágio supervisionado.

Todos os direitos do conteúdo da apostila são reservados ao Colégio Técnico

São Bento Ltda. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida

em qualquer meio ou forma, seja mecânica, eletrônica, fotocópia, gravação etc.,

nem apropriada em sistema de banco de dados sem expressa autorização.

Mantenedores

Suzi Rybachi Cabral

Marcelo Teixeira Cabral

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Orientações Gerais:

Horário de entrada e saída dos alunos aula teórica:

Manhã: 08:00 às 12:00 Tarde:14:00 às 18:00 horário Noite: 19:00 às 22:00 horário

Horário de atendimento ao público (Secretaria) - 08:00 às 21:00 hs.

Os professores do Colégio Técnico São Bento são profissionais da mais alta competência nas suas respectivas especialidades.

Você terá aulas teóricas e práticas (a mesma em laboratório específico do curso), onde disponibilizamos aos professores vídeos, DVDs,

transparências, com o intuito de que o aprendizado seja completo, abrangendo a todos de forma nivelar.

Disponibilizamos aos alunos do Colégio técnico São Bento sala de internet, de uso gratuito para pesquisa, o uso é liberado fora do horário de

aula para a realização de trabalhos, pesquisas e currículos.

Temos um acervo de livros para pesquisa, para utilizá-los basta solicitar na secretaria.

Lembrete: Os boletos serão emitidos mensalmente e deverão ser retirados na secretaria antes do vencimento do mesmo. Caso não receba até

24hs antes do vencimento favor entrar em contato com a secretaria.

CONTROLE DE ACOMPANHAMENTO DE NOTAS - MÓDULO II

Disciplinas Avaliação

Escrita

Trabalho Avaliação

Escrita

Avaliação

Prática

Avaliação

Substitutiva

Recuperação Média Final Faltas

1. História da

Radiologia ____,__

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2. Ética Profissional ____,__

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3. Anatomia

Radiológica.

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4. Física Aplicada à

Radiologia

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5. Proteção

Radiológica

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6. Processamento de

Filmes

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7. Administração

Hospitalar e dos

Serviços Radiológicos

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8. Patologia Básica ____,__

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9. Técnicas

Radiológicas

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SÃO BENTO

HISTÓRIA

DA

RADIOLOGIA

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SÃO BENTO SUMÁRIO

Epígrafe...............................................................................................................01

História da radiologia.............................................................................................02

Os primórdios da radiologia médica no Brasil...........................................................07

Primeira aula de radiologia no Brasil.......................................................................10

A origem da profissão de técnico em radiologia no Brasil..........................................10

Radiodiagnóstico...................................................................................................11

Radioterapia.........................................................................................................14

Perfil do profissional.............................................................................................15

Recursos da radiologia...........................................................................................20

Referências Bibliográficas e Agradecimentos...........................................................24

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SÃO BENTO

EPÍGRAFE

"O que nos move é a certeza de que, o conhecimento adquirido

jamais será retirado de nós, e se usarmos esse conhecimento

para um fim benéfico

estaremos assim contribuindo para a evolução da ciência

e nossa evolução como pessoa."

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SÃO BENTO História da Radiologia

Wilhelm Conrad Roetgen

Em 8 de novembro de 1895, Wilhelm Conrad Roetgen descobre a existência e a

produção da radiação X quando, na universidade de Wüzbug, na Alemanha ao repetir o

experimento de outro cientista, Philipp Lenard observou que os raios catódicos que

escapavam de um tubo com vácuo por uma estreita janela de alumínio, produziam uma

luminescência em sais fluorescentes e um escurecimento em chapas fotográficas. Na

mesma época, vários outros cientistas também investigavam a natureza dos raios

catódicos produzidos nos tubos de Lenard, Hittorf e Crookes, assim como Roetgen.

Esses tubos tinham basicamente a mesma configuração. Eram constituídos de um

cilindro de vidro esférico ou na forma de pêra, com baixa pressão de gás em seu interior,

um catodo e um anodo, que na maioria das vezes eram colocados perpendiculares um ao

outro.

A alta tensão do anodo, necessária para a

descarga elétrica, era produzida por uma

bobina de indução. Os raios catódicos,

produzidos pela descarga interna do tubo,

moviam-se perpendiculares à superfície do

catodo e iam chocar-se. Contra a face de vidro

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SÃO BENTO cilíndrico.

Hoje, sabe-se que esses raios eram correntes de elétrons. Esses elétrons são liberados

pelo rápido movimento dos íons do gás bombardeando a superfície do catodo aquecido.

Os íons são produzidos durante a descarga do gás. Os elétrons chocam- se contra a

superfície de vidro, perde sua energia, o vidro fica aquecido e podem-se observar efeitos

luminosos (luz verde ou azul, dependendo da composição química do vidro).

Outros cientistas também produziram essa radiação durante suas experiências, porém

não tiveram o mérito de reconhecê-la. Filmes que estavam guardados nas proximidades

de seus equipamentos ficaram inutilizados. Crooks, por exemplo, achou que os filmes

eram de má qualidade. O mérito de Roetgen foi ter investigado com profundidade a

natureza da nova radiação, num curto espaço de tempo. Em seu primeiro, famoso e

provisório comunicado (28 de Dezembro de 1895) sobre um novo tipo de radiação, ele

publicou o resultado de suas pesquisas científicas; a superfície aquecida da parede de

vidro é a fonte de raios-X. Dali eles se propagam em linha reta e penetram na matéria.

Nem todas as matérias podem ser penetradas com a mesma facilidade. Placas grossas de

metal pareceram ser opacas, enquanto que ossos apresentaram-se transparentes para

uma determinada alta tensão escolhida. Placas fotográficas foram expostas a raios-X e

em pouco tempo podiam apresentar a fotografia de uma mão.

