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1 COLÉGIO ESTADUAL JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO E-MAIL: [email protected] [email protected] PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO SANTA MARIANA PARANÁ 2017

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COLÉGIO ESTADUAL JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

E-MAIL: [email protected]

[email protected]

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

SANTA MARIANA – PARANÁ

2017

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“Ter uma identidade tem a ver com ter uma história,

com poder colocar a própria realidade entre passado

e futuro, integrando na realidade essa história e esse

novo projeto”.

Joan Subiratis

“A importância do projeto político-pedagógico está no fato de que ele passa a

ser uma direção, um rumo para as ações da escola. É uma ação intencional

que deve ser definida coletivamente, com consequente compromisso coletivo.”

Geraldo Antônio Betini

Nesse sentido, consideramos que o Projeto Político-Pedagógico prevê todas as

atividades da escola, do pedagógico ao administrativo, devendo ser uma das metas

do Projeto construir uma escola democrática, capaz de contemplar vontades da

comunidade na qual ela surge, tanto na sua elaboração quanto na sua

operacionalização, desde professores, pais, representantes de alunos, funcionários e

outros membros da comunidade escolar.

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SUMÁRIO

01- APRESENTAÇÃO……………………………………………………………………………………… 06

02- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO……………………………………………………… 07

03- MARCO SITUACIONAL……………………………………………………………………………… 09

Justificativa…………………………………………………………………………………………… 09

Objetivos……………………………………………………………………………………………… 12

Oferta da Instituição………………………………………………………………………………….. 12

Ocupação do Tempo e dos Espaços Pedagógicos............................................................... 17

Sala de Recursos……………………………………………………………………………………… 17

CELEM- Língua Estrangeira Moderna…………………………………………………………….. 21

Atividades Complementares Curriculares de Contraturno................................................... 23

Atividade: Aula especializada em treinamento esportivo – Futsal....................................... 23

Organização e Carcterização da Instituição........................................................................... 24

Localização e Histórico do Estabelecimento.......................................................................... 29

Comunidade Atendida……………………………………………………………………………… 30

Condições Físicas e Materiais……………………………………………………………………… 30

Relação da Equipe de Direção, Equipe Pedagógica, Equipe Docente, Equipe Técnico-

Administrativa e dos Assistentes de Execução..................................................................

33

Quadro Demonstrativo de Professores-Ano Letivo 2016...................................................... 34

Quadro Demonstrativo de Funcionários-Ano Letivo 2016.................................................... 35

04- MARCO CONCEITUAL……………………………………………………………………………… 37

Filosofia e Princípios Didático-Pedagógicos da Instituição................................................. 37

Perfil do Aluno e Descrição da Realidade.............................................................................. 39

Concepção de Homem e Mundo............................................................................................. 42

Concepção de Sociedade…………………………………………………………………………… 42

Concepção de Infância e Adolescência.................................................................................. 43

A Implantação do Ensino Fundamental de Nove Anos......................................................... 47

Concepção de Educação e Escola......................................................................................... 48

Concepção de Cultura……………………………………………………………………………… 49

Concepção de Trabalho……………………………………………………………………………… 49

Concepção de Tecnologia…………………………………………………………………………… 50

Concepção de Cidadania…………………………………………………………………………… 50

Concepção de Conhecimento……………………………………………………………………… 51

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Concepção de Ensino –Aprendizagem…………………………………………………………… 51

Concepção de Avaliação…………………………………………………………………………….. 52

Concepção de Currículo……………………………………………………………………………... 52

Concepção de Letramento………………………………………………………………………… 53

Concepção de Gestão Escolar……………………………………………………………………… 54

05- MARCO OPERACIONAL……………………………………………………………………………… 56

Plano de Ação…………………………………………………………………………………………. 56

Atividades Escolares em Geral e as Ações Didático-Pedagógicas a serem realizadas

no Ano de 2017……………………………………………………………………………..................

56

Direção………………………………………………………………………………………………….. 56

Equipe Pedagógica…………………………………………………………………………………… 57

Equipe Docente……………………………………………………………………………………… 60

Regime Escolar………………………………………………………………………………………... 61

Da Classificação………………………………………………………………………………………. 61

Da Reclassificação…………………………………………………………………………………… 63

Da Avaliação da Aprendizagem, da Recuperação de Estudos e Da Promoção da

Progressão Parcial……………………………………………………………………………..........

65

Gestão da Escola……………………………………………………………………………………… 68

O Conselho Escolar…………………………………………………………………………………... 69

Equipe de Direção…………………………………………………………………………………….. 71

Órgãos colegiados de Representação da Comunidade Escolar........................................ 72

Associação de pais, mestres e funcionários………………………………………………......... 72

Grêmio Estudantil…………………………………………………………………………………….. 74

Representante de turma…………………………………………………………………………….. 75

Conselho de Classe…………………………………………………………………………………. 75

Equipe Docente……………………………………………………………………………………….. 76

Equipe Técnico- Administrativa…………………………………………………………………… 77

Equipe Multidisicplinar………………………………………………………………………………. 78

Plano de Ação Equipe Multidisciplinar…………………………………………………………… 81

Proposta Curricular Específica…………………………………………………………………….. 84

Estrutura do Curso Fundamental Anos Finais…………………………………………………... 84

Matriz Curricular – Ensino Fundamental Anos finais – Matutino........................................ 85

Matriz Curricular – Ensino Fundamental Anos finais – Vespertino.................................... 86

Estrutura do Curso Esnino Médio........................................................................................... 87

Matriz Curricular – Ensino Médio – Matutino........................................................................ 88

Matriz Curricular – Ensino Médio – Noturno.......................................................................... 89

Proposta Pedagógica Curricular de Arte................................................................................ 90

Proposta Pedagógica Curricular de Biologia......................................................................... 113

Proposta Pedagógica Curricular de Ciências........................................................................ 118

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Proposta Pedagógica Curricular de Educação Física........................................................... 131

Proposta Pedagógica Curricular de Ensino Religioso.......................................................... 135

Proposta Pedagógica Curricular de Filosofia......................................................................... 142

Proposta Pedagógica Curricular de Física............................................................................. 148

Proposta Pedagógica Curricular de Geografia...................................................................... 162

Proposta Pedagógica Curricular de História......................................................................... 168

Proposta Pedagógica Curricular de Língua Portuguesa................................................................ 179

Proposta Pedagógica Curricular de Matemática.................................................................... 206

Proposta Pedagógica Curricular de Química........................................................................ 217

Proposta Pedagógica Curricular de Sociologia.................................................................... 223

Proposta Pedagógica Curricular de Inglês............................................................................. 226

Proposta Pedagógica Curricular de LEM- Espanhol............................................................ 239

Plano de Formação Continuada para os professores.......................................................... 260

Plano de Avaliação Institucional Interna................................................................................ 262

Avaliação da aplicação dos recursos financeiros da escola............................................... 264

Avaliação do PPP……………………………………………………………………………………... 264

Análise dos Índíces de Reprovação........................................................................................ 265

Programa de Atividades Complementares Periódicas de Contraturno .............................. 267

Programa Novo Mais Educação…………………………………………………………………… 269

Projeto – Atividades Complementares de Contraturno Futsal............................................ 271

Calendário ……………………………………………………………………………………………... 273

Plano de Ação…………………………………………………………………………………………. 275

Caderno de Subsídios- Aprovação/Reprovação e Desempenho Escolar............................ 278

Violência/Drogadição............................................................................................................... 279

Abandono e Evasão Escolar................................................................................................... 281

Serviço de Apoio Complementar Especializado – Sala de Recurso Multifuncional tipo I. 283

Avaliação Instituccional Externa............................................................................................ 284

Brigada Escolar e Defesa Civil na escola............................................................................. 286

Conclusão………………………………………………………………………………………………. 286

Referências…………………………………………………………………………………………….. 287

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APRESENTAÇÃO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O presente documento pretende apresentar o Projeto Político Pedagógico do Colégio

Estadual Joaquim maria Machado de Assis – Ensino Fundamental e Médio, do município

de Santa Mariana, Estado do Paraná; de acordo com os seguintes artigos da LDB 9394/96:

Art.12, inciso I e o Estatuto da Criança e o Adolescente, Capítulo IV – Do direito à

Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer;

Art. 13, prevê a ação docente, não no que se refere à práxis pedagógica e cumprimento do

plano de trabalho docente, mas no seu envolvimento e participação na construção e

efetivação deste documento;

Art. 14, princípio de gestão democrática do ensino público da educação básica que propicia

o envolvimento dos profissionais da educação bem como da comunidade escolar na

elaboração das normas e propostas políticas e pedagógicas realizadas na instituição de

ensino;

Art. 53, 54, 55, 56, 57, 58 e 59, onde se torna imprescindível à escola ter um documento

onde ela possa expressar toda a sua vontade de inserir-se no meio social, para ajudar a

transformar a realidade da comunidade escolar.

Neste documento, estão explicitados os marcos: situacional, onde é feita uma leitura

da realidade da escola como ela, o seu dia-a-dia, os sucessos e falhas no processo de

ensino-aprendizagem, bem como em todas as suas funções; conceitual, onde é definido o

ideal a ser alcançado por ela, as teorias que envolvem a escola; e o operacional, onde se

pretende instituir metas para que a escola se transforme, que ela possa melhorar através do

trabalho conjunto entre todos os seguimentos que a compõe.

E, por fim, como a escola pretende avaliar o presente projeto, transformando-o em

um documento indicador da transformação da escola como ela é, para uma escola que a

comunidade realmente precisa.

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CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

1- IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis - Ensino Fundamental e Médio Código

do Estabelecimento: 00010

Ato de Autorização: 4.397/77

Ato de Reconhecimento: 713/82

Ato de Renovação de Reconhecimento – Ensino Fundamental: 627/08 Ato

de Renovação de Reconhecimento – Ensino Médio: 161/07

Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar:038/2008 - 07/02/2008 Ato

Administrativo de Autorização de Funcionamento da EJA: 3597/10

nº de alunos: 2010

Ensino Fundamental: 582

Ensino Médio: 262

2011

Ensino Fundamental: 545

Ensino Médio: 255

EJA: 91

2012

Ensino Fundamental: 553

Ensino Médio: 287

EJA: 56

2013

Ensino Fundamental: 553

Ensino Médio: 287

EJA: 56

2014

Ensino Fundamental: 553

Ensino Médio: 287

EJA: 56

2015

Ensino Fundamental: 553

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Ensino Médio: 287

2016

Ensino Fundamental: 374

Ensino Médio 300

Nº de salas: 21 salas

2017

Ensino Fundamental : 300

Ensino Médio: 273

Endereço: Rua Antonio Manoel dos Santos, 335 - Telefone/Fax: 3531-1163

email: [email protected]

[email protected]

Município: Santa Mariana Localização: Urbana

Dependência: Estadual

Código do Município: 2410

Distância: 16 Km ao NRE: Cornélio Procópio

Código do NRE: 08

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

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MARCO SITUACIONAL

JUSTIFICATIVA:

A nova LDB, Lei nº 9.394/96, prevê no seu artigo 12, inciso I que “as

instituições de ensino, respeitadas as normas comuns e as de seu sistema de

ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”.

(PASSOS,1998)

Este preceito legal está sustentado na ideia de que a escola deve assumir,

como uma de suas principais tarefas, o trabalho de refletir sobre sua intencionalidade

educativa.

O trabalho que pretendemos desenvolver na/pela escola é aquele de que todos

participam desde o momento do seu planejamento, desenvolvendo-se em dois níveis: o

trabalho da escola como um todo e o da “sala de aula”, entendida esta última como os

espaços de aprendizagem ou aqueles onde se dá o encontro professor/alunos. A

construção do Projeto Político Pedagógico é um processo dinâmico e permanente, pois

continuamente novos atores se incorporam ao grupo trazendo novas experiências,

capacidades e necessidades, assim como novos interesses e talentos, exigindo que

novas frentes de trabalho se abram. É um eterno diagnosticar, planejar, repensar,

começar e recomeçar, analisar e avaliar.

O trabalho pedagógico necessário à sociedade democrática não é o de

implementação passiva de diretrizes educacionais e a consequente preparação dos

alunos para apenas executarem ordens. A escola tem o direito e o dever de organizar o

trabalho pedagógico que contribua para a formação do cidadão. O direito se refere ao

respeito pelo trabalho dos profissionais da educação que nela atuam, assim como ao

direito do aluno de ter a educação de que necessita como pessoa e não apenas como

futuro trabalhador. O dever relaciona-se à razão da existência da escola, que é

proporcionar aprendizagem ao aluno. Essa afirmação pode ser interpretada como um

lugar comum. Acontece que a escola não tem cumprido seu papel de garantir a

aprendizagem de cada aluno. Vários estudos e dados estatísticos continuam

apresentando o fracasso da escola, entendido via de regra, como fracasso do aluno. A

desconsideração desse direito e desse dever tem significado a realização de trabalho

padronizado, descomprometido, baseado em relações verticalizadas e na reprodução do

conhecimento, por parte de professores e alunos. Em decorrência, nas primeiras séries

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do Ensino Fundamental, tem início o processo de seleção dos alunos: os que irão

continuar com sucesso a trajetória escolar; os que enfrentarão dificuldades constantes

como reprovações e outras resultantes de seu “baixo rendimento” (recuperação de

estudos oferecida apenas em forma de uma segunda prova, por exemplo); os que se

encaminharão para escolas e cursos de “segunda categoria”; os que abandonarão os

estudos. Organizado dessa forma, o trabalho escolar tem sido um dos fatores de exclusão

de grande números de alunos do sistema de ensino e de criação de um grupo de

cidadãos de “segunda classe”, incompatível com a sociedade democrática almejada.

A Construção do Projeto Político Pedagógico pela comunidade escolar,

pressupõe a existência de autonomia, de modo a se eliminarem relações verticalizadas

entre a escola e os dirigentes educacionais e dentro dela própria. Até agora a inexistência

dessa autonomia tem conduzido à realização de trabalho padronizado, repetitivo e

mecânico, sem levar em conta as expectativas dos diferentes grupos de alunos. O

currículo, muita vezes, restringe-se ao cumprimento das atividades do livro didático, que

passa a ser utilizado igualmente por alunos e professores de diferentes localidades.

Vivenciando essa sistemática de trabalho durante uma boa parte da sua vida, os alunos

aprendem ser natural trabalhar com vistas a cumprir o que já está estabelecido, sem

questionamentos. A avaliação que ainda se pratica contribui grandemente para que essa

situação se mantenha, pelo fato de apenas o aluno ser avaliado e somente pelo

professor.

Cada escola é única, no sentido de que atende alunos com características e

necessidades próprias e nela atuam profissionais com diferentes experiências de trabalho

e da vida e diferentes percepções de sociedade, educação, escola, aprendizagem, etc..

As condições de funcionamento de cada escola também variam. Cada uma delas é um

local singular de trabalho, com seu jeito próprio de organização do espaço físico e

distribuição de tarefas. Tudo isso, associado ao fato de que lhe cabe trabalhar com a

produção de ideias, conduz à necessidade de ela própria organizar suas atividades, de

forma coletiva e criativa, para que seja um espaço compartilhando de experiências. O que

lhe dá o direito de ter autonomia não é “ensinar o que quiser, da maneira como quiser, a

quem quiser”, mas o compromisso de garantir que cada aluno aprenda o que necessita

aprender. Ter autonomia, não significa desvincular-se do conjunto de normas

educacionais básicas, mas criar os melhores meios de aplicá-las. A escola que a

sociedade democrática requer é aquela capaz de complementar seu próprio

Projeto Político Pedagógico, elaborado coletivamente, devidamente atualizado, divulgado

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e avaliado por todos os interessados. Consequentemente, espera-se que os resultados

do seu trabalho sejam por ela divulgados. Isso pressupõe competência, seriedade,

comprometimento, profissionalismo e rigor.

A insatisfação com a escola, parece ser a característica comum às diversas reformas

produzidas e implementadas. Algumas dessas reformas têm agido como elementos de

exclusão das camadas mais necessitadas da educação pública.

A situação atual, caracterizada por novas necessidades sociais, exige a implantação

de dimensões educativas novas, melhores e mais democráticas.

A escola enfrenta ainda os desafios de um desenvolvimento sustentável, que deve

ser construído, mas que é continuamente afetado por novas variáveis emergentes,

constituindo um horizonte dificilmente atingível, ideologicamente complexo e de elucidação

desafiadora.

As reformulações da educação devem levar em conta as repercussões que a rapidez

das transformações técnico-científicas produzem no mundo do trabalho e na estrutura e

características dos empregos: o desemprego estrutural e suas conseqüências sociais e

econômicas. Esses problemas preocupam profundamente os educandos, educadores, pais

e a sociedade como um todo.

A vertiginosa rapidez das transformações sociais da época contemporânea situa-nos

num horizonte inevitável e, sem dúvida, necessitado de freqüentes readaptações e

atualizações educacionais.

Para que a construção do Projeto Político Pedagógico seja possível, não é

necessário convencer professores, a equipe escolar e os funcionários a trabalhar mais ou

mobilizá-los de forma espontânea, mas propiciar situações que lhes permitam aprender a

pensar e a realizar o fazer pedagógico de forma coerente (PASSOS,1998). Uma das

grandes vantagens da elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola é possibilitar

aos profissionais da educação e aos alunos a vivência do processo democrático. Nisso

consiste a formação do cidadão capaz de ter inserção social crítica. A formulação

conjunta do Projeto Político - Pedagógico cria um espaço privilegiado de vivência

democrática.

Entendemos o Projeto Político Pedagógico como a articulação das intenções,

prioridades e caminhos escolhidos para que a escola realize sua função social. O Projeto

Político Pedagógico aponta um rumo, uma direção, um sentido explícito para um

compromisso estabelecido coletivamente. Com sua implementação, não acabam os

problemas, mas os educadores podem atuar como sujeitos que decidem juntos e

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conseguem trabalhar de forma cada vez mais competente, em benefício de seus alunos.

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Joaquim Maria Machado

de Assis – Ensino Fundamental e Médio, está sendo construído tendo como meta atender

as necessidades específicas da escola, resultante da reflexão crítica da comunidade

escolar, traduzindo suas expectativas e registrando as ações que se pretende realizar ao

longo de um ano letivo, cujo fim último é a melhoria de qualidade de ensino.

OBJETIVOS: - Conhecer a escola e suas dinâmicas nas relações e interações que constituem seu dia a

dia.

- Entender como ocorrem as relações pedagógicas no interior das salas de aula e da

escola.

- Buscar novas formas de organização do trabalho pedagógico que “reduza os efeitos da

divisão do trabalho, da fragmentação e do controle hierárquico”.

- Relacionar a organização do trabalho pedagógico da escola ao plano de trabalho

administrativo e pedagógico.

- Eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias.

- Propiciar situações que permitam aprender a pensar e a realizar o fazer pedagógico de

forma coerente.

- Elaborar normas e orientações escolares próprias.

- Definir o essencial e o complementar na organização do conhecimento curricular.

- Conhecer a realidade escolar para explicar e compreender criticamente as causas da

existência dos problemas, bem como suas relações e mudanças.

- Discutir o Projeto Político Pedagógico refletindo acerca da concepção de educação e

sua relação com a sociedade e a escola.

OFERTA DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis oferta Ensino Fundamental e

Médio, APED de forma descentralizada, Centro de Língua Estrangeira Moderna – Espanhol.

O Ensino Fundamental funciona nos períodos da manhã, tarde e noite, autorizado pelo

Decreto nº 4397/77. O Ensino Médio funciona nos períodos manhã e noite, há também no

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Ensino Médio noturno o desenvolvimento do PROEMI – Programa Ensino Médio Inovador,

foi instituído pela Portaria nº 971, de 9 de outubro de 2009, no contexto da implementação

das ações voltadas ao Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE. A edição atual do

Programa está alinhada às diretrizes e metas do Plano Nacional de Educação 2014-2024 e

à reforma do Ensino Médio proposta pela Medida Provisória 746/2016 e é regulamentada

pela Resolução FNDE nº 4 de 25 de outubro de 2016, o Centro de Línguas Estrangeiras

Modernas - Espanhol, no período da tarde e a noite, e a modalidade APED- Ações

Pedagógicas Descentralizadas no período da noite.

PERÍODO DE

FUNCIONAMENTO

MODALIDADE ANOS TURMAS Nº DE ALUNOS

Manhã Ensino

Fundamental

6º A 25

Manhã Ensino

Fundamental

6º B 26

Manhã Ensino

Fundamental

7º A 31

Manhã Ensino

Fundamental

7º B 30

Manhã Ensino

Fundamental

8º A 35

Manhã Ensino

Fundamental

8º B 34

Manhã Ensino

Fundamental

Sala de

Recursos

Única 14

Manhã Ensino Médio 1ª A 37

Manhã Ensino Médio 1ª B 36

Manhã Ensino Médio 2ª A 36

Manhã Ensino Médio 2ª B 37

Manhã Ensino Médio 3ª A 40

Tarde Ensino

Fundamental

C 25

Tarde Ensino

Fundamental

7º C 23

Tarde Ensino

Fundamental

8º C 24

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Tarde Ensino

Fundamental

8º D 26

Tarde Ensino

Fundamental

9º C 20

Tarde Ensino

Fundamental

Sala de

Recursos

Única 03

Noite Ensino Médio 1ª C 42

Noite Ensino Médio 2ª C 31

Noite Ensino Médio 3ª B 27

Noite Ensino

Fundamental –

APED Coletivo

75%

25

Noite Ensino

Fundamental –

APED Coletivo

100%

32

No período da manhã, o horário de entrada é 7:30 horas e de saída às 11:50

horas com cinco aulas diárias, de 50 minutos cada, tendo intervalo de 10 (dez) minutos

entre o 3º e 4º horário para o Ensino Fundamental e Médio. Neste período funciona

também a Sala de Recurso. Período vespertino as aulas tem início às 13:00 h e término

às 17:20 horas, com cinco aulas diárias de 50 minutos cada tendo intervalo de 10 (dez)

minutos entre o 3º e 4º horário. Também funciona neste period, o CELEM, O Programa

Novo Mais Educação e as Atividades Complementares Curriculares de Contraturno,

Aulas de Treinamento Esportivo (Futsal).

No período noturno o horário de entrada 19:00 horas e o de saída às 23:10

horas, com intervalo de 10 (dez) minutos entre a 3ª e 4ª aula, sendo as 3(três) primeiras

aulas de 50 minutos e as 2 (duas) últimas aulas de 45 minutos, respeitando a Instrução nº

001/2003. Os horários do APED é o mesmo do Ensino Médio.

Além das salas de aulas, dependências específicas disponíveis na escola são

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utilizadas para desenvolvimento de atividades curriculares como Biblioteca, Sala de

Leitura, Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas, Laboratório de Informática, sala

onde funciona o RDE do município.

O horário de aulas nos três períodos é organizado pela Equipe Pedagógica,

buscando atender aos interesses dos alunos, professores e da escola. Torna-se difícil a

organização do horário voltado totalmente aos interesses do aluno tendo em vista que

grande parte do Corpo Docente atua também em outras escolas. Na elaboração do

horário são colocadas aulas geminadas, busca-se na sua montagem evitar a junção num

só dia de disciplinas consideradas difíceis pelos alunos tais como: biologia e química;

matemática e física. Na elaboração do horário, especialmente do noturno, procura-se

geminar as últimas aulas de forma a envolver os alunos nas atividades desenvolvidas,

mantendo-os na escola.

A equipe responsável pela escola é distribuída nos três períodos de

funcionamento, tendo sempre em cada período uma Professora Pedagoga, Diretora e/ ou

Diretora Auxiliar, além dos funcionários administrativos do respectivo horário, de forma a

coordenar os trabalhos e atender professores, alunos e pais. Após o sinal de entrada e

após o recreio, os alunos encaminham-se para suas respectivas salas de aula,

juntamente com seus professores. Nos períodos da manhã e da tarde, o portão de

entrada permanece aberto por 05 minutos após o sinal. Vencido esse horário o aluno

atrasado pode ser autorizado a entrar mediante justificativa junto aos membros da Equipe

Pedagógica. Os alunos do Ensino Fundamental não são autorizados a saírem da escola

antes do término das aulas a não ser através de solicitação dos pais; os do Ensino Médio

são autorizados pela Equipe Pedagógica quando considerar o motivo relevante após

registro escrito e assinado pelo aluno.

No noturno a tolerância para entrar após o sinal é de 20 minutos em virtude do

grande número de alunos trabalhadores.

O Colégio adota uniforme após anuência da comunidade escolar, sendo

composto de calça azul ou preta e camiseta branca , detalhes em preto com o nome da

escola, para os alunos do Curso Fundamental e Médio.

Os alunos são atendidos em suas necessidades pela Equipe Pedagógica,

Inspetor de Aluno, Diretora ou Diretora-Auxiliar, Professores e demais Funcionários,

conforme a natureza da solicitação feita.

Os pais recebem orientações gerais em reuniões previstas no início do ano

letivo; também ao final de cada bimestre são convidados a conversar com os professores

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e equipe pedagógica sobre possíveis problemas de aprendizagem ou comportamentais,

desenvolvimento das atividades escolares dos filhos ou quaisquer outros para os quais

desejem esclarecimentos. Além desses momentos coletivos todos os setores da escola

funcionam nos três períodos, à disposição da comunidade escolar para o necessário

atendimento. Chegando à escola, em qualquer horário, os pais são atendidos por

um funcionário da secretaria que os encaminha para a Equipe Pedagógica ou Direção,

conforme o assunto a ser tratado. Havendo necessidade ao professor é solicitado a

presença para atendimento aos pais.

As relações profissionais e interpessoais nesta escola são fundamentadas nos

princípios de responsabilidade, solidariedade, tolerância, ética, pluralidade cultural,

autonomia e gestão democrática. No reconhecimento de que a convivência humana se

baseia na relação de direitos e deveres, busca se estabelecer o respeito como princípio

básico das relações garantindo informação a todos, tratamento fundamentado nos

princípios de igualdade, respeitando a identidade de cada um, acolhendo as diferentes

formas de manifestação e incentivando a participação e expressão dos alunos,

professores, funcionário e pais.

Com relação ao comportamento nas dependências da escola, logo no início do

ano letivo são comunicadas aos alunos as normas a serem seguidas seus direitos e

deveres dentro e fora da sala de aula conforme Regimento Escolar aprovado pelo Núcleo

Regional de Educação. A Equipe Pedagógica, respaldada pela Direção, realiza um

trabalho de conscientização junto aos professores, pais e alunos sobre a importância da

presença do aluno em classe durante as aulas para que o princípio do “direito de

aprender” seja respeitado. Portanto, é evidenciada a necessidade de cada professor

procurar resolver pequenos problemas de indisciplina ou rebeldia na sala de aula através

do diálogo.

Contudo, alguns casos não resolvidos ou de maior gravidade recebem, através

da Equipe Pedagógica, o encaminhamento previsto no Regimento Escolar.

A Disciplina em sala de aula e na escola tem sido uma preocupação crescente

nos últimos anos entre os educadores, pois o papel da disciplina no ambiente escolar,

além de sua função educacional é o de harmonizar as atividades realizadas em sala de

aula, a fim de criar um ambiente escolar positivo ao processo educativo.

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OCUPAÇÃO DO TEMPO E DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS

SALA DE RECURSOS

Aos alunos regularmente matriculados do 6º a 9º anos egressos da

Educação Especial, ou aqueles que apresentam problemas de aprendizagem

com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência

mental e que necessita de apoio especializado para obter sucesso no

processo de aprendizagem na classe comum, é realizado o encaminhamento a sala de

Recursos, com serviço especializado de natureza pedagógica que apoia e complementa o

atendimento educacional realizado em classes comuns do Ensino Fundamental, de

acordo com a Instrução nº 05/04 da Secretaria de Estado da Educação.

A Sala de Recursos está organizada para atender no máximo 30 alunos em 20

horas semanais, com atendimento por intermédio de cronograma, e sempre em período

contrário ao que o aluno está matriculado e frequentando a classe comum. Nestas salas

os alunos têm atendimento individual ou em grupo de até no máximo dez alunos, sendo

organizados por faixa etária ou conforme as necessidades pedagógicas semelhantes dos

mesmos. Recebem acompanhamento de duas à quatro horas diárias por semana, porém,

nunca ultrapassando duas horas diárias.

A metodologia utilizada na Sala de Recursos parte dos interesses, necessida -

des e dificuldades de aprendizagem específicas de cada aluno. Os conteúdos pedagógi-

cos defasados, das séries iniciais, são trabalhados sempre com estratégias diferenciadas,

pois a programação prevista engloba as áreas do desenvolvimento (cognitivo, motor, só-

cio -afetivo-emocional) de forma a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no pro-

cesso de aprendizagem, para atingir o currículo da classe comum.

Quanto ao acompanhamento pedagógico do aluno, os resultados são

registrados em relatório semestral elaborado pelo professor da Sala de Recursos,

juntamente com a equipe técnico pedagógica, e sempre que possível ou se fizer

necessário, com o apoio dos professores da classe comum.

O aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as

dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na classe comum.

INCLUSÃO

A perspectiva da inclusão de todos os alunos está nos princípios norteadores

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das ações da SEED, debatidos por profissionais da educação na construção de Diretrizes

Curriculares onde apresentam uma linha condutora da universalização ao acesso à esco-

la pública e gratuita para todos.

No passado, o atendimento prestava-se apenas às pessoas com deficiências

sensoriais (surdez, cegueira). Atualmente amplia o atendimento para altas habilidades,

superdotados, indivíduos emocionalmente prejudicados pela desestruturação familiar, su-

jeitos com deficiências acentuadas de aprendizagem (dislexia, disgrafia etc). Há três ten-

dências sobre as formas de praticar o processo da inclusão:

• Inclusão condicional - as pessoas ligadas com a educação condicionam a

recepção do aluno no Ensino Regular se tivesse especialistas como auxiliar, se diminuir o

número de alunos por turma, se todos os professores forem capacitados antes.

Tudo isso levaria a um futuro incerto e não se concretizaria a inclusão, descum-

prindo o preceito assegurado na constituição.

• Inclusão total - inclusão irrestrita a todos no Ensino Regular.

• Inclusão responsável - quando há uma rede de apoio aos educadores, alu-

nos e familiares, tais como: psicólogo, fonoaudiólogo, apoio pedagógico, intérprete, instru -

tor de libras ou serviço itinerante, que seja realizado um trabalho conjunto entre os profes-

sores da classe especial e do ensino regular.

O compromisso da SEED prevê a continuidade da oferta de apoios e serviços

especializados. Para a inclusão dar certo é necessário um compromisso técnico e político

dos governantes, dos pais, familiares, professores, profissionais, todos os membros da

sociedade.

O processo de inclusão educacional exige planejamento e mudanças sistêmi-

cas político-administrativas na gestão educacional, que envolvem desde a alocação de re-

cursos governamentais até a flexibilização de currículos.

Na educação, incluir significa transformar o sistema educacional, de forma a or-

ganizar os recursos necessários para alcançar os objetivos e as metas para uma educa -

ção de qualidade extensivas a todos os cidadãos, contemplando suas necessidades. As-

sim compreendida, a inclusão é tratada neste Colégio como um processo e se fundamen-

ta em três fatores: a presença do aluno na escola enquanto sujeito como direito de estar

na escola junto aos demais colegas de sua faixa etária e na sua comunidade; a participa-

ção, o relacionamento livre de preconceito e discriminação, em ambiente acessível para

que realmente todos participem das atividades escolares, com um currículo aberto e flexí-

vel e a construção de conhecimentos, assegurando ao aluno estar na escola regular, par-

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ticipando, aprendendo e se desenvolvendo.

Essa inclusão adota um conjunto de princípios, como a valorização da diversi-

dade como elemento enriquecedor do desenvolvimento pessoal e social, o desenvolvi -

mento de currículos amplos que possibilitem s aprendizagem e participação de todos, o

respeito às diferentes formas de aprender, o atendimento às necessidades educacionais

dos alunos, a acessibilidade física e nas comunicações e o trabalho colaborativo na

escola.

A escola na sociedade atual se depara constantemente com novos desafios.

Um desses desafios é o de estabelecer condições mais adequadas para atender a diver-

sidade dos indivíduos que dela participam. Assumir, compreender e respeitar essa

diversidade é requisito necessário para orientar a transformação de uma sociedade

tradicionalmente pautada na seletividade e na exclusão.

A inclusão visa a atender a Constituição Federal de 1988, que em seu artigo

208, parágrafo III, preconizava o que é dever do estado garantir o atendimento especiali -

zado aos portadores de deficiência física, bem como a LDB 9394/96, em seu capítulo V.

No entanto, a inclusão no colégio busca ir além da exigência legal, mas respeitar o direito

humano de igualdade, proporcionando as condições necessárias para que todos os indiví-

duos tenham a acessibilidade à escola e que todos, por meio dos encaminhamentos me

todológicos necessários e adequados, possam ter condições iguais de desenvolvimento.

Conforme estabelece a LDB 9394/94, o atendimento educacional é feito em

classes regulares de ensino, bem como em salas com que atendam as condições especí -

ficas do aluno, tais como salas de atendimento ao deficiente visual e sala de atendimento

ao deficiente auditivo. Ainda, em atendimento a referida lei, o colégio participa de projetos

promovidos pela comunidade e pelo Estado e, apesar da falta de professores especialis-

tas na área. As atividades realizadas na escola buscam envolver esses alunos, participan

do de uma formação mais justa e igualitária a todos.

Também é proposto no Currículo, o trabalho com discussões acerca da inclu-

são e da diversidade humana, como intuito de formar cidadãos capazes de tratar com na-

turalidade normalidade as questões da pluralidade cultural e da inclusão.

Na década de 90, esses princípios foram reforçadas e explicitados, com maior

clareza, inspirados em documentos internacionais como a proposta de Educação para

todos e a Declaração de Salamanca (2004) e nacionais, como: o Plano Nacional de

Educação para Todos (1990), a implantação de uma Política Nacional de Educação

Especial (1994) e, especificamente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de

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(1996).

A Educação Especial aponta novas modalidades de ensino, em caráter peda-

gógico ligado à educação escolar e ao ensino público. Estabelece-se, também, de forma

inovadora, a ampliação de sua oferta no sistema contemplando desde a Educação Infantil

até os mais elevados níveis de Ensino Superior.

A partir dessa concepção fica evidente que há muitos alunos que apresentam

problemas ou dificuldades de aprendizagem, por razões inerentes a sua complicação físi-

ca, limitações sensoriais ou déficits intelectuais. Assim, o insucesso na escola revela que

não são apenas os alunos com deficiência os que apresentam necessidades referente ao

processo de aprendizagem e que devem ser beneficiados com recursos humanos, técni-

cos, tecnológicos ou materiais diferenciados que promoverão a sua inclusão.

As ações de flexibilização e adequação curriculares não são desenvolvidas

apenas pelos professores, em sala de aula, mas podem ser realizadas em diferentes ní-

veis de atuação.

• Nos Sistemas de Ensino

• No Projeto Político Pedagógico da escola

• No Plano de Trabalho Docente

Para o atendimento ao aluno com necessidades educacionais especiais, são

ofertados os serviços e apoio educacional especializados que constituem a rede de Apoio

da Educação Especial do Estado do Paraná.

São sistematizados por áreas de atendimento, fundamentos teóricos metodolo-

gias que nortearão a prática, nas escolas onde estiverem alunos matriculados que apre-

sentam deficiências, altas habilidades, superdotação e condutas típicas (Síndromes e

quadros psicológicos e neurológicos).

Os serviços e apoios especializados destinam-se ao atendimento de alunos

com necessidades educacionais especiais decorrentes:

• Deficiências mental, visual, física-neuromotora e surdez,

• Condutas típicas de síndrome e quadro neurológicos, psicológicos

• Certas habilidades/superdotação.

O Serviço de Apoio Pedagógico Especializado realiza-se no contexto da sala de

aula ou em contraturno, por meio de oferta de recursos humanos, técnicos, tecnológi cos,

físicos e materiais têm por objetivo possibilitar o acesso e a complementação do cur- rículo

ao aluno. Para atuação nesse serviço, o colégio conta com professores especializados,

com habilitação em Educação Especial, considerando que essa é uma exigência da

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legislação.

Dentro das condições reais, disponibiliza atendimento aos alunos em função

das necessidades individuais, reconhecendo que a escola tem como fim desenvolver as

capacidades acadêmicas, cognitivas, afetivo-emocionais e sociais, e o desenvolvimento

pessoal de todos os educandos. Porém, algumas dificuldades ainda são apontadas por

professores e funcionários na condução do processo de inclusão, tais como: a dificuldade

que se instala, pois não se sentem preparados para encarar essa problemática na escola

e, em especial em sala de aula; a falta de envolvimento da comunidade escolar de um

profissional especializado que para orientação na condução desse processo; despreparo

e falta de consciência de algumas pessoas (da comunidade escolar ou não) que a inclu

são não deve acontecer somente no espaço escolar; falta de apoio dos órgãos governa

mentais e de políticas educacionais que contemple a realidade escolar com vistas a forta

lecer o processo de inclusão; a forma como vem sendo trata a inclusão, pois essa

pressupõe uma ideia imprópria frente à realidade escolar; falta de formação

especializada e acompanhamento para os professores e funcionários, remetendo

somente aos formados na área e aos experientes a função de suprir essa lacuna da

educação; necessidade de formação para atender às especificidades; necessidade de

incluir essa formação nos cur- rículos de formação do professor e outros.

Essas dificuldades causam deficiência no atendimento às necessidades

especiais, comprometendo a qualidade da educação ofertada aos portadores dessas

necessidades. O mesmo ocorre com o trabalho com a diversidade e com as diferenças

culturais. Os professores e funcionários não se sentem preparados e não encontram

respaldo politico e na sua formação para desenvolver uma prática escolar que atenda à

diversidade. Assim, expressam que buscam trabalhar a inclusão e a diversidade em

seu contexto, mas sentem que poderiam ampliar e melhorar esse atendimento.

Contudo, sentem-se sem preparo para atuarem nesse contexto.

CELEM - LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA

Tornar-se competente em línguas significa apropriar-se de um conjunto de

conhecimentos que revelam da língua, enquanto saber organizado e da cultura dos

povos que a utilizam, enquanto expressão da sua identidade; significa também ser capaz

de usar estratégica e eficazmente os recursos linguísticos disponíveis em situações de

co- municação, assim como refletir sobre o uso e o funcionamento da língua de modo a

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desenvolver estratégias que garantam um processo contínuo de aprendizagem.

O percurso na aprendizagem de línguas estrangeiras ao longo do ensino

básico requer modelos integradores de aprendizagens essenciais. Assim, considera-se

fundamental criar condições para que o aluno possa, nesse percurso, ir construindo uma

comp e tência que, progressivamente, o estimule a implicar-se, com renovada confiança,

em cada série.

O desenvolvimento dessa competência exige que ao aluno sejam garantidas

oportunidades de:

• participar de atividades que impliquem um uso vivo da língua;

• tomar consciência do sistema da língua, para que ele poderá ir descobrindo a partir

da reflexão sobre os usos;

• utilizar, nas atividades de produção de textos, estratégias que lhe permitam

satisfazer as exigências comunicativas;

• estabelecer e desenvolver uma relação afetiva com a língua estrangeira, dispondo

se a reagir de forma construtiva face aos problemas inerentes à aprendizagem;

• acompanhar a qualidade dos seus desempenhos e de utilizar recursos para

superação de dificuldades.

Durante todo o ensino fundamental serão consideradas as circunstâncias

específicas de cada etapa, e estas se assentarão numa progressão em espiral que

permita um contínuo crescimento e aprofundamento de aprendizagens. É absolutamente

indispensá- vel promover o desenvolvimento de habilidades estratégicas, que no plano

comunicativo que no plano do saber-aprender. A conscientização, por parte do aluno, dos

saberes e do saber-fazer de que dispõe e, por outro lado, os procedimentos necessários

a apropriação de elementos novos e sua incorporação no conjunto das aquisições já

realizadas se torna condição essencial de uma progressão na aprendizagem.

A capacidade de controlar a qualidade dos seus desempenhos e de utilizar

recursos de superação de dificuldades constituirá a chave não só do sucesso do grau

de proficiência a ser atingido neste nível da escolaridade básica, mas também da sua

forma - ção posterior. Entretanto, espera-se que o aprendizado nesta etapa dê ao aluno

subsídios suficientes para que seja capaz de compreender e ser compreendido na

Língua Estran - geira Moderna, de modo que a vivenciar formas de comunicação que lhe

permitam perce - ber a importância deste conhecimento.

Assim, espera-se que o aluno:

• Tenha podido experimentar formas de participação que lhe possibilite

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estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• Compreenda que os significados são social e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social;

• Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

• Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, constando

seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES DE CONTRATURNO As Atividades Complementares Curriculares de Contraturno visam a expansão de

ativida- des pedagógicas realizadas na escola como complementação curricular,

vinculadas ao Projeto Político Pedagógico, a fim de atender às especificidades da

formação do aluno e de sua realidade. As Atividades Pedagógicas de Complementação

Curricular têm os se- guintes objetivos:

• Dar condições para que os profissionais da educação, os educandos da

Rede Pública Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes

atividades pedagógicas no estabelecimento de ensino no qual estão

vinculados, além do turno escolar;

• Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em

atividades pedagógicas de seu interesse;

• Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar,

fazendo a interação com colegas, professores e comunidade.

:

ATIVIDADE: Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo-Futsal

NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS:

Expressivo-Corporal,contemplando as disciplinas de Arte, Língua Portuguesa, Educação

Física, JUSTIFICATIVA: Devido aos fatos de muitos alunos não terem atividades

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diversificadas no período da tarde, onde muitos ficam na rua ou até mesmo em atividades

inadequadas para a sua idade, faz-se necessário proporcionar ao alunos em seu

contraturno escolar a prática desportiva em seus aspectos lúdicos e cooperativos, bem

como oferecer lazer e recreação, buscando uma melhor qualidade de vida.

OBJETIVOS:

• proporcionar aos alunos a inclusão social e esportiva através do esporte;

• contribuir para a discussão de regras das modalidades esportivas;

• entender a atividade esportiva como um fenômeno social e aprendizado para o

lazer, para o aprimoramento da saúde e integração dos educandos;

• promover a integração e inserção social;

• ensinar valores éticos e morais da cidadania através do esporte;

• difundir, democratizar e incentivar a prática de esportes;

• priorizar os aspectos lúdicos e cooperativos através do esporte.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO: Alunos que estejam devidamente matriculados neste

estabelecimento de ensino e com frequência regular, alunos com dificuldades de

socialização e que este fator esteja interferindo na aprendizagem.

ORGANIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

LOCALIZAÇÃO E HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO

O Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis Ensino Fundamental e

Médio, localizado à rua Antonio Manoel dos Santos, nº 335 situa-se à 16 Km da cidade de

Cornélio Procópio, Estado do Paraná, onde se encontra o Núcleo Regional de Educação.

Inicialmente chamado de Ginásio Municipal de Santa Mariana, foi criado pela

Lei n.º 207, de 07 de dezembro de 1.954, da Prefeitura Municipal de Santa Mariana, na

gestão do Prefeito Joaquim Borges Serra.

Seu primeiro diretor foi o professor Maillon de Medeiros, designado pela

Portaria n.º 104, de dezembro do mesmo ano de sua criação. Para o cargo de secretário

foi contratado o senhor Antonio Ronazzi Bentivenha, pela Portaria Municipal n.º 105, e

também por essa mesma Portaria foram contratados os primeiros professores.

Após dois anos de funcionamento o Ginásio foi estadualizado, através da Lei

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n.º 2812, publicada no Diário Oficial n.º 138, de 17-08-56, passando a chamar-se Ginásio

Estadual de Santa Mariana. Na época era Governador do Estado o Excelentíssimo

Senhor Moysés Lupion e na direção da Escola atuava o professor Milton Aparecido

Chaves.

Até 1.969 o Ginásio Estadual funcionou no prédio do então Grupo Escolar

Carmela Dutra. Neste ano, o Excelentíssimo Senhor Paulo Cruz Pimentel inaugurou o

novo prédio, à rua Monte Castelo, 335, hoje denominada rua Antonio Manoel dos Santos.

Na época respondia pela Direção o professor Antonio Moreno Martins.

A 30-11-69, por força do Decreto n.º 17.782, o Ginásio foi elevado a Colégio,

com a autorização do curso Colegial, passando a designar-se Colégio Estadual de Santa

Mariana.

Anos mais tarde, pelo Decreto n.º 602 de 28-08-71, o Colégio passou a

denominar-se Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis, em homenagem ao

grande literato brasileiro.

Com o advento da Reforma do Ensino, através da Lei n.º 5.692/ 71, o Colégio

Estadual Joaquim Maria Machado de Assis iniciou sua implantação a partir de 1.975,

nas quintas séries, sendo que as séries remanescentes da Lei n.º 4.024 foram se

extinguindo gradativamente.

Somente em 1.977 através da Resolução n.º 931 é que foi aprovada a criação

do 1.º grau de Ensino regular, quando já funcionavam então as quintas, sextas e sétimas

séries.

O Plano de Implantação aprovado foi apresentado pelas três escolas estaduais

do 1.º grau do Município: Escola Estadual Pedro Moreira da Silva (1.ª a 4.ª séries); Escola

Estadual Carmela Dutra (1.ª a 4.ª Séries) e Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de

Assis (5.ª a 8.ª Séries).

Estas três escolas foram reorganizadas dentro da Lei n.º 5.692 através do

Decreto N.º 4.397 de 22-12-77.

Com a aprovação do Projeto de Implantação do 2.º Grau pelo Parecer 77/78

passaram a funcionar as Habilitações Desenhista em Arquitetura e a de Técnico em

Contabilidade.

A 21-08-80, o Decreto n.º 2.824 homologou o Parecer 077/78 e o Colégio

Estadual Joaquim Maria Machado de Assis, a Escola Normal de Grau Colegial Pio XII e o

Colégio Estadual Comercial Visconde de Mauá passam a constituir um único

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Estabelecimento sob a denominação de Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de

Assis – Ensino de 1.º e 2.º Graus.

O reconhecimento das Habilitações de Desenhista em Arquitetura, de Técnico

em Contabilidade e do 1.º Grau Regular, veio somente a 12-03-82, através da Resolução

n.º 713.

A Resolução n.º 691 de 07-03-83 publicada no Diário Oficial n.º 1510 de 07-04-

83 autoriza a funcionar o Complexo Escolar “Dr. Francisco de Paula Landi – Ensino de 1.º

e 2.º Graus “ de Santa Mariana, resultante da reorganização do Colégio Estadual Joaquim

Maria Machado de Assis – Ensino de 1.º e 2.º Graus, Escola Estadual Carmela Dutra e

Escola Estadual Pedro Moreira da Silva. O nome do Complexo foi dado em homenagem

ao benemérito médico Dr. Francisco de Paula Landi, um dos fundadores do município de

Santa Mariana. Com a grave falha o Ensino de 2.º Grau em todo o Estado do Paraná, a

maioria das Habilitações foram analisadas dentro da realidade de cada Município

e muitas delas foram extintas. Foi o caso da Habilitação de Desenhista em Arquitetura

deste Colégio, extinta pela Resolução n.º 8.224 de 12-12-84 que criou ao mesmo tempo o

Ensino Propedêutico. Após 4 anos de funcionamento, o Ensino Propedêutico cedeu lugar

ao Curso de Educação Geral, através da Resolução 3.893 de 05-10-87.

A 24-12-91 é autorizado o funcionamento da quarta série do Curso Técnico em

Contabilidade através da Resolução n.º 4.494/91 Em 1.996 o Estado do Paraná,

apoiado na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9394/96 que prevê a

separação entre Ensino Médio e Ensino Profissionalizante propõe a implantação do

PROEM – Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio do Paraná. Com a

adesão ao Programa, de acordo com a Resolução n.º 4394/96, este Estabelecimento de

Ensino fez a cessação da Habilitação Magistério, de forma gradativa a partir de 1.997

conforme Parecer n.º 799/97 de 16-05-97.

Da mesma forma a Habilitação de Auxiliar de Contabilidade teve suas

atividades escolares cessadas através da Resolução n.º 2324/94 de 04-07-97, passando

a ofertar apenas o Curso de Educação Geral, em nível médio.

Em 1.998, visando adequação à LDB n.º 9394/96 de acordo com Ato

Administrativo n.º 289/98 de 23-09-98 do Núcleo Regional de Educação, esta escola

passou a denominar-se Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis – Ensino

Fundamental e Médio.

Em 1.998, esta Instituição de Ensino procedeu a Adequação Curricular do

Curso de Educação Geral para o Ensino Médio, de acordo com as Diretrizes Curriculares

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do Parecer n.º 15/98 de 02-06-98, passando a ofertar de forma gradativa o novo

Currículo do Ensino Médio a partir de 1.999, conforme Resolução n.º 3492/98 de 13- 10-

98.

No ano de 2008, através da Resolução nº 2569/09 , foi autorizada a

descentralização do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil, nível médio,

do Colégio Estadual Cristo rei – Ensino Normal, situado à rua Rocha Pombo, 556, do

município de Cornélio Procópio, concedendo seu funcionamento no Colégio estadual

Joaquim Maria Machado de Assis, de forma gradativa.

Em 2010, foi autorizada, através da Resolução nº 3597/10, o funcionamento do

Ensino Fundamental ( Fase II) e Ensino Médio, presencial, da modalidade Educação de

Jovens e Adultos, de forma simultânea, e também o Centro de Línguas Estrangeiras

Modernas (CELEM).

A IMPLANTAÇÃO DA LEI nº 11.274, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2006

A Lei no 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, altera a redação dos

arts.29,30,32 e 87 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que

estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9

(nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis)

anos de idade.

Pela Deliberação no 03/06 do CEE do PR , institui as Normas para a

implantação do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos de duração no Sistema Estadual de

Ensino do Estado do Paraná.

Pela Deliberação 02/ 07 do CEE/ PR , altera o artigo 12 da Deliberação

03/06- CEE/PR., que passa a ter a seguinte redação :

Art. 12 – Para matrícula de ingresso no 1o ano de Ensino Fundamental de 9

(nove) anos de duração, o educando deverá ter 6 (seis) anos completos ou a

complementar no início do ano letivo.

E pela INSTRUÇÃO No 008/2011 – SUED/SEED , considerando:

• a Lei Federal no 9.394/96, que institui as Diretrizes e Bases da Educação

Nacional;

• A Resolução no 7/2010 – CNE/CEB., que fixa as Diretrizes Curriculares

Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos;

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• O parecer n. 407/2011 – CEE/CEB, que responde a consulta da SEED

quanto à implantação do 6º ao 9º ano e;

• a obrigatoriedade da oferta do 6o ano do Ensino Fundamental em 2012,

emite a seguinte INSTRUÇÃO,

1 – As instituições do Sistema Estadual de Ensino com oferta do Ensino

Fundamental –anos finais, devem, a partir de 2012, implantar o 6ºao 9º ano do Ensino

Fundamental.

2 – Nas instituições de ensino da rede pública estadual, a oferta do 6º ao 9º ano

será de forma simultânea .

4 – A implantação do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental dar-se-á por meio da

adequação do Projeto Político Pedagógico à esta oferta.

Até a presente data, passaram pela Direção do Colégio Estadual Joaquim Maria

Machado de Assis – Ensino Fundamental e Médio, os seguintes professores:

NOMES PERÍODOS ATO OFICIAL

Maillon Furtado de Medeiros 28/02/55 à 14/09/56 Portaria Municipal nº 104

Milton Aparecido Chaves 14/09/56 à 24/02/66 Ofício nº 01/56

Antonio Moreno Martins 24/02/66 à 19/04/76 Portaria nº 796/66

Vera Rejane Castro Souza Spagolla 19/04/76 à 13/01/78

Resolução nº 763/76

Jair Destro 13/01/78 à 20/08/80 Resolução nº23/78

André Dynczuki Filho 20/08/80 à 15/07/83 Resolução nº 1.670/80

João Dynczuki 15/07/83 à 18/12/84 Resoulução nº 2.666/83

André Dynczuki Filho 18/12/84 à 28/12/87 Resoluções nº 8.384/84 e 5.563/85

Benedito Flávio Ribeiro 28/12/87 à 15/03/89 Resolução nº 4.879/87

André Dynczuki Filho 15/03/89 à 03/07/92 Portarias nº 493/89, 130/90 e 511/91

Elza Aparecida da Silva 03/07/92 à 31/07/93 Portaria nº 1.049/92

André Dynczuki Filho 01/08/93 à 31/12/94 Resolução nº 0330/94

André Dynczuki Filho 01/01/95 à 31/12/97 Resolução nº 4.631/95

André Dynczuki Filho 01/01/98 à 31/12/00 Resolução nº 4.282/ 97

Silvana Souza Uzae de Souza 01/01/01 à 31/12/03 Resolução nº 3.069/01

Silvana Souza Uzae de Souza 01/01/04 à 31/12/05 Resolução nº 4.254/03

Rosilene Jacometti Bernardelli 01/01/06 à 31/12/08 Resolução nº 58/06

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Euzeni Almeida de Barros 01/01/09 à 31/12/11 Resolução nº 5909/08

Nilson Victorino Betioli 06/01/11 à 31/12/15 Resolução nº 6012/11

Nilson Victorino Betioli 04/03/16 à 31/12/19 Resolução nº 741/16

COMUNIDADE ATENDIDA

São muitos os aspectos que precisam ser considerados para o trabalho

pedagógico realizado na escola seja pautado em relações não-discriminatórias, para que

os alunos se lancem não só ao desafio de aprender os conteúdos escolares, mas também

ao desafio de viver, participar de sua comunidade e da sua sociedade de uma forma mais

ampla. Isso demanda não só aquisição de conhecimentos já produzidos “sobre” crianças,

jovens e adultos, mas também uma reflexão sobre suas próprias representações e

crenças, implicando muitas vezes uma revisão de valores pessoais.

