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PORTUGUÊS Prof. Diógenes Afonso www.diafonso.com - http://diafonsoparanapuka.blogspot.com - [email protected] Aspectos Morfossintáticos e Semânticos da Língua Portuguesa - 1 COLOCAÇÃO PRONOMINAL CONSIDERAÇÕES INICIAIS (1) Denomina-se colocação pronominal o conjunto de regras referentes à colocação dos pronomes pessoais oblíquos átonos que funcionam como complementos: Pessoais Retos e Oblíquos: Retos Oblíquos Átonos Oblíquos Tônicos 1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa eu tu ele, ela ME TE SE, O, A, LHE mim, comigo ti, contigo si, consigo, ele, ela 1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa nós vós eles, elas NOS VOS SE, OS, AS, LHES conosco convosco si, consigo, eles, elas (2) Emprego dos pronomes pessoais oblíquos átonos O, A, OS, AS: (a) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral os pronomes o, a, os, as não se alteram. ex.: Chame-o agora. Deixei-a mais tranqüila. (b) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las. ex.: (Encontrar) Encontrá-la é o meu maior sonho. (Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. (c) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas. ex.: Chamem-no agora. Põe-na sobre a mesa. (3) Os pronomes pessoais oblíquos átonos funcionam, geralmente, como complementos: verbais ou nominais. ME, TE, SE, NOS, VOS ! OBJETO DIRETO / OBJETO INDIRETO / COMPLEMENTO NOMINAL (a) Seu olhar doce e terno me conquistou. (OD) (b) Custa-nos observar a corrupção generalizada que se instalou em todos os níveis da administração pública. (OI) (c) Sou-te grato por tudo que fizestes. (CN) O, OS, A, AS; LO, LOS, LA, LAS; NO, NOS, NA, NAS ! OBJETO DIRETO (a) Executou o projeto eficientemente. Executou-o eficientemente. (OD)

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    Aspectos Morfossintticos e Semnticos da Lngua Portuguesa - 1

    COLOCAO PRONOMINAL

    CONSIDERAES INICIAIS

    (1) Denomina-se colocao pronominal o conjunto de regras referentes colocao dos pronomes pessoais oblquos tonos que funcionam como complementos:

    Pessoais Retos e Oblquos:

    Retos Oblquos tonos Oblquos Tnicos

    1 pessoa

    2 pessoa

    3 pessoa

    eu

    tu

    ele, ela

    ME

    TE

    SE, O, A, LHE

    mim, comigo

    ti, contigo

    si, consigo, ele, ela

    1 pessoa

    2 pessoa

    3 pessoa

    ns

    vs

    eles, elas

    NOS

    VOS

    SE, OS, AS, LHES

    conosco

    convosco

    si, consigo, eles, elas

    (2) Emprego dos pronomes pessoais oblquos tonos O, A, OS, AS:

    (a) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral os pronomes o, a, os, as no se alteram. ex.: Chame-o agora. Deixei-a mais tranqila.

    (b) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las. ex.: (Encontrar) Encontr-la o meu maior sonho. (Fiz) Fi-lo porque no tinha alternativa.

    (c) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, o, e, e,), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas.

    ex.: Chamem-no agora. Pe-na sobre a mesa.

    (3) Os pronomes pessoais oblquos tonos funcionam, geralmente, como complementos: verbais ou nominais.

    ME, TE, SE, NOS, VOS ! OBJETO DIRETO / OBJETO INDIRETO / COMPLEMENTO NOMINAL

    (a) Seu olhar doce e terno me conquistou. (OD)

    (b) Custa-nos observar a corrupo generalizada que se instalou em todos os nveis da administrao pblica. (OI)

    (c) Sou-te grato por tudo que fizestes. (CN)

    O, OS, A, AS; LO, LOS, LA, LAS; NO, NOS, NA, NAS

    !