Sua descoberta valeu-lhe o prêmio Nobel de Física em 1901. Na época - começo do século

XX - ocorreu uma revolução no meio médico, trazendo um grande avanço no diagnóstico por

imagem.

Laboratório de Roetgen Bobina de Indução

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SÃO BENTO

Comunicado de Roetgen à Comunidade Científica,

sobre um novo tipo de radiação – Radiação X (28/12/1895).

Desde esta época até os dias de hoje surgiram várias modificações nos aparelhos

iniciais, objetivando reduzir a radiação ionizante usada nos pacientes, pois acima de

certa quantidade, sabia-se que era prejudicial à saúde. Assim surgiram os tubos de

Raios X, diafragmas para reduzir a quantidade de Raios X e diminuir a radiação

secundária que, além de prejudicar o paciente, piorava a imagem final.

Primeira radiografia, da mão da

esposa de Roetgen, com seu anel de

casamento.

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SÃO BENTO Em Janeiro de 1896 Roetgen realizou a primeira radiografia em público na Sociedade

de Física Médica de Wüzburg. Em Abril desse mesmo ano fez-se a primeira radiografia

de um projétil de arma de fogo no interior do crânio de um paciente, essa radiografia foi

feita na Inglaterra pelo Dr. Nelson.

Em 1898, o casal Curie (Pierre e Marie Curie) anunciou, na Academia de Ciências de

Paris, a descoberta do rádio. Naquela mesma época, Madame Curie demonstrava que as

radiações, descobertas por Becquerel (a atividade radioativa dos sais de Urânio)

poderiam ser medidas usando técnicas baseadas no efeito da ionização.

Em Abril de 1896, um relatório médico apresentado no “Medical Record” descreve um

caso no qual um carcinoma gástrico teve uma surpreendente resposta quando irradiado

com raios-X.

Em novembro de 1899, Oppenhein descreveu a destruição da sela túrcica por um tumor

hipofisário.

Em 1900, Wallace Johnson e Walter Merril publicaram um artigo descrevendo os

resultados positivos obtidos em câncer de pele pela aplicação de raios-X.

Em março de 1911, Hensxhen radiografou o conduto auditivo interno alargado por um

tumor do nervo acústico (VIII par.).

Em novembro de 1912, Lackett e Stenvard descobriram ar nos Ventrículos ocasionados

por uma fratura do crânio.

Um neurocirurgião de Baltimore, Dandy, em 1918, desenvolveu a ventriculografia

cerebral, substituindo o líquor por ar. Assim ele trouxe grande contribuição no

diagnóstico dos tumores cerebrais.

Em 1920, iniciaram-se os estudos relativos à aplicação dos raios-X na inspeção de

materiais dando origem à radiologia industrial.

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SÃO BENTO Em julho de 1927, Egaz Moniz desenvolveu a angiografia cerebral pela introdução de

contraste na artéria carótida com punção cervical. Ao apresentar seu trabalho na Sociedade de

Neurologia de Paris, ele disse: "Nós tínhamos conquistado um pouco do desconhecido,

aspiração suprema dos homens que trabalham e lutam no domínio da investigação".

A evolução dos equipamentos trouxe novos métodos. Assim surgiu a Planigrafia linear,

depois a Politomografia onde os tubos de Raios X realizavam movimentos complexos

enquanto eram emitidos.

No Brasil, Manuel de Abreu desenvolveu a Abreugrafia, um método rápido de

cadastramento de pacientes para se fazer radiografias do tórax, tendo sido reconhecida

mundialmente.

Por volta de 1931, J. Licord desenvolveu a mielografia com a introdução de um produto

radiopaco no espaço subaracnóideo lombar.

Irene e Fréderic Joliot Curie , em 1934, descobrem a radioatividade em elementos artificiais

impulsionando as aplicações médicas com a obtenção de isótopos radioativos.

No final da década de 40, surgiu à idéia de usar a tensão alternada para acelerar partículas

carregadas originando, mais tarde, o acelerador de partículas.

Em meados da década de 50, foi construído um LINAC (Linear Acelerator) com a

finalidade de tratar tumores profundos, pelo Stanford Microwave Laboratory, sendo instalado

no Stanford Hospital, localizado em São Francisco – EUA.

Em 1952, desenvolveu-se a técnica da angiografia da artéria vertebral por punção da artéria

femoral na coxa passando um cateter que ia até a região cervical, pela aorta.

Por volta de 1970 através de catéteres para angiografia, começou-se a desocluir os vasos

tumorais surgindo assim à radiologia intervencionista e terapêutica. Assim, nos dias de hoje,

usam-se catéteres que dilatam e desobstruem até coronárias, simplesmente passando-os pela

artéria femoral do paciente, com anestesia local, evitando nesses casos, cirurgia extra

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SÃO BENTO corpóreas (invasivas), para desobstrução de artérias (famosas pontes de safena).

Também na década de 1970, um engenheiro inglês, J. Hounsfield desenvolveu a

Tomografia Computadorizada, acoplando o aparelho de Raios-X a um computador. Ele

ganhou o prêmio Nobel de Física e Medicina. Até então as densidades conhecidas nos Raios

X eram ossos, gorduras, líquidos e partes moles. Com esse método, devido a sua alta

sensibilidade foi possível separar as partes moles assim visualizando sem agredir o paciente, o

tecido cerebral demonstrando-se o líquor, a substância cinzenta e a substância branca. Até

essa época, as imagens do nosso corpo eram obtidas pela passagem do feixe de Raios X pelo

corpo, que sofria atenuação e precipitava os sais de prata numa película chamada filme

radiográfico que era então processada. Com essa nova técnica, o feixe de Raios X atenuado

pelo corpo sensibilizava de maneiras diferentes, os detectores de radiação. Essas diferenças

eram então analisadas pelo computador que fornecia uma imagem do corpo humano em fatias

transversais em um monitor e depois passada para um filme radiográfico.

