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COLETÂNEA TEMÁTICA - SEQUÊNCIA DIDÁTICA TEMA Patrimônio sociocultural e diversidade no Brasil

Área/componentes Estudos da Sociedade e da Natureza, Língua Portuguesa e Matemática

Segmento Ensino Fundamental – Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos I e II

Duração

12 aulas

ESN: Eixo 4 - H41; H44; H64; H68; H69; H72

MAT: Eixo 1: H6, H9, H11 – Eixo 4: H 23, H27, H28 – Eixo 5: H30, H37, H38 - Eixo 6: H42, H46, H47, H48; LP: Eixo 1: H1, H2, H9 - Eixo 2: H10, H12, H13, H15 - Eixo 3: H18 - Eixo 4: H20, H22.

Objetivo:

Apresentar a diversidade cultural. Mostrar aspectos do universo cultural brasileiro. Recuperar e valorizar as tradições culturais, festividades e história da região, além dos

patrimônios históricos e artísticos.

Conteúdos:

ESN: Formação do povo brasileiro: Diversidade das etnias indígenas e afrodescendentes no Brasil; Formas de dominação e resistência das populações indígenas e dos negros escravizados e expoentes; Diferentes manifestações culturais (indígenas e afrodescendentes); Organização sociopolítica: quilombos; Religiosidade e religião. MAT: Cálculos envolvendo operações de adição e subtração, sistema monetário, cálculo mental, análise e interpretação de gráficos e tabelas, multiplicação, divisão por dois algarismos, agrupamentos. LP: LP: Leitura, produção e revisão de textos, informativos, sílabas tônicas, verbos no infinitivo.

Mapa Curricular:

ESN: Eixo 4 - Patrimônio sociocultural – Diversidade Plano de Ensino-Aprendizagem do ALFA - p. 60 a 67 Videoconferência de Estudos da Sociedade e da Natureza - Metodologia científica e da pesquisa como estratégia didática Podcast/Roteiro/Atividade - Diversidade cultural da sociedade brasileira e língua como fator de identidade cultural Coletânea de Projetos - Brasil plural – a riqueza da diversidade cultural Coletânea de Projetos - Construindo nossa identidade e valorizando nossos saberes Coletânea de Projetos - Do prato ao caderno Coletânea de Projetos - Muitos anos de vida Exercício online – ALFA II - Patrimônio sociocultural e diversidade Exercício online: Modo de vida de grupos sociais

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Reportagem - Os fluxos migratórios no Brasil (Migração, Cultura, Diversidade, Pluralidade,

Geografia)

Imagens - Teatro Amazonas (Patrimônio Cultural)

Imagens - Catedral Notre Dame

Livros - Cultura - Um Conceito Antropológico

Livros - O livro das religiões (Religião, Cultura)

Sites - Centro Cultural dos Cordelistas do Nordeste

Sites - 100 anos de xilogravura na literatura de cordel

Sites - My studios (Museu, Arte, Pintura)

Áudio - Canta Cantos (Água, Placas tectônicas, Favela, Cultura)

Materiais e recursos:

Coletâneas, Viver, Aprender e Tecendo Saber: Módulos, Capítulos e páginas dos livros das Coletâneas onde localizam-se a temática em discussão:

Módulos

Capítulos

Páginas Livro do Professor LP

Páginas Livro de leitura e reflexão LLR

Páginas Livro de atividades e criação LAC

Viver, Aprender- Alfabetização

3- Patrimônio cultural Brasileiro.

Lição 18 a 22 – p. 106, 115

-

Livro do aluno - Lição 18 a 22 p: 105 a 150

Módulo 1 12- Arte e cultura brasileira – Festas e jogos populares do Brasil.

p. 134 a 141

p. 111 a 120

p. 129 a 138

Módulo 2 04- Sociodiversidade -Formação do povo brasileiro - Brasil um País multiétnico. 05- Sociodiversidade Populações indígenas no Brasil – Indígenas e colonizadores: Diferentes olhares. 06- A presença africana no Brasil. 16- A Arte popular brasileira.

p. 72 a 79 p. 80 a 87 p. 88 a 96 p. 172 a 180

p. 43 a 55 p. 56 a 64 p. 65 a 76 p. 170 a 179

p. 41 a 51 p. 52 a 60 p. 61 a 69

Módulo 3 12- Contribuições da cultura africana no Brasil. 16- Religião e religiosidade.

p. 129 a 136 p. 163 a 168

p. 131 a 142 p. 177 a 187

p. 116 a 123 p. 154 a 161

Módulo 4 02- A formação socioterritorial brasileira.

p. 48 a 55

p. 22 a 48

p.19 a 29 p. 159 a 170

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16- Comunicação popular à brasileira

p. 178 a 187

p. 207 a 220

Vídeo: Coletânea Tecendo Saber

Módulos

Capítulos

Episódios

Módulo 1 DVD 2

12- - Casamento na roça - Festas e jogos populares do Brasil. 12

Módulo 2 DVD 1

04- Cores e sotaque – Brasil: um País multiétnico. 05- Índio quer respeito – Indígenas e colonizadores: Diferentes olhares. 06- Questão de pele - A presença africana no Brasil.

04 05

06

Módulo 2 DVD 2

16- A renda que dá renda - A arte popular brasileira. 16

Módulo 3 DVD 2

12- Hoje é dia de Zumbi - Contribuições da cultura africana no Brasil. 16- Andar com fé - Religião e religiosidade.

12

16

Módulo 4 DVD 1 DVD 2

02- Madame Litz - A formação socioterritorial brasileira. 16- Começar de novo - Comunicação popular à brasileira.

02 16

Cópia das atividades propostas para resolução das atividades e cadernos de anotações.

