Combate a-incendio

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Combate a incêndio

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  • 1. CCEEEETTEEPPSS CURSO TCNICO DE SEGURANA DO TRABALHO Disciplina: PREVENO E COMBATE A INCNDIOS PCI Professor: Flvio Amorim Gomes de Arajo VERSO 02 JANEIRO / 2008

2. Pgina 2 de 78 INTRODUO Observamos no decurso da histria que quatro elementos constantemente esto se interagindo: a TERRA, o FOGO, o AR e a GUA. Sabemos tambm que foi com auxlio do fogo que o homem conseguiu sair das cavernas e dominar as feras sua volta, reinando assim sobre os demais animais. O fogo , portanto, um elemento importante e hoje em dia essencial para nossa sobrevivncia na vida moderna, no entanto quando foge ao controle torna-se tambm um elemento muito perigoso para a vida humana. Nos dias atuais, o homem tem utilizado, principalmente, outro elemento, no caso a gua, para evitar que o fogo fuja do seu controle, destrua a terra e contamine o ar. Alis, a contaminao do ar de um incndio, gerando a chamada fumaa, sem dvida a principal causa das mortes das pessoas num incndio. So raros os casos de mortes por pessoas queimadas, pois normalmente antes de sofrerem queimaduras fatais, as pessoas morrem por asfixia ou pelos males provocados pela fumaa. J assistimos diversos casos, principalmente, em edifcios altos, onde tamanho era o desespero das pessoas, vindo a saltarem do alto do edifcio. O desenvolvimento de um programa de preveno, proteo e combate a incndio constituem em uma das mais importantes misses de um Tcnico em Segurana do Trabalho dentro das empresas. Vemos algumas vezes a preocupao da empresa, apenas com o treinamento e formao da brigada de incndio e manuteno de extintores, que so atividades das mais importantes, mas insuficientes para evitar a ocorrncia e a propagao dum incndio. Claro que o desenvolvimento de um sistema de preveno, proteo e combate a incndios vai depender muito do tipo de empresa e de seus riscos, mas como regra geral, podemos afirmar que evitar um incndio o melhor caminho, para isto preciso focar nas aes de PREVENO, que incluem aes de manuteno e controle sobre as instalaes eltricas, por serem uma das maiores causas de incndios nas empresas; condies adequadas de armazenamento de materiais, principalmente inflamveis e combustveis; cumprimento de um bom sistema de sinalizao de segurana; entre outras aes. Mesmo assim importante frisarmos que as aes de preveno nem sempre so suficientes e no podem vir a evitar um incndio, pois elas visam reduzir a probabilidade de ocorrncia, mas dificilmente iro garantir que nunca falhem e no haja o incndio. Portanto quando falha a preveno devemos buscar ou dimensionar corretamente os esforos para as aes de PROTEO, que incluem um sistema de paredes e portas corta-fogo; sistema de proteo de pra-raios; entre outros. No caso de pra-raios muitos acham ser uma ao preventiva, mas na verdade o sistema no impede a queda do raio, mas sim protege a edificao dum incndio, por isso sua classificao mais correta a de proteo. Por ltimo, mas no menos importante, pelo menos quando nos referimos ao risco real de um incndio, precisamos definir e dimensionar corretamente as aes de COMBATE. Como o prprio nome diz uma ao reativa, precisa acontecer algo de errado, para haver a reao. Mas em se tratando de incndio, devemos estar preparado para o erro ou falha de algum sistema, pois segundo a Lei de Murphy: se algo pode dar errado, certamente dar. No querendo ser pessimista, mas devemos estar sempre adequadamente preparados. Devido a isso extremamente importante e obrigatrio instalaes de extintores, hidrantes, sprinklers, etc, ou mesmo um treinamento da brigada, que pode parecer para muitos como ao de preveno, mas a finalidade de sua existncia puramente reativa. importante frisarmos que o conceito de PREVENO, PROTEO ou COMBATE o que menos importa. O importante o aluno e futuro Tcnico em Segurana saber identificar o risco e o melhor sistema para PREVENIR, PROTEGER ou COMBATER. O objetivo do curso proporcionar ao aluno a oportunidade de conhecer o maior nmero possvel de recursos existentes, e quando digo recursos, no falo apenas dos recursos materiais, mas tambm dos recursos humanos. Alm disso, temos o objetivo de dar ao aluno a oportunidade de interpretar corretamente a legislao e normas; saber dimensionar corretamente um sistema de preveno, proteo e combate a incndios; entre outras. Em suma podemos dizer que a misso do Tcnico em Segurana do Trabalho numa empresa para a Preveno, Proteo e Combate a Emergncias consiste basicamente em: fazer a correta distribuio dos equipamentos pela rea a proteger; garantir a manuteno adequada dos equipamentos de preveno, proteo e combate; organizar treinamento do pessoal que ir utilizar estes equipamentos. A concepo moderna de combate a incndio exige grande soma de conhecimentos profissionais e habilidades para aplic-los. E no se pode esperar que esses conhecimentos e habilidades sejam adquiridos unicamente atravs da