O homem, não satisfeito ainda, descobriu e colocou em aplicação clínica a Ressonância

Nuclear Magnética por volta de 1980. Ela obtém imagens do nosso corpo similares às da

tomografia computadorizada, só que com mais vantagens adicionais. Não utiliza radiação

ionizante e raramente necessita uso de contraste.

A ressonância resulta da interação dos núcleos dos átomos, os prótons de Hidrogênio de

número ímpar, com um campo magnético intenso e ondas de radiofreqüência. Sob a ação

dessas duas energias, os prótons de hidrogênio ficam altamente energizados e emitem um

sinal que apresenta uma diferença entre os tecidos normais e os tecidos patológicos. Essa

diferença de sinal é analisada por um computador que mostra uma imagem precisa em

secções nos três planos, (axial, coronal e sagital)

Atualmente sabe-se que os chassis e filmes radiográficos em muitos centros Radiológicos já

não são mais utilizados, pois a técnica de Radiologia Digital já é uma realidade. Essa nova

técnica melhora a qualidade da imagem e facilita o seu processamento.

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SÃO BENTO Os Primórdios da Radiologia Médica do Brasil

O ensino da Radiologia brasileira começou com o curso ministrado pelo professor

Roberto Duque Estrada, em 15 de julho de 1916, em 30 lições teórico- práticas, ilustradas

com material selecionado do arquivo do Gabinete de Radiologia da Santa Casa. Anos depois,

novas instalações enriqueciam o Gabinete de Radiologia da Faculdade de Medicina,

transformando-o em um dos grandes patrimônios da história da Radiologia carioca. A partir

dos anos 30 a Radiologia se estabiliza no Rio. Na área de ensino, o curso do professor Duque

Estrada já contava com a assistência de um jovem radiologista na época: Nicola Caminha.

Outras duas escolas de Radiologia já estavam aparecendo, com dois notáveis mestres. Manoel

de Abreu, na Faculdade de Ciências Médicas e José Guilherme Dias Fernandes na Faculdade

de Medicina do Instituto Hahnemaniano (atual Hospital Gaffrée Guinle) e depois na Escola de

Medicina e Cirurgia. A Escola de Medicina e Cirurgia foi inaugurada em 1921, e em 1932

criou a primeira cátedra do país em Radiologia.

Antes do aparecimento das primeiras cátedras nas faculdades, o aprendizado da prática

radiológica só existia nos serviços de Radiologia das cadeiras de clinicas médicas,

principalmente as da Faculdade Nacional, espalhadas na Santa Casa da Misericórdia, Hospital

Moncôrvo Filho e Hospital São Francisco de Assis.

Na década de 40, Nicola Caminha já era conhecido pelo curso de especialização que

ministrava semanalmente em seu consultório. Paralelamente, Emilio Amorim montava o seu

primeiro consultório e já recebia diversos colegas para troca de idéias sobre laudos. Em 1948,

inicia a residência médica em seu novo consultório, ensinando a jovens médicos de diversos

estados. O primeiro aluno foi o radiologista Dirceu Rodrigues, do Paraná. Nessa época, os

médicos clínicos criaram o hábito de freqüentar os consultórios de Emilio Amorim e Nicola

Caminha, para pedir opinião, esclarecer dúvidas e discutir casos.

No começo da década de 50 aparecem os institutos de pensões e aposentadorias, que

teriam um papel fundamental no treinamento dos jovens radiologistas. Os chefes dos serviços

dos hospitais desses institutos permaneceram em seus cargos por mais de 20 anos. No IAPI,

indústria, o professor José Guilherme Dias Fernandes; no IAPC, comerciários, Amarino

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SÃO BENTO Carvalho de Oliveira; IAPETEC, transportes, Júlio Pires Magalhães; IPASE, funcionários

públicos Nicola Caminha, e IAPB, bancários, Emilio Amorim.

No Hospital dos Servidores do Estado, Nicola Caminha inaugurou o primeiro

programa de residência médica do país em Radiologia, outros hospitais também instalaram

programas pioneiros, como o Hospital de Ipanema, Hospital do IAPETEC, (atual Hospital

geral de Bonsucesso) e o Hospital dos Bancários, hoje Hospital da Lagoa.

Armando Amoêdo lembrou que a partir dos anos 50, o ensino da Radiologia se dividia

entre os grupos do Dr. Amorim e Caminha. Eles participavam também de diversas atividades

cientificas na cidade e em todo o Brasil.

O curioso é que cada um dos colegas tinha uma determinada vocação para um assunto

específico, o que constituía na época um fato singular e incomum. Assim, o Dr. Rodolfo Roca

era especialista em pulmão, do mesmo modo que o Dr. Amarino. Ubirajara Martins fazia a

parte do tubo digestivo, o mesmo ocorrendo com Hermilo Guerreiro, Valdir de Lucae Felício

Jahara, que se dedicavam a exames do crânio, enquanto Alberto Álvares e José Raimundo

Pimentel cuidavam do esqueleto.

O curso de especialização do professor Caminha se tornou o primeiro em pós-

graduação em Radiologia do país, com o reconhecimento oficial do Ministério da Educação.

Em 60 passa a ser realizado pela PUC e entra em nova fase. Nos anos 60 aparece no cenário

da Radiologia brasileira a figura de Abércio Arantes Pereira. Desde 1968, se consagrou como

um dos principais radiologistas da área de ensino, dirigindo o Instituto Estadual de Radiologia

Manoel de Abreu. E depois o Serviço de Radiologia do Hospital do Fundão.

