Com Boa Estrutura, TVs Católicas Lutam Por Maior Audiência - Reproduzido Da Folha de S

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MÍDIA DIVINA Com boa estrutura, TVs católicas lutam por maior audiência Por Fabiano Maisonnave em 30/04/2013 na edição 744 Reproduzido da Folha de S.Paulo, 28/4/2013; intertítulo do OI Durante sete anos, o padre César Moreira foi comentarista do TJ Aparecida, telejornal exibido de segunda a sexta-feira, às 19h. Mesmo com tanta exposição, ele levou um susto recentemente, ao ser reconhecido enquanto andava pela avenida Angélica, região central de São Paulo. “Somos nanicos”, diz Moreira, que por 25 anos dirigiu a rádio Aparecida e, desde 2005, a TV Aparecida, uma das quatro redes de televisão católicas que disputam a atenção do espectador entre si e com emissoras seculares. Depois de décadas priorizando o rádio, os católicos se voltaram à TV principalmente a partir dos anos 1990, época em que as igrejas pentecostais se tornaram mais visíveis por meio de uma presença agressiva na telinha. Passados 18 anos desde que a Rede Vida entrou no ar como a primeira emissora católica de abrangência nacional, as emissoras já contam com boa infraestrutura e empregam centenas de profissionais, mas lutam para ampliar uma audiência estagnada em baixos índices. A insatisfação com os resultados tem levado a igreja a discutir outra estratégia para a TV e também para outros meios, incluindo as redes sociais. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) deve aprovar neste ano um Diretório da Comunicação com parâmetros para o setor em discussão já há três anos. Hoje, só a igreja na Itália tem documento semelhante. “Não somos profissionais na arte de comunicar”, afirma dom Dimas Barbosa, responsável pela comunicação social da CNBB. “Em todos os níveis: começa já no som da igreja. Criar a cultura da comunicação talvez seja o nosso maior desafio.” “Questão de conteúdo” Os principais canais de televisão católicos se preparam para oficializar em julho, durante a Jornada Mundial da Juventude, a Rede Católica de TV, a fim de aumentar a colaboração entre si. Para a especialista em comunicação e religião Magali Cunha, da Universidade Metodista, o maior problema das TVs católicas é sua incapacidade de criar uma programação atraente. “Há uma transposição para a TV da linguagem da igreja. Já as pentecostais nasceram midiáticas”, compara. TV EM QUESTÃO 5 pessoas recomendaram isso. Recomendar Tweet 0 5 Curtir 0 ‘SANGUE BOM’ O Corinthians na tela da Globo Anderson David Gomes dos Santos ‘MULHERES SEM MUNDO’ Conjecturas sobre papéis conjugais na televisão Guilherme Henrique de Oliveira Cestari ‘JORNAL NACIONAL’ Uma cria da ditadura Heribaldo de Assis ATENTADOS EM BOSTON NA TV Bombas, pouca informação, muita emoção Antonio Brasil TV PÚBLICA Conselho faz plano para blindar TV Cultura Silvana Arantes TV CULTURA Uma emissora pública com passado e mirando o futuro Gabriel Leão VER TV ‘Reality’ satiriza passividade da sociedade de consumo Sérgio Rizzo

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Quarta-feira, 20 de Agosto de 2014 | ISSN 1519-7670 - Ano 18 - nº 812

MÍDIA DIVINA

Com boa estrutura, TVs católicas lutampor maior audiênciaPor Fabiano Maisonnave em 30/04/2013 na edição 744

Reproduzido da Folha de S.Paulo, 28/4/2013; intertítulo do OI

Durante sete anos, o padre César Moreira foi comentarista do TJ Aparecida, telejornal

exibido de segunda a sexta-feira, às 19h. Mesmo com tanta exposição, ele levou um

susto recentemente, ao ser reconhecido enquanto andava pela avenida Angélica, região

central de São Paulo.

“Somos nanicos”, diz Moreira, que por 25 anos dirigiu a rádio Aparecida e, desde 2005, a

TV Aparecida, uma das quatro redes de televisão católicas que disputam a atenção do

espectador entre si e com emissoras seculares.

Depois de décadas priorizando o rádio, os católicos se voltaram à TV principalmente a

partir dos anos 1990, época em que as igrejas pentecostais se tornaram mais visíveis por

meio de uma presença agressiva na telinha.

Passados 18 anos desde que a Rede Vida entrou no ar como a primeira emissora católica

de abrangência nacional, as emissoras já contam com boa infraestrutura e empregam

centenas de profissionais, mas lutam para ampliar uma audiência estagnada em baixos

índices.

A insatisfação com os resultados tem levado a igreja a discutir outra estratégia para a TV

e também para outros meios, incluindo as redes sociais. A Conferência Nacional dos

Bispos do Brasil (CNBB) deve aprovar neste ano um Diretório da Comunicação com

parâmetros para o setor em discussão já há três anos. Hoje, só a igreja na Itália tem

documento semelhante.

“Não somos profissionais na arte de comunicar”, afirma dom Dimas Barbosa, responsável

pela comunicação social da CNBB. “Em todos os níveis: começa já no som da igreja. Criar

a cultura da comunicação talvez seja o nosso maior desafio.”