experincia. Ela muito importante como complemento de estudos sistemticos e apropriados, mas insuficientes, por isso a importncia dos estudos acadmicos, principalmente em cursos, mesmo que sejam tericos. Americana, 10 de janeiro de 2008. Flvio Amorim Gomes de Arajo 3. Pgina 3 de 78 NDICE INTRODUO 02 NDICE 03 CAPTULO I PREVENO, PROTEO E COMBATE A INCNDIOS 04 1. PRIMEIRA BRIGADA DE INCNDIO 04 2. HISTRICO DE OCORRNCIA E SURGIMENTO DO CORPO DE BOMBEIROS 05 3. LEGISLAO PERTINENTE 07 4. PROCESSO QUMICO DO FOGO 08 5. PROCESSO DE FORMAO DO FOGO 08 6. PONTOS DE TEMPERATURA CRTICA 10 7. EVOLUO DE UM INCNDIO 13 8. FORMAS DE PROPAGAO DO FOGO 18 9. CLASSES DE INCNDIO 19 10. TCNICAS DE EXTINO 20 11. AGENTES EXTINTORES 21 12. APARELHOS EXTINTORES 23 13. EQUIPAMENTO DE RESPIRAAO AUTNOMA 33 14. SISTEMA DE ALARME DE INCNDIO 34 15. SADAS DE EMERGNCIA 35 16. SISTEMA HIDRULICO DE PROTEO E COMBATE A INCNDIO 39 17. SISTEMA FIXO DE PROTEO E COMBATE A INCNDIO 54 18. ACESSO DE VIATURAS DO CORPO DE BOMBEIROS 57 19. PRINCIPAIS VIATURAS DE COMBATE A INCNDIO DO CORPO DE BOMBEIROS 58 20. BRIGADA DE COMBATE A INCNDIO 61 21. PREVENO DE INCNDIO 67 CAPTULO II ACIDENTES AMBIENTAIS 68 1. DEFINIO E TIPOS DE ACIDENTES AMBIENTAIS 68 2. IDENTIFICAO E AVALIAO DE RISCOS 68 3. PLANEJAMENTO DE UM SISTEMA PARA ATENDIMENTO DE ACIDENTES AMBIENTAIS DE ORIGEM TECNOLGICA 69 4. ACIDENTES AMBIENTAIS COM PRODUTOS QUMICOS 70 5. RISCOS ASSOCIADOS S CLASSES DE PRODUTOS QUMICOS 74 BIBLIOGRAFIA 78 4. Pgina 4 de 78 CAPTULO I PREVENO, PROTEO E COMBATE A INCNDIOS 1. PRIMEIRA BRIGADA DE INCNDIO Nos confins da antiguidade, o homem lutou para conseguir a tcnica da combusto. O fogo, ento, foi um dos maiores aliados do ser humano. Por isso desde o incio o homem deu ao fogo um carter superior, conferido aos deuses, como manifestao do sagrado. Uma vez dominada as tecnologias de sua produo, segundo a vontade humana, o fogo tem sido o mais importante e permanente instrumento do processo civilizador. Participa de toda a evoluo cultural da humanidade, o fogo tem sido um dos fundamentos de todo o progresso do homem contribuindo nos diferentes momentos de sua trajetria, desde o primitivo aquecimento, nas cavernas do paleoltico superior, produo de armas que permitiram ampliar suas provises alimentares, promover sua defesa e, simultaneamente, acelerar o processo de agresso e do domnio do meio ambiente, na mais antiga e contnua luta do homem: a da sobrevivncia. Exercendo fascnio e seduo, talvez como um dos mais primitivos arqutipos do homem, o fogo, contudo, ao mesmo tempo em que amigo e vital, pode se transformar no mais insidioso, inesperado e quase invencvel inimigo. Perde-se na memria do tempo, a origem do combate ao fogo, das mais remotas lembranas, sabe-se que no ano 27 A.C.(Antes de Cristo), em Roma, j existiam os "Triunviri Nocturni", grupos organizados com o objetivo de combater incndios. Durante o reinado de Jlio Csar Octvio, entre 63 a.C. e 14 d.C., foram criadas as "Coohortes Vigilium",em nmero de 7, cada uma integrada por 1.000 homens, aos quais estava reservada a responsabilidade de proteger contra o fogo em 14 bairros de Roma. Na Roma daqueles tempos uma lei obrigava a cada proprietrio de casa a dispor de uma cisterna, com gua reservada para casos de incndio. A legislao dispunha de uma srie de regras para construes, desde afastamento regular at a proibio de produtos mais inflamveis. Tambm a altura dos prdios deveria se limitar a 100 ps, ou seja, 30 metros. Na Prsia antiga, conta a histria, o incendirio que queimasse sua casa, fosse ou no involuntariamente, era condenado ao apedrejamento vivo, permitindo-se mulher acompanhar o marido, caso fosse sua vontade. Marco Polo relatava de sua viagem China, que os bombeiros sufocavam os incndios de uma forma eficaz e surpreendente. No utilizavam gua contra o fogo, mais se dedicavam a demolir as construes vizinhas, deixando que apenas a casa incendiada acabasse destruda, impedindo a propagao do fogo. Na Grcia antiga, os bombeiros usavam as quadrigas (carros de corridas com quatro cavalos, ou seja, bigas com 4 cavalos) para alcanar o local do incndio com maior rapidez. Os soldados mais experientes sabiam de memria os locais de Atenas em que se podia encontrar gua com facilidade, poos, riachos, cisternas e baixios e de l, em processo de revezamento, os baldes eram deslocados de mo em mo, s vezes de distncia de at um quilmetro ou mais, o que exigia a mobilizao de grande nmero de escravos. O mesmo processo continuou sendo utilizado pelo homem em quase toda parte do mundo, at o fim da Idade Mdia. Com a evoluo da economia, nos fins da idade mdia, a burguesia foi se instalando em pequenos burgos, reinstalando-se o processo de vida urbana. Com ele, por volta de fins do sculo XVI e incio do XVII, comearam a surgir os primeiros bombeiros da era moderna. Na Frana, isto ocorreu com Luiz XIV, o Rei-Sol, que reinou de 1638 a 1715, com os "Corps des Pompiers", que j utilizavam a bomba Van Der Heydens, de 1699. Na Inglaterra, pouco