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Irmãozinhos de María Com Maria, ide depressa para uma nova terra! Roma, 8 de setembro – 10 de outubro, 2009 Documento do XXI Capítulo Geral

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Irmãozinhos de María

Com Maria, ide depressapara uma nova terra!

Roma, 8 de setembro – 10 de outubro, 2009

Documento do XXI Capítulo Geral

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Casa geral - Roma

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Via A. Meucci 28,

00012 Guidonia,

Roma (Italia)

Outubro 2009

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corações novospara um mundo novo

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Apresentação

Ir. Emili Turú Superior geral

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O documento que tem em suas mãos traztudo o que os membros do XXI Capítulo ge-

ral decidiram publicar como expressão do que foivivido durante os 33 dias de reunião, assim comoas principais linhas de ação sugeridas para o Ins-tituto, nos próximos oito anos, com as decisõesmais relevantes que foram tomadas.

Em primeiro lugar, encontramos a “Carta do XXICapítulo geral”, escrita em resposta às “Cartasdas regiões”, que foram muito bem recebidas etrabalhadas pelos membros do Capítulo. Pensoque a carta foi imaginada como um modo decontinuar o diálogo, iniciado na fase preparató-

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ria, por todo o Instituto, e que se prolongou du-rante as cinco semanas do desenrolar do Capí-tulo, não apenas ao redor das mesas redondasda sala capitular, mas também na conexão commuitas outras pessoas, especialmente pela in-ternet. Escrita em forma direta e simples, elaconvida para que o diálogo não se interrompa,uma vez terminado o Capítulo geral: todas a pes-soas que, de uma maneira ou outra, participa-ram do processo capitular, em suas diversasfases, deveriam sentir-se interpeladas a conti-nuar esse caminho de escuta e de diálogo, apro-fundando o chamado do Senhor para o Institutomarista, hoje.

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A “Carta do XXI Capítulo geral” queria ser umacomunicação distribuída o mais rapidamentepossível, para que se tivesse entre as mãos o es-sencial do XXI Capítulo geral, mesmo sem ne-cessidade de entrar em todos os detalhes. Porisso mesmo, observar-se-á alguma repetição comos documentos apresentados em seguida, umavez que a carta recolheu elementos de todoseles.

O núcleo do chamado do Senhor ao Instituto ma-rista, tal como o percebeu a assembleia capitu-lar, é formulado de distintas maneiras no “Apelofundamental”, procurando usar linguagens dife-rentes para expressar uma vivência coletivamuito profunda: através de um lema, no impe-rativo, colocado na boca do Senhor; através deum texto um pouco mais desenvolvido e que ex-plica o lema; através das imagens de Maria eChampagnat que, depressa, se põem a caminho;e, finalmente, valendo-se de uma invocação a Maria.

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A secção que foi chamada de “Horizontes de fu-turo” desenvolve os vários aspectos desse Apelofundamental, oferecendo alguns princípios ouconvicções e sugerindo propostas de ação.

O documento termina apresentando algumas dasdecisões mais importantes tomadas pelos mem-bros do XXI Capítulo. São referentes às Constitui-ções, “aplicação do Evangelho a nossas vidas”; àanimação e ao governo do Instituto para os pró-ximos 8 anos; às finanças do Instituto; e à Casageral. Cada uma dessas decisões vem precedidade uma pequena introdução, preparada pelaequipe encarregada da publicação dos textos ca-pitulares, com a finalidade de situá-las em seucontexto e para facilitar sua compreensão. Comodizia acima, essas são apenas algumas das deci-sões tomadas; o conjunto de todas elas poderáencontrar-se nas “Atas do XXI Capítulo geral” aserem publicadas, proximamente.

A experiência nos diz que não há uma relação di-reta entre a produção de documentos e os pro-cessos de mudança nas pessoas e nas instituições.Por isso, quando, na sala capitular, se dialogousobre o modo de transmitir o Capítulo ao Insti-tuto marista, percebeu-se com muita clareza quecada membro do Capítulo deve ser a melhor men-sagem, através de seu compromisso pessoal, ebem consciente de que as decisões que cada umtomar vão afetar, para o bem ou para o mal, oconjunto do Instituto.

A conversão começa quando se reconhece que ochamado do Senhor é dirigido a cada um de nós,de modo muito pessoal, e quando começamos a

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dar passos concretos para dar-lhe resposta. Du-vido muito que um desafio tão importante, emnível coletivo, como o de “ir depressa, comMaria, para uma terra nova” possa ser respon-dido sem que se dê, ao mesmo tempo, um deslo-camento, um itinerário interior, em cada um denós. Teremos a audácia de colocar-nos a cami-nho, nos passos de Maria da Visitação, que con-cebeu Jesus em seu coração, antes de concebê-loem seu seio?