Lápis, caderno ou folha sulfite. Computadores com acesso à internet.

Introdução: Patrimônio sociocultural e diversidade no Brasil

De acordo com os PCN's - Parâmetros Curriculares Nacionais - a diversidade corresponde às características étnicas e culturais dos diferentes grupos sociais. O aspecto que interessa na discussão sobre os PCN's é o tema transversal sobre a pluralidade cultural, que é um "patrimônio sociocultural" do nosso país, e que deve ser reconhecido e valorizado, pois se constitui como marca da identidade nacional, adquirida por meio de sua construção histórica. A perspectiva de grupos sociais componentes de uma coletividade é norteada por um princípio de cidadania igualitária (equidade), que traz a proposta de ações afirmativas. Nesse sentido, adotando uma perspectiva interdisciplinar, exige-se saberes específicos e variados em sua abordagem da pluralidade cultural. No âmbito escolar, os conhecimentos dos fundamentos éticos, jurídicos, históricos e geográficos, sociológicos, antropológicos, populacionais, psicológicos, pedagógicos e domínio de linguagens podem contribuir para o estudo. A História dedica-se a questões locais, regionais, nacionais e mundiais, recuperando as diferenças e semelhanças entre culturas, modos de viver, de pensar, de fazer e heranças legadas por gerações. Valorizam-se nos estudos históricos a sua capacidade de lidar com intercâmbio de ideias, com diferentes fontes e linguagens e com explicações variadas sobre o mesmo acontecimento. Espera-se que a História estimule a formação do diálogo, pela troca, pela construção de relação entre o presente e o passado e pelo estudo das representações. A cultura ora aparece como produto das relações socais na História, ora aparece como

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produto das relações de poder, envolvendo um processo permanente de reformulação e resistência. A pluralidade cultural constitui-se uma perspectiva de ensino guiada por objetivos, tais como: conhecer a diversidade; compreender a memória como construção coletiva; valorizar e reconhecer as culturas nacionais; repudiar e ser solidários aos que sofrem discriminação; e compreender a desigualdade social como um problema coletivo valorizando o convívio pacífico com todos. [...] O mundo é feito de relações e compreendê-las é uma tarefa difícil; em vez de reconhecer e valorizar a pluralidade cultural, como propõem os PCN's, pode-se tentar compreendê-la, não para torná-la menos plural, mas para tornar visíveis as relações historicamente construídas entre indivíduos e grupos, cujas fronteiras são sempre incertas. [...] O Patrimônio Cultural pode ser definido como um bem (ou bens) de natureza material e imaterial considerado importante para a identidade da sociedade brasileira. Segundo artigo 216 da Constituição Federal, configuram patrimônio “as formas de expressão; os modos de criar; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; além de conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.” No Brasil, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é responsável por promover e coordenar o processo de preservação e valorização do Patrimônio Cultural Brasileiro, em suas dimensões material e imaterial. Os bens culturais imateriais estão relacionados aos saberes, às habilidades, às crenças, às práticas, ao modo de ser das pessoas. Desta forma podem ser considerados bens imateriais: conhecimentos enraizados no cotidiano das comunidades; manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas; rituais e festas que marcam a vivência coletiva da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social; além de mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e se reproduzem práticas culturais. Na lista de bens imateriais brasileiros estão a festa do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a Feira de Caruaru, o Frevo, a capoeira, o modo artesanal de fazer Queijo de Minas e as matrizes do Samba no Rio de Janeiro. O patrimônio material é formado por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles estão divididos em bens imóveis – núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais – e móveis – coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos. Entre os bens materiais brasileiros estão os conjuntos arquitetônicos de cidades como Ouro Preto (MG), Paraty (RJ), Olinda (PE) e São Luís (MA) ou paisagísticos, como Lençóis (BA), Serra do Curral (Belo Horizonte), Grutas do Lago Azul e de Nossa Senhora Aparecida (Bonito, MS) e o Corcovado (Rio de Janeiro).

Bibliografia Consultada: GONTIJO, Rebeca. Identidade nacional e ensino de História: a diversidade como 'patrimônio sociocultural'. In: Martha Abreu; Rachel Soihet. (Orgs.). Ensino de História: conceitos, temáticas, metodologia. Rio de Janeiro: Casa da Palavra,2003, p.53-79.

Cultura Material e imaterial; patrimônio e diversidade cultural no Brasil- Disponível em: <https://centraldefavoritos.wordpress.com/2014/03/13/cultura-material-e-imaterial-patrimonio-e-diversidade-

cultural-no-brasil/>. Acesso em: 19 de out. 2015. 09h39min.

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Desenvolvimento: A sequência de atividades a seguir poderá auxiliá-lo no aprofundamento e aprendizagem sobre a temática Patrimônio sociocultural e diversidade no Brasil: a formação socioterritorial brasileira; diversidade étnica (indígenas, colonizadores, afrodescendentes e imigrantes) e suas influências culturais (manifestações artísticas, tradições, festejos, jeitos e modos de falar bem como a sabedoria popular); estudo de algumas tradições locais, mas sem abarcar cada localidade do Brasil, e valorização do repertório nacional desencadeadas nas Coletâneas Viver, Aprender – Alfabetização e Tecendo Saber.

Educador: amplie as atividades, a leitura dos textos propostos nos módulos das Coletâneas Viver, Aprender (Alfabetização) e “Tecendo Saber”, livros e vídeos dos módulos 1, 2, 3 e 4 e vídeos. Utilize também os recursos do Portal EJ@ para mobilização, problematização e sistematização do tema. Para maiores detalhes observe as tabelas indicadas no campo “Materiais e recursos necessários”, desta sequência. A sequência a seguir não está programada por aulas, você poderá planejá-la de acordo com o seu foco e necessidades dos seus alunos. Indicamos as atividades para o ALFA II, porém algumas sugestões podem ser realizadas também com o ALFA I.

