Colet+ónea Consulplan

18
Gramática Professora Selma Frasão Contato: [email protected] Professora Selma Frasão [email protected] Gramática para Concursos Página 1 Professora Selma Frasão LÍNGUA PORTUGUESA (GRAMÁTICA) [email protected] COLETÂNEA PROVAS CONSULPLAN TEXTO: Quando confrontados pelos aspectos mais obscuros ou espinhosos da existência, os antigos gregos costumavam consultar os deuses (naquela época, não havia psicanalistas). Para isso, existiam os oráculos locais sagrados onde os seres imortais se manifestavam, devidamente encarnados em suas sacerdotisas. Certa vez, talvez por brincadeira, um ateniense perguntou ao conceituado oráculo de Delfos se haveria na Grécia alguém mais sábio que o esquisitão Sócrates. A resposta foi sumária: “Não”. O inesperado elogio divino chegou aos ouvidos de Sócrates, causando-lhe uma profunda sensação de estranheza. Afinal de contas, ele jamais havia se considerado um grande sábio. Pelo contrário: considerava-se tão ignorante quanto o resto da humanidade. Após muito meditar sobre as palavras do oráculo, Sócrates chegou à conclusão de que mudaria sua vida (e a história do pensamento). Se ele era o homem mais sábio da Grécia, então o verdadeiro sábio é aquele que tem consciência da própria ignorância. Para colocar à prova sua descoberta, ele foi ter com um dos figurões intelectuais da época. Após algumas horas de conversa, percebeu que a autoproclamada sabedoria do sujeito era uma casca vazia. E concluiu: “Mais sábio que esse homem eu sou. É provável que nenhum de nós saiba nada de bom, mas ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se não sei, tampouco suponho saber. Parece que sou um tantinho mais sábio que ele exatamente por não supor saber o que não sei”. A partir daí, Sócrates começou uma cruzada pessoal contra a falsa sabedoria humana e não havia melhor palco para essa empreitada que a vaidosíssima Atenas. Em suas próprias palavras, ele se tornou um “vagabundo loquaz” uma usina ambulante de insolência iluminadora, movida pelo célebre bordão que Sócrates legou à posteridade: “Só sei que nada sei”. Para sua tarefa audaz, Sócrates empregou o método aprendido com os professores sofistas. Mas havia grandes diferenças entre a dialética de Sócrates e a de seus antigos mestres. Em primeiro lugar, Sócrates não cobrava dinheiro por suas “lições” – aceitava conversar com qualquer pessoa, desde escravos até políticos poderosos, sem ganhar um tostão. Além disso, os diálogos de Sócrates não serviam para defender essa ou aquela posição ideológica, mas para questionar a tudo e a todos sem distinção. Ele geralmente começava seus debates com perguntas diretas sobre temas elementares: “O que é o Amor?” “O que é a Virtude?” “O que é a Mentira?” Em seguida, destrinchava as respostas que lhe eram dadas, questionando o significado de cada palavra. E continuava fazendo perguntas em cima de perguntas, até levar os exaustos interlocutores a conclusões opostas às que haviam dado inicialmente e tudo isso num tom perfeitamente amigável. Assim, o pensador demonstrava uma verdade que até hoje continua universal: na maior parte do tempo, a grande maioria das pessoas (especialmente as que se consideram mais sabichonas) não sabe do que está falando. (José Francisco Botelho. Revista Vida Simples, edição 91, abril de 2010 / com adaptações) 01 - Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas: ( ) Em “não havia psicanalistas” (1º§), a forma verbal “havia” poderia estar no plural, concordando com “psicanalistas”. ( ) Em onde os seres imortais se manifestavam” (1º§) a palavra destacada pode ser substituída, sem que haja alteração do sentido do período, por nos quais . ( ) A colocação de uma vírgula depois do termo “perguntou” (1º§) mantém o sentido e a correção gramatical do período. ( ) Em mas ele supõe saber alguma coisa e não sabe” (2º§), a palavra em destaque pode ser substituída, sem alteração do sentido do período, por todavia . ( ) O emprego de preposição em “a conclusões opostas” (3º§) justifica-se pela regência de “interlocutores” (3º§). A sequência está correta em: A) F, V, F, V, F B) F, V, V, F, V C) V, F, F, F, F D) F, V, V, F, F E) V, V, F, F, V 02 - Assinale a alternativa em que a alteração feita tenha gerado mudança do sentido do texto e erro de concordância: A) “onde os seres imortais se manifestavam” (1º§) / onde os seres imortais manifestavam-se. B) “Mais sábio que esse homem eu sou” (2º§) / Eu sou mais sábio que esse homem.

Transcript of Colet+ónea Consulplan

Page 1: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 1

Professora Selma Frasão LÍNGUA PORTUGUESA (GRAMÁTICA)

[email protected]

COLETÂNEA PROVAS CONSULPLAN

TEXTO:

Quando confrontados pelos aspectos mais obscuros

ou espinhosos da existência, os antigos gregos

costumavam consultar os deuses (naquela época, não

havia psicanalistas). Para isso, existiam os oráculos –

locais sagrados onde os seres imortais se manifestavam,

devidamente encarnados em suas sacerdotisas. Certa

vez, talvez por brincadeira, um ateniense perguntou ao

conceituado oráculo de Delfos se haveria na Grécia

alguém mais sábio que o esquisitão Sócrates. A resposta

foi sumária: “Não”.

O inesperado elogio divino chegou aos ouvidos de

Sócrates, causando-lhe uma profunda sensação de

estranheza. Afinal de contas, ele jamais havia se

considerado um grande sábio. Pelo contrário:

considerava-se tão ignorante quanto o resto da

humanidade. Após muito meditar sobre as palavras do

oráculo, Sócrates chegou à conclusão de que mudaria

sua vida (e a história do pensamento). Se ele era o

homem mais sábio da Grécia, então o verdadeiro sábio é

aquele que tem consciência da própria ignorância. Para

colocar à prova sua descoberta, ele foi ter com um dos

figurões intelectuais da época. Após algumas horas de

conversa, percebeu que a autoproclamada sabedoria do

sujeito era uma casca vazia. E concluiu: “Mais sábio que

esse homem eu sou. É provável que nenhum de nós

saiba nada de bom, mas ele supõe saber alguma coisa e

não sabe, enquanto eu, se não sei, tampouco suponho

saber. Parece que sou um tantinho mais sábio que ele

exatamente por não supor saber o que não sei”. A partir

daí, Sócrates começou uma cruzada pessoal contra a

falsa sabedoria humana – e não havia melhor palco para

essa empreitada que a vaidosíssima Atenas. Em suas

próprias palavras, ele se tornou um “vagabundo loquaz”

– uma usina ambulante de insolência iluminadora,

movida pelo célebre bordão que Sócrates legou à

posteridade: “Só sei que nada sei”.

Para sua tarefa audaz, Sócrates empregou o método

aprendido com os professores sofistas. Mas havia

grandes diferenças entre a dialética de Sócrates e a de

seus antigos mestres. Em primeiro lugar, Sócrates não

cobrava dinheiro por suas “lições” – aceitava conversar

com qualquer pessoa, desde escravos até políticos

poderosos, sem ganhar um tostão. Além disso, os

diálogos de Sócrates não serviam para defender essa ou

aquela posição ideológica, mas para questionar a tudo e

a todos sem distinção. Ele geralmente começava seus

debates com perguntas diretas sobre temas elementares:

“O que é o Amor?” “O que é a Virtude?” “O que é a

Mentira?” Em seguida, destrinchava as respostas que lhe

eram dadas, questionando o significado de cada palavra.

E continuava fazendo perguntas em cima de perguntas,

até levar os exaustos interlocutores a conclusões opostas

às que haviam dado inicialmente – e tudo isso num tom

perfeitamente amigável. Assim, o pensador demonstrava

uma verdade que até hoje continua universal: na maior

parte do tempo, a grande maioria das pessoas

(especialmente as que se consideram mais sabichonas)

não sabe do que está falando. (José Francisco Botelho. Revista Vida Simples, edição 91, abril de

2010 / com adaptações)

01 - Marque V para as afirmativas verdadeiras e F

para as falsas:

( ) Em “não havia psicanalistas” (1º§), a forma verbal

“havia” poderia estar no plural, concordando com

“psicanalistas”.

( ) Em “onde os seres imortais se manifestavam” (1º§) a

palavra destacada pode ser substituída, sem que haja

alteração do sentido do período, por nos quais.

( ) A colocação de uma vírgula depois do termo

“perguntou” (1º§) mantém o sentido e a correção

gramatical do período.

( ) Em “mas ele supõe saber alguma coisa e não sabe”

(2º§), a palavra em destaque pode ser substituída, sem

alteração do sentido do período, por todavia.

( ) O emprego de preposição em “a conclusões opostas”

(3º§) justifica-se pela regência de “interlocutores” (3º§).

A sequência está correta em:

A) F, V, F, V, F

B) F, V, V, F, V

C) V, F, F, F, F

D) F, V, V, F, F

E) V, V, F, F, V

02 - Assinale a alternativa em que a alteração feita

tenha gerado mudança do sentido do texto e erro de

concordância: A) “onde os seres imortais se manifestavam” (1º§) /

onde os seres imortais manifestavam-se.

B) “Mais sábio que esse homem eu sou” (2º§) / Eu sou

mais sábio que esse homem.

Page 2: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 2

C) “Se ele era o homem mais sábio da Grécia, então o

verdadeiro sábio é aquele que tem consciência da

própria ignorância.” (2º§) / Se ele era o homem mais

sábio da Grécia, logo o verdadeiro sábio é aquele que

tem consciência da própria ignorância.

D) “a grande maioria das pessoas (...) não sabe” (3º§) /

a maioria das pessoas (...) não sabem.

E) “E continuava fazendo perguntas em cima de

perguntas, até levar os exaustos interlocutores a

conclusões opostas às que haviam dado inicialmente”

(3º§) / E continuava fazendo perguntas em cima de

perguntas, até levar os exaustos interlocutores a

conclusões opostas às que havia dado inicialmente.