    OBJETO DIRETO

    (a) Executou o projeto eficientemente. Executou-o eficientemente. (OD)

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    Aspectos Morfossintticos e Semnticos da Lngua Portuguesa - 2

    (b) Precisava executar as ordens com eficincia. Precisava execut-las com eficincia. (OD)

    (c) Conquistaram os cargos por competncia. Conquistaram-nos por competncia. (OD)

    LHE, LHES ! OBJETO INDIRETO

    (a) Cobrar eficincia das operadoras de telefonia um direito que assiste aos consumidores.

    Cobrar eficincia das operadoras de telefonia um direito que lhes assiste.

    POSIES DOS PRONOMES OBLQUOS TONOS EM RELAO AO VERBO

    PRCLISE

    POA1

    !!!!

    VERBO

    (a) Quando eu me encontrava preso

    Nas celas de uma cadeia Foi que eu vi pela primeira vez As tais fotografias Em que apareces inteira Porm l no estavas nua E sim coberta de nuvens Terra! Terra! Por mais distante O errante navegante Quem jamais te esqueceria! (Terra Caetano Veloso)

    MESCLISE

    VER

    POA

    !!!!

    BO

    (a) Dar-te-ia minha vida, se pudesse!

    NCLISE

    VERBO

    !!!!

    POA

    1 POA Pronome Oblquo tono.

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    I. PRCLISE OCORRNCIAS OBRIGATRIAS

    (1) VERBO PRECEDIDO DE PALAVRAS ATRATIVAS2

    (1.1) Palavras de sentido negativo: no, nunca, ningum, jamais, etc

    (a) Nada o aborrecia nas horas de grandes dificuldades.

    (b) Filhos, netos, nora, ningum lhe dava a ateno que merecia.

    (c) No a desejava como filha, mas como mulher.

    (d) Jamais se soube a dimenso verdadeira dos fatos.

    (e) Ela nem se incomodou com os meus problemas.

    (f) Nunca se esquea de mim.

    Observao:

    # Se a palavra de sentido negativo preceder um infinitivo no flexionado, o pronome poder vir depois do verbo:

    Calei para no a magoar. Calei para no mago-la. / Sa para no os incomodar / para no incomod-los.

    (1.2) Advrbios

    (a) Os seus olhos ternos e doces agora me roubam o sono.

    (b) Hoje lhes direi toda a verdade.

    (c) Talvez nos encontremos amanh para finalizar o projeto.

    (d) Aqui se tem sossego para trabalhar. Observao:

    # Se houver pausa depois do advrbio, prevalecer a nclise:

    Depois, encaminhei-me para ele.

    2 So palavra que atraem o pronome oblquo tono para antes do verbo.

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    (1.3) Conjunes Subordinativas3

    (a) Todos ali sabiam que ele a amava.

    (b) Como me falara de modo sincero, resolvi perdoar-lhe.

    (c) Embora o considere muito, no posso admitir tal procedimento irresponsvel.

    (d) Quando nos contaram o ocorrido, no acreditamos, pois ele sempre foi uma pessoa equilibrada.

    (e) Agi assim para que me dissesses a verdade.

    (1.4) Pronomes Relativos4

    (a) O resultado das urnas serviu para mostrar a falcia daqueles que se vangloriavam de uma

    fora poltica que lhes permitia tudo.

    (b) Encontraram, finalmente, os dois aventureiros os quais se encontravam desaparecidos naquela densa mata, desde a semana passada.

    3 Quadro das principais Conjunes Subordinativas:

    TIPO

    PRINCIPAIS CONJUNES

    INTEGRANTES

    # Que, se

    ADVERBIAIS

    # Como, porque, j que, visto que, uma vez que # Conquanto, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que,

    por mais que, por menos que, apesar de que, sem que (=

    embora no)

    # Se, caso, desde que, a menos que, salvo se, dado que, a menos que, a no ser que

    # Conforme, consoante, segundo # Que, de modo que, de forma que, de maneira que # A fim de que, para que # medida que, proporo que, ao passo que # Quando, sempre que, logo que, antes que, depois que, desde

    que, todas as vezes que, cada vez que, at que, mal

    4 Quadro dos Pronomes Relativos

    Invariveis

    Variveis

    que

    quem

    onde

    qual, a qual, os quais, as quais

    cujo, cuja, cujos, cujas

    quanto, quanta, quantos, quantas

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    (1.5) Pronomes Indefinidos5

    (a) Poucos nos daro a oportunidade que precisamos.

