Coletânea de histórias da minha escola

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E B de Recarei Agrupamento de Escolas de Milanjo Ano letivo de 2013/2014

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E B de Recarei

Agrupamento de Escolas de Milanjo Ano letivo de 2013/2014

Page 2: Coletânea de histórias da minha escola

Ficha Técnica

Título

Coordenação

Lurdes Gonçalves

Manuel Moura

Colaboração no projeto

Idalina Cardoso

Licínia

La Salete

Madalena Pereira

Maria Augusta Fonseca

Orlanda Félix

Bernardete Susana Amorim

Elsa Moreira

Margarida Rodrigues

Sílvia Barbosa

Maria Emanuel Gonçalves

Isabel Cepeda

Paula Cunha

Rosário Queirós

Capa

Rosário Queirós

Arranjo gráfico

Rosário Queirós

Impressão e acabamentos

Rosário Queirós

Page 3: Coletânea de histórias da minha escola

SUMÁRIO Página

A Primavera

Texto – 1º A

Ilustração – 1º A

4

A Princesa de Cabelos de Ouro

Texto – 1º B

Ilustração – 1º B

5

O caminho da amizade

Texto – 2º A

Ilustração – 2º A

7

Unidos pela floresta

Texto – 2º B

Ilustração – grupo 2 pré-escolar

8

Travessuras dos animais

Texto – 2º C

Ilustração – 2º C

9

A amizade

Texto – 3º A

Ilustração – grupo 1 pré-escolar

10

A maldição do Rei da Escuridão

Texto – 3º B

Ilustração – 3º B

11

A estrelinha XY

Texto – 3º C

Ilustração – 3º C

13

As cores

Texto – 4º A

Ilustração – grupo 4 pré-escolar

14

Aquecimento medieval

Texto – 4º B

Ilustração – 4º B

15

O tesouro de chocolate

Texto – 4º C

Ilustração – grupo 3 pré-escolar

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Page 4: Coletânea de histórias da minha escola

PREFÁCIO

Não tenho muito o que escrever aqui, porque os textos que vêm a seguir

explicam, e se explicam, muito bem, mas quero deixar o testemunho de que há

algo de muito bom, que nos está a acontecer.

Há uma nova luz, um caminho aberto, uma nova forma de interação entre nós

e estes seres lindos que são as nossas crianças. Elas, com a sua subtileza,

induzem – nos ao diálogo, à verdade e à reflexão.

Crianças que com os seus olhos nos mostram a transparência da alma, nos

inquirem sobre os porquês das histórias e das atitudes dos personagens, dão

sugestões e não aceitam o que não compreendem.

Temos de subir os degraus com eles ou ficaremos estagnados. Arriscamos a

perder a oportunidade da evolução, da parceria na busca do conhecimento.

Escrever com e para as crianças, pensando nelas, faz-nos sentir crianças que,

ao lerem, sonham e, ao fazê-lo, libertam toda a magia e o encanto da

imaginação.

Mas, para nós adultos, enquanto existirem crianças no mundo, haverá sempre

algo que teremos de aprender ou reaprender! Se “as crianças são pássaros

…”, nada para elas é impossível e tudo é mágico e simples.

E nós, o que estamos a fazer com as nossas “asas”? As asas da imaginação,

do amor, da bondade e do carinho?

Bem, espero que todos nós percebamos a verdadeira importância destes

“pequenos pássaros” que, todos os dias, com seus improvisos, nos ensinam

que, para voar, basta querer!

Professora Marília Ribeiro

Page 5: Coletânea de histórias da minha escola

A Primavera

Acordo com o cantar dos pássaros,

É primavera com certeza,

Pois moro rodeado

De uma bela Natureza!

Com o sol a bater na vidraça

Dá mais gosto ir para a escola.

Aprender coisas novas,

Cá estou eu com a minha sacola!

Os dias são maiores,

As flores brotam no jardim.

Mas não se deixem enganar,

Que a chuva também faz ping, ping, ping!

Felizes lá vão as crianças

Percorrendo o caminho da escola,

Enquanto, outras se perdem

Na brincadeira com a bola.

Page 6: Coletânea de histórias da minha escola

A Princesa de Cabelos de Ouro

Num reino muito, muito distante vivia a Princesa Camila que tinha uns

lindos cabelos loiros, tão loiros que pareciam de oiro.