Em 72 é criado o Departamento de Radiologia e logo depois o professor Lopes Pontes,

diretor da Faculdade de Medicina, nomeia Nicola Caminha como chefe. Abércio Arantes

Pereira ficou como responsável pelas disciplinas do Departamento de Radiodiagnóstico, José

Clemente Magalhães Pinto, pela Medicina Nuclear e Walter Azevedo, coordenador das

atividades didáticas. Após prestar concurso público, Nicola Caminha tornou-se o primeiro

professor titular do Departamento, em 1974. No ano seguinte, foram aprovados no concurso

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SÃO BENTO para livre docência os professores Abércio Arantes Pereira, Fernando de Souza Penna,

Otacílio do Carmo Resende, Waldemar Kischinhevsky, Walte Azevedo, José Clemente

Magalhães Pinto e Lenine Fenelon Costa. A primeira tese de Mestrado em Radiologia foi

defendida por Hilton Augusto Koch, em 77, que assumiu a direção do Departamento, em

1994. O departamento só iria se transferir para o Hospital do Fundão em 1978.

Em 1980, Camillo Abud substitui Nicola Caminha, devido à aposentadoria do mestre.

No ano seguinte Abércio Arantes Pereira foi eleito chefe do Departamento e logo depois se

tornou o segundo professor titular de Radiodiagnóstico. Em 87, José Clemente Magalhães

Pinto assume como o primeiro professor titular em Medicina Nuclear.

Primeira Aula de Radiologia no Brasil

O Dr. José Gonçalves cedeu, por empréstimo, uma rara e preciosa obra, datada de

1904, intitulada RADIOLOGIA CLÍNICA, de autoria do Professor João Américo Garcez

Fróes, Médico e Farmacêutico, Professor da Faculdade de Medicina e da Faculdade Livre de

Direito da Bahia. Esse pequeno livro retrata as lições proferidas pelo Professor, no ano de

1903, aos alunos da terceira série do curso da Faculdade de Medicina, lições, aliás, já

publicadas na Gazeta Médica da Bahia.

Como não se tem registro de outras aulas de Radiologia, proferidas naquela ou em

outras Faculdades, conclui-se que, se esta não for à primeira, certamente será uma delas.

Para que o leitor possa vivenciar melhor a época do Curso em pauta, decidimos

publicar as lições com a grafia portuguesa de então, o que ajudará os mais antigos a recordar

seus tempos de bancos escolares e, aos mais novos, entrar em contato com a língua pátria de

antanho e, lógico, com os limitados conhecimentos da especialidade, vez que o fato se deu

apenas sete anos depois da comunicação de Roetgen sobre sua descoberta. Certamente a

leitura será enfadonha, mas se trata de um fato histórico que não pode deixar de ser registrado.

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SÃO BENTO A Origem da Profissão de Técnico em Radiologia no Brasil

O sonho dos Técnicos em Radiologia do Brasil tornou-se realidade, esta gloriosa

iniciou-se em 1975 quando o Deputado Federal Dr. Gomes do Amaral deu entrada na

Câmara dos Deputados Federais, após muitas lutas com ida e vinda do Processo, foi aprovado

pela Câmara dos Deputados Federais, encaminhando para o Congresso Federal, onde

iniciamos o trabalho, pontificando-se a figura do Sr. Jair Pereira da Silva, presidente da

Associação dos Técnicos do Estado de Goiás, que politicamente conseguiu amizades com as

mais iminentes figuras da Política local e de Brasília, principalmente o Sr. Senador da

República Henrique Santílo e seus assessores diretos, custou a Jaír 5 anos de trabalho sem

esmorecimento com viagens à Brasília com prejuízos particulares,problemas com família

além de gastos acima de 22 milhões de cruzeiros sem ajuda da Associação do seu Estado em

algumas vezes, no mais os gastos foram sempre pessoais, os gastos foram com viagens,

estadias, alimentação, telefonemas, papéis, honorários Advocatícios, combustível, etc. No

ano de 1980 até a presente data foi à Brasília mais de 70 vezes num total de mais de 40 mil

kilômetros, além das viagens a São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador e outras cidades

onde efetuou palestras sobre a Profissão e a luta contínua, já tendo indicado os trabalhos das

minutas do Projeto que regulamente a Lei 7.394, que foi sancionada pelo Excelentíssimo

Senhor Presidente da República Dr. José Sarney e pelo Excelentíssimo Senhor Ministro do

Trabalho Dr. Almir Pazzianoto dia 29 de outubro de 1985.

O Projeto foi entregue e protocolado no Ministério do Trabalho dia 28 de Novembro

de 1985 pelos Srs. Jaír Pereira da Silva e Aristides Negretti - Presidente da FATREB. O

trabalho de execução da minuta Jair com algumas ajudas do Departamento Jurídico

Trabalhista do PMDB Goiano e pelo colega Donato Durão de Brasília, o referido ante-

Projeto após ser estudado pelo Ministro do Trabalho vai para aprovação do Presidente da

República (vai implantar o Conselho Federal e Regional dos Técnicos em Radiologia do

Brasil) formação de Escolas de acordo com a Lei aprovada. Após tanto trabalho e sacrifício e

até vexames cruentos, só nos resta que a Família dos Técnicos em Radiologia do Brasil lhe

estenda as mãos na maior gratidão possível.

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SÃO BENTO MUITO OBRIGADO Sr. JAIR PEREIRA DA SILVA.

Radiodiagnóstico

A medicina utiliza raios X na investigação da estrutura e do funcionamento do corpo

humano, num processo denominado radiodiagnóstico. Para isso, usa-se o aparelho de raios X:

um tubo de Roetgen, o qual emite raios que atravessam o corpo a ser radiografado.