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Acolhamos com fé e confiança o fruto do discer-nimento do Instituto marista. O mesmo Senhor,que nos convida a segui-lo radicalmente, dar-nos-á os meios e a força necessários para fazê-lo.

Maria, nossa Boa Mãe, nos acompanha com ternurae delicadeza. Que ela abençoe a cada um de nós!

Ir. Emili Turú,Superior geral

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Carta

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do XXI Capítulo Geral

Queridos irmãos, leigos, leigas e jovens maristas

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Queridos irmãos, leigos, leigas e jovens maristas:

Uma saudação fraterna emarista a partir do cora-

ção do XXI Capítulo geral. Que a presença deJesus, a ternura da nossa Boa Mãe e a audácia deMarcelino Champagnat acompanhem a nossavida e a nossa missão.

Há vários meses nos colocamos a caminho pre-parando este acontecimento. Chegamos a Romacontagiados pelo entusiasmo de muitas pessoas,

Com Maria, ide depressa para uma nova terra!

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irmãos, leigos, leigas e jovens, que foram prota-gonistas neste processo: Corações novos para ummundo novo!

Com esta carta, dirigimo-nos a ti irmão, leigo,leiga, jovem marista para te comunicar e te fazerparticipante da boa-nova que aqui vivemos, como desejo de te contagiar de paixão e de espe-rança. Com Maria dizemos: Magnificat!

Eis que faço novas todas as coisas (Ap 21,5)

Deixamos por uns dias as nossas obrigações quo-tidianas e levantamos a tenda, juntos. Irmãos e

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AL irmãs, acolhemo-nos mutuamente, reconhece-

mos com alegria que somos parte de uma mesmafamília, a família de Marcelino Champagnat.

A diversidade das nossas vocações e das nossasculturas levaram-nos a dar graças a Deus por estariqueza de nossas vidas e missões, expressão docarisma de Marcelino Champagnat no mundo dehoje.

No discernimento, na oração e na partilha, pu-semo-nos à escuta de Deus que transforma osnossos corações e nos permite ler a sua presençanos sinais dos tempos e na vida de nossos irmãos.

A dinâmica e a pedagogia deste Capítulo, sen-tando-nos ao redor de uma mesa redonda, aju-daram-nos a viver a escuta evangélica do outropara chegar, em diálogo fraterno, a tomar deci-sões e a pô-las em prática. A riqueza de nossavida comunitária permitiu-nos tomar consciên-cia da felicidade de viver como irmãos e irmãs nasimplicidade e na alegria partilhadas. Vale apena ser marista hoje.

Sentimo-nos conten-tes e damos graças aDeus pela eleição doIrmão Emili Turúcomo Superior gerale por sua equipe deanimação e governo.

Maria tornou-se pre-sente. Tomou-nos pelamão para nos mostrar

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o seu amor materno e convidar-nos a sair de-pressa.

Um Deus que nos surpreende… (Lc 1,29)

Deus tem um sonho para cada um de nós, para ahumanidade e para o nosso Instituto. Ao escutaros nossos corações, descobrimos o seu amor, suamisericórdia e ternura como um Deus Pai e Mãe,enquanto reconhecemos as nossas debilidades eincoerências. Esta mesma experiência fez comque Marcelino fosse um homem empreendedor,audaz e arriscado. O seu sonho consistiu em “Tor-nar Jesus Cristo conhecido e amado pelas crian-ças e pelos jovens”.

Queremos ser continuadores do seu sonho: ho-mens e mulheres de Deus, profetas da fraterni-dade num mundo desumanizado à procura desentido e sedento de Deus. Então, sentimo-noschamados, como irmãos e irmãs, a ser presençadesse amor e do rosto materno de Deus.

…e converte nossos corações (Ez 36, 26)

Sentimos que o Senhor nos está a dizer: “É pre-ciso nascer de novo” (Jo 3, 7). A proposta de Jesusé a conversão do coração que implica decisão pro-funda e abertura à gratuidade de Deus para sertransformados por Ele. É Deus quem nos vai con-verter, se existir abertura de mente e de coração,ensinando-nos a viver com os seus olhos e o seucoração. O amor de Deus nos leva a converter-nose a reencontrar o coração das nossas respectivasvocações. O mundo tem sede de testemunhas au-tênticas que arrisquem sua vida inteira para que

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a Boa-notícia seja anunciada a todos. “O Reino deDeus está no meio de vocês, convertam-se” (Mc 1, 15).