03 - Analise as afirmativas a seguir:

I. Em “E continuava fazendo perguntas em cima de

perguntas, até levar os exaustos interlocutores a

conclusões opostas” (3º§), o termo destacado pode ou

não receber o acento grave por tratar-se de um caso em

que a crase é facultativa.

II. No trecho “Para isso, existiam os oráculos – locais

sagrados onde os seres imortais se manifestavam,

devidamente encarnados em suas sacerdotisas” (1º§),

podemos usar a vírgula em substituição ao travessão.

III. Em “e a de seus antigos mestres” (3º§), a elipse do

termo “dialética” evita uma repetição desnecessária,

proporcionando coesão ao texto.

IV. Quanto à tipologia textual, podemos afirmar que o texto

é predominantemente descritivo.

Estão corretas apenas as afirmativas:

A) II, III

B) I, II

C) III, IV

D) I, II, III

E) II, IV

04 - Em “Quando confrontados pelos aspectos mais

obscuros ou espinhosos da existência” (1º§), “Após

muito meditar sobre as palavras do oráculo” (2º§),

“então o verdadeiro sábio é aquele que tem

consciência da própria ignorância” (2º§), “A partir

daí, Sócrates começou uma cruzada pessoal contra

a falsa sabedoria” (2º§), e “Mas havia grandes

diferenças entre a dialética de Sócrates e a de seus

antigos mestres” (3º§), as expressões destacadas

indicam, respectivamente, ideia de:

A) Tempo, tempo, conclusão, conclusão, adversidade.

B) Tempo, tempo, tempo, conclusão, adversidade.

C) Tempo, tempo, conclusão, tempo, adversidade.

D) Consequência, tempo, tempo, conclusão,

adversidade.

E) Tempo, tempo, tempo, conclusão, adição.

05 - Marque a alternativa em que a expressão

destacada NÃO tem a mesma função sintática das

demais: A) “O inesperado elogio divino chegou aos ouvidos de

Sócrates” (2º§)

B) “causando-lhe uma profunda sensação de

estranheza.” (2º§)

C) “que Sócrates legou à posteridade” (2º§)

D) “que lhe eram dadas” (3º§)

E) “até levar os exaustos interlocutores a conclusões

opostas” (3º§)

TRATAMENTO DE CHOQUE A refrigeração é uma questão delicada para

os fruticultores. As baixas temperaturas, ao mesmo tempo em que são necessárias à conservação das frutas, também podem causar danos ao produto, se a exposição ao frio for prolongada. Essa contradição, entretanto, está com os dias contados. É o que promete um novo método desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Fisiologia e Bioquímica Pós-Colheita da Esalq – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.

O processo, chamado de condicionamento térmico, consiste em mergulhar o fruto em água quente antes de refrigerá-lo. ―O frio faz com que a fruta fique vulnerável à ação de substâncias que deterioram a casca, mas o uso da água quente ativa seu sistema de defesa‖, afirma o pesquisador Ricardo Kluge.

A temperatura da água e a duração do mergulho variam para cada espécie, mas, em média, as frutas são mantidas em 52 graus por poucos minutos. Em alguns casos, o tratamento aumenta a conservação em até 50% do tempo; se um produto durava 40 dias em ambiente frio, pode passar a durar 60.

Resistência. A Esalq também desenvolveu um outro tipo de tratamento, o ―aquecimento intermitente‖. Essa técnica consiste em pôr a fruta em ambiente refrigerado e, depois de dez dias, deixá-la em temperatura ambiente por 24 horas, para então devolvê-la à câmara fria. ―Isso faz com que o produto crie resistência ao frio e não seja danificado‖, afirma Ricardo Kluge. Para o produtor de pêssegos Waldir Parise, isso será muito válido,

Page 3: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 3

pois melhora a qualidade final do produto. Ele acredita que a nova técnica aumentará o valor da fruta no mercado. ―Acho que facilitará bastante nossa vida.‖

De acordo com o pesquisador Kluge, o grande desafio é fazer com que essa novidade passe a ser usada pelo produtor. ―No começo é difícil, pois muitos apresentam resistência às novidades‖, diz. Neste ano, os pesquisadores trabalharão mais próximos dos agricultores, tentando ensinar-lhes a técnica. ―Acho que daqui a três anos ela será mais usada‖. O Chile já usa o método nas ameixas. As frutas tropicais devem ser as mais abordadas pelo estudo, pois não apresentam resistência natural às baixas temperaturas. A pesquisa testou o método só no limão taiti, na laranja valência e no pêssego dourado-2. (Luis Roberto Toledo e Carlos Gutierrez. Revista

Globo Rural – Março/2006)

07 - A alternativa em que as três palavras são acentuadas pela mesma razão é: A) necessárias – substâncias – média B) vulnerável – espécie – difícil C) também – está – três E) até – pôr – só D) método – térmico – útil 08 - “As frutas tropicais devem ser as mais abordadas pelo estudo, pois não apresentam resistência natural às baixas temperaturas”. A palavra sublinhada na frase anterior, estabelece com o período anterior uma relação de: A) Conseqüência B) Tempo C) Adição D) Explicação E) Oposição 09 - Assinale a alternativa em que o acento da crase foi usado pela mesma razão que, em “... em que são necessárias à conservação das frutas”, EXCETO: A) ―...fique vulnerável à ação de substâncias...‖ B) ―... para então devolvê-la à câmara fria‖. C) ―... muitos apresentam resistência às novidades...‖ D) As frutas ficam, às vezes, muitas horas sob baixa temperatura. E) Os cientistas se dedicam à técnica de refrigeração. 10 - A forma de plural da palavra sublinhada na frase “A pesquisa testou o método só no limão

taiti...” é a mesma com que se faz o plural das três palavras constantes da opção: A) órgão – melão – cão B) mão – alemão – pagão C) vilão – irmão – cão D) botão – balão – anão E) N.R.A. TEXTO: Chuchu

Joanita, em sua última carta escrita de Haia: ―Mas que saudades de chuchu com molho branco‖. [...]

Eu sei que toda gente despreza o chuchu, a coisa mais bestinha que Deus pôs no mundo, cucurbitácea reles que medra em qualquer beirada de quintal. Não tenho também nenhuma ternura especial pelo huchu, mas já reparei que há uma certa injustiça em considerar insípido um prato que é insípido só porque raras são as cozinheiras que sabem prepará-lo.

Sei ainda que os médicos nutricionistas banem o chuchu de todas as suas dietas, dizem que o chuchu não vale nada, é uma mistura de água e celulose, desprovida de qualquer vitamina ou sal. O chuchu é meu eterno pomo da discórdia com meu querido amigo Dr. Rui Coutinho. Quando ele desfaz do chuchu em minha presença, salto logo em defesa do humilde caxixe.

Argumento assim: ―Antigamente, antes da descoberta das vitaminas, se dizia o mesmo da alface, mas o sabor da planta, a boniteza de sua folha verdinha, ou talvez o instinto secreto da espécie sempre levaram o homem a comer a aristocrática Lactuca sativa. Um dia se descobriu que a alface é rica em vitamina A, cálcio e ferro. Então a alface deixou de ser água e celulose, e entrou nos menus autorizados e recomendados pelos nutricionistas.

Quem me dirá que um dia, próximo ou distante, não se descobrirá no chuchu um elemento novo, indispensável à economia orgânica? O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer sem quase nenhum deleite essa coisainha verde e mole que se derrete na boca sem deixar vontade de repetir a dose.‖

Rui Coutinho sorri cético. Enquanto isso, na Holanda, Joanita, podendo

comer os pratos mais saborosos do mundo, tem saudade é de chuchu com molho branco. Que desforra para o chuchu! (BANDEIRA, Manuel. IN: Quadrante. 2ed. Rio de Janeiro: Ed. Do Autor, 1963.p. 165-7)

11 - “Rui Coutinho sorri cético”. A palavra cético significa: A) Ímpio. B) Ateu.

Page 4: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 4

C) Descrente. D) Extraordinário. E) Singular. 12 - “... indispensável à economia orgânica”. É correto afirmar que o sinal gráfico empregado na palavra destacada nesta frase é denominado: A) Acento agudo. B) Acento grave. C) Crase. D) Acento circunflexo. E) Trema. 13 - Silepse é uma concordância anormal feita com a idéia que se faz do termo e não com o próprio termo. Há um exemplo de silepse em: A) ―Eu sei que toda gente despreza o chuchu...‖ B) ―... cucurbitácia reles que medra em qualquer beirada de quintal‖. C) ― ... os médicos nutricionistas banem o chuchu de todas as suas dietas...‖ D) ―O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer sem quase...‖ E) ―Então a alface deixou de ser água e celulose...‖ 14 - “Sei ainda que os médicos nutricionistas banem o chuchu de todas as suas dietas, dizem que o chuchu não vale nada...” Considerando-se as formas verbais presentes neste período, é correto afirmar que: A) Uma delas pertence a verbo da terceira conjugação. B) Todas elas estão empregadas em forma plural. C) Duas delas pertencem a verbos da primeira conjugação D) Uma delas está empregada em tempo futuro. E) Duas delas estão empregadas em tempo pretérito. 15 - “Quando ele desfaz do chuchu em minha presença, salto logo em defesa do humilde caxixe”. A palavra sublinhada na frase anterior, estabelece entre as orações uma relação de: A) Causa. B) Conclusão. C) Conseqüência. D) Tempo. E) Oposição. 16 - Apenas uma das frases abaixo, está totalmente correta quanto à ortografia. Assinale-a: A) A vajem é mais insípida que o chuchu. B) O eminente Dr. Rui Coutinho não acreditava nas propriedades vitamínicas do chuchu. C) A jaboticaba e o abiu são frutas tropicais. D) Meus amigos fizeram uma viajem à Europa.