Por isso, é importante a escolha da visão que se quer divulgar no projeto

educativo. As várias correntes devem ser situadas historicamente, e as escolhas feitas

com o aval das discussões mais atualizadas, que têm uma perspectiva mais abrangente

dos alunos e os considerem sujeitos de seu processo de desenvolvimento.

Essa metodologia considera todos os envolvidos no processo educacional

como sujeitos, portanto agentes transformadores da educação e da sociedade em que

vivem e o professor adquire um novo papel na produção do saber, uma vez que é tido

como organizador, administrador e facilitador do processo de ensino e aprendizagem. O

trabalho pedagógico do Colégio, que se pretende seja desenvolvido baseado nos

princípios acima e voltado para a comunidade de todo o município, eminentemente

urbana na sua maioria tendo como base da economia a agricultura. Essa aparente

incongruência se explica pelos recursos tecnológicos que vêm sendo utilizados na

lavoura, deslocando grande contingente da população para a cidade, aumentando o

número de trabalhadores volantes “os bóias-frias”; outra atividade de sustentação

econômica é o comércio que serve mais à população de baixa renda, sem condições de

deslocamentos para maiores centros concentra seu consumo no próprio município”.

Dessa forma também o comércio sobrevive em função da agricultura e do funcionalismo

público. As condições culturais e materiais acompanha naturalmente as da economia.

Uma minoria possui nível superior, pequena parte concluiu a educação básica e vive em

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condições econômicas satisfatórias que possibilita acesso a boa moradia, automóvel,

lazer etc... A grande maioria nem mesmo concluiu o Ensino Fundamental, são

trabalhadores de baixa renda, mantém as crianças na escola com dificuldade,

principalmente por necessitarem precocemente do trabalho dos filhos para reforçar o

orçamento familiar. Outro aspecto a considerar é que as crianças oriundas das baixas

camadas da população não recebem “ajuda” em casa e muitos ficam sozinhas o dia todo,

o que acarreta sérios problemas – grandes desafios - para a escola: número excessivo

de faltas às aulas e alto índice de evasão escolar, notadamente nos períodos vespertino

e noturno, este, frequentado pela maioria dos alunos trabalhadores, que já chegam a

escola cansados, desmotivados, com dificuldades para acompanhar as atividades

escolares.

CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS

O Colégio possui espaço físico suficiente para as necessidades de seus alunos

no que diz respeito a:

• Administração: composto por um saguão de entrada, corredor onde se encontra a

secretaria, com um balcão, um fax, duas impressoras multifuncional e ar

condicionado, recentemente adquirido com recursos da APMF, uma sala da

diretora , outra que serve a secretaria, uma sala com dois frezeers utilizados para

armazenamento e distribuição do leite e outra reservada para acomodar arquivos e

materiais didáticos, todas mobiliadas adequadamente para atendimento à

comunidade interna e externa da escola .

• Cozinha: bem localizada, com mobiliário adequado, mas há necessidade de

ampliação do espaço. É utilizada para o preparo da merenda escolar dos alunos.

• Pátio coberto: espaço interno amplo, bem arejado, com som ambiente, onde os

alunos reúnem-se para entrar nas salas de aula, para recebimento do lanche

diretamente da cozinha e onde permanecem durante o recreio. É também o local

onde se realizam as comemorações cívicas, festivas e assembleias em geral.

• Banheiro: para servir os alunos, 01 (um) masculino e 01 (um) feminino, com

sanitários e pias e um banheiro adequado ao portador de necessidades especiais

físicas.

• Almoxarifados: aproveitando espaços no final de dois corredores, a escola conta

com e 04 (quatro) pequenos almoxarifados, um para guardar documentos

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escolares, outro para materiais de educação física, outro para guardar materiais de

jardinagem e outro para materiais de limpeza. Há Também um almoxarifado

localizado no prédio anexo ao Colégio.

• Sala de Merenda Escolar: espaço utilizado para armazenamento dos produtos

recebidos do Estado, há pouca ventilação e armários improvisados com tábuas e

estantes não adequadas para tal fim.

• Sala dos Professores: ampla sala com armários individuais, mesa com

cadeiras para uso dos professores, mesa para servir refeições, uma bancada para

com armários e gavetas para guardar pratos e talheres, 3 (três) sofás, escaninhos

para acomodar os diários de classe, murais, geladeira para uso dos professores e

mesinha de canto com vasos ornamentais. Na sala existem dois banheiros, um

masculino e outro feminino.

• Sala da Equipe Pedagógica: sala com mobiliário adequado para o

desenvolvimento do trabalho da Equipe Pedagógica. Biblioteca básica das diversas

disciplinas do currículo ficam à disposição dos professores para empréstimo e

consultas no local. Neste espaço também ficam a disposição dos professores

materiais didáticos diversos para serem utilizados como enriquecimento das

atividades em sala de aula.

• Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas: razoavelmente equipado, com

espaço suficiente para o desenvolvimento das aulas práticas. É utilizado

regularmente, de acordo com o horário das aulas pelos professores de Ciências,

Física, Química e Biologia, nos três períodos. As necessidades materiais do

laboratório são supridas também com recursos provenientes do Projeto Escola,

Ambiente e Saúde. A Escola adquiriu armário de aço através da verba do PDDE

( Programa Dinheiro Direto na Escola) via APMF e materiais de consumo através

do Programa Fundo Rotativo para aquisição de materiais para laboratórios

escolares. As professoras laboratoristas são as responsáveis por sua

organização, juntamente com os alunos do Ensino Médio. Para as práticas de

laboratório são montados pequenos projetos, que norteiam a elaboração de

relatório anual.

• Biblioteca: sala com mesas e cadeiras para acomodar os usuários, porém espaço

pequeno para acomodar o acervo bibliográfico considerável que a escolar possui,

vem sendo atualizado anualmente através da SEED, recursos da própria escola e

doações da comunidade. Professores, alunos e pessoas da comunidade tem

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acesso à biblioteca nos três períodos de funcionamento do Colégio, com

funcionários à disposição para atendimento e orientações. Fornece, pelo sistema

de empréstimo, livros aos alunos e acesso ao acervo visando o enriqueci- mento do

conhecimento , como fonte de pesquisa ou apenas leitura, visto que gran - de parte

de nossos alunos não tem acesso a este fora do estabelecimento. Dispõe de

12.317 obras, sendo todo o acervo disponibilizado aos usuários.

• Laboratório de Informática Paraná Digital e Proinfo: conta com 40 (quarenta)

microcomputadores. São utilizados pelos professores para trabalharem com

softwares educativos, tendo os seguintes objetivos: complementar as aulas do

ensino regular através da utilização de recursos computacionais e capacitar os

alunos a manusear o computador nas atividades escolares.

• RDE- Destinada ao Responsável pela Documentação Escolar, equipada com

armários, mesas e cadeiras, para melhor atendimento a todos os professores

do município.

• Sala de Recursos: Destinada aos alunos regularmente matriculados do 6º ao 9 º

ano, egressos da Educação Especial, ou aqueles que apresentam problemas

de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de

aprendizagem e/ou deficiência mental e que necessita de apoio

especializado para obter sucesso no processo de aprendizagem na classe

comum. Nestas salas os alunos têm atendimento individual ou em grupo de até no

máximo dez alunos, sendo organizados por faixa etária ou conforme as

necessidades pedagógicas semelhantes dos mesmos. Recebem acompanhamento

de duas à quatro horas diárias por semana, porém, nunca ultrapassando duas horas

diárias.

Para desenvolvimento das atividades pedagógicas previstas no Plano Curricular,

são utilizadas no período matutino 13 (quinze) salas de aula localizadas no prédio

principal é horário de maior concentração de alunos. No período vespertino são utilizadas 7

(sete) salas de aula, no período noturno são usadas 5 ( c i n c o ) salas de aula. A

Escola possui 04 (quatro) salas maiores medindo 10,12 m x 5,63 m e as demais são

menores com 7,50 m x 5,50 m.

Todas as salas do estabelecimento encontram-se em estado razoável de

conservação, há problemas nos telhados da escola, acarretando goteiras nas salas de

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aula, possuem boa ventilação e iluminação. O prédio passou por ampla reforma no ano

de 2010, mas depois não houve mais investimento consistente na parte física da escola.

Todos os espaços são limpos e higienizados duas vezes ao dia.

A Escola conta com espaço físico para a realização das aulas de Educação

Física, com uma quadra fechada e coberta, com condições precárias para seu uso, e uma

quadra aberta, porém esta em péssimas condições de uso. Contamos também com um

espaço gramado que é usado para futebol ( situado no espaço anexo). Necessita de um

espaço próprio para a realização de reuniões de pais e outros eventos.

Com relação a materiais e equipamentos, há a necessidade de substituição de

carteiras que se encontram em precárias condições de uso.

RELAÇÃO DA EQUIPE DE DIREÇÃO, EQUIPE PEDAGÓGICA, EQUIPE DOCENTE,

EQUIPE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA E DOS ASSISTENTES DE EXECUÇÃO

O tamanho do Colégio (espaço físico construído e pátio), o grande número

de alunos, de professores e funcionários e principalmente a quantidade de visita de

pais (comunidade) dimensiona a necessidade de uma demanda administrativa e de

serviços gerais ampla para dar conta de atender satisfatoriamente as exigências do

colégio. Da mesma forma, dimensiona a necessidade da existência de um quadro

suficientemente bem preparado de profissionais para prestarem um atendimento de

qualidade à essa comunidade.

Os professores são profissionais cuja ação influi de modo significativo na

constituição da subjetividade de seus alunos como pessoas e como cidadãos,

formando- os numa dimensão social e pessoal. Tais considerações permitem afirmar que

a atuação do professor é simultaneamente coletiva e pessoal, na sua atuação autônoma

de exercício de cooperação e criatividade, práticas de intervenção e transformação com

base na realidade social. Implica respeito ao conhecimento empírico e científico do

aluno, sensibilidade, desejo e responsabilidade exercida “no” e “com” um coletivo, a

partir de envolvimento pessoal. A distribuição dos professores efetivos é feita antes

do início do período letivo, obedecendo ao quadro de prioridades e área de atuação

encaminhados pelo Núcleo Regional de Educação. A direção do Colégio,

assessorada pela Equipe Pedagógica, além de considerar a relação recebida do NRE,

procura conciliar na distribuição das turmas: habilidades, aptidões e interesses dos

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professores às necessidades dos alunos, de forma que cada um assuma turmas de

acordo com seu perfil pedagógico. Quanto as aulas extraordinárias, PSS e outros

contratos feitos pela Secretaria de Educação para suprir a falta de professores, esse

trabalho fica mais difícil de ser realizado, pois a distribuição é feita fora da escola, em

leilão público. Segue abaixo quadro demonstrativo do corpo docente do colégio, podendo

sofrer alterações a qualquer momento levando em conta substituição e troca de

professores por motivos diversos: licenças médicas, licenças prêmio, licenças

maternidade, remoção, falecimento e aposentadoria.

Portanto, o colégio conta atualmente com o seu quadro de funcionários assim

distribuído:

QUADRO DEMONSTRATIVO DE PROFESSORES- ANO LETIVO 2017

PROFESSOR DISCIPLINA CURSO

ADILSON BUSETTI MATEMÁTICA FUNDAM ENTAL E MÉDIO

AMANDA SANTILLO JUSTO EDUCAÇÃO FÍSICA FUNDAMENTAL E MÉDIO

ANA CARINA TEOTONIO BARROS GEOGRAFIA FUNDAMENTAL

ANA PAULA TOMAZINI HELBEL MAT/CIÊNCIAS FUNDAMENTAL

ANDRESSA BARBOZA DE ARAÚJO ESPANHOL FUNDAMENTAL E MÉDIO

BRUNO CESAR DA LUZ EDUCAÇÃO FÍSICA EJA

CLAUDIA MARIA RODRIGUES BARBOSA CIÊNCIAS FUNDAMENTAL

CRISTIANE APARECIDA NASCIMENTO ARTE FUNDAMENTAL E MÉDIO

DAISE RAQUEL BERGAMASCO CALIXTO FILOSOFIA ENSINO MÉDIO

DALVA APARECIDA ZANELLI METEMÁTICA ENSINO FUNDAMENTAL

DENISE VAROTTO ARTE FUNDAMENTAL

DJANE PEREIRA DOS SANTOS HISTÓRIA FUND/SAREH

EDERVAL VAROTTO FÍSICA MÉDIO

EDILAINE AP. DELAMUTA VANZELA PEDAGOGA/CIÊNCIA

S

FUND. E MÉDIO

ELIANA BUSETTI DE LIMA CIÊNCIAS/BIOLOGIA FUNDAMENTAL/MÉDIO

ELIZABETE BRAGIATO KAMEI ARTE FUNDAMENTAL

EUZENI ALMEIDA DE BARROS MAT./SALA DE RECURSOS FUNDAMENTAL

GISLAINE APARECIDA MODA LÍNGUA PORTUGUESA FUND /DESVIO DE FUNÇÃO

HELIDA MARIA DE CAMARGO ED. FISICA FUND. E MÉDIO

ILMA SOARES DE MORAES REIS MATEMÁTICA FUND.E MÉDIO -

INÊS RODRIGUES LÍNGUA PORTUGUESA EJA- APED

INÊS DE PAULA EBARA INGLÊS FUND/DESVIO DE FUNÇÃO

KENIS MAGDA AP. DA SILVA HIST/ENS. RELIGIOSO FUNDAMENTAL

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LILIAN DEYSE HELBEL BIOLOGIA ENSINO MÉDIO

MARA LUCIA MAÇAN CLAUDINO ARTE FUNDAMENTAL E MÉDIO

MARIA ANGELICA GANDOLFO MOZELLI QUÍMICA MÉDIO

MARIA APARECIDA SANA FÍSICA MÉDIO

MARIA CRISTINA VAZ SANNA L PORTUGUESA FUNDAMENTAL

MARIA DAS GRAÇAS LEAL DONAN GEO/SALA REC.

RECURSOS

FUNDAMENTAL- DESVIO DE FUNÇÃO

MARIA DO CARMO MARTINS ALVES L PORTUGUESA FUNDAMENTAL E MÉDIO

MARIA OZANA TONDINELLI C.A.E.S FUNDAMENTAL E MÉDIO

MARIA REGINA MASSAN CARDONAZIO HISTÓRIA FUNDAMENTAL

MARIA SONIA FERREIRA BERGAMINI L PORTUGUESA FUNDAMENTAL E MÉDIO

MÁRCIA RODRIGUES LARA BUSETTI ESPANHOL FUNDAMENTAL/MÉDIO

MARILDA GUIRARDELLI SANTANA L PORTUGUESA/INGLÊS FUNDAMENTAL E MÉDIO

MARLOS CESAR MENON GEOGRAFIA ENS. MÉDIO

NILSON VICTORINO BETIOLI DIREÇÃO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ROSA MARIA A.QUINTANILHA

GONGORA BOLOGNESE

GEOGRAFIA FUNDAMENTAL E MÉDIO

ROSILENE DE JESUS SOLDES ALEIXO INGLÊS FUNDAMENTAL

ROSIMAR ELAINE DA S. DARIENÇO INGLÊS FUND/MÉDIO

SANDRA BAVARESCO FILOSOFIA EJA

SHIRLEI PEREIRA DOS S. MUNHOZ LÍNGUA PORTUGUESA FUNDAMENTAL

SIRLENE AP. VITORINI DA SILVA ESPANHOL LICENÇA MATERNIDADE

SILVIA VITORINI LÍNGUA PORTUGUESA FUNDAMENTAL

SUMAIA TOLEDO S. PIERETI MATEMÁTICA FUNDAMENTAL

TANIA AP. DELAMUTA PIZZO ENS.RELIGIOSO/BIOLOGIA FUND/MÉDIO

TATYELY DAIANE SILVEIRA HISTÓRIA FUNDAMENTAL

VIRGÍNIA ANA RODRIGUES ED. FÍSICA ENSINO MÉDIO

WANESSA PRISCILA BARBIERI GEOGRAFIA FUNDAMENTAL

QUADRO DEMONSTRATIVO DE FUNCIONÁRIOS – 2017

NOME CARGO FUNÇÃO

CLAUDIA CRISTINA PICONE SANTOS AG. EDUCACIONAL II - QFEB A SERVIÇO DA

SECRETARIA

CRISTIANE F. ROSA LIMA AG. EDUCACIONAL II- QFEB REPONSÁVEL PELA

DOCUMENTAÇÃO

ESCOLAR

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NOME CARGO FUNÇÃO

DENISE RODRIGUES SERVIÇOS GERAIS-REPR SERVIÇOS GERAIS

DERCI RODRIGUES DOS SANTOS AGENTE DE APOIO - CLAD SER.GERAIS

EDILAINE AP. DELAMUTA VANZELA PROF. PEDAGOGA- PEDAGOGA

EDINA APARECIDA DE ABRANTES SERVIÇOS GERAIS-REPR SERVIÇOS GERAIS

ELVIRA DOMINGUES DA SILVA AG. EDUCACIONAL I - QFEB MERENDEIRA

FRANCISCO CASSIO DA SILVA AG. EDUCACIONAL II - QFEB LAB.DE INFORMÁTICA

-ADM LOCAL

INÊS DE PAULA EBARA PROFESSORA DESVIO DE FUNÇÃO

IRACEMA FERRAS AG. EDUCACIONAL II - QFEB SERVIÇOS GERAIS –

AFASTADA POR

MOTIVO MÉDICO

IVANI DIAS GONÇALVES PROFESSORA -APM PEDAGOGA

LUCIA SUELI FUZA DIAS AGENTE DE APOIO - QFEB MERENDEIRA

LUCIENE APARECIDA MUSSI MELLOS AG. EDUCACIONAL II - QFEB A SERVIÇO DA

SECRETARIA

MARIA DA GRAÇA LEAL DONAN PROFESSORA DESVIO DE FUNÇÃO

MARIA MADALENA AGOSTINHO

MARTINS

AG. EDUCACIONAL I - QFEB INSP. DE ALUNOS

MARLI PEDRINA ALMEIDA ZANINI PROFESSORA DIRETORA

AUXILIAR

MARLI VALONGO AGENTE DE APOIO - QFEB INSP. DE ALUNOS

MATILDE PEREIRA DE SOUZA AG. EDUCACIONAL I - QFEB SER.GERAIS

NILSON VICTORINO BETIOLI PROFESSOR - QPM DIRETOR

ROSANGELA Mª DA SILVA FERRARI AG. EDUCACIONAL II - QFEB BIBLIOTECÁRIA

SILENE BITENCOURT GALEGO AG. EDUCACIONAL II - QFEB A SERVIÇO DA

SECRETARIA

SIMONE SOARES DO NASCIMENTO AG. EDUCACIONAL II - QFEB A SERVIÇO DA

SECRETARIA

SONIA RODRIGUES ALVES SERVIÇOS GERAIS –

PARANÁ EDCUAÇÃO

SERVIÇOS GERAIS

SUSYANE MICHELATO PROFESSORA- QPM DESVIO DE FUNÇÃO

TANIA APARECIDA DELAMUTA PIZZO PROFESSORA- APM PEDAGOGA

WANDERLEIA AP. BERGAMASCO PROFESSORA- APM PEDAGOGA

ZELIAMARA BASSI AG. EDUCACIONAL II - QFEB BIBLIOTECÁRIA

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MARCO CONCEITUAL FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO – PEDAGÓGICOS DA INSTITUIÇÃO

Os últimos anos tem sido marcados pela discussão sobre a qualidade da

educação e sobre as condições necessárias para assegurar o direito de crianças, jovens

e adultos a aprendizagens imprescindíveis para o desenvolvimento de suas capacidades.

A preocupação com essa questão não é propriamente nova; entretanto, nos anos 90, a

educação de qualidade tornou-se uma bandeira assumida por muitos. Vivemos tempos de

globalização econômica, de níveis elevados de pobreza e de introdução acelerada de

novas tecnologias e materiais no processo produtivo – fenômenos que, ainda que em

níveis diferenciados, influenciam de forma determinante a conjuntura de todos os países

do mundo. A situação que se configura em razão do processo de internacionalização da

economia e de supremacia dos interesses do mercado e do capital sobre os interesses

humanos tem contribuído para a constituição de valores e sentimentos nada construtivos

– como o individualismo, a intolerância, a violência ... -, o que põe em pauta questões

éticas complexas, sem respostas prontas, nem soluções fáceis. Por outro lado, “as

transformações científicas e tecnológicas que ocorrem de forma acelerada exigem das

pessoas novas aprendizagens. Esse contexto coloca enormes desafios para a sociedade,

e, como não poderia deixar de ser, também para a educação escolar. Assim, algumas

novas tarefas passam a se colocar à escola, não porque seja a única instância

responsável pela educação, mas por ser a instituição que desenvolve uma prática

educativa planejada e sistemática durante um período contínuo e externo de tempo na

vida das pessoas”.

Em uma concepção democrática, entende-se a educação escolar como

responsável por criar condições para que todas as pessoas desenvolvam suas

capacidades e aprendam os conteúdos necessários para construir instrumentos de

compreensão da realidade e para participar de relações sociais cada vez mais amplas e

diversificadas – condições fundamentais para o exercício da cidadania.

Além de uma sólida formação humanística, os métodos selecionados devem

permitir que o educando tenha uma visão crítica da realidade e seja preparado para

exercer sua cidadania como elemento produtivo e integrado. Nossa proposta

metodológica encontra parâmetros na Teoria Histórico-Crítica, cujo ponto de partida é a

prática social do educando e o ponto de chegada também é essa prática social. A

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diferença entre o ponto de partida e o ponto de chegada é o salto qualitativo que se

obtém a partir da instrumentalização desses alunos através da intermediação do

conhecimento trazido por esses alunos e o conhecimento sistematizado, elaborado em

bases científicas.

Essa mediação entre o conhecimento menos elaborado e o conhecimento

sistematizado será possível através do trabalho do professor, cuja função é dirigir o

processo ensino e aprendizagem.

Para que o professor dirija o processo de ensino e aprendizagem de forma a

alcançar o sucesso escolar, necessita estar em contínuo processo de capacitação para

rever, redimensionar o caminho de sua ação.

Assim, a capacitação dos professores destaca-se como tema crucial, e sem

dúvida, uma das mais importantes, pois os desafios colocados à escola exigem do

trabalho educativo outro patamar profissional, muito superior ao hoje existente. Além de

uma formação inicial consistente, é preciso proporcionar aos professores oportunidades

de formação continuada: promover seu desenvolvimento profissional e também intervir

em suas reais condições de trabalho.

Progressivamente, vem se formando um consenso sobre as condições

necessárias para assegurar uma educação escolar de qualidade real: existência de um

Projeto Político Pedagógico explícito e compartilhado pelos diferentes segmentos da

escola, formas ágeis e flexíveis de organização institucional e de funcionamento, quadro

estável de profissionais, apoio administrativo ao Projeto Político Pedagógico,

desenvolvimento profissional contínuo por meio de ações internas e externas,

planejamento coletivo do trabalho numa perspectiva de experimentação e avaliação

contínua, adequação do espaço físico e das instalações, qualidade dos recursos didáticos

disponíveis, acervo de materiais diversificados de leitura e pesquisa, tempo adequado de

permanência dos alunos na escola, condições adequadas de trabalho e salário.

O sucesso escolar também está intimamente ligado ao aspecto da afetividade.

O processo educacional demanda a criação de vínculo, carinho, brincadeira, bom-humor,

tornando o espaço da escola um ambiente agradável, que aliado à competência

profissional e a espaços físicos adequados venham garantir a permanência do aluno na

escola. “Para que a escola possa compreender quem são seus alunos e identificar as

necessidades de atenção, sejam relativas aos afetos e emoções, aos cuidados corporais,

de nutrição e saúde, sejam relativas as aprendizagens escolares e de socialização, é

necessário conhecer aspectos psicológicos que permitam atuar nos processos de

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crescimento, assim como dos processos de aprendizagem dos diferentes conteúdos

escolares em diferentes momentos do desenvolvimento cognitivo, das experiências

institucionais e do universo cultural e social em que seus alunos se inserem”.

São muitos os aspectos que precisam ser considerados para o trabalho

pedagógico realizado na escola seja pautado em relações não discriminatórias, para que

os alunos se lancem não só ao desafio de aprender os conteúdos escolares, mas também

ao desafio de viver, participar de sua comunidade e da sua sociedade de uma forma mais

ampla. Isso demanda não só aquisição de conhecimentos já produzidos “sobre” crianças,

jovens e adultos, mas também uma reflexão sobre suas próprias representações e

crenças, implicando muitas vezes uma revisão de valores pessoais.

Por isso, é importante a escolha da visão que se quer divulgar no projeto de

escola e de educação que se quer desenvolver. As várias correntes devem ser situadas

historicamente, e as escolhas feitas com o aval das discussões mais atualizadas, que têm

uma perspectiva mais abrangente dos alunos e os considerem sujeitos de seu processo

de desenvolvimento.

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de

Assis considera todos os envolvidos no processo educacional como sujeitos, portanto

agentes transformadores da educação e da sociedade em que vivem.

PERFIL DO ALUNO E DESCRIÇÃO DA REALIDADE

Vivemos uma fase de adequação sociocultural, claramente exposta no perfil

dos alunos que recebemos ano a ano, ainda que não se perceba avanços significativos

no que se refira a economia no meio social a qual o Colégio está inserido. Nossos alunos

ainda provem de famílias de baixa renda, contudo temos a sensibilidade e visão científica

de educação para perceber a necessidade de transição social, cultural, econômica a que

muitos buscam e tem direito. Portanto, primamos pela qualidade de ensino, promovendo

reflexões junto a comunidade escolar sobre a necessidade da construção de uma nova

cultura construída entre todos os sujeitos envolvidos no processo educacional. Alunos,

pais, professores, Equipe Diretiva, Equipe Pedagógica, enfim, a escola como um todo são

instigados a se envolver nesse processo de descoberta, transição e adequação a novas

realidades e principalmente a se perceberem como fundamentais nessa construção diária.

As pessoas possuem perfis socioeconômicos diferentes, anseios, culturas e valores

familiares que culminam no ambiente escolar e acreditamos que a postura de todos

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devam considerar e ponderar todos esses e outros aspectos.

No decorrer da história, a ciência está sempre presente para reproduzir ou

transformar. Na sociedade capitalista, o conhecimento é produzido de forma desigual,

estando a serviço de interesses políticos, econômicos e sociais do processo histórico, não

atingindo a totalidade da população. A ciência é uma das formas de conhecimento

produzidas pelo homem, no decorrer de sua história. Portanto, a ciência também é

determinada pelas necessidades materiais do homem em cada momento histórico ao

mesmo tempo, que nela interfere. A escola tem a função social de garantir o acesso de

todos aos saberes científicos produzidos pela humanidade, e o fará, ao assumir a forma

como essa mesma escola, concebe o mundo, o homem e o conhecimento.

O mundo que se tornou globalizado, globalizou não somente as informações, mas

também todas as suas mazelas, formas mais escabrosas de poder e de exclusão do ser

humano que ainda não se incorporou nas leis do mundo capitalista e neoliberal. Não

queremos que o mundo seja globalizado somente pelas questões de informação, dos meios

de comunicação, uniformizador regendo padrões iguais para todos, mas o queremos

globalizado numa perspectiva emancipadora, respeitando a diversidade e a tolerância entre

os povos. Um mundo que saiba diminuir a exploração, a dominação e a opressão entre as

nações, que não haja nem primeiro, nem segundo e muito menos, terceiro mundo; que haja

um mundo que aprendeu a conviver com as suas diferenças e suas heranças, com seus

sucessos e expectativas de um futuro sempre melhor para a humanidade.

A educação é uma prática social, é própria dos seres humanos e deve ser

emancipadora, trazendo mudanças na forma de pensar e agir no cotidiano das pessoas

envolvidas no processo educativo, uma educação que emancipe os sujeitos sociais que

compõem a Comunidade Escolar, transformando a realidade na qual ela se insere.

O trabalho é uma atividade humana intencional. Ao considerarmos o trabalho uma

práxis humana, é importante o entendimento de que o processo educativo é um trabalho

não material, uma atividade intencional e que envolve formas de organização necessária

para a formação do ser humano. O conhecimento torna-se o objeto de trabalho a ser

realizado dentro da escola.

O conhecimento deve ser visto como processo de ampliação do saber humano que

busca explicitar as relações entre os homens e a natureza, deve ser visto como construção

do saber historicamente acumulado, como a cultura de um povo, sendo eleito objeto de

trabalho do professor, visto como direito do aluno para compreender criticamente o contexto

no qual ele vive, criando e recriando os saberes necessários para a sua vida cidadã.

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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, ao propor a formação

tecnológica como eixo do currículo, assume a concepção de tecnologia que aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o específico, determinando novas formas de

selecionar, organizar e tratar metodologicamente os conteúdos. As tecnologias

educacionais podem viabilizar a construção do conhecimento no processo pedagógico,

procurando desenvolver o cognitivo. Elas devem estar de acordo com a realidade (contexto)

da escola e explicitadas na proposta pedagógica.

A partir do momento em que as tecnologias educacionais estiverem de acordo com o

contexto, elas poderão realmente auxiliar na construção do conhecimento e no processo de

ensino aprendizagem. Apesar de serem motivadoras por si só, os profissionais deverão

compreendê-las, e compreender a real função das mesmas, segundo BEHRENS (2000),

“(...) a tecnologia está a serviço do homem e pode ser utilizada como ferramenta para

facilitar o desenvolvimento de aptidões (...)”. Portanto, as tecnologias educacionais passam

a exigir do docente nova postura frente ao conhecimento e ao processo cognitivo de

aprendizagem de seus alunos. A utilização delas exige maior comprometimento ao trabalho

e à compreensão, havendo significativas mudanças na sala de aula, transformando-a em

um ambiente mais propício à construção do conhecimento. Resta à escola, como todo seu

coletivo, enfrentar mais esse desafio: o de implantar as novas tecnologias como auxílio ao

conteúdo de ensino, partindo das concepções que os discentes têm sobre elas, elaborando,

desenvolvendo e avaliando as práticas pedagógicas que promovem de forma reflexiva e

crítica a aprendizagem significativa.

Buscar soluções para minimizar estes problemas através de um Projeto Político

Pedagógico comprometido com os objetivos da comunidade escolar, enfatizando a

melhoria da educação e permanência dos alunos na escola deve ser meta básica de

todos os envolvidos no processo educacional.

Portanto, concluímos que uma educação que se pretende de qualidade precisa

contribuir progressivamente para a formação de cidadãos capazes de responder aos

desafios colocados pela realidade e nela intervir, a fim de que essa realidade mude.

. A reflexão que a comunidade educacional tem acumulado nos últimos anos indica

que, para uma formação deste tipo, a escola deve garantir, as crianças e jovens,

aprendizagens significativas. Deve-lhes garantir a possibilidade de, ao longo da

escolaridade, compreender conceitos, princípios e fenômenos cada vez mais complexos e

de transitar pelos diferentes campos do saber, aprendendo procedimentos, valores e

atitudes imprescindíveis para o desenvolvimento de suas diferentes capacidades.

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CONCEPÇÃO DE HOMEM E MUNDO

O homem é um ser concreto, situado no tempo e no espaço. Está inserido em

um contexto histórico, ou seja, sócio-econômico-cultural-político. Dessa forma, torna-se

sujeito da educação, uma vez que a mesma deve promover o próprio indivíduo e não pro -

por forma de ajustá-lo à sociedade existente.

O homem da sociedade atual necessita envolver-se em seu contexto, visando

a transformara sociedade, tomando por base as necessidades do grupo. Somente um ho-

mem consciente, pode transformar o mundo que o cerca.

Nesse cenário, a escola desenvolve papel importante na formação do homem

para atuar no seu universo, visto que a sociedade hoje, exige um cidadão crítico, partici -

pativo, consciente de seu papel e com autonomia para decidir suas próprias escolhas.

CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Vivemos hoje em uma sociedade informatizada e globalizada, na qual as infor-

mações são transmitidas rapidamente. O avanço tecnológico, produzido pelo uso de com-

putadores nas empresas, bancos, mercados, cinemas, telecomunicações e em todos os

campos da sociedade, têm modificado a forma de agir e pensar do ser humano, fazendo

brotar uma nova sociedade, a que chamamos de sociedade do conhecimento. Esta re -

quer novas competências, exigindo um indivíduo atuante, pensante, pesquisador e com

autonomia intelectual.

Nessa sociedade, não cabe mais o homem alienado, dono de uma consciência

ingênua, que não se compromete com o seu mundo real e possui um pensamento que re-

flete o pensamento e expressões de uma classe dominante. A sociedade atual exige cida -

dãos que promovam dinamismo, removendo o caráter estático da sociedade. As transfor-

mações são lentas. Ocorrem por meio do exercício da democracia. Esta se inicia em am-

bientes educacionais, como a escola.

A democracia autêntica pressupõe que os indivíduos sejam co-participantes do

poder, em forma de co-gestão. Dessa forma, compete à escola, na condição de instituição

responsável pela formação do indivíduo, formar cidadãos para atuar e transformar a

sociedade, exercendo seu papel social dentro do grupo.

Não há receitas ou modelos a serem seguidos pela escola que deseje hoje,

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enveredar na formação de cidadãos críticos e participativos. Mas, com certeza, é preciso

valorizar a formação humana em detrimento da formação técnica.

CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

A infância sempre existiu desde os primórdios da humanidade, mas a sua

percepção enquanto construção e categoria social, dotada de uma representação é

sentida a partir dos séculos XVII e XVIII. Sobre a datação do surgimento da infância,

Carvalho nos aponta a seguinte afirmativa:

A aparição da infância ocorreu em torno do século XIII e XIV, mas os sinais de sua evolução tornaram-se claras e evidentes, no continente europeu, entre os séculos XVI e XVII no momento em que a estrutura social vigente (Mercantilismo) provocou uma alteração nos sentimentos e nas relações frente à infância (CARVALHO, 2003, p. 47).

Recorrendo-se a definição da palavra infância, oriunda do latim infantia, significa

“incapacidade de falar”. Considerava-se que a criança, antes dos 7 anos de idade, não

teria condições de falar, de expressar seus pensamentos, seus sentimentos. Desde a sua

gênese, a palavra infância carrega consigo o estigma da incapacidade, da incompletude

perante os mais experientes, relegando-lhes uma condição subalterna diante dos

membros adultos. Era um ser anônimo, sem um espaço determinado socialmente.

Até este período, seguindo uma forma de organização social da família tradicional,

a fase da “infância” tinha uma curta duração, restringindo-se apenas a sua etapa de

fragilidade física. Ao adquirir uma certa independência, era imediatamente conduzida ao

convívio adulto, compartilhando de seus trabalhos e jogos, sem estar plenamente

preparada física e psicologicamente para tal. Neste período, a transmissão de valores e

dos conhecimentos estava vinculada ao contato das crianças com os jovens ou os adultos

através de um processo de socialização. Era uma aprendizagem de cunho prático,

baseada na observação do trabalho desempenhado pelos mais experientes.

Com o estabelecimento de uma nova ordem social, em fins do século XVII, são

notadas algumas mudanças consideráveis alterando a estrutura até então em vigência.

Com isso, sentiu-se a necessidade da criação de escolas, um dos mecanismos de

fornecimento da formação inicial aos pequenos, a fim de dominarem a leitura, a escrita e

a aritmética, como mais um dos artifícios de preparação para a vida adulta.

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A escola passou a substituir a aprendizagem obtida empiricamente pela

observação dos mais experientes, deixando de aprender a vida diretamente. O advento

da escola moderna está atrelado ao surgimento de um novo sentimento do adulto para

com as crianças, implicando em cuidados especiais.

Com o apogeu da Revolução Industrial, ocorrido entre os séculos XVIII e XIX, foi

direcionado um novo olhar sobre a infância. Estas passaram a ser vista como tendo um

valor econômico a ser explorado. A urgência por mão-de-obra provoca o não

cumprimento dos direitos infantis de acesso à escola, levando as crianças novamente ao

mercado de trabalho, submetidas às explorações em nome dos ditames econômicos.

Sobre essa fase, Amarilha reforça as afirmações acima levantadas com este comentário:

Se a vida em comum com os adultos, antes da Revolução Industrial, tratava a criança com descaso, agora, o seu valor enquanto geração de braços para a indústria e cabeças para o comando lhe traz o exílio do seu tempo. Viver a infância passa a ser um período dominado por modelos de preparação para ser o futuro adulto. A criança como tal, com identidade específica, continua desrespeitada e desumanizada (AMARILHA, 2002, p. 128-129).

Delimitamos entre os anos de 1850 a 1950 como o momento do ápice da infância

tradicional. Como desenvolvimento das ciências humanas e conseqüente compreensão

acerca desse período da vida humana, as crianças passaram a ser retiradas das fábricas

e novamente inseridas em contextos promotores de aprendizagens sistematizadas, sendo

as instituições educativas os locais mais apropriados para esses propósitos.

Com a consolidação do protótipo de família em fins do século XIX, a

responsabilidade dos genitores passou a assegurar mais responsabilidades com o bem-

estar das crianças, garantindo os direitos que lhes assistem e maiores cuidados físicos. A

noção de infância, agora, passa pelo crivo dos conceitos técnicos e científicos. Essa

análise é respaldada e analisada à luz da Psicologia, da Sociologia, da Medicina, dentre

outros campos do saber, passando a emitir um parecer científico a respeito dessa fase da

vida humana, adquirindo estas constatações uma maior respeitabilidade frente à

sociedade.

Ao adentrarmos na trilha da contemporaneidade nos deparamos com uma série de

mudanças em curso, formando novas conjecturas e desencadeando diferentes

concepções e olhares sobre um mesmo fato ou acontecimento, sendo evidenciadas e

processadas algumas rupturas significativas na ordem conceitual até então em vigência.

Neste espaço mutante e efêmero, a noção de infância adquiriu uma nova

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roupagem, incorporando uma reestruturação que lhe confere um outro status. A

criança desses novos tempos possui outras características, necessidades não

encontradas outrora, aspirações estas fruto da recente ordem estabelecida mediante

os ditames da globalização e do neoliberalismo.

Para exemplificar concretamente essas alterações em relação à visão da infância,

podemos recorrer às mídias como um dos elementos fornecedores de uma considerável

quantidade de informações disponíveis através de diferentes suportes. Isso contribuiu,

direta e indiretamente, na montagem dessa nova fase da infância, na qual a criança é

encarada como um sujeito receptor e consumidor em potencial.

Hoje as mídias, principalmente a televisão, acabaram ocupando esse lugar e

roubando a cena, constituindo-se num dos principais meios de divulgação das

informações e de acesso ao mundo. Esse contato independe da classe social ou faixa

etária, ocorrendo muito antes do que se imagina. Sobre essa transformação no

entendimento do ser criança, Ghiraldelli Júnior nos esclarece acenando que:

Ser criança é ter corpo que consome coisa de criança. Que coisas são estas? Primeiro, coisas que a mídia define como tendo sido feitas para o corpo da criança. Segundo, coisas que ela define como sendo próprias do corpo da criança. Respectivamente, por um lado, bolachas, danoninhos, sucos, roupas,aparatos para jogos, etc, por outro, gestos, comportamentos, posturas

corporais,expressões, etc. Ser criança é algo definido pela mídia, na medida em que é um corpo-que-consome-corpo (GHIRALDELLI JR., 1996, p. 38).

Nesta perspectiva, há uma mudança de foco, pois a infância deixa de ser uma fase

natural da vida humana sendo, agora, um artefato construído, autorizado e ditado pela

mídia. Esta, por sua vez, recria esta imagem da criança livre, protegida, feliz, deturpando

e camuflando a verdadeira face da realidade.

Ao examinarmos as pedagogias escolar e cultural, poderemos dar um sentido mais

adequado ao processo educacional em vigência, preocupado com essas questões

tipicamente contemporâneas e que interferem diretamente no processo de ensino e

aprendizagem infantil.

Desse modo, cabe ao educador compreender a trajetória de desenvolvimento do

conceito de infância e as suas atuais determinações em nossos dias, que encontra suas

influências nos elementos da cultura e nos aportes midiáticos. Essa medida auxilia no

oferecimento de uma educação imbuída de criticidade e capaz de trazer às crianças todas

as oportunidades disponíveis para o seu crescimento, seja físico, social e intelectual.

Somente assim, estaremos preparando nossas crianças para viverem esses novos

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tempos que se anunciam, carregados de novas necessidades, novas aspirações, novos

desejos e novos desafios.

Após a fase da infância, inicia-se a fase pré-adolescência e em seguida a fase da

adolescência.

A palavra “adolescência” vem da palavra latina “adolesco”, que significa crescer. É

uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se caracteriza por uma intensa

busca de “si mesmo” e da própria identidade, os padrões estabelecidos são questionados,

bem como criticadas todas as escolhas de vida feita pelos pais, buscando assim a

liberdade e auto-afirmação.

A adolescência caracteriza- se por ser a fase de transição entre a infância e a

juventude. É uma etapa extremamente importante no desenvolvimento, com

características muito próprias.

Há um desenvolvimento físico muito grande, com fortes transformações internas e

externas. Também as mudanças nos campos intelectual e afetivo são marcantes. As

meninas em geral amadurecem sexualmente antes que os meninos.

Paralelamente ao desenvolvimento físico interno e externo, ocorrem modificações

também em nível social. O grupo de amigos tende aumentar em importância, e a

tendência à imitação acentua- se novamente. O desenvolvimento intelectual também é

notável capacidade para generalizações mais rápidas, bem como maior compreensão de

conceitos abstratos.

Os meninos apresentam grande atividade física. A independência surge com força,

muitas vezes apresentando- se como rebeldia em relação às autoridades em geral.

Adolescência, portanto, deve ser pensada para além da idade cronológica, da

puberdade e transformações físicas que ela acarreta, dos ritos de passagem, ou de

elementos determinados aprioristicamente ou de modo natural. A adolescência deve ser

pensada como uma categoria que se constrói, se exercita e se reconstrói dentro de uma

história e tempos específicos

Dessa forma, sendo a adolescência um período em que o ser humano está

absorvendo as idéias, podendo caracterizar-se como a fase da absorção facilitando

assim a aprendizagem do aluno, valorizando seu conhecimento e opiniões. É preciso

impor metas e diretrizes educacionais para que o mesmo ao se tornar adulto tenha

conhecimento, até porque eles terão necessidade de ter metas na vida, mas o mais

importante é a experiência que o professor ou pessoas que convivam com eles precisam

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ter, para que estas metas não tornem um peso a ser carregado.

A IMPLANTAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

O Ensino Fundamental de nove anos tem como meta ampliar o universo

cultural da criança por meio de ações que lhe estimulem a explorar o mundo, acendam a

sua imaginação com novos conhecimentos e a ajudem a se conhecer e a conviver melhor

ao estabelecer relações cognitivas e sociais.

Para uma implementação qualitativa do Ensino Fundamental de nove anos, é

importante compreender que o conceito de infância sofreu transformações

historicamente, o que se evidencia tanto na literatura pedagógica quanto na

legislação e nos debates educacionais, em especial a partir da década de 1989, no

Brasil. (...)Se no contexto político, as diferentes concepções sobre a infância

influenciaram ou justificaram as políticas educacionais, com limites e possibilidades,

no contexto pedagógico, a discussão e definição de uma concepção de infância é

primordial na condução do trabalho. Esta concepção orientará os conceitos sobre o

ensino, aprendizagem e desenvolvimento, a seleção dos conteúdos, a metodologia,

a avaliação, a organização de espaços escolares e tempos com atividades

desafiadoras, enfim, o planejamento do trabalho pedagógico organizado não apenas

pelo professor mas por todos os profissionais da instituição. (SEED,2010, p.10)

Em sintonia com essa perspectiva educacional, o Projeto Político Pedagógico

desenvolvido no Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis propõe atividades

significativas e desafiadoras, capazes de impulsionar o desenvolvimento da criança,

ampliando suas experiências e práticas sócio-culturais, intermediando as relações dela

com situações que provoquem trocas e descobertas. O desafio é pensar em todos os

alunos do Ensino Fundamental, na forma de se pensar uma prática que garanta a todos a

aquisição de conhecimentos nas dimensões artísticas, filosófica e científica, papel

pedagógico essencial da instituição escolar. Desta forma, propomos análise sistemática

da Proposta Pedagógica Curricular (conteúdos, metodologias e formas de avaliação);

reorganização do projeto Político Pedagógico; adequação do espaço físico, mobiliário,

equipamentos, acervo bibliográfico e materiais de apoio pedagógico; formação continuada

para os profissionais da educação na busca do entendimento pedagógico do Ensino

Fundamental de nove anos. Neste sentido, entendemos essas ações fundamentais para o

verdadeiro entendimento do ensino fundamental de nove anos, mas para que isso se

efetive, é importante ter claro a importância do compromisso das famílias e dos

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profissionais da educação, como forma de garantir ao aluno um aprendizado pautado no

entendimento e na seriedade.

CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E ESCOLA

A educação na sociedade atual necessita ir além, de uma postura de redenção

ou reprodução da sociedade. Necessita atuar como mediação de um projeto social que

busca transformar a sociedade.

Impregnada de determinantes sociais, políticos e culturais, a educação possui

um papel ativo na sociedade. Assim, precisa ser desenvolvida de forma crítica, no sentido

de formar cidadão críticos, que pensem, que criem, que produzam em função das neces -

sidades do grupo e que busquem o conhecimento. Assim, não há neutralidade na educa-

ção, visto que a mesma implica em escolha. Escolher um caminho é um ato político imer -

so em um contexto sócio-cultural. Precisa-se colocar a educação a serviço da democrati -

zação da sociedade. Somente um ensino democrático pode conduzir à democratização

social.

A escola, enquanto instituição educativa não pode permanecer alheia as condi -

cionantes sociais que a envolve, considerando promove a socialização do indivíduo. Ensi-

nar implica em investir em um processo de conscientização, sendo necessário construir

um currículo que possibilite esse processo.

A escola necessita propiciar ao aluno um currículo escolar que contemple con-

teúdos vivos, dinâmicos, indissociáveis da realidade. A escola é parte integrante da socie -

dade, sendo influenciada por ela, ao mesmo tempo em que a influência. O trabalho na es-

cola deve ser pautado na elaboração de projetos que possibilitem o estreitamento da rela -

ção escola-comunidade, envolvendo alunos, pais professores, funcionários e comunidade

em geral. Deve, ainda, investir em novas formas de avaliar, bem como em propostas me-

todológicas inovadoras, visando a proporcionar a aprendizagem significativa do aluno. As-

sim, a escola torna-se intencional, sistemática e organizada para atender a criança, o ado-

lescente e o jovem de forma diferenciada da família e de outras instituições.

Cabe à escola a função de ensinar, visto que a instituição social criada com

esse fim. No entanto, ensinar perpassa pela socialização da criança e do jovem, sendo o

acesso e a permanência d aluno na escola, com garantia de educação de qualidade é pa -

pel fundamental e primeiro.

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CONCEPÇÃO DE CULTURA

O termo “cultura” tem sido ampliado desde de a antiguidade até nossos dias.

Segundo Holanda (2000), “cultura é o conjunto complexos dos códigos e padrões que re-

gulam a ação humana individual e coletiva, tal como se desenvolvem em uma sociedade

ou grupo específico, e que se manifestam em praticamente todos os aspectos da vida:

modos de sobrevivência, normas de comportamento, crenças, instituições, valores espiri-

tuais, criações materiais etc.”. A cultura envolve as características humanas que são

aprendidas no convívio em sociedade, sendo importante para sua preservação e desen-

volvimento, a comunicação e a cooperação que ocorrem entre os indivíduos. Regula tam-

bém, a ação humana do indivíduo e do coletivo, pois compreende um conjunto de códigos

e padrões que estabelecem e delimitam limites.

Dessa forma, a cultura está presente no cotidiano das pessoas, bem como nos

valores e normas partilhados socialmente. As instituições sociais, tais como a família, a

escola, a igreja e outras, enfatizam o caráter socializador da cultura. A cultura não é

nata,mas aprendida no convívio social. Compete a escola participar do processo de

socializa- ção da cultura.

A cultura é acabada e pronta, mas sim, inata, dinâmica, simbólica, possui cará-

ter social, é instrumento de coesão social e pressupõe uma linguagem. O conhecimento é

construído em meio à cultura existente, tento no que compete à cultura popular como o

que compete à cultura erudita.

A escola, enquanto instituição do saber, participa na produção e difusão da cul -

tura erudita, mas também repassa a cultura popular. Cabe a escola, assumir seu papel

enquanto instituição nesse processo. Dessa forma, não podemos nos omitir frente ao pa-

pel socializador que a escola possui, assumindo o compromisso de difundir a cultura eru -

dita, respeitando e valorizando a cultura popular como expressão do nosso povo, na cer -

teza de atender à diversidade cultual que nos envolve.

CONCEPÇÃO DE TRABALHO

Concebemos o trabalho como uma atividade que está “na base de todas as re -

lações humanas, condicionando e determinando a vida. É (...) uma atividade humana in-

tencional que envolve forma e organização, objetivando a produção dos bens necessários

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à vida” (Andery, 1998, p.13)

Considerando este aspecto, precisamos entender o trabalho como ação inten-

cional, porém, é necessário também a compreensão de que o trabalho não acontece de

forma tranqüila, pois está impregnado pelas relações de poder. No trabalho educativo, o

fazer e o pensar se entrelaçam dialeticamente e é nessa dimensão que está posta a for-

mação humana. Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o entendi-

mento de que o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional

que envolve forma de organização necessária para a formação do ser humano. Logo, o

conhecimento como construção histórica é matéria prima do professor e do aluno, que

quando indagados sobre o mesmo, produzirão novos conhecimentos, propondo modifica -

ções para a sociedade em que vivem.

CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

A escola é uma instituição mais tradicional que inovadora. A cultura escolar

resiste às mudanças e os modelos de ensino focados no professor continuam

predominando, apesar dos avanços tecnológicos e dos estudo teóricos em busca de

mudanças no que se refere a novas formas de ensino. Entendemos que os alunos estão

aptos para as novas tecnologias, mas alguns professores ainda não, e percebem, de

forma muito clara, esse descompasso no domínio das tecnologias. Nesse sentido,

mantém uma postura tra- dicionalista, como forma de omitir a ausência de conhecimento

tecnológico. Neste senti - do, o Colégio incentiva seus professores a participarem de

capacitações oferecidas pela SEED, com o objetivo de levar o corpo docente a rever

suas posturas e entender as no- vas tecnologias como uma nova forma de pensar e fazer

o ensino, como forma de aproxi - mar pessoas, promover troca de experiências em tempo

real a uma velocidade impressio - nante, nos fazendo repensar a questão tempo/espaço

na vivência do dia a dia, conceben - do as novas tecnologias como parte do cotidiano da

escola.

CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

Sabemos que o homem é um ser natural e social que age na transformação da

natureza, acumulando experiências e produzindo conhecimentos. Assim, as pessoas

atuam e interferem na sociedade, participando nas diversas esferas da mesma. Cabe ao

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homem o papel de sujeito construtor/transformador da realidade, portanto, buscamos for-

mar sujeitos críticos, participativos, reflexivos, sonhadores, ousados, capazes de tranfor-

mar a realidade, sujeitos políticos capazes de exercer seu direito de cidadãos com res-

ponsabilidade diante da família, do trabalho e da sociedade.

Para ser cidadão é preciso ter uma vida com dignidade. Todos nascem livres e

iguais em dignidade e direitos. Cidadania significa o direito de viver com decência, de ter

idéias e expressá-las, de ter liberdade de escolha, de não sofrer qualquer tipo de discrimi-

nação, de praticar uma religião e não sofrer perseguições, de respeitar o que é público, de

cuidar com o meio ambiente. Cabe a escola formar o cidadão que saiba lutar para que to-

das essas garantias de dignidade não fique só no papel, que exija o cumprimento de leis

e que também saiba respeitar essas leis. Infelizmente, percebemos que falta muito para

que as pessoas se entendam como cidadãos e se comportem como tal .É preciso nos

tornar éticos, para com isso garantir essa cidadania ao longo de nossa vida e cabe a es -

cola trabalhar para isso e levar a todos o entendimento de que é a cidadania um dos prin-

cipais fundamentos da democracia.

CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

A sociedade atual também é conhecida como a sociedade do conhecimento,

pois as informações são produzidas e difundidas rapidamente. A velocidade com que as

informações são veiculadas, impulsiona a construção e reconstrução do conhecimento,

compreendendo-o como algo que não é pronto ou acabado, mas construído diariamente

nas relações sociais e com a natureza.

O conhecimento até então entendido como verdade absoluta, cede lugar à

construção sedimentada no contexto histórico-político-social-cultural.

Compreendendo que o conhecimento precisa ser construído e não repassado,

cabe à escola, a reorganização do seu papel, no sentido de proporcionar ao indivíduo

essa reconstrução. Para isso, a postura tradicional e reprodutora, precisa ser substituída

por uma postura crítica de ensino, na qual o aluno participa ativamente, pensa, cria e

constrói seu próprio conhecimento.

CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

O fim político da ação educativa é o acesso e permanência do aluno na escola.

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Porém, isso não basta ao processo de democratização social. É preciso propor um currí -

culo que garanta aprendizagem satisfatória e significativa dos conteúdos científicos e cul-

turais.

A criança tem hoje um acesso facilitado aos meios de comunicação e de infor-

mação, bem como aos recursos tecnológicos. O aluno quando chega à escola, já tem

uma leitura de mundo a sua volta. A escola, para esse aluno, representa uma forma de

ampliar seus conhecimentos, agregando-lhe novas aprendizagens.

A escola não pode permanecer alheia à leitura do aluno. A sociedade solicita

que a escola possibilite que a criança desenvolva uma aprendizagem que amplie seus co-

nhecimentos e lhe fundamente para a vida publica e para o mundo do trabalho. Nesse

contexto, não há lugar para um modelo de escola reprodutor, na qual a aprendizagem

ocorre de mecânica e passiva. É preciso inserir a criança no curso de sua aprendizagem

de forma ativa. É preciso um ensino ativo, no qual o aluno participe, busque, pesquise,

deseje aprender e aprenda a aprender.

A aprendizagem ativa é construída na interação do educando com os conteú-

dos socioculturais. Um ensino que proporcione uma aprendizagem significativa necessita

envolver ao aluno em ações, nas quais ele participa ativamente, construindo seu conheci-

mento e compreendendo a realidade.

O aluno aprende nas relações que desenvolve com o conhecimento. O profes-

sor auxilia o aluno a aprender, mas não transfere a aprendizagem a ele. O que faz, é posi-

cionar-se ante a criança, buscando modificar as condições de sua aprendizagem, é propi-

ciar situações para que esta ocorra, é ajudar no desenvolvimento desse processo.

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser um processo contínuo, realizado de forma que dê condições

de diagnosticar o nível de aprendizado, as dificuldades dos alunos para atingir os níveis

esperados de conhecimento, a necessidade ou não de mudanças metodológicas e a

possibilidade ou não de promoção do aluno. Ou seja, deve ser um processo que permita

saber se o colégio está, na sua ação pedagógica, na direção e ritmo corretos, no sentido

de atingir seus objetivos, quanto ao grau de qualidade da educação exercida e sua

adequação aos interesses e necessidades dos alunos. Assim sendo, o processo de

avaliação deve ser visto como um estímulo e uma orientação constante que conduza ao

aprimoramento cada vez maior da ação educativa do colégio, conforme previsto na Lei de

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Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Neste ano de 2017 foi implantando nesta Instituição de Ensino o Registro de

Classe On-line, que é um software que permite ao professor registrar conteúdos,

avaliações e frequência dos alunos, dispensando o Livro de Registro de Classe impresso.

CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

O currículo é um campo polêmico, permeado de ideologia, cultura e relações

de poder. Refere-se a uma realidade histórica, cultural e socialmente determinada, refleti-

dos em procedimentos didáticos administrativos que condicionam sua prática e teoriza -

ção. Sua elaboração é um processo complexo que envolve fatores lógicos, epistemológi-

cos, intelectuais e determinantes sociais, como o poder, interesses, conflitos simbólicos e

culturais, propósitos de dominação dirigidos por fatores ligados à classe, raça, etnia e

gênero.

Porém, como toda atividade pedagógica, o currículo se fundamenta em pressu-

postos de natureza filosófica, tornando evidente a visão de mundo dos envolvidos, visto

que, como afirma Sacristán (1999, p. 61) “é a ligação entre a cultura e a sociedade

exterior à escola e à educação”. O currículo evidencia o pensar e a ideologia da

sociedade ao ser desenvolvido na escola em de três níveis: formal, real e oculto.

O currículo formal refere-se ao currículo estabelecido pelos sistemas de ensino

e é expresso em diretrizes curriculares orientadoras, objetivos e conteúdos das áreas. O

currículo real é o que se materializa dentro da escola, ou seja, o que acontece no

cotidiano. O currículo oculto refere-se ao que não aparece no planejamento, mas é

aprendido diariamente em meio às práticas, atitudes, comportamentos, gestos

percepções que vigoram no meio so - cial e escolar.

Estes três níveis têm coexistido na escola durante toda sua história, embora o

conceito de currículo tenha evoluído através dos tempos, passando de uma postura

tradicional, com caráter técnico-prescritiva, a uma postura crítica e libertadora.

Num processo de evolução, o currículo tem convivido com várias abordagens,

dentre as quais podemos citar o acadêmico, o humanístico, o tecnológico e o

reconstrucionista social. O currículo acadêmico tem o conhecimento como núcleo de

educação. Valoriza a transmissão de conhecimentos como verdades inquestionáveis e

uma educação intelectualizada, cabendo à escola desenvolver o raciocínio dos alunos

para uso das ideias e processos mais proveitosos ao seu progresso. O currículo

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humanístico valoriza o indivíduo como ser dotado de uma identidade pessoal que precisa

ser descoberta, cons- truída e ensinada, cabendo à educação, por meio do currículo,

propiciar experiências que desenvolvam a consciência para a libertação e

autorrealização. No currículo tecnológico, a educação consiste na transmissão,

comportamentos éticos, práticas sociais e habilida- des que conduzam ao controle social.

O professor é detentor do saber, cabendo a ele pla- nejar, programar e controlar o

processo educativo. O aluno é um ser passivo a quem resta absorver a eficiência técnica

e alcançar os objetivo que lhe foram propostos. O currículo reconstrucionista social

concebe homem e mundo de forma interativa. O homem, por meio da reflexão,

adquire consciência crítica para assumir-se e ser sujeito do seu próprio destino. Compete

a educação o papel de agente social, com função de promover mu- dança, com vistas

à transformação social. O processo de ensino e aprendizagem deve constituir-se em

uma prática social que conduza à emancipação.

Assim compreendido, o currículo não fornece receitas prontas. O aluno partici-

pa ativamente do processo de ensino e aprendizagem. O modo de ensino é visto como

dialógico e prático, requerendo um professor reflexivo que instiga e fertiliza as ideias.

Volta -se à prática, à reconstrução do conhecimento. Compreende o homem pós-moderno

como resultante das múltiplas culturas, ou seja, multicultural.

CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO

Um dos maiores desafios da escola é a superação da fragmentação do ensino.

Neste sentido, a escola busca a qualidade e a apropriação dos conteúdos básicos e a

conseqüente aquisição dos conhecimentos representados na capacidade do aluno em

processar a leitura, a escrita e o raciocínio lógico-matemático para a resolução de

problemas. Essa proposta pedagógica contempla um enfoque histórico-cultural, que vai

além da teoria da aquisição da língua escrita, mas abrange um conjunto de pressupostos

teóri- cos que representam uma nova postura diante do conhecimento e da relação

professor-a- luno.

Não basta apropriar-se da tecnologia - saber ler e escrever apenas

como um processo de codificação e decodificação (...), é necessário

também saber usar a tecnologia – apropriar-se das habilidades que

possibilitem ler e escrever de forma adequada e eficiente, nas diver-

sas situações em que precisamos ou queremos ler e escrever: ler e

escrever diferentes gêneros e tipos de textos, em diferentes suportes,

para diferentes objetivos, em interação com diferentes interlocutores,

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para diferentes funções: para informar ou informar-se, para interagir,

para imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimento,

para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para o apoio

à memória, para a catarse...(SEED, 2010, p.22)

Nessa perspectiva, o ensino deve pautar-se na concepção do reconhecimento

da importância da participação do aluno no processo de construção do conhecimento,

mas também e, simultaneamente, incluir-se como sujeito fundamental desse processo, e

a tarefa do professor é intervir pedagogicamente de modo a promover o desenvolvimento

das capacidades cognitivas do aluno. Isso requer da escola e de seus agentes o investi -

mento em um espaço de formação e informação real no desenvolvimento das capacida -

des do aluno de maneira a torná-lo cidadão capaz de refletir, interagir e promover mudan-

ças na realidade vivenciada.

CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR

Entendemos que uma escola pública de qualidade deve buscar implementar em

seu interior uma forma de gestão que proporcione a todos os sujeitos envolvidos um

sentimento e uma relação de pertencimento ao ambiente escolar e acreditamos que para

que este objetivo seja atingido deve-se estabelecer uma gestão democrática da escola e

do conhecimento, pressupondo assim que as opiniões de cada sujeito deverão ser

respeitadas dentro de suas relevâncias.

Para validar a gestão participativa é necessário vencer desafios enquanto educadores de

contrapor ao método de exclusão, da manipulação do método da participação, das

decisões coletivas, da socialização de informações, da convivência com as diferenças,

desencadeando processos alternativos para a formação de uma cultura democrática,

começando pelo melhoramento das relações pessoais.

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MARCO OPERACIONAL

PLANO DE AÇÃO

ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL E AS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS A

SEREM REALIZADAS NO ANO DE 2017

O ato de planejar ações, em todos os contextos, deve ser realizado de forma siste

matizada e com objetivos bem definidos, pois é a partir do delineamento das metas que

poderemos chegar aos resultados esperados. É o Plano de Ação que norteia a atuação

de toda a comunidade escolar e concretiza a gestão democrática. Considerando que a

organização do trabalho pedagógico implica novas práticas de ensino, este Colégio

entende que é preciso desencadear ações para a realização de uma prática pedagógica

direcionada para trabalhar as dificuldades apontadas pela comunidade escolar, tendo

como meta principal a qualidade do processo ensino-aprendizagem.

Direção

Para os anos de 2017 à 2018 a Equipe Diretiva do Colégio Estadual Joaquim

aria Machado de Assis – Ensino Fundamental e Médio, pretende realizar um trabalho

contínuo ao longo do ano, objetivando alcançar as seguintes metas:

• Promoção do maior envolvimento da comunidade escolar, com a dinamização da

A.P.M.F, Conselho Escolar e Grêmio estudantil;

• Participação em eventos da comunidade.

• Promoção de grupos de estudos para trocas de experiências entre os professores

e com profissionais da área, para aperfeiçoamento pedagógico;

• Promoção de palestras diversificadas com temas que envolvam a comunidade,

professores e alunos, tais como: como drogas, vocação profissional, etc;

• Dinamização de incentivo aos professores e fortalecimento do apoio pedagógico;

• Favorecimento e incentivo ao desenvolvimento de metodologias diversificadas em

sala de aula, envolvendo aulas de laboratórios, maior uso dos recursos

audiovisuais, pesquisas bibliográficas e outros;

• Incentivo ao resgate, de forma crítica, dos valores patrióticos e morais,

promovendo atividades que conduzam à valorização de atitudes e atos cívicos;

• Dinamização de atividades extra-classe, envolvendo comunidade;

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• Desenvolvimento e divulgação de programas e projetos especiais que valorizem o

potencial dos alunos;

• Promoção, juntamente com a equipe pedagógica, de discussões e estudos que

conduzam à reflexão sobre planejamento e seus componentes;

• Incentivo a dinamização do conselho de classe e o conselho participativo, com

vistas a promover a reflexão do professor, a auto-avaliação e propostas de

interven ção na sala que visem à melhoria da aprendizagem;

• Incentivo ao trabalho coletivo com toda a comunidade escolar, promovendo maior

aproximação entre pais e professores, com o fim de propiciar a educação conjunta.

• Incentivo aos alunos para participação em maratonas, olimpíadas e outros eventos.

• Dinamização da biblioteca, com busca à ampliação do acervo e à aquisição de

obras mais Atualizadas;

• Aquisição e atualização de materiais didáticos.

Equipe Pedagógica

A Equipe Pedagógica, formada por Professores graduados em Pedagogia,

desenvolve trabalho de assessoramento e coordenação aos diversos setores da escola

envolvidos com o processo educacional de forma a garantir a eficácia do trabalho escolar,

especialmente no aspecto pedagógico. A Equipe pedagógica é a responsável pela

coordenação e implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares

definidas no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com

a política educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

A Equipe Pedagógica dessa escola tem claro que o seu papel é o de ser o

articulador pedagógico entre: direções, professores, alunos, pais, funcionários e APMF.

Para tanto, as ações dessa equipe, são relacionadas abaixo para cada uma das duas

funções que a compõe:

• Melhorar a relação professor/professor, professor/aluno para que se alcance

o sucesso;

• Manter permanente diálogo entre os diversos setores da escola e direção;

• Envolver os pais, cobrando as responsabilidades que lhes cabem, diante da

educação escolar;

• Incentivar e orientar os professores quanto a elaboração de projetos que

estejam vinculados ao processo ensino e aprendizagem;

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• Inteirar e apoiar-se nas DCN’s e DCOE’s para o Ensino Fundamental,

CELEM e Orientações Curriculares para o Ensino Médio, buscando adequá-las à

realidade da escola, através de grupos de estudo, envolvendo também a comunidade

escolar;

• Assessorar tecnicamente os professores em sua prática pedagógica,

orientando no Plano de Trabalho Docente, elaborações de critérios e instrumentos de

avaliação, para que alcancem seus objetivos, através de uma mesma linha de ação,

contribuindo para que os professores, alunos e pais auxiliem-se mutuamente na busca da

qualidade de ensino;

• Elaborar juntamente com a direção o calendário escolar, assim como

acompanhar suas atividades e o seu cumprimento por todos os setores do

estabelecimento;

• Assessorar as atividades extracurriculares desenvolvidas no colégio;

• Divulgar o acervo bibliográfico existente na biblioteca; acompanhar o

trabalho desenvolvido pelos professores na utilização do mesma e auxiliar na orientação

junto aos alunos, quanto ao uso e seu funcionamento;

• Verificar junto aos professores, durante o conselho de classe ou quando se

fizer necessário, os alunos que apresentarem dificuldades no desempenho escolar e

buscar alternativas para saná-las;

• Buscar alternativas para diminuir e controlar a evasão escolar do noturno,

utilizando as estratégias de: verificação de alunos faltosos e trabalho de conscientização

com os mesmos sobre assiduidade e a importância do aprender para um futuro promissor

e comunicando aos pais ou responsável sobre as faltas;

• Procurar junto a instituições de ensino superior, técnico e comunidade em

geral, a realização de cursos e palestra motivacionais ligados à área de educação;

• Estimular os professores, sobre a importância de participarem de cursos de

capacitação promovidos pelo SEED e IES;

• Assessor e orientar pedagogicamente e tecnicamente os funcionários quanto

a participação nos cursos de capacitação;

• Promover reuniões bimestrais de pais ou responsáveis para que possam

acompanhar as questões relacionadas ao processo escolar de seu filho;

• Atender e supervisionar os alunos estagiários nas diversas áreas do

conhecimento;

• Acompanhar a execução dos projetos a serem desenvolvidos no

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estabelecimento;

• Organizar horários para a utilização dos laboratórios (Informática,Física,

Biologia, Química) e outros recursos pedagógicos;

• Atuar junto à família no sentido de que haja unidade de pensamento e de

ação entre Família/Escola na orientação do processo ensino aprendizagem;

• Acompanhar e orientar os professores das Salas de Recursos, Salas de

Apoio, Centro de Atendimento;

• Sistematizar o processo de acompanhamento dos alunos, encaminhando a

outros especialistas àqueles que necessitam de assistência especial;

• Proporcionar durante à hora atividade dos professores atendimento em

grupo e/ou individual, orientando-os quanto a metodologia aplicada, dificuldades no

manejo de sala e acompanhamento dos trabalhos desenvolvidos através dos livros de

registros;

• Participar da análise e discussão dos critérios de avaliação e suas

consequências no desempenho, na reprovação e na evasão escolar, mostrado através de

gráficos de rendimentos;

• Organizar e acompanhar a execução do calendário e o horário das

atividades e encaminha-los ao NRE.

• Participar dos conselhos de classe e auxiliar posteriormente na aplicação

das medidas a serem tomadas;

• Proporcionar reuniões por disciplinas, aproveitando o maior número possível

de professores para troca de experiências de ensino aprendizagem durante a hora-

atividade;

Por ser o Colégio muito grande em número de professores, fica inviável

organizar o horário das horas atividades para os professores das áreas afins, porém

procurou-se condensar num mesmo horário o maior número possível de professores, para

que nessas horas, seja aproveitado para estudos e discussões sobre o rendimento das

turmas.

Nos anos de 2017 a 2018, a Equipe Pedagógica pretende dar continuidade ao

trabalho de apoio e assessoramento as esferas da comunidade escolar, voltando-se com

prioridade para:

• Assessoramento pedagógico aos professores, enfatizando o trabalho em equipe e

fortalecendo o envolvimento nas atividades do Projeto Político Pedagógico;

• Atendimento aos alunos, em todos os períodos de funcionamento do colégio, com

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acompanhamento e encaminhamento aos pais e a outros setores da sociedade, se

necessário;

• Dinamização de propostas para maior envolvimento dos pais no processo de

aprendizagem;

• Incentivo à participação do professor na realimentação do Projeto Político

Pedagógico;

• Dinamização de propostas de participação dos professores em atividades

promovidas pela escola e pela comunidade;

• Incentivo aos professores para desenvolvimento de projetos interdisciplinares

encontros para troca de experiências e participação em projetos, festas e feiras

cultu- rais promovidas pela escola.

• Incentivo à participação em atividades e campanhas promovidas pela comunidade.

• Organização, sempre que possível, da hora atividade dos professores da mesma

disciplina, no mesmo horário, favorecendo o encontro constante dos mesmos.

• Incentivo aos professores e aos alunos para participação em maratonas,

olimpíadas e outros eventos.

• Incentivo e assessoramento aos professores na dinamização e diversificação de

metodologias e formas de avaliação.

• Organização dos conselhos de classe, tornando-os mais participativos.

• Realização de reuniões e discussão bimestrais, no sentido de buscar alternativas

para sanar dificuldades, tais como os índices de reprovação e aprovação por

conselho de classe.

• Promoção de palestras com pais, professores e alunos sobre temas diversos

• Elaboração, juntamente com os professores, de um currículo que ofereça uma

consistente formação humana, a apropriação dos conhecimentos histori camente

constituídos, com um olhar crítico e reflexivo sobre essa constituição, a

compreensão da lógica e dos princípios técnico científicos; uma educação

tecnológica que ofereça uma formação pluridimensional possibilitando aos

estudantes condições tanto de inserir e intervir no mundo do trabalho quanto de

continuar seus estudos, ingressando no Ensino Superior.

Equipe Docente

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Nos anos de 2017 a 2018, os professores terão como prioridade:

• Valorização do aluno, promovendo maior envolvimento nas atividades escolares,

bem como a valorização da escola;

• Diversificação da metodologia utilizada em sala de aula, tornando-as mais dinâmi -

cas e adequando-as ao perfil dos alunos;

• Atendimento individualizado ao aluno, no tocante às dificuldades e necessidades;

• Promoção de formas diversificadas de recuperação de estudos e acompanhamento

da aprendizagem do aluno;

• Diversificação dos critérios e instrumentos de avaliação;

• Realização de aulas práticas em laboratórios, quadras e de campo, atendendo ao

conteúdo;

• Realização de atividades extra-classe como passeios, excursões, feiras e festas

culturais;

• Participação em grupos de estudos, cursos, palestras e trocas de experiências;

• Maior incentivo à leitura de livros infanto-juvenis, juvenis e romances;

• Maior frequência na utilização dos recursos audiovisuais que a escola dispõe;

• Maior aproximação dos conteúdos à realidade dos alunos, com vistas a aproximar

a aprendizagem a situações reais de vida;

• Incentivo aos alunos na participação das aulas de Educação Física, esportes, cam-

peonatos, jogos e outras formas de competição;

• Promover excursões ao cinema e teatro, acompanhado de debate ou outra forma

de discussão e análise, relacionando aos conteúdos;

• Promover aulas de campo;

• Incentivo à participação em eventos promovidos pela comunidade.

• Realização de auto-avaliação constante, com vistas à melhoria da prática escolar. REGIME ESCOLAR

DA CLASSIFICAÇÃO

A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o

estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos

compatíveis com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou

informais, podendo ser realizada:

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• por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, o ano ou

fase anterior, na própria escola;

• por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou

do exterior, considerando a classificação da escola de origem;

• independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para

posicionar o aluno no ano, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de

desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as

seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:

• organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola

para efetivar o processo;

• proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

• comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado,

para obter o respectivo consentimento;

• arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

• registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

O processo de classificação na modalidade Educação de Jovens e Adultos

poderá posicionar o aluno, para matrícula na disciplina, em 25%, 50%, 75% ou 100%

da carga horária total de cada disciplina do Ensino Fundamental – Fase II e, no

Ensino Médio, em 25%, 50%, 75% da carga horária total de cada disciplina, de acordo

com a Proposta Pedagógica da Educação de Jovens e Adultos. Do total de carga horária

restante a ser cursada na disciplina, na qual o aluno foi classificado, é obrigatória a

frequência de 75% na Organização Coletiva e de 100% na Organização Individual. Na

classificação com êxito, em 100% do total da carga horária, em todas as disciplinas do

Ensino Fundamental – Fase II, o aluno está apto a realizar matrícula inicial no Ensino

Médio. Em caso de transferência, esta só poderá ser expedida após o aluno ter concluído,

no mínimo, 2 (duas) disciplinas do Ensino Médio e obtido, no mínimo, 1 (um) registro de

nota e frequência nas demais disciplinas matriculadas. O aluno, após o processo de

classificação nas disciplinas do Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, de acordo

com o percentual de carga horária avançada, terá as seguintes quantidades de registros

de notas:

I – Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e Literatura, o

aluno classificado com:

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a) 25%, deverá ter 4 (quatro) registros de notas;

b) 50%, deverá ter 3 (três) registros de notas;

c) 75%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;

d) 100%, no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina.

II – Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna,

Química, Física e Biologia, o aluno classificado com:

a) 25%, deverá ter 3 (três) registros de notas;

b) 50%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;

c) 75%, deverá ter 1 (um) registro de notas;

d) 100%, no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina.

III – Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno classificado

, d

everá ter 2 (dois) registros de notas;

a) 50%, deverá ter 1 (um) registro de notas;

b) 75%, deverá ter 1 (um) registro de notas;

c) 100%, no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina.

DA RECLASSIFICAÇÃO

A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino

avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,

levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de

estudos compatíveis com sua experiência e desenvolvimento, independentemente

do que registre o seu Histórico Escolar. O processo de reclassificação poderá ser

aplicado como verificação da possibilidade de avanço em qualquer série/ano/carga

horária da(s) disciplina(s) do nível da Educação Básica, quando devidamente

demonstrado pelo aluno, sendo vedada a reclassificação para conclusão do Ensino

Médio. Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na

aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série/disciplina,

dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de

reclassificação. Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar

aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola

aprová-lo ou não. A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno

e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de

obter o devido consentimento. A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino,

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assessorada pela equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme

orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação, a fim de discutir as

evidências e documentos que comprovem a necessidade da reclassificação. Cabe à

Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões, anexando os

documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para que sejam

arquivados na Pasta Individual do aluno. O aluno reclassificado deve ser acompanhado

pela equipe pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus resultados de

aprendizagem.

No processo de reclassificação, na modalidade Educação de Jovens e

Adultos, poderá posicionar o aluno, devendo este cursar ainda 50% ou 25% da carga

horária total de cada disciplina do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio:

I. tendo cursado 25% e avançando em 25%, o aluno deverá cursar ainda 50%

da carga horária total da disciplina e obter as seguintes quantidades de registros de notas:

a) nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e

Literatura, o aluno deverá ter 4 (quatro) registros de notas;

b) nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira

Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 3 (três) registros de notas;

c) nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno

deverá ter 2 (dois) registros de notas.

II. tendo cursado 25% e avançando em 50%, o aluno deverá cursar ainda 25%

da carga horária total da disciplina e obter as seguintes quantidades de registros de notas:

a) nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e

Literatura, o aluno deverá ter 3 (três) registros de notas;

b) nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira

Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 2 (dois) registros de notas;

c) nas disciplinas de Artes, Artes, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o

aluno deverá ter 2 (dois) registros de notas.

O aluno no Ensino Fundamental _ Fase II , tendo cursado 25% e avançado em

75% do total da carga horária, será considerado concluinte da disciplina. O processo de

reclassificação, na modalidade Educação de Jovens e Adultos, poderá posicionar o aluno,

em 25%, 50% ou 75% da carga horária total de cada disciplina do Ensino Fundamental –

Fase II e no Ensino Médio em 25% ou 50% da carga horária em cada disciplina:

I. O aluno deve ter cursado, no mínimo, 25% do total da carga horária definida

para cada disciplina, no Ensino Fundamental _ Fase II e no Ensino Médio.

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II. A idade para a conclusão do nível de ensino, de acordo com a legislação

vigente;

III. Tendo cursado 25% ou mais da carga horária total da disciplina,

obrigatoriamente, no mínimo, 25% do total da carga horária.

Caso o aluno tenha cursado 25% ou mais da carga horária total da disciplina,

após reclassificado, deverá cursar ainda, obrigatoriamente, no mínimo, 25% do total da

carga horária. O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e

integrará a Pasta Individual do aluno. O resultado final do processo de reclassificação

realizado pelo estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser

encaminhado à SEED A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente

cursada.

DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM, DA RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E DA

PROMOÇÃO

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, que tem a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento

pelo aluno. De acordo com a Deliberação no 007/99 do Conselho Estadual de Educação,

"deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e

interpreta os dados de aprendizagem, e de seu próprio trabalho, com a finalidade de

acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como

diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor." Neste sentido, a avaliação deve ser

contínua, cumulativa, somativa e processual,refletindo o desenvolvimento global do aluno,

bem como as carcterísticas individuais deste no conjunto dos componentes curriculares

cursados, observando-se a preponderância dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos, e ainda ser realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com os princípios didático-filosóficos da escola, o

que necessariamente exige relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à

elaboração pessoal, sobre a memorização.

Estes aspectos são avaliados sob a forma de trabalhos (pesquisas, experiências,

seminários, maquetes, produções artísticas ou outros instrumentos avaliativos próprios de

cada disciplina) e provas, considerados os resultados obtidos durante todo o período

letivo, num processo contínuo, que expressa o desenvolvimento escolar, tomado na sua

melhor forma. Fica assim vedada a possibilidade de única oportunidade de avaliação,

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bem como evita-se a comparação dos alunos entre si.

O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre

a ação pedagógica, contribuindo para a reorganização de conteúdos, instrumentos e

métodos de ensino. Neste sentido, os resultados das atividades avaliativas são

analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços

e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.

Nos anos Finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio e APED, a avaliação

da aprendizagem apresenta os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a

10,0 (dez vírgula zero).

Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período

letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades

detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos. Para os alunos de baixo rendimento escolar

será proporcionada Recuperação de Estudos, de forma paralela, ao longo da série ou

período letivo. Na Recuperação de Estudos o professor considerará a aprendizagem do

aluno no decorrer do processo e, para a aferição do bimestre, entre a nota da Avaliação e

a da Recuperação de Estudos prevalecerá sempre a maior. Será ofertado ao aluno as

oportunidades possíveis pelo estabelecimento de ensino para que o mesmo resgate os

conteúdos não apreendidos.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem. A recuperação será organizada com atividades

significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. A

proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da

disciplina.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas

durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento

escolar, sendo obrigatória sua anotação no Registro de Classe Online

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,

aliada à apuração da sua frequência. Na promoção ou certificação de conclusão, para os

anos finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio, a média final mínima exigida é de

6,0 (seis vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei. Os alunos dos

anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que apresentarem frequência

mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis

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vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano letivo.

1º Tri. + 2º Tri. +3º Tri. = MF

3

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão

considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:

I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do

aproveitamento escolar;

II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis

vírgula zero) em cada disciplina.

O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco

por cento) e média anual inferior a 6,0 (seis virgula zero), mesmo após Recuperação de

Estudos, ao longo da série ou período letivo, será submetido à análise do Conselho de

Classe que definirá pela sua aprovação ou não.

O estabelecimento adotou o Sistema de Avaliação Trimestral a partir do ano

de 2015 para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. A média de conclusão de

disciplina será obtida através da média aritmética dos períodos letivos para o Ensino

Fundamental e para o Ensino Médio.

A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do aluno,

não tendo registro de notas na documentação escolar. Na modalidade Educação de

Jovens e Adultos, o aluno que optar por frequentar as aulas de Ensino Religioso, terá

carga horária da disciplina incluída no total da carga horária do curso. Os resultados

obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente inseridos no sistema

informatizado, para fins de registro e expedição de documentação escolar.

FREQUÊNCIA MÉDIA SITUAÇÃO

= OU > 75% = OU > 6,0 APROVADO

= OU > 75% < 6,0 REPROVADO

< 75% QUALQUER REPROVADO

DA PROGRESSÃO PARCIAL

A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não

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obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las

subsequente e concomitantemente às séries seguintes.

O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com

Progressão Parcial. As transferências recebidas de alunos com dependência em até três

disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.

GESTÃO DA ESCOLA

A sociedade atual suscita uma educação que assegure a aprendizagem signifi

cativa, voltada à formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, munidos de

capacidade de atuar com competência e responsabilidade. Espera-se da escola, a forma

ção voltada ao atendimento das necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas.

Para essa formação, é necessário que a escola realize uma gestão democrática, visto que

não há como formar cidadãos críticos com uma gestão autoritária. A gestão democrática

contempla os envolvidos nas atividades, perpassando a superação do simples fazer e

chegando ao âmbito das decisões.

A forma de favorecer o processo de democratização no Colégio Estadual

Joaquim Maria Machado de Assis foi constituir uma comunidade educativa, formada pelo

Conselho Escolar, Equipe de Direção , Equipe Pedagógica, Professores, Alunos, pessoal

auxiliar, APMF e Conselho Fiscal que participam ativamente na execução do Projeto

Político Pedagógico da Escola. Tendo em vista as linhas orientadoras deste projeto cada

membro da comunidade educacional participa nas decisões da escola no âmbito das suas

responsabilidades. Portanto nessa organização do colégio, as formas de atuação coletiva

são as seguintes:

• As decisões administrativas e pedagógicas são tomadas através do

Conselho Escolar.

• Os educadores através do diálogo e da participação no colegiado da escola.

• Os alunos conforme o seu próprio estatuto (Grêmio Estudantil) e Regimento

Interno.

• Os pais e funcionários administrativos através da Associação de Pais,

Mestres e Funcionários (APMF).

• As decisões financeiras (verbas vindas do PDDE e Fundo Rotativo e PDE-

Escola) através do Conselho Escolar; Conselho Fiscal e Associação de Pais, Mestres e

Funcionários (APMF).

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A seguir informamos as responsabilidades e linhas de ação de cada um dos

seguimentos abaixo.

O CONSELHO ESCOLAR

O Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis tem na Coordenação

Geral, o Conselho Escolar, que é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa,

avaliadora e fiscal com o objetivo de estabelecer para o Projeto Político Pedagógico

critérios relativos à sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a

comunidade e tem por finalidade promover a articulação entre vários segmentos

organizados da sociedade e os setores da escola, a fim de garantir a eficácia e a

qualidade do seu funcionamento.

O Conselho Escolar é o órgão máximo na organização do Estabelecimento de

Ensino. A ele todos os demais estão ligados. Pela atuação de todos os órgãos de maneira

harmônica e consciente, de acordo com as competências de cada um e das

responsabilidades que lhes cabem, torna se possível a efetivação de um trabalho

pedagógico de qualidade na escola.

Presidido atualmente pelo Diretor Nilson Vitorino Betioli, é composto por

representantes da comunidade em geral. A comunidade escolar é compreendida aqui

como o conjunto de profissionais da educação atuantes na escola, alunos devidamente

matriculados e frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos,

representantes de segmentos organizados presentes na comunidade, comprometidos

com a educação. Na função consultiva, emite pareceres para dirimir dúvidas e tomar

decisões quanto às questões pedagógicas, administrativas e financeiras, no âmbito de

sua competência. Já na sua função deliberativa toma decisões relativas às diretrizes e

linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras quanto ao

direcionamento das políticas públicas desenvolvidas no âmbito escolar. Na função

avaliadora e fiscal realiza acompanhamento sistemático das ações educativas

desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de problemas, propondo

alternativas para melhoria de desempenho, garantindo a transparência do processo

pedagógico, administrativo e financeiro.

O Conselho Escolar não tem finalidade e/ou vínculo político-partidário,

religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não ser aquela que diz respeito

diretamente à atividade educativa da escola, prevista em nosso Projeto Político-

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Pedagógico.

Por não possuir fins lucrativos, nenhum de seus membros recebe qualquer tipo

de remuneração ou benefício pela sua participação no conselho escolar.

O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada

e de participação da comunidade escolar constituindo-se como órgão máximo da direção

do Estabelecimento de Ensino.

A ação do Conselho Escolar no colégio está fundamentada nos seguintes

pressupostos:

a) Educação é um direito inalienável de todo cidadão;

b) A escola deve garantir o acesso e permanência a todos que pretendem

ingressar no ensino público;

c) A universalização e a gratuidade do ensino nos seus diferentes níveis e

modalidades é um dever constitucional;

d) A construção contínua e permanente da qualidade da educação pública está

diretamente vinculada a um projeto de sociedade;

e) Qualidade de ensino e competência político-pedagógica são elementos

indissociáveis num projeto democrático de escola pública;

f) O trabalho pedagógico escolar numa perspectiva emancipadora é

organizado numa dimensão coletiva;

g) A democratização da gestão escolar é responsabilidade de todos os sujeitos

que constituem a comunidade escolar;

h) A gestão democrática privilegia a legitimidade, a transparência, a

cooperação a responsabilidade, o respeito, o diálogo e a interação em todos os aspectos

pedagógicos, administrativos e financeiros da organização do trabalho escolar.

Dispomos a seguir às ações a serem realizadas:

• Acompanhar, analisar e aprovar a efetivação do PPP da escola, eixo de toda

e qualquer ação a ser desenvolvida no estabelecimento de ensino.

• Acompanhar e avaliar o desempenho do colégio face às DCNs e DCEs da

Escola Pública do Paraná, prioridades e metas estabelecidas no Projeto Político

Pedagógico;

• Analisar projetos propostos por todas às categorias que compõem a

comunidade escolar, no sentido de avaliar sua necessidade de implantação e aprovação

se for o caso;

• Apreciar e julgar em grau de recurso os casos dos alunos que forem punidos

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por infringirem as normas do Regimento Escolar do colégio;

• Apreciar e emitir parecer quanto às reivindicações e consultas da

comunidade escolar sobre questões de seu interesse ou que diga respeito ao

cumprimento do Regimento Escolar;

• Apreciar e aprovar o Plano Anual e prestação de Contas de Recursos

Financeiros;

• Apreciar e emitir parecer sobre o desligamento de um ou mais membros

deste Conselho Escolar, quando do não cumprimento das normas estabelecidas,

encaminhando-o ao órgão competente;

EQUIPE DE DIREÇÃO

Nos seus sessenta e três anos de funcionamento, o Colégio Estadual Joaquim

Maria Machado de Assis tem sido um marco na educação pública e na história de

Santa Mariana, pelo bom nível de ensino e pelos relevantes trabalhos realizados no

campo da cultura e do esporte em prol da comunidade em geral. A Equipe de Direção,

constituída pelo Diretor e Diretora- Auxiliar é responsável pela administração e

representação do Estabelecimento de Ensino, no sentido de garantir os objetivos

educacionais proporcionando as condições necessárias ao desenvolvimento do processo

educativo.

A função do Diretor(a), como responsável pela efetivação da gestão

democrática é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no Projeto

Político Pedagógico deste colégio.

A atual Equipe Diretiva apresenta abaixo as linhas prioritárias de ação para os

anos de 2016/2019, imbuídos da responsabilidade de tornar esse colégio tão ou mais

importante do que é.

• Favorecer a implementação de ações coletivas que subsidiem a articulação

escola/família;

• Lutar pela melhoria da qualidade de ensino, visando a formação de cidadãos

aptos a se integrarem na comunidade através do mercado de trabalho ou em condições

de ascender à Universidade;

• Promover cursos internos para atualização de professores, respaldar e

incentivar a participação de cursos de capacitação, visando o repasse para os demais

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professores da escola;

• Tomar medidas cabíveis para sanar/reduzir os casos de indisciplina e ordem

geral e conduzir ação específica para os casos mais graves, que requeiram ações

especiais (fazer cumprir o Regimento e o Regulamento internos do colégio);

• Promover, junto com APMF, campanhas para aquisição de materiais e

equipamentos necessários e a manutenção do já existente, a fim de proporcionar a

melhoria e qualidade de ensino;

• Manter o fluxo de informações em dia entre o Colégio, NRE e SEED.

• Dar continuidade ao projeto de modernização iniciado em cada um dos

setores do Colégio;

• Proporcionar condições de bom funcionamento da biblioteca, atualização do

cervo já existente, assim como sua informatização, dando condições de uso para alunos,

professores e comunidade em geral;

• Dirigir e comandar a equipe de trabalho do Colégio, com democracia,

delegando poderes para que cada um de seus membros execute suas funções com

competência e responsabilidade;

• Acompanhar juntamente com a Equipe Pedagógica as atividades realizadas

pelos professores durante a hora atividade;

• Incentivar e dar apoio ao Grêmio Estudantil no Colégio.

• Criar junto com a Equipe Pedagógica mecanismos para reduzir índice de

reprovação e evasão escolar assim como estimular os alunos a aumentarem a média na

prova do ENEM.

ÓRGÃOS COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR Associação de Pais, Mestres e Funcionários

A Associação de Pais e Mestres e Funcionários é o órgão destinado a

promover o intercâmbio entre a família do aluno, os professores e a direção do

estabelecimento, propondo medidas que visem o aprimoramento do ensino ministrado e

assistência ao Corpo Discente, participando no gerenciamento dos recursos financeiros

da escola e como tal adequa os meios necessários para poder garantir em cada momento

uma eficaz colaboração na vida da escola. Além disso, promove e organiza atividades

extra-escolares com a intenção de ajudar a formação integral dos alunos.

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A APMF foi fundada em 19 de setembro de 1977, em substituição ao Círculo

de Pais e Mestres do referido Estabelecimento de Ensino, fundado a 05 de junho de 1960,

sendo uma sociedade civil, pessoa jurídica de Direito Privado e instituição auxiliar deste

estabelecimento de ensino, que não tem caráter político, religioso, racial e nem objetiva

fins lucrativos, não sendo remunerados nenhum de seus dirigentes e conselheiros.

A associação tem por objetivo colaborar na assistência ao educando, para a

obtenção da integração família/escola/comunidade e tem como ações :

• Discutir, colaborar e decidir sobre as ações para a assistência ao educando,

o aprimoramento do ensino, e para a integração família-escola-comunidade;

• Prestar assistência aos educandos assegurando-lhes condições de

eficiência escolar;

• Integrar a comunidade no contexto escolar, discutindo a política educacional,

visando sempre à realidade dessa mesma comunidade;

• Proporcionar condições ao educando, de participar de todo o processo

escolar, estimulando sua organização livre em grêmios estudantis;

• Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e membros da

comunidade, através de atividades sócio-educativa-cultural-desportivas;

• Representar os reais interesses da comunidade e dos pais de alunos junto à

escola contribuindo, dessa forma, para a melhoria do ensino e melhor adequação dos

planos curriculares;

• Discutir, decidir e acompanhar o desenvolvimento do currículo escolar, para

que seja voltado para o interesse e a vida dos educandos, sugerindo e decidindo sobre as

medidas de correção que julgarem necessárias;

• Programar o uso do estabelecimento de ensino nos períodos ociosos,

tornando-o um centro de atividades comunitárias, responsabilizando-se pela sua

conservação;

• Promover atividades complementares, não formais, para a comunidade

escolar, recrutando recursos humanos e materiais necessários, após análise do Conselho

Escolar;

• Contribuir para a melhoria e conservação do estabelecimento escolar,

sempre dentro de critérios de prioridade, sendo as condições dos educandos fator de

máxima prioridade;

• Convocar por escrito, em lugar visível e com setenta e duas horas de

antecedência, a reunião da Assembleia Geral, em horário compatível com o da maioria

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dos associados;

• Fazer reuniões periódicas para tomada de decisões e prestação de contas

das receitas oriundas de quaisquer contribuições Convênios ou doações;

• Apresentar balancete das receitas, bimestralmente aos associados, através

de editais, correspondência ou em Assembleia Geral;

• Promover palestras, conferências e círculos de estudos envolvendo pais e

professores, a partir de necessidades apontadas por esses segmentos;

• Buscar meios e arrecadarem fundos e doações voluntárias em campanhas

que objetivam atender as necessidades do estabelecimento, visando sua melhoria;

• Mobilizar recursos humanos, materiais e financeiros da comunidade para

promover eventos que visem o melhor atendimento ao estudante;

• Prestar contas e gerenciar as verbas oriundas do “PDDE e PDE-Escola” a

comunidade escolar e publicar bimestralmente o balancete, encaminhando juntamente um

relatório à direção do estabelecimento;

Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes deste

estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e

coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus

membros. Atuando nele, os alunos defendem seus direitos e interesses e aprende ética e

cidadania na prática.

Na sequência são explicitados os objetivos desta agremiação.

• Congregar e representar os estudantes da escola;

• Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos;

• Cooperar para melhorar a qualidade do ensino;

• Incentivar e promover atividades educacionais, culturais, cívicas, desportivas

e sociais entre seus membros;

• Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional,

político, desportivo e social com outras instituições;

• Promover a cooperação entre os administradores, professores, funcionários

e alunos no trabalho escolar, buscando seu aprimoramento;

• Lutar pela adequação do ensino às reais necessidades da juventude e do

povo;

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• Lutar pela democracia, pela independência e respeito à liberdade

fundamental do homem sem distinção de raça, cor, sexo, nacionalidade, convicção

política ou religiosa.

Representante de turma

Os representantes de sala também formam um órgão colegiado com grande

importância no processo de formação cidadã dos alunos deste estabelecimento. Este ór-

gão tem como função discutir, avaliar e organizar questões pertinentes que ocorrem den-

tro de sala de aula, referentes ao processo de ensino-aprendizagem e promoção dos alu-

nos.

Hoje, sua atuação está restrita a organização de atividades pedagógicas dentro

de sala. Propõe-se a elaboração de um documento que regularize a atuação dos repre -

sentantes, sendo que eles devem levar as discussões ocorridas dentro de sala para dis-

cussão no conselho de classe.

Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático/pedagógicos, com atuação restrita a cada classe da

escola, tendo por objetivo avaliar tanto o ensino quanto a aprendizagem na relação

professor/aluno e os procedimentos enquadrados em cada caso. O Conselho de Classe

deve ser um instrumento de transformação da cultura escolar sobre a avaliação e

consequentemente da prática da avaliação em sala de aula; sendo constituído pelo

Diretor, Equipe Pedagógica e todos os Professores que atuam numa mesma classe.

No decorrer do ano letivo, ocorrerá três conselhos de classe ordinários, por

turma, estabelecidos no Calendário Escolar e aprovados pelo NRE de Cornélio Procópio

e tantos extraordinários quanto se fizer necessário, de acordo com Regimento Escolar

vigente.

A participação dos alunos dar-se-á de forma indireta, através de relatório

realizado junto com o professor conselheiro para apurar sugestões na qualidade das

aulas, assim como o relacionamento professor/aluno.

São atribuições do Conselho de Classe:

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• Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos

metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao processo ensino e aprendizagem.

• Propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para a

melhoria do processo ensino e aprendizagem.

• Estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao

processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em

consonância com a Proposta pedagógica curricular da escola.

• Acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e

analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo de ensino e aprendizagem.

• Atuar com corresponsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço

do aluno para a série subsequente ou retenção, após a apuração dos resultados finais,

levando-se em consideração o desenvolvimento integral do aluno.

• Receber pedidos de revisão de resultados finais até 72 (setenta e duas)

horas úteis após sua divulgação em edital.

EQUIPE DOCENTE

A Equipe Docente é formada por profissionais habilitados que desenvolvem

uma prática escolar caracterizada pela ação intencional e sistemática, visando possibilitar

ao aluno o domínio do saber elaborado, a fim de que se torne capaz de transformar a

sociedade a partir da vivência democrática da escola. O trabalho dos professores constitui

o pilar fundamental desta comunidade. Estes desempenham suas funções e

responsabilidades embasados nas DCN’s, DCOE's para o Ensino Fundamental, CELEM

e Orientações Curriculares para o Ensino Médio.

Com o intuito de proporcionar aos alunos um atendimento diferenciado, uma

formação científica atualizada a par do desenvolvimento do sentido crítico, e também de

oportunizar a formação cultural destes, apresentam abaixo o plano de ação.

• Participar da elaboração do Projeto Político Pedagógico do Colégio, bem

como apresentar e executar os Planos de Trabalho Docente de acordo com as DCN’s e

DCOE’s para o Ensino Fundamental e Orientações Curriculares para o Ensino Médio.

• Ministrar aulas reflexivas, induzindo o aluno a pensar e interpretar

criticamente o conteúdo proposto relacionando-o com sua experiência de vida;

• Incentivar a aprendizagem continuada dos alunos, zelando para que a

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mesma não seja fragmentada;

• Estabelecer estratégias de pronta recuperação aos alunos que apresentam

menor rendimento nas avaliações diagnósticas;

• Propor encaminhamentos alternativos para a superação das dificuldades

detectadas no decorrer das atividades;

• Ministrar estratégias mais dinâmicas e diversificadas na sala de aula, e

utilizar com mais frequência os materiais pedagógicos e os laboratórios existentes no

colégio;

• Utilizar parte da hora atividade para atendimento aos pais, assim como

discutir os problemas de aprendizagem das turmas com os colegas das áreas afins. EQUIPE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA E ASSISTENTES DE EXECUÇÃO

A Equipe Administrativa é constituída pelo Secretário, Agente Educacional II que atuam na

Secretaria, na Biblioteca, e no Laboratório de Informática. A Secretaria é o setor que tem ao

seu encargo todo o serviço de escrituração, documentação escolar e correspondência do

Estabelecimento. A Equipe Auxiliar Operacional é constituída pelos Agentes Educacionais I

que atuam na limpeza, organização e preservação do ambiente escolar e de seus utensílios

e instalações, atuam também na cozinha e na área de vigilância dos alunos nos espaços

escolares e tem a seu encargo o serviço de manutenção, preservação, segurança e

merenda escolar, coordenados e supervisionados pela Direção, ficando a ela subordinados.

A Biblioteca é o espaço pedagógico cujo acervo fica a disposição de toda a

comunidade escolar durante o horário de funcionamento da escola.

O Laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia constitui-se em espaço

pedagógico, cujo o material fica a disposição dos professores dessas disciplinas e

respectivos alunos e é supervisionado pela Equipe Pedagógica. O Laboratório de

Informática constitui-se em espaço de apoio a Equipe Docente e está à disposição dos

mesmos e seus respectivos alunos, sob a responsabilidade de um funcionário que atua

no Laboratório de Informática, supervisionado pela Equipe Pedagógica.

A estrutura e o funcionamento do colégio implicam certas atividades, que só

podem ser realizadas, com eficácia, por aqueles que não estão diretamente relacionados

com a ação educativa. Estas pessoas desempenham funções diferentes, mas todas

necessárias e são parte importante e fundamental na Comunidade Educativa.

Ocupando lugares e assumindo responsabilidades aparentemente “secundárias”,

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prestam uma valiosa colaboração à Direção, aos professores, aos alunos e às famílias.

De fato, este pilar está formado por pessoas que, segundo a missão que lhes é confiada,

colaboram, de maneira solidária, com o bom andamento das atividades realizadas no

colégio e comprometem-se com a ação educativa que aqui se realiza; zelam pela correta

administração dos bens próprios da escola; realizam os trabalhos de secretaria e

colaboram com a Direção, Equipe Pedagógica, e Professores no exercício das

respectivas responsabilidades; contribuem para manter o Colégio em condições para que

todos possam sentir bem e levar em bom termo as tarefas que lhes são confiadas;

participam na gestão do Colégio através do Conselho de Escolar, APMF, na elaboração

do PPP, como também em cursos de capacitação ministrados na própria escola e,

portanto, corresponsabilizam-se pela ação educativa global da escola.

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

As Equipes Multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho

escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por

Instrução da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 –

CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à

Educação das relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira,

Africana e Indígena ao longo do período letivo.

As Equipes Multidisciplinares se constituem por meio da articulação das

disciplinas da Base nacional Comum, em consonância com as Diretrizes Curriculares

estaduais da educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com

vistas a tratar da História e Cultura da África, dos Africanos, Afrodescendentes e

Indígenas do Brasil, na perspectiva de contribuir para que o aluno negro e índigena mire-

se positivamente, pela valorização da história de seu povo, da cultura, da contribuição

para o país e para a humanidade.

Compete à Equipe Multidisciplinar deste estabelecimento de Ensino:

• Elaborar e aplicar um Plano de Ação, em conformidade com o Conselho

Escolar e as orientações do DEDI/SUED, com conteúdos e metodologias, sobre a ERER

e o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, que deverá ser

incorporado no Projeto Político-Pedagógico e legitimado pelo Regimento Escolar.

• Subsidiar as ações da equipe pedagógica na mediação com os professores

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na elaboração do Plano de Trabalho docente.

• Realizar formação permanente com os/as demais profissionais de educação

e comunidade escolar, referente a ERER e o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira,

Africana e Indígena, conforme orientações expedidas pelo DEDI/SUED.

• Subsidiar os/as professores/as, equipe pedagógica, gestores/as,

funcionários/as e alunos/as na execução de ações que efetivem a ERER e o Ensino de

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

• Subsidiar o Conselho Escolar na realização de ações de enfrentamento ao

preconceito, discriminação e racismo no ambiente escolar, apoiando professores/as,

equipe pedagógica, direção, direção auxiliar, funcionários/as, pais, mães e alunos/as.

• Registrar e encaminhar ao Conselho Escolar e outras instâncias , quando

for o caso, as situações de discriminação, preconceito racial e racismo, denunciadas

nos estabelecimentos de ensino.

• Subsidiar as ações atribuídas aos estabelecimentos de ensino pelo

Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a ERER e

para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

• Enviar relatório semestral às Equipes Multidisciplinares dos NREs de

conteúdos e propostas de ações desenvolvidas nos estabelecimentos de ensino.

• Manter registro permanente em ATA das ações e reuniões da equipe

multidisciplinar.

Composição da Equipe Multidiciplinar 2016/2017

Representante da Equipe

Pedagógica

Pedagoga: Edilaine Aparecida Delamuta Vanzela

Representante da Equipe Pedagógica

Educacional

Pedagoga: Wandereleia Aparecida Bergamasco

Representante dos Agentes Educacionais I

Marli de Almeida Valongo

Representante dos

Agentes Educacionais I

Lúcia Sueli Fuza Dias

Representante dos Agentes Educacionais II

Rosangela Maria da Silva Ferrari

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Representante dos Agentes Educacionais II

Silene Bitencourt

Representante da Área de Ciências Humanas

Rosiana Caldonazzo Rosa

Representante da Área de Ciências Humanas

Claudia Maria Barbosa Rodrigues

Representante da Área de Ciências da Natureza

Lilian Deyse Helbel

Representante da Área de Ciências da Natureza

Ana Paula Tomazini Helbel

Representante da Área de Linguagens

Maria Sonia Ferreira Bergamini

Representante da Área de Linguagens

Maria do Carmo Martins

Representante da Área de Matemática

Ilma Soares de Moraes

Representante da Área de Matemática

Euzeni Almeida de Barros

Representante dos Estudantes

Renata Waner Mariquito

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Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar para o ano de 2016/2017

Justificativa:

O presente plano de ação atende aos dispositivos da Lei 10.639/2003 e da Lei

11.645/2008, que determinou a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-

brasileira e Indígena” no currículo oficial da rede de ensino fundamental e médio nas

escolas.

O Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis é o único colégio na área

urbana do município de Santa mariana. Por isso,converge para si todo o alunado do ensino

fundamental, médio e EJA. Há nesta comunidade escolar pessoas oriundas das mais

diferentes classes, crenças, culturas. É em meio a esta rica diversidade que o estudo, da

leitura, da pesquisa, do diálogo e sobremaneira de práticas pedagógicas que conduzam

esta comunidade ao conhecimento, respeito e tolerância.

Este plano de ação propõe construir uma reflexão sobre a identidade cultural

entre diferentes culturas, dentro de uma perspectiva de entrelaçamento nas diversas linhas

do conhecimento. Trata-se principalmente de desenvolver na prática pedagógica, ações que

estabeleçam o respeito entre os seres humanos. Destacando todos os tipos de diversidade:

cultural, sexual e também a educação do campo.

Propomos assim, a todos que compõem esta comunidade, ressignificar as

práticas pedagógicas, sobre tudo aquelas de abordagem étnico-racial. Para tanto, este

plano deverá nortear as propostas de trabalho previstas no PPP ( Plano de Trabalho

Docente), e por intermédio dele, desmitificar equívocas históricos, conceituais e culturais da

comunidade negra e indígena. Pretendemos assim abrir espaços para todos, ajudando os

educandos a construírem referenciais positivos e identidade racial.