Apresentamos algumas sugestões: Explorando o tema, mobilizando e levantando conhecimentos prévios:

Traga para a sala de aula algumas imagens de lugares preservados pelo patrimônio

histórico cultural (sugestões - anexo 1). Questione os alunos sobre o que essas imagens significam e por que elas são

importantes para o nosso país. Reserve as imagens para ampliar esse trabalho posteriormente.

Dialogue sobre o tema que será trabalhado nas aulas que seguem. Resgate e amplie com os alunos os conceitos de patrimônio cultural, diversidade,

preservação, bens materiais e imateriais. Faça o registro coletivo em um painel para fixar no mural da sala. (Anexo 2).

Faça a correção e elabore uma breve síntese coletiva. Peça que os alunos anotem; à medida que as atividades se desenvolvem os registros podem ser acrescidos com as novas informações.

Preservação e Patrimônios da Humanidade

Educador: ao trabalhar os conceitos de preservação, patrimônio cultural e diversidade enfatize a importância desses para o exercício da cidadania. O resgate da memória é essencial para enxergarmo-nos enquanto sujeitos da nossa própria História bem como para evoluirmos precisamos conhecer nossas raízes.

Peça aos alunos que façam um levantamento e listem nomes de locais preservados ou tombados pelo patrimônio histórico/cultural, construções importantes, relevo e recursos naturais do bairro, da cidade onde moram ou mesmo na região e, depois,

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desenhem o que observaram. Proponha que, em grupos, organizem painéis contando um pouco da história e da geografia do local.

Retome as imagens do anexo 1 sobre locais preservados (você pode trazer/pesquisar outras imagens para ampliar as discussões)

Compare os dados coletados nas listas e painéis e problematize questionando os alunos: Quais os tipos de materiais utilizados nas construções? Quais os principais dificuldades para conservar as construções/edificações no

Brasil? Por que elas são diferentes de um lugar para outro? Os lugares onde elas estão são semelhantes? A imagens apresentadas foram construídas todas na mesma época? O relevo desses lugares interfere no modo de vida dos moradores de cada cidade? Quais são os povos que influenciaram essas construções e na cultura do local?

Educador: instigue os alunos a pesquisar as respostas. Junto com eles, produza versões, relacionando a arquitetura com a economia, a sociedade, os costumes, o local e a época dos lugares, povos nativos e colonizadores.

Leia de forma compartilhada o texto (anexo 3 - Nove lugares muito especiais). Peça que os alunos pesquisem mais sobre o patrimônio histórico e cultural brasileiro.

Divida entre a turma os locais que cada um irá pesquisar. Sugestão de site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_do_Patrim%C3%B4nio_Mundial_no_Brasil .

Elabore um roteiro coletivo para a pesquisa. Sugestão: Localidade: Bem (material ou cultural): Localização geográfica: Inscrito em (data): Características: Influências (povos): Modo de vida atual nestas localidades: Histórico: Apresentar o patrimônio; Informações gerais sobre a localidade; Relevância para a comunidade da região; Apresentar o seu atual estado de conservação; Apresentar sugestão para a sua revitalização, caso seja necessário e benefícios

trazidos à comunidade.

Educador: nossa tendência é preservar aquilo a que se dá valor, portanto, chamar a atenção dos alunos para o patrimônio à sua volta, fazendo-os observar a cidade, suas ruas, praças e monumentos. Ter essa consciência cidadã é de extrema importância para a preservação e manutenção do processo histórico cultural.

Oriente os alunos que organizem as informações da pesquisa (de acordo com o

roteiro) em forma de cartazes, para a apresentação e exposição no mural da sala. Aproveite para explorar a elaboração de um cartaz (gênero).

Abra espaço para a apresentação e complementação.

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Aproveite para explorar a questão da preservação do patrimônio histórico e cultural. Ex.: apresente imagens de ambientes degradados como as seguintes:

(foto: www.valehistoricopaulista.com.br)

Vale Histórico Paulista – Serra da Bocaina, no Vale do Paraíba – uma das regiões mais ricas do país em meados do século 19. O período de opulência terminou quando o café se deslocou para o oeste de São Paulo, deixando para trás uma região economicamente decadente. […] A falta de conhecimento e de orientação técnica compromete a conservação dos imóveis, e o risco a que está exposto esse patrimônio vai se agravar ante outro problema: o Vale Histórico Paulista é considerado região de grande vulnerabilidade às mudanças climáticas por abrigar lugares com médias altas de precipitação e de umidade relativa do ar, além de registrar elevada intensidade de raios […]. Educador: as condições de conservação das edificações, boa manutenção, respeito aos materiais originais e isenção de intervenções apropriadas, são atitudes para evitar o problema da degradação. Um outro passo é qualificar o poder público local para orientação do cidadão na manutenção do patrimônio e estimular a educação patrimonial promovendo na população o sentimento de “pertencimento” para que se identifique com sua história e atue em prol da conservação de seu legado.

Solicite que os alunos observem, nos ambientes pesquisados, em sua região como está a questão da preservação e levantem ações de como podem contribuir para melhoria e preservação das localidades/ambientes. Faça um debate sobre o assunto.