adiante, surgem os "Fireman", os "homens do fogo". Na Alemanha, desde 17 de julho de 1841, em Meissen, existem Corpos Voluntrios de Bombeiros. Em Durlach, em 1846, surge a segunda corporao e nasce em Berlim, no ano de 1851, o primeiro Corpo de Bombeiro profissional. Rapidamente, em razo da evoluo cada vez mais acelerada das cidades, foram surgindo corporaes de combate ao fogo em muitos pases do mundo. Nos Estados Unidos, a iniciativa coube ao grande Benjamin Franklin,em 1736, que criou, na Filadlfia, o primeiro Corpo de Bombeiros Voluntrios da Amrica. Em Portugal, a histria dos Bombeiros na era moderna comea no ano de 1794, com a destacada participao de um brasileiro nascido na Bahia, Guilherme Gomes Fernandes, que juntamente com outros idealistas criou a associao dos Bombeiros Voluntrios do Porto. O brasileiro Gomes Fernandes, um abnegado da causa, foi considerado o "maior bombeiro do mundo", criando as bases do slido movimento portugus de defesa civil, com base na multiplicao pelo territrio portugus de grupamentos voluntrios de combate ao fogo. No Chile, o primeiro corpo de bombeiros, tambm de carter voluntrio, foi criado em 1851, na cidade de Valparaso. Em 1863, foi criada a Corporao de Santiago. No Brasil, o primeiro Corpo de Bombeiros foi criado oficialmente pelo decreto 1.775, assinado por D. Pedro II, em 02 de Julho de 1856, instala-se no Rio de Janeiro, ento, o Corpo de Bombeiros da Corte. Antes, porm, desde 1763, os incndios no Rio de Janeiro eram combatidos pelo pessoal do Arsenal da Marinha, de forma provisria. A evoluo tcnica, o aperfeioamento dos equipamentos, a utilizao de bombas mecnicas, manuais e motorizadas, a substituio dos baldes de pano por mangueiras de tecido, os caminhes tanque, os autobombas, as escadas Magirus, as bombas Metz, at os macacos hidrulicos e as roupas especiais que permitem o acesso de bombeiros a locais em chamas, tudo isto se deve s maravilhas da revoluo industrial, de 1760 aos nossos dias. 5. Pgina 5 de 78 2. HISTRICO DE OCORRNCIAS E SURGIMENTO DO CORPO DE BOMBEIROS 1850: ocorre um incndio na Rua do Rosrio (atual Rua XV de Novembro), o incndio extinto por uma bomba manual emprestada por um francs chamado Marcelino Gerard. 1852: em decorrncia de tal incndio, apresentado na Assemblia Provincial, pelo ento Brigadeiro Machado de Oliveira um Projeto de Lei de um Cdigo sobre Preveno de Incndios, ficando o povo, por lei, obrigado a cooperar com a Polcia nos dias de incndio. 1856: surge o Corpo de Bombeiros da Corte (atual Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro). Entre 1860 e 1870: registro de diversas ocorrncias de incndios: livraria na Rua do Carmo em SP; loja de ferragens; barril de plvora explode no centro da cidade de So Paulo; etc. 1880: depois de um incndio na Faculdade de Direito em SP determinada criao Oficial do Corpo de Bombeiros (10 de maro de 1880). O ento Alferes Jos Severino Dias designado em 24 de julho Comandante da Seo de Bombeiros com 20 homens (praas). 1890: elevao categoria de "Companhia de Bombeiros". O efetivo aumenta para 60 homens. O Comandante passa a ser um Capito. 1900: unem-se todas as foras policiais em uma s "FORA PBLICA". criado o Corpo Municipal de Bombeiros de Campinas, seu efetivo inicial era de oito homens. 1911: so colocadas em todos os bairros da cidade de So Paulo, 160 novas caixas de avisos de incndio. 1942: primeiro convnio entre o Estado e a Prefeitura de So Paulo. O Corpo de Bombeiros passa a ser Estadual. 1964: grande compra de Auto-Bombas (o famoso Volta ao Mundo"). 1972: em 24 de fevereiro, ocorre o incndio do Edifcio Andraus de 31 andares, teve seu incio no 4 andar, 16 pessoas morrem e 375 ficam feridas, o Corpo de Bombeiros envia 31 viaturas e dezenas de carros pipas. O Incndio provoca o surgimento de um Grupo de Trabalho para estudar e propor reforma dos Servios de Bombeiros. Incndio no Edifcio Joelma 1974: em 01/fevereiro ocorre incndio no Edifcio Joelma de 23 andares, 189 pessoas morrem, o Corpo de Bombeiros envia 26 viaturas e 318 bombeiros. 1975: ocorre a preconizada reestruturao dos servios de bombeiros. Em razo do incndio do Joelma, publicado o novo Cdigo de Obras de So Paulo. 1979: entra em funcionamento o telefone 193. firmado novo convnio entre o Estado e a Prefeitura. 1981: em 14 de fevereiro, ocorre um incndio na Av.Paulista, no edifcio Grande Avenida de 23 andares, foto ao lado. O Corpo de Bombeiros envia ao local 20 viaturas e 300 bombeiros, 17 pessoas morrem e 53 so feridas, entre elas 11 bombeiros e 10 do efetivo do Comando de Operaes Especiais da PM. 1983: incndio na Vila Soc, em Cubato, deixou 93 mortos. 1984: vazamento de gs na fbrica da Union Carbide, em Bhopal, na ndia, matou 3.700 pessoas. 