Camila era uma menina de sete anos, era magra, alta, tinha os olhos

verdes e os cabelos eram enormes e aos caracóis. A Princesa era muito

carinhosa, simpática, amiga de todos, especialmente das crianças pobres que

viviam na aldeia.

Ela vivia com o rei e a rainha no palácio. Mas, a Princesa não gostava

de estar no palácio, porque não tinha amigos para brincar. Ela preferia passar

pelo bosque com a sua aia e brincar com as crianças da aldeia. Ela adorava

correr, saltar pelos montes sentir o vento e a frescura da natureza!

O tempo passou e a Princesa ficou uma linda jovem! Com o tempo descobriu

que os seus cabelos eram mesmo de ouro, ouro verdadeiro, eram tão

doirados e brilhantes que não passavam despercebidos! Uma verdadeira joia!

Então, ela decidiu começar a ajudar os pobres. “Como poderei eu ter tamanha

fortuna comigo própria e não partilhá-la com quem mais precisa? Se esta

bênção me foi dada, terei de dividi-la com os outros!” – pensava a Princesa

Camila.

Assim, procurava as famílias mais pobres do reino e cortava fios de

cabelo para lhes dar. Ajudava quem não tinha casa nem abrigo, quem não

tinha o que comer e também os velhinhos que não tinham companhia!

Como a princesa era muito bondosa ficou conhecida em todo o reino.

Todos a conheciam como Princesa de Cabelos de Oiro, as pessoas boas e as

pessoas más. E certo dia, um mago, muito maldoso, resolveu raptar a Princesa

para lhe cortar o cabelo. Mas, na verdade, não conseguiu o que tanto desejava,

o ouro, porque ao cortar-lhe o cabelo, este transformou-se em cabelo normal.

Então, o mago maldoso decidiu libertar a Princesa, pois não tardava, os

guardas do rei batiam-lhe à porta.

Durante o seu desaparecimento, todos na aldeia choravam e

procuravam pela Princesa Camila. Até que ela chegou ao castelo sã e salva.

Ela contou ao rei e à rainha o que se tinha passado e os seus pais

contaram-lhe que apenas ela poderia cortar os seus cabelos de ouro, para que

eles se mantivessem de ouro puro e verdadeiro.

Page 7: Coletânea de histórias da minha escola

A Princesa Camila continuou com os seus lindos cabelos de ouro e

continuou a ajudar as pessoas.

A Princesa Camila continuou com os seus lindos cabelos de ouro e

continuou a ajudar as pessoas.

A Princesa Camila era adorada e amada por todos e a linda princesa era

uma verdadeira Princesa de Ouro!

Page 8: Coletânea de histórias da minha escola

O caminho da amizade

Caminham os petizes

Na amizade singela

Uns animados outros felizes

A cantarolar, vão subindo a viela.

Sonham de olhos abertos

Alcançar um reino perfeito

Onde fiquem a coberto

De um rei sem defeito.

Nesse mundo distante

Sem tristeza nem dor

Haverá gente elegante

Que os receberá com uma flor.

Lá chegados finalmente

Olhando-se com largos sorrisos

Saberão eternamente

Como de facto são amigos.

Page 9: Coletânea de histórias da minha escola

Unidos pela Floresta

Beatriz é uma menina muito esperta e muito amiga do Ambiente. Ela sabe que

o Planeta está triste porque os homens o estão a destruir. No verão houve um

grande incêndio no monte que rodeia a aldeia e o verde das árvores quase

desapareceu…

Uma manhã, ao olhar aquela paisagem tão triste, Beatriz teve uma ideia:

- Vou falar com os meus amigos e com a professora! Vamos plantar muitas

árvores no recreio da escola e nos montes e jardins da aldeia!

Pegou num sobreiro pequenino que tinha num vaso.

- Esta vai ser a nossa primeira oferta ao Ambiente!

Quando chegou à sala de aula, apresentou ao 2º B a sua ideia.

- Beatriz, essa ideia é fantástica! – disse a professora Margarida - Podemos

apresentá-la a todas as salas e a toda a aldeia. Como é que podemos fazer

isso?

- Fazemos cartazes! – disse o Rodrigo disse muito depressa.

- Usamos o nosso blogue!-acrescentou a Sara- E fazemos folhetos!

- Estamos no outono, é uma boa altura para recolher sementes!- disse a

Beatriz - Este sobreiro nasceu de uma bolota que eu e o meu pai apanhámos.