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Cores, sotaque e tradições – Brasil: um País multiétnico

Para introduzir o tema e mobilizar os alunos você pode iniciar pelo Podcast/Roteiro/Atividade - Diversidade cultural da sociedade brasileira e língua como fator de identidade cultural

Observe as atividades sugeridas para o trabalho com o Podcasts e proponha a

resolução pelos alunos em duplas. Faça a correção e elabore uma breve síntese coletiva destacando o aprendizado. Peça que os alunos anotem as informações;

Assista o vídeo do Youtube - Depoimento de José Saramago em Língua Vidas em Português: https://www.youtube.com/watch?v=Y2Faw31EsZw

Faça uma reflexão por meio do vídeo de Saramago sobre, a língua enquanto um fator de identidade cultural. Explore as diferentes línguas e dialetos presentes no Brasil ao longo da História envolvendo indígenas, africanos e imigrantes e a Língua Portuguesa como fator de identidade cultural.

Educador: para aprofundamento de suas reflexões observe o trecho do texto a seguir: Podemos dizer que a construção da identidade de uma nação está vinculada a língua falada por este povo. A língua não é apenas um veículo de transmissão de informação, mas sobretudo, instrumento de poder. Em muitos momentos na história da humanidade, é possível observar o domínio de um grupo social sobre outros por meio da força bruta e imposição de sua língua. Isto acontece porque o modo como a língua é constituída e assumida por um povo revela seu modo de expressar e de conceber uma dada visão de mundo construída. Aquele que subjuga outros povos acaba por tentar regular mecanismos linguísticos expressivos da cultura oponente para ressignificar a realidade de outra forma, entretanto, observa-se a todo instante um movimento de resistência, fazendo com que a língua não permaneça imóvel diante dos falantes que as transformam. Sendo assim, a constituição de um idioma está vinculada às relações de poder entre as diversas instâncias sociais.

Disponível em: <http://200.17.141.110/periodicos/revista_forum_identidades/revistas/ARQ_FORUM_IND_4/SESSAO_L_FORU

M_Pg_83_90.pdf>. Acesso em: 26 out. 2015. 14h19min.

Abra um debate sobre a língua portuguesa falada nas diferentes regiões do Brasil.

Questione os alunos sobre essa questão. Sociodiversidade - Formação do povo brasileiro - Brasil um País multiétnico

Apresente o Vídeo:

Módulo Capítulo Episódio

Módulo 2 DVD 1

04- Cores e sotaque – Brasil: um País multiétnico.

04

Reserve um momento para discutir o assunto do vídeo e ampliar os registros

coletivos. Explore a questão da formação do povo brasileiro e as contribuições dos indígenas, africanos e imigrantes.

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Utilize os textos do módulo 2 e se considerar pertinente, nesse momento, realize as atividades proposta no livro de atividade e criação.

Módulo

Capítulo

Páginas Livro do Professor LP

Páginas Livro de leitura e reflexão LLR

Páginas Livro de atividades e criação LAC

Módulo 2 04- Sociodiversidade -Formação do povo brasileiro - Brasil um País multiétnico.

p. 72 a 79

p. 43 a 55

p. 41 a 51

Sobre as contribuições: indígenas, africanos e imigrantes: Indígenas:

Mobilize os alunos para o assunto utilizando o vídeo:

Módulo Capítulo Episódio

Módulo 2 DVD 1

05- índio quer respeito – Indígenas e colonizadores: Diferentes olhares.

05

Converse com os alunos observando a questão sobre a ótica do indígena e do

colonizador. A questão do desrespeito em relação a cultura dos indígenas. Para complementar peça que os alunos utilizem o livro de leitura e reflexão e realizem

as atividades propostas no livro de atividades e criação.

Módulo

Capítulo

Páginas Livro do Professor LP

Páginas Livro de leitura e reflexão LLR

Páginas Livro de atividades e criação LAC

Módulo 2 05- Sociodiversidade Populações indígenas no Brasil – Indígenas e colonizadores: Diferentes olhares.

p. 80 a 87

p. 56 a 64 p. 52 a 60

Africanos:

Apresente o vídeo:

Módulo Capítulo Episódio

Módulo 2 DVD 1

06- Questão de pele - A presença africana no Brasil 06

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Converse com os alunos sobre a forte presença africana no Brasil e sua influência na cultura, religião, culinária, arte, língua, dentre outros aspectos na formação do povo brasileiro.

Para complementar, peça que os alunos utilizem o livro de leitura e reflexão e realizem as atividades propostas no livro de atividades e criação.

Módulo

Capítulos

Páginas Livro do Professor LP

Páginas Livro de leitura e reflexão LLR

Páginas Livro de atividades e criação LAC

Módulo 2 06- A presença africana no Brasil 16- A Arte popular brasileira

p. 88 a 96 p. 172 a 180

p. 65 a 76 p. 170 a 179

p. 52 a 60 p. 61 a 69

Colonizadores/Imigrantes

Proponha que os alunos elaborem uma lista com nomes e dados de pessoas da comunidade ou mesmo deles próprios que são filhos ou netos de imigrantes que vieram para o Brasil com o propósito de estabelecer raízes.

Peça que compartilhem a lista e os relatos de experiências, bem como a importância dos diferentes povos na formação do povo brasileiro.

Faça um debate, para encerrar, sobre as contribuições dos indígenas, africanos e imigrantes em relação a nossa cultura geral, arte, língua, religião, costumes, tradições, culinária, festividades, dentre outros e registre as informações mais significativas com os alunos.

Educador: sistematize o assunto refletindo com os alunos sobre a cultura geral do Brasil.