    (b) Em sociedade tudo se sabe.

    (c) Algum me disse que ests de partida para a Alemanha. verdade?!?!

    (1.6) Pronomes Demonstrativos6

    (a) Isso os deixou irritados.

    (b) Aquilo lhe deu arrepio.

    (1.7) Nas construes em que a orao seja iniciada por palavra interrogativa, exclamativa,

    ou, ainda, numa estrutura em que haja orao optativa (que exprima desejo):

    (a) Quem lhe dar perdo?

    (b) Quem que me ajudar nessa tarefa?

    (c) Como te odeio, velha bruxa!

    (d) Deus o acompanhe, meu filho.

    5 Quadro dos Pronomes Indefinidos:

    Invariveis

    Variveis

    algum

    algo

    cada

    nada

    ningum

    outrem

    tudo

    algum, alguma, alguns, algumas

    certo, certa, certos, certas

    muito, muita, muito, muitas

    nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas

    outro, outra, outros, outras

    pouco, pouca, poucos, poucas

    qualquer, quaisquer

    tanto, tanta, tantos, tantas

    todo, toda, todos, todas

    vrio, vria, vrios, vrias

    6 Quadro dos Pronomes Demonstrativos:

    este , esta, isto Estes, estas, isto

    esse, essa, isso Esses, essas, isso

    aquele, aquela, aquilo aqueles, aquelas, aquilo*

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    NOTAS:

    (a) Haver a prclise ou a nclise:

    # Sujeito explcito antes do verbo: Ele se manteve / manteve-se irredutvel em relao ao divrcio.

    William Golding se consagrou/consagrou-se como um mestre em esmiuar questes complexas da natureza humana.

    Desde os dois anos de idade, Las se veste /veste-se sozinha.

    Por muito tempo, aquelas pessoas se debateram/debateram-se com o alcoolismo.

    # Conjuno coordenativa:

    Gostei da festa, porm me despedi/despedi-me cedo. Tem rompantes, mas se arrepende/arrepende-se depois. O governador foi taxativo e se estendeu/estendeu-se longamente sobre o assunto.

    # Preposio antes de verbo no infinitivo:

    Nas lojas esportivas encontramos o equipamento ideal para proporcionar-nos/para nos proporcionar uma vida sadia.

    Temos satisfao em lhe participar / em participar-lhe a inaugurao da fbrica.

    Tenho o prazer de lhes falar/falar-lhes sobre a filosofia que norteia nossa instituio.

    Quando o pronome a/as, o/os, torna-se prefervel a nclise: Conseguido o divrcio, sentiu-se tentada a engan-lo (em vez de a o enganar) na diviso dos bens. / Tenho o prazer de convid-los (em vez de de o convidar) a comparecer ao batismo. / Folgo por sab-los (em vez de por o saber) bem.

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    II. MESCLISE OCORRNCIAS OBRIGATRIAS

    (1) COM VERBOS NOS FUTUROS DO PRESENTE DO INDICATIVO

    (a) Amar-te-ei at o fim, se assim desejares.

    (b) Dar-me-s o teu perdo?

    (2) COM VERBOS NOS FUTUROS DO PRETRITO DO INDICATIVO

    (a) Amar-te-ia at o fim, se assim desejares.

    (b) Dar-me-ias o teu perdo?

    NOTAS:

    (a) Havendo motivo para a prclise, a mesclise ser desprezada:

    Sempre te amarei, ainda que tenhas de partir.