A radiologia médica para fins de diagnóstico interessa-se pelas seguintes propriedades dos

raios X: (1) penetração, ou capacidade de atravessar a matéria; (2) absorção, ou redução de

intensidade que os raios X sofrem ao penetrarem um corpo; (3) propagação retilínea, que

ocorre a partir do foco de emissão; (4) excitação da fluorescência, que ocorre em certas

substâncias, tais como o tungstato de cálcio, o sulfeto de zinco e cádmio etc.; (5) ação

enegrecedora sobre as emulsões fotográficas; (6) dispersão. Nessa última propriedade, a

difusão dos raios, ou irradiação secundária, é diretamente proporcional à espessura do corpo

e à dureza dos raios empregados. Para reduzir ao mínimo os efeitos indesejáveis da dispersão,

existem acessórios, cones e grades, denominados antidifusores (Bucky, cilindro de extensão

etc.).

Ao atravessar o corpo, a radiação é amortecida por absorção (na qual parte da energia

da radiação se transforma em outra forma de energia, como o calor) e dispersão (na qual a

trajetória retilínea dos raios se altera e perde intensidade numa dada direção). Esses

fenômenos dependem das interações dos raios X com os átomos constituintes do corpo, e não

de sua constituição molecular, como acontece com a luz visível. Os principais fatores que

determinam a absorção e a dispersão são: (1) os tipos de átomos que compõem a matéria

irradiada; (2) a densidade e a espessura do material; (3) o comprimento de onda da radiação

empregada.

O poder de absorção dos raios X aumenta em relação direta com o número atômico, a

densidade e a grossura do material a ser radiografado, e também com o comprimento de onda

da radiação. Dentre todos os constituintes do corpo humano, o cálcio é um dos que têm maior

capacidade de absorção de raios X, como conseqüência tanto de seu elevado número atômico

como de sua abundância no tecido ósseo.

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COLÉGIO TÉCNICO

SÃO BENTO A densidade de diferentes partes do corpo humano, quando comparadas a zonas de

composição química aproximada, é de pequena importância no poder de absorção de raios X,

principalmente como fator determinante de contraste radiológico. Como única exceção existe

a grande diferença de poder de absorção entre os tecidos moles e as zonas pneumáticas, onde

a baixa densidade do ar ou de outros gases permite um nítido contraste radiológico. O

emprego de raios moles (raios X de menor freqüência e, portanto, de menor penetração)

permite melhor visualização de contrastes, pois são muito mais facilmente absorvidos do que

os duros, mais penetrantes.

Imagem radioscópica. Obtém-se a imagem radioscópica pela projeção dos raios X que

atravessam o corpo a ser estudado sobre uma placa fluorescente, ou écran (tela), que emite

luz visível ao ser excitada pela radiação invisível dos raios X. Nesse fenômeno, denominado

fluorescência, se baseia o funcionamento dos aparelhos de radioscopia, que permitem a

observação imediata da imagem radiológica, assim como de suas variações temporais.

Quanto maior é a intensidade de radiação X que atinge a tela, maior a intensidade luminosa

deste.

Toda imagem radiológica (sombra e contorno), resulta de certo ritmo da absorção da

radiação pelos tecidos. Se a absorção é igual ou homogênea, o feixe emergente tem a mesma

intensidade em qualquer ponto do écran fluoroscópico. Quando o ritmo da absorção é

uniforme, a sombra também se apresenta uniforme, ou seja, não se forma imagem. Ao

contrário, se a região do organismo não tem uma densidade uniforme, absorve mais ou menos

raios, o que leva à produção de uma escala de tonalidade na tela fluoroscópica.

Imagem radiográfica. A radiografia, ou imagem radiográfica, se obtém mediante a

projeção da radiação que atravessou o corpo em estudo sobre um filme fotográfico, que

depois é revelado. Essa imagem é estática e representa um dado instante da evolução

temporal do objeto em estudo. A imagem radiográfica apresenta maiores detalhes que a

imagem radioscópica, e oferece a vantagem de poder ser analisada a qualquer momento e

arquivada para estudos posteriores. A imagem mostra zonas escuras e claras, que representam

as áreas mais ou menos irradiadas, respectivamente. Na chapa radiográfica, portanto, zonas

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SÃO BENTO radiopacas do objeto radiografado aparecem como áreas claras, enquanto as zonas que

absorvem pouco os raios X aparecem na película como áreas escuras.

Abreugrafia. Denomina-se abreugrafia um método criado em 1936 pelo radiologista

brasileiro, Manuel de Abreu para obter radiografias do tórax pela fotografia da tela

radioscópica. Inicialmente, foram denominados por Abreu Roetgenfotografia, ou

fluorografia, nomes que caracterizam os elementos fundamentais do método,

respectivamente: a combinação de fotografia e raios de Roetgen ou raios X, e a impressão da

imagem obtida na placa fluorescente da radioscopia.

Métodos de exame. A radioscopia é um dos métodos de exame mais usados, no qual

se coloca o corpo a estudar entre a fonte de emissão e uma tela fluorescente, para ser

observado à vista desarmada em ambiente escurecido. Emprega-se a radioscopia

principalmente no estudo dinâmico dos órgãos móveis e pulsáteis (coração, vasos, diafragma,

tubo digestivo), mas também quando se precisa escolher a melhor posição para uma

radiografia. A radiografia é o registro da imagem radiológica na película fotográfica. As

radiografias podem ser simples ou com contraste radiológico. As mais empregadas na prática

radiológica são as simples, que são obtidas de qualquer parte do organismo sem o uso de

meios artificiais de contraste. Utiliza-se o segundo tipo de radiografia para partes do

organismo sem condições próprias de contraste para torná-las radiologicamente

individualizadas. Nesse caso, a substância de contraste deve preencher as cavidades dos

órgãos, ou envolver sua superfície. A imagem proporciona maior nitidez e detalhe do que a

obtida pela radioscopia.