OBJETIVO GERAL

A equipe multidisciplinar tem por objetivo subsidiar o trabalho dos professores em

suas respectivas disciplinas, contemplando a Cultura Afro e Indígena. Cabe ainda à equipe

promover ações relacionadas à conscientização da valorização e respeito ao

afrodescendente e indígena, coibindo atitudes de discriminação no ambiente escolar,

desenvolvendo dessa forma ações que efetivem a implantação das Leis Federais

10.639/2003 e 11.645/2008, e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das

Relações Étnico Raciais e História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

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Plano de ação DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-RASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA

AÇÃO OBJETIVO ENVOLVIDOS PERÍODO

Ensino de arte africana

Promover e conhecer a Cultura africana e afro-brasileira através de leituras de imagens (slide, fotos, quadros, ...)

Professores de Artes. Alunos de todas as séries.

2º e 3º Trimestres

Leitura de lendas. Resgatar aspectos da cultura indígena por meio de lendas indígenas.

Professores de geografia. Alunos das séries 6ᵒ,7ᵒ,8ᵒ,9ᵒ.

2º Trimestre

Estudo de textos informativos e argumentativos sobre a cultura afro-brasileira, africana e indígena.

Conhecer as culturas afro-brasileiras, africanas e indígenas. Desconstruir estereótipos. Construir referenciais positivos sobre a identidade racial.

Professores de todas as disciplinas. Alunos de todas as séries.

Durante o ano letivo.

Estudo de vocabulários pertencentes às culturas africanas e indígenas.

Conhecer e resgatar aspectos da cultura africana e indígena, fazendo uso do dicionário com atividades pedagógicas.

Professores de Língua Portuguesa e história. Alunos das séries 6ᵒ,7ᵒ,8ᵒ,9ᵒ.

1º Trimestre

PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL

Leitura de notícias sobre situações discriminatórias.

Refletir sobre a existência do racismo no Brasil. Debater as diversas formas de violência contra os negros e indígenas presentes no cotidiano escolar e na sociedade por meio de teatro, mural, trechos de vídeos.

História, Sociologia, Filosofia e Língua Portuguesa. Alunos de todas as séries.

2º e 3º Trimestres

Intervenção nos casos de discriminação que ocorram no ambiente escolar.

Promover respeito às diferenças com debates e diálogo constante.

Todos os sujeitos da comunidade escolar.

Durante o ano letivo.

Festa Julina, com lanche de comidas típicas.

Apresentar à comunidade as contribuições referentes a cultura afro-brasileira, africana e indígena realizadas.

Funcionários e direção da escola

Julho

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Apresentações e atividades culturais (danças, músicas, declamação de poesias) durante a gincana escolar..

Apresentar à comunidade as contribuições referentes à cultura afro-brasileira, africana e indígena realizadas durante o ano letivo.

Professores de Português, Artes, História, Educação física e grêmio estudantil. Alunos de todas as séries.

Agosto

PLANEJAMENTO E REALIZAÇÃO DO SEMINÁRIO NA SEMANA DA CONSCIENCIA NEGRA

Produção de mural com notícias e texto de alunos.

Apresentar à comunidade as contribuições referentes a cultura afro-brasileira, africana e indígena realizadas.

Professores de História, Filosofia, Sociologia e Língua Portuguesa. Alunos das séries 8ᵒ,9ᵒ,2ᵒ,3ᵒ.

Novembro

Produção e exposição de objetos indígenas e africanos.

Demonstrar a comunidade escolar objetos da cultura indígena e africana visando a valorização das etnias.

Alunos do Grêmio Estudantil e Mais Educação.

Novembro

Sessões de vídeo na Casa da Cultura “Diva Voga dos Santos” com filmes específicos para cada faixa etária como 6º e 7º/8º e 9º/ ensino médio.

Sensibilizar os alunos frente a discriminação racial, preconceito.

Alunos e professores de todas as séries.

Novembro

Danças e lanches com comidas típicas.

Apresentar à comunidade escolar dança típica africana com degustação de pratos e músicas típicas.

Alunos do Grêmio Estudantil, Mais Educação e toda comunidade escolar.

Novembro

AVALIAÇÃO

As ações pedagógicas serão avaliadas pela equipe multidisciplinar, Equipe

pedagógica e Direção por debates e análises dos resultados alcançados.

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PROPOSTA CURRICULAR ESPECÍFICA E A INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE

ESTUDOS QUE SE DESTINA

ESTRUTURA DO CURSO – ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS

O Ensino Fundamental, segundo degrau da Educação Básica é ofertado por

este Estabelecimento de Ensino, de 6º ao 9º ano. De acordo com o artigo 24 da LDB

nº 9394/96, com a carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuídas

por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar. A implantação do

Ensino Fundamental de nove anos justifica-se pela alteração na LDBEN n° 9394/96, em

seus artigos 6°, 32° e 87°, ocorrida pela Lei Federal n° 11.274 de de 06/02/06, a

Resolução n°03 de 03/08/05 do CNEB e a Deliberação n° 03/06 do CEE, com a

obrigatoriedade do Ensino Fundamental, aos 06 (seis) anos de idade, com duração de

nove anos.

O curso, com oferta nos turnos manhã, tarde e noite, deve garantir uma Base

Nacional Comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na

diversidade nacional. A Base Nacional Comum e sua Parte Diversificada deve integrar-se

em torno do paradigma curricular que visa estabelecer a relação entre a Educação

Fundamental e a vida cidadã. A escola, para desenvolver seu Projeto Político

Pedagógico, contempla no seu currículo:

Base Nacional Comum, com as áreas de conhecimento de Arte, Ciências,

Educação Física, Ensino Religioso (Esta, disciplina obrigatória de matricula facultativa,

conforme artigo 33 da LDB), Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática.

Parte Diversificada, compreendendo os conteúdos complementares

integrados à Base Nacional Comum, escolhidos por cada sistema de ensino e

estabelecimentos escolares, de acordo com as características regionais da

sociedade, da cultura, da economia e da clientela. Na parte da Parte Diversificada

constam as disciplinas de Língua Estrangeira – Inglês.

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ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL-MATUTINO

NRE: 08 - CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: 2410 - SANTA MARIANA

ESTABELECIMENTO:00010-COL. EST. JOAQUIM M. M. DE ASSIS–ENS. FUND. E

MÉDIO

ENDEREÇO: RUA ANTONIO MANOEL DO SANTOS Nº 335 - CENTRO

TELEFONE/FAX: (43) 3531 1163

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 – ENSINO FUNDAMENTAL 6º/9º ANO

TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO :2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE

NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS/ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 3

Educação Física 2 2 2 2

Ensino Religioso* 1 1 0 0

Geografia 2 3 3 3

História 3 2 3 3

Língua Portuguesa 5 5 5 5

Matemática 5 5 5 5

Subtotal 23 23 23 23

PARTE

DIVESIFICADA

L.E.M. - Inglês 2 2 2 2

Subtotal 2 2 2 2

TOTAL GERAL

25

25

25

25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

* Ensino Religioso – Disciplina de matricula facultativa.

Santa Mariana, 27de julho de 2017.

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ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL-VESPERTINO

NRE: 08 - CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: 2410 - SANTA MARIANA

ESTABELECIMENTO:00010-COL. EST. JOAQUIM M. M. DE ASSIS–ENS. FUND. E

MÉDIO

ENDEREÇO: RUA ANTONIO MANOEL DO SANTOS Nº 335 - CENTRO

TELEFONE/FAX: (43) 3531 1163

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 – ENSINO FUNDAMENTAL 6º/9º ANO

TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO :2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE

NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS/ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 3

Educação Física 2 2 2 2

Ensino Religioso* 1 1 0 0

Geografia 2 3 3 3

História 3 2 3 3

Língua Portuguesa 5 5 5 5

Matemática 5 5 5 5

Subtotal 23 23 23 23

PARTE

DIVESIFICADA

L.E.M. - Inglês 2 2 2 2

Subtotal 2 2 2 2

TOTAL GERAL

25

25

25

25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

* Ensino Religioso – Disciplina de matricula facultativa.

Santa Mariana, 20 de maio de 2016.

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ESTRUTURA DO CURSO – ENSINO MÉDIO

Este Estabelecimento de Ensino oferta o Ensino Médio nos períodos manhã e

noite com 25 (vinte e cinco) horas/aula semanais, perfazendo um total de 833 (oitocentos

e trinta e três) horas anuais, num total de 800 (oitocentas) horas anuais, atendendo ao

disposto no artigo 24 da LDB nº 9394/96, que preconiza carga horária mínima anual de

800 (oitocentas) horas, distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo

trabalho escolar.

O currículo contempla uma Base Nacional Comum com as áreas de

conhecimento: Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia Física, Geografia, História, Língua

Portuguesa, Matemática, Química e Sociologia.

Na Parte Diversificada constam as disciplinas: Língua Estrangeira Moderna

Inglês, com a finalidade de levar o aluno a compreender a importância da Língua Inglesa

no mundo moderno, percebendo que o seu domínio possibilita o acesso a outras culturas.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

MATRIZ CURRICULAR - ENSINO MÉDIO-MATUTINO

NRE: Cornélio Procópio MUNICÍPIO: Santa Mariana

ESTABELECIMENTO: Col. Est. Joaquim Maria Machado de Assis – Ens. Fund. e Médio

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

Curso: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: Manhã

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

B DISCIPLINAS 1ª Série 2ª Série 3ª Série

A Arte 2 2 -

S Biologia 2 2 2 Educação Física 2 2 2

E Filosofia 2 2 2

C Física 2 2 2

Geografia 2 2 2 O N

História 2 2 2 M A

Língua Portuguesa 2 3 4 U C

Matemática

3

2

3

M I

O

N

A

L

Química 2 2 2

Sociologia 2 2 2 L.E.M.- Espanhol 4 4 4 L.E.M. – Inglês * 2 2 2 TOTAL GERAL

29

29

29

Nota: Matriz Curricular de Acordo com a LDBEN nº 9394/96

* O idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino.

Santa Mariana, 27 de julho de 2017.

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MATRIZ CURRICULAR - ENSINO MÉDIO- NOTURNO

NRE: Cornélio Procópio MUNICÍPIO: Santa Mariana

ESTABELECIMENTO: Col. Est. Joaquim Maria Machado de Assis – Ens. Fund. e Médio ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

Curso: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: Noturno ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

B DISCIPLINAS 1ª Série 2ª Série 3ª Série

A Arte 2 2 -

S Biologia 2 2 2 Educação Física 2 2 2

E Filosofia 2 2 2 Física 2 2 2

C Geografia 2 2 2

História 2 2 2 O N

Língua Portuguesa 2 3 4 M A

Matemática

3

2

3

U C

M I

O

N

A

L

Química 2 2 2

Sociologia 2 2 2 L.E.M – Espanhol 4 4 4 L.E.M. – Inglês * 2 2 2 TOTAL GERAL

29

29

29

Nota: Matriz Curricular de Acordo com a LDBEN nº 9394/96

* O idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino.

Santa Mariana, 27 de julho de 2017.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL E

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento da Arte no ambiente escolar inicia com os Jesuítas e o uso

pedagógico da Arte e dos ofícios, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil,

iniciando assim uma série de ações, como a vinda de um grupo de artistas franceses

encarregados da fundação da Academia de Belas Artes, a Missão Francesa, nesse

período surge o Liceu de Curitiba, hoje o Colégio Estadual do Paraná. A arte passa a

valorizar o desenho geométrico como forma de desenvolver a mente para o pensamento

científico, abordando assim as técnicas e artes manuais em um ensino voltado para a

preparação do trabalhador. Na segunda metade da década de 1990, com a pedagogia

das competências e habilidades que fundamentaram os Parâmetros Curriculares

Nacionais, o ensino da arte é influenciado também por movimentos políticos e sociais e

também acontece à semana de 1922, um importante marco para arte brasileira. E o

ensino da arte passou a ter, enfoque na expressividade espontaneísmo e criatividade e

pedagogia da Escola nova fundamentada na livre expressão e o universo cultural do

aluno. Em 1971 foi promulgada a Lei Federal n. 5692/71, cujo artigo 7º determinava a

obrigatoriedade do ensino da Arte no currículo do ensino fundamental e médio sendo

desenvolvido através de habilidades e técnicas. Na década de 1990 no paraná começa a

reciclagem de seus professores e a arte tinha um caráter terapêutico, de descontração e

de alienação, distante da realidade escolar. Em 2003 iniciou a construção coletiva de

diretrizes curriculares estaduais, entre outras resultou no aumento do número de aula.

Assim, o ensino de arte deixa ser coadjuvante no sistema educacional para se ocupar

também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente

e em constante transformação.

Uma proposta de ensino de arte tem como função levar o aluno à apropriação

do conhecimento estético, contextualização, dando significado à arte, dentro de um

processo criador que transforma o real, produzindo novas maneiras de ver e sentir o

mundo.

Na arte o processo de humanização e o ser humano, como criador, produz novas

maneiras de ver e sentir, que são diferentes em cada momento histórico e em cada

cultura. Pela arte o ser humano se torna consciente da sua existência individual e social,

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ele se percebe e se interroga, sendo levado a interpretar o mundo e a si mesmo.

A Arte é um conjunto de ideias, crenças e doutrinas próprias de uma

sociedade, de uma época ou de uma classe. Não é só ideologia, porém ela

está presente nas produções artísticas. A Arte é ainda, uma forma de trabalho

onde ao criar o ser humano, se recria. A criação é essencial no ensino da arte, sem

este trabalho criador, a arte deixa de ser arte e não há aprendizagem. O aluno

precisa passar pelo fazer artístico.

Nesse sentido, a escola constitui num espaço privilegiado para uma

educação que estabeleça o diálogo entre o particular e o universal. A disciplina de

arte deve manter esse diálogo, estabelecendo relações entre as experiências, a

cultura e vivências atuais com a imagem, os sons, os gestos, os movimentos e

conhecimento historicamente construído pela humanidade.

Nessa perspectiva, educar os alunos esteticamente é ensinar a ver,

ouvir criticamente, a interpretar a realidade, a fim de ampliar as possibilidades

de fruição e expressão artística.

• Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu

processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com

conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação

e aprendizagem;

• Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios

educandos;

• O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a

objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as

diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de

utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;

• Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na

referência, nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao

exercício da cidadania e do trabalho;

• Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos,

críticos e democráticos;

Dessa forma, o estudo da disciplina de Arte busca realizar produções

artísticas, individuais e ou coletivas, nas linguagens da arte(música, artes visuais,

dança, teatro, artes audiovisuais) analisando, refletindo e compreendendo os

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diferentes processos produtivos, com seus diferentes instrumentos de ordem

material e ideal, como manifestações socioculturais e históricas, tendo como

objeto de estudo O conhecimento estético e o conhecimento da produção artística.

(p.53, DCE)

CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES :

- ELEMENTOS FORMAIS

- COMPOSIÇÃO

- MOVIMENTOS E PERÍODOS 6º ANO - ÁREA DE

MÚSICA

ELEMENTOS

FORMAIS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

COMPOSIÇÃO

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônica pentatônica

cromática Improvisação

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Greco-romana

Oriental

Ocidental

Africana

6º ANO - ÁREA DE ARTES

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VISUAIS ELEMENTOS FORMAIS

Ponto, Linha, Textura

Forma Superfície

Volume

Cor

Luz COMPOSIÇÃO

Bidimensional

Figurativa Geométrica, simetria

Técnicas: Pintura, escultura,

arquitetura...

Gêneros: cenas da mitologia

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Arte Greco-

Romana Arte

Africana

Arte Oriental

Arte Pré-

Histórica

6o ANO - ÁREA

TEATRO

ELEMENTOS

FORMAIS

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e

faciais

Ação

Espaço

COMPOSIÇÃO

Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...

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MOVIMENTOS E PERÍODOS

Greco-Romana

Teatro Oriental Teatro

Medieval

Renascimento

6o ANO - ÁREA DANÇA

ELEMENTOSFORMAIS

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

COMPOSIÇÃO

Kinesfera

Eixo

Ponto de Apoio

Movimentos articulares

Fluxo (livre e interrompido)

Rápido e lento

Formação Níveis (alto, médio e baixo)

Deslocamento (direto e indireto)

Dimensões (pequeno e grande)

Técnica: Improvisação

Gênero: Circular 7o ANO - ÁREA DE MÚSICA

ELEMENTOS FORMAIS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

COMPOSIÇÃO

Ritmo

Melodia

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Escalas

Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico

Técnicas: vocal, instrumental e mista

Improvisação

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Música popular étnica (ocidental e oriental) 7o ANO - ÁREA DE ARTE VISUAIS

ELEMENTOS FORMAIS

Ponto Linha Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz COMPOSIÇÃO

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura... MOVIMENTOS E PERÍODOS

Arte Indígena

Arte Popular

Brasileira e Paranaense

Renascimento

Barroco 7o ANO - ÁREA DE TEATRO

ELEMENTOS FORMAIS

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

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Ação

Espaço

COMPOSIÇÃO

Representação, Leitura dramática, Cenografia.

Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...

Gêneros: rua e arena,

Caracterização. MOVIMENTOS E PERÍODOS

Comédia dell’ arte

Teatro Popular

Brasileiro e Paranaense

Teatro Africano

7o ANO - ÁREA DE DANÇA

ELEMENTOS FORMAIS

Movimento Corporal

Tempo

Espaço COMPOSIÇÃO

Ponto de Apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Peso (leve e pesado)

Fluxo (livre, interrompido e conduzido)

Lento, rápido e moderado

Níveis (alto, médio e baixo)

Formação

Direção

Gênero: folclórico, popular e étnico MOVIMENTOS E PERÍODOS

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Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

8º ANO - ÁREA DE MÚSICA

ELEMENTOS FORMAIS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

COMPOSIÇÃO

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos.

Técnicas: vocal, instrumental e mista

MOVIMENTOSE PERÍODOS

Indústria

Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno 8o ANO - ÁREA DE ARTE VISUAIS

ELEMENTOS FORMAIS

Linha

Forma

Textura

Superfície

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98

Volume

Cor

Luz

COMPOSIÇÃO

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

Técnicas: desenho, otografia, audio-visual e mista... MOVIMENTOS E PERÍODOS

Indústria Cultural

Arte no Séc. XX

Arte Contemporânea

8o ANO - ÁREA DE TEATRO

ELEMENTOS FORMAIS

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço COMPOSIÇÃO

Representação no Cinema e Mídias

Texto dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica... MOVIMENTOS E PERÍODOS

Indústria Cultural

Realismo

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Expressionismo

Cinema Novo

ANO - ÁREA DE DANÇA

ELEMENTOS FORMAIS

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

COMPOSIÇÃO

Giro

Rolamento

Saltos

Aceleração e desaceleração

Direções (frente, atrás, direita e esquerda)

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria Cultural e espetáculo MOVIMENTOS E PERÍODOS

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

9º ANO - ÁREA DE MÚSICA

ELEMENTOS FORMAIS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

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100

Densidade

COMPOSIÇÃO

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnicas: vocal,instrumental mista

Gênero: popular, folclórico, étnico

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Música Engajada

Música Popular Brasileira

Música Contemporânea

9º ANO - ÁREA DE ARTES VISUAIS

ELEMENTOS FORMAIS

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz COMPOSIÇÃO

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica: pintura, grafitte, performance

Gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano... MOVIMENTOS E PERÍODOS

Realismo

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101

Vanguardas

Muralismo e Arte Latino-Americana

Hip Hop

9º ANO - ÁREA DE TEATRO

ELEMENTOS FORMAIS

Personagem: expressões corporais,vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço COMPOSIÇÃO

Técnicas: monólogo, jogos teatrais direção, ensaio, teatro-fórum...

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Teatro Engajado

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do Absurdo

Vanguardas

9º ANO - ÁREA DE DANÇA

ELEMENTOS FORMAIS

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

COMPOSIÇÃO

Kinesfera

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102

Ponto de Apoio

Peso

Fluxo Quedas

Saltos Giros

Rolamentos

Extensão (perto e

longe) Coreografia

Deslocamento

Gênero: performance e moderna

CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODOS ÁREA MUSICA

ELEMENTOS

FORMAIS

Altura

Duraç

ão

Timbr

e

Intens

idade

Densi

dade

COMPOSIÇÃO

Ritmo

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103

Melodia

Harmonia Escalas

Modal, Tonal e fusão

Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop ...

Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação MOVIMENTOS E PERÍODOS

Música Popular

Brasileira Paranaense

Popular Indústria

Cultural Engajada

Vanguarda

Ocidental

Oriental

Africana

Latino-americana ÁREA ARTE VISUAIS

ELEMENTOS FORMAIS

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz COMPOSIÇÃO

Bidimensional

Tridimensional

Figura e fundo

Figurativo

Abstrato

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Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Simetria

Deformação

Estilização

Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura

e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos...

Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da

Mitologia...

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Arte Ocidental , Arte Oriental, Arte Africana, Arte Brasileira, Arte Paranaense,

Arte Popular

Arte de Vanguarda, Indústria Cultural, Arte Contemporânea,Arte Latino- Americana

ÁREA TEATRO

ELEMENTOS FORMAIS

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação, Espaço

COMPOSIÇÃO

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica,

ensaio, Teatro-Fórum

Roteiro

Encenação e leitura dramática

Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico

Dramaturgia

Representação nas mídias

Caracterização

Cenografia, sonoplastia, e iluminação

Direção

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Produção MOVIMENTOS E PERÍODOS

Teatro Greco- Romano

Teatro Medieval

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Popular

Indústria Cultural

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro de Vanguarda

Teatro Renascentista

Teatro Latino- Americano

Teatro Realista

Teatro Simbolista ÁREA DANÇA

ELEMENTOS FORMAIS

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

COMPOSIÇÃO

Kinesfera

Fluxo

Peso

Eixo

Salto e Queda

Giro

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106

Rolamento

Movimentos articulares

Lento, rápido e moderado

Aceleração e desaceleração

Níveis

Deslocamento

Direções

Planos

Improvisação

Coreografia

Gêneros: Espetáculo, industria cultural, étnica, folclórica, populares e salão MOVIMENTOS E PERÍODOS

Pré-história

Greco-Romana

Medieval

Renascimento

Dança Clássica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Hip Hop

Indústria Cultural

Dança Moderna

Vanguardas

Dança Contemporânea

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METODOLOGIA

Após conhecimento e conscientização do nível da turma as aulas de arte serão

ministradas em três momentos: teorização ( é o momento em que o conhecimento será

repassado para o aluno através do texto, TV multimídia, debate, apreciação e apropriação

de obras artísticas, construindo assim o conhecimento histórico da arte), trabalho artístico

( é a prática, o fazer artístico, realização de experiências e atividades plásticas: desenho,

pintura, recortes, colagens, cartazes, escultura, vídeos, danças, teatro e música, e

avaliação (será avaliado ao final de cada atividade, levando em consideração a

individualidade de cada aluno). Nas aulas de arte é necessário a abordagem dos

conteúdos estruturantes,em um encaminhamento metodológico orgânico, onde os

conhecimentos, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos

da prática pedagógica, em todas as séries da educação básica.

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas,

como, por que, e o que será trabalhado, tornando-se a escola como espaço de

conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da arte,

três momentos da organização pedagógica: teorizar, fundamentar e possibilitar ao aluno

que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para

formar conceitos artísticos. TRABALHO ARTÍSTICO: é a prática criativa, os exercícios

com os elementos que compõe uma obra de arte.

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos

três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o

aluno tenha vivenciado cada um deles.

Dentro da metodologia trabalhada, serão contemplados os seguintes conteúdos

obrigatórios: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-Brasileira,

Africana e Indígena / Equipe multidisciplinar ( Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08), Música

(Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, Política

Nacional de Educação Ambiental(Lei nº 9.795/99), Educação Fiscal ( Decreto Lei nº

1.143/99, Portaria nº 413/02) , Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente

(Lei nº 11.525/07). Esse conteúdos serão trabalhados de forma a garantir a análise do

contexto histórico e social, através de práticas pedagógicas concretas e aplicáveis que

possibilitem a operacionalização das ações.

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AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de arte será diagnóstica e

processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e

avaliar os alunos: é processual por pertencer a todos os momentos da prática

pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação de aprendizagem,

do ensino(desenvolvimento das aulas), bem como a autoavaliação dos alunos.

De acordo com a LDB(nº 9.394/96 art 24 inciso V) a avaliação é continua e

cumulativa do desempenho do aluno com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais.

“Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação(capítulo 4 art. 8º) a avaliação

almeja o desenvolvimento formativo e cultural do aluno e deve levar em consideração a

capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades

realizadas”.

De fato, a avaliação sequer parâmetro para o redimensionamento das práticas

pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a produção do aluno.

ou seja, a avaliação permite que se saia do lugar comum, dos gostos pessoais, do modo

que se desvincula de uma prática pedagógica pragmática, caracterizada pela produção de

resultado ou a valorização somente do espontaneísmo. Ao centrar-se no conhecimento, a

avaliação gera critérios que transcendem os limites do gosto e das afinidades pessoais,

direcionando de maneira sistematizada o trabalho pedagógico. Assim, a avaliação em arte

supera o papel do mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos e busca

propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Ao ser processual e não

estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos , discuti dificuldades e progresso de

cada um a partir da própria produção, de sistematização dos conhecimentos para

compreensão mais efetiva da realidade.

O método de avaliação proposto nestas Diretrizes inclui observação e registro do

processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação

dos conhecimentos pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os

problemas apresentados e como eles se relacionam com os colegas nas discussões em

grupo. Como sujeito desse processo o aluno também deve elaborar seus registros de

forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, com oportunidades

para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas. É importante

ter em vista que os alunos apresentem uma vivência e um capital cultural próprio,

constituído em outros espaços sociais além da escola, como a família, grupos,

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associações, religiões e outros. Além disso, tem um percurso escolar diferenciado de

conhecimentos artísticos relativos à música, às artes visuais, ao teatro e a dança. O

professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os alunos já conhecem e

de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar

ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades dos alunos para uma ou

mais áreas de arte também devem ser detectadas e reconhecidas pelo professor. Esse

diagnóstico é à base para planejar futuras aulas, pois, ainda que estejam definidos os

conteúdos a serem trabalhados, a forma e a profundidade de sua abordagem dependem

do conhecimento que os alunos trazem consigo.

Essa é outra dimensão da avaliação, a zona de desenvolvimento proximal,

conceito elaborado por Lev Semenovich Vigotsky que trabalha na questão da

apropriação do conhecimento. Vigotsky argumenta que a distância entre o nível de

desenvolvimento real determinado pela capacidade de resolver um problema sem ajuda,

e o nível de desenvolvimento potencial determinado pela resolução de um problema sob a

orientação de um adulto ou em colaboração com um outro colega, é denominado de zona

de desenvolvimento proximal.

Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os

colegas, e ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o professor propor

abordagens diferenciadas. A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo.

São necessários vários instrumentos de verificação tais como: trabalhos artísticos

individuais ou em grupos; pesquisas bibliográfica e de campo; debates em forma de

seminários e simpósios; provas teóricas e práticas; registros em forma de relatórios,

gráficos, audio-visuais e outros.

Por meios desses instrumentos , o professor obterá o diagnóstico necessário

para o planejamento e acompanhamento das aprendizagens durante o ano letivo visando

às seguintes expectativas de aprendizagens: a compreensão dos elementos que

estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea ; a

produção de trabalho de arte visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e

social; a apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas

culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

REFERÊNCIAS

KOSIK, Karel. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte

para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de Ensino Médio.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Ao longo da história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados

sobre o fenômeno vida (objeto de estudo da Biologia), numa tentativa de explicá-lo e ao

mesmo tempo, compreendê-lo. A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos

fenômenos naturais levou o homem à diferentes concepções de vida, de mundo e de seu

papel enquanto parte deste mundo. Essa preocupação humana representa a necessidade

de garantir sua sobrevivência. Para compreender os pensamentos que contribuíram na

construção das diferentes concepções sobre o fenômeno vida e suas implicações para o

ensino, buscou-se na história da ciência os contextos históricos que impulsionaram

mudanças conceituais no modo de como o homem passou a contemplar a natureza.

A biologia como parte do processo de construção científica deve ser entendida

como o processo de produção do próprio desenvolvimento humano (Andery 1988) e

compreendida assim, é mais uma forma de conhecimento produzido pelo

desenvolvimento do homem e determinada pelas necessidades materiais deste em cada

momento histórico. Promovendo intensificações nos avanços da sociedade, não

se pode considerar que a Ciência somente acumule teorias, fatos, noções científicas

aceitas na prática do cientista, mas que cria modelos paradigmáticos que nasce da

utilidade da Ciência em resposta às necessidades da sociedade. Entende-se assim que a

biologia contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e atuantes, por meio de

conteúdos, desde que os mesmos proporcionem o entendimento do objeto do estudo – o

fenômeno da vida – em toda sua complexidade de relações.

No ensino, o que se tem que discutir é o papel da rigorosidade metódica para o

avanço da Ciência e as implicações deste avanço, perspectivando as consequências para

a vida humana, para a saúde do homem, para os impactos ambientais. Faz-se necessária

atenção aos aspectos éticos da experimentação animal e as legislações, bem como a

definição de uma ética da ciência através de uma profunda reflexão sobre o “saber-

querer” do homem. Essa ética da ciência tem significativa importância especialmente

nesse momento histórico em que o homem já é capaz de manipular seu patrimônio

genético, pode condicionar suas bases biológicas através de tratamentos químicos,

alterando a concepção do fenômeno vida.

A Biologia, sendo uma ciência da vida, uma realidade em construção, é

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dinâmica e pode ser concebida como processo de recriação de uma nova realidade em

construção, a luta do homem para controlar e dominar as forças da natureza, superando a

fome, o frio, a doença, etc. portanto a Ciência Biologia não representa uma acumulação

de conhecimentos definidos, uma realidade pronta e acabada, mas um processo em

constante questionamento da realidade. Ela deve ser ensinada, buscando a

funcionalidade dos conhecimentos científicos lembrando sempre que o rápido

progresso das ciências biológicas e o desenvolvimento tecnológico dos últimos anos

resultaram da aplicação conscienciosa ou inconscienciosa do método científico. Neste

contexto, e ensino de Biologia objetiva desenvolver suporte pedagógico no ato de

aprender através da metodologia do Ensino de Biologia numa visão integrada e holística;

despertar maior interesse pessoal do aluno pela disciplina de Biologia por meio de

descoberta, do ensino socializado, das atividades práticas da convivência em equipe e

dos trabalhos em parceria com o professor; desenvolver um ensino que forneça subsídios

aos alunos para que saibam investigar, refletir, argumentar, raciocinar, propor suas ideias

com fundamentação e criatividade; contribuir na formação de cidadãos cujos valores não

sejam apenas individuais, mas também valores integrativos, como a cooperação, a

parceria, a solidariedade, o respeito às diferentes formas de vida, que permitam às

gerações futuras se desenvolver com qualidade ambiental; superar propostas

pedagógicas com ênfase na memorização e na simples produção do conhecimento, para

formação do aluno crítico e criativo que sabe fundamentar-se em conhecimento

contribuindo com uma sociedade ética, mais equitativa e humana; desenvolver

metodologia para trazer o conhecimento da conservação ambiental e aquisição de

atitudes compromissadas com o desempenho profissional.

CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO

A) Conteúdos Estruturantes:

- Organização dos Seres Vivos;

Mecanismos Biológicos;

Biodiversidade;

Manipulação Genética.

Conteúdos Básicos:

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.

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Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

Teorias evolutivas.

Transmissão das características hereditárias.

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e

interdependência com o ambiente.

Organismos geneticamente modificados. METODOLOGIA

Como proposta metodológica para o ensino da Biologia, propõe a utilização de

debates em sala de aula, para criar oportunidade de reflexão contribuindo para a

formação de um sujeito crítico, reflexivo e atuante, que busque conhecer e compreender a

realidade. O ensino dos conteúdos específicos de Biologia apontam para as seguintes

estratégias metodológicas de ensino:

– Prática social: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde o objetivo é

perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de uma

visão sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser

trabalhado.

– Problematização: é o momento para detectar e apontar as questões que

precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em consequência, estabelece que

conhecimentos são necessários para a resolução destas questões, e as exigências

sociais de aplicação desse conhecimento.

– Instrumentalização: consiste em apresentar os conteúdos sistematizados

para que os alunos assimilem e os transformem em instrumentos de construção

pessoal e profissional. Neste contexto, que os alunos apropriem-se das ferramentas

culturais necessárias à luta social para superarem a condição de exploração em que

vivem.

– Catarse: é a fase de aproximação entre o que o aluno adquiriu de

conhecimento e o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos

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culturais, transformados em elementos ativos de transformação social, e assim sendo, o

aluno passa ao entendimento e elaboração de novas estruturas de conhecimento, ou

seja, passa da ação para a conscientização.

– Retorno à prática social: caracteriza-se pelo retorno à prática social, como

saber concreto e pensado para atuar e transformar as relações de produção que

impedem a construção de uma sociedade mais igualitária. A situação de compreensão

sincrética apresentada pelo aluno no início do processo, passa de um estágio de menos

compreensão do conhecimento científico à uma fase de maior clareza e compreensão,

explicitada numa visão sintética. Neste contexto, o processo educacional põe-se a serviço

da referida transformação das relações de produção.

A utilização de uma metodologia adequada à disciplina permite uma diminuição

fragmentada do saber e uma visão mais integrada como uma nova maneira de

compreender e respeitar a vida em todas as formas, visando o despertar de uma

consciência ecológica profunda, fundamentada nos valores de desenvolvimento humano

integral, de cooperação, solidariedade e sustentabilidade, permitindo o desenvolvimento

harmônico da vida sobre a Terra.

Dentro da metodologia trabalhada, serão contemplados os seguintes

conteúdos obrigatórios: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-

Brasileira, Africana e Indígena / Equipe multidisciplinar ( Lei nº 10.639/03 e Lei nº

11.645/08), Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade

humana, Política Nacional de Educação Ambiental(Lei nº 9.795/99), Educação Fiscal

( Decreto Lei nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) , Enfrentamento à violência contra a criança

e o adolescente (Lei nº 11.525/07). Esse conteúdos serão trabalhados de forma a garantir

a análise do contexto histórico e social, através de práticas pedagógicas concretas.

AVALIAÇÃO

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos escolares, e de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação nº 9394/96, deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do

estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode

propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o estudante

aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e planejar

sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da avaliação

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tão somente classificatória e excludente.

Bem como fazer relaciones, “marque X”, pesquisas relacionadas aos assuntos,

debates, exposições da cultura (utensílios, cardápios) com observância dos benefícios

que trazem ao homem à sociedade.

Será preciso respeitar o estudante como um ser humano inserido. No contexto

das relações que permeiam a construção do conhecimento científico escolar. Desse

modo, a considerar o modelo ensino-aprendizagem proposto, a avaliação deverá valorizar

os conhecimentos alternativos do estudante, construídos no cotidiano, nas atividades

experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvam recursos pedagógicos e

instrucionais diversos. É fundamental que se valorize, também, o que se chama de “erro”.

De modo a retomar a compreensão do estudante por meio de diversos instrumentos de

ensino e de avaliação.

Na aprendizagem significativa, o conteúdo específico ensinado passar a ter

significado real para o estudante e, por isso, interage “ com ideias relevantes existentes

na estrutura cognitiva do indivíduo” (MOREIRA, 1999, p.56).

A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por meio

de problematização envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, ou

mesmo a partir da utilização de jogos educativos, entre outras possibilidades, como o uso

de recursos instrucionais que representem como o estudante tem solucionado o problema

proposto e as relações estabelecidas diante dessas problematizações.

ANDERY, M.A.;MICHELETTO, N.; SERIO, T.M.P. Para compreender a ciência: uma

perspectiva histórica. 14. ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo; São Paulo: EDUC, 2004.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, PIRES, Maria Helena. Filosofando>

Introdução a Filosofia. São Paulo, Moderna, 1986.

CARVALHO, Ana Maria Pessoa de, Prática de Ensino – Os Estágios na Formação do

Professor. São Paulo, Livraria Pioneira, 1987.

CARVALHO, Humberto Fundamentos de Genética e Evolução. Livros Técnicos e

Científicos. Editora S.A., Belo Horizonte Universidade Federal de Minas Gerais, 1982.

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DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência. São Paulo. Atlas S.A, 1985.

KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo de ciências. Pedagógica Universitária.

São Paulo, 1987.

MOREIRA, M.A. Aprendizagem significativa.. Brasília: UnB, 1999.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação

Básica- Biologia. Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEB, 2008.

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. São Paulo, Cortez, 1983.

WALLACE, Bruce. Biologia Social. Editora da Universidade de São Paulo, 1978.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL

ANOS FINAIS

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

A Ciência tem origem na vida humana, pois, para sobreviver, o homem

precisou aprender a superar desafios. Aprender a coletar alimentos, a caçar, a se abrigar,

a se proteger das más condições do tempo e dos animais selvagens.

Através da história da humanidade, muitas foram as descobertas e as

experiências realizadas pelo homem para explicar determinados fatos ou fenômenos

presentes na natureza. Isso só foi possível graças à cooperação, à criatividade, ao

envolvimento das pessoas a das sociedades, das pesquisas e também um número de

erros. Portanto, Ciências se desenvolve a partir das necessidades e das atividades dos

homens

A incursão pela história da Ciências permite identificar que não existe um

único método científico, mas a configuração de métodos científicos , que se modificaram

com o passar do tempo.

Ao assumir posicionamento contrário ao método único para toda e qualquer

investigação científica da natureza, no ensino de Ciências se faz necessário ampliar os

encaminhamentos metodológicos para abordar os conteúdos escolares de modo que os

estudantes superem os obstáculos conceituais oriundos e sua vida cotidiana.

No processo de ensino-aprendizagem a construção de conceitos pelo

estudante não difere, em nenhum aspecto, do desenvolvimento de conceitos não

sistematizados que traz de sua vida cotidiana.

O aprendizado dos estudantes começa muito antes do contato com a escola.

Por isso, aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia

de vida e qualquer situação de aprendizagem na escola tem sempre uma história anterior.

Há, no entanto, uma diferença entre o aprendizado anterior e o aprendizado

escolar. O primeiro não é sistematizado, o segundo o é. Além disso, este objetiva a

aprendizagem do conhecimento científico e produz algo fundamentalmente novo no

desenvolvimento do estudante.

Dentre os saberes sociais, os conhecimentos científicos e os do cotidiano

“se mostram como campos que se inter-relacionam com o conhecimento escolar”

( LOPES, 1999, p. 104), porém não sem contradições. O conhecimento cotidiano tem

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origem empírica e é a soma dos conhecimentos sobre a realidade produzida na

cotidianidade. Esse conhecimento pode acolher certas aquisições científicas, por meio de

divulgação na mídia e na informalidade, mas não é o conhecimento científico.

O educando, nos dias atuais, tem mais acesso a informações sobre o

conhecimento científico, no entanto, constantemente reconstrói suas representações a

partir do conhecimento cotidiano, formando as bases para a construção de

conhecimentos alternativos, úteis na sua vida diária.

Apesar da necessidade de ruptura entre o conhecimento científico e o

conhecimento cotidiano, há também a necessidade de não se extrapolarem os limites um

do outro. O conhecimento científico e o conhecimento cotidiano são históricos e sofrem

interações mútuas. “Interpretar a ciência com os pressupostos da vida cotidiano é incorrer

em erros, assim como é impossível em cada ação cotidiana tomarmos decisões

científicas, ao invés de decidirmos com base na espontaneidade e no pragmatismo.”

( LOPES, 1999, p.143).

Nem sempre o conhecimento cotidiano ou mesmo alternativo podem ser

considerados incoerentes com o desenvolvimento científico, uma vez que são úteis na

vida prática e para o desenvolvimento de novas concepções. Valorizá-los e tomá-los

como ponto de partida terá como consequência a formação dos conceitos científicos, para

cada estudante, em tempos distintos.

Na escola o obstáculo epistemológico assume função didática e permite

superar duas grandes ilusões no ensino Ciências: o não rompimento entre os

conhecimentos cotidiano e científico e a crença de que se conhece a partir do nada.

A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de

que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados.

Isso põe o processo de construção de significados como elemento central do processo de

ensino aprendizagem. Neste contexto, o ensino de Ciências objetiva valorizar a vida em

todas as suas formas e manifestações, compreendendo que o ser humano é parte

integrante da natureza e pode transformar o meio em que vive; disseminar o

conhecimento adquirido na escola e na comunidade ( pais, amigos, parentes, vizinhos);

Conhecer e saber empregar conceitos científicos básicos associados a energia, matéria,

transformação, espaço, tempo , sistema-populações e ciclo de vida; desenvolver

habilidades de observação, pesquisa, proposição de questões, formulação de hipóteses e

conclusões, adquirindo noções sobre o método científico; Valorizar a saúde individual e

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coletiva.

CONTEÚDOS 6º ANO

ASTRONOMIA

Universo Sistema

Solar

Movimentos Terrestres

Movimentos celestes Astros

MATÉRIA

Constituição da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS

Níveis de organização ENERGIA

Formas de energia Conversão

de energia Transmissão de

energia

BIODIVERSIDADE

Organização dos seres vivos

Ecossistemas

Evolução dos seres vivos 7ºANO

ASTRONOMIA

Astros

Movimentos Terrestres

Movimentos celestes

MATÉRIA

Constituição da matéria

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SISTEMAS BIOLÓGICOS

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos ENERGIA

Formas de energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

Origem da vida Organização dos

seres vivos Sistemática

8ºANO

ASTRONOMIA

Origem e evolução do universo MATÉRIA

Constituição da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos ENERGIA

Formas de energia BIODIVERSIDADE

Evolução dos seres vivos 9ºANO

ASTRONOMIA

Astros

Gravitação universal

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MATÉRIA

Propriedades da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética

ENERGIA

Formas de energia

Conservação de energia

BIODIVERSIDADE

Interações ecológicas METODOLOGIA

O ensino de Ciências propõe uma prática pedagógica que leve à integração

dos conceitos científicos e valorize o pluralismo metodológico. Para isso é necessário

superar práticas pedagógicas centradas num único método e baseadas em aulas de

laboratório( KRASILCHIK,1987) que visam tão somente à comprovação de teorias e leis

apresentadas previamente aos estudantes.

O professor de Ciências, responsável pela mediação entre o conhecimento

cientifico escolar representado por conceitos e modelos e as concepções alternativas dos

estudantes, deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos que utilizem recursos

diversos, planejados com antecedência, para assegurar a interatividade no processo

ensino e aprendizagem e a construção de conceitos de forma significativa pelos

estudantes. Tão importante quanto selecionar conteúdos específicos para o ensino de

Ciências, é a escolha de abordagens , estratégias e recursos pedagógicos adequados à

mediação pedagógica. E assim consideraremos aos alguns itens a serem enfatizados:

A ABORDAGEM PROBLEMATIZADORA

A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um

novo conteúdo. Essa ação possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo

dosestudantes e o conhecimento científico escolar que se pretende ensinar.

A RELAÇÃO CONTEXTUAL

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A relação contextual pode ser um ponto de partida, de modo a abordar o

conteúdo mais próximo à realidade dos estudantes para uma posterior abordagem

abstrata e específica. A relação contextual pode, também ser o ponto de chegada caso o

professor opte por iniciar a sua prática com conteúdos mais abstratos e reflexivos.

Neste caso, contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos

escolares das estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras.

A RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR

A relação interdisciplinar como elemento da prática pedagógica considera que

muitos conteúdos, ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros

conteúdos e isso torna necessária uma aproximação entre eles, mesmo entre os tratados

por diferentes disciplinas escolares.

Em Ciências, as relações interdisciplinares podem ocorrer quando o professor

busca nos conteúdos específicos de outras disciplinas, contribuições para o entendimento

do objeto de estudo de Ciências, o conhecimento científico resultante da investigação da

natureza.

A PESQUISA

A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa a construção do

conhecimento, podendo ser apresentada na forma escrita e/ou oral, para que os objetivos

pedagógicos seja atingidos, se faz necessário que seja construída com redação do

próprio estudante. Na apresentação oral o estudante deve superar a simples leitura e

repetição, evidenciando a compreensão crítica do conteúdo pesquisando e explicitando a

sua interpretação.

A LEITURA CIENTÍFICA

A leitura científica como recurso pedagógico permite aproximação entre os

estudantes e o professor, pois propicia um maior aprofundamento de conceitos.

A ATIVIDADE EM GRUPO

No trabalho em grupo , o estudante tem a oportunidade de trocar experiências,

apresentar suas proposições aos outros estudantes, confrontar ideias, desenvolver

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espírito de equipe e atitude colaborativa.

A OBSERVAÇÃO

A utilização deste elemento estimula, no estudante, a capacidade de observar

fenômenos em seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre os mesmos.

A observação é uma alternativa viável e coerente com a própria natureza da

disciplina. A ATIVIDADE EXPERIMENTAL

A inserção de atividades experimentais na prática docente apresenta-se como

uma importante ferramenta de ensino e aprendizagem, quando mediada pelo professor,

de forma a desenvolver o interesse nos estudantes e criar situações de investigação para

a formação de conceitos.

OS RECURSOS INSTRUCIONAIS

Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras

fixas a serem utilizadas na sua construção. Devem subsidiar o professor em seu trabalho

com o conteúdo científico escolar.

O LÚDICO

O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo , podendo

utilizar-se de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o

interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas

habitualmente pelo professor, entre outros. O lúdico deve ser considerado na prática

pedagógica, independentemente da série e da faixa etária do estudante, porém,

adequando-se a elas quanto à linguagem, a abordagem , as estratégias e aos recursos

utilizados como apoio.

Dentro da metodologia trabalhada, serão contemplados os seguintes conteúdos

obrigatórios: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-Brasileira,

Africana e Indígena / Equipe multidisciplinar ( Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08), Música

(Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, Política

Nacional de Educação Ambiental(Lei nº 9.795/99), Educação Fiscal ( Decreto Lei nº

1.143/99, Portaria nº 413/02) , Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente

(Lei nº 11.525/07). Esse conteúdos serão trabalhados de forma a garantir a análise do

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contexto histórico e social, através de práticas pedagógicas concretas e aplicáveis que

possibilitem a operacionalização das ações.

AVALIAÇÃO

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos escolares, e de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação nº 9394/96, deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do

estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode

propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o estudante

aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e planejar

sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da avaliação

tão somente classificatória e excludente.

Será preciso respeitar o estudante como um ser humano inserido no contexto

das relações que permeiam a construção do conhecimento científico escolar. Desse

modo, a considerar o modelo ensino-aprendizagem proposto, a avaliação deverá valorizar

os conhecimentos alternativos do estudante, construídos no cotidiano, nas atividades

experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvam recursos pedagógicos e

instrucionais diversos. É fundamental que se valorize, também, o que se chama de “erro”,

de modo a retomar a compreensão do estudante por meio de diversos instrumentos de

ensino e de avaliação.

Na aprendizagem significativa, o conteúdo específico ensinado passar a ter

significado real para o estudante e, por isso, interage “ com ideias relevantes existentes

na estrutura cognitiva do indivíduo” (MOREIRA, 1999, p.56).

A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por meio

de problematização envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, ou

mesmo a partir da utilização de jogos educativos, entre outras possibilidades, como o uso

de recursos instrucionais que representem como o estudante tem solucionado o problema

proposto e as relações estabelecidas diante dessas problematizações.

REFERÊNCIAS

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130

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Professor. São Paulo, Livraria Pioneira, 1987.

DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência. São Paulo. Atlas S.A, 1985.

KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo de ciências. Pedagógica Universitária.

São Paulo, 1987.

LOPES, A.C. Conhecimento Escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: UERJ, 1999.

MOREIRA, M.A. Aprendizagem significativa. Brasília: UnB, 1999.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação.Diretrizes Curriculares de Ciências da

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WALLACE, Bruce. Biologia Social. Editora da Universidade de São Paulo, 1978.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

A Educação física no Brasil teve seus primeiros registros embasados em

teorias européias, centrado em conhecimentos médicos e militares cujo principal objetivo

era o desenvolvimento da saúde e formação moral dos brasileiros, visando aprimorar

capacidades e habilidades físicas, da disciplina e do respeito aos dominantes da pátria.

Somava-se ainda a estes conceitos ideais para a formação de corpos fortes e preparados

para defender o Brasil.

Assim no início do século XX, a Educação Física tornou-se obrigatória nas

escolas para crianças a partir de 6 anos de idade, com utilização de métodos militaristas e

ginástico Francês.

Com a popularização do esporte na década de 30, a Educação Física passou

a trabalhar este conteúdo com o objetivo de promover a política nacionalista. Nas aulas

de Educação Física pautava exclusivamente o rendimento, a competição, comparação de

recordes, disciplina rígida e o uso de técnicas específicas, almejando formar atletas,

consolidando o país como uma potência olímpica.

Neste mesmo período em que a Educação Física escolar teve caráter esportivo

surgia uma forte corrente pedagógica como psicomotricidade que tinha em seus aspectos

teóricos metodológicos contrários ao da esportivização, valorizando a formação integral

do aluno. Mesmo assim o esporte continuou a ser tratado como meio de educação e

disciplina dos corpos e a Educação Física ainda assumiu um papel como disciplina

colaboradora a outras disciplinas.

Somente com o fim do período da ditadura militar a Educação Física assumiu

uma nova roupagem embasadas em correntes progressistas como a Desenvolvimentista

e Construtivista e mais tarde embasadas em tendencias Crítico-superadora. A tendência

Crítico-Superadora baseia-se na pedagogia da cultura corporal.

No início da década de 90 teve início a elaboração do Currículo Básico do

Estado do Paraná, documento voltado para as demandas sociais e históricas da

educação brasileira, preocupado com a formação de alunos críticos e transformadores.

Inseria-se então, ideais pautados na pedagogia histórico-crítica, onde o aluno tomasse

consciência sobre seus próprios corpos em relação ao meio social em que vivem e não

em um sentido biológico ou anatômico. Contudo o documento do currículo básico

permaneceu privilegiando aspectos desenvolvimentista, construtivista e psicomotora,

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fugindo totalmente dos pressupostos da pedagogia histórico-crítica.

Mesmo com todos estes documentos que priorizavam mudanças na

Educação Física escolar, esta ainda se manteve em seus aspectos tradicionais

visando aptidões físicas, aspectos psicomotores e prática esportiva.

Com a apresentação dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação

Física, documento que passou a subsidiar a disciplina logo após a aprovação da Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996. Contudo os Parâmetros

apresentavam em seu referencial um currículo mínimo, além de conter elementos

da pedagogia construtivista e na relação de saúde e aptidão física, representando

propostas incoerentes. Atualmente, com a elaboração das Diretrizes Curriculares

Orientadoras da Educação Física no Estado do Paraná busca-se garantir ao aluno o

conhecimento produzido historicamente, tendo na cultura corporal acesso ao

conhecimento crítico das inúmeras práticas corporais sendo elas históricas, políticas,

sociais e culturais. Com base nesta perspectiva , busca-se trabalhar uma Educação

Física articulada ao Projeto Político Pedagógico da escola, objetivando a formação

crítica do aluno, aliada a cultura corporal de forma histórica, social, política, econômica e

cultural, buscando um trabalho na qual o foco não seja apenas a aptidão física e a

performance esportiva, bem como conduzir o aluno a reflexão crítica das diversas

manifestações e práticas corporais, contribuindo para a formação de um ser humano

crítico e reflexivo, agente transformador histórico, político, social e cultura.

Conteúdos para 8° Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos e Específicos

Esportes Coletivo: Futebol, Voleibol, Basquetebol,

Futsal, Handebol.

Radicais: skate, treking.

Jogos e Brincadeiras Populares: Amarelinha, elástico, bets,

peteca, queimada. Construção de

brinquedos e brincadeiras.

Jogos de Tabuleiro: xadrez, mada, trilha.

Jogos cooperativos: voleibol gigante,

queimada cooperativa, futebol em dupla,

jogo dos sete passes.

Organização de festivais e gincanas

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Ginástica Rítmica: trabalho com corda, arcos, bolas,

maças e fitas.

Circense: Cultura do circo, confecção e

manuseio de malabares.

Geral: execução de movimentos rítmicos

(rolamento, estrela, ponte)

Lutas Capoeira: Origem da capoeira, jogos de

condução de movimentos de ginga esquiva e

golpes.

Organização da roda de capoeira

Dança Criativas e circulares

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Conteúdo 9° Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos e Específicos

Esportes Coletivo: Futebol, Voleibol, Basquetebol,

Futsal, Handebol.

Radicais: skate, treking.

Jogos e Brincadeiras Populares: Amarelinha, elástico, bets,

peteca, queimada. Construção de

brinquedos e brincadeiras.

Jogos de Tabuleiro: xadrez, mada, trilha.

Jogos cooperativos: voleibol gigante,

queimada cooperativa, futebol em dupla,

jogo dos sete passes.

Organização de festivais e gincanas

Jogos dramáticos (mímicas)

Ginástica Rítmica: trabalho com corda, arcos, bolas,

maças e fitas.

Geral: execução de movimentos rítmicos

(rolamento, estrela, ponte)

Lutas Capoeira: Origem da capoeira, jogos de

condução de movimentos de ginga esquiva e

golpes.

Organização da roda de capoeira

Dança Criativas e circulares

CONTEÚDOS ENSINO MÉDIO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos e Específicos

Esportes Coletivo: Futebol, Voleibol, Basquetebol,

Futsal, Handebol.