No meu quintal tenho uns sobreiros e uns carvalhos que deixaram cair muitas

bolotas! Podemos recolhê-las e usamos pacotes de leite para fazer um viveiro.

- Óptima ideia! – disse a professora- Depois é só escolher o local e plantar

essas árvores na primavera.

- Mas são muito pequenas!- disse o David.

- Sim, mas vão crescer!- disse a Alice - Daqui a uns anos, teremos uma grande

floresta!

A turma meteu mãos à obra! Um grupo tratou dos cartazes e outro dos

folhetos. A professora ajudou os restantes alunos a apresentar o projeto no

blogue. No sábado seguinte, toda a aldeia se reuniu na escola para iniciar o

trabalho. Criaram um enorme viveiro! Agora é só regar e esperar pela

primavera para a próxima tarefa.

Daqui a uns anos, quando a Beatriz for à janela, vai ver uma mancha verde

pintada por todos aqueles que se uniram pela Floresta!

Page 10: Coletânea de histórias da minha escola

Travessuras dos

Tra la la la la

Tra la la la la

Vai pra lá

Vem pra cá

Miau miau miau

Faz o gato ao carapau

Ão ão ão

Faz o cão ao passarão

O lindo gatinho

Que anda atrás do carapau,

Tem garras, é peludinho

Miau, miau miau

Miau, miau miau

O lindo cãozinho

Que anda às gatas, como um cão

Tem patas, é mimadinho

Ão ão ão

Ão ão ão

Saiu da gaiola

Como um cuco o papagaio

Cumprimentou D. Rola

Palrou com o gaio

animais

Gatinho peludo

Cãozinho bem animado

Vão atrás do papagaio

Porém encontram um gaio

O lindo gatinho

Que anda atrás do carapau

Adora comer queijinho

Miau, miau miau

Miau, miau miau

O lindo cãozinho

Que anda atrás do passarão

Aprecia um bom ossinho

Ão ão ão

Ão ão ão

Tra la la la la

Tra la la la la

Vai pra lá

Vem pra cá

Miau miau miau

Faz o gato ao carapau

Ão ão ão

Faz o cão ao passarão.

Page 11: Coletânea de histórias da minha escola

A Amizade

Ouviam-se os cucos a cantar no bosque situado perto da vila. Os pássaros

esvoaçavam por entre a folhagem verdejante das copas das árvores. O sol acariciava

as flores que dançavam suavemente ao som da brisa que passava.

Junto ao átrio da igreja brincava uma menina à sombra de uma tília.

Margarida tinha o nome de uma flor, mas não era uma flor! Era uma linda

menina, igual a tantas meninas…

Brincava, cantava e até dançava como todos os meninos da sua idade.

Mas, Margarida, deslocava-se de uma maneira diferente dos outros seus amigos. Ela

precisava de uma cadeira de rodas para andar!

Todos os seus amigos gostavam de a ajudar!!

Era sempre uma festa quando se juntavam para fazer corridas, jogar à caça-

caça, à cabra-cega e, até mesmo, andebol !

Neste grupo de amigos vivia-se o verdadeiro sentido da palavra AMIZADE,

tudo girava à volta da felicidade de todos os meninos do grupo.

Naquela manhã, o átrio da igreja estava vazio… O silêncio inundava o espaço habitual

das brincadeiras. Margarida não estava debaixo da tília. Os meninos não corriam nem

saltavam com risos alegres. Até os pássaros, nos ramos das árvores, estranhavam!

Margarida estava doente e, por isso, ninguém brincava! Naquele dia, tinha ido

ao hospital para ser operada ao problema que a impedia de andar…

Os amigos, sentados debaixo da tília, esperavam ansiosamente por notícias da

amiga… O silêncio era quebrado pelo sino que entoava as horas na sua triste canção.

De repente, a Srª Dina, dona do café e companheira das intermináveis quedas

e arranhões provocadas pelas brincadeiras, aproximou-se e, vendo-os tão cabisbaixos

olhou-os meigamente e, com doces palavras, disse-lhes para se alegrarem pois, a sua

amiga, brevemente, regressaria a casa. A operação tinha sido um sucesso!!

Refrescados por uns saborosos gelados que a senhora oferecera, os olhos

daquelas crianças iluminaram-se e as suas caritas espelharam a alegria própria de

quem sofria e precisava de um miminho, de um consolo!