1986: O reator nmero 4 da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrnia, teve um acidente no dia 26 de abril. Oficialmente, os mortos foram 31, entre bombeiros e tcnicos da usina. Sete anos depois, o governo ucraniano reconheceu a morte de 7 mil a 10 mil pessoas. O incndio do reator durou dez dias e houve duas exploses. Cerca de 500 mil pessoas foram retiradas de 170 cidades depois do acidente. Pripiat, a 3 quilmetros da usina, tinha 55 mil habitantes. Hoje, uma cidade-fantasma. Os prejuzos da catstrofe so calculados em 400 bilhes de dlares e 7 milhes de pessoas ainda vivem em regies que sofreram radiao. 6. Pgina 6 de 78 1987: incndio no edifcio CESP em SP, no dia 21 de Maio. O conjunto tinha 2 blocos, um com 21 e outro com 27 pavimentos. Houve desabamento parcial da estrutura. 1995: em 29 de janeiro, ocorre uma exploso em uma loja de fogos no bairro de Pirituba na capital paulista, 33 casas so atingidas e 15 pessoas morrem, o Corpo de Bombeiros enviou ao local 15 viaturas e 62 bombeiros. 1996: ocorre em 11 de junho uma exploso no Shopping Center Plaza de Osasco causada por vazamento de GLP sob o piso da rea de restaurantes, 41 pessoas morrem e mais de 480 pessoas so feridas, o Corpo de Bombeiros envia para o local 38 viaturas e 167 bombeiros. 1997: lanado o Manual de Fundamentos do Corpo de Bombeiros, com mais de 360 pginas e mais de 880 ilustraes, o manual aborda 18 temas ligados s principais reas de atuao dos servios de bombeiros. A Sirene, popularmente conhecida como Bitonal (dois tons l-l/r-r), com quatro cornetas, freqncia de 435/450 Hz e 580/600 Hz, com alcance audvel a 7 m, passa a ser destinada, para uso exclusivo do Corpo de Bombeiros da Polcia Militar do Estado de So Paulo. apresentada a nova viatura de Comando de Operaes, destinada a ser empregada em grandes ocorrncias servindo sempre como Posto de Comando. 2001: a exploso da plataforma submarina P-36, da Petrobrs, em 15 de maro, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, matou 11 pessoas que trabalhavam no local. Quatro avies foram seqestrados nos Estados Unidos por membros da organizao terrorista Al Qaeda, sendo dois deles foram lanados contra as torres que formavam o complexo empresarial World Trade Center (WTC), em Nova York e um contra o Pentgono, em Washington. No total de 2.752 pessoas morreram vtimas do atentado. 2003: Incndio provoca morte de 2 crianas, de 7 e 3 anos, na casa em que moravam, no Jardim So Gernimo, em Americana-SP, na madrugada de ontem. Carla Fernandes de Oliveira, de 3 anos, e Jonhny Fernandes de Oliveira de 7, chegaram a ser levados por um vizinho ao hospital Municipal de Americana, mas morreram quando recebiam atendimento. A casa teve a energia eltrica cortada por falta de pagamento, segundo Polcia Militar. Para que os filhos no dormissem no escuro, a me, Juliana Fernandes Cruz, de 25 anos, acendeu uma vela no quarto e foi se deitar. A vela caiu em um colcho e deu incio ao incndio, acredita a polcia. 2005: Incndio causa morte de uma pessoa em Lisboa, Portugal, no dia 20 de julho - mais de 3.000 bombeiros esto mobilizados no combate a incndios causados pela pior seca que j atingiu Portugal em mais de seis dcadas e que, nesta quarta-feira, causaram a morte de uma pessoa idosa e foraram a desocupao de quatro vilarejos, disseram oficiais. O corpo carbonizado de um idoso de cerca de 60 anos foi encontrado perto de sua casa nas proximidades de Alvaiazere, a 160 quilmetros a nordeste de Lisboa, contou um vereador da localidade. "Encontramos o corpo j queimado. Ele devia estar tentando apagar o fogo mas no conseguiu," disse Abel Reias agncia local de notcias Lusa. Um incndio prximo cidade central de Pombal ameaa dois vilarejos e levou ao fechamento temporrio pelo segundo dia seguido de uma das mais movimentadas estradas do pas que liga Lisboa Cidade do Porto. 2006: cinco crianas, com idades entre 1 e 7 anos, morreram na madrugada do dia 22/05/06, em conseqncia de um incndio no bairro Cristal, em Vacaria (RS). Segundo o Corpo de Bombeiros, as vtimas --todas da mesma famlia-- estavam sob os cuidados de uma menina de 13 anos, que conseguiu escapar quando percebeu o fogo. Os bombeiros dizem que a me, de 28 anos, havia sado para trabalhar. H suspeitas de que o incndio tenha sido causado por velas. Alm do frio que atingia a regio, a casa estava sem energia eltrica. O fogo comeou por volta da 1h30. Os bombeiros foram acionados, mas, quando chegaram, a casa j havia sido destruda. 2007: um incndio atingiu na manh do dia 18/12 num galpo de uma indstria farmacutica, prximo rodovia Castelo Branco, em Barueri (SP). O fogo comeou por volta das 6h e as chamas foram controladas entre 8h e 8h30 pelos bombeiros. Parte do teto do prdio desabou. O Corpo de Bombeiros de Barueri teve de chamar reforo dos batalhes da capital para conter as chamas. Um total de 20 viaturas foi deslocado para o local. As labaredas chegaram a atingir uma altura de quase 10 m. As ruas prximas ao local foram interditadas. 2007: incndio no Prdio dos Ambulatrios do Hospital das Clnicas (HC) em So Paulo, ocorrido no dia 24/12, provocou correria e obrigou a remoo dos pacientes internados. Um deles, Raimundo Nonato de Azevedo, 56, morreu poucas horas depois. Para o HC, a morte no tem relao com a remoo. Investigaes preliminares indicam que o incndio comeou com um curto-circuito em uma subestao do prdio, e que a fumaa se espalhou por todos os andares pela tubulao de ar-condicionado. 