[..] ela é uma síntese da influência dos vários povos e etnias que formaram o povo brasileiro. Não existe uma cultura brasileira perfeitamente homogênea, e sim um mosaico de diferentes vertentes culturais que formam, juntas, a cultura do Brasil. Naturalmente, após mais de três séculos de colonização portuguesa, a cultura do Brasil é, majoritariamente, de raiz lusitana. É justamente essa herança cultural lusa que compõe a unidade do Brasil: apesar do povo brasileiro ser um mosaico étnico, quase todos falam a mesma língua (o Português Brasileiro, além de muitas outras, principalmente indígenas ) e, quase todos, são cristãos, com largo predomínio de católicos. Esta igualdade linguística e religiosa é um fato raro para um país de grande tamanho como o Brasil, especialmente em comparação com os países do Velho Mundo.

As influências indígenas e africanas deixaram marcas no âmbito da música, da culinária, do folclore, do artesanato, dos caracteres emocionais e das festas populares do Brasil, assim como centenas de empréstimos à língua portuguesa (antes da chegada dos portugueses aqui era falado Tupi-guarani). É evidente que algumas regiões receberam maior contribuição desses povos: os estados do Norte têm forte influência das culturas indígenas, enquanto algumas regiões do Nordeste têm uma cultura bastante africanizada, sendo que, em outras, principalmente no sertão, há uma intensa e antiga mescla de caracteres lusitanos e indígenas, com menor participação africana.

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No Sul do país as influências de imigrantes italianos e alemães são evidentes, seja na língua, culinária, música e outros aspectos. Outras etnias, como os árabes, espanhóis, poloneses e japoneses contribuíram também para a cultura do Brasil, porém, de forma mais limitada.

Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_do_Brasil>. Acesso em: 27 out.2015. 10h20min.

Utilize para complementar/aprofundar o assunto os vídeos dos capítulos 02 e 03 bem

como as leituras e reflexões propostas no Livro de Leitura e Reflexão e atividades de criação:

Módulos Capítulos Episódios

Módulo 2 DVD 2

16- A renda que dá renda - A arte popular brasileira. 16

Módulo 3 DVD 2

12- Hoje é dia de Zumbi - Contribuições da cultura africana no Brasil. 16- Andar com fé - Religião e religiosidade.

12

16

Módulos

Capítulos

Páginas Livro do Professor LP

Páginas Livro de leitura e reflexão LLR

Páginas Livro de atividades e criação LAC

Módulo 2 16- A Arte popular brasileira. p. 172 a 180

170 a 179 p. 61 a 69

Módulo 3 12- Contribuições da cultura africana no Brasil. 16- Religião e religiosidade.

p. 129 a 136 p. 163 a 168

131 a 142 177 a 187

p. 116 a 123 p. 154 a 161

Faça uma síntese coletiva e peça que os alunos registrem as principais informações e

contribuições por meio das leituras e atividades realizadas. Festas e jogos populares – Influências e contribuições

Mobilize os alunos por meio do vídeo:

Módulo Capítulo Episódio

Módulo 1 DVD 2

12- - Casamento na roça - Festas e jogos populares do Brasil.

12

Dialogue com os alunos sobre as festas, danças e outras formas de expressão e arte

pressente na região. Peça que pesquisem a origem dessas e compartilhem com a turma.

Peça que os alunos realizem o Exercício online – ALFA II - Patrimônio sociocultural e diversidade. Faça a reflexão sobre as respostas e registre as informações significativas com os alunos.

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Educador: aprofunde bem os estudos do material “Tecendo Saber” e Viver, Aprender - Alfabetização ao planejar suas aulas e estabelecer a conexão entre as propostas dos livros e as sugestões apresentadas na sequência didática. Os textos e atividades das coletâneas podem ser utilizados para a sistematização dos conhecimentos ou mesmo como disparadores/mobilizadores para o assunto que será tratado na aula. Avaliação:

Nos debates, durante as análises, na produção e nas apresentações em forma de painéis e exposições, verifique se cada aluno compreendeu e utilizou adequadamente os conceitos abordados e soube analisar as informações levantadas. Atenção à participação individual e coletiva! Avalie a postura de cada aluno e destaque os aspectos que necessitam ser melhorados para uma ação efetivamente colaborativa no grupo. Por meio de representações (desenhos, painéis, dentre outras) verifique as dificuldades de cada estudante em relação à assimilação dos conceitos estudados.

Bibliografia consultada:

Material Didático: Coletâneas, Viver, Aprender Alfabetização e Tecendo Saber: Módulos 1, 2, 3 e 4

CARVALHO, José Ricardo. A construção da identidade de uma nação por meio da língua escrita e falada. Ano 2, (UFS). Volume 4 – p. 83-90 – jul-dez de 2008

NOVAIS Fernando A; SOUZA Laura de Mello e. História da Vida Privada no Brasil - Cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. (Volume 1)

NOVAIS Fernando A; ALENCASTRO, Luiz Felipe de. História da Vida Privada no Brasil - Império: a corte e a modernidade nacional. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. (Volume 2)

NOVAIS Fernando A; SEVCENKO, História da Vida Privada no Brasil - República: da Belle Époque à Era do Rádio. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. (Volume 3)

NOVAIS Fernando A; SCHWARCZ, Lilia Moritz. História da Vida Privada no Brasil - Contrastes da intimidade contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. (Volume 4).

IEPHA-MG. Diretrizes para educação patrimonial. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/61810921/Diretrizes-Para-Educacao-Patrimonial-1.

GRUNBERG, Evelina. Manual de atividades práticas de educação patrimonial. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, 2007. Disponível em:http://pt.scribd.com/doc/61810936/maualatividadespraticas-evelina.

PEAD. Vocabulário como reflexo da cultura. Disponível em: <http://www.pead.letras.ufrj.br/tema10/vocabuloreflexo.html>. Acesso em: 28 jan.