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    III. NCLISE OCORRNCIAS OBRIGATRIAS

    (1) COM VERBOS INICIANDO ORAO

    (a) Escolheram-na por sua condio fsica e esttica.

    (b) Informei-o sobre o resultado do concurso.

    (c) Esperava-se mais desse computador.

    (2) HAVENDO PAUSA NO INTERIOR DA ORAO (MARCADA, NORMALMENTE, POR VRGULA

    OU PONTO-E-VRGULA)

    (a) Aqui, encontro-me com Deus.

    (b) Se tudo der certo, informo-te a sada do vo ainda hoje (3) NAS ORAES REDUZIDAS DE GERNDIO7, SEM QUE HAJA MOTIVO PARA A PRCLISE

    (a) Tratando-me com respeito, responderei s tuas perguntas.

    (b) Recusou a proposta fazendo-se de desentendida. (3) NAS CONSTRUES EM QUE H VERBO NO IMPERATIVO AFIRMATIVO

    (a) Minha amiga, diga-me a verdade e tudo se resolver.

    (b) Quando eu der o aviso, silenciem-se todos.

    7 Na estrutura EM + GERNDIO, a prclise obrigatria: Em se tratando de polticos honestos, estamos feitos.

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    IV. COLOCAO DOS PRONOMES OBLQUOS TONOS NAS LOCUES VERBAIS

    1. VERBO AUXILIAR + INFINITIVO

    Sem Partcula Atrativa

    Com Partcula Atrativa

    a) Prclise ao auxiliar b) nclise ao auxiliar c) Prclise ao principal d) nclise ao principal

    a) Prclise ao auxiliar b) Prclise ao principal c) nclise ao principal

    (a) Eu lhe vou fazer uma surpresa agradabilssima.

    (b) Eu vou-lhe fazer uma surpresa agradabilssima.

    (c) Eu vou lhe fazer uma surpresa agradabilssima. (construo tpica do portugus brasileiro)

    (d) Eu vou fazer-lhe uma surpresa agradabilssima.

    (a) Ningum lhe vai dar ateno, pois voc no merece.

    (b) Ningum vai lhe dar ateno, pois voc no merece. (construo tpica do portugus brasileiro)

    (c) Ningum vai dar-lhe ateno, pois voc no merece.

    2. VERBO AUXILIAR + GERNDIO

    Sem Partcula Atrativa

    Com Partcula Atrativa

    a) Prclise ao auxiliar b) nclise ao auxiliar c) Prclise ao principal d) nclise ao principal

    a) Prclise ao auxiliar b) Prclise ao principal c) nclise ao principal

    (a) Depois do romance acabado, eles se foram afastando lentamente.

    (b) Depois do romance acabado, eles foram-se afastando lentamente.

    (c) Depois do romance acabado, eles foram se afastando lentamente. (construo tpica do portugus brasileiro)

    (d) Depois do romance acabado, eles foram afastando-se lentamente.

    (a) Neste momento, no lhe estou dando crdito, pois voc mente muitas vezes.

    (b) Neste momento, no estou lhe dando crdito, pois voc mente muitas vezes. (construo tpica do portugus brasileiro)

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    (c) Neste momento, no estou dando-lhe crdito, pois voc mente muitas vezes.

    3. VERBO AUXILIAR + PARTICPIO

    Sem Partcula Atrativa

    Com Partcula Atrativa

    a) Prclise ao auxiliar b) nclise ao auxiliar c) Prclise ao principal

    a) Prclise ao auxiliar b) Prclise ao principal

    (a) Todos se haviam retirado, quando o deputado corrupto chegara algemado.

    (b) Todos haviam-se retirado, quando o deputado corrupto chegara algemado.

    (c) Todos haviam se retirado, quando o deputado corrupto chegara algemado. (construo tpica do portugus brasileiro)

    (a) Todos j se haviam retirado, quando o deputado corrupto chegara algemado.