Margarida iria poder correr, saltar, pular enfim, brincar livremente…

Naquele dia, em que o sol brilhava no imenso céu azul, em que os pássaros

dançavam ao som do riso das crianças, em que as rãs coaxavam alegremente nos

seus lagos, Margarida, finalmente, saltou, pulou, correu e brincou com os amigos de

sempre, livremente.

O átrio da igreja daquela vila continuou a ser o palco das muitas brincadeiras

daquele grupo de amigos, onde, ainda hoje, o verdadeiro sentido da palavra AMIZADE

prevalece nos seus corações!

Page 12: Coletânea de histórias da minha escola

A Maldição do Rei da Escuridão

Numa noite quente de verão, uma tempestade aproximou-se da Aldeia

das Flores. O vento era violento, a chuva era forte, o céu iluminava-se com

relâmpagos estrondosos e na aldeia todos os habitantes estavam assustados.

Ninguém sabia o que estava a ocorrer.

No dia seguinte, a aldeia acordou sem cor e com uma imensa tristeza

instalada. Os moradores da encantada aldeia encontravam-se desorientados e

não sabiam a razão de tal acontecimento. Mas algo de muito estranho estava a

acontecer.

Nessa manhã, quando Serafim acordou deparou-se com os tons

cinzentos do seu quarto e dirigiu-se para o exterior da sua casa, para se

certificar do que estava a acontecer. Mal abriu a porta da sua casa começou a

espirrar incessantemente bolas de sabão incolores. O rapaz ficou muito

preocupado e como era muito corajoso e valente decidiu investigar a razão

deste fenómeno.

Serafim dirigiu-se para a floresta em busca de uma resposta. Quando

passava junto a uma linda catarata reparou que existia uma entrada

subterrânea que lhe suscitara curiosidade. Então decidiu entrar para ver o seu

interior e deparou-se com um Ogre Gigante sentado junto a uma lagoa. Ogre

olhava tristemente para o seu reflexo na água cristalina e as lágrimas corriam-

-lhe pela cara.

O rapaz aproximou-se do Ogre e perguntou-lhe:

- Amigo Ogre porque estás triste e a chorar?

- Olá! A minha cor desapareceu e a minha vida é uma escuridão. O Rei

da Escuridão é mau e está a destruir a beleza da Natureza.

- O quê? Foi aquele malvado que tirou a cor à minha aldeia. Refutou o

rapaz.

Ogre olhou para trás e viu que o menino também estava sem cor e a sua

expressão facial revelava tristeza e dor, assim dirigiu-se para o rapaz e disse-

lhe:

- Temos de ir ao Castelo do Rei da Escuridão e recuperar a bola

colorida, só desta forma a cor voltará à Natureza.

Page 13: Coletânea de histórias da minha escola

Ao anoitecer, Serafim e o Ogre caminharam em direção ao castelo e

enquanto o Rei dormia o seu sono profundo retiraram a bola colorida que se

encontrava dentro de um frasco de cristal. Correram velozmente para longe do

castelo e quando chegaram à floresta Serafim decidiu abrir a bola colorida.

Os dois amigos colocaram-se junto a uma linda magnólia e abriram a

bola colorida. Rapidamente tudo ficou maravilhosamente cheio de cor e vida. A

aldeia e a floresta voltaram a brilhar de felicidade e cor, a alegria e o sorriso

regressaram aos rostos dos habitantes e animais da aldeia.

Page 14: Coletânea de histórias da minha escola

A estrelinha XY

Numa noite de luar, estava eu a comtemplar as estrelas brilhantes tão

admirado que por momentos parecia que sonhava acordado e viajava por esse

Universo fora.

Subitamente alguém me chama:

- Pssi!...Sss! Acorda! Não precisas de viajar dessa forma pelo Universo!

Eu já fiz inúmeras viagens e conheço galáxias, constelações e Seres que nem

imaginas…

Eu olhava à minha volta e não via ninguém. Então perguntei assustado:

- Onde estás? Quem és tu?

- Olha para cima! Não me vês? – Respondeu uma voz.

- Estou a olhar! Mas não te vejo! – Respondi já um pouco assustado.

- Olha para o céu, mais atentamente! Eu sou a estrela mais brilhante!

Tenho que te fazer a papinha toda? Vê como eu pisco! – Afirmou a estrela.

- Ah! Já te estou a ver! És uma estrela! Estás perto da Lua. – Declarei

muito surpreendido e então respondi-lhe:

- Não sabia que as estelas falavam! Nem que eram tão resmungonas.

- Eu sou a estrelinha XY. E sou mesmo brilhante! – disse a estrelinha já

um pouco incomodada!