Individual: Aletismo, Tênis de mesa,

Badminton

Radicais: skate, treking.

Jogos e Brincadeiras Jogos Dramáticos: MÍmicas, improvisação e

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imitação.

Jogos de Tabuleiro: xadrez, mada, trilha.

Jogos cooperativos: voleibol gigante,

queimada cooperativa, futebol em dupla,

jogo dos sete passes.

Organização de festivais e gincanas

Ginástica Condicionamento Físico: Alongamentos,

ginástica aeróbica e localizada.

Geral: execução de movimentos gimnicos

(rolamento, estrela, ponte)

Lutas Capoeira: Origem da capoeira, jogos de

condução de movimentos de ginga esquiva

e golpes.

Organização da roda de capoeira

Dança Folclóricas, salão e de rua

METODOLOGIA

Embasado na cultura Corporal onde o conhecimento é transmitido e discutido

com o aluno, numa relação com as práxis, levando em consideração a cultura local e

conhecimento que o aluno traz da sua realidade..

Vários são os princípios que abrangem o ensino da Educação Física (BETTI,

2002), destacando-se:

O Princípio da Inclusão que tem como meta a participação e reflexões

concretas e efetivas de todos os membros do grupo, buscando reverter o quadro histórico

da área de seleção entre indivíduos aptos e inaptos para as práticas corporais, resultando

na valorização exacerbada no desempenho e da eficiência, e consequentemente na

exclusão do educando .

O Princípio da Diversidade aplica-se à construção da aprendizagem na

escolha de objetivos e de conteúdos, que ampliem as relações entre os conhecimentos da

cultura corporal de movimento e o perfil dos sujeitos da aprendizagem. Com isso

pretende-se legitimar as possibilidades de aprendizagem que se estabelece nas

dimensões afetivas, cognitivas, motoras e sócio-culturais dos alunos.

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Já no Princípio da Autonomia a relação com a cultura corporal de movimento,

não se dá naturalmente, mas é fruto da construção e do esforço conjunto de professores

e alunos através de situações concretas e significativas. A busca da autonomia pauta-se

na ampliação do olhar da escola sobre o nosso objeto de ensino e aprendizagem. Essa

autonomia significa a possibilidade de construção pelo educando dos seus conceitos,

atitudes e procedimentos, ao invés de simples reprodução e memorização de

conhecimentos.

Tais princípios precisam estar presentes ao se buscar uma aprendizagem

significativa, entendida como a aproximação entre o conhecimento do educando e o

construído ao longo do tempo, não perdendo de vista que os mesmos estão inseridos

numa cultura e expressam uma aprendizagem social regida por uma organização política

e social.

O professor deve mediar o trabalho pedagógico para que o educando

compreenda o seu “eu” e o relacionar-se com o outro, a partir do conhecimento do seu

corpo, como instrumento de expressão e satisfação de suas necessidades, respeitando

experiências anteriores e dando-lhe condições de adquirir e criar novas formas de

expressão.

Dentro da metodologia trabalhada, serão contemplados os seguintes

conteúdos obrigatórios: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-

Brasileira, Africana e Indígena / Equipe multidisciplinar ( Lei nº 10.639/03 e Lei nº

11.645/08), Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade

humana, Política Nacional de Educação Ambiental(Lei nº 9.795/99), Educação Fiscal

( Decreto Lei nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) , Enfrentamento à violência contra a criança

e o adolescente (Lei nº 11.525/07). Esse conteúdos serão trabalhados de forma a garantir

a análise do contexto histórico e social, através de práticas pedagógicas concretas e

aplicáveis que possibilitem a operacionalização das ações.

AVALIAÇÃO

A avaliação vista como um processo contínuo, permanente e cumulativo, deve

estar em total sintonia com o Projeto Político Pedagógico da escola, vinculados com

osobjetivos e metodologia.

Deve ser dada prioridade ao comprometimento e envolvimento do aluno à

atividade proposta, se houve assimilação dos conteúdos, se consegue resolver problemas

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de forma criativa, respeitando a si mesmo e aos seus colegas. Os instrumentos

avaliativos escritos são utilizados dentro de uma ação pedagógica. qualitativa e voltada

para a realidade. Proceder à avaliação da aprendizagem clara e consciente, é entendê-la

como processo contínuo e sistemático de obter informações, de perceber progressos e

de orientar os alunos para a superação das suas dificuldades. Reforçando este

pensamento Vasconcelos (apud PARANÁ, 1994, p. 44) diz que:

o professor que quer superar o problema da avaliação precisa a

partir de uma autocrítica: abrir mão do uso autoritário da

avaliação que o sistema lhe faculta e autoriza; rever a

metodologia do trabalho em sala de aula; redimensionar o uso

da avaliação (tanto do ponto de vista da forma como do

conteúdo); alterar a postura diante dos resultados da avaliação;

criar uma nova mentalidade junto aos alunos, aos colegas

educadores e aos pais.

Atualmente a perspectiva tradicional de avaliação cede espaço para uma nova

visão que procura ser mais processual, abrangente e qualitativa. Não deve ser um

processo exclusivamente técnico que avalia a práxis pedagógica, mas que pretende

atender a necessidade dos educandos considerando seu perfil e a função social com o

reconhecimento de suas experiências e a valorização de sua história de vida. Isso se

torna essencial para que o educador reconheça as potencialidades dos educandos e os

ajude a desenvolver suas habilidades para que os mesmos atinjam o conhecimento na

busca de oportunidades de inserção na sociedade.

A avaliação deverá portanto compreender formas tais como: a linguagem

corporal, a escrita, a oral, por meio através de provas teóricas, de trabalhos, de

seminários e do uso de fichas, por exemplo, proporcionando um amplo conhecimento e

utilizando métodos de acordo com as situações e objetivos que se quer alcançar.

Pautados no princípio que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, a

avaliação precisa contemplar as necessidades de todos os educandos. Nesse sentido,

sugere-se o acompanhamento contínuo do desenvolvimento progressivo do aluno,

respeitando suas individualidades. Desse modo à avaliação não pode ser um mecanismo

apenas para classificar ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,

tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu replanejamento.

Dentro dessa perspectiva, para que a avaliação seja coerente e representativa é

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fundamental que a relação entre os componentes curriculares se apóie em um diálogo

constante.

É importante lembrar no princípio da inclusão de todos na cultura corporal de

movimento. Assim, a avaliação deve propiciar um auto-conhecimento e uma análise

possível das etapas já vencidas no sentido de alcançar os objetivos propostos.

REFERÊNCIAS COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo:

Cortez, 1992.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed., São Paulo: Cortez, 1995. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação

Básica – Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

A disciplina de Ensino Religioso no Brasil, assumiu várias características em

diferentes contextos históricos. No Brasil colônia, teremos uma educação centralizada

nas mãos de instituições religiosas como a Companhia de Jesus, que eram incumbidas

de uma educação como um todo e que através dela promovia a evangelização e

catequização da população nativa.

Essa educação Jesuíta era baseada nos princípios da Igreja Católica Cristã,

que acabou por promover um aculturamento na população nativa. Este estilo de ensino

tornou- se unanime até a primeira Constituição da República, em 1891, com a divisão

entre Estado e Igreja. A partir de então, teremos vários segmentos da sociedade

preocupados com a manutenção do ensino confessional e os partidários do princípio da

educação laica.

Para atender as demandas republicanas quanto as demandas confessionais,

no governo de Getúlio Vargas é instituído na Constituição de 1934,artigo 153 que diz: ”O

ensino religioso será de frequência facultativa e ministrados de acordo com princípios da

confissão religiosa do aluno manifestada pelos pais ou responsáveis e constituirá matéria

dos horários nas escolas públicas primárias, secundárias, profissionais e normais”

(Brasil,194,art.153). O que acabou ocorrendo foi a manutenção da doutrina cristã

hegemônica no Ensino Religioso, não havendo espaços para as religiões minoritárias,

pois as aulas eram relegadas a professores voluntários ligados a instituições religiosas. A

possibilidade de um ensino Religioso aconfessional e público só se concretizou

legalmente na redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua

respectiva correção em 1997, pela Lei 9.475: “ Art.33 – O Ensino Religioso, de matrícula

facultativa é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos

horários normais das escolas públicas de Educação Básica, assegurado o respeito à

diversidade religiosa do Brasil,vedadas quaisquer formas de proselitismo. §1º- Os

sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para definição dos conteúdos do

Ensino Religioso e estabelecerão as normas para habilitação e admissão de professores.

§2º- Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes

denominações religiosas para a definição dos conteúdos do Ensino Religioso.”

Pela primeira vez na história da inclusão dos temas religiosos na educação

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brasileira, foi proposto um modelo laico e pluralista com a intenção de impedir qualquer

forma de prática catequética nas escolas públicas.

Em 2002, o Conselho Estadual de Educação do Paraná, aprovou a Deliberação

03/02, que regulamentou o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do Sistema Estadual

de Ensino do Paraná. O Estado do Paraná se responsabilizou pela oferta curricular da

disciplina no que se refere à composição do corpo docente, dos conteúdos e metodologia,

da avaliação e da formação continuada de professores. No trabalho com o Ensino

Religioso, objetiva-se orientar para apropriação dos saberes sobre as expressões e

organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do

conhecimento; efetivar uma prática de ensino voltada para superação do preconceito

religioso; promover desprendimento do Ensino Religioso confessional catequético para a

construção e consolidação do respeito a diversidade cultural religiosa; desenvolver uma

conscientização sobre as desigualdades étnico-religiosa, garantindo o direito

constitucional de liberdade de crença e expressão; superar toda e qualquer forma de

apologia ou imposição de um determinado grupo de preceitos e sacramentos, pois, na

medida em que uma doutrinação religiosa ou moral se impõe um modo adequado de agir

e pensar, de forma heterônima e excludente, ela impede o exercício de autonomia de

escolha, de contestação e até mesmo de criação de valores; auxiliar na criação de uma

identidade humana,valorizando características pessoais e motivando um auto

conhecimento,visando aprimorar a pessoa como parte integrante de um vasto universo.

A SEED em 2006, após longo processo de discussões e análises, elabora as

Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para Educação Básica.

CONTEÚDOS

Paisagem Religiosa: a materialidade fenomênica do Sagrado, a qual é

apreendida através dos sentidos. É a exterioridade do Sagrado e sua concretude, os

espaços Sagrados.

Universo Simbólico Religioso: a apreensão conceitual através da razão, pela

qual concebe – se o Sagrado pelos seus predicados e reconhece -se a sua lógica

simbólica. É entendido como sistema simbólico e projeção cultural.

Texto Sagrado: a tradição da natureza do Sagrado enquanto fenômeno. Neste

sentido é reconhecido através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e

dos Mitos.

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CONTEÚDOS PARA O 6° ANO

Organizações Religiosas

Lugares Sagrados

Textos Sagrados Orais e Escritos

Símbolos Religiosos

CONTEÚDOS PARA O 7° ANO

Temporalidade Sagrada

Festas Religiosas

Ritos

Vida e Morte

METODOLOGIA

Propor encaminhamento metodológico para a disciplina de ensino Religioso,

mais do que planejar formas, métodos,conteúdos ou materiais a serem adotados em sala

de aula, pressupõe um constante repensar das ações que subsidiam esse trabalho, pois,

uma abordagem nova de um conteúdo escolar leva, inevitavelmente, a novos métodos de

investigação, análise e ensino.

O professor deve desenvolver uma metodologia levando em conta a

experiência e os conhecimentos prévios dos alunos, pois trazem consigo uma visão de

senso comum, empírica, sincrética, na qual quase tudo aparece de forma natural.

O professor deve posicionar-se de forma clara, objetiva e crítica quanto ao

conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-cultural, mediando os saberes que o

aluno já possui e os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula.

É preciso respeitar o direito da liberdade de consciência e a opção religiosa do

educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão aspectos

reconhecidos como pertinentes ao universo Sagrado e da diversidade sociocultural.

Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a

Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação

Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas diretrizes.

Dentro da metodologia trabalhada, serão contemplados os seguintes

conteúdos obrigatórios: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-

Brasileira, Africana e Indígena / Equipe multidisciplinar ( Lei nº 10.639/03 e Lei nº

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11.645/08), Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade

humana, Política Nacional de Educação Ambiental(Lei nº 9.795/99), Educação Fiscal

( Decreto Lei nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) , Enfrentamento à violência contra a criança

e o adolescente (Lei nº 11.525/07). Esse conteúdos serão trabalhados de forma a garantir

a análise do contexto histórico e social, através de práticas pedagógicas concretas e

aplicáveis que possibilitem a operacionalização das ações. AVALIAÇÃO

O processo de avaliação do Ensino Religioso tem a necessidade de

estabelecer instrumentos e definir critérios que explicitem o quanto o aluno se apropriou

do conteúdo específico e foi capaz de relaciona – lo com as outras disciplinas.

A avaliação é um elemento integrante do processo educativo na disciplina de

Ensino Religioso, a implementação de práticas avaliativas e de instrumentos variados

dará suporte para acompanhar e registrar o processo de apropriação do conhecimento.

Ao avaliar o conhecimento adquirido na disciplina de Ensino Religioso, deve-se levar em

conta as especifidades de oferta e frequência dos alunos nesta disciplina que todo

professor ao ministrá – la deve estar ciente, pois tal disciplina está em processo de

implementação nas escolas e por isso, a avaliação pode contribuir para sua legitimação

como componente curricular.

Na disciplina de Ensino Religioso não há aferição de notas ou conceitos,

aprovação ou reprovação do aluno, recomenda–se o registro do professor sobre o

processo avaliativo que utilizou para que os os pais ou responsáveis possam acompanhar

o desempenho de seus filhos. Assim permitindo diagnosticar o quanto o aluno se

apropriou do conteúdo, enfim, se ampliou o seu conhecimento em torno do objeto de

estudo do ensino Religioso, o Sagrado, sua complexidade, pluralidade, amplitude e

profundidade.

REFERÊNCIAS ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Os temas e os argumentos contemplados em filosofia influenciam as

perspectivas dos estudantes sem que eles estejam conscientes disso.

Muitos autores como Locke, Hobbes, Rousseau, influenciaram

historicamente nossas instituições e nossos comportamentos ao longo do tempo.

O professor deve ter claro posicionamento em relação ao sujeito desse

ensino e das questões históricas atuais, levando em conta as contradições próprias da

nossa sociedade.

As Diretrizes Curriculares de Filosofia concebem a Filosofia enquanto

espaço de análise e criação de conceitos.

A Filosofia no Ensino Médio visa fornecer aos estudantes a possibilidade de

compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades

e especializações. Segundo as Diretrizes Curriculares de Filosofia o estudante precisa de

um saber que opere por questionamentos, conceitos e categorias e que busque articular o

espaçotemporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana.

Como disciplina na matriz curricular do Ensino Médio, considera-se que a

Filosofia pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do

mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.

Na atual polêmica mundial acerca dos possíveis sentidos dos valores éticos,

políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e muito a

contribuir. Seus esforços dizem respeito, basicamente, aos problemas e conceitos criados

no decorrer de sua longa história, os quais por sua vez geram discussões promissoras e

criativas que desencadeiam, muitas vezes, ações e transformações. Por isso,

permanecem atuais.

Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluridimensional e

democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a

complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e

especializações. Ao deparar-se com os problemas e por meio da leitura dos textos

filosóficos, espera-se que o estudante possa pensar, discutir, argumentar e, que, nesse

processo, crie e recrie para si os conceitos filosóficos, ciente de que não há conceito

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simples. Segundo Deleuze e Guattari (1992), todo conceito tem componentes e se

define por eles. Não há conceito de um só componente e não há conceito que disponha

de todos os componentes no momento de sua erupção. Todo conceito é ao menos duplo

ou triplo e remete a um problema ou a problemas sem os quais não teria sentido, e que só

podem ser isolados ou compreendidos na medida de sua solução.

Conforme esses autores, todo conceito tem uma história, embora a história

se desdobre em ziguezague, embora cruze com outros problemas ou com outros planos.

Os conceitos jamais são criados do nada. Em cada um deles há, no mais das vezes,

pedaços ou componentes vindos de outros que respondiam a outros problemas e

supunham outros planos em momentos históricos diversos. Cada conceito opera um novo

corte, assume novos contornos, deve ser reativado ou recortado. É o devir do conceito.

Em suma, a natureza do conceito ou o conceito de conceito “define-se pela

inseparabilidade de um número finito de componentes heterogêneos percorridos por um

ponto de sobrevoo absoluto, à velocidade infinita” (DELEUZE; GUATTARI, 1992, p. 33).

Não há nenhuma razão para que os conceitos se sigam, eternizem-se.

Nesse sentido, “um filósofo não para de remanejar seus conceitos, e mesmo de mudá-

los” (DELEUZE, GUATTARI, 1992, p. 34). A cada momento, ele está preocupado com

questões distintas e problemas específicos. O conceito criado a partir dessas

circunstâncias se identifica às particularidades de cada situação filosófica e pode, assim,

reorganizar seus componentes ou criar novos.

Assim, o ensino de filosofia como criação de conceitos deve abrir espaço

para que o estudante possa planejar um sobrevoo sobre todo o vivido, a fim de que

consiga à sua maneira também, cortar, recortar a realidade e criar conceitos.

O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação

do estudante com os problemas, na busca de soluções nos textos filosóficos por meio da

investigação, no trabalho direcionado à criação de conceitos. Neste contexto, o ensino de

Filosofia objetiva desenvolver a capacidade de pensar, discutir, argumentar, criando e

recriando para si os conceitos filosóficos; construir sentido para o mundo; compreender

criticamente o contexto social e histórico de que são frutos; contribuir para a

transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo.

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CONTEÚDOS

1º Ano -Mito e Filosofia

-Teoria do Conhecimento

2º Ano -Ética

-Filosofia política

3º Ano -Filosofia da Ciência

-Estética

Tais conteúdos estruturantes estimulam o trabalho da mediação intelectual, o

pensar, a busca da profundidade dos conceitos e das suas relações históricas, em

oposição ao caráter imediatista que assedia e permeia a experiência do conhecimento e

as ações dela resultantes.

METODOLOGIA

O conteúdo de filosofia se inicia pela mobilização do conhecimento, que pode

ser através de exibição de filmes ou de uma imagem, da leitura de um texto jornalístico,

enfim, inúmeras possibilidades capazes de instigar e motivar possíveis relações entre o

cotidiano dos estudantes e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido. A seguir inicia-se a

problematização que ocorre quando professores e estudantes levantam questões,

identificam problemas e investigam o conteúdo.

É imprescindível que o ensino de filosofia seja permeado por atividades

investigativas individuais e coletivas, que organizem e orientem o debate filosófico, dando-

lhe um caráter dinâmico e participativo.

Ao articular vários elementos, o ensino de filosofia pressupõe um planejamento

que inclua leitura, debate produção de texto, entre outras estratégias, a fim de que a

investigação seja fundamento do processo de criação de conceitos.

Recursos didáticos e tecnológicos: TV , pendrive, DVD, revistas, jornais, livro

didático, confecção de cartazes, montagem de mural, computador e outros.

Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a

Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação

Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas diretrizes.

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etc., mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à

abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a Educação Básica.

Dentro da metodologia trabalhada, serão contemplados os seguintes

conteúdos obrigatórios: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-

Brasileira, Africana e Indígena / Equipe multidisciplinar ( Lei nº 10.639/03 e Lei nº

11.645/08), Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade

humana, Política Nacional de Educação Ambiental(Lei nº 9.795/99), Educação Fiscal

( Decreto Lei nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) , Enfrentamento à violência contra a criança

e o adolescente (Lei nº 11.525/07). Esse conteúdos serão trabalhados de forma a garantir

a análise do contexto histórico e social, através de práticas pedagógicas concretas e

aplicáveis que possibilitem a operacionalização das ações.

AVALIAÇÃO

No momento da avaliação o docente deve ter respeito pelas posições do

estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a

capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições.

O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade

de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos

temas e discursos.

Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante de trabalhar e

criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:

• qual discurso tinha antes;

• qual conceito trabalhou;

• qual discurso tem após;

• qual conceito trabalhou.

A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento,

por meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após

o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo.

Os instrumentos de avaliação devem ser diversificados, incluindo: debates,

conclusões pessoais de textos diversos, análise de vídeos e músicas, elaboração de

redação, provas dissertativas e de múltipla escolha, análise de filmes e outros.

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BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares do ensino médio.

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filosofia no 2.o grau. Curitiba, 1994.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

A Física tem como objeto de estudo o Universo e toda sua complexidade, por

isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza, entendida

como na realidade material sensível..

Diversas sociedades em diferentes épocas sempre procuram compreender a

criação do mundo, muitas das respostas encontradas pautam-se não na Ciência, mas na

natureza, e na religião, e integram a herança cultural das civilizações.

Compreender a origem do mundo e a de si mesmo é uma necessidade que

acompanha o homem há milênios.

Desde os tempos remotos, provavelmente no período paleolítico, a

humanidade observa a natureza, na tentativa de resolver problema de ordem prática e de

garantir subsistência. Porém, bem mais tarde é que surgiram as primeiras

sistematizações, com o interesse dos gregos em explicar as variações cíclicas

observadas nos céus.

Esses registros deram origem à astronomia, talvez, a mais antiga das ciências,

com ela, o início do estudo do movimento.

Entretanto, a pesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos,

como os árabes e os chineses, entre outros, as pesquisas sobre a História da Física

demonstram que, até o período do Renascimento, a maior parte da Ciência conhecida

pode ser resumida à Geometria Euclidiana, à Astronomia de Ptolomeu e a Física de

Aristóteles.

As explicações a respeito do Universo mudam, em cada época, de acordo com

que se conhece sobre ele. As afirmações de Aristóteles acerca do movimento.

Fundamental para a discussão de Aristóteles era o princípio de que todos os objetos que

encontramos na Terra são compostos de “quatro elementos”: ar, terra, fogo e água. Estes

são os “elementos” a que nos referimos na linguagem corrente quando dizemos que

alguém, salvo de uma tempestade, “desafiou os elementos”. Queremos dizer que esta

pessoa sofreu uma tempestade de ventos, poeira, de chuva, etc., e não que se tenha

debatido em um tornado de hidrogênio puro o flúor. Aristóteles observou que alguns

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corpos surgiam na Terra para serem leves e outros para serem pesados. Atribuiu a

propriedade de ser leve ou pesado à proporção de vários elementos presentes em cada

corpo _ a terra é “naturalmente” pesada, o fogo naturalmente leve e o ar e a água

intermédios entre essas dois extremos. Qual é, perguntou ele, o movimento “natural”

deste ou daquele objeto?

E respondeu que se o objeto for pesado, o seu movimento natural será para

baixo, ao passo que, se é leve, o seu movimento natural será para cima.

Assim estudando o movimento dos corpos terrestres Aristóteles deduziu

qualitativamente que “existem coisas pesadas”, como os sólidos e os líquidos que caem

em direção ao centro da Terra; e outras coisas “leves”, como o ar e o fogo; que afastam

do Centro da Terra. (MARTINÊS, 1997, P.76)

Esses movimentos contribuíam para a formação de uma matéria pesada no

centro do Universo e

[…] com essa matéria pressionada por todos os lados, para esse ponto central,

que fica parada e que não cai para nenhum lado, pois é igualmente empurrada por todos

os lados em direção ao centro. Daí a explicação porque a Terra não cai. (MARTINS,

1997, P, 76).

Segundo Aristóteles, os corpos celestes não são constituídos pelos mesmos

quatro elementos que constituem os corpos terrestres, mas por um “quinto elemento” ou

“éter”. O movimento natural de um corpo composto de éter é circular. Assim, o movimento

circular que se observa nos corpos celestes é o seu movimento natural, pois um círculo

tem início e fim. Como se move circularmente e não está em espaço algum, já que nada o

contém. Por isso a Física aristotélica não era possível conceber a inércia tal qual a

conhecemos hoje. O movimento retilíneo e uniforme indefinidamente não era admissível

universo que era fechado e finito, uma vez que não tem início nem fim. A cosmologia de

Ptolomeu, por muito tempo acreditação que a Terra fosse o centro de tudo e que

todos os astros girassem ao seu redor. Era o que os astrônomos chamam de sistema

geocêntrico. A ideia de que a Terra não era o cento do Universo ganhou força a partir do

século XVI. Com os estudos realizados por Nicolau Copérnico, o sistema heliocêntrico

trinfou sobre o geocêntrico.

O trabalho do cientista polonês no século XVI, pôs os planetas na órbita do Sol,

e desafiou a crença que a Terra era imóvel e o centro do Universo.

Galileu buscava descrever um fenômeno partindo de uma situação particular,

propôs que o peso dos corpos não influencia sobre a sua queda, o que contrariou a física

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dos lugares naturais de Aristóteles.

René Descartes contemporâneo de Galileu, também imaginava uma ciência

que desse conta dos mundos supralunar e sublunar. Em outras palavras, o Universo não

era separável.

Galileu publicou a sua obra “diálogo sobre os dois principais sistemas do

mundo ptolomaico e copernicano”, na qual defendia o sistema heliocêntrico de Copérnico,

embora sem considerar as leis, formuladas depois por Kepler, sobre o movimento da

Terra em torno do Sol. Essas leis foram levadas em conta por Newton, que estabeleceu

uma unificação no modo como a Física analisa os

[…] fenômenos terrestres e celestes, resolvendo assim na sua essência a crise

na Ciência introduzida pela Revolução Copernicana. É um passo gigantesco, restaurador

da credibilidade da Ciência e essencial para o surgimento do Iluminismo (CARUSO&

ARAUJO. 1988, p.10).

Apesar dos fatos e de sua ousadia, não foi possível a Galileu e seus

contemporâneos, romperem totalmente com o pensamento da época, No entanto, o palco

estava pronto para que Isaac Newton completasse o que Galileu, Descartes e outros, não

conseguira realizar, isto é, encontrar as leis que submeteriam céu e a Terra à mesma

descrição matemática. È isso que a Gravitação de Newton consegue: a primeira grande

unificação da Física, submetendo céu e terra a mesma lei.

O Iluminismo herdou de Descartes, de Newton e de outras, ideias racionalistas

e mecanicistas e, embora a presença divina e a alquimia fossem ainda fortes na obra de

Newton, os iluministas concentram-se na matemática e na experimentação, pois desejam

uma sociedade pautada na razão.

Os franceses estiveram entre os grandes disseminadores da obra de Newton e

se preocupavam em eliminar o empirismo e a ideia metafísica como o papel da ação

divina na teoria da gravitação, o que deu origem a Física Matemática. Mesmo a

Termodinâmica, de início desenvolveu empiricamente, passaria a ter um tratamento

quantificado com os franceses nos moldes do Principia.

Nos meados no século XVIII na Inglaterra, o contexto social e econômico

favorecia o avanço do conhecimento físico, pois a incorporação das máquinas a vapor

trouxe mudança no modo de produzir bens e contribuir para grandes transformações

sociais e tecnológicas bem como no desenvolvimento da Termodinâmica,

Mas a incorporação das máquinas à indústria uniu técnicas e cientistas na

busca pela compreensão da ciência do calor que passou a ser entendido como forma de

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energia relacionada ao movimento, o que possibilitou os estabelecimentos das leis da

Termodinâmica.

Em 1842, Mayer concluiu que calor e trabalho são manifestações de energia e

elaborou uma síntese na qual afirmava que a energia criada

[…] não pode ser destruída, aniquilada; pode tão somente mudar de forma. Ao

abranger trocas de trabalho e calor, a energia mostrou-se uma quantidade que se

conserva em todos os processos, constituindo outro grande invariante, ao lado das

quantidades de movimento, outra grande unificação da física (meneses, 2005, P.29) o

conhecimento físico tornou-se, então, um importante aliado para o avanço da sociedade

capitalista. Até meados do século XIX, todos os problemas, aparentemente, poderiam ser

resolvidos pela FŚICA Newtoniana, pelas leias da Termodinâmica e pelas equações de

Maxwell. Entretanto faltaria algo para comprovar a existência do éter, supunha-se que

através dessa substância que as ondas eletromagnéticas se propagavam.

Esse meio considerado por René Descartes, foi retomado no século XIX, pois

a intenção era manter a imagem de um Universo mecânico criado pelo homem no século

XVI. Uma nova revolução no campo de pesquisa da Física marcou o início do século XX.

Einstein apresentou em 1905, a teoria da relatividade especial ao perceber que as

equações de Maxwell não obedeciam à regras de mudança de referencial da teoria

Newtoniana.

Einstein alterou os fundamentos da mecânica e apresentou uma nova visão do

espaço e do tempo sem o éter. Os trabalhos dos dois cientistas que fugiram dos

governos autoritários fascistas no período de Guerra, levaram muitos cientistas a se

transferirem para outros países onde tinha liberdade para desenvolver suas pesquisas,

cujos trabalhos abriram caminho para desenvolvimento da Física no mundo.

No Brasil foi criado em 1934 o curso de Sciências Physicas, para formar

bacharéis e licenciados em Física, permitindo que a Física, como campo de pesquisa e

criação de novos conhecimentos, começasse a se desenvolver no país.

Os novos fatos científicos do século XX obrigaram os físicos a se refletirem

sobre o próprio conceito de ciência, sobre os critérios de verdade e validade dos modelos

científicos entretanto, o mesmo não ocorreu com o ensino de Física no Brasil, que não

sofreu grandes alterações até meados da década de 1940. Neste contexto, o ensino da

Física objetiva contribuir para integração do aluno na sociedade em que vive,

proporcionando lhe conhecimentos significativos de teoria e prática da Física,

indispensáveis ao serviço da cidadania; desenvolver no aluno competências e habilidades

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que lhe possibilitem competir no mercado de trabalho, bem como adaptar com mais

facilidade à novas profissões; possibilitar ao aluno o reconhecimento das inter-relações

entre vários campos da Física, e desta com outras áreas do conhecimento; proporcionar

ao aluno conhecimentos básicos que lhe permitem prosseguir seus estudos no ensino

superior; transmitir conhecimentos; possibilitar a formação crítica, valorizar a abordagem

dos conteúdos específicos até suas implicações históricas.

CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO 1ª Série:

MOVIMENTO

2ª Série:

TERMODINÃMICA

3ª Série:

ELETROMAGNETISMO

CONTEÚDOS BÁSICOS 1ª Série:

Momentum e inércia

Conservação de quantidade de movimento (momentum) – Variação da quantidade de

movimento e impulso – 2ª Lei de Newton – 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio.

Energia e o Princípio da conservação da energia.

Gravitação Universal. 2ª Série:

Leis da Termodinâmica:

Lei zero da Termodinâmica

1ª Lei da Termodinâmica

2ª Lei da Termodinâmica.

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3ª Série:

Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas.

Força Eletromagnética.

Equações de Maxwell:

Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética,

Lei de Faraday.

A natureza da luz e suas propriedades.

. METODOLOGIA

É importante que o processo pedagógico, na disciplina de Física, parta do

conhecimento prévio do estudante, no qual se incluem as concepções alternativas ou

concepções espontâneas. O estudante desenvolve suas conspeções espontâneas sobre

os fenômenos físicos no dia a dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de

convivência e as traz para a escola quando inicia seu processo de aprendizagem.

A escola é por excelência, o lugar onde se lida com esse conhecimento

científico, historicamente produzido. Porém, uma sala de aula é composta de pessoas

com diferentes costumes, tradições, preconceitos e ideias que dependem de sua origem

cultural e social e esse ponto de partida deve ser considerado.

Por isso, o conhecimento deve-se processar contra um conhecimento anterior.

Na realidade toda a aquisição de conhecimento deve suprir um conhecimento pré-

existente, que pode funcionar como obstáculo à aquisição do novo saber. A cristalização

da verdade revela-se como impedimentos ao avanço do saber, (pois) a crença em uma

verdade definitiva não é uma vantagem para o avanço da ciência, porque se torna um

grave entrave, por impedir o aparecimento de ideias e conceitos que neguem o saber

estabelecido. O tratamento dado pelo professor, ao conhecimento existente e prévio dos

estudantes deve ser bastante relativizado, para permitir a aquisição dos novos. O

professor deve, na realidade, trabalhar a formação de seus alunos de tal modo que os

leve a perceberem que não há um conhecimento definitivo e que o saber que eles trazem

não se constitui numa verdade pronta e acabada, mas que pode funcionar como uma

barreira a formulações de novos saberes. (CARVALHO FILHO, 2006,P.12)

No trabalho com os conteúdos de ensino, seja qual for a metodologia

escolhida, é importante que o professor considere o que os estudantes conhecem a

respeito do tema para que ocorra uma aprendizagem significativa. Como poderiam os

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estudantes formular questões sobre algo que não conhecem? Ou ainda, como eles

podem explicar questões que os inquietam, mas não sabem como perguntar? Nesses

casos, torna-se imprescindível que o professor cumpra a função de uma espécie de

“informante científico”.

Os livros didáticos de Física dirigidos ao os naturais, indispensável para a

formação profissional, a preparação para o vestibular, a compreensão e interpretação do

mundo pelos sujeitos. No entanto, neles, a ênfase recai nos aspectos quantitativos em

prejuízo dos conceitos, privilegiando a resolução de “problemas de física” que se

traduzem em aplicações de fórmulas matemáticas e contribuem para consolidar uma

metodologia de ensino centrada na resolução de exercícios matemáticos. Isso porque

esses livros, salvo raras exceções, reproduzem os livros utilizados nos cursos de

graduação, responsáveis pela formação inicial da maioria dos docentes de Física.

O livro, bem como outros materiais didáticos, deve ser visto como um auxiliar

do professor, utilizado com o intuito de dar significado ao que se ensina, mostrando

situações que fazem parte da vivência do aluno e, assim, facilitar a compreensão do que

se está aprendendo.

Por isso, nessas diretrizes, defende-se a pesquisa como parte integrante do

processo educativo, acreditando que apenas com o conhecimento advindo dela o

professor pode posicionar-se autonomamente e ocupar o centro do processo de ensino

aprendizagem.

Os modelos científicos do ensino de Física

Os modelos científicos buscam o real, sob a forma de conceitos e definições. A

ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir da

aplicabilidade de método(s). Assim os modelos científicos são construções humanas que

permitem interpretações e respeito de fenômenos resultantes das relações entre os

elementos fundamentai que compõem a Natureza. Tanto no teórico como no experimental

o objetivo é estabelecer um modelo de representação da natureza ou de um fenômeno.

Na escola, o conhecimento científico pode e deve ser tratado por meio de

modelos, visto que o conhecimento científico também é expresso através deles. Mas, ao

abordá-los, além de conhecer os modelos, o professor precisa entender as ideias e

argumentos que levaram a sua construção.

A partir dessa premissa, o professor abordará os modelos científicos com suas

possibilidades e limitações. De modo a extrapolar o senso comum e rejeitar o argumento

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de que para aprender Física o pré-requisito é saber Matemática.

Para que o estudante tenha uma compreensão do conhecimento físico

trabalhado na escola, é preciso indicar-lhe que as fórmulas matemáticas representam

modelos simplificados de equação produzida pela ciência. Esses modelos são

elaborações humanas, criadas para entender um determinado fenômeno ou evento físico,

válidos para determinados contextos históricos.

Outra questão a ser considerada é que muitas vezes, os modelos científicos

são provisórios. Por exemplo, o modelo do átomo, considerado inicialmente como menor

partícula da matéria, foi surpreendido, em 1897, com um fato novo: O átomo é composto

por partículas ainda menores, ou seja, deixou de ser visto como a partícula elementar da

matéria.

Um químico que possua uma sólida cultura quântica não precisa abandonar

totalmente a sua visão doltriniana do átomo, enquanto indestrutível e indivisível. Afinal os

átomos assim permanecem nos processos químicos e para lidar com a estequiometria

das equações químicas não é necessário mais do que essa visão simplificada do átomo

doutriniano (MORTIMER, 1996, p.06).

Da mesma forma, não é preciso utilizar o modelo da relatividade pata analisar

movimentos simples como a trajetória de uma bicicleta ou de uma bola de futebol.

Entretanto, os conceitos pertinentes a esse modelo são necessários para acompanhar a

trajetória de um avião de grande porte ou estudar o movimento de uma partícula em alta

velocidade.

A resolução de problemas

Sabe-tudo da importância da linguagem matemática na física, mas os modelos

criados quase sempre são escritos pelos cientistas para seus pares. Falar com

estudantes é diferente, pois, é preciso levar em conta seu grau cognitivo, dentre outros

fatores. Isso permitirá definir uma metodologia de ensino para que o estudante chegue ao

conhecimento científico.

Sobre o uso da história no ensino de Física

A História da Ciência faz parte de um quadro amplo que é a História da

Humanidade, e por isso, é capaz de mostrar a evolução das ideias e conceitos nas

diversas áreas do conhecimento. Em Física , essa evolução traçou um caminho pouco

linear, repleto de erros e acertos, de avanços e retrocessos típicos de um objeto

essencialmente humano, que é a produção científica. Essa história deve, também

mostrar a não neutralidade da produção científica, suas relações externas, sua

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independência com os sistemas produtivos, enfim, os aspectos sociais, políticos,

econômicos e culturais desta ciência.

O que propõe é que o professor agregue, ao planejamento de suas aulas, a

História DA Ciência, para contextualizar a produção do conhecimento em estudo.

Muitos são os argumentos a favor da História da Ciência, tanto em relação à

formação docente quanto ao ensino escolar, pois:

É um pré-requisito para o estudo a Filosofia da Ciência, a Metodologia

Científica e estudos sobre Política Científica e Tecnológica, dentre outros (MARTINS,

1990).

Outro fator importante é que muitas concepções espontâneas dos estudantes,

relacionadas ao conhecimento científico, encontram paralelo na História da Ciência. Por

exemplo, pesquisas mostram que estudantes consideram a temperatura uma mediada do

quente e do frio; e o calor como uma substância presente nos corpos. Isso remete a teoria

do calórico, presente no século XVIII, quando se buscava uma compreensão para a

ciência do calor na Termodinâmica.

Ressalta-se que embora um dos objetivos do uso da Historia da é humanizar a

ciência e aproximá-la do estudante, é preciso uma atenção especial a essa abordagem

pedagógica e não confundí-la com:

A História dos grandes físicos ou cientista que, a partir de um suposto lampejo

de genialidade, teriam mudado a História da Humanidade.

O papel da experimentação no ensino de Física

Os resultados de muitas pesquisas em ensino de física são unânimes em

considerar a importância das atividades experimentais para melhor compreensão acerca

dos fenômenos físicos.

Essas pesquisas sugerem que as atividades experimentais podem suscitar a

compreensão de conceitos ou a percepção da relação de um conceito com alguma ideia

anteriormente discutida. No segundo caso, a atividade precisa contribuir para que o

estudante perceba, além da teoria, as limitações que esta pode ter.

É fundamental que o professor compreenda o papel dos experimentos na

ciência, no processo de construção do conhecimento científico.

Um experimento deve ser planejado após uma análise teórica. A ideia ingênua

de que devemos ir para o laboratório com “a mente vazia” ou que “os experimentos falam

por si” é um velho mito científico (SILVA E MARTINS, 2003, p.57).

Propõe-se, então, ir além do tradicional objetivo de uma aula experimental, isto

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é, comprovar leis e teorias científicas, mas ultrapassar atividades tão somente

verificatórias. Nessa abordagem reducionista os estudantes podem adequar os dados

coletados ao resultado esperado, àquele previsto pela teoria. No entanto, adequar dados

à realidade não é fazer ciência.

A um conhecimento científico, não se deve pensar no método como uma

sequência lógica e única, como muitas vezes é apresentado em materiais didáticos

(HODSON, 1988).

Limitar-se tão somente às etapas do método desprivilegia os conceitos e

desconsidera que as observações, embora sejam procedimento do método científico, não

não são neutras e se amparam no referencial do pesquisador.

Ao adotar a experimentação e propor atividades experimentais, o professor

mais do que explicar um fenômeno físico, deve assumir uma postura questionadora de

quem lança dúvidas para o aluno e permite que ele explicite suas ideias, as quais, por sua

vez, serão problematizadas pelo professor.

A problematização de situações que envolvem um conteúdo físico possibilita

aos estudantes levantarem hipóteses na tentativa de explicar as questões propostas pelo

professor.

Iniciar um conteúdo a partir de uma problematização exige do professor muito

mais uma postura questionadora, como citado acima, do que a do professor que responde

as questões ou fornece explicações;

Na sequência, cabe ao professor a organização do conhecimento para a

compreensão do conteúdo problematizado, através do encaminhamento metodológico;

O encaminhamento dado pelo professor, através de diversas estratégias de

ensino, deve possibilitar, ao estudante, analisar e interpretar as situações iniciais

propostas e outras que são explicadas pelo mesmo conhecimento (DELIZOICOV e

ANGOTTI, 2000, p. 54-55).

A partir desse encaminhamento metodológico e das relações entre

professor/estudantes e dos estudante entre si, intensificam-se as possibilidades de

debates e discussões aproximando os sujeitos e facilitando a criação, a análise, a

formulação de conceitos, o desenvolvimento de ideias e a escolha de diferentes caminhos

para o radioalinhamento atividade. Ainda, privilegia-se o conforto entre as concepções

prévias do estudante e a concepção científica, o que pode facilitar a formação de um

conceito científico.

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Leituras Científicas e Ensino de Física

Os pesquisadores em educação, há algum tempo, consideram o uso de textos

no ensino de Física. No entanto, ao trabalhá-los, devem-se tomar alguns cuidados,

sobretudo quanto à escolha, no que diz respeito à linguagem ao ao conteúdo, pois o

aluno será o interlocutor nessa proposta de leitura.

O texto não deve ser visto como se todo o conteúdo do processo pedagógico

estivesse presente nele, mas como instrumento de mediação entre aluno-aluno, aluno-

professor, afim de que surjam novas questões.

Sugere-se, então, trazer às aulas de Física textos da obra de físicos para a

formação do leito crítico, por meio da História da evolução das ideias e conceitos da

Física presente nestas obras.

Sobre a divulgação científica em sala de aula, existem muitos autores que

produzem textos de divulgação científica em jornais, revistas, livros, e até mesmo na

Internet, que podem ser utilizados pelo professor em sala de aula.

Os valores associados à ciência – vantagens e desvantagens bem como a

correção conceitual, devem estar presentes nos textos escolhidos pelo professor.

Para tal relação, o professor deve considerar, ainda, a realidade social e

cultural onde a escola está inserida, sem esquecer que ela é, sobretudo , espaço de

trabalho com o conhecimento e que produz o conhecimento escolar.

O texto não deve ser lido como se fosse um manual. Para isso devem-se

evitar que perguntas com respostas diretas que não permitem uma reflexão em torno dos

saberes divulgados no texto.

As tecnologias no ensino de Física

Convivemos, diariamente, professores e estudantes, com aparatos

tecnológicos dos mais simples aos mais sofisticados, em nossas casas e no ambiente

escolar: retroprojetores, televisores, aparelhos de vídeo cassete e DVD, computador,

dentre outros

A informática no ensino de Física

A presença de laboratórios de informática com acesso à internet, nas escolas,

bem como a chegada de aparelhoss de televisão com porta USD para entrada de dados

via pendrive, abrem muitas perspectivass para o trabalho docente no ensino de Física.

O uso da internet, por exemplo, implica selecionar, escolher, enfim, tomar

decisões sobre o que é relevante didatizar.Os computadores podem ser utilizados para

fazer animações, ou seja, representações dos movimentos que, que nos livros didáticos,

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são representados por figuras estáticas, em apenas duas dimensões. O que pode tornar o

fenômeno incompreensível para os estudantes.

Qualquer que seja o recurso tecnológico utilizado é preciso que esteja de

acordo como o plano de trabalho docente feito pelo professor. O computador, o livro, TV,

o filme, são meramente instrumentos e recursos para o ensino e não substituem o

professor.

Dentro da metodologia trabalhada, serão contemplados os seguintes

conteúdos obrigatórios: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-

Brasileira, Africana e Indígena / Equipe multidisciplinar ( Lei nº 10.639/03 e Lei nº

11.645/08), Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade

humana, Política Nacional de Educação Ambiental(Lei nº 9.795/99), Educação Fiscal

( Decreto Lei nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) , Enfrentamento à violência contra a criança

e o adolescente (Lei nº 11.525/07). Esse conteúdos serão trabalhados de forma a garantir

a análise do contexto histórico e social, através de práticas pedagógicas concretas e

aplicáveis que possibilitem a operacionalização das ações.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um instrumento fundamental no processo de ensino

aprendizagem que oferece informações para o professor e a equipe técnica escolar

analisarem os resultados de seu trabalho e para o aluno analisar seu desempenho,

possibilitando o diagnóstico das dificuldades e, quando for o caso, o redirecionamento das

estratégias, visando o sucesso escolar. Por isso, a ação avaliativa deve ser contínua, não

limitando a períodos pré-definidos.

Decidir o que, e quando avaliar não é tarefa fácil, mas ela não deve ser

ignorada, quando se pretendem práticas pedagogias eficientes. É a teoria pedagógica que

dará suporte para qualificar a avaliação como positiva ou negativa e os caminhos para

intervenção.

Assim, do ponto de vista específico, a avaliação deve levar em conta os

pressupostos teóricos adotados nestas Diretrizes Curriculares, ou seja, a apropriação dos

conceitos, leis e teorias que compõem o quadro teórico da Física pelos estudantes.

Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento tanto

para que o professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os

conteúdos escolares, quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo

educativo. Embora o sistema de registro da vida escolar do estudante esteja centrado em

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uma nota para sua aprovação, a avaliação será um instrumento auxiliar a serviço da

aprendizagem dos alunos, cuja finalidade é sempre o seu crescimento e sua formação.

Do ponto de vista da função educacional da escola, a ênfase no processo e

nas condições gerais em que é oferecido o ensino se torna condição essencial para que

educadores, alunos e as próprias instituições educacionais usufruam do potencial

redirecionador da avaliação, no sentido de potencializar condições para um efetivo

domínio dos conhecimentos pelos alunos e para uma formação que se estende a outros

domínios (BARRET, 2007, p. 15).

Assim , a avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno quanto o

professor acompanhem o processo de ensino-aprendizagem. Para o professor, a

avaliação deve ser vista como um ato educativo essencial para a condução de um

trabalho pedagógico inclusivo, no qual a aprendizagem seja um direito de todos e a

escola pública o espaço onde a educação democrática deve acontecer.

Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:

• A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e

aprendizagem planejada.

• A compreensão de conteúdos físicos presentes em textos não científicos;

• A compreensão de conceitos físicos presentes em textos científicos;

• A capacidade de elaborar relaórios tendo como referência os conceitos, as

leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os

conhecimentos físicos.

Como exemplo de instrumentos de avaliação, a partir de uma aula de

experimentação, pode-se pedir ao estudante um relatório individual, com questões

abertas que permitam a exposição de suas ideias. Isso o levará a refletir sobre o

fenômeno discutido nas questões. No caso de uma prática demonstrativa, isto é,

realizada pelo professor, pode-se pedir um relato explicativo, por escrito da experiência. O

relatório individual e o relato explicativo são, no caso, os instrumentos de avaliação. Nas

questões que estruturam esses instrumentos estão os critérios de avaliação.

Assim o professor terá subsídios para verificar a aprendizagem dos estudantes

e, se for o caso, poderá interferir no processo pedagógico revendo seu planejamento.

Como ato educativo, a avaliação potencializa o papel da escola quando cria

condições reais para a condução do trabalho pedagógico.

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REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação.

Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

ATLAS do Universo.

Projeto Político Pedagógico. PARANÁ, Física Novo Ensino Médio. Vol. Único. Editora Ática.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

ENSINO FUNDAMENTAL, ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

A história da geografia como ciência e disciplina escolar demonstra que a

compreensão do objetivo de estudo e a construção do quadro conceitual de referência

variam nos diferentes períodos históricos da sociedade e estiveram sempre vinculados a

interesses políticos e econômicos.

No Brasil,o pensamento geográfico esteve presente desde o período

colonial,devido ao interesse de descrever o espaço e a necessidade de mapeamento fiel

da colônia e a localização exata de portos para exportação da produção.A geografia no

Brasil foi considerada conhecimento cientifico a partir de 1920.O ensino e a pesquisa de

geografia no Brasil só se institucionalizaram após a Revolução de Trinta,nesta década

houve a criação do Instituto Brasileiro de geografia e estatísticas - IBGE,a primeira

instituição a reconhecer o fazer geográfico além do objetivo didático,a criação da

associação dos geógrafos brasileiros - AGB e a criação dos primeiros cursos de

licenciatura em geografia .

Mas a geografia escolar teve durante ao longo do tempo um caráter decorativo

focada apenas na descrição do espaço,após a segunda guerra houve a formação de uma

nova ordem mundial,modificando as relações políticas,econômicas,ambientais e culturais

essas mudanças refletiram diretamente no ensino da geografia fazendo com que a

mesma sofresse um intenso processo de renovação de seus postulados teóricos –

metodológicos.É por isso que a disciplina tem reunido instrumentos de análise e de

prática social que colocam no centro do debate questões referentes ao espaço e a

sociedade. A geografia tem como objetivo formar um cidadão crítico e pensante com uma

visão mundo que lhe permita participar ativamente da sociedade em que

vive,capacitando-o a entender as diversidades e as mudanças que acontecem no espaço

geográfico,tornando-o capaz de “pensar” esse espaço e se perceber como parte

integrante dele.

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CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdos Estruturantes -Dimensão econômica do espaço geográfico.

-Dimensão política do espaço geográfico.

-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

-Dimensão socioambiental do espaço geográfico. Conteúdos Básicos de 6° Ano

-Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

-Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

-A formação,localização,exploração e utilização dos recursos naturais.

-A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico.

-As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista.

-A evolução demográfica,a distribuição espacial da produção e os indicadores

estatísticos.

-A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

-As diversas regionalizações do espaço geográfico. Conteúdos Básicos de 7° Ano

-A formação,mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

-As diversa regionalizações do espaço brasileiro.

-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

-A evolução demográfica da população,sua distribuição espacial e indicadores

estatísticos.

-Movimentos migratórios e suas motivações.

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-O espaço rural e a modernização da agricultura.

-A formação,o crescimento das cidades,a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

-A distribuição espacial das atividades produtivas,a (re)organização do espaço geográfico.

-A circulação de mão – de – obra ,das mercadorias e das informações.

Conteúdos Básicos de 8° Ano -As diversas regionalizações do espaço geográfico.

-A formação ,mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente

americano.

-A nova ordem mundial,os territórios supranacionais e o papel do estado.

-O comércio em suas implicações socioespaciais.

-A circulação da mão – de – obra,do capital,das mercadorias e das informações.

-A distribuição espacial das atividades produtivas,a (re)organização do espaço geográfico.

-As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

-O espaço rural e a modernização da agricultura.

- A evolução demográfica da população ,sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos.

-Os movimentos migratórios e suas motivações.

-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

-Formação,localização,exploração e utilização dos recursos naturais. Conteúdos Básicos de 9° Ano

-As diversas regionalizações do espaço geográfico.

-A nova ordem mundial,os territórios supranacionais e o papel do Estado.

-A revolução tecnocientifico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

-O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

-A formação,mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

-A evolução demográfica da população,sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos.

-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

-Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

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165

-A distribuição das atividades produtivas,a transformação da paisagem e a

(re)organização do espaço geográfico.

-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

-O espaço em rede:produção,transporte e comunicações na atual configuração territorial. CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO

-A formação e transformação das paisagens.

-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

-A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico.

-A formação,localização,exploração e utilização dos recursos naturais.

-A revolução técnico-científica-informal e os novos arranjos no espaço da produção.

-O espaço rural e a modernização da agricultura.

-O espaço em rede: produção,transporte e comunicação na atual configuração territorial.

-A circulação de mão – de – obra,do capital,das mercadorias e das informações.

-Formação,mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

-As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

-A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente.

-A evolução demográfica,a distribuição espacial espacial da população e os indicadores

estatísticos.

-Os movimentos migratórios e suas motivações.

-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

-O comércio e as implicações socioespaciais.

-As diversas regionalizações do espaço geográfico.

-As implicações socioespacias do processo de mundialização

-A nova ordem mundial,os territórios supranacionais e o papel do Estado.

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166

METODOLOGIA

Considerando os principais conceitos geográficos os conteúdos devem ser

trabalhados de forma crítica e dinâmica,interligando teoria,prática e realidade,analisando

dessa forma o conhecimento teorizado sobre a relação homem – natureza,homem –

homem,construindo o conhecimento e a compreensão do espaço geográfico.

Dentro da metodologia trabalhada, serão contemplados os seguintes conteúdos

obrigatórios: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro- Brasileira,

Africana e Indígena / Equipe multidisciplinar ( Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08), Música

(Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, Política

Nacional de Educação Ambiental(Lei nº 9.795/99), Educação Fiscal ( Decreto Lei nº

1.143/99, Portaria nº 413/02) , Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente

(Lei nº 11.525/07). Esse conteúdos serão trabalhados de forma a garantir a análise do

contexto histórico e social, através de práticas pedagógicas concretas e aplicáveis que

possibilitem a operacionalização das ações.

AVALIAÇÃO

Sendo a avaliação parte do processo de ensino – aprendizagem não deve servir

apenas para acompanhar o desempenho do aluno mas também do professor,ela deve ser

continua e de maneira que não torture o aluno mas sim o ajude na percepção de suas

dificuldades e assim possa melhor agir sobre as mesmas. O processo de avaliação é

parte integrante das práxis pedagógicas e deve estar voltado para atender as necessidades

dos educandos, considerando seu perfil e a função social, isto é, seu papel na formação da

cidadania e na construção da autonomia.

Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos

educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada

em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica. Em outras palavras, a

avaliação não pode ser um mecanismo para classificar, excluir ou promover o aluno, mas

um parâmetro da práxis pedagógica que toma os erros e os acertos como elementos

sinalizadores para o seu replanejamento. Assim, a prática avaliativa deve superar o

autoritarismo, o conteudismo e o ato de avaliar como objeto de punição, estabelecendo-se

uma nova perspectiva, marcada pela autonomia do educando.

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167

REFERÊNCIAS -SEED.Diretrizes curriculares de geografia,ensino fundamental – Secretaria de Estado de

Educação.

-SEED.Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná.Secretaria de Estado de

Educação.Departamento de Ensino de Primeiro grau.Curitiba,1990.

,

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA

ENSINO FUNDAMENTAL, ENSINO MÉDIO APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Por meio das Diretrizes Curriculares para o ensino de História na Educação

Básica, busca-se refletir a respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, e

das relações entre o ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico. A

História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e às

relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva significação atribuída

pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As relações humanas produzidas

por essas ações podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as

formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar, instituir e de se relacionar social,

cultural e politicamente. (DCN, 2009, p.46)

A sociedade atual encontra-se em crise e o ensino de História pode ser utilizado

como instrumento de luta e transformação social, procurando levar os alunos a ter

consciência crítica que supere o senso comum para além de ver os acontecimentos,

enxergá-los de maneira crítica e reflexiva.

O historiador Jorn Rüsen (2001, p.58), coloca que a consciência histórica é a

“constituição do sentido da experiência no tempo”. O ensino da História deve ser um

caminho possível para que os alunos possam compreender as experiências e os sentidos

que os sujeitos dão a elas. O resgate e a discussão em torno dos eventos históricos

devem evidenciar inclusive elementos que compõe a história de uma comunidade.

A consciência histórica crítica é pautada na aprendizagem histórica das

experiências do passado. Nessa perspectiva, possibilita a formação de pontos de vista

históricos por negação aos tipos tradicional e exemplar de consciência. Sob esse aspecto, o

ensino de história rompe com os modelos de aprendizagem baseados na linearidade

temporal, ao distinguir o passado do presente, e com a redução das interpretações

vinculadas a causas e consequências, ampliando as possibilidades de explicação e

compreensão do processo histórico.(DCN, 2009, p,59)

Devemos pensar no educando como objeto e sujeito de estudo, levando-o a ter

consciência de sua importância dentro da sociedade que se apresenta, levá-los a uma

reflexão tanto da história local, regional, nacional e mundial, onde eles possam ter um

olhar crítico à cultura, para entenderem mudanças e permanências, bem como

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transformações estruturais que ocorreram na sociedade.

Todo ser humano tem consciência do passado (definido como o período

imediatamente anterior aos eventos registrados na memória de um indivíduo) em virtude de

viver com pessoas mais velhas [...] Ser membro de uma comunidade humana é situar- se

em relação ao seu passado (ou da comunidade) ainda que apenas para rejeitá-la. O

passado é, portanto, uma dimensão permanente da consciência humana, um componente

inevitável das instituições, valores e outros padrões da sociedade humana. (HOBSBAWM,

2005.P.22)

Para Hobsbawm, a História não é uma simples descrição de fatos ocorridos

ocasionalmente na experiência humana, mas a possibilidade de compreender os problemas

que a caracterizam e quais devem ser as condições para sua solução. É fazer uma reflexão

positiva dos fatos nos quais estamos inseridos, “por mais insignificantes que sejam os

nossos papéis – como observadores de nossa época...”. Para ele, o ofício dos historiadores

é lembrar o que os outros esquecem, o que consequentemente os torna de fundamental

importância na construção da experiência humana.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais, a organização do currículo

para o ensino de História está dividido em Conteúdos Estruturantes, procurando através

deles aproximar e organizar os campos da História e seus objetos.

Os Conteúdos Estruturantes: Relação de Trabalho, Relação de Poder e Relações

Culturais, são conteúdos que apontam para o estudo das ações e relações humanas

que constituem o processo histórico, o qual é dinâmico. Consiste em refletir, o que é

vivenciado pelo homem no templo atual, estar ligado aos remotos da história, fazer romper

com o tradicionalismo, buscar novas metodologias, onde nossos educandos possam sentir

gosto pelas aulas de história, para assim construir um saber elaborado.

A finalidade do ensino de História é a formação do pensamento histórico dos

alunos por meio da consciência histórica. Desta forma, objetiva-se compreender os

processos de rupturas e permanências da história; conceber a história como entidade

humana, portando resultado das vivências humanas e como tal, sujeito a transformações,

sendo o educando um sujeito histórico capaz de atuar nestas mudanças sociais; entender

que os diferentes sujeitos são participantes ativos do processo histórico; identificar relações

reflexivas sobre a comunidade local acerca do contexto histórico estudado, porém não

encaminhando-se para o determinismo histórico, e sim para possíveis variáveis. Pode-se

afirmar, a partir disto, que os Conteúdos Estruturantes são imprescindíveis para o ensino

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de História, pois são entendidos como fundamentais na organização curricular e são a

materialização desse pensamento histórico. Os Conteúdos Estruturantes são carregados de

significados, os quais delimitam e selecionam os conteúdos básicos ou temas históricos,

que por sua vez se desdobram em conteúdos específicos. (DCE. 2009, p.63)

CONTEÚDOS

Entende-se por Conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude

que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados

fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.

Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os

Conteúdos Estruturantes da História constituem-se como a própria materialidade do

pensamento histórico. Deles derivam os conteúdos básicos/temas históricos e específicos

que compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino/aprendizagem no cotidiano da

escola, e devem ser trabalhados de forma articulada entre si.

Nestas Diretrizes, consideram-se Conteúdos Estruturantes da disciplina de História:

• Relações de trabalho;

• Relações de poder;

• Relações de cultura

Estes conteúdos Estruturantes apontam para o estudo das ações e relações

humanas que constituem o processo histórico, o qual é dinâmico.

Por meio destes Conteúdos Estruturantes, o professor deve discorrer acerca de

problemas contemporâneos que representam carências sociais concretas. Dentre elas,

destacam-se, no Brasil, as temáticas da História local, História e Cultura Afro-Brasileira,

da História do Paraná e da História da cultura indígena, constituintes da história desse

país, mas, até bem pouco tempo, negadas como conteúdos de ensino.

CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO – Os Diferentes Sujeitos Suas Culturas Suas Histórias

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Relação de Trabalho A experiência humana no tempo

Relação de Poder Os Sujeitos e suas relações com o outro no tempo

Relações Culturais As culturas locais e a cultura comum

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171

7º ANO – A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da

Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Relação de trabalho As relações de propriedade

Relações de poder A Constituição histórica do mundo do campo e do

mundo da cidade A relação entre o campo e a cidade

Relações culturais Conflitos e resistências e produção cultural

campo/cidade

8º ANO - O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

História das relações da humanidade com o

trabalho.

O Trabalho e a vida em sociedade. O trabalho e as contradições da modernidade.

9º ANO – Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das

Instituições Sociais

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

A Constituição das instituições sociais.

A formação do Estado.

Sujeitos, Guerras e revoluções.

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CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO

1º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

Tema 1

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho

Livre.

Tema 2

Urbanização e industrialização

2º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

Tema 3

O Estado e as relações de poder Tema 6

3º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Relações de trabalho

Tema 4

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

Relações de poder

Tema 5

Relações culturais Movimentos sociais, políticos e culturais e as

guerras e revoluções

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METODOLOGIA

Para os anos finais do Ensino Fundamental, propõe-se que os conteúdos

temáticos priorizem as histórias locais e do Brasil, estabelecendo-se relações e

comparações com a história mundial.

O trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, Básicos e Específicos

tem como finalidade a formação do pensamento histórico dos estudantes. Isso se dá

quando o professor e alunos utilizam, em sala de aula e nas pesquisas escolares, os

métodos de investigação histórica articulados pelas narrativas históricas desses sujeitos.

Assim, os alunos perceberão que a História está narrada em diferentes fontes (livros,

cinema, canções, palestras, relatos de memória, etc), sendo que os historiadores se

utilizam destas fontes para construírem suas narrativas históricas.

Nesse sentido, o trabalho pedagógico com os conteúdos históricos deve ser

fundamentado em vários autores e suas respectivas interpretações, seja por meio dos

manuais didáticos disponíveis ou por meio de textos historiográficos referenciais. Espera-

se, ao concluir a Educação Básica, que o aluno entenda que não existe uma verdade

histórica única, e sim que verdades são produzidas a partir de evidências que organizam

diferentes problematizações fundamentadas em fontes diversas, promovendo a

consciência da necessidade de uma contextualização social, política e cultural em cada

momento histórico. O trabalho com vestígios e fontes históricas

Recorrer ao uso de vestígios e fontes históricas nas aulas de História pode

favorecer o pensamento histórico e a iniciação aos métodos de trabalho do historiador. A

intenção do trabalho com documentos em sala de aula é de desenvolver a autonomia

intelectual adequada, que permita ao aluno realizar análises críticas da sociedade por

meio de uma consciência histórica (BITTENCOURT, 2004).

Ao trabalhar com vestígios na aula de História, é indispensável ir além dos

documentos escritos, trabalhando com os iconográficos, os registros orais, os testemunhos

de história local, além de documentos contemporâneos, como: fotografia, cinema,

quadrinhos, literatura e informática.

O trabalho com documentos e fontes históricas pode levar a uma análise crítica

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sobre o processo de construção do conhecimento histórico e dos limites de sua

compreensão. Tal abordagem é fundamental para que os alunos entendam:

• Os limites do livro didático;

• As diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico;

• A necessidade de ampliar o universo de consultas para entender melhor

diferentes contextos;

• A importância do trabalho do historiador e da produção do conhecimento

histórico para compreensão do passado;

• Que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que pode ser

complementada com novas pesquisas e pode ser refutada ou validada pelo trabalho de

investigação.

Sendo assim o professor precisa relativizar o livro didático, uma vez que as

explicações nele apresentadas são limitadas. Isso não significa que professor deva

abandonar o livro didático, mas problematizá-lo junto aos alunos, de modo que se

identifiquem seus limites e possibilidades. Implica também a busca de outros referenciais

que complementem o conteúdo tratado em sala de aula.

O ensino fundamentado na historiografia

Fundamentar o conhecimento na historiografia significa compreendê-lo em suas

práticas, suas relações e pela multiplicidade de leituras e interpretações históricas

possíveis. Para isso,algumas questões poderão ser propostas aos estudantes:

• Como o historiador chegou a essa interpretação?

• Que documentos/fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões?

• No conteúdo trabalhado, como podem ser identificados os aspectos políticos,

sócio-econômicos e culturais?

• Estas ideias historiográficas têm relação com as ideias históricas produzidas

pelos estudantes?

• Como os estudantes desenvolvem essas ideias históricas?

O trabalho pedagógico com diversos documentos e fontes exige que o professor

esteja atento à rica produção historiográfica que tem sido publicada em livros, revistas

especializadas e outras voltadas ao público em geral, muitas das quais disponíveis também

nos meios eletrônicos.

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Para que os estudantes busquem conteúdos diversos daqueles apresentados

nos livros didáticos, o uso da biblioteca é fundamental. Torna-se essencial, no entanto,

que o professor os oriente para que conheçam o acervo específico, as obras que poderão

ser consultadas, e ensine os bons hábitos de manuseio e conservação de obras.

O estudo das histórias locais é uma opção metodológica que enriquece e inova a

relação de conteúdos a serem abordados, além de promover a busca de produções

historiográficas diversas. Segundo o historiador italiano Ivo Mattozzi 1998,p.40), histórias

locais permitem a investigação da região ou dos lugares onde os alunos vivem, mas

também das histórias de outras regiões ou cidades. Para isso este historiador aponta

alguns caminhos;

• A importância da dimensão local na construção do conhecimento do passado e que

há fenômenos que devem ser analisados em um pequena escala;

• A relação entre os fatos de dimensão local e os de dimensão nacional, continental ou

mundial;

• O estudo e a compreensão da histórias locais do outro (como às histórias dos

indígenas, dos latino-americanos, dos africanos e dos povos do Oriente);

• O respeito pelo patrimônio que testemunha o passado local;

• Os termos das questões relativas à administração e gestão do território em que

vivem;

• A função e o valor histórico-social das instituições incumbidas da conservação do

patrimônio e do estudo do passado;

• A utilização e divulgação pública de narrativas históricas das histórias locais. Sobre a importância da problematização dos conteúdos temáticos

É importante, também, problematizar o conteúdo a ser trabalhado. Problematizar

o conhecimento histórico “significa em primeiro lugar partir do pressuposto de que ensinar

História é construir um diálogo entre o presente e o passado, e não reproduzir

conhecimentos neutros e acabados sobre fatos que ocorreram em outras sociedades e

outras épocas” (CAINELLI & SCHMIDT, 2004,p.52).

Algumas questões podem orientar uma abordagem problematizadora dos

conteúdos, tais como: “por quê?”, “como?”, “quando?”, “o que?”. Entretanto, essas questões

são insuficientes, pois, além delas, será necessário levantar hipóteses acerca dos

acontecimentos do passado, recorrer as fontes históricas, preferencialmente partindo do

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cotidiano dos alunos e do professor, ou seja, “trabalhar conteúdos que dizem respeito à

vida pública e privada, individual e coletiva” (SCHMIDT e CAINELLI, 2004, p.53). A

problematização teórica dos vestígios das experiências do passado é que possibilita a sua

transformação em fontes históricas de uma investigação.

Dentro da metodologia trabalhada, serão contemplados os seguintes conteúdos

obrigatórios: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro- Brasileira,

Africana e Indígena / Equipe multidisciplinar ( Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08), Música

(Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, Política

Nacional de Educação Ambiental(Lei nº 9.795/99), Educação Fiscal ( Decreto Lei nº

1.143/99, Portaria nº 413/02) , Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente

(Lei nº 11.525/07). Esse conteúdos serão trabalhados de forma a garantir a análise do

contexto histórico e social, através de práticas pedagógicas concretas eaplicáveis que

possibilitem a operacionalização das ações.

AVALIAÇÃO

Na avaliação do Ensino de História objetiva-se favorecer a busca da coerência

entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que integram o processo

de ensino e de aprendizagem. A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de

todos os alunos, permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento

externo a este processo, sempre colocando em ênfase a avaliação diagnóstica. Assim, o

aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como fenômeno compartilhado,

contínuo, processual e diversificado, o que propicia uma análise crítica das práticas que

podem ser retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos.

Retomar a avaliação com os alunos permite, ainda situá-los como parte de um

coletivo, em que a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vistas à

aprendizagem de todos. O professor deve planejar situações diferenciadas de avaliação,

tendo clareza que avaliar é sempre um ato de valor.

Segundo Luckesi(2002), o professor poderá lançar mão de várias formas

avaliativas, como:

• Avaliação diagnóstica: permite ao professor identificar o desenvolvimento

da aprendizagem dos alunos para pensar em atividades didáticas que

possibilitem a compreensão dos conteúdos a serem trabalhados.

• Avaliação formativa: ocorre durante o processo pedagógico e tem por

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finalidade retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir dos

mesmos, identificar a aprendizagem alcançada desde o início até o

momento avaliado.

• Avaliação somativa: permite ao professor tomar uma amostragem de

objetivos propostos no início do trabalho e identificar se eles estão em

consonância com o perfil dos alunos e com os encaminhamentos

metodológicos utilizados para a compreensão dos conteúdos.

Alguns aspectos importantes no item de avaliação é:

• A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes;

• A compreensão das relações da vida humana( Conteúdos Estruturantes);

• O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.

O professor deve recorrer a diferentes atividades, tais como: leitura,

interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas e documentos históricos;

produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos

históricos, apresentação de seminários, entre outras.

Os alunos devem ter condições de identificar processos históricos, reconhecer

criticamente as relações de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo

histórico em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria História.

REFERÊNCIAS

BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo:

Cortez, 2004. .

LUCKESI,Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed.São Paulo:

Cortez,2002

HOBSBAWM, Eric. Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da Educação Básica

de História.. Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEB,2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação

Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico para a escola

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pública do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Segundo Grau.

Reestruturação do ensino de segundo grau no Paraná: história/geografia. ed. Curitiba:

SEED, 1993.

RÜSEN, Jörn. Studies in metahistory. Pretoria: HRSC Publishers, 1993a.

. Razão histórica: teoria da história: os fundamentos da ciência histórica. Brasília:

Editora Universidade de Brasília, 2001.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São Paulo: Scipione,

2004. (Pensamento e ação no magistério).

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS E ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Historicamente, o processo de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se com a

educação jesuítica. A concepção de educação e o trabalho de escolarização dos

indígenas estavam vinculados ao entendimento de que a linguagem reproduzia o modo

de pensar. Não havia uma educação institucionalizada, partia-se de práticas pedagógicas

restritas à alfabetização,que visavam manter os discursos hegemônicos da metrópole e

da igreja.

Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se nessa época, às escolas de

ler e escrever, mantidas pelos jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as aulas eram

de gramática latina e retórica, além do estudo de grandes autores clássicos.

No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. O português

era a “língua da burocracia” ( ILARI, 2007 s/p), ou seja, a língua das transações

comerciais, dos documentos legais. A interação entre os colonizados e colonizadores

resultou na constituição da Língua Geral (tupi-guarani), utilizada pelos portugueses com

vistas ao conhecimento necessário para a dominação da nova terra. A partir do século

XVIII, época que coincide com as expedições bandeirantes a descoberta da riqueza

mineral do solo brasileiro, essa situação de bilinguismo passou a não interessar aos

propósitos colonialistas de Portugal, que precisava manter a colônia e, para isso, a

unificação e padronização linguística constituíram-se fatores de relevância.

A fim de reverter esse quadro, em 1758 um decreto do Marquês de Pombal tornou

a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral. Essa foi

uma das primeiras medidas para tornar hegemônica a Língua Portuguesa em todo o

território.

A partir da Reforma Pombalina, a educação brasileira passou por mudanças

estruturais. As aulas eram ministradas por profissionais de várias áreas (nomeados por

indicação política ou religiosa). Essas aulas atendiam a uma parcela reduzida da elite

colonial que se preparava para estudos posteriores na Europa.

Em 1772 foi criado o subsídio literário, um imposto que incidia sobra a carne, o

vinho e a cachaça, e que era direcionado para a manutenção dos ensinos primário e

secundário. Dessa forma, o ensino público passou a ser financiado pela Metrópole. A

escolarização sofria interferência da educação clássica e europeizante. Tal situação

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permaneceu até 1808, com a vinda da família real ao Brasil.

Com a corte no Rio de Janeiro, foram instaladas as primeiras instituições de ensino

superior no Brasil, eram faculdades voltadas para a formação da burocracia estatal que

emergia. As classes populares, que precisavam do ensino primário para aprender a ler e

a escrever a Língua Portuguesa, continuavam negligenciadas. Somente nas últimas

décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa passou a integrar os currículos

escolares brasileiros.

Com o advento da República a preocupação com a nascente industrialização

influenciou a estrutura curricular: tendo em vista a formação profissional, as

Humanidades não eram consideradas prioritárias, fortalecendo-se o caráter utilitário da

educação.

O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871, data em

que foi criado no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português.

A Literatura veiculada na variedade brasileira da Língua Portuguesa foi retomada

depois, pelos modernistas, os quais em 1922, defendiam a necessidade de romper os

modelos tradicionais portugueses e privilegiar o brasileiro. O Modernismo, embora não

tenha protagonizado uma revolução na linguagem, contribuiu pra aproximar nossa língua

escrita do falar cotidiano no Brasil.

O ensino de Língua Portuguesa, manteve sua característica elitista até meados do

século XX, a partir da década de 1960, um processo de expansão do ensino primário

público incluiu, entre outras ações, a ampliação de vagas e, em 1971, a eliminação dos

exames de admissão ( FREDERICO E OSAKABE, 2004).

A consolidação da ditadura militar apresentou uma concepção tecnicista da

educação e gerou um ensino baseado em exercícios de memorização. Esta pedagogia

era adequada ao contexto autoritário que cerceava a reflexão e a crítica no ambiente

escolar, impondo uma formação acrítica e passiva.

A partir da lei 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se no

primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação

em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries). Na década de 1970 outras teorias da

linguagem passam a ser debatidas: a Sociolinguística, Análise do Discurso, a Semântica

e a Linguística Textual.

As únicas inovações eram o trabalho sistemático com a produção de texto. O

ensino de Língua Portuguesa fundamentava-se, então, em exercícios estruturais, técnicas

de redação e treinamento de habilidades de leitura.

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Com relação à Literatura, até meados do século XX, o principal instrumento do

trabalho pedagógico eram as antologias literárias, com base nos cânones. A leitura do

texto literário visava transmitir a norma culta da língua, com base em exercícios

gramaticais e estratégias pra incutir valores religiosos, morais e cívicos.

Nos anos 1970, o ensino de Literatura restringiu-se então ao segundo grau, com

abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário. As interpretações dos

professores e/ou dos livros didáticos, desconsiderava o papel ativo do aluno no processo

de leitura e os textos eram usados como pretexto para se ensinar gramática.

As novas concepções sobre aquisição da língua materna chegaram ao Brasil no

final da década de 1970 e início de 1980, quando as primeiras obras do Círculo de

Bakhtin passaram a ser lidas nos meios acadêmicos. Deve-se a ele o avanço dos estudos

em torno da natureza sociológica da linguagem.

O livro O texto na sala de aula, organizado por João Wanderlei Geraldi, em 1984

marcou as discussões sobre o ensino de Língua Portuguesa no Paraná, incluindo artigos

de linguistas como Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Percival Leme Brito e o próprio

Geraldi, presentes até hoje nos estudos e pesquisas sobre o ensino.

Essas produções teóricas influenciaram os programas de reestruturação do Ensino

de segundo grau, de 1988, e do Currículo Básico, de 1990. o Currículo de Língua

Portuguesa orientava os professores a um trabalho em sala de aula focado na leitura e na

produção, buscava romper com o ensino tradicionalista.

Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os Parâmetros

Curriculares Nacionais ( os PCNs), no final da década de 1990 também fundamentaram a

proposta para a disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionista levando a

uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita.

Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na

Educação Básica brasileira, e confrontando esse percurso com a situação de

analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos

apresentada pelos alunos, as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa requerem,

neste momento histórico, novos posicionamentos em relação às práticas de ensino; seja

pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na

construção de alternativas. Essas considerações resultaram, nas DCE, numa proposta

que dá ênfase na língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente

reflexiva e produtiva.

Isto posto, propomos um ensino de Língua Portuguesa que privilegie o processo

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de aquisição e aprimoramento da língua materna, a história, o sujeito e o contexto, não se

pautando no repasse de regras e na mera nomenclatura da gramática tradicional, como

destaca Travaglia (2000).

O ato de fala é de natureza social, por isso ensinar a língua a partir dessa

concepção, requer que se considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito

está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado, uma vez que os seus

significados são sociais e historicamente construídos. Sob essa perspectiva, o ensino-

aprendizagem de língua portuguesa visa aprimorar os conhecimentos linguísticos e

discursivos dos alunos, para que eles possam compreender os discursos que o cercam e

terem condições e de interagirem com esses discursos.

Assim é preciso que proporcione ao aluno o contato com um leque variado de

textos com diferentes funções socais para que o mesmo se envolva com as práticas de

uso da língua, promovendo o letramento que vai além da alfabetização, bem como

propiciar ao educando práticas discursivas que abrangem além dos textos escritos e

falados, a integração da linguagem verbal com outras linguagens.

Bakhtin afirma que para estudar a língua é preciso ter o texto como objeto de

estudo, pois toda unidade só faz sentido se estiver ligada ao texto. Por meio dele

expressamos sentimentos, objetivos, conhecimentos, “ o texto é o dado primário e o ponto

de partida de qualquer disciplina nas ciências humanas […] Neles se misturam

constatações e juízos de valor”(2003, p,319).

Todo texto é uma articulação de discursos, vozes que se materializam, ato

humano, é linguagem em uso efetivo. O texto ocorre em interação e, por isso mesmo, não

é compreendido em seus limites formais. (BAKHTIN, 1999). Um texto não é um objeto fixo

num dado momento do tempo, ele lança seus sentidos no dialogo intertextual, ou seja, o

texto é sempre uma atitude responsiva a outros textos, desse modo, estabelece relações

dialógicas. Na visão de Bakhtin (1992, p.334), “mesmo enunciados separados um do

outro no tempo e no espaço e que nada sabem um do outro, se confrontados no plano de

sentido, revelarão relações dialógicas.”

Os enunciados são heterogêneos, uma vez que emergem da multidão das vozes

sociais. Faraco (2003) destaca que nessa atmosfera heterogênea que o sujeito vai se

constituindo discursivamente. Para Bakhtin (1992), os tipos relativamente estáveis de

enunciados são denominados gêneros discursivos. Estes se dividem em primários e

secundários. Os primários referem-se a situações cotidianas; já os secundários

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acontecem em circunstâncias mais complexas de comunicação (como nas áreas

acadêmicas, jurídicas, artísticas, etc). As duas esferas são interdependentes.

Brait (2000, p. 20) recorda que “não se pode falar de gêneros sem pensar na esfera

de atividades em que ele se constituem e atuam, aí aplicada as condições de produção,

se circulação e recepção”. Há diferentes esferas de comunicação, e cada uma delas

produz os gêneros necessários a suas atividades. Alguns gêneros são adaptados,

transformados, renovados, multiplicados ou até mesmo criados a partir da necessidade

que o homem tem de se comunicar com o outro, tendo em vista que “todos os diversos

campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem”. (BAKHTIN, 1992,

p.261). Um exemplo dessa necessidade é o surgimento do discurso eletrônico, que são

criados e transformados pela cultura tecnológica na qual estamos inseridos.

Os gêneros variam assim como a língua – a qual é viva, e não estanque. As

manifestações comunicativas mediante a língua não acontecem como elementos

linguísticos isolados, elas se dão, conforme Bakhtin como discurso.

É função da escola aprimorar a competência linguística do aluno que acontecerá

com maior propriedade se ele for dado conhecer, nas práticas de leitura, escrita e

oralidade, o caráter dinâmico dos gêneros discursivos. O trânsito pelas diferentes esferas

da comunicação possibilitará o educando uma inserção social mais produtiva no sentido

de poder formular seu próprio discurso e interferir na sociedade em que esta inserido.

Bakhtin (1992, p.285) afirma que “quanto melhor dominarmos os gêneros tanto mais

livremente o empregamos, tanto mais plena e nitidamente descobrimos neles a nossa

individualidade (onde isso é possível e necessário)”.

O trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar em conta que a língua é

instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua crítica, é legítimo e é direito para

todos os cidadãos. Para que isso se concretize, o estudante precisa conhecer e ampliar o

uso dos registros socialmente valorizados da língua, como a norma culta.

É na escola que o imenso contingente de alunos que frequentam a rede pública de

ensino tem a oportunidade de acesso à norma culta da língua, ao conhecimento social e

historicamente construída e à instrumentalização que favoreça uma inserção social e

exercício da cidadania.

É de conhecimento dos envolvidos no processo educativo que muitos aprendem a

ler e a escrever, mas não adquirem competência para as práticas sociais de leitura e

escrita: “não leem livros, jornais, revistas, não sabem redigir um ofício, requerimento, não

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sabem preencher um formulário...”(SOARES,2003 p.46). A essa necessidade deu-se o

nome de letramento, ou seja, dotar o indivíduo para que ele conheça e se envolva com as

funções da leitura e da escrita. Há urgência em letrar, visto que apenas ler e escrever não

dão conta das inúmeras exigências que o mundo real pede aos recém-saídos do

processo de escolarização. Isto porque à medida em que o analfabetismo vai sendo

superado, um maior número de pessoas aprende a leitura e a escrita, a sociedade, por

sua vez, se torna cada vez mais centrada na escrita. Consequentemente as pessoas

precisam cada vez mais dominar a arte de ler e escrever até mesmo por uma questão de

sobrevivência. Para dotar o aluno dessa capacidade o ideal seria “alfabetizar letrando”

através de práticas sócias de leitura e escrita.

PRÁTICAS DISCURSIVAS: ORALIDADE, ESCRITA E LEITURA

No processo de ensino-aprendizagem é importante ter claro que quanto maior o

contato com a linguagem, nas diferentes esferas sociais mais possibilidade se tem de

entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo. A ação pedagógica

referente à linguagem, portanto precisa pautar-se na interlocução, em atividades

planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita, bem como a

reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações.

Oralidade

A acolhida democrática da escola às variações linguísticas toma como ponto de

partida os conhecimentos linguísticos do aluno, para promover situações que os

incentivem a falar, ou seja, fazer uso da variedade de linguagens que eles empregam em

suas relações sociais, mostrando que as diferenças de registro não constituem cientifica e

legalmente, objeto de classificação e que é importante a adequação do registro nas

diferentes instâncias discursivas.

Escrita

Em relação à escrita é preciso ressaltar que as condições em que a produção

acontece determinam o texto. Antunes (2003) salienta a importância de o professor

desenvolver uma prática de escrita escolar que considere o leitor, uma escrita que tenha

um destinatário e finalidades, para então se decidir sobre o que será escrito, tendo em

vista que “a escrita, na diversidade de seus usos, cumpre funções comunicativas

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socialmente especificas e relevantes” (ANTUNES, 2003, p.47).

Cada gênero discursivo tem suas peculiaridades: a composição, a estrutura e o

estilo variam conforme se produza um poema, um bilhete, uma receita, um texto de

opinião ou cientifico. Essas e outras composições precisam circular na sala de aula em

ações de uso, e não a partir de conceitos e definições de diferentes modelos de textos. O

aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros, por meio de

experiências sociais tanto singular quanto coletivamente vividas.

É preciso que o aluno se envolva com os textos que produz e assuma a autoria do

que escreve, visto que ele é um sujeito que tem o que dizer. Quando escreve, ele diz de

si, de sua leitura de mundo. Bakhtin (1992, p.289) afirma que “todo enunciado é um elo na

cadeia da comunicação discursiva. É a posição do falante nesse ou naquele campo do

objeto de sentido”. A produção escrita possibilita que o sujeito se posicione, tenha voz em

seu texto, interagindo com as práticas de linguagem da sociedade.

Leitura

Compreende-se a leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve

demandas sociais, históricas, política, econômica, pedagógica e ideológicas de

determinado momento. Ao ler, o indivíduo busca suas experiências, os seus

conhecimentos prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vozes

que o constituem.

A leitura se efetiva no ato da recepção, configurando o caráter individual que ela

possui “depende de fatores linguísticos e não-linguísticos: o texto é uma potencialidade

significativa, mas necessita da mobilização do universo de conhecimento do outro – o

leitor – para ser atualizado” (PERFEITO, 2005, p.54-55).

No ato de leitura, um texto leva a outro e orienta para uma política de

singularização do leitor que, convocado pelo texto, participa da elaboração dos

significados, confrontando-o com o próprio saber, com a sua experiência de vida.

◦ Literatura

A literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada a vida social.

Para Candido (1972), a literatura é vista como arte que transforma/humaniza o homem e

a sociedade. O autor atribui à literatura três funções: psicológica, formadora e social.

O ensino da literatura deve ser pensado a partir dos pressupostos teóricos da

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Estética da Recepção e da Teoria do Efeito, visto que essas teorias buscam formar um

leitor capaz de sentir e expressar o que sentiu, com condições de reconhecer, nas aulas

de literatura, um envolvimento de subjetividades que se expressam pela tríade

obra/autor/leitor, por meio de uma interação que está presente na prática de leitura. A

escola, portanto deve trabalhar a literatura em sua dimensão estética. Jauss (1994)

defende que a historicidade literária é melhor compreendida quando há um trabalho

conjunto do enfoque diacrônico com o corte sincrônico.

O caráter emancipatório da obra literária relaciona a experiência estética com a

atuação do homem em sociedade, permitindo a este, por meio de sua emancipação,

desempenhar um papel atuante no contexto social.

No ensino da literatura deve-se privilegiar o texto literário, pois somente ele permite

múltiplas interpretações, uma vez que na recepção que ele significa. No entanto, não está

aberto a qualquer interpretação. O texto é carregado de pistas/estruturas de apelo, as

quais direcionam o leitor, orientando-o para uma leitura coerente. Além disso, o texto traz

lacunas que serão preenchidos conforme o conhecimento de mundo, as experiências de

vida, as ideologias, as crenças, e valores que o leitor carrega consigo. Neste sentido a

Estética da Recepção e a Teoria do Efeito podem servir como suporte teórico para uma

reflexão válida no que concerne a literatura, levando em conta o papel do leitor e sua

formação.

Análise Linguística e as Práticas Discursivas

O trabalho de reflexão linguística a ser realizado deve voltar-se para observação e

análise da língua em uso, o que inclui morfologia, sintaxe, semântica e estilística;

variedades linguísticas; as relações e diferenças entre língua oral e língua escrita, quer no

nível fonológico-ortográfico, quer no nível textual e discursivo, visando à construção de

conhecimentos sobre o sistema linguístico.

A prática de análise linguística constitui um trabalho de reflexão sobre a

organização do texto escrito e/ou falado, um trabalho no qual o aluno percebe o texto

como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor tendo em vista seu

interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser pretexto para se estudar a nomenclatura

gramatical e a sua construção passa a ser objeto de ensino.

O ensino da língua, organizado por meio da prática de análise linguística

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pressupõe as seguintes considerações:

• Concepção de língua como ação interlocutiva situada, sujeita às interferências dos

falantes.

• Integração entre os eixos de ensino: a análise linguística é ferramenta para a

leitura e a produção de textos.

• Metodologia reflexiva, baseada na indução (observação dos casos particulares

para conclusão das regularidades/regras).

• Trabalho paralelo com habilidades metalinguísticas e epilinguísticas.

• Ênfase dos usos como objetos de ensino (habilidades de leitura e escrita), que

remetem a vários outros objetos de ensino (estruturais, textuais, discursivos,

normativos), apresentados e retomados sempre que necessário.

• Centralidade nos efeitos de sentido.

• Fusão do trabalho com gêneros, na medida que contempla justamente a

intersecção das condições de produção dos textos e as escolhas linguísticas.

• Unidade privilegiada: o texto.

• Preferência por questões abertas e atividades de pesquisa, que exige comparação

e reflexão sobre adequação e efeitos de sentido.

Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua,

busca: empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e

propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles; desenvolver o uso da língua

escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que considerem os

interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção; analisar

os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus

conhecimentos linguístico-discursivos; aprofundar, por meio da leitura de textos literários,

a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão

lúdica da oralidade, da leitura e da escrita; aprimorar os conhecimentos linguísticos, de

maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos

discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes

contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.

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CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Entende-se por conteúdo estruturante, o conjunto de saberes e conhecimentos de

grande dimensão, os quais identificam e organizam uma disciplina escolar. A partir dele,

advém os conteúdos a serem trabalhados no dia a dia da sala de aula.

A seleção do conteúdo estruturante está relacionada com o momento histórico-

social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de linguagem como

prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo assim, o Conteúdo

Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o discurso como prática social.

A língua será trabalhada, a partir da linguagem em uso, que é a dimensão dada

pelo Conteúdo Estruturante. Assim, o trabalho com a disciplina considerará os gêneros

discursivos que circulam socialmente, com especial atenção àqueles de maior exigência

na sua elaboração formal. Na abordagem de cada gênero, é preciso considerar o tema, a

forma composicional e o estilo. As marcas linguísticas também devem ser abordadas no

trabalho com gêneros, para que o aluno compreenda os usos da língua e os sentidos

estabelecidos pela escolha de um ou de outro elemento linguístico. Caberá ao professor

selecionar conteúdos específicos que explorem os recursos linguísticos e enunciativos do

texto por ser aquele que tem o contato direto com o aluno e com as suas fragilidades

linguístico-discursivas. Portanto, deverá selecionar os gêneros (orais e escritos) a serem

trabalhados de acordo com as necessidades, objetivos pretendidos, faixa etária, bem

como os conteúdos, sejam eles de oralidade, leitura, escrita e/ou análise linguística.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada

ano/série da etapa final do Ensino Fundamental e para Ensino Médio, considerados

imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da

Educação Básica. Os conteúdos básicos apresentados devem ser tomados como ponto

de partida para a organização da Proposta Pedagógica Curricular das Escolas. Cabe ao

professor selecionar os gêneros a serem trabalhados, não se prendendo à quantidade,

mas sim, preocupando-se com a qualidade do encaminhamento, com a compreensão do

uso do gênero e de sua esfera de circulação. Os gêneros precisam ser retomados nas

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diferentes séries com níveis maiores de complexidade, tendo em vista que a diferença

significativa entre anos/séries está no grau de aprofundamento e da abordagem

metodológica.

CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS E ENSINO MÉDIO CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

Conteúdos Básicos: para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme

suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas

diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta

Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com

as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das

séries.

GÊNEROS DISCURSIVOS: ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO

Cotidiana: adivinhas; álbum de família; anedotas; bilhetes; cantigas de roda; carta

pessoal; cartão; diário; músicas; parlendas; piadas; provérbios; quadrinhas; receitas;

trava-línguas; exposição oral.

Literária/ Artística: memórias, autobiografia, contos, contos de fadas, contos de fadas

contemporâneos, crônicas de ficção, fábulas, fábulas contemporâneas, história em

quadrinhos, lendas, literatura de cordel, letras de música, narrativas de aventura, de

enigma, de ficção científica, de humor, de terror, fantástica e mítica, paródias, poemas,

romances, textos dramáticos.

Escolar: cartazes, debate regrado, exposição oral, pesquisas, relatório, resumo, texto

argumentativo, texto de opinião.

Imprensa: anúncio de emprego, artigo de opinião, caricatura, cartum, charge,

classificados, entrevista (oral e escrita), fotos, horóscopo, notícia, reportagens, tiras,

sinopse de filme, manchete.

Publicitária: anúncio, comercial para TV, folder, slogan, publicidade comercial.

Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação, panfleto.

Jurídica: leis, ofício, regimentos, requerimentos, estatutos.

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Produção e consumo: bulas, regras de jogo, rótulos e embalagens.

Midiática: blog, desenho animado, e-mail, filmes, telejornal, telenovelas, torpedos, vídeo

clip.

LEITURA: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Argumentos do Texto; Discurso Direto

e Indireto; Elementos Composicionais do Gênero.; Léxico; Marcas Linguísticas ( coesão,

coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos, figuras

de linguagem); Contexto de Produção; Intertextualidade; Informações explícitas e

implícitas; Repetição proposital de palavras; Ambiguidade, Vozes sociais presentes no

texto; Relação da causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Semântica;

Operadores argumentativos; Sentido figurado; expressões que denotam ironia e humor no

texto; Discurso ideológico presente no texto; partículas conectivas do texto; Progressão

referencial no texto; Polissemia.

ESCRITA: Contexto de produção; Interlocutor; Finalidade do Texto; Informatividade;

Argumentatividade; Discurso direto e indireto; Elementos Composicionais do Gênero;

Divisão do texto em parágrafos; Marcas linguísticas (coesão, coerência, função das

classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem);

Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância

verbal/nominal; Conteúdo temático; Intencionalidade do texto; Informatividade;

Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Relação de causa e consequência

entre as partes e elementos do texto; partículas conectivas do texto; Progressão

referencial no texto.

ORALIDADE: Tema do texto; Finalidade; Argumentos; Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos (entonação, pausas, gestos...); Adequação do discurso ao

gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas (coesão, coerência,

gírias, repetição, recursos semânticos); Elementos semânticos; Conteúdo temático;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e

semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

METODOLOGIA

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Os professores de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o

amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita. O domínio

das práticas discursivas possibilita que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão

de mundo e tenha voz na sociedade. O aprimoramento linguístico permite ao aluno a

leitura dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto,

instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de

seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade

discursiva.

PRÁTICA DA ORALIDADE

As atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com fluência em

situações formais; adequar a linguagem conforme as circunstâncias

(interlocutores,assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos

expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência

democrática que supõe o falar e o ouvir.

As Diretrizes reconhecem as variantes linguísticas como legítimas, uma vez que

são expressões de grupos sociais historicamente marginalizados em relação à

centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da fala culta. Cabe, entretanto,

reconhecer que a norma padrão, além de variante de prestígio social e de uso das

classes dominantes, é fator de agregação social e cultural e, portanto, é direito de todos

os cidadãos, sendo função da escola possibilitar aos alunos ao acesso a essa norma. É

por meio do aprimoramento linguístico que o aluno será capaz de transitar pelas

diferentes esferas sociais, usando adequadamente a linguagem tanto em suas relações

cotidianas quanto nas relações mais complexas – no dizer de Bakhtin (1992) – e que

exigem maior formalidade. Dessa forma, o aluno terá condições de se posicionar

criticamente diante de uma sociedade de classes, repleta de conflitos e contradições.

Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as possibilidades de

trabalho com os gêneros orais são diversas e apontam diferentes caminhos. No que

concerne à literatura oral, valoriza-se a potência dos textos literários como arte, os quais

produzem oportunidade de considerar seus estatutos, sua dimensão estética e suas

forças políticas particulares. O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente.

O trabalho com os gêneros orais visa ao aprimoramento linguístico, bem como, a

argumentação. Nas propostas de atividades orais, o aluno refletirá tanto a partir da sua

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fala quanto da fala do outro, sobre: o conteúdo temático do texto oral; elementos

composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros usados em diferentes esferas

sociais; a unidade de sentido do texto oral; os argumentos utilizados; o papel do locutor e

do interlocutor na prática da oralidade; observância da relação entre os participantes

(conhecidos, desconhecidos, nível social, formação, etc.) para adequar o discurso ao

interlocutor; as marcas linguístico-enunciativas do gênero oral selecionado para estudo

PRÁTICA DA ESCRITA

Nestas Diretrizes, o exercício da escrita, leva em conta a relação entre o uso e o

aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os

gêneros discursivos são construções coletivas.

O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que se faz

a partir de elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções,

interlocutor, dentre outros. É desejável que as atividades com a escrita se realizem de

modo interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito à circunstâncias de

produção.

As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade,

se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que tem uma função social

determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade” (ANTUNES, 2003, p. 62-63).

PRÁTICA DA LEITURA

Na concepção de linguagem assumida por essas Diretrizes, a leitura é vista como

um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no processo

da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e reformula

hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento

linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural.

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais.

No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens não-verbais para

então contemplar os multiletramentos mencionados nessas Diretrizes.

Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a

perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante

deles. Assim, o professor deve dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua

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leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade.

Para encaminhamento da prática da leitura, é preciso considerar o texto que se

quer trabalhar e, então, planejar as atividades.

No que concerne no trabalho com diferentes gêneros, Silva (2005, p. 66) assinala

que a escola deve se apresentar “como um ambiente rico em textos e suportes de textos

para que o aluno experimente, de forma concreta e ativa, as múltiplas possibilidades de

interlocução com os textos.”

Na sala de aula, nas atividades de interpretação e compreensão de um texto, é

necessário analisar: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos

linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores envolvidos, dos

gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de outros textos.

De acordo com o exposto, para encaminhamento da prática de leitura, é relevante

que o professor realize atividades que propiciem a reflexão e discussão, tendo em vista o

gênero a ser lido.

LITERATURA

No processo de leitura o leitor é visto como um sujeito ativo, tendo voz em seu

contexto. Assim, para proposta de trabalho com a Literatura essas Diretrizes sugerem a

Estética da Recepção, a Teoria do Efeito e o Método Recepcional, elaborado por Maria da

Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar, como encaminhamento metodológico.

O Método Recepcional, tendo como base a Estética da Recepção, propõe a

criação de estratégias que estimulem a curiosidade e disponibilidade de se defrontar com

novas possibilidades de leituras. Considerando que muitas vezes o leitor privilegia textos

com os quais se identifica, “obra conformadora”, se faz necessário considerá-las e

estimular a curiosidade para propor o novo, obras literárias que desafiem a compreensão

do leitor. Estas muitas vezes são repelidas por exigirem “ esforço demasiado e

conflituoso”. O processo da recepção, portanto, parte do princípio em que há que se

considerar o repertório de leituras e interesses do leitor e encaminhá-lo para se defrontar

com o novo, rompendo com o distanciamento entre sua visão de mundo e a da obra,

saindo da leitura da “obra conformadora” para a “obra emancipatória” num ir e vir

constante e insistente “visando a qualificação dos leitores pela interação com os textos e

a sociedade” (BORDINI, AGUIAR, 1993 p.84-85).

Esse método proporciona momentos de debate, reflexões sobre a obra lida,

possibilitando ao aluno a ampliação dos seus horizontes de expectativas. Essa proposta

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de trabalho, tem como objetivos: efetuar leituras compreensivas e críticas; ser receptivo a

novos textos e a leitura de outrem; questionar as leituras efetuadas em relação ao seu

próprio horizonte cultural; transformar os próprios horizontes de expectativa bem como os

do professor, da escola, da comunidade familiar e social.

Esse trabalho dividi-se em cinco etapas cabendo ao professor delimitar o tempo de

aplicação de cada uma delas, de acordo com seu plano de trabalho docente e com a sua

turma. As etapas são as seguintes:

• Primeira etapa: determinação do horizonte de expectativa do aluno/leitor;

• Segunda etapa: atendimento ao horizonte de expectativas;

• Terceira etapa: ruptura do horizonte de expectativa;

• Quarta etapa: questionamento do horizonte de expectativas;

• Quinta etapa: ampliação do horizonte de expectativa.

Para a aplicação deste método, o professor precisa ponderar as diferenças entre

Ensino Fundamental e o Ensino Médio. No Ensino Médio, além do gosto pela leitura, há

apreocupação, por parte do professor, em garantir o estudo das Escolas Literárias.

É importante que o professor trabalhe com seus alunos as estruturas de apelo,

demonstrando a eles que não é qualquer interpretação que cabe à literatura, mas

aquelas que o texto permite. As marcas linguísticas devem ser consideradas na leitura

literária, elas também asseguram que as estruturas de apelo sejam respeitadas. No

ensino da literatura o professor não deve ficar preso à linha do tempo da historiografia,

mas fazer análise contextualizada da obra, no momento de sua produção e no momento

de sua recepção (historicidade). No Ensino Médio deverá apresentar correntes da crítica

literária mais apropriadas para o trato com a literatura, tais: os estudos filosóficos e

sociológicos, a análise do discurso, os estudos culturais, entre tantos outros que

podem enriquecer o entendimento da obra literária.

As aulas de literatura estarão sujeitas a ajustes atendendo às necessidades e

contribuições dos alunos, de modo a incorporar suas idéias e as relações discursivas por

eles estabelecidas num contínuo texto-puxa-texto. O trabalho com a literatura potencializa

uma prática diferenciada com o Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa (o Discurso

como prática social) e constitui forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento

trazendo sabor ao saber.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

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A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de leitura,

oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita “ a reflexão

consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivas que perpassam os usos

linguísticos seja no momento de ler/escutar, de produzir textos ou de refletir sobre esses

mesmos usos da língua” (MENDONÇA, 2006, p.204).

Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos linguísticos e

seus efeitos de sentido no texto. É necessário deter-se um pouco nas diferentes formas

de entender as estruturas de uma língua e, consequentemente, as gramáticas que

procuram sistematizá-la.

Considerando a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o texto, os

conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na

constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí a importância de considerar não

somente a gramática normativa, mas também as outras, como a descritiva, a internalizada

e, em especial, a reflexiva no processo de ensino de Língua Portuguesa.

O professor poderá instigar, no aluno, a compreensão das semelhanças

ediferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de

interação, dos textos orais e escritos. Quanto mais variado for o contato do aluno

com diferentes gêneros discursivo (orais e escritos), mais fácil assimilar as

regularidades que determinam o uso da língua em diferentes esferas sociais

(BAKHTIN, 1992).

O texto não deve servir apenas para o aluno identificar, por exemplo, os adjetivos e

classificá-los; considera-se que o texto tem o que dizer, há ideologias, vozes, e para

atingir a sua intenção, utiliza-se de vários recursos que a língua possibilita. Cabe ao

professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a reflexão sobre o

seu próprio texto. O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao

professor explorar as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise. Mas, nesse

estudo, o que vale não é a categoria em si: é a função que ela desempenha para os

sentidos do texto.

Definida a intenção para o trabalho com a Língua Portuguesa, o aluno também

pode passar a fazer demandas, elaborar perguntas, considerar hipóteses, questionar-se,

ampliando sua capacidade linguístico-discursiva em atividades de uso da língua.

Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a

Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação

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Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas diretrizes.

No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas pedagógicas,

dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores propostos nas Diretrizes da

Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais devem se articular

tendo em vista a apropriação do conhecimento que não deve se restringir à

transmissão/assimilação de fatos, conceitos, ideias, princípios, informações etc., mas sim

compreender a aquisição cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à abordagem dos

conteúdos curriculares propostos para a Educação Básica.

Inserido no trabalho referente à análise linguística, oralidade, escrita, leitura, estão

serão contemplados os seguintes conteúdos obrigatórios: História do Paraná (Lei nº

13.381/01), História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena / Equipe multidisciplinar

( Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08), Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso

indevido de drogas, sexualidade humana, Política Nacional de Educação Ambiental(Lei

nº 9.795/99), Educação Fiscal ( Decreto Lei nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) ,

Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente (Lei nº 11.525/07). Esse

conteúdos serão trabalhados de forma a garantir a análise do contexto histórico e social,

através de práticas pedagógicas concretas e aplicáveis que possibilitem a

operacionalização das ações.

AVALIAÇÃO

A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura é vista como um processo

de aprendizagem contínuo que prioriza a qualidade e o desempenho do aluno ao longo

do ano letivo. O professor deverá fazer uso da observação diária e instrumentos

variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo.

Considerando que os alunos possuem ritmos e processos de

aprendizagem diferentes, a avaliação formativa, proposta nas Diretrizes, por ser contínua

e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça

a todo tempo, pois esta informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que

se encontram e contribui com a busca de estratégias para que os alunos aprendam e

participem mais das aulas.

Sob essa perspectiva, as Diretrizes recomendam:

*Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações. O professor verificará a participação do aluno nos

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diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a

fluência da sua fala, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista.

O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais com os quais

convive.

Instrumentos de avaliação:

• Seminários;

• Debates;

• Relatos;

• Entrevistas;

• Discussões;

• Exposições.

Critérios de

Avaliação:

• Expressão das ideias com clareza;

• Utilização do discurso com a situação de produção;

• Compreensão do discurso do outro;

• Utilização adequada de entonação, gestos, pausas;

• Respeito aos turnos de fala;

• Participação nas discussões.*Leitura: serão avaliadas as estratégias que os

estudantes empregam para a compreensão do texto lido, o sentido construído, as

relações dialógicas entre textos, relações de causa e consequência entre as partes

do texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a

identificação dos efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das

informações tanto explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre outros.

É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os conhecimentos prévios; se

compreende o significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; se faz

inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte textual. Tendo em vista o

multiletramento também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do

texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens.

Instrumentos de Avaliação:

• atividades escritas interpretativas dos variados gêneros presentes na sociedade e

ensinados na escola:

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• Os do cotidiano;

• Literário/ Artístico;

• Escolar;

• De Imprensa;

• Publicitários;

• Política;

• Jurídica;

• Produção e Consumo;

• Midiáticos.

Critérios de Avaliação:

• Identificação do tema: localização de informações explícitas e implícitas e

ampliação do léxico.

• Identificação da ideia principal.

• Percepção das intenções do texto e do autor: reconhecimento dos efeitos de ironia

e humor; compreensão dos sentidos das palavras e expressões a partir do

contexto.

• Percepção dos variados estilos: localização dos argumentos principais;

• Percepção das relações de causas e consequências entre as partes do texto.

*Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca

como produto final o que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias

desua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será

avaliado nos aspectos discursivo-textuais, verificando: a adequação a proposta e ao

gênero solicitado, se a linguagem está de acordo contexto exigido, a elaboração de

argumentos consistentes, a coesão e a coerência textual, a organização dos parágrafos.

O aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de

seu próprio. No momento da refacção textual, é pertinente observar se a intenção do

texto foi alcançada, se a relação entre partes do texto, se a necessidade de cortes, devido

às repetições, se é necessário substituir parágrafos, ideias ou conectivos.

Instrumentos de Avaliação:

• Produção escrita dos variados gêneros;

• Transcrição de um gênero para outro;

• Comunicação por meio da linguagem

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escrita; Critérios de Avaliação:

• Expressão das ideias com clareza;

• Elaboração do texto, respeitando as situações propostas: gênero, finalidade,

interlocutor;

• Utilização adequada da linguagem formal e informal;

• Utilização correta dos recursos linguísticos;

• Elaboração de argumentos consistentes;

• Organização de parágrafos;

• Usos de conectivos coerentes.

*Análise linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em todos os

seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os

elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma

prática reflexiva e contextualizada que possibilitem compreender esses elementos no

interior do texto. Dessa forma, o professor poderá avaliar por exemplo, o uso da

linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos

causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo

uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas

entre as partes do texto.