E) É longo o trageto e pequeno o tempo para percorrê-lo. 17 - Em todas as frases abaixo, as conjunções que iniciam as orações destacadas têm o mesmo valor semântico, EXCETO: A) ―Eu sei que toda a gente despreza o chuchu...‖ B) ―... mas já reparei que há uma certa injustiça...‖ C) ―... dizem que o chuchu não vale nada...‖ D) ―... são raras as cozinheiras que sabem prepará-lo‖. E) ―Um dia se descobriu que a alface é rica de vitamina A, cálcio e ferro‖. 18 - Assinale a alternativa que é frase, mas NÃO é oração: A) ―Mas que saudades do chuchu com molho branco‖. B) ―Não tenho também nenhuma ternura especial pelo chuchu...‖ C) ―Sei ainda que os médicos nutricionistas banem o chuchu de todas as suas dietas...‖ D) ―Antigamente, antes da descoberta das vitaminas, se dizia o mesmo da alface, mas o sabor da planta...‖ E) ―Quem me dirá que um dia, próximo ou distante, não se descobrirá no chuchu um elemento novo, indispensável à economia orgânica?‖

TEXTO: Remédios do nosso mar

Uma verdadeira caça ao tesouro está em curso nos

mares do Brasil, capitaneada por cientistas que pretendem

encontrar, nas profundezas do Atlântico, moléculas com

potencial farmacêutico para o tratamento de várias doenças,

como o câncer e a tuberculose. Onde, mais

especificamente, está essa riqueza toda? Em algas, peixes,

camarões, anêmonas e, principalmente, esponjas-do-mar.

“Nossa costa é considerada uma das mais preciosas do

globo quando o assunto é biodiversidade”, revela o biólogo

Elizeu Antunes dos Santos, da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte.

Não se pode precisar a diversidade de seres que

habitam as águas brasileiras. O que se sabe é que,

espalhados por todos os oceanos do planeta, animais,

plantas e bactérias somam cerca de 10 milhões de espécies

– e, claro, só uma ínfima parte delas foi estudada.

Mergulhar fundo nesse universo, acreditam os

pesquisadores, pode levar à descoberta de princípios ativos

capazes de salvar vidas. Por sua biodiversidade, os

cientistas já chamam a costa do Brasil de amazônia azul.

Ora, ela também é um grande berçário e tem, aliás,

praticamente a mesma extensão da floresta Amazônica – no

caso, são cerca de 4,3 milhões de quilômetros quadrados

cobertos de água.

“Na luta pela sobrevivência, organismos da fauna e da flora marinhas competem entre si e isso leva à produção

Page 5: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 5

de substâncias de defesa que, para nós, têm propriedades

terapêuticas”, explica Antunes dos Santos. O pontapé

inicial dessa busca submarina ocorreu há menos de sete

anos, o que, para a Medicina, é quase nada. “Nosso

potencial de pesquisa é enorme e deve render grandes

novidades para os próximos anos”, garante a bióloga

Letícia Costa-Lotufo, da Universidade Federal do Ceará.

(...) (Revista Saúde! é vital / dezembro 2007 / Anderson Moço)

19 - Em relação à significação das palavras no texto

sabe-se que:

Denotação – A significação da palavra ou expressão é

atribuída de modo objetivo.

Conotação – A significação da palavra ou expressão é

ampliada ou modificada subjetivamente.

Identifique os trechos a seguir de acordo com os

conceitos anteriores, sendo D para denotação e C para

conotação:

( ) “Uma verdadeira caça ao tesouro está em curso nos mares do Brasil,...”

( ) “Não se pode precisar a diversidade de seres que habitam as águas brasileiras.”

( ) “O pontapé inicial dessa busca submarina ocorreu a

menos de sete anos, o que, para a Medicina, é quase nada.”

A sequência está correta em: A) D, C, C

B) C, C, C

C) D, D, D

D) C, D, C

E) D, C, D

20 - “Ora, ela também é um grande berçário e tem, aliás,

praticamente a mesma extensão da floresta Amazônica –

no caso, são cerca de 4,3 milhões de quilômetros

quadrados cobertos de água.”

O trecho em destaque foi reescrito várias vezes com

algumas modificações. Entre elas identifique aquela em

que NÃO houve alteração de sentido: A) “Ora, ela também é um grande berçário e tem, aliás, a

mesma extensão da floresta Amazônica – no caso, são

cerca de 4,3 milhões de quilômetros quadrados cobertos de água.”

B) “Ora, ela também é um grande berçário e tem

praticamente a mesma extensão da floresta Amazônica –

no caso, são cerca de 4,3 milhões de quilômetros

quadrados cobertos de água.” C) “Ela também é um grande berçário e tem a mesma

extensão da floresta Amazônica – no caso, são cerca de 4,3

milhões de quilômetros quadrados cobertos de água.” D) “Ora, ela também é um grande berçário e tem, aliás,

praticamente a mesma extensão da floresta Amazônica – no caso, são 4,3 milhões de quilômetros quadrados

cobertos de água.”

E) “Ela é um grande berçário e tem, aliás, – no caso, 4,3 milhões de quilômetros quadrados cobertos de água.”

21 - Leia o texto a seguir e indique o número de

palavras de deveriam ser acentuadas:

Mastigue o problema como se fosse um chiclete. “Quanto mais voce conhece um assunto, mais facil ter uma

ideia criativa relacionada com ele. Quando perguntaram a

Isaac Newton (1643-1727) como conseguia fazer tantas

descobertas, o sabio ingles respondeu: “Pensando nelas

noite e dia”. Nessa etapa, portanto, vale tudo – consultar,

especular, analisar o problema por todos os angulos, sem

descartar nada.” (Superinteressante / maio 1999)

A) Seis.

B) Sete.

C) Um.

D) Quatro.

E) Cinco.

22 - Complete as frases corretamente usando há ou a: I. _____ dias não chove.

II. Ela não aparece _____ tempos.

III. Sei que ele virá daqui _____ dois anos.

Assinale a opção que completa corretamente as lacunas

anteriores: A) I – há; II – a; III – a

B) I – a; II – a; III – há

C) I – há; II – há; III – a

D) I – a; II – há; III – há

E) I – a; II – há; III – a

TEXTO: Da arte brasileira de ler o que não está escrito

Terminando os poucos anos de escola oferecidos em seu vilarejo nas montanhas do Líbano, o jovem Wadi Haddad foi mandado para Beirute para continuar sua educação. Ao vê-lo ausente de casa por um par de anos, a vizinha aproximou-se cautelosa de sua mãe, jurou sua amizade à família e perguntou se havia algum problema com o rapaz. Se todos os seus coleguinhas aprenderam a ler, por que ele continuava na escola? Anos depois, Wadi organizou a famosa Conferência de Jontiem, ―Educação para Todos‖, mas isso é outro assunto.

Para a vizinha libanesa, há os que sabem ler e há os que não sabem. Não lhe ocorre que há níveis diferentes de compreensão. Mas infelizmente temos todos o vício de subestimar as dificuldades na arte de ler, ou, melhor dito, na arte de entender o que foi lido. Saiu da escola, sabe ler.

O ensaio de hoje é sobre cartas que recebi dos leitores de VEJA, algumas generosas, outras iradas. Não tento rebater críticas, pois minhas

Page 6: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 6

farpas atingem também cartas elogiosas. Falo da arte da leitura.

É preocupante ver a liberdade com que alguns leitores interpretam os textos. Muitos se rebelam com o que eu não disse (jamais defendi o sistema de saúde americano). Outros comentam opiniões que não expressei e nem tenho (não sou contra a universidade pública ou a pesquisa).

Há os que adivinham as entrelinhas, ignorando as linhas. Indignam-se com o que acham que eu quis dizer, e não com o que eu disse. Alguns decretam que o autor é um horrendo neoliberal e decidem que ele pensa assim ou assado sobre o assunto, mesmo que o texto diga o contrário.

Não generalizo sobre as epístolas recebidas — algumas de lógica modelar. Tampouco é errado ou condenável passar a ilações sobre o autor ou sobre as consequências do que está dizendo. Mas nada disso pode passar por cima do que está escrito e da sua lógica. Meus ensaios têm colimado assuntos candentes e controvertidos. Sem uma correta participação da opinião pública educada, dificilmente nos encaminharemos para uma solução. Mas a discussão só avança se a lógica não for afogada pela indignação.

Vale a pena ilustrar esse tipo de leitura com os comentários a um ensaio sobre nosso sistema de saúde (abril de 1997). A essência do ensaio era a inviabilidade econômica e fiscal do sistema preconizado pela Constituição. Lantejoulas e meandros à parte, o ensaio afirmava que a operação de um sistema de saúde gratuito, integral e universal consumiria uma fração do PIB que, de tão alta (até 40%), seria de implantação inverossímil.

Ninguém é obrigado a aceitar essa afirmativa. Mas a lógica impõe quais são as possibilidades de discordar.

Para destruir os argumentos, ou se mostra que é viável gastar 40% do PIB com saúde ou é necessário demonstrar que as contas que fiz com André Medici estão erradas. Números quivocados, erros de conta, hipóteses falsas, há muitas fontes possíveis de erro. Mas a lógica do ensaio faz com que só se possa rebatê-lo nos seus próprios termos, isto é, nas contas.

Curiosamente, grande parte das cartas recebidas passou por cima desse imperativo lógico. Fui xingado de malvado e desalmado por uns. Outros fuzilaram o que inferem ser minha ideologia. Os que gostaram crucificaram as

autoridades por negar aos necessitados acesso à saúde (igualmente equivocados, pois o ensaio critica as regras e não as inevitáveis onsequências de sua aplicação).