2005. UFG. Patrimônio cultural e educação patrimonial: artigos e resultados. Disponível

em: http://pt.scribd.com/doc/61810906/Patrimonio-Cultural-e-Educacao-Patrimonial-1

Sites de apoio: http://www.brasil.gov.br/cultura https://commons.wikimedia.org

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https://www.youtube.com/ http://www.historianet.com.br (Períodos da História e da História do Brasil) http://viagem.uol.com.br http://portaldoprofessor.mec.gov.br http://revistaescola.abril.com.br/ http://www.valehistoricopaulista.com.br https://pt.wikipedia.org/ Portal Corporativo Portal EJ@

Anexos 1, 2, 3 e 4 – Textos

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Anexo 1 – Imagens Patrimônio Histórico Cultural

O prédio do STF (Brasília DF) é considerado uma das obras-primas do arquiteto Oscar Niemeyer. Como todas as

construções que formam a Praça dos Três Poderes, integra a lista de itens que fazem de Brasília Patrimônio Cultural

da Humanidade.

Disponível em: <http://www.danielnoblog.com.br/?pg=968>. Acesso em: 23 out. 2015. 11h54min.

A cidade do Rio de Janeiro tornou-se a primeira do mundo a receber o título da Unesco de Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural Urbana. Jul/2012.

Disponível em: <http://www.danielnoblog.com.br/?pg=968>. Acesso em: 23 out. 2015. 11h58min.

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Igreja Barroca Nossa Senhora do Carmo- Olinda- PE. Disponível em: <http://www.matraqueando.com.br/olinda-patrimonio-historico-e-cultural>. Acesso em: 23 out.

2015. 12h02min.

“Teatro-amazonas" por Mona Trandum -

http://www.world66.com/southamerica/brazil/manaus/lib/gallery/showimage?pic=southamerica/brazil/manaus/te

atro_amazonas. Licenciado sob CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons –

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Teatro-amazonas.jpg#/media/File:Teatro-amazonas.jpg

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Vista da Cidade Alta, no Pelourinho, centro histórico da capital baiana por Débora Costa e Silva/UOL.

Disponível em: <http://viagem.uol.com.br/album/2015/03/25/veja-quais-destinos-turisticos-foram-eleitos-os-dez-

melhores-do-brasil.htm#fotoNav=6>. Acesso em: 23 out. 2015. 12h02min.

Companhia Docas do Pará - Belém, por Odilson Sá.

Disponível em: <http://belemdetalhes.blogspot.com.br/2010/11/o-nosso-patrimonio-historico_20.html>. Acesso em: 23 out. 2015. 14h27min.

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Centro Histórico de São Luís - tombado como Patrimônio Mundial da Humanidade em 1955 por Omar Freitas/Agência RBS.

Disponível em: <http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/noticia/2013/10/conheca-as-cores-de-sao-luis-no-

maranhao-4295352.html>. Acesso em: 23 out. 2015. 14h12min.

Dança Carimbó – Pará.

Disponível em:<Goohttp://www.zedudu.com.br/?p=38450gle: <http://www.zedudu.com.br/?p=38450>. Acesso em: 23 out. 2015. 15h59min.

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Anexo 2 - PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL – Texto de apoio - Conceito

Patrimônio ou patrimônio cultural é o conjunto de todos os bens, materiais ou imateriais, que, pelo seu valor próprio devem ser considerados de interesse relevante para a permanência e a identidade da cultura de um povo.

Patrimônio é tudo aquilo que nos pertence. É a nossa herança do passado e o que construímos hoje. É obrigação de todos nós preservar, transmitir e deixar todo esse legado, às gerações vindouras.

Do patrimônio cultural fazem parte bens imóveis, tais como: castelos, igrejas, casas, praças, conjuntos urbanos, e ainda locais dotados de expressivo valor para a história, a arqueologia, a paleontologia e a ciência em geral. Nos bens móveis incluem-se, por exemplo, pinturas, esculturas e artesanato. Nos bens imateriais considera-se a literatura, a música, o folclore, a linguagem e os costumes.

Um local denominado patrimônio mundial é reconhecido pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) como tendo importância mundial para a preservação dos patrimônios históricos e naturais de diversos países. Até à 30.ª sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, em Julho de 2006, eram 13 os sítios ou conjuntos de sítios considerados Patrimônio Mundial em Portugal e 19 no Brasil. Portugal é um dos países com maior número de monumentos no mundo classificados como Patrimônio da Humanidade o que demonstra a amplitude da sua atuação mundial. Os monumentos portugueses podem ser encontrados por todo o mundo, o que mostra bem a dimensão e influência da presença portuguesa em uma escala global. Do Brasil à Tanzânia, do Paraguai ao Sri Lanka, os portugueses deixaram marcas culturais e de enorme valor, classificadas oficialmente pela UNESCO em três continentes diferentes.

A proteção do patrimônio cultural

As entidades que procedem à identificação e classificação de certos bens como relevantes para a cultura de um povo, de uma região ou mesmo de toda a humanidade, visam também a salvaguarda e a proteção desses bens, de forma a que cheguem devidamente preservados às gerações vindouras, e que possam ser objeto de estudo e fonte de experiências emocionais para todos aqueles que os visitem ou deles usufruam.

No mundo

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) promoveu, em 1972, um tratado internacional denominado “Convenção sobre a proteção do patrimônio mundial, cultural e natural”, visando promover a identificação, a proteção e a preservação do patrimônio cultural e natural, de todo o mundo, considerado especialmente valioso para a humanidade.

Como complemento desse tratado foi aprovada, em 2003, uma nova convenção, desta vez especificamente sobre o patrimônio cultural imaterial.