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados

continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e

refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o

aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento. Instrumentos de Avaliação:

• Atividades escritas e reflexivas sobre o seu uso no texto;

• Reestruturação de

textos; Critérios de Avaliação:

• Utilização adequada dos recursos linguísticos;

• Utilização dos recursos de coesão e coerência;

• Percepção dos efeitos causados pela estilística;

• Observação das relações dos operadores argumentativos e das

relações semânticas.

A recuperação de estudos será ofertada em todas as modalidades: leitura,

interpretação, escrita, oralidade e análise linguística. De acordo com as necessidades

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observadas, o professor fará a revisão do caminho percorrido e oportunizará novos

recursos, instrumentos, procedimentos para a reavaliação, sempre que necessário.

A produção de texto, por exemplo, deverá ser avaliada sob a perspectiva da

qualidade da interação discursiva que promove. Considerados os objetivos das atividades

de produção de texto, a avaliação mais relevante será aquela que se faz sob a

perspectiva da interação discursiva suscitada por ele. Para tanto é preciso verificar se os

objetivos foram atingidos, se o texto suscita realmente um processo de interlocução, de

interação e se a variedade linguística e os registros utilizados foram adequados à

situação de interlocução.

Sobre a perspectiva da textualidade, o texto do aluno precisa ser avaliado sob a

perspectiva de suas características propriamente textuais, isto é: organização, unidade,

informatividade, coerência, coesão, clareza, concisão, seleção adequada do léxico,

utilização de recursos gráficos que orientem a leitura e a interpretação do interlocutor,

tudo isso em função do gênero e dos objetivos.

Por meio da produção escrita que é possível observar o desenvolvimento da

ortografia, da morfossintaxe, se está adequado ao gênero; à variedade linguística e ao

registro, escolhidos em função das condições de produção e situação. Para tanto é

necessário considerar o gênero a ser produzido, pois dele dependerá a variedade

linguística utilizada. Para cada padrão haverá uma definição diferente do que é adequado

ou inadequado.

Os procedimentos de avaliação deverão ser organizados Sob a perspectiva da

qualidade da interação discursiva. Esta, será observada no momento em que os

alunosouvem o texto, seleciona, analisa compara, expõe em mural ou cartazes, a

avaliação discursiva estará sendo feita. Será portanto, avaliada no transcorrer do próprio

processo de interação pela mediação do texto escrito.

O texto poderá ser autoavaliado, revisto e reescrito pelo próprio aluno, em aula,

sob a orientação do professor. Um exemplo de atividade pode ser considerado aquele em

que, em duplas, cada aluno lê e avalia o texto do colega, indicando dificuldades de

compreensão, sugerindo correções, alterações, substituições que aperfeiçoem o texto.

Outra possibilidade é a reestruturação feita pelo professor com a participação dos alunos.

O professor seleciona um dos textos produzidos pelos alunos, que ofereça oportunidade

de discussão de aspectos textuais, ortográficos ou morfossintáticas significativos,

reproduz o texto para todos os alunos ou transcreve-o no quadro de giz para ser

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analisado e discutido. A participação dos alunos pode ser avaliada acordo com os

aspectos selecionados, completando com a reescrita do texto.

Uma variedade de instrumentos de avaliação que vai desde a verificação de

conhecimentos linguísticos (como leitura, interpretação e conhecimentos gramaticais) até

a produção de texto (individual ou em grupo), às pesquisas sobre conteúdos linguísticos,

as atividades e estudos desencadeados pela leitura extraclasse, os seminários, os

trabalhos criativos de representação teatral, exposição de trabalhos em mural, etc.

É preciso considerar que no desenvolvimento das atividades a participação do aluno deve

ser observada. Se ele responde às atividades propostas, cumpre os prazos, refaz a tarefa

sempre que for solicitado, participa dos trabalhos em equipe, empenha-se nas atividades

em classe ou extraclasse.

Todas as atividades devem ser permanentemente avaliadas, considerando-se que

o caráter da avaliação consiste em verificar se as atividades propostas e realizadas

atingiram o objetivo de aprendizagem.

Desta forma, o professor fará a revisão das notas. Se o aluno havia

apresentado nota insuficiente, abaixo da média em interpretação por exemplo, e nas

atividades propostas ele participou e as realizou a contento, a nota antiga será

substituída pela nova mensuração oportunizando assim uma refacção não só na

produção de textos, mas também na leitura, oralidade, interpretação, escrita e análise

linguística.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS E ENSINO MÉDIO APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Hoje o conhecimento matemático abrange os aspectos intelectuais, físicos,

emocionais, sociais e culturais tão importantes para o desenvolvimento do indivíduo como

um todo. Neste sentindo as aulas de matemática devem ser um espaço dentro da escola

onde o aluno tenha condições de exercitar ações e transformações que verdadeiramente

irá executar na sua realidade.

Portanto se faz necessário que as contextualizações dos conteúdos matemáticos

selecionados no Plano de Trabalho Docente, tenham também uma visão sócio histórica-

onde4 experiências do passado estejam relacionadas com experiências do presente

mediadas pela ação metodológica do professor.

A matemática deve ser vista como uma disciplina que possui um grande legado

acumulado pela humanidade, mas também como uma atividade em constante construção,

pois e sabido que as necessidades emergentes sofrem mudanças a todo instante.

Deve ser trabalhada e concebida como um conjunto de saberes, resultados,

métodos, procedimentos e algoritmos ligados entre si. Nesta reflexiva o ensino

aprendizagem da matemática deve estar voltado tanto para os aspectos cognitivos como

para a relevância social, priorizando o pensar e o fazer na mesma proporção.

O estudante deve analisar, discutir, formar conjecturas, se apropriar de conceitos e

formular ideias para que possa agir de forma consciente no seu meio social, devendo

ampliar sua visão sobre as teorias para que possa transportá-las para a prática e vice-

versa. Haja vista que o seu caráter científico deverá servir de subsídio para a tradução em

atos efetivos dos problemas reais.

A matemática na sala de aula deve portanto, contribuir para que o estudante tenha

condições de aliar o científico ao prático por meio desta linguagem universal, a fim de

melhor descrever e interpretar os próprios fenômenos matemáticos, bem como os de

outras áreas do conhecimento; Contribuir para a integração da sociedade em que vive,

proporcionando-lhe conhecimentos básicos de teoria e prática; Estimular a curiosidade e

o interesse, a criatividade do alunos para que ele explore novas ideias e novos caminhos

na aplicação dos conceitos adquiridos e na resolução de problemas; desenvolver o nível

cultural, contribuindo para um melhor e mais rápido aprendizado em qualquer outra

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disciplina; desenvolver no aluno o uso do pensamento lógico, a capacidade de elaborar

hipóteses, descobrir soluções, estabelecer relações e tirar conclusões; proporcionar ao

aluno a capacidade de classificar, relacionar, representar, analisar, deduzir, provar e

julgar, ao mesmo tempo que desenvolve a perseverança, a responsabilidade,

cooperação, bem como o uso correto da linguagem matemática.

CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS

6º ANO NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Sistemas de numeração

• Números naturais

• Múltiplos e divisores

• Potenciação e radiciação

• Números fracionários

• Números decimais

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de massa

• Medidas de área

• Medidas de volume

• Medidas de tempo

• Medidas de ângulos

• Sistema monetário

• Medidas de comprimento

GEOMETRIAS

D) Geometria Plana

E) Geometria Espacial

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Dados, tabelas e gráficos

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• Porcentagem

• 7ºANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Equação e Inequação do 1º grau;

• Razão e proporção;

• Regar de três simples.

• Números inteiros

• Números racionais

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de temperatura;

• Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA IMFORMAÇÃO

• Pesquisa Estatística;

• Média Aritmética;

• Moda e mediana;

• Juros simples.

8ºANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Racionais e Irracionais;

• Sistemas de equações do 1º grau;

• Potências;

• Monômios e Polinômios;

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• Produtos Notáveis.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de comprimento;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA IMFORMAÇÃO

• Gráfico e Informação;

• População e amostra.

9º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Reais;

• Propriedades dos radicais;

• Equação do 2º grau;

• Teorema de Pitágoras;

• Equações Irracionais;

• Equações Biquadradas;

• Regra de três composta.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

• Trigonometria no Triângulo Retângulo.

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FUNÇÕES

• Noção intuitiva de Função Afim;

• Noção intuitiva de Função Quadrática.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA IMFORMAÇÃO

• Noções de Análise Combinatória;

• Noções de Probabilidade;

• Estatística;

• Juros Compostos.

CONTEÚDOS - ENSINO MÉDIO NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Reais;

• Números complexos;

• Sistemas lineares;

• Matrizes e Determinantes;

• Polinômios;

• Equações e Inequações Exponencias, Logarítmicas e Modulares.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de Área;

Medidas de Volume;

Medidas de Grandezas Vetoriais;

Medidas de Informática; Medidas de

energia; Trigonometria.

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FUNÇÕES

F) Função Afim;

G)Função Quadrática

H)Função Polinomial;

I) Função Exponencial;

J) Função Logarítmica;

K)Função Trigonométrica;

L) Função Modular;

M) Progressão Aritmética;

N)Progressão Geométrica.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA IMFORMAÇÃO

• Análise Combinatória;

• Binômio de Newton;

• Estudo das Probabilidades;

• Estatística;

• Matemática Financeira.

METODOLOGIA

Este documento articula os conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos

em relações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a

abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em

patamares distintos e sem vínculos, afinal, “[...] o significado curricular de cada disciplina

não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mais sim do modo como se

articulam” (MACHADO, 1993, p.28).

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Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais

destacamos:

. Resolução de problemas;

. Modelagem matemática;

. Mídias tecnológicas;

. Etnomatemática;

. História da matemática;

. Investigações matemáticas. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem oportunidade de aplicar

conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a

questão proposta(DANTE, 2003).

Assim cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual os alunos

pensem sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia, apresentem

suas hipóteses e façam o registro da solução encontrada ou de recursos que utilizaram

para chegarem ao resultado. Isso favorece formação do pensamento matemático, livre do

apego às regras.

As etapas da resolução de problemas são: Compreender o problema; destacar

informações, dados importantes do problema, para a sua resolução; elaborar um plano de

resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova estratégia, se

necessário, até chegar a uma solução aceitável (POLYA, 2006).

MODELAGEM MATEMÁTICA

A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de situações do

cotidiano. No contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos

sobre situações de vida. Assim sendo, “ a modelagem matemática consiste na arte de

transformar problemas reais com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando

suas soluções na linguagem do mundo real” (BASSANEZI, 2006, P.16)

O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a intervenção do

estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso, contribui

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para sua formação crítica.

“ A modelagem matemática é, assim, uma parte, ao formular, resolver e elaborar

expressões que valham não apenas para solução particular, mas que também sirvam,

posteriormente, como suporte para outras aplicações e teorias”.(id,ibid;p.13)

MÍDIAS TECNOLÓGICAS

Os recursos tecnológicos, como os sofware, a televisão, as calculadoras, os

aplicativos da internet , entre outros, tem favorecido as experimentações matemáticas e

potencializados formas de resolução de problemas.

Aplicativos de modelagem e simulação tenham auxiliado estudantes e professores

visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de uma maneira

passível de manipulação, pois permitem construção, interação, trabalho colaborativo,

processo de descoberta de forma dinâmica e o confronto entre teoria e prática.

As ferramentas tecnológicas são muito importantes no desenvolvimento de ações

em matemática, pois enfatiza um aspecto fundamental da disciplina que é a

experimentação. Através destas ferramentas os estudantes conseguem argumentarem e

conjecturarem sobre atividades que envolvam experimentação.

O trabalho com as mídias tecnológicas inserem diversas formas de ensinar e

aprender, valorizando e muito o processo de produção de conhecimentos.

HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais

e políticos, à circunstâncias históricas e as correntes filosóficas que determinaram o

pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época.

A história da matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na

criação de situações-problema, na busca de referências para compreender os conceitos

matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação

dedeterminados fatos, raciocínios e procedimentos.

A história deve ser o fio condutor que direciona as explicações de muitos porquês

da matemática. Promove uma aprendizagem significativa, pois leva o estudante a

compreender que o conhecimento matemático é construído historicamente a partir de

situações concretas e necessidades reais.

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INVESTIGAÇÕES MATEMÁTICAS

As investigações matemáticas podem ser desencadeadas a partir da resolução de

simples exercícios e muito se relaciona com a resolução de problema. O problema é uma

questão para qual o aluno precisa estabelecer uma estratégia que permita a sua

realização imediata, enquanto que um exercício pode ser resolvido usando um método

conhecido.

Já uma investigação é um problema em aberto, por isso as coisas acontecem de

forma diferente do que na resolução de problema e exercício, pois o objeto a ser

investigado não é explicitado pelo professor , porém um método de investigação deverá

ser indicado por meio de uma introdução oral de maneira que o aluno compreenda-o o

significado investigar. Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de

investigação distintos por diferentes grupos de alunos. Os grupos podem partir de pontos

de investigação diferentes e consequentemente obterão resultados diferentes.

Na investigação matemática, o aluno é convidado agir como matemático porque é

solicitado a propor questões, pois formula conjecturas a respeito do que é investigado. As

investigações matemáticas envolvem procedimentos e representações, mas o que

verdadeiramente as caracteriza é um estilo de conjectura-teste-demonstração. Nesta

metodologia os alunos precisam verificar quais as conjecturas mais adequadas à questão

investigada, e para tal devem realizar provas e refutações, discutindo e argumentando

com seus colegas e com o professor.

Dentro da metodologia trabalhada, serão contemplados os seguintes

conteúdos obrigatórios: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-

Brasileira, Africana e Indígena / Equipe multidisciplinar ( Lei nº 10.639/03 e Lei nº

11.645/08), Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade

humana, Política Nacional de Educação Ambiental(Lei nº 9.795/99), Educação Fiscal

( Decreto Lei nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) , Enfrentamento à violência contra a criança

e o adolescente (Lei nº 11.525/07). Esse conteúdos serão trabalhados de forma a garantir

a análise do contexto histórico e social, através de práticas pedagógicas concretas e

aplicáveis que possibilitem a operacionalização das ações.

AVALIAÇÃO

É preciso que o professor estabeleça critérios e instrumentos de avaliação bem

claros para que os resultados sirvam de intervenções no processo ensino aprendizagem

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215

quando necessário, pois, a finalidade maior da avaliação é proporcionar aos alunos novas

oportunidades par aprender ao mesmo tempo que possibilita ao professor refletir sobre

seu próprio trabalho, fornecendo dados sobre as dificuldades de cada aluno.

No processo avaliativo é necessário que o professor esteja atento para observar de

forma sistemática seus alunos para diagnosticar as dificuldades de cada um, criando

oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento das formas

mais variadas.

Alguns critérios de avaliação devem orientar as atividades avaliativas do professor,

possibilitando ao professor verificar se o aluno consegue se comunicar matematicamente

de forma oral ou escrita; compreender e interpretar, por meio da leitura um problema

matemático; elaborar um plano que possibilite a (s) solução(ões) de um problema e

realizar retrospectos da solução de um problema.

O aluno deve ser estimulado, no processo pedagógico, a partir de situações

problema, internas ou externas à matemática, sempre pesquisando conhecimentos que

possam auxiliar na resolução de problemas, sempre elaborando conjecturas para afirmá-

las e testá-las sempre perseverando na busca de soluções frente as dificuldades. Ao

mesmo tempo o aluno deve sistematizar o conhecimento construído a partir da solução

encontrada, generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições

particulares.

O professor deve levar o aluno a sempre socializar os resultado obtidos e

argumentar a favor ou contra todos os resultado obtidos, não desprezando jamais sua

vivência de modo sempre a relacioná-las aos novos conhecimentos abordados nas aulas

de matemática.

REFERÊNCIAS BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. Belo

Horizonte: Autêntica, 2001.

DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo:

Editora Ática, 2003.

MACHADO, N. J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimestral da

Page 215: COLÉGIO ESTADUAL JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS …...encaminharão para escolas e cursos de “segunda categoria”; os que abandonarão os estudos. Organizado dessa forma, o trabalho

216

Faculdade de Educação - Unicamp - Proposições. Campinas, n. 1 [10], p. 25-34,

mar. 1993.

MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. História na educação matemática: propostas e

desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro

Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG,

1990.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da Educação Básica-

Matemática. Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEB,2008.

POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas. Rio de Janeiro: Editora Interciência,1995. PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H. Investigações Matemáticas na sala de

aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. expressões que valham não apenas para solução

particular, mas que também sirvam, posteriormente, como suporte para outras aplicações

e teorias”.(id,ibid;p.13)

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

A dimensão histórica da disciplina de Química é importante para

compreender o desenvolvimento de saberes e práticas ligadas a transformação da

matéria. Este saber foi estimulado pela comunicação, o domínio do fogo e processo de

cozimento. A manipulação dos metais, vitrificação, chás, remédios, iatroquímica entre

outros são procedimentos que contribuíram para a elaboração do conhecimento químico

desde o século XVII.

Fatos políticos, religiosos e sociais foram marcantes na história do

conhecimento químico, se destacaram a partir do fogo(extração, produção e o tratamento

de metais como o cobre, bronze, ferro e ouro). Nesta época surge a alquimia em que se

buscava o elixir da vida eterna e a pedra filosofal. Neste processo a manipulação de

diversos metais, como o cobre, o ferro e ouro e vidrarias que aperfeiçoadas e hoje, fazem

parte dos laboratórios.

Entre o século XIV e XV com o fim do feudalismo, a alquimia ganhou nova

configuração, período caracterizado por aglomerações emergentes, pela fome, pela

peste, gerando um desequilíbrio demográfico e modificações relacionadas ao trabalho. A

classe social(burguesia) começa a comandar a reestruturação do espaço e do processo

produtivo no novo contexto econômico, havendo um avanço dos estudos para a cura de

doenças, especialmente o uso de substâncias químicas minerais.

Entre os séculos XV-XVI com estudos de Paracelso possibilitaram o

nascimento da Iatroquímica (conhecimento terapêutico), antecessora da Química.

A teoria sobre a composição da matéria surgiu na Grécia antiga e a ideia

de átomo com os filósofos gregos Leucipo e Demócrito lançaram algumas bases para o

atomicismo do século XVII e XVIII com Boyle, Dalton e outros. No século XIX a teoria

atômica foi o centro para o desenvolvimento da Química como ciência. No movimento

capitalista da Europa marcaram a constituição do saber e de fato reconhece a Química

como ciência.

No século XVII na Europa com a expansão da indústria, do comércio, com

as instituições de pesquisas, algumas independentes colocam em ação as teorias

científicas aliadas às práticas populares e ao cotidiano das pessoas. Ao longo dos séculos

XVII e XVIII com o estudo da Química pneumática (Boyle, Priestley, Cavendsh) e rigor

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metodológico de Lavoisier difundiu-se um novo saber conhecido como Química entre eles

os procedimentos de alquimia, boticais, iatroquímica e estudo dos gases. No século XIX

através de explicações atômico-moleculares com estudos de Dalton, Avogadro e

Berzélius e outros e que a Química ascendeu ao fórum das Ciências vinculada as

investigações sobre a composição e estrutura da matéria, estudos partilhados com a

Física. No século XVIII e XIX o experimentalismo marcou a ciência moderna, em

destaque no isolamento de substâncias gasosas(Nitrogênio, Cloro, Hidrogênio e

Oxigênio) e elementos metálicos como: cobalto, platina, zinco, bismuto, molibdênio,

telúrio, tungstênio e cobre.

O desenvolvimento da Indústria Química se deu com a Revolução

Industrial. Um dos químicos influentes Antonie Lauret Lavoisier com a publicação do

Tratado Elementar de Química foi referência na época com a proposta da nomenclatura

universal para os compostos químicos internacionalmente.

Em seu trabalho, Lavoisier demonstrou que a queima é uma reação

química com o oxigênio, derrubando a teoria do flogismo e gerando crise sobre as

explicações de fenômenos como combustão, calcinação e respiração. Lavoisier

desenvolveu estudo teórico sobre iluminação das ruas parisienses, problemas de

adulterações de alimentos, funcionamentos das tinturas, corrosão de metais e produção

de explosivos para o governo francês, importante devido às guerras e conflitos no período

histórico ( DCE, p. 41).

No século XIX finalmente a ciência moderna se consolidou através da

teoria atômica de John Dalton com elaboração de sua hipótese atômica com base em

dados experimentais (DCE, p.42) Em 1828, compostos orgânicos são sintetizados em

laboratório pela queda da teoria da força vital, por Freedrich Wohler com a síntese da

uréia. Em 1860, foi realizado o primeiro congresso mundial de Química na Alemanha.

Com a proposta de Friedrich August Kekulé, apoiado por Charles Adolphe Wiurtz, 140

eminentes químicos se reuniram para discutir os conceitos de átomo, molécula,

equivalente, atomicidade e basicidade (DCE, p. 42).

Houve destaque nos estudos de organização e sistematização dos

elementos químicos de Julius Lothar Meyer e Dimitri Ivanovitch Mendeleev, sendo este o

organizador da classificação dos elementos segundo o mesmo princípio da periodicidade

e propriedades em função dos pesos atômicos(DCE, p. 42). Na segunda metade do

século XIX impulsionaram as pesquisas sobre eletrólise, propostas de modelos atômicos,

a criação do primeiro plástico artificial, o celulóide em 1869, por John Hyatt e a primeira

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fibra artificial, o rayon, patentiada por Luis Marie Chardonnet. No final do século XIX,

surgiu laboratórios de pesquisa, a Química se consolida como principal disciplina

associada aos efetivos resultados da indústria (DCE, p. 43).

No século XX a Química e todas as outras Ciências Naturais tiveram um

grande desenvolvimento especialmente nos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha com

a obtenção de medicamentos, indústria bélica, estudos nucleares, estrutura atômica e

formação das moléculas, mecânica quântica e outros. No final do século XX foi marcado

pelas descobertas de novos materiais, engenharia genética, exploração da

biodiversidade, obtenção de diferentes combustíveis, estudos espaciais e pela

farmacologia, marcando o processo consolidação científica com destaque a Química, que

participa de diferentes áreas das ciências e colaboram no estabelecimento de uma cultura

científica, cada vez mais arraigada no capitalismo e presente na sociedade, e por,

conseguinte na escola (DCE, p.44).

O conhecimento químico está em constante transformação, inseparáveis

dos processos sociais, políticos e econômicos.

A partir das décadas de 1960 e 1970, o processo de

industrialização brasileiro influenciou a formação de cursos profissionalizantes com

métodos que privilegiavam a memorização de fórmulas, a nomenclatura, a classificação

dos compostos químicos, as operações matemáticas e a resolução de problemas( DCE,

p. 52)

Para superar as abordagens tradicionais no ensino de Química, na

perspectiva conceitual, retoma a cada passo o conceito estudado, na intenção de

construí-lo com ajuda de outros conhecimentos envolvidos, dando significados em

diferentes contextos(DCE, p.52). A atividade experimental é importante no seu papel

investigativo e na sua função pedagógica de auxiliar o aluno, na explicitação,

problematizações, discussão, enfim, na significação dos conceitos químicos (DCE, p.53).

O ensino das concentrações de medicamentos, substâncias dissolvidas

nas águas dos lagos, rios e mares, das substâncias presentes no cotidiano e das

soluções, pois nestas diretrizes, propõe- se um trabalho pedagógico com o conhecimento

químico que propicie ao aluno compreender os conceitos científicos para entender

algumas dinâmicas do mundo e mudar sua atitude em relação a ele (DCE, p.54). O

ensino de Química pode contribuir para sua atitude mais consciente diante das questões

do cotidiano, por exemplo a separação dos resíduos orgânicos e inorgânicos. O

conhecimento químico pode favorecer o manuseio e descarte correto desses materiais,

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não significa que outras pessoas que não tem o conhecimento não possa realizar,este

tipo de atividade, mas o ensino de química pode contribuir para uma atitude mais

consciente diante dessas questões (DCE, p.54).

Nesta sociedade capitalista, onde o poder do consumo impera, a química

pode orientar estudantes sobre a composição e transformação de materiais, a importância

de produtos no mercado com sustentabilidade, poupando recursos naturais e resgatar

atitudes de comprometimento com a vida no planeta. Os conteúdos estruturantes de

Química podem auxiliar a contextualização entre o conhecimento e assuntos do cotidiano

pertinentes, por exemplo: drogas, lixo, ambiente e outros ligados ao contexto histórico,

social, econômico e ambiental. Neste contexto, o ensino de Química objetiva entender

conceitos, princípios e leis da química e utilizá-los para interpretar os fenômenos e

aplicação na solução de novos problemas; conhecer e utilizar normas básicas de

segurança em atividades de laboratório, bem como o descarte correto de resíduos.

CONTEÚDOS

Matéria e sua natureza

A matéria e sua natureza explica o comportamento da matéria, a estrutura atômica nos

aspectos macro e microscópicos e relaciona aos demais conteúdos estruturantes.

Biogeoquímica

Biogeoquímica estuda a influência dos seres vivos sobre a composição química da

Terra, explica as relações complexas entre a matéria viva e não viva da biosfera, suas

propriedades e modificações ao longo dos tempos para aproximar ou interligar saberes

biológicos, geológicos e químicos( DCE, p.61).

Química sintética

A Química Sintética tem sua origem na síntese de novos produtos e materiais

químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria alimentícia, dos

fertilizantes e agrotóxicos(DCE, p. 63).

Os conhecimentos químicos e técnicos desenvolve a fabricação de substâncias e

materiais movimentando a indústria de petróleo e derivados na fabricação dos plásticos e

vários tipos de polímeros.

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CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos estruturantes e básicos das séries do Ensino Médio estão

relacionadas na tabela a seguir:

CONTEÚDOS

3- METODOLOGIA

O conhecimento químico será elaborado a partir de concepções espontâneas

dos estudantes. A concepção científica envolve um saber socialmente construído e

sistematizado, que requer metodologias específicas para ser disseminado no ambiente

escolar.

A experimentação auxilia melhor compreensão dos fenômenos químicos

através da observação e anotações em relatórios. Essa atividade deve ser simples e

atingir o objetivo central que é interpretar os fenômenos químicos e trocar informações

entre professor e/ou grupo participante.

A atividade de leitura é fundamental para contextualizar o ensino de química às

problemáticas e soluções do cotidiano, como textos, artigos científicos e reportagens

jornalísticas.

Dentro da metodologia trabalhada, serão contemplados os seguintes

conteúdos obrigatórios: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-

Brasileira, Africana e Indígena / Equipe multidisciplinar ( Lei nº 10.639/03 e Lei nº

ESTRUTURANTES BASICOS MATÉRIA E SUA NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA SINTÉTICA

MATÉRIA

SOLUÇÕES

VELOCIDADE DAS REAÇÕES

EQUILÍBRIO QUÍMICO

LIGAÇÃO QUÍMICA

REAÇÕES QUÍMICAS

RADIOATIVIDADE

GASES

FUNÇÕES QUÍMICAS

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11.645/08), Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade

humana, Política Nacional de Educação Ambiental(Lei nº 9.795/99), Educação Fiscal

( Decreto Lei nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) , Enfrentamento à violência contra a criança

e o adolescente (Lei nº 11.525/07). Esse conteúdos serão trabalhados de forma a garantir

a análise do contexto histórico e social, através de práticas pedagógicas concretas e

aplicáveis que possibilitem a operacionalização das ações.

O trabalho na abordagem à cultura e história afro-brasileira é centrado no

estudo da Lei n. 11.645/08 através de apresentação do vídeo “Lágrima de Preta”

contextualizando com o estudo de Sais e recortes do filme “Quase Deuses” valorizando a

pesquisa científica e figuras históricas que auxiliaram a Ciência. O trabalho também

oferece o estudo da História e cultura dos povos indígenas (Lei n. 11.645/08) e educação

ambiental (Lei n. 9795/99), onde será realizado através do projeto “Aplicação do tema

resíduos sólidos no ensino de Química para alunos de Ensino Médio”, contextualizando

com a problemática de lixo e resíduos e conteúdos químicos.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa como

diagnóstico para redirecionar a ação do professor assegurando a qualidade do processo

educacional.

A avaliação deve formar conceitos científicos através de uma ação pedagógica

com abordagens históricas, sociológicas, ambiental e experimental, considerando o

conhecimento prévio e o contexto social do aluno.

Os critérios e instrumentos de avaliação devem ser claros e diversificados.

REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação do. Diretrizes Curriculares da Educação

básica. Química. Curitiba:SEED-PR, 2008,p.75.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação do. Superintendência de Educação.

Departamento da Diversidade. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos.

Curitiba: SEED-PR, 2008, p.112. (Cadernos Temáticos da Diversidade, 1).

SANTOS, Wildson L. Pereira; MÒL, Gerson de Souza. Química e Sociedade. Projeto de

Ensino de Química e Sociedade, volume único. Nova Geração: São Paulo. 2005.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

O objeto de estudo da disciplina são as relações sociais decorrentes das

mudanças estruturais impostas pela formação do modo de produção capitalista, sendo

que estas relações materializam-se nas diversas instâncias sociais: instituições sociais,

práticas políticas e culturais, as quais devem ser estudadas em sua especificidade e

historicidade.

A concepção da disciplina é de uma Sociologia crítica, mas os seus conteúdos

fundamentam-se em teorias com diferentes tradições sociológicas: os clássicos, a saber:

Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber, e contemporaneamente: Antonio Gramsci,

Pierre Bourdieu, Florestan Fernandes entre outros.

É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicar e explicitar

problemáticas sociais concretas e contextualizadas, descontruindo pré-noções e pré-

conceitos, para interpretar e dar respostas aos problemas da realidade atual garantindo

assim o pensamento crítico. Neste contexto, o ensino de Sociologia objetiva levar o aluno

a compreender de forma crítica os elementos da realidade social na qual está inserido

colocando-se como sujeito de seu aprendizado através da articulação entre as teorias

sociológicas, problematizações e contextualizações propostas pelos conteúdos.

CONTEÚDOS

SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA E TEORIAS SOCIOLÓGICAS

• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento

do pensamento social.

• Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels, Marx, Weber.

• O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.

O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS

• Processo de Socialização.

• Instituições Sociais: familiares, escolares, religiosas.

• Instituições de Reinserção: prisões, manicômios, educandários, asilos.

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CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL

• Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua

contribuição na análise das diferentes sociedades.

• Diversidade cultural.

• Identidade cultural.

• Indústria cultural.

• Meios de comunicação de massa.

• Sociedade de consumo.

• Indústria cultural no Brasil

• Questões de gênero.

• Cultura afro-brasileira e africana.

• Culturas indígenas

METODOLOGIA

Uso de diferentes recursos com a leitura de textos sociológicos, textos

didáticos, textos jornalísticos e obras literárias enriquecidas com o uso de recursos

audiovisuais e mídias ( laboratório de informática, TV multimídia, CDs e DVDs) bem como

utilização de filmes, imagens, músicas e charges.

Dentro da metodologia trabalhada, serão contemplados os seguintes

conteúdos obrigatórios: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-

Brasileira, Africana e Indígena / Equipe multidisciplinar ( Lei nº 10.639/03 e Lei nº

11.645/08), Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade

humana, Política Nacional de Educação Ambiental(Lei nº 9.795/99), Educação Fiscal

( Decreto Lei nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) , Enfrentamento à violência contra a criança

e o adolescente (Lei nº 11.525/07). Esse conteúdos serão trabalhados de forma a garantir

a análise do contexto histórico e social, através de práticas pedagógicas concretas e

aplicáveis que possibilitem a operacionalização das ações.

AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnóstica e processual, através de análise comparativa

entre o conhecimento anterior do aluno e o conhecimento assimilado ao longo do

processo ensino-aprendizagem.

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5- REFERÊNCIAS SEED – Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares da Educação

Básica- Curitiba, 2008.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE INGLÊS

ENSINO FUNDAMENTAL, ENSINO MÉDIO 1 - APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

O currículo escolar aplicado à Língua Estrangeira Moderna é um conjunto de

conhecimentos historicamente sistematizados e selecionados que proporcionam

conteúdos e valores para que os alunos melhorem a sociedade em relação à construção

social da mesma e visa preparar o aluno para ser inserido num plano social adequado,

pois a função da instituição escolar é especialmente importante para os estudantes das

classes menos favorecidas, dando-lhes uma oportunidade de acesso ao conhecimento

científico. Portanto, a escola deve ser um espaço de confronto e dialógico entre os

conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular. Essas são as

fontes sócio- históricas do conhecimento em sua complexidade, pois conforme as

diretrizes (DCEB), o currículo é baseado nas dimensões científica, artística e filosófica do

conhecimento; as quais possibilitam um trabalho pedagógica que aponte na direção da

totalidade do conhecimento e sua relação com o cotidiano.

A abordagem comunicativa é uma tendência que tem marcado o ensino de LEM na

Rede Pública Estadual e apresenta aspecto positivos na medida em que incorpora em

seu modelo o uso da gramática exigida para a interpretação, expressão e negociação de

sentidos, colocando-se a serviço dos objetivos de comunicação.

Salientando-se alguns Fundamentos teóricos-metodológicos que abordam as

Diretrizes, pode-se observar o atendimento às necessidades da sociedade

contemporânea brasileira, o resgate da função social e educacional do ensino de LEM e o

respeito à diversidade cultural e linguística na Educação Básica. Neste contexto, o ensino

de LEM objetiva ampliar o contato com outras formas de conhecimento de outros

procedimentos interpretativos de construção da realidade; analisar as questões sociais,

políticas e econômicas da nova ordem mundial e suas implicações na sociedade;

vivenciar formas de participação que possibilitem ao aluno estabelecer relações entre

ações individuais e coletivas; reconhecer e compreender a diversidade linguística e

cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país; considerar

as relações que podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social,

possibilitando aos alunos o uso de uma Língua Estrangeira em uma situação de real

comunicação; construir recursos para comparar a Língua Estrangeira à Língua Materna

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227

de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade cognitiva;

CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Discurso como prática social.

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

Gêneros discursivos: advinhas, álbum de famílias, anedotas, bilhetes, cartão postal,

convites, fotos, músicas, parlendas, piadas, quadrinhas, receitas, trava-línguas, diálogos,

propagandas, tirinhas.

LEITURA

Identificação do

tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos;

Variedade linguística.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade ( informações necessárias para a coerência do

texto); Léxico;

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Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos ( como aspas,

travessão, negrito)

Variedade linguísticas. ORALIDADE

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

Pronúncia.

7º ANO

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Conteúdos Básicos

Gêneros discursivos: Tirinhas, adivinhas, receitas, propagandas, bilhetes, cartão postal,

fábulas, diálogos, cartas, fotos, notícias, músicas, filmes.

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos;

Variedade linguística.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

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Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto);

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos ( como aspas,

travessão, negrito)

Variedade linguísticas.

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

Pronúncia.

8º ANO

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Conteúdos Básicos

Gêneros discursivos: receitas, propagandas, tirinhas, músicas, cartas, diálogos, charge,

cartum, poemas, sinopses de filme, textos didáticos, e-mail, notícias, manchetes, textos

científicos.

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

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230

Elementos semânticos;

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos;

Variedade linguística.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto);

Léxico;

Vozes sociais presentes no texto;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos ( como aspas,

travessão, negrito)

Variedade linguísticas. ORALIDADE

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

Pronúncia.

9º ANO

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Conteúdos Básicos

Gêneros discursivos: biografias, fábulas contemporâneas, contos, notícias, músicas,

diálogo, cartas, charges, tirinhas, sinopse de filmes, e-mail, filmes, textos argumentativos,

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231

resenhas, textos científicos.

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Discurso direto e indireto;

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos;

Variedade linguística;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagem) ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto);

Léxico;

Vozes sociais presentes no texto;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos ( como aspas,

travessão, negrito)

Variedade linguísticas.

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232

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

Pronúncia.

CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO

ENSINO MÉDIO: 1º ANO

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Conteúdos Básicos :

Gêneros discursivos: fábulas, poemas, tiras, charges, textos didáticos, informativos e

científicos, sinopses de filme, notícias, músicas, panfletos, propagandas, cartas, bilhetes,

cartazes.

LEITURA,

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade; Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto; Elementos

semânticos;

Marcadores do discurso; Discurso

direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no sentido do texto; Recursos

estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos; Variedade

linguística.

ESCRITA

Tema do texto; Interlocutor;

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233

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Condiições de produção;

Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto); Léxico;

Vozes sociais presentes no texto; Vozes verbais;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos ( como

aspas, travessão, negrito)

Variedade linguísticas;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem).

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

Pronúncia.

ENSINO MÉDIO: 2º ANO

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Conteúdos Básicos

Gêneros discursivos: fábulas, poemas, tiras, charges, textos didáticos,

informativos e científicos, sinopses de filme, notícias, músicas, panfletos, propagandas,

cartas, bilhetes, cartazes, horóscopo, fábulas, e-mail, receita culinária, cartas, bilhetes,

auto-biografia, anúncio, classificados.

LEITURA

Identificação do tema;

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234

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no textoElementos semânticos;

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos;

Variedade linguística.

ESCRITA

Tema do texto;Interlocutor;

Finalidade do texto; Intencionalidade do texto; Intertextualidade; Condições

de produção;

Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto); Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos ( como

aspas, travessão, negrito)

Variedade linguísticas.

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

Pronúncia.

ENSINO MÉDIO: 3º ANO

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Conteúdos Básicos:

Gêneros discursivos: fábulas, poemas, tiras, charges, textos didáticos, informativos e

científicos, sinopses de filme, notícias, músicas, panfletos, propagandas, cartas, bilhetes,

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235

cartazes, horóscopo, fábulas, e-mail, receita culinária, cartas, bilhetes, auto-biografia,

anúncio, classificados, reportagens gírias, provérbios, relatos de experiências cartazes,

slogan.

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade; Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

ESCRITA

Elementos semânticos

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos; Variedade

linguística.

Tema do texto; Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade; Condições de

produção;

Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto); Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos

( como aspas, travessão, negrito)

Variedade linguísticas.

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

Pronúncia.

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236

METODOLOGIA

O encaminhamento metodológico de Língua Estrangeira Moderna deve ser a partir

do Conteúdo Estruturante Discursivo como prática social abrangendo questões

linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como práticas do uso da

língua: leitura, oralidade e escrita. As Aulas de Língua Estrangeira Moderna terão como

objeto de ensino o texto verbal e não-verbal.

Nas aulas de LEM o professor deve abordar os vários gêneros textuais, em

atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a

distribuição de informação a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e por

último a gramática, priorizando o trabalho com o texto sem deixar de lado a análise

linguística e para isso torna-se essencial que os alunos tenham acesso a textos de várias

esferas.

O trabalho pedagógico com o texto deverá despertar o interesse dos alunos para

que desenvolvam uma prática analítica e crítica e ampliem seus conhecimentos

linguístico-culturais e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes

no discurso.

As aulas de LEM serão ministradas na Língua Materna, envolvendo questões

lineares ( quando busca respostas já as visualizando no próprio texto) e não-linear

(quando o aspecto sobre a qual incide a questão não se localiza apenas na materialidade

de texto). O trabalho com produção será concebido como um processo dialógico, no qual

se escreve sempre para alguém, em Língua Estrangeira e com recursos disponíveis na

sala de aula com a mediação do professor.

O trabalho com a gramática é necessário e estará subordinada ao conhecimento

discursivo, ou seja, as reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades

específicas dos alunos, a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos, as

atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão, simultaneamente, práticas e

conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar ao aluno condições para assumir

uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos apresentados.

As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos

orais.Dentro da metodologia trabalhada, serão contemplados os seguintes conteúdos

obrigatórios: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro- Brasileira,

Africana e Indígena / Equipe multidisciplinar ( Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08),

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237

Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana,

Política Nacional de Educação Ambiental(Lei nº 9.795/99), Educação Fiscal ( Decreto

Lei nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) , Enfrentamento à violência contra a criança e o

adolescente (Lei nº 11.525/07). Esse conteúdos serão trabalhados de forma a garantir a

análise do contexto histórico e social, através de práticas pedagógicas concretas e

aplicáveis que possibilitem a operacionalização das ações.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna deve estar

articulada aos fundamentos teóricos explicitados nas Diretrizes Curriculares e na LDB nº

9394/86.

Na Educação Básica, a avaliação de determinada produção em Língua

Estrangeira considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, como resultado do

processo de aquisição de uma nova língua. Considera-se que, nesse processo, o que

difere do simples aprender, é o fato de que adquirir uma língua é uma aquisição

irreversível. Sendo assim, o erro deve ser visto como fundamental para a produção do

conhecimento do ser humano, como um passo para que a aprendizagem se efetive e não

como um entrave no processo que não é linear, não acontece da mesma forma e ao

mesmo tempo para diferentes pessoas. Refletir a respeito da produção do aluno, o

encaminhará à superação, ao enriquecimento do saber e, nesse sentido, a ação avaliativa

reflexiva cumprirá sua função.

Segundo Ramos (2001), é um desafio construir uma avaliação com critérios de

entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e autonimizador no processo

ensino/aprendizagem, que nos permita formar cidadãos conscientes, críticos, criativos,

solidários e autônimos.

A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro

significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida.

A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada

como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o

papel de auxiliar o crescimento.

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretária de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Diretrizes

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238

curriculares da Educação Básica de Língua Estrangeira Moderna, 2008.

ROJO, Roxane. CORDEIRO, Glaís Sales. Gêneros orais e escritos

nas escola.Campinas. São Paulo: Mercado de Letras, 2004.

MEURER, José Luiz. MOTTA-ROTH, Desirée(orgs). Gêneros textuais e práticas

discursivas: subsídios para o ensino da linguagem. Bauru, São Paulo. 2002.

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239

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LEM –

ESPANHOL

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do

currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social,

política e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e os métodos de

ensino são instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a

propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas

gerações.

Além do aspecto dinâmico do currículo e dos métodos, o Estado pode orientar

mudanças curriculares que se justificam pela atualização dos debates e produções

teórico-metodológicas e político-pedagógicas para a disciplina de Língua Estrangeira

Moderna.

Na relação entre as abordagens de ensino, na estrutura do currículo e na

sociedade, residem as causas da ascensão e do declínio do prestígio das línguas

estrangeiras nas escolas.

A partir do momento que começou-se a entender que a disciplina de Língua

Estrangeira deveria contribuir tanto para a formação do aprendiz quanto para o acesso ao

conhecimento e à reflexão sobre as civilizações estrangeiras e tradições de outros povos.

Isso explica por que o Espanhol passou a ser permitido oficialmente para compor o

currículo do curso secundário, uma vez que a presença de imigrantes da Espanha era

restrita no Brasil.

A Língua Espanhola, portanto, foi valorizada como Língua Estrangeira porque

representava para o governo um modelo de patriotismo e respeito daquele povo às suas

tradições e à história nacional. Tal modelo deveria ser seguido pelos estudantes. Assim, o

ensino de Espanhol passou a ser incentivado no lugar dos idiomas Alemão, Japonês e

Italiano, que, em função da Segunda Guerra Mundial, foram desprestigiados no Brasil.

Mesmo com a valorização do Espanhol no ensino secundário, destaca-se que o ensino

de Inglês teve espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas

transações comerciais, enquanto o Francês era mantido pela sua tradição curricular.

Desta forma, entendemos que o trabalho pedagógico com a Língua Estrangeira

Moderna parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como instrumentos

de acesso à informação e também como possibilidades de conhecer, expressar e

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240

transformar modos de entender o mundo e construir significados, pois a língua se

apresenta como espaços de construções discursivas, de produção de sentidos

indissociável dos contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável das

comunidades interpretativas que as constroem e são construídas por ela, para tanto, o

conhecimento de uma língua estrangeira colabora para a elaboração da consciência da

própria identidade do educando, já que ele consegue perceber-se como um sujeito

histórico e socialmente constituído.

Para Bakhtin (1988, 1992) as relações sociais ganham sentido pela palavra,

sendo que a sua existência só se concretiza no contexto real de sua enunciação, assim, a

palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial.

Língua e cultura constituem um dos pilares da identidade do sujeito. Portanto, a

língua estrangeira pode ser propiciadora da construção das identidades dos sujeitos

educandos ao oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pelas

línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo

informações entre a comunidade local e planetária.

Tornar-se competente em línguas significa apropriar-se de um conjunto de

conhecimentos que revelam da língua, enquanto saber organizado e da cultura dos povos

que a utilizam, enquanto expressão da sua identidade; significa também ser capaz de

usar estratégica e eficazmente os recursos linguísticos disponíveis em situações de

comunicação, assim como refletir sobre o uso e funcionamento da língua, de modo a

desenvolver estratégias que garantam um processo contínuo de aprendizagem.

O percurso na aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas ao longo do

Ensino Básico requer modelos integradores de aprendizagens essenciais. Assim,

considera-se fundamental criar condições para que o aluno possa, nesse percurso, ir

construindo uma competência que, progressivamente, o estimule a implicar-se, com

renovada confiança, em cada etapa vencida.

O desenvolvimento dessas competências exige que para o aluno sejam

garantidas oportunidades de:

• Contribuir para que tenha acesso a manifestações culturais de outros povos, para

que perceba as diferenças entre os usos, as convenções e os valores de seu

grupo social e os da comunidade que usa a língua estrangeira de forma crítica,

percebendo que não há cultura melhor que outra.

• Identificar no universo que o cerca a LE como cooperadora no sistema de

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241

comunicação, percebendo-se como parte integrante de um mundo multilíngue e

compreendendo o papel hegemônico que a Língua Espanhola desempenha neste

momento.

• Utilizar-se de estratégias que lhe permitam satisfazer as exigências comunicativas.

• Acompanhar a qualidade de seu desempenho e utilizar-se de recursos para

superação de dificuldades.

A capacidade de controlar a qualidade dos seus desempenhos e de utilizar

recursos de superação de dificuldades constituirá a chave, não só do sucesso do

grau de proficiência a ser atingido, mas também da sua formação posterior.

Entretanto, espera-se que o aprendizado nesta etapa dê ao aluno subsídios

suficientes para que seja capaz de compreender e ser compreendido na Língua

Estrangeira Moderna, de modo a vivenciar formas de comunicação que lhe

permitam perceber a importância deste conhecimento.

• Compreender os significados social e histórico da língua e sua dimensão

transformadora da prática.

CONTEÚDOS

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.

Gêneros Discursivos: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conformesuas esferas sociais de circulação.

Conteúdos Básicos: 1º ano

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

Esfera cotidiana de circulação:

• Bilhete

• Carta pessoal

• Cartão felicitações

• Cartão postal

• Convite

• Letra de música

• Receita culinária

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242

Esfera publicitária de circulação:

• Anúncio

• Comercial para radio

• Folder

• Paródia

• Placa

• Publicidade Comercial

• Slogan Esfera produção de circulação:

• Bula

• Embalagem

• Placa

• Regra de jogo

• Rótulo Esfera jornalística de circulação:

• Anúncio classificados

• Cartum

• Charge

• Entrevista

• Horóscopo

• Reportagem

• Sinopse de filme

Esfera artística de circulação:

• Autobiografia

• Biografia Esfera escolar de circulação:

• Cartaz

• Diálogo

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243

• Exposição oral

• Mapa

• Resumo Esfera literária de circulação:

• Conto

• Crônica

• Fábula

• História em quadrinhos

• Poema Esfera midiática de circulação:

• Correio eletrônico (e-mail)

• Mensagem de texto (SMS)

• Telejornal

• Telenovela

• Videoclipe PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor:

• Tema do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Finalidade do texto;

• Informatividade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Situacionalidade do texto;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Conhecimento de mundo;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas. Fatores de textualidade centradas no texto:

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244

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como

conectivos, gírias, expressões, repetições);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito. PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura

Fatores de textualidade centradas no leitor:

• Tema do texto;

• Conteúdo temático do gênero;

• Elementos composicionais do gênero;

• Propriedades estilísticas do gênero;

• Aceitabilidade do texto;

• Finalidade do texto;

• Informatividade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Situacionalidade do texto;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Conhecimento de mundo;

• Temporalidade;

• Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

• Intertextualidade;

• Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

• Partículas conectivas básicas do texto. PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita

Fatores de textualidade centradas no leitor:

• Tema do texto;

• Conteúdo temático do texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Propriedades estilísticas do gênero;

Page 244: COLÉGIO ESTADUAL JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS …...encaminharão para escolas e cursos de “segunda categoria”; os que abandonarão os estudos. Organizado dessa forma, o trabalho

245

• Aceitabilidade do texto;

• Finalidade do texto;

• Informatividade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Situacionalidade do texto;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Conhecimento de mundo

• Temporalidade;

• Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

• Intertextualidade;

• Partículas conectivas básicas do texto;

• Vozes do discurso: direto e indireto;

• Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das

palavras, figuras de linguagem;

• Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito);

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal e nominal. Conteúdos Básico – 2º ano

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

Esfera cotidiana de circulação:

• Comunicado

• Curriculum Vitae

• Exposição oral

• Ficha de inscrição

• Lista de compras

• Piada

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246

• Telefonema Esfera publicitária de circulação:

• Anúncio

• Comercial para televisão

• Folder

• Inscrições em muro

• Propaganda

• Publicidade Institucional

Esfera produção de circulação:

• Instrução de montagem

• Instrução de uso

• Manual técnico

• Regulamento Esfera jornalística de circulação:

• Artigo de opinião

• Boletim do tempo

• Carta do leitor

• Entrevista

• Notícia

• Obituário

• Reportagem

Esfera jurídica de circulação:

• Boletim de ocorrência

• Contrato

• Lei

• Ofício

• Procuração

• Requerimento Esfera escolar de circulação:

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247

Aula em vídeo

Ata de reunião

Exposição oral

Palestra

Resenha

Texto de opinião Esfera literária de circulação:

• Contação de história

• Conto

• Peça de teatro

• Romance

• Sarau de poema

Esfera midiática de circulação:

• Aula virtual

• Conversação chat

• Correio eletrônico (e-mail)

• Mensagem de texto (SMS)

• Videoclipe PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor:

• Tema do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Finalidade do texto;

• Informatividade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Situacionalidade do texto;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Conhecimento de mundo;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

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248

• Variações linguísticas. Fatores de textualidade centradas no texto:

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como

conectivos, gírias, expressões, repetições);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito. PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura

Fatores de textualidade centradas no leitor:

• Tema do texto;

• Conteúdo temático do texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Propriedades estilísticas do gênero;

• Aceitabilidade do texto;

• Finalidade do texto;

• Informatividade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Situacionalidade do texto;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Conhecimento de mundo;

• Temporalidade;

• Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

• Intertextualidade;

• Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

• Partículas conectivas básicas do texto;

• Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas,

sublinhadas, números, substantivos próprios;

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249

• Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais

recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.

PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita

Fatores de textualidade centradas no leitor:

• Tema do texto;

• Conteúdo temático do texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Propriedades estilísticas do gênero;

• Aceitabilidade do texto;

• Finalidade do texto;

• Informatividade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Situacionalidade do texto;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Conhecimento de mundo;

• Temporalidade;

• Referência textual. Fatores de textualidade centradas no texto:

• Intertextualidade;

• Partículas conectivas básicas do texto;

• Vozes do discurso: direto e indireto;

• Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das

palavras, figuras de linguagem;

• Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito);

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal e nominal.

Page 249: COLÉGIO ESTADUAL JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS …...encaminharão para escolas e cursos de “segunda categoria”; os que abandonarão os estudos. Organizado dessa forma, o trabalho

250

Conteúdos Básicos –Aprimoramento

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Gêneros Discursivos: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme

suas esferas sociais de circulação.

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

Esfera cotidiana de circulação:

• Carta pessoal

• Exposição oral

• Piada

• Letra de música

• Comunicado

Esfera publicitária de circulação

• Paródia

• Comercial de televisão

• Propaganda

• Anúncio

• Folder

Esfera produção de circulação

• Rótulo

• Embalagem

• Manual técnico

• Instrução de montagem

Esfera jornalística de circulação

Page 250: COLÉGIO ESTADUAL JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS …...encaminharão para escolas e cursos de “segunda categoria”; os que abandonarão os estudos. Organizado dessa forma, o trabalho

251

• Charge

• Reportagem

• Artigo de opinião

• Notícia

• Sinopse de filme

Esfera jurídica de circulação

• Requerimento

• Contrato

• Lei

Esfera escolar de circulação

• Texto de opinião

• Exposição oral

• Resumo

• Palestra

Esfera literária de circulação

• Histórias em quadrinhos

• Poema

• Peça de teatro

• Romance

Esfera midiática de circulação

• Aula virtual

• Conversação

• Viodeclipe

PRÁTICA DISCURSIVA: oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor:

• Tema do texto

• Aceitabilidade do texto

• Finalidade do texto

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• Intencionalidade do texto

• Situacionalidade do texto

• Papel do locutor e interlocutor

• Conhecimento de mundo

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos

• Adequação do discurso ao gênero

• Turnos de fala

• Variações linguísticas.