Meus comentaristas escrevem corretamente, não pecam contra a ortografia, as crases comparecem assiduamente e a sintaxe não é imolada. Contudo, alguns não sabem ler. Sua imaginação criativa não se detém sobre a aborrecida lógica do texto. É a vitória da semiótica sobre a semântica. (Cláudio de Moura Castro. Da arte brasileira de ler o que não está escrito. Veja, 08 de outubro 1997. pág.142)

UESTÃO 01 02 QESTÃO 03 23 - Em “Mas a discussão só avança se a lógica não for afogada pela indignação”, a palavra destacada expressa a ideia de: A) Explicação. B) Condição. . C) Consequência. D) Modo. E) Comparação. UESTÃO 04 24 - Na frase “Fui xingado de malvado e desalmado por uns”, assinale o agente da passiva: A) Eu. B) Fui. C) Malvado e desalmado. D) Xingado. E) Por uns. QUESO 05 25 - Em “Mas a lógica impõe quais são as possibilidades de discordar.”, a expressão destacada exerce a função de: A) Objeto direto. B) Sujeito. C) Objeto indireto. D) Complemento nominal. E) Adjunto adnominal. QUESTÃO 06QÃO 07 26 - O sentido original do texto e a correção gramatical serão mantidos ao substituir: A) aproximou-se (1º §) por se aproximou. B) há (5º §) por existe. C) têm (6º §) por tem. D) detém (10º §) por detem. E) N.R.A. QUESTÃO 08

Page 7: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 7

27 - Assinale a alternativa em que o termo destacado NÃO exerce a mesma função dos demais: A) ―Não tento rebater críticas.‖ B) ―Há os que adivinham as entrelinhas.‖ C) ―Ninguém é obrigado a aceitar essa afirmativa.‖ D) ―Ao vê-lo ausente de casa por um par de anos.‖ E) ―Não lhe ocorre que há níveis diferentes de compreensão.‖ QUESTÃO 10 28 - A vírgula em “Não tento rebater críticas, pois minhas farpas atingem também cartas elogiosas” foi usada para separar: A) Elementos que têm a mesma função sintática. B) Orações intercaladas. C) Aposto. D) Elementos de uma enumeração. E) Oração coordenada sindética. QUE 29 - A colocação devida do pronome ao se substituir a expressão sublinhada não foi feita em: A) ―(jamais defendi o sistema de saúde americano)‖ – (jamais defendi-o). B) ―Mas infelizmente temos todos o vício de subestimar as dificuldades na arte de ler‖ – Mas infelizmente temos todos o vício de subestimá-las. C) ―Ninguém é obrigado a aceitar essa afirmativa‖ – Ninguém é obrigado a aceitá-la. D) ―Os que gostaram crucificaram as autoridades‖ – Os que gostaram as crucificaram. E) ―pois o ensaio critica as regras‖ – pois o ensaio critica-as. QUESTÃO 15 30 - Todos os termos destacados têm natureza adjetiva, EXCETO: A) ―algumas generosas‖ B) ―Meus ensaios têm colimado assuntos candentes e controvertidos.‖ C) ―seria de implantação inverossímil.‖ D) ―Sua imaginação criativa.‖ E) ―sobre a aborrecida lógica do texto‖.

TEXTO:

A crise que estamos esquecendo O tema do momento é a crise financeira global.

Eu aqui falo de outra, que atinge a todos nós, mas

especialmente jovens e crianças: a violência contra

professores e a grosseria no convívio em casa. Duas

pontas da nossa sociedade se unem para produzir

isso: falta de autoridade amorosa dos pais (e

professores) e péssimo exemplo de autoridades e

figuras públicas.

Pais não sabem resolver a má-criação dos

pequenos e a insolência dos maiores. Crianças

xingam os adultos, chutam a babá, a psicóloga, a

pediatra. Adolescentes chegam de tromba junto do

carro em que os aguardam pai ou mãe: entram sem

olhar aquele que nem vira o rosto para eles.

Cumprimento, sorriso, beijo? Nem pensar. Como

será esse convívio na intimidade? Como funciona a

comunicação entre pais e filhos? Nunca será idílica,

isso é normal: crescer é também contestar. Mas

poderíamos mudar as regras desse jogo: junto com

afeto, deveriam vir regras, punições e recompensas.

Que tal um pouco de carinho e respeito, de parte a

parte? Para serem respeitados, pai e mãe devem

impor alguma autoridade, fundamento da segurança

dos filhos neste mundo difícil, marcando seus

futuros relacionamentos pessoais e profissionais.

Mal-amados, mal-ensinados, jovens abrem caminho

às cotoveladas e aos pontapés.

Mal pagos e pouco valorizados, professores se

encolhem, permitindo abusos inimagináveis alguns

anos atrás. Um adolescente empurra a professora,

que bate a cabeça na parede e sofre uma concussão.

Um menininho chama a professora de “vadia”, em

aula. Professores levam xingações de pais e alunos,

além de agressões físicas, cuspidas, facadas,

empurrões. Cresce o número de mestres que

desistem da profissão: pudera. Em escolas e

universidades, estudantes falam alto, usam o

celular, entram e saem da sala enquanto alguém

trabalha para o bem desses que o tratam como um

funcionário subalterno. Onde aprenderam isso, se

não, em primeira instância, em casa? O que

aconteceu conosco? Que trogloditas somos – e

produzimos –, que maltrapilhos emocionais estamos

nos tornando, como preparamos a nova geração

para a vida real, que não é benevolente nem dobra

sua espinha aos nossos gritos? Obviamente não é

assim por toda a parte, nem os pais e mestres são

responsáveis por tudo isso, mas é urgente parar para

pensar.

Na outra ponta, temos o espetáculo deprimente

dos escândalos e da impunidade reinante. Um

Senado que não tem lugar para seus milhares de

funcionários usarem computador ao mesmo tempo,

e nem sabia quantos diretores tinha: 180 ou trinta?

Page 8: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 8

Autoridades que incitam ao preconceito racial e ao

ódio de classes? Governos bons são caluniados, os

piores são prestigiados. Não cedemos ao adversário

nem o bem que ele faz: que importa o bem, se

queremos o poder? Guerra civil nas ruas, escolas e

hospitais precários, instituições moralmente falidas,

famílias desorientadas, moradias sub-humanas,

prisões onde não criaríamos porcos. Que profunda e

triste impressão, sobretudo nos mais simples e

desinformados e naqueles que ainda estão em

formação. Jovens e adultos reagem a isso com

agressividade ou alienação em todos os níveis de

relacionamento. O tema “violência em casa e na

escola” começa a ser tratado em congressos,

seminários, entre psicólogos e educadores. Não vi

ainda ações eficazes.

Sem moralismo (diferente de moralidade)

nem discursos pomposos ou populistas, pode-se

mudar uma situação que se alastra – ou vamos

adoecer disso que nos enoja. Quase todos os países

foram responsáveis pela gravíssima crise financeira

mundial. Todos os indivíduos, não importa a conta

bancária, profissão ou cor dos olhos, podem reverter

esta outra crise: a do desrespeito geral que provoca

violência física ou grosseria verbal em casa, no

trabalho, no trânsito. Cada um de nós pode escolher

entre ignorar e transformar. Melhor promover a

sério e urgentemente uma nova moralidade, ou

fingimos nada ver, e nos abancamos em definitivo

na pocilga.

(Luft, Lya. Revista Veja. Edição 2107 – ano 42- nº

14. Ed. Abril. 08 de abril de 2009)

31 - A alternativa em que o sinônimo ou termo

equivalente da palavra sublinhada está

INCORRETO é: A) ”... a grosseria no convívio em casa” –

familiaridade

B) “... a má-criação dos pequenos e a insolência

dos maiores” – atrevimento

C) “... e sofre uma concussão” – choque

D) “Autoridades que incitam ao preconceito

racial...” – enfurecem

E) “... e nos abancamos em definitivo na pocilga”

- permanecemos.

32 - O par de vocábulos do texto acentuado pela

mesma regra é: A) nós / babá

B) países / inimagináveis

C) violência / países

D) gravíssima / trânsito

E) péssimo / difícil

33 - “Para serem respeitados, pai e mãe devem impor

alguma autoridade, fundamento da segurança dos

filhos.” Nessa frase do texto, o trecho destacado tem

valor de: A) Tempo.

B) Oposição.

C) Consequência.

D) Adição.

E) Finalidade.

34 - “Mal-amados, mal-ensinados, jovens abrem

caminho às cotoveladas e aos pontapés.” Assinale a

alternativa em que o acento da crase foi utilizado

pela mesma razão da frase anterior: A) Os jovens se dirigiram àquela festa.

B) Eles saíram às escondidas dos pais.

C) Os educadores se referiram à violência entre os

jovens.

D) Os estudantes fizeram uma excursão à França.

E) Essa reportagem é semelhante à que li ontem.

35 - No trecho “Crianças xingam os adultos, chutam a

babá, a psicóloga, a pediatra”, as vírgulas foram

empregadas para: A) Separar os vocativos.

B) Separar palavras ou orações de mesma função

sintática.

C) Separar o aposto.

D) Isolar o adjunto adverbial.

E) Isolar palavras e expressões interpositivas.

36 - Assinale a alternativa em que NÃO há relação

entre o pronome destacado e a palavra ou expressão

enunciada entre parênteses: A) “... que atinge a todos nós...” (1º§) – (crise)

B) “... do carro em que os aguardam...” (2º§) –

(adolescentes)

C) “... nem o bem que ele faz...” (4º§) – (governo)

D) “... que bate a cabeça na parede...” (3º§) –

(professora)

E) “... que se alastra...” (5º§) – (situação)

37 - Considere o seguinte trecho: “Um adolescente

empurra a professora...” (3º§). Em qual das

alternativas abaixo, o termo destacado NÃO

apresenta a mesma função sintática do termo

sublinhado anteriormente? A)“Um menininho chama a professora...” (3º§)

B)“Na outra ponta, temos o espetáculo deprimente...”

(4º§)

Page 9: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 9

C)“Não vi ainda ações eficazes”. (4º§)

D)“... que provoca violência física...” (5º§)

E)“Quase todos os países foram responsáveis pela

gravíssima crise...” (5º§)

38 - O emprego da palavra se, em “... que importa o

bem, se queremos o poder?” (4º§) é o mesmo que se

encontra em: A) Não se destrói assim uma vida.

B) Os dois se olharam encantados.

C) Com o tempo ele se esqueceu do acidente.

D) Se a vida é breve trate de aproveitá-la.

E) Ele se preocupa com sua saúde.