Com realismo, tomamos consciência de nossaspossibilidades e também de nossos limites e po-brezas. Percebemos corações endurecidos pelarotina e pelo conformismo. Pesam a diminuiçãonumérica e o envelhecimento. Surge a preocu-pação por nossa identidade e pelo futuro denosso estilo de vida. Sentimos dificuldade paraformar comunidades proféticas. Os processos dereestruturação ainda não foram assumidos de co-ração. Continuamos manifestando nossa pobrezaespiritual ao não saber colocar Jesus e seu evan-gelho no centro de nossas vidas. O mundo emmutação desafia constantemente nossas estru-turas e nossos projetos.

Mas como sucedeu a Maria na Anunciação, Deussaiu ao nosso encontro e nos surpreendeu. Con-vidou-nos a sair para uma nova terra. Em nossapequenez e debilidade nos perguntamos: Comopoderá ser isto, neste momento de nossa histó-ria? Sentimo-nos confortados ao recordar Cham-

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COM MARIA, IDE DEPRESSA PARA UMA NOVA TERRA!

Sentimo-nos impulsionados por Deus para partirmos para uma nova terra, que favoreça o nascimento de uma nova época para o carisma marista.

Supõe estarmos prontos para a mobilidade,para o desprendimento, e para assumir um itinerário de conversão tanto pessoalcomo institucional, nos próximos oito anos.

Percorremos este caminho com Maria, guia e companheira. Sua fé e disponibilidadea Deus nos encorajam nessa peregrinação.

A “nova terra” de uma autêntica renovaçãodo Instituto pede-nos uma verdadeira mudança de coração.

pagnat: “Se o Senhor não edificar a casa…”. Des-cobrimos que em nossa pequenez está a força deDeus, e que em nossa debilidade está a mão ca-rinhosa do Deus amor.

Juntos, sonhamos nosso futuro e descobrimos oapelo fundamental que Deus nos faz hoje:

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O espírito deste XXI Capítulo, o horizonte do Bi-centenário e uma maior consciência da nossa in-ternacionalidade nos urgem a:

a.Uma vida consagrada nova, arraigada firme-mente no Evangelho, que promova um novomodo de ser Irmão.

Durante este Capítulo, o Espírito interpelou-nos a acolher a novidade de “nosso ser deIrmão”. Convidados a retomar a força originaldo nome que Marcelino nos legou: “PequenosIrmãos de Maria”.

. Irmãos, filhos de um mesmo Pai, cha-mados por Deus a viver o dom total danossa vida pela consagração religiosa,tendo Cristo como centro de nossa vida.Cada Irmão é o primeiro responsável porseu itinerário de conversão.

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. Irmãos entre irmãos, sinais do Reino nasimplicidade de vida, na partilha de vida ede fé, numa oração renovada e no perdãomútuo. Comunidade, visível e aberta, deirmãos inspirados no entusiasmo da pri-meira comunidade de La Valla, rei vin -dicando o espírito de audácia deL’Hermitage e animados pelo testemunhofiel de nossos mártires maristas.

. Irmãos das crianças e jovens pobres, pre-sentes em seu meio e ajudando-os a darsentido a suas vidas. Apaixonados porsermos sinais do amor de Deus e auda-zes para nos deslocarmos a locais ondeoutros não vão.

. Irmãos universais, abertos e disponíveispara acolher a diversidade do nosso Ins-tituto. Interpelados a ir além das nossasfronteiras, deixando-nos evangelizar pelooutro.

. Irmãos de Maria, a caminho com ela.Convidados a descobri-la no evangelhocomo peregrina da fé. Como Marcelinoque a toma como Mãe e modelo. “E apartir daquela hora, o discípulo acolheu-a na sua casa” (Jo 19, 27).

Volvamos ao coração da nossa vida de irmãos, deconsagrados religiosos a fim de chegar a ser me-mória evangélica para o mundo.

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b.Uma nova relação entre irmãos e leigos, base-ada na comunhão, buscando juntos uma maiorvitalidade do carisma marista para o nossomundo.

Reconhecemos e apoiamos a vocação do leigomarista. Acreditamos que seja um convite doEspírito a viver uma nova comunhão de irmãose leigos maristas juntos, contribuindo parauma maior vitalidade do carisma marista e damissão no nosso mundo. Acreditamos que es-tamos perante um “Kairós”, uma oportuni-dade-chave para partilhar e viver com audáciao carisma marista, formando todos juntos umaIgreja profética e mariana.

. A Assembleia Internacional da Missãoem Mendes permitiu, a irmãos e leigos,viver uma experiência de comunhão e,juntos, sentimos o chamado para revita-lizar nossas vidas e nossa missão ma-rista: “Um coração, uma missão”.

. Acolhemos com satisfação o novo docu-mento: “Em torno da mesma mesa”,como uma fonte de reflexão e discerni-mento durante os próximos anos.