7. Pgina 7 de 78 3. LEGISLAO PERTINENTE 3.1. CONSTITUIO FEDERAL Captulo III Da Segurana Artigo 24 Inciso I: O Estado pode legislar concorrentemente com a Unio a respeito do Direito Urbanstico, na rea de preveno de incndio. Artigo 144 - Pargrafo Quinto: s Polcias Militares cabem a polcia ostensiva e a preservao da ordem pblica; aos Corpos de Bombeiros Militares, alm das atribuies definidas em lei, incumbe a execuo de atividades de defesa civil. 3.2. CONSOLIDAO DAS LEIS DO TRABALHO CLT Captulo V do Ttulo II Artigo 200 Cabe ao Ministrio do Trabalho estabelecer disposies complementares s normas de que trata este Captulo, tendo em vista as peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente: ... IV proteo contra incndio em geral e as medidas preventivas adequadas, com exigncias ao especial revestimento de portas e paredes, construo de paredes contra- fogo, diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fcil circulao, corredores de acesso e sadas amplas e protegidas, com suficiente sinalizao. 3.3. CONSTITUIO ESTADUAL Captulo III Da Segurana Pblica Artigo 142 Ao Corpo de Bombeiros, alm das atribuies definidas em lei, incumbe a execuo de atividade de defesa civil, ... Lei Estadual n 616, de 17 de Dezembro de 1974 Organizao Bsica da PM - Ttulo I Captulo nico Artigo 2 - Inciso V Compete a Polcia Militar realizar servios de preveno e de extino de incndios, simultaneamente como de proteo e salvamento de vidas humanas e materiais, no local do sinistro, bem como o de busca e salvamento, prestando socorros em casos de afogamento, inundaes, desabamentos, acidentes em geral, catstrofes e calamidades pblicas. 3.4. LEGISLAO E NORMATIZAO Lei Estadual n 684/75 Lei de Convnio Artigo 3 Os municpios obrigaro a autorizar o rgo competente do Corpo de Bombeiros, da Polcia Militar, a pronunciar-se nos processos referentes aprovao de projetos e concesso de alvars para construo de projetos e concesso de alvars para construo, reforma ou conservao de imveis, somente sero aprovados ou expedidos se verificada pelo rgo, a fiel observncia das normas tcnicas de preveno e segurana contra incndios. Pargrafo nico A autorizao de que trata este artigo extensiva vistoria para concesso de avara de habite-se e de funcionamento... Portaria 3.214/78 aprova as Normas Regulamentadoras de Segurana e Medicina do Trabalho dentre elas a NR-23, que trata de Proteo Contra Incndios, revisada pela Portaria. Decreto Estadual n 46.076/01 Institui o Regulamento de Segurana Contra Incndio no Estado de SP. Instrues Tcnicas do Corpo de Bombeiros do Estado de SP so no total de 38 Instrues Tcnicas (IT). Normas Tcnicas da ABNT: dentre todas destacamos algumas relativas ao curso NBR 5419 Proteo de Estruturas Contra Descargas Atmosfricas (02/2001); NBR 6135 Chuveiros Automticos para Extino de Incndio (04/1992); NBR 7532 Identificadores de Extintores de Incndio Dimenses e Cores (04/2000); NBR 9077 Sadas de Emergncia em Edifcios (05/1993); NBR 9441 Execuo de Sistemas de Deteco e Alarme de Incndio (03/1998); NBR 5410 Sistema Eltrico; NBR 5414 Sistema de Pra-raios; NBR 10897 Proteo Contra Incndio por Chuveiro Automtico (01/1990); NBR 10898 Sistema de Iluminao de Emergncia (09/1999); NBR 11711 Portas e vedadores corta-fogo com ncleo de madeira para isolamento de riscos em ambientes comerciais e industriais (04/1992); NBR 11742 Porta Corta-Fogo para Sada de Emergncia Especificao (01/1997); NBR 11785 Barra Antipnico Requisitos (05/1997); NBR 12615 Sistema de Combate a Incndio por Espuma; NBR 12962 Inspeo, Manuteno e Recarga em Extintores de Incndio (02/1998); NBR 13435 Sinalizao de Segurana Contra Incndio e Pnico; NBR 13437 Smbolos Grficos para Sinalizao Contra Incndio e Pnico; NBR 13714 Instalao Hidrulica Contra Incndio, sob comando; NBR 13932 Instalaes Internas de Gs Liquefeito de Petrleo (GLP) Projeto e Execuo (08/1997); NBR 13933 Instalaes Internas de Gs Natural (GN) Projeto e Execuo (08/1997); NBR 13523 Central Predial de Gs Liquefeito de Petrleo (GLP) - Projeto e Execuo (10/1995); NBR 14024 Centrais Prediais e Industriais de Gs Liquefeito de Petrleo (GLP) Sistema de Abastecimento a Granel (12/1997); NBR 14276 Programa de Brigada de Incndio. 8. Pgina 8 de 78 4. PROCESSO QUMICO DO FOGO O fogo uma das principais e mais antigas fontes de energia. Desde a antiguidade, vem sendo um auxiliar inestimvel ao homem. Quando o homem primitivo conseguiu o controle sobre as chamas iniciou-se um processo de desenvolvimento que se prolonga e se moderniza em nossos dias. O calor produzido pelo fogo, quer seja o aconchegante, na lareira, ou o com fora violenta de um alto forno, capaz de fundir o mais duro dos metais, sempre est presente na vida do homem, principalmente nos dias de hoje. No entanto esse mesmo fogo, que tanto tem contribudo para o desenvolvimento da humanidade, quando fora de controle, transforma-se num dos mais cruis inimigos, ceifando vidas e causando prejuzos incalculveis. 