TEXTO I: Galo índio gigante

A rinha de galos é uma atividade ilícita, proibida

por lei. No entanto, a criação de aves combatentes pode ter

finalidades nobres, muito distantes da contravenção.

Grandes e robustas, elas também são excelentes na

transmissão de genes aos descendentes. O galo índio

gigante – uma variedade rústica como as aves caipiras –

surgiu justamente do cruzamento de raças combatentes com

galinhas domésticas.

Ótimo reprodutor de frangos precoces e com alto

rendimento de carne, o índio gigante também confere às

suas galinhas mais produtividade em ovos ricos em

proteínas. A beleza das penas sobrepostas e a variedade de

cores são outras características atraentes, que destacam a

ave como exemplar ornamental ou na participação de

concursos.

Criado à base de boa alimentação, o galo pode

chegar a pesar seis quilos e medir 80 centímetros – há

exemplares que crescem até cerca de um metro de altura.

Forte e dono de boa musculatura, ele tem instinto

agressivo, por isso não deve ser criado junto com outro

macho da raça após os seis meses de vida. Nos tratos

diários, no entanto, é dócil e fácil de lidar.

A criação do índio gigante não requer muita infra-

estrutura. Numa área de cinco metros quadrados, prevendo

a procriação das aves, pode ser alojado um terno – um

macho para duas fêmeas. Além disso, a variedade é

resistente, exigindo poucos cuidados dos criadores, fazendo

com que a atividade não necessite de grandes

investimentos. A criação doméstica tem a vantagem de

oferecer aves mais saudáveis, livres de antibióticos. A

produção de pequenos plantéis pode atender à demanda da

vizinhança.

A ave, porém, permite que se trabalhe com maior

escala de produção, bastando ampliar as instalações

lembrando de manter separados os machos adultos. (Texto:

João Mathias. Consultor: Eduardo Augusto Seixas / Revista

Globo Rural- Setembro 2007)

39 - A alternativa em que o sinônimo ou termo

equivalente da palavra sublinhada está INCORRETO

é:

A) “A rinha de galos é uma atividade ilícita...” – ilegítima

B) “... finalidades nobres, muito distantes da

contravenção.” – infração

C) “... são outras características atraentes...” – fascinantes

D) “... pode ser alojado um terno...” – acomodado

E) “A produção de pequenos plantéis...” – cultivos

40 - Nas alternativas abaixo o acento da crase é

facultativo em: A) “... o índio gigante confere às suas galinhas...”

B) “Criado à base de boa alimentação...”

C) “... a produção de pequenos plantéis pode atender à

demanda da vizinhança.”

D) À noite as galinhas ficam presas no galinheiro.

E) Aquele fazendeiro se dedica à criação de galos

reprodutores.

41 - “No entanto, a criação de aves combatentes pode

ter finalidades nobres...” A palavra ou expressão que

NÃO pode substituir “no entanto” é:

A) Entretanto.

B) Não obstante.

C) Todavia.

D) Contudo.

E) Portanto.

42 “... prevendo a procriação das aves...”(4º§); o

gerúndio em relação à oração anterior, tem valor de:

A) Finalidade.

B) Tempo.

C) Concessão.

D) Conseqüência.

E) Causa.

43 - “Forte e dono de boa musculatura, ele tem instinto

agressivo...” Se pluralizarmos o pronome ele, da frase

anterior, teremos a forma verbal: A) têem

B) têm

C) terão

D) teriam

E) tenham

TEXTO: Quando confrontados pelos aspectos mais

obscuros ou espinhosos da existência, os antigos gregos costumavam consultar os deuses (naquela época, não havia psicanalistas). Para isso, existiam os oráculos – locais sagrados onde os seres imortais se manifestavam, devidamente ncarnados em suas sacerdotisas. Certa vez, talvez por brincadeira, um ateniense perguntou ao conceituado oráculo de Delfos se haveria na

Page 10: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 10

Grécia alguém mais sábio que o esquisitão Sócrates.

A resposta foi sumária: ―Não‖. O inesperado elogio divino chegou aos

ouvidos de Sócrates, causando-lhe uma profunda sensação de estranheza. Afinal de contas, ele jamais havia se considerado um grande sábio. Pelo contrário: considerava-se tão ignorante quanto o resto da humanidade. Após muito meditar sobre as palavras do oráculo, Sócrates chegou à conclusão de que mudaria sua vida (e a história do pensamento).

Se ele era o homem mais sábio da Grécia, então o verdadeiro sábio é aquele que tem consciência da própria ignorância. Para colocar à prova sua descoberta, ele foi ter com um dos figurões intelectuais da época. Após algumas horas de conversa, percebeu que a autoproclamada sabedoria do sujeito era uma casca vazia. E concluiu: ―Mais sábio que esse homem eu sou. É provável que nenhum de nós saiba nada de bom, mas ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se não sei, tampouco suponho saber. Parece que sou um tantinho mais sábio que ele exatamente por não supor saber o que não sei‖. A partir daí, Sócrates começou uma cruzada pessoal contra a falsa sabedoria humana – e não havia melhor palco para essa empreitada que a vaidosíssima Atenas. Em suas próprias palavras, ele se tornou um ―vagabundo loquaz‖ – uma usina ambulante de insolência iluminadora, movida pelo célebre bordão que Sócrates legou à posteridade: ―Só sei que nada sei‖.

Para sua tarefa audaz, Sócrates empregou o método aprendido com os professores sofistas. Mas havia grandes diferenças entre a dialética de Sócrates e a de seus antigos mestres. Em primeiro lugar, Sócrates não cobrava dinheiro por suas ―lições‖ – aceitava conversar com qualquer pessoa, desde escravos até políticos poderosos, sem ganhar um tostão.

Além disso, os diálogos de Sócrates não serviam para defender essa ou aquela posição ideológica, mas para questionar a tudo e a todos sem distinção. Ele geralmente começava seus debates com perguntas diretas sobre temas elementares: ―O que é o Amor?‖ ―O que é a Virtude?‖ ―O que é a Mentira?‖ Em seguida, destrinchava as respostas que lhe eram dadas, questionando o significado de cada palavra. E continuava fazendo perguntas em cima de perguntas, até levar os exaustos interlocutores a conclusões opostas às que haviam dado

inicialmente – e tudo isso num tom perfeitamente amigável.

Assim, o pensador demonstrava uma verdade que até hoje continua universal: na maior parte do tempo, a grande maioria das pessoas (especialmente as que se consideram mais sabichonas) não sabe do que está falando. (José Francisco Botelho. Revista Vida Simples, edição 91, abril de 2010 / com adaptações)

44 - Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas: ( ) Em ―não havia psicanalistas‖ (1º§), a forma verbal ―havia‖ poderia estar no plural, concordando com ―psicanalistas‖. ( ) Em ―onde os seres imortais se manifestavam‖ (1º§) a palavra destacada pode ser substituída, sem que haja alteração do sentido do período, por nos quais. ( ) A colocação de uma vírgula depois do termo ―perguntou‖ (1º§) mantém o sentido e a correção gramatical do período. ( ) Em ―mas ele supõe saber alguma coisa e não sabe‖ (2º§), a palavra em destaque pode ser substituída, sem alteração do sentido do período, por todavia. ( ) O emprego de preposição em ―a conclusões opostas‖ (3º§) justifica-se pela regência de ―interlocutores‖ (3º§). A sequência está correta em: A) F, V, F, V, F B) F, V, V, F, V C) V, F, F, F, F D) F, V, V, F, F E) V, V, F, F, V 45 - Assinale a alternativa em que a alteração feita tenha gerado mudança do sentido do texto e erro de concordância: A) ―onde os seres imortais se manifestavam‖ (1º§) / onde os seres imortais manifestavam-se. B) ―Mais sábio que esse homem eu sou‖ (2º§) / Eu sou mais sábio que esse homem. C) ―Se ele era o homem mais sábio da Grécia, então o verdadeiro sábio é aquele que tem consciência da própria ignorância.‖ (2º§) / Se ele era o homem mais sábio da Grécia, logo o verdadeiro sábio é aquele que tem consciência da própria ignorância. D) ―a grande maioria das pessoas (...) não sabe‖ (3º§) / a maioria das pessoas (...) não sabem. E) ―E continuava fazendo perguntas em cima de perguntas, até levar os exaustos interlocutores a conclusões opostas às que haviam dado

Page 11: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 11

inicialmente‖ (3º§) / E continuava fazendo perguntas em cima de perguntas, até levar os exaustos interlocutores a conclusões opostas às que havia dado inicialmente. 46 - Analise as afirmativas a seguir: I. Em ―E continuava fazendo perguntas em cima de perguntas, até levar os exaustos interlocutores a conclusões opostas‖ (3º§), o termo destacado pode ou não receber o acento grave por tratar-se de um caso em que a crase é facultativa. II. No trecho ―Para isso, existiam os oráculos – locais sagrados onde os seres imortais se manifestavam, devidamente encarnados em suas sacerdotisas‖ (1º§), podemos usar a vírgula em substituição ao travessão. III. Em ―e a de seus antigos mestres‖ (3º§), a elipse do termo ―dialética‖ evita uma repetição desnecessária, proporcionando coesão ao texto. IV. Quanto à tipologia textual, podemos afirmar que o texto é predominantemente descritivo. Estão corretas apenas as afirmativas: A) II, III B) I, II C) III, IV D) I, II, III E) II, IV 47 - Em “Quando confrontados pelos aspectos mais obscuros ou espinhosos da existência” (1º§), “Após muito meditar sobre as palavras do oráculo” (2º§), “então o verdadeiro sábio é aquele que tem consciência da própria ignorância” (2º§), “A partir daí, Sócrates começou uma cruzada pessoal contra a falsa sabedoria” (2º§), e “Mas havia grandes diferenças entre a dialética de Sócrates e a de seus antigos mestres” (3º§), as expressões destacadas indicam, respectivamente, ideia de: A) Tempo, tempo, conclusão, conclusão, adversidade. B) Consequência, tempo, tempo, conclusão, adversidade. C) Tempo, tempo, tempo, conclusão, adversidade. D) Tempo, tempo, tempo, conclusão, adição. E) Tempo, tempo, conclusão, tempo, adversidade. 48 - Marque a alternativa em que a expressão destacada NÃO tem a mesma função sintática das demais: A) ―O inesperado elogio divino chegou aos ouvidos de Sócrates‖ (2º§)

B) ―causando-lhe uma profunda sensação de estranheza.‖ (2º§) C) ―que Sócrates legou à posteridade‖ (2º§) D) ―que lhe eram dadas‖ (3º§) E) ―até levar os exaustos interlocutores a conclusões opostas‖ (3º§) TEXTO: Alguém paga

Trinta anos após a Declaração de Alma-Ata,

aprovada na Conferência Internacional sobre Cuidados

Primários de Saúde, cuja meta era levar “Saúde para Todos

no Ano 2000”, um terço da população mundial continua

sem acesso a serviços básicos de saúde.