. Apostamos em processos e experiênciasde formação conjunta, de irmãos e lei-gos, que garantam uma boa formação eajudem a ser fiéis às intuições do nossofundador.

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. Apoiamos o Movimento Champagnat daFamília Marista e outras expressõesnovas de vida e de pertença marista queestão surgindo, em diferentes formas,em diversas partes do mundo. Aomesmo tempo, sentimos a necessidadede levar à frente processos que permi-tam a todos os maristas ser correspon-sáveis da vida, espiritualidade e missão.

. Irmãos e leigos, partilhamos a respon-sabilidade de procurar novas vocaçõesmaristas. O grito de Marcelino Cham-pagnat, “Precisamos de irmãos!”conti-nua a interpelar-nos hoje. Que cada umde nós, irmãos e leigos maristas, seatreva a convidar os jovens a serem ir-mãos maristas ou leigos maristas.

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c.Uma presença fortemente significativa entreas crianças e jovens pobres.

Convidados a ver o mundo através dos olhosdas crianças pobres.

Vamos depressa com Maria da Visitação e Mar-celino Champagnat ao encontro do jovemMontagne. Levemos Jesus Cristo às crianças eaos jovens, especialmente às crianças mais po-bres, “em todas as dioceses do mundo”. Emseus rostos descobrimos o rosto de Deus.

. Convidamos a todos vocês, que traba-lham em nossos centros educativos e cen-tros sociais, para que animem os seusalunos a transformar seus corações, suasvidas e atividades, a fim de cresceremcomo pessoas comprometidas na cons-trução de uma sociedade justa e solidá-ria, no respeito à vida, conscientes daecologia, em vista de conseguir ummundo melhor e sustentável. Ir para umanova terra tem implicações: partilhar aresponsabilidade pela missão, dar priori-dade à evangelização, viver a opção pelospobres e transmitir o carisma a uma novageração de educadores.

. Promovemos o diálogo intercultural einter-religioso, baseado no respeito,crescimento mútuo e nas relações em péde igualdade entre diferentes culturas,etnias e religiões (cf. Mendes).

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. Desenvolvemos uma mentalidade interna-cional e intercultural da missão marista. Oprojeto Ad Gentes é um convite a fortale-cer nosso espírito missionário no Instituto.

. Recordemo-nos de Maria e José fugindorapidamente para o Egito a fim de pro-teger o Menino Jesus. Esta imagem nosinspira a converter-nos em peritos e de-fensores dos direitos das crianças e jo-vens de maneira valente e profética, nosespaços onde são definidas as políticaspúblicas. Sentimo-nos levados a desafiaras políticas sociais, econômicas, cultu-rais e religiosas que oprimem as crian-ças e os jovens. Agora é o momento paratodos nos unirmos aos esforços da Fun-dação Marista para a Solidariedade In-ternacional (FMSI).

. Como Instituto internacional de Irmãos,sentimo-nos responsáveis pelas unidadesadministrativas que vivem em situaçõeseconômicas difíceis. Somos chamados aviver a solidariedade e a partilhar nossosrecursos humanos e materiais.

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Com Maria, vamos depressa para uma nova terra(Lc 1,39)

Em nossa história marista, Deus nos dá o mo-mento extraordinário deste Capítulo para voltaraos elementos fundamentais do nosso carisma.Como os discípulos de Emaús, depois desta expe-riência nossos corações estão em chamas: “Nãoardiam os nossos corações enquanto nos falavapelo caminho?” (Lc 24, 32).

Fomos transformados e enviados a anunciar aomundo a Boa-notícia. Esta parte da nossa pere-grinação está terminada, mas ainda continua eagora deve lançar raízes em todo o Instituto. Por isso, nós, membros do XXI Capítulo geral, di-zemos:

. A ti, irmão idoso, que deste o melhor datua vida à missão do Instituto: obrigadopor tua fidelidade! Mais uma vez, con-tamos contigo, com o teu testemunho,presença, alegria e a tua oração.

. A ti, irmão de meia-idade: continua a ca-minhada! Não tenhas medo do novo queainda está para vir. Jesus, Maria, Cham-pagnat e outros Irmãos caminham con-tigo. Caminha depressa com um coraçãonovo para um mundo novo!

. A ti, jovem irmão, que começas a vidamarista: vive na alegria e na esperançade um futuro onde a entrega e o sacrifí-cio de tua vida a Deus ajudarão a trans-

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formar o mundo das crianças. Contamoscontigo, com o teu dinamismo e a tua fé.O futuro marista está em tuas mãos!

. A ti, jovem em formação, em nossos pos-tulados e noviciados: vive generosa-mente o dom da tua vida a Jesus, que techamou. Deus é fiel e sempre te ama.Alegra-te por ser marista!