“Questão de conteúdo”

Os principais canais de televisão católicos se preparam para oficializar em julho, durante a

Jornada Mundial da Juventude, a Rede Católica de TV, a fim de aumentar a colaboração

entre si.

Para a especialista em comunicação e religião Magali Cunha, da Universidade Metodista, o

maior problema das TVs católicas é sua incapacidade de criar uma programação atraente.

“Há uma transposição para a TV da linguagem da igreja. Já as pentecostais nasceram

midiáticas”, compara.

TV EM QUESTÃO

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‘SANGUE BOM’

O Corinthians na tela da

Globo

Anderson David Gomes dos Santos

‘MULHERES SEM MUNDO’

Conjecturas sobre papéis

conjugais na televisão

Guilherme Henrique de Oliveira Cestari

‘JORNAL NACIONAL’

Uma cria da ditadura

Heribaldo de Assis

ATENTADOS EM BOSTON NA TV

Bombas, pouca informação,

muita emoção

Antonio Brasil

TV PÚBLICA

Conselho faz plano para

blindar TV Cultura

Silvana Arantes

TV CULTURA

Uma emissora pública com

passado e mirando o futuro

Gabriel Leão

VER TV

‘Reality’ satiriza passividade

da sociedade de consumo

Sérgio Rizzo

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Ela diz que o canal mais bem-sucedido é a Canção Nova. Ligado à Renovação

Carismática, adota linguagem parecida à dos evangélicos.

Ela lembra que os “padres cantores”, também carismáticos, atraem mais audiência.

Um deles, Reginaldo Manzotti, acaba de adotar uma estratégia comum entre pastores

evangélicos: com ajuda de patrocinadores, passou, há quatro semanas, a transmitir seu

programa “Evangeliza Show” aos domingos, na Rede TV!, ao meio-dia.

“A ideia é tentar atingir um público que ainda não fez experiência com Deus, um público

diversificado. Eu uso o termo pescar em águas mais profundas'. Ir adiante. Acho perigoso

a gente pescar no aquário, falar pro mesmo público, pra quem já tem feito a experiência

de Deus”, afirmou Manzotti, por telefone.

O padre, que mantém a TV Evangelizar, em Curitiba, e ganhou três discos de ouro,

ressalva que é “muito positivo dar sustentação à fé” via meios católicos, mas se trata de

um “público restrito”.

Por outro lado, ele discorda de que os programas evangélicos sirvam de exemplo.

“A linguagem não é tanto o modo de falar, é questão de conteúdo. Eu poderia muito bem

cair numa teologia da prosperidade, mas a Igreja Católica não pode ir nesse caminho em

que, se você der um Fusca pra Deus, ele vai restituir com uma Mercedes.”

***

TV Século 21 tem ex-jogador e diretor global

Em 1980, o padre jesuíta americano Eduardo Douherty começou a gravar catequeses na

garagem de uma paróquia de Campinas.

Era o embrião da Século 21, rede de TV que hoje ocupa um complexo de 24 mil metros

quadrados, emprega 240 funcionários e acaba de investir R$ 4 milhões para digitalizar a

produção.

Ligado à Renovação Carismática, Douherty, 72, é ainda o idealizador do “Anunciamos

Jesus”, programa de retransmissão da palavra bíblica e estudos de documentos da igreja

que completará 30 anos no ar em junho --um recorde entre os católicos.

Pouco conhecida fora do circuito católico, a infraestrutura e a movimentação da Século 21

impressionam.

Na segunda-feira, quando a Folha visitou o complexo em Valinhos (85 km de São Paulo),

um estúdio transmitia ao vivo um programa diário de futebol, que tem os ex-jogadores

Careca e Zenon como comentaristas fixos.

Ao lado, um grupo de 18 atores gravava uma cena bíblica dirigida por Lucas Bueno, 57,

que já trabalhou em novelas globais, como “Sassaricando”.

A teledramaturgia tem sido o grande diferencial da Século 21, que ganhou a concessão

em 1999 e é financiada, segundo Douherty, por meio de doações.

O próximo projeto da emissora é ambicioso: gravar os quatro Evangelhos, “palavra por

palavra”.

Recentemente, o americano propôs um banco coletivo de programas de TV católicos, que

poderiam ser aproveitados por outras emissoras. Mas a ideia é vista com ressalvas por

outros meios católicos, um reflexo das divisões internas da igreja.

A TV Aparecida, por exemplo, não transmitiria um programa de viés carismático --está

sob o comando da Congregação Redentorista.

O sacerdote americano, que chegou ao Brasil em 1970, diz que está satisfeito com o nível

técnico, mas acredita que a audiência ainda “pode aumentar violentamente”.

Douherty reconhece que os programas de TV pentecostais “conseguem mais pontos [no

Ibope] que nós”.

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12-08-2014

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BRASILEIRA – 1

19-08-2014

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>>A crise que não sai nosjornais>>Esgoto na torneira20/08/2014

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***

Fabiano Maisonnave, da Folha de S.Paulo

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