4.1. DEFINIO DE FOGO Alguns autores fazem uma separao entre os conceitos de FOGO e INCNDIO, a maioria deles definem que o primeiro ocorre de forma controlada, objetivando, normalmente, o benefcio do prprio homem, e o segundo tem sua ocorrncia fora de controle e com prejuzos materiais e humanos incalculveis. Mas fogo e incndio apresentam a mesma definio lingstica; sob ponto de vista qumico, so definidos como uma reao qumica exotrmica, isto , libera energia. Esta reao, normalmente, denominada de combusto envolve a oxidao rpida de um combustvel resultando em subprodutos e calor. Por exemplo, quando uma vela queima, ocorre o derretimento da cera, isto permite o aparecimento do pavio que manter a chama acessa e far com que a cera continue derretendo e a gerar vapor inflamvel. Este vapor o que queima, formando a chama. O fogo , portanto, um processo qumico de transformao e para que se inicie necessrio existir a presena de trs elementos: combustvel, comburente e calor. 5. PROCESSO DE FORMAO DO FOGO 5.1. TRINGULO DO FOGO Embora seja um conceito antigo, o Tringulo do Fogo ainda muito aceito e tambm se torna mais fcil comearmos o estudo por ele. No Tringulo do Fogo trs fatores so necessrios para que haja fogo: combustvel, comburente e calor. 5.1.1. COMBUSTVEL toda substncia capaz de queimar e alimentar a combusto, permitindo a propagao do fogo. Pode ser slido (papel, madeira, tecidos, borracha, etc), lquido (lcool, gasolina, ter, etc) ou gasoso (acetileno, butano, propano, etc). um elemento essencial para o fogo, porque o alimenta. No existindo o que queimar, no h fogo. Nos materiais slidos, a rea especfica um fator muito importante para determinar a razo de queima, ou seja, a quantidade do material queimando na unidade de tempo, que est associado quantidade de calor gerado e, portanto, elevao da temperatura do ambiente. Um material slido com igual massa e com rea especfica diferente, por exemplo, de 1m 2 e 10m 2 , queima em tempos inversamente proporcionais; porm, libera a mesma quantidade de calor. No entanto, a temperatura atingida no segundo caso ser bem maior. importante observar que no caso de um combustvel que est no estado slido ou lquido, haver a necessidade de ser aquecido, para a liberao de vapores ou gases, s assim poder ocorrer combusto. Outro fator importante para a combusto em combustvel a forma fsica que se apresenta o combustvel, por exemplo, a velocidade de propagao de um incndio na serragem de madeira muito maior do que numa madeira macia, mesmo que a composio seja a mesma. 5.1.2. COMBURENTE Elemento ativador do fogo, o comburente possibilita vida s chamas, e intensifica a combusto. Alguns autores o definem como a mistura que contm o oxidante em concentrao suficiente para que em seu meio se desenvolva a reao de combusto. O principal comburente existente em praticamente todos os ambientes, j na concentrao necessria para combusto, o oxignio. Normalmente o ar atmosfrico composto de 20,99% de oxignio, 78,03% de nitrognio, 0,88% de gases nobres (Ar, H2, He, Ne, Kr) e 0,1% de carbono. Abaixo de 14% de oxignio, a maioria dos materiais combustveis no mantm a chama, j em concentraes menores de 8%, certo que j no mais existe fogo. Sem o comburente no poder haver fogo. Ambiente pobre de oxignio o fogo quase no produz chamas, enquanto que, no ambiente rico de oxignio elas so intensas, brilhantes e de elevadas temperaturas. de se ressaltar, todavia, que existem substncias que possuem na sua estrutura grandes quantidades de oxignio (agentes oxidantes), liberando- o durante a queima. Estas substncias, conseqentemente, podem manter combusto em ambientes, onde no existia oxignio em propores adequadas, para que possa ocorrer o fogo, como o caso da plvora, que pode queimar-se em qualquer lugar com ou sem a presena do ar. 9. 5.1.3. CALOR Elemento que d incio ao fogo. a combustvel o suficiente para elevar ignio. Considerando que dispomos de oxignio vontade na atmosfera e combustvel sempre nossa disposio, constatamos que a cincia de preveno de incndios repousa Sabemos que o calor gerado da transformao de FONTES DE IGNIO: TRMICA: a ignio feita atravs de uma fonte de calor ou por uma energia de ativao direta; QUMICA: a energia se produz atravs de uma reao qumica do tipo exotrmica dada por diluio, decomposio, etc.; MECNICA: quando a energia obtida atravs de um fenmeno fsico de carter mecnico, tais compresso, frico, atrito, NUCLEAR: quando a energia se produz como conseqncia de um processo de ciso de ncleos de tomos radioativos. 5.2. TETRAEDRO DO FOGO A presena dos trs elementos do Fogo no indica necessariamente que teremos uma combusto, pois h necessidade de condies propcias para que haja a combusto. As abordagens mais modernas tratam o fogo como uma reao de oxidao, que ocorre no princpio do Tetraedro do Fogo, ou seja, alm do combustvel, comburente e calor, aparece, um quarto elemento, a reao qumica simplesmente reao qumica ou ainda reao em cadeia, ocorrendo quando o fogo se auto REAO QUMICA EM CADEIA Ocorre quando o combustvel, o atingem condies favorveis, misturando propores ideais, ocorrendo assim cadeia e surgindo o fogo. De outra forma podemos conceituar: q decomposto em partculas menores, que se combinam com o comburente e queimam, irradiando outra vez calor para o combustvel, formando um ciclo constante. 