. A ti, leigo/a marista, que no teu coraçãodesejas viver a plenitude do teu batismo,no carisma de Marcelino Champagnat:caminhemos juntos!

. A ti, jovem marista, que sonhas com ummundo melhor: reserva tempo para abrirteus olhos à realidade do mundo que terodeia. Escuta teu coração, onde Deus tefala. Une-te a nós nesta caminhada!

Maria e Marcelino viveram essa peregrinação. Agora, é o momento de empreendermos juntos este itinerário.Maristas novos para uma “terra nova”!

Fraternalmente,Irmãos do XXI Capítulo Geral

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Com Maria, ide depressa para uma nova terra!

Sentimo-nos impulsionados por Deus a sair parauma nova terra, que favoreça o nascimento de umanova época para o carisma marista. Isso supõe queestejamos dispostos a mover-nos, a desprender-nose a assumirmos um itinerário de conversão, tantopessoal quanto institucional, nos próximos oitoanos. Percorremos este caminho com Maria, guia ecompanheira. Sua fé e sua disponibilidade para comDeus encorajam-nos a fazer esta peregrinação.

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Apelo fundamental

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A “nova terra” de uma autêntica renovação do Ins-tituto exige uma verdadeira mudança de coração.O espírito deste XXI Capítulo, o horizonte do bicen-tenário de nossa fundação e uma maior consciênciade nossa internacionalidade convocam-nos, com ur-gência, para:

• uma vida consagrada nova, firmemente arrai-gada no Evangelho, que promova um novomodo de ser irmão;

• uma nova relação entre irmãos e leigos/as,baseada na comunhão, buscando juntos umacrescente vitalidade do carisma marista, nomundo de hoje;

• uma presença fortemente significativa entreas crianças e jovens pobres.

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aria, tu és companheira de caminhoe principal inspiradora de nossa peregrinaçãorumo ao Bicentenário marista.

Bem-vinda sejas, hoje, a nossos corações e a nossas casas!Tua abertura, tua fé e tua liberdade são convitespara que também nossos coraçõesse abram ao Espírito, dom do teu Filho Jesus.

Irmãos e leigos, maristas de Champagnat,nós queremos mudar.

Olhamos para ti, modelo e companheira,para viver a nossa vocação de seguimento de Cristo,com a alegria, a sensibilidade, o amor e a energiaque manifestavas ao educar Jesus.

Com Maria, Maristas novos

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Tu nos convocas e reúnes, de todos os lugares do mundo, para formar uma comunidade internacional que leva teu nomee quer ser sinal de comunhão na Igreja e no mundo.

Ao contemplar-te, mulher cheia de fé,sentimos que tuas iniciativas e intuições nos impulsionam, como a Marcelino,a ser Boa-nova para as crianças e jovens pobresde hoje, em “novas terras”.

Cheios de confiança dizemos, como Champagnat:“Se o Senhor não construir a casa…” e proclamamos: “Tudo fizeste entre nós”.Magnificat!

Contigo, Maria, vamos ao Pai, unidos a Jesus e no Espírito de amor.

Amém

para uma “terra nova”

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Horizontes de futuro

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PRINCÍPIOS

Desejamos que a aberturado coração e a renovaçãoda consagração nos abrama uma nova identidade deirmão:

1. Um irmão que por sua consagraçãopertence exclusivamente a Deus eque, a partir dessa experiência, se des-loca com urgência para as novas fron-teiras das crianças e jovens pobres.

2. Um irmão de coração novo que tes-temunha a conversão a Jesus Cristo,numa vida de amor incondicional edisponibilidade radical.

3. Um irmão que, guiado pelo Espírito,faz do discernimento um exercícioquotidiano em busca da vontade deDeus no mundo.

4. Um irmão a caminho com Maria, decoração missionário, testemunhade uma experiência de fé encar-nada e feliz, que anuncia a chegadade um mundo novo, iniciado comJesus.

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XXI Capítulo geral

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Uma vida consagrada

nova que promova

um novo modo de ser

irmão

Irmão um coração novo

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PROPOSTAS DE AÇÃO

1. Favorecer, a partir das diversas instâncias deanimação e governo, a criação ou o fortaleci-mento de redes de espiritualidade que ani-mem o apelo à conversão, caminhandoespiritualmente com Maria, mediante itinerá-rios refletidos e acompanhados.

2. Orientar a próxima revisão das Constitui-ções, com a participação de todos os irmãos,rumo ao nascimento de uma nova épocapara o carisma marista. Esta revisão seráuma oportunidade para lograr um processode renovação pessoal, comunitária e de nossasobras, que nos torne sinais de Jesus e do seuEvangelho.

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marista: para um mundo novo

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3. Convidar todos os irmãos e comunidades a dis-cernir sobre a sua presença - entre as criançase os jovens - para torná-la mais próxima, maissignificativa e mais visível.

