Com muita alegria e determinação família supera dificuld

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Ano 8 • nº2012 Dezembro/2014 Crateús Moradores de uma humilde a aconchegante casa de taipa localizada na comunidade de Poço da Pedra, município de Crateús, a agricultora familiar Rita Maria de Oliveira Sousa, de 58 anos, e o esposo, o agricultor familiar Antônio Pedro de Sousa, de 62 anos, passaram a conviver melhor com o semiárido cearense nos últimos anos. Um dos principais motivos da melhora foi o beneficiamento com uma cisterna de enxurrada conseguida por meio do Programa Uma Terra e Duas Água (P1+2) desenvolvido em parceria do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares no Estado do Ceará (Fetraece). O casal leva a vida com muita simpatia e positividade, apesar das dificuldades com que vive devido os aspectos naturais do semiárido e a falta de grande investimento público em políticas sociais, que passaram a ganhar prioridades na última década. Na casa, eles vivem com outras cinco pessoas, um filho natural, dois adotivos e dois netos. “Não importa a dificuldade, vencemos!”, fala determinado Antônio Pedro de Sousa. Mesmo com o Ceará passando por períodos de estiagens com chuvas inferiores a média histórica, o casal tem conseguido reforço na batalha do dia a dia pela convivência com o semiárido. Rita Maria de Oliveira Sousa e Antônio Pedro de Sousa conseguiram com a ajuda do sindicato de trabalhadores rurais que atende a localidade, as esperadas aposentadorias. Com muita alegria e determinação família supera dificuldades na convivência com o semiárido Fotos: Janes P. Souza

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Moradores de uma humilde e aconchegante casa de taipa localizada na comunidade de Poço da Pedra, município de Crateús, a agricultora familiar Rita Maria de Oliveira Sousa, 58 anos, e o esposo Antônio Pedro de Sousa, 62, passaram a conviver melhor com o semiárido após quintal produtivo.

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 8 • nº2012

Dezembro/2014

Crateús

Moradores de uma humilde a aconchegante casa de taipa localizada na comunidade de Poço da Pedra, município de Crateús, a agricultora familiar Rita Maria de Oliveira Sousa, de 58 anos, e o esposo, o agricultor familiar Antônio Pedro de Sousa, de 62 anos, passaram a conviver melhor com o semiárido cearense nos últimos anos. Um dos principais motivos da melhora foi o beneficiamento com uma cisterna de enxurrada conseguida por meio do Programa Uma Terra e Duas Água (P1+2) desenvolvido em parceria do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares no Estado do Ceará (Fetraece). O casal leva a vida com muita simpatia e positividade, apesar das dificuldades com que vive devido os aspectos naturais do semiárido e a falta de grande investimento público em políticas sociais, que passaram a ganhar prioridades na última década. Na casa, eles vivem com outras cinco pessoas, um filho natural, dois adotivos e dois netos. “Não importa a dificuldade, vencemos!”, fala determinado Antônio Pedro de Sousa. Mesmo com o Ceará passando por períodos de estiagens com chuvas inferiores a média histórica, o casal tem conseguido reforço na batalha do dia a dia pela convivência com o semiárido. Rita Maria de Oliveira Sousa e Antônio Pedro de Sousa conseguiram com a ajuda do sindicato de trabalhadores rurais que atende a localidade, as esperadas aposentadorias.

Com muita alegria e determinação família supera dificuldades na convivência com o semiárido

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Ceará

O agricultor e a agricultora também foram beneficiados com uma cisterna de primeira água, reservatório feito por meio do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) e que capta água da chuva através de calhas instaladas na casa do beneficiário. Este modelo de tecnologia social, como são chamadas as cisternas, armazena 16 mil litros de água para a família utilizar para beber e cozinhar. Posteriormente o casal foi contemplado com uma cisterna de enxurrada, que com capacidade de armazenamento de 52 mil litros de água tem como objetivo possibilitar a

produção de alimentos e criação de pequenos animais. “Após conseguirmos a cisterna de água para nós bebermos, a cisterna para ter água para os canteiros e a nossa aposentadoria, temos outra vida. Agora não preciso mais sair de casa para ir lavar roupa para conseguir um dinheirinho para completar a renda”, destaca a agricultora Rita Sousa. Com a implementação da cisterna de segunda água que possibilitou o casal montar um quintal produtivo com coentro, cebolinha, macaxeira, mamão, goiaba e cereja, passaram além de produzir para o consumo próprio, vender o excedente. Com o dinheiro adquirido com os alimentos vendidos, somado ao recurso das aposentadorias, eles compraram 10 cabeças de caprinos e uma vaca, além de aumentarem a criação de galinhas e patos. “Trato minhas cisternas como parte da minha casa. Elas são parte mesmo! Varro ao redor delas todos os dias”, afirma a agricultora. Mas a família passou por momento que chegou a pensar que não conseguiria receber a cisterna de enxurrada. “Foi uma agoniação grande que passei, o cadastro da cisterna tava no meu nome, aí poucos dias para iniciar a capacitação, pois não é que apareceu uma catapora em mim. Então pensei, vou perder minha cisterna. Mas Deus me deu forças, melhorei e consegui participar das reuniões e receber minha cisterna”, finaliza Rita Sousa. Antônio Pedro de Sousa e Rita Maria de Oliveira Sousa têm um objetivo para fortalecer ainda mais o convívio com o semiárido. “Estamos com o sonho de construir um tanque para pegar a água que a cisterna grande sangra, aí assim, ela enche e sangra para o tanque. Vamos conseguir!”, afirma convicto o agricultor.

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