Outro meio de radiodiagnóstico é a tomografia axial computadorizada, criada na década

de 1970 pelo britânico, Godfrey Hounsfield e o americano Allan Cormack. Esse método

mede, a partir de vários ângulos, a atenuação dos raios X que penetram no corpo. De posse

dessas medições, um computador reconstrói a imagem do órgão em estudo numa série de

secções ou planos. A técnica permite que órgãos de tecidos moles como o fígado e o rim

sejam claramente diferenciados nas imagens reconstruídas pelo computador. A tomografia

fornece uma quantidade imensamente maior de informações úteis ao diagnóstico do que uma

simples radiografia.

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SÃO BENTO As chamadas radiografias estereoscópicas consistem em duas radiografias de um mesmo

objeto, tomadas sucessivamente e com um pequeno deslocamento lateral do tubo de raios X.

Examinadas no estereoscópio de Wheatstone proporcionam o efeito de uma visão

tridimensional. Esse método é particularmente útil nos estudos do crânio, do tórax e do

abdome.

Radioterapia

A utilização dos raios X com fins terapêuticos aproveita sua dupla ação, destruidora e

modificadora nos tecidos. A radioterapia consiste no tratamento de diferentes neoplasias pela

aplicação de radiações ionizantes, tais como por elementos naturais, fótons e elétrons. As

primeiras pesquisas no setor revelaram que grandes doses de radiação provocavam, depois de

algum tempo, manchas vermelhas na pele que poderiam resultar em queimadura e ulceração.

Mesmo pequenas doses repetidas poderiam produzir sérias lesões. Deduziu-se, então, que um

fenômeno capaz de produzir tais danos em tecidos normais poderia ser dirigido contra tecidos

anormais e indesejáveis, como o câncer. Das pesquisas sobre a natureza fundamental da ação

biológica da radiação que prosseguem até os dias atuais emergiu um novo tipo de cientista, o

radiobiologista. Ao mesmo tempo em que os raios X começavam a ser aplicados na

medicina, o elemento rádio foi descoberto e se estabeleceu também a importância do fator

tempo como modificador da reação do tecido à radiação. Assim surgiu a ciência da

radioterapia, em seu início baseada inteiramente num enfoque empírico.

Logo se constatou que radiações ionizantes têm também o efeito de aliviar a dor. Essa

forma de tratamento foi usada, em seu período de desenvolvimento, principalmente no

tratamento de formas dolorosas de artrite, herpes-zoster e outras doenças. À medida que

aumentou o conhecimento sobre os possíveis efeitos nocivos da radiação, contudo, muitas

dessas aplicações foram descartadas, exceto em circunstâncias especiais e sob estrita

supervisão. Nas últimas décadas do século XX, a radioterapia passou a ser utilizada quase

exclusivamente no tratamento de casos de câncer.

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SÃO BENTO Perfil do Profissional

Existem qualidades fundamentais que fazem um bom técnico em Radiologia. Ele deve

ser: estudioso, interessado no serviço, econômico, cuidadoso, disciplinado, paciente, ter

noções de enfermagem e conhecimento de ética profissional.

Um bom técnico deve conhecer perfeitamente a técnica dos exames, ter conhecimento

de topografia de certas estruturas internas do corpo humano (estômago, vesícula, etc.), deve

saber usar nas ocasiões devidas o espessômetro e a fita métrica confiando mais nesses

instrumentos que no “golpe de vista”.

Sem estar interessado no que faz não dará o máximo da sua capacidade de trabalho.

Não sendo econômico, causará prejuízo ao serviço, pois todo o material radiológico é

caríssimo, e deve-se aproveita-lo racionalmente; como por exemplo: o filme radiográfico,

muitas vezes tem que ser dividido para ser usada, somente uma parte em chassis de tamanho

um pouco maior, medida essa que embora prejudicial, ao écran, tem que ser adotada por

medida de segurança.

Cuidadoso, será muito extenso detalhar todos os cuidados especiais que devem ter

com: chassis, filmes radiográficos, o próprio aparelho de raios-X, aventais, luvas e placas de

chumbo, numeradores de chumbo, compressores antidifusores anteriores, vestimentas do

serviço, colgaduras, revelador, etc...

A preocupação básica do técnico em radiologia deve ser:

Não ultrapassar nem se aproximar muito dos limites de segurança de carga do

aparelho, desligando-o sempre que não estiver trabalhando nele.

Deve ser disciplinado: apresentando-se bem trajado e acatando as ordens superiores e

os regulamentos do serviço.

Deve ser paciente: tratando com indivíduos angustiados, sofredores e muitas vezes

neuróticos, é indispensável usar-se muita paciência para com eles, principalmente com as

crianças, é claro. Zelar pelo conforto dos clientes, ajudando-os a subir e descer das mesas de

exame onde devem ficar o tempo necessário.

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SÃO BENTO Oferecer-lhes travesseiros e cobertas quando estiverem deitados e proporcionar-lhes

todas as pequenas gentilezas e atenções que podem tornar mais agradável o comparecimento

de uma pessoa a um serviço de raios-X.

As noções de enfermagem são muito úteis, pois não raras vezes o técnico em

radiologia é obrigado aplicar uma injeção a fazer um curativo e a tomar as primeiras medidas

de socorro a um paciente acometido de um mal súbito, dentro da sala de exame.

Ética profissional: observar o sigilo médico, não revelando diagnósticos, respeitar os

sentimentos e a moral dos pacientes, etc.

Todo técnico deve confeccionar uma tabela de técnicas de exames para cada aparelho

com que trabalha, pois somente a prática intensa lhe permitiria memoriza-las todas.

Com a observação dos resultados obtidos com seu emprego, fará as devidas correções

chegando a uma tabela que resulte em bons exames.

Responsável por turno

O técnico responsável por turno deve colaborar com o chefe da seção técnica ao qual

está subordinado, substituindo-o nas suas ausências.