Em todo o mundo, centenas de milhões de pessoas

sofrem com a falta de alimentos, água potável, moradia,

saneamento básico e educação.

A situação persiste e desafia a liderança e a

capacidade de ação de autoridades e especialistas porque

lida com uma complexa conjunção de fatores políticos,

sociais, econômicos e científico-tecnológicos. Problemas

globais demandam soluções globais. Nesta categoria está a

ampliação do acesso das populações aos medicamentos.

E o ponto central quando se aborda a questão da

oferta de medicamentos a “preços acessíveis” são as fontes

de financiamento para a pesquisa e o desenvolvimento

(P&D) de substâncias para o tratamento de doenças de

larga incidência em países pobres e ricos. Pois os custos

envolvidos nas diversas etapas de P&D de um edicamento

são estimados em centenas de milhões de dólares. E o

dinheiro precisa vir de algum lugar: Poder Público (isto é, a

população), empresas (acionistas e investidores), etc.

Recentemente, um laboratório público anunciou a

venda de um novo medicamento a “preço de custo”. Na

verdade, a pesquisa do produto foi paga por um consórcio

de países e organizações não-governamentais. O tal preço

de custo referia-se apenas aos gastos de fabricação. Se o

medicamento tivesse de ser desenvolvido integralmente –

da pesquisa básica à última fase da pesquisa clínica –, seu

preço seria muito maior.

Para o economista Jeffrey Sachs, assessor especial

do secretário-geral da ONU para as Metas de

Desenvolvimento do Milênio, doenças como a malária

poderiam ser superadas por meio de investimentos

coordenados mundialmente. Ele reconhece, no entanto, que

faltam fundos globais para que este objetivo seja alcançado.

Enquanto a comunidade internacional não chega a

um consenso sobre um grande pacto que defina fontes de

financiamento, a indústria farmacêutica realiza os elevados

investimentos necessários ao desenvolvimento de

moléculas inovadoras, que serão mais tarde recuperados no

preço de venda desses produtos.

Sem a decisiva contribuição da indústria, a

mobilização para o controle da epidemia de Aids não teria

tido o sucesso que alcançou, no bojo de um processo que

levou à criação de 88 medicamentos e atualmente financia o teste de 92 novas substâncias.

Page 12: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 12

Em 2006, a indústria farmacêutica mundial

investiu mais de US$ 75 bilhões na pesquisa de moléculas

para o tratamento de milhares de doenças, como

tuberculose (19 substâncias), malária (20), doenças

materno-infantis (219), doenças predominantes entre as

mulheres (mais de 700), etc.

Para além da retórica e de projetos ainda

incipientes, o fato é que os principais avanços das últimas

décadas na síntese de medicamentos resultaram da

iniciativa da indústria farmacêutica e não de governos,

organismos internacionais ou ONGs. (Ciro Mortella, O Globo,

25/08/2008)

49 - Analise as alternativas abaixo e assinale a correta:

A) “Ele reconhece, no entanto, que faltam...” as vírgulas

podem ser eliminadas.

B) “Recentemente” (5°§) pode ficar entre vírgulas depois

de “a venda” mantendo o mesmo sentido e a correção

gramatical.

C) Colocar vírgula depois de “central” e “acessíveis”

(3°§) provoca erro gramatical.

D) Eliminar a vírgula depois de “incipientes” (10°§)

mantém a frase gramatical correta.

E) Usar vírgula depois de “persiste” (2°§) é correto.

50 - Assinale a alternativa em que as palavras são

acentuadas pela mesma razão, respectivamente de:

conferência, potável, farmacêutica e além:

A) água, indústria, décadas, está

B) secretário, países, dólares, está

C) incidência, substâncias, retórica, saúde

D) malária, acessível, básica, reféns

E) substâncias, público, últimas, países

51 - Assinale a alternativa INCORRETA quanto à

concordância verbal:

A) Alagoas fica na Região Nordeste.

B) Alguns de nós serão bem classificados no concurso.

C) Algum de nós paga o preço de custo do medicamento.

D) Os Estados Unidos está em campanha para eleger o

novo presidente.

E) Derrubaram a palmeira e o coqueiro centenários.

TEXTO III: O Dia da Independência Nossa liberdade é parcial, todos sabem. Não me

refiro ao país, e sim a nossa liberdade individual, minha e

sua. Sempre que toco nesse assunto me vem à cabeça a

frase: “O máximo de liberdade que podemos almejar é

escolher a prisão em que queremos viver.” É isso aí. E

quais são essas prisões? Pode ser um casamento ou, ao

contrário, um compromisso com a solidão.

Pode ser um emprego ou uma cidade que não

conseguimos abandonar. Pode ser a maternidade. Pode ser

a política. Pode ser o apego ao poder. Enfim, todas as

nossas escolhas, incluindo as felizes, implicam algum

confinamento, em alguma imobilidade, e não há nada de

errado com isso, simplesmente assim é a vida, feita de

opções que nos definem e nos enraízam.

Mas, às vezes, exageramos. Costumamos nos

acorrentar também a algumas certezas e pensamentos como

forma de dizer ao mundo quem somos. É como se

redigíssemos uma constituição própria, para através dela

apresentar à sociedade nossos alicerces: sou contra o voto

obrigatório, sou a favor da descriminação das drogas, sou

contra a pena de morte, sou a favor do controle de

natalidade, sou contra a proibição do aborto, sou a favor

das pesquisas com célula-tronco. Esse é apenas um

exemplo de identidade que forjamos ao longo da vida.

Você deve ter a sua, eu tenho a minha.

Dá uma segurança danada saber exatamente o que

queremos e o que não queremos, no que cremos e no que

desacreditamos. Mas onde é que está escrito, de fato, que

temos que pensar sempre a mesma coisa, reagir sempre da

mesma forma?

Ao trocar de opinião ou de hábitos, infringimos

nossas próprias regras e passamos adiante uma imagem

incômoda: a de que não somos seres confiáveis. As pessoas

a nossa volta já haviam aprendido tudo sobre nós, sabiam

lidar com nossos humores e nossos revezes, estava tudo

dentro do programa e, de repente, ao mudarmos de idéia ou

fazermos algo que nunca havíamos feito, subvertemos a

ordem natural das coisas.

Quando visito algumas escolas, encontro

estudantes um pouco assustados com as escolhas que farão

e que lhes parecem definitivas. Tento aliviá-los: pensem,

repensem, mudem quantas vezes vocês quiserem, é

permitido voltar atrás. Digo isso porque eu mesma já

reprimi muito meus movimentos, minhas alternâncias,

numa época em que eu achava que uma pessoa

séria tinha que morrer com suas escolhas. Ainda há quem

considere leviana a pessoa que se questiona e se contradiz,

mas já bastam as prisões necessárias – para que cultivar as

desnecessárias?

Optei pelas medidas provisórias. Por isso, todos os

anos eu faço uns picotes na minha constituição imaginária e

jogo os pedacinhos de papel pela janela: é assim que

comemoro o Dia da Independência. Da minha. (Martha Medeiros, Revista O Globo 07/09/2008, p.22)

52 - A alternativa que contém ERRO gramatical é:

A) Muitos estão presos à política.

B) A liberdade de escolha é um privilégio garantido pela

Constituição.

C) Muitos motoristas infligem as leis de trânsito, por isso

as autoridades infringem-lhes multas.

Page 13: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 13

D) Todos vivem na expectativa de total liberdade.

E) Não há empecilho no caminho a seguir.

53 - Assinale a alternativa em que as palavras são

acentuadas obedecendo respectivamente às regras que

regem a

acentuação, de: “política” “aliviá-los” “alternância”

“idéia”:

A) redigíssemos, atrás, imaginária, papéis

B) necessárias, há, séria, jóia

C) célula, já, independência, provisórias

D) hábitos, dá, própria, troféus

E) máximo, você, provisórias, confiáveis

54 - No terceiro parágrafo a conjunção mas introduz:

A) Acréscimo.

B) Explicação.

C) Conclusão.

D) Oposição.

E) Alternância

.

55 - Todas as conjunções foram analisadas

corretamente, EXCETO:

A) Quando visito algumas escolas, encontro estudantes um

pouco assustados. (temporal)

B) Caso troque de opinião, conversaremos melhor.

(condicional)

C) Todos os anos eu faço uns picotes na minha constituição

imaginária e jogo os pedacinhos de papel pela janela.

(adversativa)

D) É como se redigíssemos uma constituição própria, para

que, através dela, apresentássemos à sociedade nossos

alicerces...” (final)

E) ... ao mudarmos de idéia ou fazermos algo que nunca

havíamos feito, subvertemos a ordem natural das coisas.

(conclusiva)

56 - “Sempre que toco nesse assunto me vem à cabeça

aquela frase...” Assinale a alternativa em que é

obrigatório o uso do acento indicador da crase, como na

frase anterior:

A) Os rapazes foram até a sala para conhecerem as primas

que chegaram da Bahia.

B) Entregamos o dinheiro as pessoas responsáveis.

C) As pessoas a nossa volta já haviam aprendido tudo sobre

nós.