4. Propiciar novos estilos de comunidade, emcontato com as crianças e jovens pobres, queconduzam a uma vida mais simples.

5. Potenciar a vivência do amor entre os irmãos,com gestos de carinho e união, para que nos-sas comunidades sejam verdadeiramente umsinal profético de fraternidade.

Irmão um coração novo

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6. Favorecer, nos diferentes níveis de governo, ainstalação de casas de formação internacio-nais, onde as novas gerações possam adquirirmaior disponibilidade missionária, sentido deinternacionalidade e sensibilidade intercul-tural.

7. Rever os programas de pastoral juvenil, depastoral vocacional, de formação inicial e per-manente para favorecer uma melhor com-preensão da identidade do irmão marista, nomundo de hoje, e fomentar um crescimentointegral nas dimensões humana e espiritual.

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Irmãos e num novo

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PRINCÍPIOS

1. Reconhecemos o valorda vocação do leigomarista.

2. Vemos o nosso futuromarista como comunhão

de pessoas no carisma de Champagnat, noqual se enriquecem mutuamente as nossas vo-cações específicas.

3. Damos prioridade à formação, tanto específicaquanto partilhada.

4. Valorizamos a corresponsabilidade como ele-mento para o desenvolvimento da vida, da es-piritualidade e da missão maristas.

Uma nova relação entre

irmãos e leigos/as buscando,

juntos, maior vitalidade

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leigos, espírito de comunhão

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PROPOSTAS DE AÇÃO

1. Continuar a apoiar o Movimento Champagnatda Família Marista e trabalhar ativamentecom outras pessoas que se reconhecem atraí-das por nosso carisma, para descobrir novoscaminhos em que suas vocações possam ser reconhecidas e incentivadas na vida daIgreja.

2. Favorecer a formação de comunidades de ir-mãos e leigos/as que compartilhem vida, es-piritualidade e missão maristas.

3. Incrementar, nas Unidades administrativas enas regiões, experiências de formação especí-ficas ou partilhadas que se inspirem, entre ou-tros textos, em Missão educativa marista,Água da Rocha e Em torno da mesma mesa.

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4. Constituir uma Comissão internacional, for-mada por irmãos e leigos/as, com o objetivode elaborar um Guia de formação conjunta,adaptado às diferenças culturais e regionais.

5. Ampliar o Secretariado dos Leigos/as, e en-volver os leigos/as maristas nas várias estru-turas de animação, em nível regional e

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provincial, segundo se considere apropriadoem cada lugar.

6. Organizar outra Assembléia internacional damissão marista, segundo o espírito de Mendes.

7. Animar a pastoral vocacional a partir de umaação conjunta de irmãos e leigos/as.

leigos, espírito de comunhão

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A Missão H

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PRINCÍPIOS

1. Queremos ver o mundocom os olhos das crian-ças e jovens pobres eassim mudar nossoscorações e atitudes,como fez Maria.

2. Sentimo-nos impelidos a agir com urgênciapara encontrar formas novas e criativas deeducar, evangelizar e defender os direitos dascrianças e jovens pobres, mostrando-nos soli-dários com eles.

3. Afirmamos que a evangelização é o centro e aprioridade de nossas atividades apostólicas,anunciando a Jesus Cristo e sua mensagem(Mendes).

4. Como irmãos e leigos maristas, a viver nomundo globalizado de hoje, somos chamadosa cultivar um horizonte internacional, em nos-sos corações e mentes.

Uma presença

fortemente significativa

entre as crianças

e jovens pobres

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PROPOSTAS DE AÇÃO

1. Promover os direitos das crianças e jovens, em-penhando todos os âmbitos de nosso Institutona defesa desses direitos, ante os governos, asorganizações não-governamentais e outrasinstituições públicas.

2. Fortalecer nosso apostolado educativo comolugar de evangelização onde se fomentam osvalores humanos e cristãos, bem como a inte-gração da fé e da vida.

3. Traçar programas, em cada região, para for-mar pessoas aptas a se especializarem naevangelização de crianças e jovens e que tra-balhem com eles.

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4. Incluir em todos os programas de formação,seja para irmãos, seja para leigos maristas, oacompanhamento de experiências que os sen-sibilizem, ante as necessidades das crianças edos jovens pobres.

5. Formar comunidades internacionais e inter-provinciais, abertas aos irmãos e leigos/as ma-ristas, para atender a novos campos de missãode fronteira.

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A Missão

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6. Desenvolver estruturas, a partir do Conselhogeral, para coordenar e orientar as redes damissão marista em todo o mundo, bem comoelaborar um plano de iniciativas nessa área, aser incrementado nos próximos oito anos.