Durante sua atividade, permanecerá num determinado setor, orientando sempre que

necessário os demais.

Terá sob sua responsabilidade direta os técnicos das salas, câmara escura e câmara

clara.

Colaborar na administração de aulas práticas aos alunos dos cursos de formação

Técnicos de Raios X e de treinamento de pessoal de câmara clara e escura.

Técnico de Sala

Responsável pela execução dos exames radiológicos em sua sala.

Entrosar com a recepção no sentido de ser feita a marcação racional dos exames em

seu setor.

Tomar ciência dos exames feitos em sua sala, providenciando-os dentro de tempo

satisfatório.

Providenciar a entrada dos pacientes, pela ordem de numeração da saleta de espera

interna para sala de exames.

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SÃO BENTO Atender solicitação da recepção, alterando a ordem do atendimento, sempre que

possível, em face de um “caso urgente”.

Verificar se o marcador do paciente está correto. Atentando bem ao número, iniciais

do nome e data.

Executar o exame com melhor técnica possível, identificando-o corretamente, sem

desperdício de filme e no prazo mais curto possível.

Anotar na requisição do exame e lugar apropriado todos os dados importantes

inclusive as horas do início e término do exame, informando também quaisquer

anormalidades havidas.

Recebida a informação da Câmara Clara de que o exame está bom, encaminhar o

paciente para a recepção ou para a enfermaria.

Manter sua sala na perfeita ordem: examiná-la ao recebê-la e ao entregá-la. Qualquer

anormalidade corrigi-la logo ou comunicar ao responsável imediato.

Ensinar os alunos do Curso de Formação de Técnico de Raios-X e de Treinamento de

Pessoal de Câmara Clara e Escura, em estágio em sua sala ou em aulas a grupos.

Subordinação ao responsável pelo turno, e ao supervisor técnico.

Colaborar com os residentes e médicos, na execução de exames que a eles competem

ou, eventualmente, com o técnico de outra sala em casos especiais.

Documentação Médica

A Seção de documentação Médica consta dos seguintes setores: Arquivo, Laudos,

Recepção, Identificação e Estatística.

Setor de arquivo:

Arquivar todos os exames radiográficos e cineradiográficos feitos no serviço ou de

fora entregues para juntar.

Zelar para que as radiografias estejam em ordem nos envelopes, conferindo o número

e o tamanho das mesmas.

Zelar para que os envelopes sejam apropriados de acordo com o arquivo a ser feito,

substituindo-os quando seu estado seja precário; nesse caso anotar todos os dados constantes

no envelope velho.

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SÃO BENTO Colocar os envelopes nos arquivos em absoluta ordem, respeitando os quatro tipos de

arquivo: AG (arquivo geral), pela ordem numérica, NA (arquivo nosológico) pelas doenças;

AE (arquivo especial) também pela ordem nosológica de doenças de casos especiais; CE

(coleção de ensino).

Preparar os envelopes de acordo com o tipo de arquivo; envelopes comuns para o AG

e o NA e envelopes azuis para o AE e CE. Nestes casos anotar nos envelopes os dados

interessantes de acordo com a norma estabelecida.

Proceder a empréstimos dos envelopes com os exames radiológicos, observando

rigorosamente a “rotina de empréstimo”.

Fiscalizar com o maior cuidado e atenção a devolução de envelopes emprestados,

verificando sempre o momento do empréstimo e da devolução, o número e o estado das

radiografias.

Controlar para que as radiografias sejam devolvidas dentro do prazo combinado, caso

não estejam, tomar providências para que isso se dê o mais depressa possível.

Fiscalizar o empréstimo de exames para utilização dentro do próprio departamento.

Não permitir o empréstimo sob nenhum pretexto de exames ainda sem laudos,

portanto sem a ficha de arquivo completa.

Providenciar a separação dos envelopes com exames anteriores de pacientes que

voltam para novas radiografias, encaminhando-as à recepção.

Trabalhar em harmonia com os demais setores de documentação médica e com a

seção de técnica.

Setor de Laudos

Receber os envelopes provenientes da identificação e estatística, encaminhando-os

para os residentes que devem dar os laudos.

Cuidar que os envelopes sejam mantidos em ordem, a fim de serem dados os laudos

mais antigos, para os que devem fiscalizar constantemente.

Cuidar para que os médicos radiologistas façam revisão dos laudos dados pelos

residentes.

Datilografar os laudos já revistos pelos médicos radiologistas.

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COLÉGIO TÉCNICO

SÃO BENTO Providenciar para que o residente escalado proceda à revisão do laudo já

datilografado, rubricando-o.

Encaminhar os laudos datilografados e devidamente rubricados para a recepção.

Dar ciência aos médicos, residentes, técnicos e alunos das anotações porventura existentes na

ficha de requisição de exames.

Preencher devidamente a ficha de arquivo entregando-a ao setor de arquivo.

Entrosar com os demais setores da documentação médica, atendendo às solicitações

da recepção, identificação, especialmente em casos de urgência.

Atender dentro do possível, em atraso de suas obrigações normais, solicitação de

trabalhos de datilografia dos médicos residentes.

Recepção

Atendimento de todas as pessoas que procuram o RX controla a porta que dá acesso

ao corredor interno de serviço. A recepção deve orientar as pessoas, encaminhando-as

devidamente.

Marcação dos exames solicitados: antes de marcar, analisar se a ficha de requisição está bem

preenchida; não estando, tentar resolver a situação ou mostrar a um médico do serviço ou

devolvê-la ao requisitante.

Marcar o exame no livro e dar as instruções necessárias ao paciente, quando

necessitar preparo prévio; não necessitando preparo verificar da possibilidade de atendimento

imediato, entrando em contato com a seção de técnica.

O paciente deve ser atendido somente de posse da requisição e respeitando-se

rigorosamente à hora marcada.