D) Muitas pessoas são a favor do governo.

E) Todos irão a Natal nas próximas férias.

57 - Analise as frases quanto à estrutura: I. Os brasileiros ficamos acomodados com atitudes

corruptas dos políticos desonestos.

II. Todos aspiram a um futuro seguro.

III. Não nos esqueçamos que nós mesmos escolhemos

nossas prisões.

IV. Costumamos nos dedicar à algumas pessoas que não

são confiáveis.

Em relação à estrutura das frases anteriores, assinale a

alternativa correta: A) Todas estão de acordo com a norma gramatical.

B) Todas estão em desacordo com a norma gramatical.

C) Estão de acordo com a norma gramatical as afirmativas

I, II e III.

D) Estão de acordo com a norma gramatical as afirmativas

I e II.

E) Estão de acordo com a norma gramatical as afirmativas

II e III.

58 - Assinale a afirmativa em que há ERRO: A) “Pode ser o apego ao poder” (linhas 04 e 05) Trocando

“ao” por “do” compromete o sentido e a correção da frase.

B) “...numa época em que eu achava” (linha 21) Se

substituir “em que” por “onde” a frase mantém a correção

gramatical.

C) “Optei pelas medidas provisórias”. (linha 24) A

preposição “por” pode substituir a contração “pelas”

mantendo a

correção gramatical.

D) “O máximo de liberdade que podemos almejar é

escolher a prisão em que queremos viver” (linha 02) Pode-

se substituir

“em que” por “onde”.

F) “Ainda há quem considere leviana...” (linha 22)

Substituindo “há” por “tem” a frase fica na modalidade

informal.

59 - A reescrita da frase NÃO mantém o sentido

original e a correção gramatical em: A) “Nossa liberdade é parcial.” (É parcial nossa liberdade.)

B) “Ao trocar de opinião ou de hábitos, infringimos nossas

próprias regras.” (Infringimos nossas próprias regras, ao

trocar

de opinião ou de hábitos.)

C) “Costumamos nos acorrentar também a algumas

certezas e pensamentos como forma de dizer ao mundo

quem somos.”

(Como forma de dizer ao mundo quem somos, costumamos

nos acorrentar também a algumas certezas e pensamento.)

D) “Esse é apenas um exemplo de identidade que forjamos

ao longo da vida.” (Um exemplo de identidade, forjamos ao

longo da vida que é esse apenas.)

E)“Mas, às vezes, exageramos.” (Mas exageramos, às

vezes.)

60 - Há ERRO quanto à colocação do pronome átono

em: A) Sempre me vêm à cabeça os ensinamentos que recebi

quando era criança.

B) Digo-lhe o que penso.

C) Os companheiros nunca me perdoarão.

Page 14: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 14

D) Perdoar-lhe-ão os juros da dívida, desde que ele pague

todo o capital.

E) As pessoas tinham ajudado-me a montar a casa.

61 - Assinale a afirmativa que encontra- se na voz

passiva:

A) Muitas pessoas sofreram torturas por questões políticas.

B) Muitas pessoas já foram torturadas por questões que elas

mesmas desconheciam.

C) Nos hospitais, muitas pessoas sofrem.

D) Na vida, muitas pessoas acorrentam-se a prisões como

um emprego, uma cidade.

E) Ser pessoa decidida dá segurança.

TEXTO: APELO Amanhã faz um mês que a Senhora está

longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa da esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, como a última luz na varanda.

E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero da salada − meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada.

Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. (TREVISAN, Dalton. Apelo. In: BOSI,

Alfredo, org. O conto brasileiro contemporâneo. São Paulo, Cultrix/Edusp. 1975. p. 190.)

. 62 - Considere o seguinte trecho: “Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou”. Em qual das alternativas abaixo o termo destacado apresenta a mesma função sintática do termo sublinhado anteriormente? A) ―Toda a casa era um corredor deserto...‖. B) ―Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água...‖. C) ―Uma hora da noite eles se iam...‖. D) ―Não tenho botão na camisa...‖. E) ―... como a última luz na varanda‖.

63 - Considere os seguintes enunciados: I. “... como a última luz na varanda”. II. “E comecei a sentir falta das pequenas brigas...” III. Ele a considerava como uma verdadeira companheira”. Os termos grifados são, respectivamente: A) Artigo, pronome, preposição. B) Artigo, preposição, pronome. C) Preposição, preposição, pronome. D) Pronome, preposição, artigo. E) Artigo, artigo, pronome. 64 - “Não tenho botão na camisa...”. A palavra sublinhada na frase anterior faz o plural da mesma forma que, EXCETO: A) Anão. B) Caixão. C) Limão. D) Zangão. E) Alemão. 65 - As palavras mês, está e água, respectivamente, recebem acento pelo mesmo motivo que: A) Baú, sofá, possível. B) Caí, será, última. C) Até, já, ausência. D) Pés, saúde, notícia. E) Nós, até, canário. 66 - Na frase “Acaso é saudade, Senhora?”, a palavra sublinhada pode ser substituída por, EXCETO: A) Porventura. B) Alguma vez. C) Talvez. D) Quiçá. E) Quem sabe. TEXTO: A nova cara da ciência(fragmento)

Há três maneiras de aferir o grau de relevância de

um cientista numa sociedade moderna. A primeira é saber

quantos dos artigos publicados em revistas de alto nível

acadêmico levam o seu nome. A segunda mede o número

de vezes em que seu trabalho aparece citado por outros

pesquisadores.

Por fim, são contabilizados os mestres e doutores

formados sob a batuta daquele cientista. Da combinação

desses três medidores surge um poderoso indicador –

aplicado em países da Europa, nos Estados Unidos e agora

no Brasil – capaz de atestar não só o nível de um

especialista e sua obra mas também seu efeito

Page 15: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 15

multiplicador. Um novo ranking revelou que quinze

cientistas brasileiros estão entre os mais influentes do

mundo, segundo esse critério.

Três deles nunca haviam aparecido numa lista

desse tipo. Eles chamam atenção pelos feitos científicos,

todos na área de biomedicina, e pela faixa etária. Aos 40 e

poucos anos, são precoces em um ambiente em que o

apogeu se dá, em geral, uma década mais tarde. Por essa

razão, desapontam no levantamento feito pela Coordenação

de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes),

o órgão de apoio à pesquisa do governo federal, como

expoentes de uma nova geração de cientistas brasileiros.

A pesquisa tomou como base o Scopus, banco de

dados com sede na Holanda, que reúne informações de 97

países e armazena 1% dos periódicos científicos –

justamente aqueles de maior repercussão internacional. É

uma referência mundial. (Camila Antunes, Revista Veja, 15 de

agosto de 2007/ p.108)

67 - Em “...bancos de dados com sede na Holanda, que

reúne informações de 97 países...” e “...um novo ranking

revelou que quinze cientistas...” as palavras grifadas são

classificadas, respectivamente, como: A) Advérbio e conjunção.

B) Pronome e conjunção.

C) Preposição e pronome.

D) Partícula expletiva e preposição.

E) Pronome e pronome.

68 - Em “Eles chamam atenção pelos feitos

científicos...” a concordância verbal está correta.

Assinale a alternativa em que o mesmo NÃO ocorre:

A) O chefe de família, o pai, é importante para a educação

dos filhos.

B) Assiste-se a belas peças teatrais nas férias.

C) Bateram três horas no relógio da matriz.

D) Faltava conferir as encomendas.

E) Os conselhos dos mais velhos ensinou-me a ser

obediente.

TEXTO: Telegrama ao ministro

Era sábado. O presidente e seus assessores

sentaram-se em volta da mesa de reuniões. Precisavam

encontrar uma forma de demitir o ministro sem ferir

suscetibilidades. Afinal, já era o quarto ministro que o

presidente trocava nessa área em menos de oito meses.

Alguém sugeriu um telegrama:

- É a forma mais impessoal, presidente. Assim

ninguém fica tão diretamente envolvido.

- Sim, mas com que texto? Eu gosto muito dele.

Sou presidente, mas não estou aqui para magoar ninguém –

disse o presidente.

- Isso é fácil – falou outro assessor. – Basta olocar:

Venha urgente Brasília. Sua demissão imediata.

Todos leram e alguém em volta da mesa, não se

sabe ao certo qual dos assessores, comentou:

- Eu acho que não está bom. Afinal de contas,

vocês sabem que o ministro já está meio estressado com

todas as denúncias de favorecimento, de repente pode ter

um enfarte e o governo fica mal. (...)

Mas um assessor formado em Letras e Filosofia,

resolveu redigir o telegrama: Aqui tudo ótimo. Brasília

tranqüila. Clima magnífico. Volte assim que puder. Saudades. Sempre teu, presidente.

De todas as formas apresentadas até então, essa foi

a que causou mais revolta. (...)

Um assessor de mais idade, conhecido em Juiz de

Fora pela habilidade com que arbitrava discussões sobre os

mais variados temas, sentou-se, pensou bem, ponderou,

molhou a ponta do lápis na língua e caprichou: Se possível

volte. Nenhum motivo para apreensão. Presidente morto de saudades. Pequena surpresa ao chegar.

- Realmente, esse bate todos os recordes! – disse

um jovem assessor muito invejoso. – Em primeiro lugar,

não é “se possível”, ele tem que voltar mesmo. (...)

Abandonaram a idéia rapidamente. Seguiu-se um

longo período de silêncio em que os assessores andavam de

lá para cá. Serviu-se mais um cafezinho. Finalmente o

presidente se sentou à mesa e ele mesmo redigiu o

telegrama: Aproveite bem o fim de semana. Aqui tudo na

mesma. Tudo ótimo. Não esquente. E divirta-se. (Jô Soares –

Veja, 19/05/1993)

69 - “Afinal, já era o quarto ministro que o presidente

trocava nessa área em menos de oito meses.” O vocábulo

grifado expressa uma idéia de:

A) Afirmação.

B) Conseqüência.

C) Realce.

D) Tempo.

E) Inclusão.

70 - A expressão “se possível” foi rejeitada por um dos

assessores, por expressar:

A) Dúvida.