Fatores de textualidade centradas no texto:

• Marcas linguísticas:coesão,coerência, gírias, repetição,recursos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como

conectivos, gírias, expressões, repetições);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

PRÁTICA DISCURSIVA: leitura

Fatores de textualidade centradas no leitor:

• Tema do texto

• Conteúdo temático do texto

• Elementos composicionais do gênero

• Aceitabilidade do texto

• Propriedades estilísticas do gênero

• Finalidade do texto

• Informatividade do texto

• Intencionalidade do texto

• Situacionalidade do texto

• Papel do locutor e interlocutor

• Conhecimento de mundo

• Temporalidade

• Referência textual

Fatores de textualidade centradas no texto:

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253

• Intertextualidade

• Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito)

• Partículas conectivas básicas do texto

• Elementos textuais: levantamento lexical de palavras negritas, sublinhadas,

números, substantivos próprios.

• Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens léxicos

recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.

PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita

Fatores de textualidade centradas no leitor

• Tema do texto

• Conteúdo temático do texto

• Elementos composicionais do gênero

• Aceitabilidade do texto

• Propriedades estilísticas do gênero

• Finalidade do texto

• Informatividade do texto

• Intencionalidade do texto

• Situacionalidade do texto

• Papel do locutor e interlocutor

• Conhecimento de mundo

• Temporalidade

• Referência textual

Fatores de textualidade centradas no texto:

• Intertextualidade

• Léxico: emprego de repetição, conotação, denotação, polissemia, formação das

palavras, figuras de linguagem.

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito)

• Partículas conectivas básicas do texto

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• Acentuação gráfica

• Ortografia

• Concordância verbal e não verbal. METODOLOGIA

O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula, a partir do

entendimento do papel das línguas na sociedade é mais que meros instrumentos de

acesso a informação. O aprendizado de línguas estrangerias são também possibilidades

de conhecer expressar e transformar modos de entender o mundo e construir

significados. Dessa forma, que o ensino de língua estrangeira se constitua por meio da

compreensão da diversidade linguística e cultural para que o aluno se envolva

discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e oralidade levando em conta

seu conhecimento prévio.

A utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno identifique as

diferenças estruturais e funcionais a autoria e a que público se destina. As estratégias

metodológicas para que o aluno conheça novas culturas e que não há uma cultura melhor

que a outra mas sim diferentes.

A exploração de vários recursos como aulas expositivas e dialogadas,

trabalhos em grupo, produção escrita e produção oral de forma interativa em busca de

melhores resultados na aprendizagem. Para isso materiais como livro didático, dicionário,

livro paradidático, vídeo, CD, DVD, CDROM, internet, TV multimídia serão utilizados para

facilitar o contato e a interação com a língua e a cultura.

Para tanto, serão utilizadas as metodologias abaixo relacionadas:

• Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;

• Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;

• Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;

• Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal e informal;

• Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões

sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas

e outros;

• Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

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• Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;

• Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como:

gráficos, fotos, imagens, mapas;

• Socializar as ideias dos alunos sobre o texto;

• Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do

gênero, da finalidade;

• Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

• Acompanhar a produção do texto;

• Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias),

dos elementos que compõem o gênero;

• Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade

temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;

• Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

• Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a

referência textual;

• Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;

• Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.

Nas metodologias aplicadas, deve-se levar em consideração quais os saberes

que o educando traz e quais ele vai adquirir, em busca dessa interação as habilidades da

LEM são vistas como plurais, complexos e dependentes de contextos específicos. As

metodologias devem, portanto, vir de encontro com as necessidades regionais, levando o

educando a criar seu próprio conhecimento: um aprendizado que leve em conta a sua

realidade e lhe traga novas perspectivas de vida.

AVALIAÇÃO

A avaliação na aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro

significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida.

Depreende-se, portanto que a avaliação da aprendizagem da língua estrangeira precisa

superar a concepção do mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto

que ela se configura como processual e como tal, objetiva subsidiar discussões a cerca

das dificuldades e avanço dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de

ensino aprendizagem.

Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na construção do

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significado nas práticas discursivas sera a base para o planejamento das avaliações ao

longo do processo de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica,

somativa e cumulativa. A avaliação da aprendizagem será um processo constante tendo

medida de observação no desempenho nas atividades propostas que serão analisadas e

consideradas como subsídios.

Para a avaliação do desempenho dos alunos levar-se-á em consideração os

objetivos propostos no Regimento Escolar, bem como do Projeto Político Pedagógico da

Escola e serão utilizados os seguintes instrumento: provas, trabalhos individuais e em

grupos, produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de articulação

entre teoria e prática, com o objetivo maior que o aluno atinja as seguintes expectativas:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);

• Apresente suas ideias com clareza, coerência;

• Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;

• Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;

• Exponha seus argumentos;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em

língua materna);

• Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas

exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Identifique o conteúdo temático;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo e denotativo;

• Análise as intenções do autor;

• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

• Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência

textual;

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• Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e

elementos culturais.

• Expresse as ideias com clareza;

• Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,

atendendo:

• às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);

• à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do

artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em

conformidade com o gênero proposto;

• Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos

atrelados aos gêneros trabalhados;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.

A recuperação para o aluno que não atingir resultados satisfatório se dará por

meio de recuperação de conteúdo.

A expressão dos resultados da avaliação será feita conforme o previsto no

Regimento Escolar, e a média anual corresponderá a média aritmética dos resultados dos

trimestres, conforme o que segue:

Média Anual (MA) = 1º Tri. + 2º Tri. + 3º Tri.

3

Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente

inseridos no sistema informatizado para fins de registro de documentação escolar.

REFERÊNCIAS

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BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna: a sociolinguística na sala

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04/98,de 29 de janeiro de 1998. Diretrizes curriculares nacionais para o ensino

fundamental. Relatora Conselheira: Regina Alcântara de Assis. Diário Oficial da União,

Brasília, p.31, 15 abr. 1998.

BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.

Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.

Parâmetros curriculares nacionais - ensino médio: língua estrangeira. Brasília:

MEC/SEF,1999.

BRIONES, Ana Isabel – Español ahora, volume único/ Ana Isabel Briones, Eugênia

Flavian, Gretel Eres Fernandéz – São Paulo: Moderna, 2005.

BRUNO, Fátiam Cabral – Hacia el español, curso de lengua y cultura hspánica, nível

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FARACO, C. A . Português: língua e cultura – manual do professor. Curitiba: Base,

2005.

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HYMES, D. H. Reiventing Anthropology. USA. Ann Arbor Paperbacks, 1972. KRAUSE-LEMKE, C. Complexa relação entre teoria e prática no ensino de língua

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JIMENEZ, Felipe Pedraza – vamos a hablar: curso de lengua española, volume 2- São

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JORDÃO, C. M. O ensino de língua estrangeira: de código a discurso. In: KARWOSKI,

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MENDONÇA, M. R. S. Análise linguística no ensino médio: Um novo olhar, um novo

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MEURER, J. L. O trabalho de leitura crítica: recompondo representações, relações e

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MOITA LOPES, L. P.; ROJO, R. H. R. Linguagens, códigos e suas tecnologias. In:

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RAMOS, PC A avaliação desmistificada. São Paulo: Artmed, 2001.

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VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989a.

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PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA OS PROFESSORES

A ação educacional, por ser contextualizada, é sempre passível de

transformação. É influenciada pelos avanços da investigação científica nas áreas afins,

pelo momento político em que tem lugar, pelo modo como o professor pensa e age nas

diferentes situações da vida, dado que as dimensões profissional e pessoal estão

intimamente relacionadas em sua atuação. O desenvolvimento profissional tem

implicação direta no desenvolvimento da pessoa como ser cultural e político, e vice-versa.

Muitas vezes, isso requer do professor reconsiderar valores e descobrir novas

possibilidades de usufruir da cultura e da participação social.

Portanto, a formação é aqui entendida como processo contínuo e permanente

de desenvolvimento, o que pede do professor disponibilidade para a aprendizagem, da

formação, que o ensine a aprender, e do sistema escolar no qual ele se insere como

profissional, condições para continuar aprendendo. Ser profissional implica ser capaz de

aprender sempre.

Sendo assim, o processo de construção do conhecimento profissional do

professor é contínuo devido a pelo menos quatro exigências:

• O avanço das investigações relacionadas ao desenvolvimento

profissional do professor.

• O processo de desenvolvimento pessoal do professor, que o leva a

transformar seus valores, crenças, hábitos, atitudes e formas de relacionar com a vida

e, consequentemente, com a sua profissão.

• A inevitável transformação das formas de pensar, sentir e atuar das

novas gerações em função da sociedade em suas estruturas materiais institucionais,

nas formas de organização da convivência e na produção dos modelos econômicos,

políticos e sociais.

• O incremento acelerado e as mudanças rápidas no conhecimento

científico, na cultura, nas tecnologias da comunicação, elementos básicos para a

construção do currículo escolar.

A formação continuada não pode ser, portanto, algo eventual, nem apenas um

instrumento destinado a suprir deficiências de uma formação inicial malfeita ou de baixa

qualidade, mas, ao contrário, deve ser sempre parte integrante do exercício profissional

de professor. Essa perspectiva leva a afirmar a necessidade de transformar o modo como

se dão os diferentes momentos da formação de professores (formação inicial e formação

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continuada), para criar um sistema de formação que promova o desenvolvimento

profissional, integrando as diferentes instituições responsáveis em um plano comum .

Para que o Projeto Político Pedagógico seja um processo vivo de educação

continuada dos professores é preciso uma mudança de cultura profissional, que permite

um clima cooperativo, mantendo a todos motivados e envolvidos.

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PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL, INTERNA E SISTEMÁTICA

Assim como todas as demais ações previstas no Projeto Político Pedagógico, a

avaliação do trabalho da escola e dos profissionais, além da dos alunos, é de grande

importância para permitir o redirecionamento do trabalho, sempre que necessário. Os

sistemas de Ensino e consequentemente as escolas só têm uma cultura de avaliação

voltada para os alunos. Temos como desafio criar uma cultura de avaliação que se realize

na rotina da escola e que envolva a todos. Nesse sentido, é importante combinar ações

de avaliação externa à escola com avaliações feitas no seu interior, envolvendo as

equipes de Professores, de Direção , Equipes Pedagógicas e funcionários.

A avaliação do trabalho da escola (ainda incipiente) prevê avaliação do aluno,

dos profissionais envolvidos, do trabalho escolar à comunidade, da aplicação dos

recursos financeiros e do Projeto Político Pedagógico.

Avaliação do aluno

No Ensino Fundamental, a avaliação é realizada através da análise dos

índices alcançados no IDEB e SAEB, Olimpíada de Matemática e Avaliação do

Rendimento Escolar feito pela Secretaria da Educação do Paraná.

No Ensino Médio, incentiva-se a participação dos alunos no exame do ENEM,

cujo modelo de avaliação vem de encontro as novas Diretrizes Curriculares do Curso.,

bem como a participação nas avaliações promovidas pelo MEC.

No Ensino Médio, os professores, juntamente com a Equipe Pedagógica

trabalham com análise dos índices do IDEB, ENEM, Olimpíada de Matemática,

utilizando-os como referenciais para elaboração de propostas pedagógicas inovadoras,

voltadas à melhoria da qualidade do ensino em nosso colégio. No ensino Fundamental, os

índices de aproveitamento obtidos pelos alunos, juntamente com os instrumentos

avaliativos, são utilizadas em reuniões, onde se procura detectar as deficiências

apresentadas e busca-se alternativas de trabalho com vistas a melhorar os índices

obtidos e sanar as dificuldades encontradas.

Ao final do período letivo, cada aluno preenche uma ficha com questões

objetivas sobre seu desempenho, que é entregue pelo Professor responsável pela turma,

que os orienta quanto ao preenchimento e quanto a seriedade do trabalho. Ao final, é feita

tabulação dos resultados para análise, com vistas a superação de dificuldades e busca de

soluções para os problemas detectados.

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Avaliação de desempenho dos profissionais

Conforme programado no início do ano letivo, durante o mês de novembro,

cada profissional que atua no Estabelecimento preenche uma ficha com questões

objetivas sobre seu desempenho que é entregue à Equipe Pedagógica (professores) e ao

Diretor (demais funcionários). É feita uma tabulação dos dados coletados e, em reuniões

setoriais, enfatiza-se aspectos positivos do desempenho e em equipe busca-se sugestões

que visem a superação das dificuldades ou deficiências.

Avaliação do trabalho da escola, pela comunidade

Com ajuda da professora de sociologia e seus alunos é aplicado na

comunidade um questionário, por amostragem, para levantar pontos positivos e

negativos, do trabalho da escola e sugestões de melhoria.

Com a comunidade interna a escola utiliza a caixa de sugestão, onde os

professores, alunos e funcionários depositam a avaliação de desempenho da escola e

suas sugestões, através de preenchimento da mesma ficha entregue a comunidade.

Com esse material é feita a tabulação de dados, separadamente, para verificar

o resultado obtido pela comunidade interna e externa. Estes dados subsidiam as reflexões

sobre o trabalho desenvolvido durante o ano para análise do que deu certo ou errado, o

que precisa ser mudado.

Além das formas anteriormente citadas, a Equipe Pedagógica da escola,

juntamente com o Diretor, a Diretora Auxiliar, Equipe de Professores, ao concluírem a

execução de um projeto fazem uma avaliação do trabalho desenvolvido, em cada uma de

suas etapas, buscando o maior número de opiniões , se possível junto a alunos e

familiares para verificar: pontos positivos, falhas, viabilidade de realização do projeto no

ano seguinte, alterações necessárias.

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AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS DA ESCOLA

Fundo Rotativo: utilizado para aquisição de produtos alimentícios para

complementação da merenda, materiais de limpeza, material escolar para alunos

carentes, de expediente, materiais esportivos e reparos na instalação do prédio.

Dinheiro direto na escola: utilizado para aquisição de materiais permanentes

e de consumo necessários à escola. As necessidades são levantadas junto aos

professores e funcionários da escola. Para a sua aplicação é feito um Plano aprovado

pelo Conselho Escola e APMF.

Das verbas do Fundo Rotativo são feitas prestações de contas,

semestralmente, pelo Diretor da Escolar, que é o gestor dessa verba.

Do dinheiro direto na escola (verba única) é feita prestação de contas pela

APMF, que é também gestora da verba.

AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Em face de uma sociedade em constante transformação econômica, política,

social e cultural, com uma intensa busca de novas e modernas tecnologias, influenciada

pelas diferentes mídias: impressas, televisivas, virtuais, auditivas e etc, que tem de modo

enfático contribuído para a socialização das novas gerações, torna-se necessário o

constante aprimoramento e redirecionamento do PPP através de uma contínua avaliação

do mesmo, a qual será realizada durante o ano letivo, com o envolvimento das instâncias

colegiadas (Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil), através de discussões e

observações das ações que estão sendo contempladas ou não, e os pontos positivos e

negativos, ajudando assim, toda a comunidade escolar, a repensarem na prática

Pedagógica, buscando superar a tendência de rotinização e modismo que por vezes

ficam impregnadas dentro das práticas escolares.

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ANÁLISE DOS ÍNDICES DE REPROVAÇÕES E APROVAÇÕES POR CONSELHO DE

CLASSE NO ANO DE 2016 E AÇÕES PEDAGÓGICAS A SEREM DESENVOLVIDAS

NO ANO DE 2017

Analisando-se os crescentes índices do aumento de reprovações a partir do

ano letivo 2014, a equipe pedagógica e professores apontam que grande parte do

fracasso dos alunos ocorre por falta de interesse dos pais em relação ao ensino dos

filhos, a re beldia dos alunos, os distúrbios orgânicos, a necessidade de trabalhar para

ajudar em casa; a Hiperatividade ou Disfunção Cerebral Mínima, que o aluno não

consegue se con centrar, por isso perturba a aula e é sempre irriquieto. Aliado a essas

causas orgânicas, outros fatores como a falta de conhecimentos dos pais e o cansaço

ao fim de um dia de trabalho favorecem para que os mesmos não acompanhem os

filhos nas tarefas escolares e os estimulem.

Acrescenta-se a isso a desmotivação dos professores em consequência da po-

lítica econômica aplicada à educação nas últimas décadas e que, somadas às anteriores,

contribuem para o fracasso do aluno na escola. Embora os problemas citados acima inter-

firam no aprendizado, no baixo rendimento escolar e no alto índice de retenção, estes não

se explicam unicamente pelos fatores citados, pois os professores do modo geral alegam

ainda, que os alunos são também prejudicados pelo amadurecimento precoce,estimulado

por situações vivenciadas no meio social. Com isso, perdem a oportunidade de fazer o

que é mais importante para eles, brincar, imaginar e criar. Ao ingressar no mercado de

trabalho, os adolescentes deixam de frequentar a escola com assiduidade e perdem a

possibilidade de ascensão social através da educação.

Por sua vez, a equipe pedagógica ressalta ainda que os desempenhos

insuficientes de um número significativo de alunos ocorrem por metodologias utilizadas

pelos professores pouco diversificadas; pela falta de trabalho em equipe; novamente a

insuficiente participação dos pais; o desinteresse da parte significativa da comunidade

educativa por atividades não letivas; a falta de formação adequada do pessoal auxiliar de

ação educativa; da insuficiente reflexão pedagógica nos domínios da articulação e

diversificação curricular, a falta de apoio e complementos educativos, o não

acompanhamento pedagógico e a não avaliação do sucesso escolar pelos pais, e assim

como a não articulação do Plano Anual de Atividades letivas com o Projeto Político

Pedagógico da Escola, também contri- buem para aumentar o elevado índice de retenção

dos alunos.

É sabido também que no geral, a preocupação maior dos professores tem sido

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com a quantidade de conteúdos a serem trabalhados com os alunos e que estes, muitas

vezes, se esquecem de que é a qualidade, o fator essencial. Trabalhar quantidade e qua-

lidade é tarefa árdua e às vezes difícil de uni-las. Dificuldades de aprendizagem vão sen-

do “empurrados” para as séries seguintes até terminar o Ensino Médio, ou até desistir no

meio do percurso escolar.

A equipe pedagógica e professores, na tentativa de reduzir o quadro de reten-

ção e aprovação por Conselho de Classe, propõem a realização de atividades extracurri -

culares na própria escola, como forma de melhorar o clima na instituição, de fazer com

que pais, alunos e professores se conheçam melhor e possam interagir, unindo-se pelo

mesmo objetivo.

Portanto, fica constatado nessa análise que as causas do índice de reprovação

dos alunos, são complexas e que resultam da somatória de fatores educacionais, sociais

e políticos e econômicos.

Quanto às aprovações por Conselho de Classe, o que se percebe é que os

professores têm dificuldades em conceber que o Conselho de Classe é um momento pri

vilegiado de análise coletiva, tanto do professor quanto do aluno. Na realidade, o que

ocorre é que os alunos são tratados como um “objeto de avaliação”, e a discussão recai

sempre nos problemas de comportamento dos alunos em sala de aula. O grupo de pro-

fessores não consegue fazer nenhuma proposta de trabalho para melhorar a situação dos

alunos, e não consegue sequer detectar os principais problemas da classe, apenas dizem

que os problemas são: “não traz material”, “falta pré-requisito”; “falta hábito de estudo”;

“faltoso” etc. No entanto, nota-se que pouco tem sido feito para reverter essa situação,

e com isso, o índice de aprovação por Conselho é bastante alto.

A relação interpessoal cria um estímulo favorável nos alunos, pois quando o

aluno sente que é importante no contexto da escola, sua atitude muda. Ele passa a dar

mais atenção a coisas que antes considerava supérfluas. Fica mais interessado e melhora

sua frequência e interesse pelas atividades escolares que consequentemente aumentará

o índice de aprovação dos alunos

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ENSINO FUNDAMENTAL TURMA TURNO Nº MATRÍCULA APROVADOS REPROVADOS DESISTENTES TRANSF.

EXPEDIDA APROVADOS

PELO CONSELHO

6º MANHÃ 60 51 02 04 02 00

6º TARDE 38 10 08 07 13 00

7º MANHÃ 72 56 08 02 06 04

7º TARDE 35 16 11 01 07 02

8º MANHÃ 64 47 08 07 05 05

8º TARDE 54 33 07 07 07 01

9º MANHÃ 56 52 03 01 00 06

9º TARDE 25 15 02 03 05 02

ENSINO MÉDIO

1º MANHÃ 74 52 13 08 01 04

1º NOITE 52 22 01 25 04 01

2º MANHÃ 71 60 02 05 04 04

NOITE 40 23 07 08 02 01

MANHÃ 38 38 00 00 00 02

NOITE 31 22 01 06 02 03

IDEB OBSERVADO

METAS PROJETADAS

ESCOLA

2005

2007

2009

2011

2013

2015

2007

2009

2011

2013

2015

2017

2019

2021

JOAQUIM

M.MACHADO DE ASSIS

2,9

3,4

3,1

2,9

2,9

3,5

3,0

3,1

3,4

3,8

4,2

4,4

4,7

5,0

TEMÁTICA META AÇÃO ENVOLVI MENTO

PREVISÃO/CRO NOGRAMA

Aprovação/ Reprovação ou Desempenho escolar

• Redução do número de

reprovação que gira em

torno de 10%, para 5%

ao final de 2017

• Reuniões

periódicas com

pais ou

responsáveis para sugestões de melhorias e maior comprometimento da família no acompanhamento dos estudos de seus filhos;

• Incentivar os

Professors a participarem das capacitações, comoforma,de estabelecer n ovas estratégias metodológicasa serem apresentadas em sala de aula;

Pais, direção, professores e equipe pedagógica

1º e 2º semestre de 2017

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268

PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES PERIÓDICAS DE

CONTRATURNO PARA O ANO DE 2017

As Atividades Complementares Curriculares de Contraturno visam a expansão de

atividades pedagógicas realizadas na escola como complementação curricular,

vinculadas ao Projeto Político Pedagógico, a fim de atender às especificidades da

formação do aluno e de sua realidade. As Atividades Pedagógicas de Complementação

Curricular têm os se- guintes objetivos:

• Dar condições para que os profissionais da educação, os educandos da

Rede Pública Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes

atividades pedagógicas no estabelecimento de ensino no qual estão

vinculados, além do turno escolar;

• Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em

atividades pedagógicas de seu interesse;

• Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar,

fazendo a interação com colegas, professores e comunidade.

O Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis, está ofertando

este ano de 2017 as seguintes atividades em contraturno:

• Aulas de treinamento especializado FUTSAL

• Novo Mais Educação

Atividades realizadas durante o ano de 2017

Concurso de Soletração

-Olimpíadas de Matemática

-Gincana Recreativa-Cultural

-Oficina de Jogos

- Show de talentos;

- Sarau;

Page 268: COLÉGIO ESTADUAL JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS …...encaminharão para escolas e cursos de “segunda categoria”; os que abandonarão os estudos. Organizado dessa forma, o trabalho

269

PROGRAMA NOVO MAIS EDUCAÇÃO

O Programa Mais Educação, instituído pela Portaria Interministerial nº 17/2017

e regulamentado pelo Decreto 7.083/10, constitui-se como estratégia do Ministério da

Educação para induzira ampliação da jornada escolar e a organização curricular na pers

pectiva da educação integral.

O Programa Mais Educação, passou a ser denominado Programa Novo Mais

Educação criado pela Portaria MEC nº 1.144/2016 e regido pela Resolução FNDE nº

5/2016, é uma estratégia do Ministério da Educação que tem como objetivo melhorar a

aprendizagem em língua portuguesa e matemática no ensino fundamental, por meio da

ampliação da jornada escolar de crianças e adolescentes. O Programa prevê a

reorganização dos tempos escolares, de modo a ampliar a permanência dos estudantes na

escola, com atividades de acompanhamento pedagógico e atividades complementares no

campo das artes, da cultura, do esporte e do lazer. Essas atividades têm como finalidade

contribuir para uma educação integral, além de promover novas oportunidades de

alfabetização e letramento, em especial, para as crianças e adolescentes com dificuldades

de aprendizagem. Além disso, outro objetivo do Programa consiste em reduzir o abandono,

a reprovação e a distorção idade/ano.

Em 2017, o Programa foi implementado por meio da realização de acompanhamento

pedagógico em Língua Portuguesa e Matemática e do desenvolvimento de atividades nos

campos de artes, cultura, esporte e lazer, impulsionando a melhoria do desempenho

educacional mediante a complementação da carga horária em cinco ou quinze horas

semanais no turno e contraturno escolar. O Programa tem por finalidade contribuir para a:

• alfabetização, ampliação do letramento e melhoria do desempenho em língua

portuguesa e matemática das crianças e dos adolescentes, por meio de

acompanhamento pedagógico específico;

• redução do abandono, da reprovação, da distorção idade/ano, mediante a

implementação de ações pedagógicas para melhoria do rendimento e desempenho

escolar;

• melhoria dos resultados de aprendizagem do ensino fundamental, nos anos iniciais e

finais;

• ampliação do período de permanência dos alunos na escola.

O Programa Novo Mais Educação será implementado nas escolas públicas de ensino

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270

fundamental, por meio de articulação institucional e cooperação com as secretarias

estaduais, distrital e municipais de educação, mediante apoio técnico e financeiro do

Ministério da Educação - MEC. O Colégio Estadual Joaquim Maria Machado está ofertando

as seguintes atividades neste ano de 2017:

• Acompanhamento

pedagógico em Língua

Portuguesa

• Acompanhamento

pedagógico em

Matemática

Page 270: COLÉGIO ESTADUAL JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS …...encaminharão para escolas e cursos de “segunda categoria”; os que abandonarão os estudos. Organizado dessa forma, o trabalho

271

COLÉGIO ESTADUAL JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROFESSORA: Hélida Maria Minguette DISCIPLINA: Educação Física

PROPOSTA PEDAGÓGICA - ATIVIDADE COMPLEMENTAR

MACROCAMPO Esporte e lazer - Futsal

TURNO Vespertino

OBJETIVOS Proporcionar aos alunos um espaço atrativo que favoreça a permanência dos mesmos no contexto educativo, criando um ambiente saudável para o convívio escolar, resgatando a cidadania através da prática do esporte, de forma educativa, vivenciando aspectos técnicos, táticos e regras desse esporte.

CONTEUDOS Domínio do corpo Habilidades básicas Jogos pré-desportivos Jogos adaptados Jogos com ou sem unidade de jogo Brincadeiras Manipulação de bola Habilidades básicas Passe Recepção Drible Sistemas de ataque e defesa comuns aos esportes coletivos Início ao futsal Habilidades específicas Sistemas: ofensivo e defensivo, tarefas (circuitos de atividades) Utilização de vídeos Observações de jogos ao vivo ou pela televisão.

ENCAMINHAMENTO Os trabalhos serão desenvolvidos em turno inverso as

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272

METODOLÓGICO das atividades escolares dos alunos. As atividades estarão direcionadas ao desenvolvimento das habilidades físico-mentais: consciência corporal, coordenação, flexibilidade, ritmo, agilidade, equiilíbrio, percepção espaço-temporal e descontração dos fundamentos do futsal.

AVALIAÇÃO - O aluno será avaliado de acordo com sua participação e desenvolvimento nos trabalhos em grupo; - Compreensão do aluno sobre o que foi proposto; - Participação em atividades propostas pelo professor.

RESULTADOS ESPERADOS Para o aluno: Espera-se que o aluno tenha atitudes sociais de maior denvoltura, auto-estima, autoconfiança, capacidade organizativa e participativa e consequentemente aumentar a assiduidade e a aprovação dos alunos. Para a escola: Tornar a escola um espaço atrativo, mais lúdico e que busca a efetivação do conhecimento através de diferentes atividades que possam resultar no reconhecimento de vários talentos. Para a comunidade: A comunidade se beneficiará frente ao projeto através dos resultados obtidos pelos alunos e escola, refletindo em uma sociedade humanitária e com uma melhor qualidade de vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física da Educação Básica do Paraná. Curitiba 2008.

BECKER júnior, Buenno. Manual de Psicologia do esporte & exercício. Porto Alegre: 2000.

PARECER DO NRE

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273

CALENDÁRIO ESCOLAR

O Colégio propõe anualmente seu Calendário Escolar com base no que deter-

mina a Lei 9394/96, que estabelece um mínimo de 800 (oitocentas) horas, distribuídas

por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar. Nele constam 60 (ses-

senta) dias de férias escolares, das quais 30) trinta dias estão previstas no mês de janei

ro, para garantir ao professor 30 (trinta) dias consectivos de férias. O restante dos dias

estão divididos entre os meses de fevereiro e julho. O calendário escolar prevê os feria

dos oficiais do ano, um dia de feriado próprio do município e os recessos escolares, as

reuniões pedagógicas aos sábados . Antes do início do período leti vo são previstos três

dias de Formação Continuada, onde são estudados assuntos de re - levância pedagógica,

normalmente estipulados antecipadamente pela SEED, bem como dois dias para

Planejamento, onde os professores reúnem-se por disciplina para a elabo- ração de seu

Plano de Trabalho Docente. No início do segundo semestre um dia é desti - nado para

replanejamento, e essa atividade é realizada no contraturno. Para as reuniões de

Conselho de Classe é destinado um dia por bimestre, onde se avalia o resultado do

trabalho escolar, caracterizado pelo desempenho dos alunos e para estabelecer estraté -

gias de melhoria de resultados de acordo com as necessidades educacionais individuais

e coletivas dos alunos. Também são previstas Reuniões Pedagógicas, que acontecem

em contraturno, como garantia das oitocentas horas previstas em Lei.

Page 273: COLÉGIO ESTADUAL JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS …...encaminharão para escolas e cursos de “segunda categoria”; os que abandonarão os estudos. Organizado dessa forma, o trabalho

274

CALENDÁRIO ESCOLAR 2017

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275

PLANO DE AÇÃO – 2017

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276

DIMENSÃO

PROBLEMA/DESA FIO

CAUSA DO PROBLEMA

AÇÕES (O QUE FAZER)

RECURSOS (COM O QUE)

CRONOGRAMA

(QUANDO)

ENVOLVIDOS

(PARTICIPANTES DA AÇÃO)

METAS PARA 2017

RESULTADOS ESPERADO

RESPONSÁVEL

GESTÃO ESCOLAR

DEMOCRÁTICA

1.Falta de cumprimento das regras e comprometimento de todos os envolvidos.

1.Falta de fiscalização para o cumprimento de regras

1. Empenho e fiscalização de regras que regem a escola, com sanções, se for caso e conscientização dos alunos para cumprimento das regras e conversa individual com os alunos.

1. Presença dos pais e alunos para ciência do Regimento Escolar

1. Do 1ºTrimestre até o 3º Trimestre

1. Toda a comunidade escolar

1. Cumprimento das regras por todos

1. Cumprimento das regras por todos

Direçao

2. Omissão dos pais nos compromissos agendados pela escola e falta de comprometimento.

2. Participação mínima dos pais nas reuniões da escola .

2. Reestruturação das reuniões de pais juntamente com os professores . 2.1. Conscientização dos pais sobre a importância da participação nos compromissos agendados pela escola e reuniões periódicas para explanar sobre a escola e seus problemas.

2 . Trabalho motivacional para incentivo a uma maior participação dos pais nos compromissos com a escola. Reuniões.

2 .Do 1º Trimestre até o 3º Trimestre 3- A cada dois meses.

2. Direção, Equipe Pedagógica, Professore s e Pais.

2 . Maior participação dos pais nos compromissos agendados pela escola.

2. Maior participação dos pais nos compromissos agendados pela escola.

Direçao e Equipe Pedagógica e professores.

PRÁTICA

PEDAGÓGICA

1.Baixo rendimento escolar, gerando um baixo índice nas avaliações institucionais (SAEP, SAEB e PROVA BRASIL)

1. Metodologias inadequadas, gerando desmotivação e em consequência baixo rendimento escolar. Desinteresse da sociedade pela educação.

1. Trabalhar metodologias diversificadas

1 . Capacitação dos professores, troca de experiências e metodologias diversificadas

1. Do 1º Trimestre até o 3º Trimestre

1. Toda comunidade escolar.

1. Melhoria da aprendizagem do aluno e os índices das avaliações institucionais.

1. Melhoria da aprendizagem do aluno e os índices das avaliações institucionais.

1.Direçao, Equipe Pedagógica, Professores e Pais

2.O processo ensino aprendizagem não se estrutura de maneira desafiadora e significativa, interferindo no atendimento diferenciado aos alunos, na transformação do Espaço Escolar em ambiente formador.

2. Construção de um planejamento didático mais contextualizado e globalizador que atenda às reais necessidades dos alunos.

2. O uso de recursos didáticos suficientes e instigadores.

2 . Reuniões periódicas para discussão e aprimoramento das práticas pedagógicas.

2 . Do 1º Trimestre até o 3º Trimestre

2 . Direção, Equipe Pedagógica, Professores

2. Estruturação do processo ensino aprendizagem de maneira desafiadora e significativa, permitindo o atendimento diferenciado aos alunos, na transformação do Espaço Escolar em ambiente formador .

2. Estruturação do processo ensino aprendizagem de maneira desafiadora e significativa, permitindo o atendimento diferenciado aos alunos, na transformação do Espaço Escolar em ambiente formador .

2 . Direção, Equipe Pedagógica, Professores

AVALIAÇÃO

1. Desinteresse pelo processo

avaliativo

1. Falta de

perspectiva e apoio da família

1. Ações

avaliativas que despertem

interesse dos

1. Através de

conversação com os alunos buscando

1. Do 1ºTrimestre

até o 3º

1. Direção

,Equipe Pedagógica

,

1. Maior participação no processo

1. Maior participação no processo avaliativo e

1. Direção, Equipe Pedagógica e Pais

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277

alunos em busca sucesso no

processo ensino e aprendizagem

incentivá-los e motivá -los para

buscar um melhor resultado

Trimestre Professores e Pais

avaliativo e melhoria do aspecto quantitativo e qualitativo.

melhoria do aspecto quantitativo e qualitativo.

ACESSO, PERMANÊN

CIA E SUCESSO

1. Abandono

Escolar 2. Falta de integração entre a equipe escolar, professores, funcionários e direção

1. Desmotivação do aluno e da

família

2. Falta de entrosamento e harmonia do colegiado.

1. Entrar em contato com a família, Conselho Tutelar e Ministério Público. Acolhimento aos alunos que retornam.

1. Através de comunicados,

contato telefônico, e-mails e

acionamento do Conselho Tutelar.

2. Reunião com professores, pedagogos, funcionários e equipe diretiva

1. Do

1ºTrimestre até o 3º Trimestre

2. Do 2º Trimestre até o 3º Trimestre

1. Direção,Equipe Pedagógica e Professores e Conselho Tutelar 2. . Direção ,Equipe Pedagógica, Funcionários Professores e

1. Diminuir efetivame

nte o número de

alunos que

abandonam a escola

2.Efetivação das atividades que exercitem o trabalho coletivo.

1. Diminuir efetivamente o número de alunos que abandonam a escola 2. Maior harmonia no espaço escolar

1.Direção, Equipe Pedagógica e Pais 2. Direção professores, Equipe Pedagógica e Funcionários.

• Conversa com o aluno de forma a conhecer o motivo do abandono

• Diálogo, comprometimento de todos, proposta de trabalho coletivo para maior integração.

AMBIENTE EDUCATIVO

1`.Falta de espaço na Biblioteca, no Laboratório de Ciências, reforma do anexo e sala para hora-atividade.

Morosidade dos órgãos públicos no processo de ampliação dos espaços escolares

• Ampliar os espaços de forma a deixa-los a realização das atividades pedagógicas

1.Buscar recursos junto aos órgãos competentes.

1.Durante o segundo semestre de 2016.

1..SEED, Direção Professores, Equipe Pedagógica e Comunidade

1.Ampliação dos espaços escolares

1.Ampliação dos espaços escolares

SEED, Direção e Comunidade escolar

FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ESCOLA

1.Desinteresse dos profissionais na participação de capacitações realizadas pela SEED. Falta de políticas públicas efetivas para resolver os problemas levantados nas capacitações, falta de retorno do núcleo e da SEED diante dos problemas relatados.

1. Desvalorização da profissão e falta de compromisso das autoridades competentes em cumprir o estabelecido no Plano de Cargos e Carreira

1.Despertar o interesse e motivá-lo na busca da atividade profissional de formação prazerosa e significativa.

1. Através de reuniões que busquem incentivar o professor, levando-os a uma maior participação nos eventos de capacitação.

1. Do 1ºTrimestre até o 3º Trimestre

1. Direção, Equipe Pedagógica , Professores e Pais

1. Participação efetiva nos cursos realizados

1. Participação efetiva nos cursos realizados

1.Direção, Equipe Pedagógica

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278

CADERNO DE SUBSÍDIOS

APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO E DESEMPENHO ESCOLAR

“A educação brasileira tem problemas sérios de qualidade e acesso. Sabemos

também que têm havido melhoras importantes. A dúvida é se essas melhoras

caracterizam um avanço contínuo que em poucos anos nos colocará no mesmo nível dos

países mais desenvolvidos ou se estamos diante de um impasse. Se há um “teto de vidro”

que temos dificuldade em enxergar, mas que nos impede de avançar com a velocidade e a

qualidade que precisamos, fazendo uso adequado dos recursos disponíveis. Algumas

pequenas melhoras que parecem ter surgido mais recentemente nas avaliações são

restritas demais, dispersas e sujeitas a questionamentos estatísticos, e não justificam o

tom de euforia eleitoral que o Ministério da Educação tem adotado a respeito delas.”

(Schartzaman, 2011).

As reformas necessárias na educação brasileira incluem uma mudança nos

sistemas de formação e contratação de professores, fazendo com que eles sejam

capacitados para lidar com as necessidades educativas dos estudantes e sejam

estimulados e recompensados pelo seu desempenho.

Precisamos de uma transformação profunda no ensino médio, abrindo

caminho para opções e alternativas de formação conforme as condições de

aprendizagem e os interesses dos estudantes.

Diante disso apresentamos a planilha do resultado final de 2016 do Colégio

Machado de Assis, que confirma quão urgente precisamos nos posicionar perante a

situação que se apresenta.

Page 278: COLÉGIO ESTADUAL JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS …...encaminharão para escolas e cursos de “segunda categoria”; os que abandonarão os estudos. Organizado dessa forma, o trabalho

279

VIOLÊNCIA / DOGRADIÇÃO

Na última década a violência nas escolas tem preocupado o poder público e toda

sociedade, principalmente, pela forma como esta tem se configurado. O conflito e

violência sempre existiram e sempre existirão, principalmente, na escola, que é um

ambiente social em que os jovens estão experimentando, isto é, estão aprendendo a

conviver com as diferenças, a viver em sociedade.

O grande problema é que a violência tem se tornado em proporções inaceitáveis. Os

professores estão angustiados, com medo, nunca se sabe o que pode acontecer no

cotidiano escolar; os pais, preocupados. Não é raro os jornais noticiarem situações de

violência nas escolas, as mais perversas.

O que não existia antes e, que hoje tornou comum é que os jovens depredam a

escola, quebram os ventiladores, portas, vidros, enfim, tudo que é possível destruir, eles

destroem. Antes, não se riscava, não murchava ou cortava o pneu do carro do professor.

Agredir fisicamente ou fazer ameaças ao mestre, nem pensar. Não se se consumia drogas

e álcool no interior das escolas.

Muitas de nossas crianças e adolescentes passam por violências, e ficam calados –

algumas delas não têm coragem de revelar, outras, por medo da retaliação do agressor.

Essa violência entre colegas não é a única. A violência entre professores e alunos

também tem crescido. Assustadoramente, a violência de alunos contra professores é a

regra agora, e não mais o oposto. A violência não contra um ou outro, mas contra a

escola mesmo, em todos os sentidos e modos, também tem aumentado.

O que tem intrigado a todos é que esse aumento da violência veio junto com a

ampliação dos direitos dos cidadãos e com o Estatuto da Criança e Adolescente. Essa é

uma questão que não devemos desprezar.

Podemos classificar inúmeras questões que levam a violência para o ambiente

escolar. Por exemplo, os mais gerais: diferenças sociais, culturais, psicológicas, etc. e

tantas outras como: experiências de frustrações, diferenças de personalidades,

competição, etc. Também, podemos enumerar vários tipos, áreas, níveis de violência.

cada área do saber tem o seu método próprio de análise, a Filosofia, Sociologia, Psicologia

e o Direito. Hoje, sabemos que a tendência da desfragmentação do saber é o melhor

caminho a trilhar. Somente através do diálogo aliado a práxis efetiva é que poderemos

amenizar o grau de violência no interior das escolas.

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280

A não aceitação das diferenças, também, perpassa pela escola como instituição,

com seus próprios professores, funcionários e com os próprios alunos. Essa

uniformização, isto é, uniformizar o diferente, é feita com violência – em todos os casos. E

esse comportamento institucional, gera violência.

Analisando a situação da violência na escola, da violência à escola e da

violência da escola, propomos as seguintes atitudes para tentarmos amenizar tais

problemas dentro do ambiente escolar:

TEMÁTICA META AÇÃO ENVOLVI MENTO

PREVISÃO/CRO NOGRAMA

Violência/Do gradição

• Buscar um maior entendimento sobre a temática,

objetivando um trabalho mais eficaz e consciente diante de tal situação.

• Mobilizar a comunidade escolar para juntos realizarmos uma campanha de esclarecimentos e sensibilização diante da violência que se apresenta no interior da escola;

• Campanhas sobre a prevenção ao uso indevido de drogas;

• Palestras direcionadas à comunidade escolar, procurando mostrar a ligação efetiva entre violência e drogas.

Pais, direção, professores, equipe pedagógica, alunos e profissionais da área de saúde.

1º e 2º semestre de 2017

Page 280: COLÉGIO ESTADUAL JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS …...encaminharão para escolas e cursos de “segunda categoria”; os que abandonarão os estudos. Organizado dessa forma, o trabalho

281

ABANDONO E EVASÃO ESCOLAR O insucesso e abandono escolar tornaram-se um problema dos atuais sistemas de

ensino. Não sendo novo, ele requer hoje uma reavaliação, devido às mudanças profundas

que as sociedades têm vindo a registar.

O perfil dos jovens que abandonam a escola evidencia uma pertença a famílias

com baixas habilitações, baixos rendimentos e dificuldades econômicas. Se estas

dificuldades empurram os jovens, desejosos de autonomia financeira, para o mercado de

trabalho, também a escola assume uma parte da responsabilidade no abandono precoce

pela incapacidade que ela mostra de motivar e de desenvolver o interesse dos jovens

pela educação e pela formação.

O universo dos estudantes, matriculados nas nossas escolas, é constituído

maioritariamente, por jovens com idades que estão de acordo com o ano escolar que

frequentam. No entanto, são igualmente muitos os alunos que, por terem já ficado retidos

uma ou mais vezes, as suas idades encontram-se “desfasadas” face ao ano escolar que

frequentam, tendo já idades que não se encontram abrangidas pela escolaridade

obrigatória.

A escola é assim responsável por muitos casos de abandono escolar, pois não

consegue manter os jovens inseridos no sistema de ensino. A escola não consegue

igualmente, motivar os alunos para os estudos, pois não consegue apreender as

necessidades individuais de um aluno. A escola tem tendência para excluir os alunos que

não se adaptam ao seu sistema uniforme e monolítico. No sistema de ensino existem

desigualdades que a escola não consegue combater, sendo muitas delas as responsáveis

pelo mau sucesso e, consequentemente, pelo afastamento do jovem do mundo escolar.

É contra o abandono precoce e a saída desqualificada sem competências

profissionais que toda a comunidade escolar deve apostar, elaborando em conjunto projetos

de intervenção com o intuito principal de reduzir ou mesmo eliminar este fenômeno das

nossas escolas. Também o ensino ministrado deverá motivar, despertar o interesse e

orientar os nossos jovens para a futura vida profissional de acordo com as suas

vocações e aptidões.

Todos sabemos, que este não é um assunto de fácil resolução e que não existem

planos ótimos, nem soluções mágicas, para combater o abandono e a evasão escolar.

A desmotivação; As dificuldades de aprendizagem; Não gostar da escola; O

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282

insucesso escolar.

Não existe uma causa única do abandono escolar. A família exerce uma grande

influência na decisão dos seus educandos em prosseguirem ou não os estudos. As

precárias condições sócio-econômicas de muitas famílias conduzem muitos dos nossos

jovens a entrarem prematuramente no mercado de trabalho.

TEMÁTICA META AÇÃO ENVOLVI MENTO

PREVISÃO/CRO NOGRAMA

Abandono/ Evasão escolar

• Redução do índice de abandono e evasão escolar, que gira em torno de 15% para 10% ao final de 2017

• Acompanhamento mensal da assiduidade do aluno através da Ficha Fica;

• Entrosamento de pais, alunos, professores através de evento promovidos pela escola.

Pais, direção, professores,

equipe pedagógica, alunos .

1º e 2º semestre de 2017

Page 282: COLÉGIO ESTADUAL JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS …...encaminharão para escolas e cursos de “segunda categoria”; os que abandonarão os estudos. Organizado dessa forma, o trabalho

283

SERVIÇOS DE APOIO COMPLEMENTAR ESPECIALIZADO

SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I

O atendimento é oferecido aos alunos matriculados do 6º ao 9º ano do ensino

fundamental que são egressos da Educação Especial, ou apresentam problemas de

aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou

deficiência mental que necessita de apoio especializado e estratégias diferenciadas

englobando as áreas do desenvolvimento de acordo com o interesse, necessidade e

dificuldades de aprendizagem específicas de cada um para que posteriormente possa

atingir o currículo da classe comum.

Os alunos recebem atendimento individual ou em grupo de no máximo até 10

alunos com duas à quatro horas/aulas semanais, nunca ultrapassando duas horas diárias.

Temos uma sala específica funcionando no período matutino que atende nove

alunos e uma sala no período vespertino que atende seis alunos.

A maioria dos alunos atendidos apresentam dificuldades de aprendizagem,

memorização, baixa concentração,

TEMÁTICA META AÇÃO ENVOLVIMENTO CRONOGRAMA

Serviços de apoio complementar especializado: Sala de Recursos Multifuncional tipo I; Sareh.

Participação efetiva dos alunos selecionados para receberem os serviços de apoio oferecidos pela escolar.

Reuniões periódicas com pais e alunos

Pais, direção, professors, equipe pedagógica e alunos profissionais da área de saúde.

1º e 2º semestres de 2017.

Page 283: COLÉGIO ESTADUAL JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS …...encaminharão para escolas e cursos de “segunda categoria”; os que abandonarão os estudos. Organizado dessa forma, o trabalho

284

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL EXTERNA

A avaliação tem um significado muito profundo, à medida que oportuniza a todos

os envolvidos no processo educativo momentos de reflexão sobre a própria prática.

Através dela, direciona o trabalho, privilegiando o aluno como um todo, como um ser

social com suas necessidades próprias e também possuidor de experiências que devem

ser valorizadas na escola. Devem ser oportunizados aos alunos os conhecimentos

historicamente acumulados pela humanidade.

Nesse sentido, faz-se necessário redimensionar a prática de avaliação no

contexto escolar. Então, não só o aluno, mas o professor e todos os envolvidos na prática

pedagógica podem, através dela, refletir sobre sua própria evolução na construção do

conhecimento.

O educador deve ter, portanto, um conhecimento mais aprofundado da

realidade na qual vai atuar, para que o seu trabalho seja dinâmico, criativo, inovador.

Assim, colabora para um sistema de avaliação mais justo que não exclua o aluno do

processo de ensino-aprendizagem, mas o inclua como um ser crítico, ativo e participante

dos momentos de transformação da sociedade.

O SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), é uma ação

do governo Federal desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira – INEP.

O Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis, obteve no IDEB as

seguintes médias:

Temos como metas projetadas para 2017 média de 4,4 para chegarmos a

tal patamar traçamos algumas metas que tentaremos colocar em prática, que são:

• Reunião com todos os professores do 6º ao 9º ano por disciplinas para elaboração

de um planejamento, buscando alternativas de melhoria da qualidade do ensino em

nossa escola;

• Reuniões com pais ou responsáveis na tentativa de envolvê-los na busca de

alternativas para o sucesso dos projetos desenvolvidos na escola, tornando-os

cientes de suas responsabilidades junto à vida escolar de seus filhos;

• Realização de palestras direcionadas aos pais, alunos e professores sobre

assuntos relacionados a importância de sermos perseverantes em nossos

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objetivos, ou seja, não desistirmos de nossas metas projetadas;

TEMÁTICA META AÇÃO ENVOLVI

MENTO PREVISÃO/CRO

NOGRAMA

Avaliação: SAEB- (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) ANEB- (Avaliação Nacional da Educação Básica) ANRESC- ( Avaliação Nacional do Rendimento Escolar)

• Participação efetiva dos alunos nas avaliações;

• Melhoria do índice de aproveitamento da escola.

• Incentivo à participação nos programas oferecidos pela escola para a melhoria da qualidade de ensino;

• Capacitação dos professores;

• Reuniões com pais e comunidade escolar

Pais, direção, professores, equipe pedagógica, alunos.

1º e 2º semestres de 2017

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BRIGADA ESCOLAR E DESFESA CIVIL NA ESCOLA

O Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil na Escola é uma parceria da

Secretaria de Estado da Educação e da Casa Militar da Governadoria – Divisão de Defesa

Civil, que visa promover a conscientização e a capacitação da Comunidade Escolar do

Estado do Paraná, para ações de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou

antropogênicos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das

escolas.

JUSTIFICATIVA

Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após terem

vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o Programa

opta em trabalhar no ambiente escolar, promovendo mudanças de comportamento, visto

que crianças e adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes à transformação

cultural e, potencialmente capazes de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores

das medidas preventivas. Ainda mais, a opção de se trabalhar com as escolas da rede

estadual de educação tem a ver com a necessidade de adequá-las internamente para

atender as disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam eles de

cunho natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios, entre outros.

OBJETIVO GERAL

• Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar para ações

mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou humanos, bem

como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas para

garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um segundo momento, que

tais temas cheguem a um grande contingente da população civil do Estado do

Paraná.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• construir uma cultura de prevenção a partir do ambiente escolar;

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• proporcionar aos alunos da rede estadual de ensino condições mínimas para

enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas;

• promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar;

• articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo de

Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos de

Educação;

• adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de prevenção

contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná.

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CONCLUSÃO

Ao longo deste documento apresentou-se as características mais importantes

que definem a identidade do Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis- Ensino

Fundamental e Médio, como uma escola democrática que promove a educação na liber-

dade para a liberdade. Demonstrou-se não apenas a descrição da realidade escolar, mas

sugestões de pistas para o melhoramento da ação educativa, reconhecendo, todavia, as

limitações que cada dia acompanham a realização das tarefas aqui desempenhadas.

Neste sentido, pode-se dizer que foi feito apenas um esboço do ideal que pretende-se

atingir. Feito dessa forma propositadamente, para que os membros da Comunidade Edu -

cativa, inspirem-se no que está consignado neste documento, para programarem os diver-

sos planos de atividades a serem executados.

Deseja-se que o conteúdo do Projeto Político Pedagógico hora aqui apresenta-

do, e que como tal define a identidade própria do Colégio, venha a servir como eixo para

qual convirjam os ideais pedagógicos e toda a ação formadora dos que constituem a

Comunidade do Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis

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SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. 36ª ed. Campinas, SP: Autores Associados,

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. Projeto politico-pedagógico da escola: uma construção coletiva. In: Ilma

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Campinas - SP: Papirus, 1999.

.Perspectivas para reflexão em torno do projeto político-pedagógico. In:

VEIGA, I. P. A. (Org.). Projeto político - pedagógico da escola: uma construção possível.

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18 ed. Campinas - SP: Papirus, 1999.

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dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir

no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura

Afro-brasileira", e das outras providências.

BRASIL; Lei n.° 11. 645, de 10 de março de 2008. Estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da

temática“História e Cultura Afro-brasileira e indígena”.

DCN - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais

Deliberação nº 04/06 - Normas Complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para

a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana.Secretaria de Estado da Educação.

Instrução nº 017/2006 - SUED - A Educação das Relações Étnico-Raciais e o ensino de

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, passa a ser obrigatória em todos os níveis e

modalidades dos estabelecimentos de ensino da rede pública estadual de Educação Básica.

Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010 - Institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera as

Leis nos 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de abril de 1995, 7.347, de 24 de

julho de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de 2003.

Lei nº 11.645, de 10 março de 2008- Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e

bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a

obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

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Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003 - Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial

da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá

outras providências.

Paraná, Secretaria de Estado de Educação. Superintendência de Educação. Departamento

de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: Inserção dos conteúdos de História e

Cultura Afro-brasileira e Africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED – PR, 2005.

Paraná, Secretaria de Estado de Educação. Superintendência de Educação. Departamento

de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: Educando para as Relações Étnico-

Raciais. Curitiba: SEED – PR, 2006.

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Parecer CNE/CP n.º 3, de 10 de março de 2004 - Diretrizes Curriculares Nacionais para

a Educação das Relações Étnico-Raciais

e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

PARELLADA, Cláudia Inês. et al. Vida indígena no Paraná: memória, presença,

horizontes. Curitiba: PROVOPAR Ação Social, 2006.

Resolução CNE/CP nº 1, de 17 de Junho de 2004. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais

para a Educação das Relações Étnico-

Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Resolução nº 3399/2010 – GS/SEED - Resolve compor Equipes Multidisciplinares nos

Núcleos Regionais de Educação – NREs e Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual

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SANTOS, Gislene Aparecida de. A invenção do “Ser Negro”, um pequeno percurso das

ideias que naturalizam a inferioridade dos negros. São Paulo: Educ/FAPESP; Rio de

Janeiro: Pallas. 2002.

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