Pela manhã, os exames de aparelho digestivo devem ser atendidos em primeiro lugar,

providenciando-se logo radiografia simples do abdômen.

A requisição deve ser numerada para fins de identificação, com o número antigo ou,

sendo a primeira vez com o próximo número de ordem.

A documentação médica deve, a pedido da recepção, encaminhar na véspera à tarde,

todos os envelopes de exames que vão ser repetidos.

Na requisição deve ser anotada também a hora da chegada do paciente, as iniciais de

seu nome e a data.

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SÃO BENTO A ficha de requisição devidamente anotada, o cartão de ordem de atendimento e o

marcador são colocados numa prancheta e enviados para o quadro próprio, para o técnico da

sala.

Deve ser anotado o número de ordem e a data do exame no cartão de matrícula do

paciente. A recepção dará instruções ao paciente quanto à data de apanhar o resultado.

Terminado o exame, a recepção deve receber o marcador de volta, que será desfeito.

A recepção deve zelar pela observação dos letreiros e numeradores, exigindo sempre sua

devolução pelos técnicos.

Manterá um controle diário dos exames feitos, lançando em livro apropriado: nome,

data, número e tipo do exame, nome do técnico e do aluno, clínica de origem, filmes gastos

(número, tamanho e total).

Os exames são marcados de acordo com os tipos de requisição, e aparelhos

disponíveis. Os critérios de marcação dependem de um perfeito entrosamento entre a seção

de técnica e a recepção. No livro de marcação os exames devem ser agrupados de acordo

com os tipos e as salas onde serão executados.

a) Aparelho digestivo; b) aparelho urinário ginecológico; c) exames gerais; d)

tomografias, colangiografias, urografias; e) angiocardiografias.

Os laudos prontos são arquivados na recepção em ordem alfabética para entrega aos

pacientes.

Ensinar os alunos dos Cursos de Formação de Técnico de Raios X.

Trabalhar em perfeito entrosamento com todos os setores do serviço, especialmente

com as seções de técnica e de documentação médica, as quais estão subordinadas.

Setor de Identificação e Estatística

Receber os exames já identificados na Câmara Clara.

Verificar filme por filme, analisando detidamente sua identificação, para corrigir

enganos.

Identificar claramente escrevendo em lugares apropriados.

Em caso de dúvida se informar imediatamente com o técnico ou médico responsável

pelo exame.

Entrosar com a documentação médica.

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SÃO BENTO Funcionar em harmonia com a recepção.

Confeccionar estatísticas mensais incluindo número de pacientes atendidos, de

exames realizados, de radioscopias feitas, de filmes gastos (por tamanho e total).

Confeccionar estatísticas mensais referentes às atividades dos médicos, residentes,

técnicos e alunos.

Recursos da Radiologia

Densitometria Óssea

Um recente e preciso recurso no diagnóstico da Osteoporose, sendo um exame simples e

rápido, pois é indolor, seguro, não requer nenhum preparo especial e nem estar em jejum.

Durante o exame o paciente permanece deitado, respirando normalmente por cerca de 15

minutos.

O exame é feito através de um aparelho computadorizado capaz de medir a massa óssea

de determinados ossos no corpo humano, verificando assim a quantidade de perda óssea e o

risco de fratura.

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Mamografia

Sendo a mamografia a melhor técnica de diagnóstico de mama para mulheres acima

dos 35 anos, são através desta radiografia das mamas que se podem detectar pequenos

nódulos, muitas vezes não palpáveis, com uma carga de radiação muito pequena, sem trazer

danos ao paciente. Nossas Técnicas em Radiologia, que realizam o exame de mamografia,

é que posicionam a mama sobre um suporte para que as imagens possam ser tiradas, em

equipamento de última geração e processamento da imagem em películas (filmes) de grande

sensibilidade, permitindo assim um perfeito diagnóstico do exame.

Radiodiagnóstico

Radiografias realizadas com materiais de primeira qualidade e processadas em

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SÃO BENTO equipamentos de última geração, proporcionando assim uma documentação de alta

definição.

Radiologia simples; - Radiologia contrastada dos aparelhos digestivos e urogenital; -

Exames intervencionistas: transparieto, sialografia, pneumoartografia, mielogrofia de todos

os segmentos, ductografia, etc.

Tomografia Computadorizada Helicoidal

Equipamentos recentemente lançados no mercado mundial, proporcionando além de maior

agilidade nos exames, melhores imagens em impressão a laser e reconstruções

tridimensionais

Exames tomográficos de crânio, de abdômen, de tórax, das articulações e segmentos

ósseos. Tomografia de alta resolução de pulmões, ouvidos, sela turcica e articulaçõ

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Ultrassonografia

Realizam-se exames abdominais, ginecológicos, pélvicos, mamários e articulares. -

Ultrasom transvaginal e transretal de próstata, sendo este último com biópsia utilizando.

radiação não ionizante.

Esse tipo de mesa é a mais comum no radiodiagnóstico convencional, onde, se manipula o

paciente sobre a mesa para se obter determinadas incidências, contando também com uma

estativa (aparelho vertical, para exames em ortostática).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONTRAGER K.L. Tratado de técnica radiológica e base anatômica 3 edição, Ed. Guanabara

Koogan Rio de Janeiro 1996.

E – Anatomy, imagens radiológicas, www. Eanatomy.com

WOLKOFF A.G. Dicionário ilustrado de termos médicos e saúde.Ed. Rideel, São Paulo 2005

NOVELINE R.A. Fundamentos de radiologia de Squire. 5 edição Porto Alegre Ed. Artes

médicas sul Ltda 1999.

Agradecimentos

Agradecemos a toda equipe do Colégio Técnico São Bento e em especial ao Professor João

de Farias Filho que participou da revisão desta apostila.