B) Certeza.

C) Insatisfação.

D) Impossibilidade.

E) Exclusão.

71 - Observando o uso correto da ortografia oficial,

assinale a seqüência que completa corretamente o uso

de por que,

por quê, porque e porquê:

“______________ o ministro demorou tanto?

_______________? Não o intimide, _________________

ele está com a

razão. Ele explicará o ________________de sua decisão.”

A) Por que, por quê, porque, porquê

B) Por quê, porque, por que, porquê

Page 16: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 16

C) Porque, porquê, por quê, por que

D) Por que, porquê, por quê, porque

E) Porquê, porque, por que, por quê

72 - Observe este grupo de palavras: Sábado – ótimo –

magnífico. Qual é a regra que determina o acento dessas

palavras? A) Acentuam-se os hiatos tônicos.

B) Acentuam-se todas as palavras proparoxítonas.

C) Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em a, e, o,

em (s).

D) Acentuam-se os ditongos abertos tônicos.

E) Acentuam-se as palavras paroxítonas.

73 - Em uma das tentativas de rascunhar o telegrama,

um dos assessores dividiu silabicamente a palavra

“saudades” de modo incorreto. “Se possível volte.

Nenhum motivo para apreensão. Presidente morto de sa-

udades. Pequena surpresa ao chegar.” De acordo com o

padrão culto, identifique a alternativa que apresenta

outro exemplo de divisão silábica INCORRETA:

A) jó – ia

B) psi – ca – ná – li – se

C) a – pre – en – são

D) ca – rac – te – res

E) vo – ou

74 - “O presidente não desejava magoar ninguém, era

um cuidar da imagem necessário.” Na frase anterior, há

uma palavra empregada numa classe gramatical

diferente daquela a que normalmente pertence. Que

palavra é essa?

A) Presidente.

B) Ninguém.

C) Cuidar.

D) Desejava.

E) Imagem.

75 - Ainda com relação à questão anterior, que

processo de derivação ocorreu nessa frase referente à

palavra empregada numa classe gramatical diferente?

A) Derivação regressiva.

B) Derivação imprópria.

C) Derivação sufixal.

D) Derivação prefixal.

E) Derivação prefixal e sufixal.

76 - Considerando-se o gênero do substantivo, assinale

a alternativa que está de acordo com a variedade

padrão da língua:

A) Foram compradas duzentas gramas de presunto para o

lanche da tarde.

B) Foram comprados duzentos gramas de presunto para o

lanche da tarde.

C) Foram comprados duzentas gramas de presunto para o

lanche da tarde.

D) Compraram-se duzentas gramas de presunto para o

lanche da tarde.

E) Compraram-se duzentos gramos de presunto para o

lanche da tarde.

77 - Entre as frases a seguir, há uma na qual a

concordância do verbo ser está em desacordo com a

variedade padrão. Identifique-a:

A) Presidente, isto já são coisas do passado.

B) Os Estados Unidos são o país mais desenvolvido do

mundo.

C) Hoje são 22 de julho.

D) Quem são esses homens, são assessores?

E) Neste caso, o líder sou eu.

78 - Ainda em relação à concordância, está em acordo

com a variedade padrão: A) Fazem meses que este telegrama foi enviado.

B) Deve existir meios mais fáceis de redigir este telegrama.

C) Fez-se os telegramas necessários para o entendimento da

situação.

D) Havia assessores responsáveis naquela sala.

E) Já fazem três dias que não encontramos resposta para

este problema.

TEXTO: A Promessa

Tão depressa vi desaparecer o agregado no

corredor, deixei o esconderijo, e corri à varanda do

fundo. Não quis saber de lágrimas nem da causa que as

fazia verter a minha mãe.

A causa era provavelmente os seus projetos

eclesiásticos, e a ocasião destes é a que vou dizer, por ser

já então história velha; datava de dezesseis anos.

Os projetos vinham do tempo em que fui

concebido. Tendo-lhe nascido morto o primeiro filho,

minha mãe pegou-se com Deus para que o segundo

vingasse, prometendo, se fosse varão, metê-lo na Igreja.

Talvez esperasse uma menina. Não disse

nada a meu pai, nem antes, nem depois de me dar à luz;

contava fazê-lo quando eu entrasse para a escola, mas

enviuvou antes disso.

Viúva, sentiu o terror de separar-se de mim; mas

era tão devota, tão temente a Deus, que buscou testemunhas

da obrigação, confiando a promessa a parentes e familiares.

Unicamente, para que nos separássemos o mais tarde

possível, fez-me aprender em casa primeiras letras, latim e

doutrina, por aquele Padre Cabral, velho amigo do tio

Cosme, que ia lá jogar às noites.

Prazos largos são fáceis de subscrever; a

imaginação os faz infinitos. Minha mãe esperou que os

anos viessem vindo.

Entretanto, ia-me afeiçoando à idéia da Igreja;

brincos de criança, livros devotos, imagens de santos,

conversações de casa, tudo convergia para o altar. Quando

íamos à missa, dizia-me sempre que era para aprender a ser

padre, e que reparasse no padre, não tirasse os olhos do

Page 17: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 17

padre. Em casa, brincava de missa –, um tanto às

escondidas, porque minha mãe dizia que missa

não era coisa de brincadeira. Arranjávamos um altar,

Capitu e eu. Ela servia de sacristão, e alterávamos o ritual,

no sentido de dividirmos a hóstia entre nós; a hóstia era

sempre um doce.

No tempo em que brincávamos assim, era muito

comum ouvir à minha vizinha: “Hoje há missa?” Eu já

sabia o que isto queria dizer, respondia afirmativamente, e

ia pedir hóstia por outro nome. Voltava com ela,

arranjávamos o altar, enrolávamos o latim e precipitávamos

as cerimônias. Dominus, non sum dignus...

Isto, que eu devia dizer três vezes, penso que só

dizia uma, tal era a gulodice do padre e do sacristão. Não

bebíamos vinho nem água; não tínhamos o primeiro, e a

segunda viria tirar-nos o gosto do sacrifício. Ultimamente

não me falavam já do seminário, a tal ponto que eu supunha

ser negócio findo. Quinze anos, não havendo vocação,

pediam antes o seminário do mundo que o de São José.

Minha mãe ficava muita vez a olhar para mim, como alma

perdida, ou pegava-me na mão, a pretexto de nada, para

apertá-la muito. (ASSIS, Machado de. In Dom Casmurro. São

Paulo, Editora Scipione Ltda. 1994. P.12)

79 - Quanto à classe gramatical das palavras

sublinhadas a seguir, tem-se a correspondência correta

em:

A) “... por ser já então história velha...” (1º§) – preposição

B) “... e a ocasião destes é a que vou dizer...” (1º§) – artigo

C) “Talvez esperasse uma menina” (2º§) – conjunção

D) “... que ia lá jogar às noites“ (2º§) – pronome relativo

E) “... a imaginação os faz infinitos.” (3º§) – pronome

demonstrativo

80 - “... mas era tão devota, tão temente a Deus, que

buscou testemunhas da obrigação...” A oração

sublinhada na frase anterior traz uma idéia de: A) Intensidade.

B) Causa.

C) Conseqüência.

D) Explicação.

E) Conclusão.

81 - Cada alternativa abaixo apresenta um princípio

ortográfico seguido de um exemplo retirado do texto. A

exemplificação está correta somente em:

A) Acentuam-se todos os proparoxítonos: lágrimas e

possível.

B) Acentua-se a segunda vogal tônica dos hiatos: viúva e

fáceis.

C) Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em

a(s), e(s), o(s): já e até.

D) São acentuados os paroxítonos terminados em ditongo:

hóstia e água.

E) Acentuam-se os ditongos abertos éi, éu, ói: idéia e

negócio.

82 - O emprego da palavra SE, em “... para que o

segundo vingasse, prometendo, se fosse varão...” (2º§), é

o mesmo que se encontra em: A) “...minha mãe pegou-se com Deus...”

B) “Se eles pegam de namoro...”

C) “Viúva, sentiu o terror de separar-se de mim.”

D) Os dois se olharam longamente.

E) Não se constrói nada dessa forma”.

83 - Em qual das alternativas abaixo o emprego da

crase é facultativo? A) “... e corri à varanda do fundo”

B) “... ia-me afeiçoando à idéia da Igreja.”

C) “... nem depois de me dar à luz...”

D) “Quando íamos à missa...”

E) “... era muito comum ouvir à minha vizinha...”

GABARITO

01 - A

02 - E

03 - A 04 - C

05 – A

07 – A

08 – D

09 – A

10 – D

11 – C

12 – B

13 – D

14 – A

15 – D

16 – B

17 – D

18 – A

19 – D

20 – B

21 - LETRA A (EM RELAÇÃO AO ANTIGO

ACORDO). SE FOSSE O NOVO ACORDO SERIAM

CINCO, POIS IDEIA NÃO RECEBE ACENTO NO

NOVO ACORDO.

22 - C

23 – B 24 – E 25 - D 26 – A 27 – E 28 - E 29 - A

30 – E

31 – A

Page 18: Colet+ónea Consulplan

Gramática – Professora Selma Frasão – Contato: [email protected]

Professora Selma Frasão – [email protected] Gramática para Concursos

Página 18

32 – D

33 – E

34 – D

35 – B

36 – C

37 – E

38 – D

39 – E

40 – A

41 – D

42 – A

43 – B

44 – A (REPETIDA)

45 – E (REPETIDA)

46 – A (REPETIDA)

47 – E (REPETIDA)

48 – A (REPETIDA)

49 – B

50 – D

51 – D

52 – C

53 – A

54 – D

55 – E

56 – B

57 – D

58 – B

59 – D

60 – E

61 – D

62 – C

63 – B

64 – E

65 – E

66 – B

67 – B

68 – E

69 – C

70 – A

71 – A

72 – B

73 – A

74 – C

75 – B

76 – B

77 – SR

78 – D

79 – D

80 – C

81 – D

82 – B

83 - E

UESTÃO 01 O