    (b) Todos haviam se retirado, quando o deputado corrupto chegara algemado. (construo tpica do portugus brasileiro)

    NOTAS:

    # Com verbo auxiliar no Futuro do Presente ou no Futuro do Pretrito do Indicativo NO ocorrer a nclise.

    (a) Fazerei-te esta bondade. (construo inadequada)

    (b) Faria-nos o favor em desocuparem estas poltronas, pois esto reservadas para os idosos. (construo inadequada)

    (c) Irei-te ajudar: no se preocupe. (construo inadequada)

    (d) Estaria-me ajudando se ficasse calado. (construo inadequada)

    # Com particpios isolados, NO dever ocorrer nem a prclise, nem a nclise. A norma culta indica o uso do pronome oblquo tnico.

    (a) Dada-me a explicao, saiu cabisbaixo. (construo inadequada)

    (b) Dada a mim a explicao, saiu cabisbaixo. (construo adequada)

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    UM FATO PRONOMINAL?!?!

    O deputado Teixeira Coelho, do Maranho, fiel ao purismo lingstico de So Lus, a

    Atenas brasileira (que depois do Sarney virou a apenas brasileira), ficou indignado:

    - Deputado Flores da Cunha, V. Exa. no pode estar nesta Casa, onde se deve primar pela

    pureza da lngua, a cometer esses deslizes de pronome fora do lugar, comeando os

    perodos.

    - Isso coisa de importncia menor, deputado. O principal a idia.

    - Desculpe, Exa., mas no . L em So Lus no admitimos isso em estudante de ginsio.

    Flores da Cunha deu uma baforada, olhou l de cima com total desprezo:

    - Senhor deputado, l no Rio Grande a gramtica livre, como livre so os pampas e o

    minuano, como livre o gacho.

    - Mas no est dispensado de respeitar a lngua.

    - Ora, deputado, quem V. Exa. para corrigir minha linguagem?

    - Sou um deputado, como V. Exa.

    - Mas sem autoridade nenhuma para falar de pronomes. V. Exa. o prprio pronome mal

    colocado. V. Exa. um pronome errado.

    - No entendi, deputado.

    - Olhe sua carteira de identidade. V. Exa. "Teixeira" Coelho. Em nome do purismo da

    lngua deveria chamar-se "Xeira-te" Coelho.

    O Teixeira calou.

    Relato de Sebastio Nery, publicado na Folha de S. Paulo em 18.2.81 e, posteriormente, transcrito por Celso Luft no jornal Correio do Povo:

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    EXERCITANDO

    Fundao Carlos Chagas

    01. (TRF 5 REGIO Agosto/2003) Quanto s nossas riquezas naturais, no h quem duvide dessas riquezas, quem subestime o valor dessas riquezas, o encanto que qualquer turista encontrar nessas riquezas.

    Evitam-se as repeties da frase acima, substituindo-se os elementos sublinhados, por, respectivamente:

    A) as duvide; lhes subestime seu valor; lhes encontraro B) duvide destas; as subestime seu valor; nelas encontrar

    C) duvide delas; subestime seu valor; nelas encontrar

    D) duvide delas; subestime-lhes o valor; as encontrar

    E) as duvide; as subestime seu valor; lhes encontrar

    02. (TRF 5 REGIO Agosto/2003) A frase em que se indica a substituio do elemento

    sublinhado por uma forma pronominal correta : A) Muros altos cercavam o condomnio = cercavam-no.

    B) Reforaram a guarda = reforaram-a.

    C) Os guardas controlavam o condomnio = controlavam-lhe.

    D) Os ladres espiam os condminos = espiam eles.

    E) Tentam atingir a liberdade = atingir-lhe.