5.3. COMBUSTO uma reao qumica de oxidao, auto calor, fumaa e gases. Existem basicamente trs formas de combusto. 5.3.1. COMBUSTO COMPLETA aquela em que a queima produz cal rico em comburente, sem deixar resduos. 5.3.2. COMBUSTO INCOMPLETA A queima produz calor e pouca ou nenhuma chama e se processa em ambiente pobre em comburente, deixando resduos, principalmente gasosos, como exemplo a fum 5.3.3. COMBUSTO ESPONTNEA aquela gerada de maneira natural, sem fonte externa de calor, podendo ser pela ao de bactrias que fermentam materiais orgnicos, ou com determinadas substncias qumicas, produzindo calor ou seja, podem se inflamar em contato com o ar, mesmo sem a presena de uma fonte de ignio. O fsforo branco ou amarelo, e o sulfeto de sdio so exemplos de produtos que quando em contato com o ar. roupas, tecidos, farrapos e sedas impregnadas de leo, leo de semente de algodo, fertilizantes, leo de pinho, sabo em p, serragem de madeira, etc. Um bom exemplo de combusto espontn leo animal ou vegetal, favorecidos por uma temperatura relativamente elevada, o que comum em nosso pas, pela ao de bactrias, pela presena de umidade e impurezas ou por alta porcentagem de ambiente, ocorre ento uma reao qumica exotrmica (que libera energia). Est energia libera aumentando a temperatura do corpo, neste caso, o material fibroso, at que atinja o seu ponto de ignio. Este processo normalmente muito le Para se evitar a combusto espontnea devemos, principalmente, buscar condies ideais de transporte e armazenamento desses materiais, em estrados, em locais frescos e bem ventilados, que impede o acmulo de calor gerado nas reaes, evitando que atinja a sua temperatura de ignio. Pgina 9 de 78 Elemento que d incio ao fogo. a energia de ativao do fogo. responsvel pela propagao pelo iente para elevar a temperatura de um material at atingir o ponto Considerando que dispomos de oxignio vontade na atmosfera e combustvel sempre nossa disposio, constatamos que a cincia de preveno de incndios repousa no controle das fontes de calor. calor gerado da transformao de outra energia, atravs de processo fsico ou qumico. TRMICA: a ignio feita atravs de uma fonte de calor ou por uma energia de ativao direta; ICA: a energia se produz atravs de uma reao qumica do tipo exotrmica dada por diluio, a energia obtida atravs de um fenmeno fsico de carter mecnico, tais atrito, etc.; uando a energia se produz como conseqncia de um processo de ciso de ncleos de A presena dos trs elementos do Tringulo do ogo no indica necessariamente que teremos uma combusto, pois h necessidade de es propcias para que haja a combusto. As abordagens mais modernas tratam o fogo como uma reao de oxidao, que ocorre no ogo, ou seja, alm do combustvel, comburente e calor, aparece, um qumica em cadeia, ou simplesmente reao qumica ou ainda reao em ocorrendo quando o fogo se auto-alimenta. EM CADEIA ombustvel, o oxignio e o calor atingem condies favorveis, misturando-se em do assim a reao em De outra forma podemos conceituar: quando o calor irradiado das chamas atinge o combustvel e este decomposto em partculas menores, que se combinam com o comburente e queimam, irradiando outra vez ra o combustvel, formando um ciclo constante. uma reao qumica de oxidao, auto-sustentvel, com liberao de luz, calor, fumaa e gases. Existem basicamente trs formas de combusto. aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em comburente, sem deixar resduos. queima produz calor e pouca ou nenhuma chama e se processa em ambiente pobre em comburente, deixando resduos, principalmente gasosos, como exemplo a fumaa preta do cano de escape dos veculos. aquela gerada de maneira natural, sem fonte externa de calor, podendo ser pela ao de bactrias que fermentam materiais orgnicos, ou com determinadas substncias qumicas, produzindo calor se inflamar em contato com o ar, mesmo sem a presena de uma fonte de ignio. O fsforo branco ou amarelo, e o sulfeto de sdio so exemplos de produtos que entram em quando em contato com o ar. Outros exemplos: carvo, amedoim, feno, leo de peixe, leo de linhaa, roupas, tecidos, farrapos e sedas impregnadas de leo, leo de semente de algodo, fertilizantes, leo de pinho, sabo em p, serragem de madeira, etc. Um bom exemplo de combusto espontnea pode ocorrer em materiais fibrosos, quando umedecidos com leo animal ou vegetal, favorecidos por uma temperatura relativamente elevada, o que comum em nosso pas, pela ao de bactrias, pela presena de umidade e impurezas ou por alta porcentagem de ambiente, ocorre ento uma reao qumica exotrmica (que libera energia). Est energia libera aumentando a temperatura do