7. Fortalecer a Missão ad gentes na Ásia, e es-tendê-la a outras regiões nas quais o discerni-mento nos faça ver a necessidade.

8. Estabelecer, em apoio à nossa missão, um ser-viço de voluntariado marista, cujos membrosse disponham a atuar em nossos campos deapostolado, que o necessitem, e estejam dis-postos a mobilizar-se em situações de emer-gência.

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1. Constituições 2. Animação e Governo

Decisões

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3. Finanças 4. Casa geral

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1. Constituições

A assembleia capitular reconheceu o valor das Constituições como “aplicação do Evangelho a nossas vidas”.Começou-se por aprovar duas grandes propostas, transcritas em seguida, inspiradas no trabalho da comissão pré-capitular das Constituições.

Depois, foram aprovadas mudanças em artigos das Constituições e Estatutos que serão publicadas nas Atas do XXI Capítulo geral.

1. O XXI Capítulo geral pede que o Governogeral nomeie uma Equipe de edição que in-tegre as diversas mudanças, efetuadas nasConstituições e Estatutos por este e por Ca-pítulos anteriores, num texto que seja coe-rente no estilo, na linguagem, numeraçãoe referências.

2. O XXI Capítulo geral acredita que, para ummundo novo, necessitamos de uma conver-são do coração. Uma revisão profunda dasConstituições e Estatutos, com uma amplaparticipação dos Irmãos, pode ajudar-nos arevitalizar nossa vocação. Para facilitar isso,o XXI Capítulo geral recomenda ao Governogeral de nomear uma comissão para coor-denar essa revisão, e que o novo texto sejaapresentado ao XXII Capítulo geral.

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2. Animação e Governo2009-2017

O Capítulo refletiu, repetidamente, sobre a animação e o governo do Instituto. Um documento pré-capitular preparara o trabalho e apresentava uma série de propostas de organização, com uma avaliação dos prós e contras. Este trabalho permitiu avançar com mais rapidez ao encontro de um modelo de governo adaptado às necessidades atuais e flexível para responder melhor à diversidade do Instituto.

Ao mesmo tempo, oferece orientações e recomendações para dinamizar e dar maior eficácia às várias instâncias de animação e governo do Instituto.

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Por animação e governo entendemos o ser-viço que o Governo geral oferece às Unida-des administrativas, através de estruturas eprocessos para levar adiante o projeto de vitalização emanado do XXI Capítulogeral.

A missão principal do Governo geral (2009-2017) é a animação e o governo do Insti-tuto. Para lograr este objetivo, a tarefaprincipal do Governo geral deve ser o acom-panhamento e a animação da liderança dasProvíncias e Distritos, especialmente dosProvinciais e superiores de Distrito.

Objetivos:

� Fomentar, em todos os níveis, estruturasde animação, coordenação e governo queimpulsionem a vitalidade do Instituto e desua missão.

� Implementar o apelo fundamental e fazerexecutar as orientações emanadas do XXICapítulo geral.

� Exercer as tarefas constitucionais de ani-mação, coordenação e governo.

Princípios:

1. Subsidiariedade e Corresponsabilidade2. Internacionalidade e

multiculturalidade3. Solidariedade4. Discernimento5. Respeito às diferenças6. Presença fraterna e acompanhamento

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Meios:

Conferência GeralA Conferência geral é uma assembleia con-sultiva composta pelo Irmão Superiorgeral, pelo Irmão Vigário geral, os IrmãosConselheiros gerais, Irmãos Provinciais eSuperiores de Distrito, se assim estiver pre-visto em seu Estatuto distrital.

A Conferência Geral é convocada:

1. Para consolidar a unidade do Insti-tuto e favorecer o contato direto dosSuperiores entre si, com o Irmão Su-perior geral e os membros de seuConselho.

2. Para estudar os assuntos de inte-resse geral e propor soluções.

O Irmão Superior geral convoca a Conferên-cia geral entre dois Capítulos. Pode convi-

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dar outras pessoas a participarem, se assimconsiderar oportuno. (C 142; c 632; 633,1)

RegiõesRegião é a soma de duas ou mais Unida-des administrativas do Instituto que seunem entre si para facilitar a colaboraçãomútua. (Cfr. C 125.1)

Conselho de Provinciais e Superiores de Distrito com base regional e/ou internacional

É a reunião de vários Provinciais e Supe-riores de Distrito para tratar de temas quegerem dinamismo e vitalidade, em umaregião particular ou do Instituto, por soli-citação do Conselho geral e/ou das Pro-víncias e Distritos implicados, sempre quese considere oportuno.