- Já agora, eu sou o Tiago! E gostava muito de te conhecer melhor e

ouvir algumas das tuas aventuras que viveste.

Ela respondeu-me muito entusiasmada:

- Ainda hoje te vou contar uma aventura que vivi num planeta perto do

teu, Marte!

Eu escutei com tanta atenção e fascínio a estrelinha XY, que nem dei

pelo tempo passar! Foi então que ouvi a minha mãe a chamar-me:

- Tiago! Tiago! Anda para casa! A noite está fria. Anda filho!

Se quiserem e amanhã conto-vos a aventura da estrelinha XY, mas têm

de me prometer que não contam a ninguém!

Esta é a aventura que o 3º C da E.B. de Recarei tinha para vos contar.

Page 15: Coletânea de histórias da minha escola

As cores

Rosa é dos vestidos

Vermelho dos ramos floridos

Verde dos campos verdejantes

Amarelo dos raios de sol brilhantes

Azul é do mar

E o arco-íris põe-me a sonhar!

Violeta é das amoras

Aquelas doces que tu adoras

Também nas papoilas há-de ficar bem

Crescem no rio Tejo na cidade de Belém!

Dourado é das pulseiras

Que são lindas de várias maneiras

Andam nos braços das meninas

Para torná-las bonitinhas.

Azul é o vento

Nas correntes de verão

Aligeira o pensamento

E aquece o coração.

Branca é a Lua

Que nos faz sonhar

A noite é toda tua

Coberta pelo luar.

O arco-íris é lindo

Tem sete cores esvoaçantes

Com elas eu pinto

Lindas flores brilhantes!

Page 16: Coletânea de histórias da minha escola

Aquecimento medieval

No início do séc. XV, época medieval, o Rei Artur que morava num

imponente castelo, na floresta Encantada, andava a passear pelas suas

propriedades e foi surpreendido por um Dragão. Esse dragão era gigante e o mais

maléfico da sua espécie. Assim que o viu o rei tentou escapar à sua fúria.

Depois de ter conseguido fugir foi procurar o cavaleiro mais valente do seu

Reino, mais conhecido por “ Cavaleiro Invisível”, porque era tão rápido que

ninguém o conseguia ver. Enquanto não o encontrava, o Dragão ultrapassou as

muralhas e invadiu o castelo, lançando bolas de fogo e incendiando tudo por onde

passava. O Dragão já estava prestes a atingir o Rei, mas o cavaleiro gritou:

- Cuidado excelência! À sua esquerda!

O rei desviou-se e o cavaleiro num golpe de coragem atirou a espada,

atingindo-o diretamente na perna para o imobilizar. Durante algum tempo o Dragão

esteve adormecido e isso permitiu que os guardas o acorrentassem. Quando o

Dragão acordou e ficou furioso, e exclamou:

- Isto não fica assim, quando eu me conseguir libertar vão ver até onde

chega a minha fúria!

Fez várias tentativas, mas não conseguiu soltar-se. Como estava muito

zangado deitou muito fogo pela boca. Aí o rei Artur teve uma ideia luminosa:

- Porque não rentabilizar o fogo que sai da boca do dragão? Pode servir de

aquecimento do castelo.

Ao fim de algumas horas, o Dragão acalmou e o Rei Artur contou – lhe a

sua ideia, ficar no castelo e ser uma fonte de calor. O dragão concordou com a

condição de receber algo em troca. Chegaram a acordo e redigiram o contrato,

que estabelecia que o dragão fornecia o calor e o rei deixava – o visitar a família

sempre que o pretendesse.

Page 17: Coletânea de histórias da minha escola

O Tesouro de Chocolate

Tinham acabado as aulas. Muito cansados, felizes e ansiosos, os meninos da

Escola Básica de Recarei tinham por hábito fazer praia com a sua família, em Agosto.

- Chegou o dia! – disse a Ana.

Bem cedinho a menina aprontou as suas coisas e ajudou a mãe a preparar o

farnel e partiram para a praia dos Beijinhos.

Qual o espanto da Ana, quando chegou à praia olhou à sua volta e viu os seus

colegas de escola: o Rafael, o Marco, a Adriana, a Rita, o Francisco Alexandre, a

Joana e a Sónia. Todos ficaram admirados e felizes por estarem novamente todos

juntos e poderem brincar. Resolveram entre eles fazer uma aventura naquela praia.