Na Europa

O Conselho da Europa, organização que engloba 46 países num total de 800 milhões de habitantes, considerando que o patrimônio constitui também um elemento de identidade e

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diferenciação dos povos europeus no contexto mundial, desenvolveu um programa de cooperação no domínio do patrimônio cultural e natural que visa essencialmente a definição de políticas e nomenclaturas comuns, bem como o desenvolvimento de redes de cooperação transnacionais, apoio técnico aos países membros e iniciativas de sensibilização dos valores e do patrimônio. [...}

No Brasil

A Constituição de 1988 estabelece no seu Artº 216 que "Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.”

Para além de signatário da Convenção sobre a proteção do patrimônio mundial, cultural e natural e da Convenção sobre o patrimônio cultural imaterial, a proteção dos bens culturais em território brasileiro está garantida pela Lei Federal nº 25, de 30 de Novembro de 1937, a qual define as regras do "tombamento" (inventariação) dos bens pertencentes ao "Patrimônio Histórico e Artístico Nacional", bem como a proteção a que esses bens ficam sujeitos no sentido da sua preservação e conservação.

No sentido do apoio ao patrimônio cultural é ainda "facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e projetos culturais"(artº216-V-§6)

O órgão nacional encarregado de promover a proteção patrimonial é o IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, criado em 1937 (tendo, ao longo da história, recebido outras denominações e sofrido diversas alterações em seu status administrativo), contando em sua origem com a participação direta do escritor Mário de Andrade.

Segundo estudo da Universidade Federal de Viçosa, 100% das edificações brasileiras de relevância histórica, principalmente igrejas e casarões, estão ameaçadas pelos cupins, carunchos, traças, brocas e outros insetos xilófagos. Segundo o professor e engenheiro florestal Norivaldo dos Anjos, "se não forem tomadas medidas urgentes e eficazes, o país perderá, no máximo em 50 anos, os acervos dos séculos 17, 18 e 19, que guardam a memória e atraem turismo".

Bibliografia consultada: Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B3nio_cultural>. Acesso em: 19 out. 2015.

15h09min.

A preservação do patrimônio histórico teve início como atividade sistemática no século XIX, após a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, inicialmente para restaurar os monumentos e edifícios históricos destruídos nas guerras.

Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio_hist%C3%B3rico>. Acesso em: 23 out. 2015. 13h43min.

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Anexo 3- Nove lugares muito especiais

O Brasil demorou a entrar para a lista dos países que possuem Patrimônios da Humanidade porque o cuidado com a preservação é recente. Ele começou a ganhar espaço em 1937, com a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Depois de Ouro Preto, outros nove sítios foram escolhidos pela Unesco.

Olinda Fundada em 1537 por Duarte Coelho, foi a primeira capital pernambucana. Reconstruída pelos portugueses após a expulsão dos holandeses, ainda tem templos e conventos coloniais, como a Igreja do Amparo, de 1644. Apesar da beleza dos monumentos, está malcuidada.

São Miguel das Missões As ruínas da igreja, construída pelos jesuítas no Rio Grande do Sul, foram tombadas em 1983. São o exemplo mais bem conservado dessa arquitetura que se expandiu no país nos séculos XVII e XVIII.

Pelourinho Tombado em 1985, o conjunto arquitetônico do centro de Salvador, na Bahia, é um bom exemplo da miscigenação africana e portuguesa na cultura brasileira. São cerca de 350 casarões em estilo colonial, além de igrejas, fortes e palácios.

Santuário do Bom Jesus de Matosinhos Em Congonhas do Campo (MG), tornou-se Patrimônio da Humanidade também em 1985. Com as estátuas dos doze profetas no adro, é o exemplo mais grandioso da obra de Antônio Francisco Lisboa (1730-1814), o Aleijadinho.

Parque Nacional do Iguaçu Suas cataratas em forma de ferradura têm 2700 metros de extensão e são visitadas por 2 milhões de turistas todo ano. Foi tombado em 1986.

Brasília Tornou-se, em 1987, a primeira cidade moderna (totalmente projetada) a entrar na lista da Unesco. As linhas traçadas por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer foram tombadas por representar o modernismo na arquitetura.

Sítios Arqueológicos de São Raimundo Nonato O local onde a pesquisadora Niéde Guidon encontrou, em 1971, restos de alimentos e carvão datados de 48000 anos fica no interior do Piauí. Foi reconhecido pela Unesco em 1991.

São Luís A capital do Maranhão, fundada pelos franceses em 1612, teve o nome escolhido em homenagem ao rei Luís XIII. Três anos depois, os portugueses dominaram a região e iniciaram a colonização. Sua arquitetura, tombada em 1997, preserva características dessa ocupação nas ruas estreitas e nos sobrados com fachadas de azulejos e sacadas de ferro.

Diamantina Em dezembro de 1999, a cidade mineira foi escolhida pela UNESCO por ter sido um centro artístico e comercial durante o Ciclo do Ouro, no século XVIII.

Disponível em:<http://revistaescola.abril.com.br/geografia/pratica-pedagogica/preservar-preciso-426704.shtml>. Acesso em: 26 set. 2015. 09h02 min.

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Anexo 3-

Saiba quais bens brasileiros são Patrimônio Mundial Cultural

Bens culturais

Conheça as obras e construções cuja característica arquitetônica têm valor universal

excepcional do ponto de vista da história

Por Portal Brasil

Werner Zotz/Embratur

Museu da Inconfidência: criado em 1938, sob a coordenação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

Em 1972, a Organização das Nações Unidas para a Ciência e a Cultura (Unesco) criou a Convenção do Patrimônio Mundial. O objetivo foi incentivar a preservação de bens culturais e naturais considerados significativos para a humanidade.