    03. (TRF 4 REGIO MARO/2007) Est INCORRETA a substituio do segmento grifado

    pelo pronome correspondente na frase:

    A) fazem arrecadao de ingressos = fazem-na

    B) no tm plano de manejo = no o tem

    C) focar a ateno nos parques nacionais = foca-la

    D) precisa diversificar sua oferta de atrativos ambientais = diversificar-lhes

    E) o Brasil tem vantagem competitiva = tem-na

    04. (TRE SP Maio/2006) So evidentes os avanos tecnolgicos, ningum duvida dos

    avanos tecnolgicos, mas no se deve atribuir aos avanos tecnolgicos a propriedade de j representarem o pleno desenvolvimento social que no cabe aos avanos tecnolgicos produzir.

    Evitam-se as repeties da frase acima, substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

    A) duvida deles / no se os deve atribuir-se / no lhes cabe

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    B) deles duvida / no se lhes deve atribuir / no lhes cabe

    C) os duvida / no se deve atribu-los / no lhes cabe

    D) duvida deles / no se deve atribu-los / no os cabe

    E) deles duvida / no se deve atribuir-lhes / no os cabe

    05. (TRF 1 REGIO Outubro/2001) ...mostra a preocupao em proteger jovens e

    crianas. A expresso sublinhada na frase acima est corretamente substituda por um pronome em: A) proteg-los.

    B) proteger-nos.

    C) proteger-os.

    D) proteger-lhes.

    E) proteger eles.

    06. (TRF 1 REGIO Outubro/2001) "Esses sintomas levam a pessoa a reiniciar o processo." Substituindo os termos sublinhados pelos pronomes adequados, obtm-se, respectivamente, as formas A) levam-lhe e reiniciar-lhe

    B) levam-na e reinici-lo

    C) levam-a e reiniciar-lo

    D) levam-na e reiniciar-lhe

    E) levam-lhe e reinici-lo

    07. (TRF 3 REGIO Agosto/2007) Devaneios, quem no tem devaneios? Tm devaneios

    as crianas e os jovens, do aos devaneios menos crdito os adultos, mas impossvel abolir os devaneios completamente.

    Evitam-se as indesejveis repeties da frase acima, substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

    A) os tem Tm-lhes do-lhes abolir-lhes

    B) tem eles Tm-nos do-lhes abolir-lhes

    C) os tem Tm eles do-nos aboli-los

    D) tem a eles Os tm do a eles abolir a eles

    E) os tem Tm-nos do-lhes aboli-los

    08. (TRF 1 REGIO Agosto/2007) Todas as religies tm rituais, e os fiis que seguem

    esses rituais beneficiam-se no propriamente das prticas que constituem os rituais, mas da meditao implicada nesses rituais.

    Evitam-se as viciosas repeties da frase acima, substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por: A) lhes seguem lhes constituem neles implicada

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    B) os seguem os constituem neles implicada

    C) os seguem os constituem lhes implicada

    D) os seguem lhes constituem implicada nos mesmos

    E) seguem-nos constituem-nos a eles implicada

    09. (TRF 1 REGIO Dezembro/2006) Os velhinhos iam para as janelas, abriam as janelas,

    instalavam-se nas janelas e transformavam as janelas em pontos de observao.

    Evitam-se as viciosas repeties da frase acima, substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

    A) abriam-lhes instalavam-se-lhes transformavam-lhes

    B) as abriam lhes instalavam-se transformavam-nas

    C) abriam-nas instalavam-se nelas transformavam-nas

    D) lhes abriam instalavam-se nelas transformavam-lhes

    E) abriam-nas nelas se instalavam lhes transformavam

    010. (TRF 4 REGIO Maro/2007) Aquele escritor v mscaras em tudo, pe mscaras em

    todas as personagens, vale-se das mscaras para confundir os leitores, leitores estes pelos quais no demonstra o menor respeito intelectual:

    Evitam-se as viciosas repeties da frase acima, substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

    A) pe-lhes das mesmas com quem

    B) pe-nas daquelas por quem

    C) pe-nas das mesmas com quem

    D) as pe destas de quem

    E) pe elas daquelas por quem