O Rafael deu a ideia de brincarem aos piratas e todos concordaram de

imediato. Como não tinham barco para navegar pediram ao nadador-salvador se os

levava a passear de barco. Ele ficou sem jeito e não teve coragem de recusar esse

pedido. Partiram então para essa aventura. Lá, ao longe, avistaram uma pequena ilha

e ficaram curiosos em saber o que lá se passava.

- Olhem, olhem, está ali outro barco! – disse a Ana.

- E se fôssemos ver se está lá alguém? - sugeriu o Marco.

- Podemos ir, mas o Francisco Alexandre tem medo! – disse o nadador-

salvador.

Continuaram a sua aventura e foram à descoberta.

- Venham ver, venham ver! Encontrei aqui muitas espadas! – gritou a Joana.

- Olhem, olhem, eu achei um baú com muito ouro! – disse a Sónia.

- Não posso acreditar, eu encontrei um mapa dos piratas! – falou a Rita, já um

pouco mais longe.

- E eu, e eu, tenho aqui um tesouro! – afirmou o Marco.

- E agora, o que vamos fazer com tudo isto? – perguntou o Rafael.

- Podíamos levar tudo para o nosso barco! - sugeriu o Francisco.

- Boa ideia, responderam todos ao mesmo tempo.

- Vamos, vamos, não podemos perder mais tempo! – disse o Marco.

Com tudo o que descobriram regressaram ao barco e levaram para terra

mostrando o que encontraram aos seus pais. Estes, por sua vez, já estavam muito

preocupados com a demora dos filhos.

- Já estou a ficar aflita com a demora da minha filha. – disse a mãe da Ana.

- Também eu. O que será que aconteceu? – falou o pai do Rafael.

Page 18: Coletânea de histórias da minha escola

- Há tanto tempo que saíram daqui e ainda não voltaram! – exclamou o pai da

Sónia.

- Vamos ter com o nadador-salvador? – sugeriu o pai da Rita.

- É isso mesmo. Vamos. – disse a mãe do Francisco.

Assim, começaram a ver ao longe um barco com vários tripulantes piratas.

- Olhem, olhem, vem ali um barco! – disse a mãe da Ana.

- Eu também estou a ver e parece que traz piratas! – falou a mãe do Marco.

- Mas…, esperem lá. Nunca vi piratas por aqui! – afirmou a avó da Sónia.

- Esperem, esperem! Aqueles piratas parecem pequeninos! – disse a mãe da

Joana.

- Ah! Eu estou a ver um chapéu igual ao do meu Rafael. – disse a mãe.

- Olhem, olhem parece que nos estão a acenar! Será que nos conhecem? –

perguntou a mãe do Marco.

- Não posso acreditar! – É o meu filho! – admirou-se a mãe do Francisco.

- Não é só o seu filho, são as nossas crianças! – exclamaram todos.

Rapidamente perceberam que eram os seus filhos porque deram sinais de

euforia. Logo que chegaram contaram a sua aventura e mostraram o que tinham

descoberto. Assim, os meninos propuseram aos familiares brincarem “À Procura do

Tesouro”!

- Boa ideia! - Mas como é que vamos brincar? – disse o pai do Marco.

- É fácil! Tu e a mãe do Rafael escondem o tesouro. E os outros pais vigiam o

barco. – disse a mãe da Adriana.

Passado algum tempo o tesouro foi enc ontrado e quando o abriram tudo era

reluzente aos seus olhos…

- Que maravilha! Estamos ricos, estamos ricos! – disse o Francisco.

- Vamos repartir as moedas de ouro por todos e comprar gelados para nos

refrescarmos! – disse a Sónia.

Todos concordaram, mas quando pegaram nas moedas…

- Olhem, o que é isto? Tenho as mãos todas sujas! – disse a Ana.

- E eu também. E cheira a chocolate. – afirmou a Adriana.

Então, nesse instante, todos sentiram o chocolate a derreter nas mãos. Era

tanto o entusiasmo que todos eles começaram a deliciar-se com ele.

- Hum! É tão bom! – exclamaram todos.

Já bem tarde, os pais chamaram-nos para o regresso a casa.

Cansados mas felizes, todos adoraram esta aventura.

Page 19: Coletânea de histórias da minha escola

Histórias da Nossa Escola

E B de Recarei

“Coletânea de histórias multidisciplinares resultante do trabalho

colaborativo entre o 1º Ciclo e a Educação Pré-escolar.”