São patrimônios culturais obras arquitetônicas, de escultura ou de pintura monumentais de caráter arqueológico, construções cuja característica arquitetônica tem valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência e obras isoladas ou conjugadas do homem e da natureza, com valor excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico ou antropológico.

Os bens brasileiros considerados Patrimônio Mundial Cultural são:

Praça São Francisco - São Cristóvão (SE) Uma das mais antigas cidades do País, São Cristóvão foi a primeira capital do estado de Sergipe, fundada em 1590. Entre as riquezas do município, está o conjunto arquitetônico da Praça São Francisco, que conserva o estilo colonial das edificações relacionadas à Ordem Franciscana da Igreja Católica. O local também abriga o Museu de Arte Sacra, o terceiro mais importante acervo do gênero no País.

O complexo histórico também inclui o Convento de São Francisco, cujos traços arquitetônicos evidenciam a mistura de influências espanhola e portuguesa na formação dos centros urbanos coloniais. A praça São Francisco recebeu o título de Patrimônio Mundial da Unesco em agosto de 2010.

Cidade Histórica de Ouro Preto/MG Antiga capital das Minas Gerais, Ouro Preto foi fundada em 1698. A cidade é considerada patrimônio por seu acervo arquitetônico original. Localizada a cerca de 100 quilômetros de Belo Horizonte, foi o principal centro do Ciclo do Ouro do Brasil.

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Centro Histórico de Olinda/PE Olinda foi fundada em 1537 pelo primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho Pereira. O centro histórico da cidade conserva com fidelidade a paisagem e o sítio da vila fundada ainda na primeira metade do século XVI. O traçado urbano é informal, característico dos povoados portugueses de origem medieval e todo conjunto está envolvido pela vegetação.

Missões Jesuíticas Guarani, Ruínas de São Miguel das Missões/RS No interior do Rio Grande do Sul, na região fronteiriça com o Paraguai e a Argentina, encontra-se uma das mais importantes relíquias das missões jesuíticas no Brasil. O pequeno município de São Miguel das Missões oferece à visitação, um sítio histórico considerado um dos principais vestígios do período de influência dos padres jesuítas na região das Missões, habitada pelos índios guaranis.

São Miguel das Missões é o grande atrativo do roteiro, Patrimônio Histórico e Cultural Nacional desde 1938 e Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade desde 1983, único no Sul do Brasil. Fazer turismo na região das Missões é descortinar as raízes da formação da América. São mais de 2 mil anos da presença dos guaranis e quatrocentos anos da entrada dos jesuítas que vieram da Europa para levar a fé cristã aos nativos destas terras, a chamada conquista espiritual.

Centro Histórico de Salvador/BA Fundada por Thomé de Souza em 1549, Salvador está situada entre o mar e as colinas da Baía de Todos os Santos. A estrutura é semelhantes a das cidades do Porto e Lisboa, com forte caráter defensivo, próprio ao século XVII. Ao nível do mar, a Cidade Baixa forma uma estreita faixa entre o litoral e uma escarpa, delimitando a Cidade Alta.

Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo/MG O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos é a obra-prima de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, iniciada em 1757. O conjunto é formado pela capela de Bom Jesus, pórtico, imponentes escadarias, muros e parapeitos do átrio e outras seis capelas localizadas ao longo do trajeto que leva ao Santuário, no alto de uma colina. Imagens nas capelas foram esculpidas em madeira por Aleijadinho e pintadas por Manuel da Costa Athayde.

Plano Piloto de Brasília/DF A cidade foi inaugurada em 1960, construída após concurso público realizado pelo presidente Juscelino Kubitschek, em 1957. Na capital convivem formas espaciais e tempos históricos variados, representados por antigas fazendas e cidades goianas e acampamentos pioneiros que reinterpretam os princípios modernistas. É a primeira cidade moderna considerada Patrimônio Mundial.

Parque Nacional Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato/PI O Parque Nacional Serra da Capivara, no Município de São Raimundo Nonato, sudeste do Piauí, foi criado em 1979. Seu objetivo é preservar vestígios arqueológicos do que seria a mais remota ocupação humana da América do Sul, há cerca de 50 mil anos. Nos mais de 400 sítios arqueológicos espalhados pelo Parque, podem ser vistos vestígios deixados pelo homem pré-histórico, com quilômetros de galerias cobertas por pinturas e gravuras rupestres.

Centro Histórico de São Luís do Maranhão/MA São Luís, centro histórico inscrito na Lista do Patrimônio Mundial, era um pequeno povoado luso-espanhol, que começou a ser construído em 1531, passando para o domínio francês em 1612. Foi retomado pelos colonizadores portugueses três anos depois. O centro histórico reúne cerca de 4 mil imóveis tombados pela União, que mantêm intacto o traçado urbano do século XVIII.

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Centro Histórico da Cidade de Diamantina/MG Diamantina está localizada no nordeste de Minas Gerais, no Vale do Jequitinhonha, a 1.200 metros de altitude. A fusão da arquitetura, do traçado urbano e das montanhas ao fundo caracteriza a paisagem da cidade.

Centro Histórico da Cidade de Goiás/GO A cidade de Goiás teve origem no Arraial de Santana, às margens do Rio Vermelho.

Desempenhou papel importante na ocupação do Brasil Central durante os séculos XVIII e XIX. Devido ao isolamento em relação aos principais centros culturais do Brasil colonial, a arquitetura dos prédios públicos e privados é bastante austera e com soluções técnicas particulares. Fontes: Unesco/ Iphan Todo o conteúdo deste site está publicado sob a licença Creative CommonsCC BY ND 3.0 Brasil

Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cultura/2009/10/saiba-quais-bens-brasileiros-sao-patrimonio-mundial-cultural>. Acesso em: 26 out.2015. 10h25min.