Conselho geral AmpliadoÉ um meio pelo qual o Conselho geral plenose reúne com os Conselhos de uma Região,para acompanhar os Conselhos provinciaise de Distrito, conhecer a realidade da Re-gião e exercer a corresponsabilidade na ani-mação e no governo do Instituto.

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Visitas de acompanhamentoAs visitas são um meio para animar as Uni-dades administrativas, segundo o espíritodo apelo fundamental e das orientaçõesdo XXI Capítulo geral. São oferecidas atodos os Irmãos, especialmente aos res-ponsáveis pelas Províncias e Distritos.

O Ir. Superior geral deve visitar pessoal-mente, por seu Vigário, seus Conselheiros,ou por outros delegados, as Províncias eos Distritos, ao menos uma vez duranteseu mandato. (C 130.1; c 628).

Recomendações ao Conselho geral:

1. Que recorra à criação de secretaria-dos ou comissões para necessidadesespecíficas;

2. Que promova processos de colabo-ração e organização, entre Unidadesadministrativas e/ou Regiões.

3. Que se avaliem e acompanhem osprocessos de reestruturação das Uni-dades administrativas, segundo oscritérios estabelecidos.

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3. FinançasForam dedicadas algumas sessões ao estudo da situação econômica e financeirada Administração geral. Os critérios de solidariedade, internacionalidade e missão emanados do Apelo fundamental ressoavam com particular intensidade face ao uso e ao destino que o Instituto dá aos bens que possui.Além de tomar consciência do estado atual,foram elaborados alguns princípios e recomendações para orientar a gestão da Administração geral e das Unidades administrativas com relação às finanças, para um melhor e mais eficienteserviço à missão do Instituto.

Princípios:

1. Os recursos do Instituto servem à vida eà missão da Congregação.

2. O governo e a animação do Instituto sãofinanciados, principalmente, pelas Uni-dades administrativas.

3. As Unidades administrativas assumem,de maneira equitativa, as despesas ordi-nárias da Administração geral.

4. A transparência e a responsabilidade sãorespeitadas na administração dos recur-sos do Instituto.

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5. A independência financeira e a viabili-dade durável das Unidades administrati-vas são objetivos a longo prazo.

6. As Unidades administrativas estão prepa-radas para se ajudar mutuamente, emespírito de solidariedade, para que essesobjetivos se realizem.

Recomendações:

1. Como financiar as despesas da Administração Geral?

Que o Conselho geral nomeie uma equipede peritos em finanças para elaborar umplano de financiamento da Administraçãogeral, tomando como ponto de partida otrabalho da Comissão pré-capitular de fi-nanças e orientando-se pelo apelo do XXICapítulo geral.

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2. Como financiar as unidades administrativas?

Que o Conselho geral nomeie uma equipe deperitos em finanças para elaborar um planovisando a conseguir, progressivamente, a au-tonomia econômica das Unidades adminis-trativas e do Setor da Missão ad Gentes,partindo do trabalho da Comissão pré-capi-tular de finanças e orientando-se pelo apelodo XXI Capítulo geral.

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4. Casa geral

Na esteira de outros Capítulos gerais,que tomaram decisõesrelativas à Casa geral,também este tratou o tema.

O Capítulo contou com um estudo prévio sobre o funcionamento, os serviços e custos da Casa geral, além de oferecer e avaliar algumas alternativas. Com esses dados em mão, a assembleia capitular recomendou ao Conselho geral de prosseguir no estudo e que, cumprindo-se as condições detalhadas mais adiante, se considerasse a possível venda e transferência da Casa geral.

O XXI Capítulo geral, coerente com a visão eos chamados que o inspiraram, recomendaao Conselho geral:

1. A possível venda da propriedade e doimóvel da Piazzale Champagnat,

2. e a consequente transferência da sede daAdministração geral, com as seguintescondições:

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XXI Capítulo geral

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O Conselho geral

1. Nomeia uma Comissão internacional deperitos para aprofundar o estudo reali-zado; solicite uma segunda avaliação dapropriedade e do imóvel; peça e ponderesobre as diversas ofertas; acompanhe oprocesso da possível alienação e da insta-lação da nova sede.

2. Garante um ganho que a Comissão de pe-ritos considerar razoável.

3. Assegura a informação adequada a todo oInstituto sobre o significado desta decisão.

4. Decide sobre o destino dos recursos obti-dos, tendo em conta o fortalecimento das

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reservas da Administração geral e o fundode solidariedade em favor dos pobres.

O XXI Capítulo geral oferece, outrossim, as se-guintes orientações:

El Conselho geral

1. Decide sobre o lugar mais apropriado paraa nova sede, tendo presente as necessida-des específicas de uma Casa geral.

2. Cuida para que a nova sede reflita os va-lores da simplicidade, sobriedade, funcio-nalidade e favoreça a qualidade da vidacomunitária.

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