corpo, neste caso, o material fibroso, at que atinja o seu ponto de ignio. Este processo normalmente muito lento e pode levar, dias, semanas e at meses. Para se evitar a combusto espontnea devemos, principalmente, buscar condies ideais de transporte e armazenamento desses materiais, em estrados, em locais frescos e bem ventilados, que impede o acmulo or gerado nas reaes, evitando que atinja a sua temperatura de ignio. responsvel pela propagao pelo de um material at atingir o ponto de combusto ou de Considerando que dispomos de oxignio vontade na atmosfera e combustvel sempre nossa disposio, no controle das fontes de calor. energia, atravs de processo fsico ou qumico. TRMICA: a ignio feita atravs de uma fonte de calor ou por uma energia de ativao direta; ICA: a energia se produz atravs de uma reao qumica do tipo exotrmica dada por diluio, a energia obtida atravs de um fenmeno fsico de carter mecnico, tais como uando a energia se produz como conseqncia de um processo de ciso de ncleos de uando o calor irradiado das chamas atinge o combustvel e este decomposto em partculas menores, que se combinam com o comburente e queimam, irradiando outra vez queima produz calor e pouca ou nenhuma chama e se processa em ambiente pobre em comburente, aa preta do cano de escape dos veculos. aquela gerada de maneira natural, sem fonte externa de calor, podendo ser pela ao de bactrias que fermentam materiais orgnicos, ou com determinadas substncias qumicas, produzindo calor e libera gases, se inflamar em contato com o ar, mesmo sem a presena de uma fonte de ignio. O fsforo entram em ignio espontaneamente os exemplos: carvo, amedoim, feno, leo de peixe, leo de linhaa, roupas, tecidos, farrapos e sedas impregnadas de leo, leo de semente de algodo, fertilizantes, leo de ea pode ocorrer em materiais fibrosos, quando umedecidos com leo animal ou vegetal, favorecidos por uma temperatura relativamente elevada, o que comum em nosso pas, pela ao de bactrias, pela presena de umidade e impurezas ou por alta porcentagem de oxignio no ambiente, ocorre ento uma reao qumica exotrmica (que libera energia). Est energia liberada vai aumentando a temperatura do corpo, neste caso, o material fibroso, at que atinja o seu ponto de ignio. nto e pode levar, dias, semanas e at meses. Para se evitar a combusto espontnea devemos, principalmente, buscar condies ideais de transporte e armazenamento desses materiais, em estrados, em locais frescos e bem ventilados, que impede o acmulo 10. Pgina 10 de 78 6. PONTOS DE TEMPERATURA CRTICA Tanto no combate a incndios, como na sua preveno, devemos conhecer as propriedades dos diversos corpos, ou seja, como estes corpos se comportam em relao ao calor. 6.1. PONTO DE FULGOR (FLASH POINT) a temperatura mnima, na qual os corpos combustveis comeam a desprender vapores, que se incendeiam em contato com uma fonte externa de calor, entretanto a chama no se mantm devido insuficincia na quantidade de vapores. De outra forma podemos definir como sendo a maior temperatura na qual uma substncia libera vapores em quantidade suficiente para que a mistura de vapor e ar, logo acima da sua superfcie, propague uma chama, a partir do contato com uma fonte de ignio. Considerando a temperatura ambiente numa regio de 25C e ocorrendo um vazamento de um produto com ponto de fulgor de 15C, significa que o produto nessas condies j est liberando vapores inflamveis, bastando apenas uma fonte de ignio para que haja a ocorrncia de um incndio ou de uma exploso. Por outro lado, se o ponto de fulgor do produto for de 30C, significa que este no estar liberando vapores inflamveis. Ento, conforme acima descrito, o conceito de ponto de fulgor est diretamente associado temperatura ambiente. Alguns combustveis tm seu ponto de fulgor abaixo da temperatura ambiente. Estes, logicamente, no necessitam ser aquecidos para poderem estar em condies de queimar, so os combustveis volteis, ou seja, que desprendem gases inflamveis a uma temperatura ambiente e mesmo abaixo dela. 6.2. PONTO DE COMBUSTO a temperatura mnima, na qual os vapores desprendidos dos corpos combustveis, quando em contato com uma chama ou uma centelha, entram em combusto e continuam a queimar. Ou seja, o corpo combustvel emite vapores em quantidade suficiente para formar uma mistura com o ar na regio imediatamente acima da sua superfcie, capaz de entrar em ignio quando em contato com uma chama, mantendo a combusto aps a retirada da chama. A diferena entre o ponto de fulgor e o ponto de combusto para o mesmo combustvel, normalmente cerca de 3 a 4 graus centgrados, isto , muito pequena. 6.3. PONTO DE IGNIO Tambm chamado de ponto de auto-ignio, a temperatura mnima, na qual os vapores desprendidos dos corpos combustveis entram em combusto apenas pelo contato com o oxignio do ar, independente de qualquer fonte de calor, ou seja, o corpo combustvel emite vapores em quantidade suficiente para formar com o ar uma mistura inflamvel. Raros combustveis tm o ponto de ignio to baixo que se inflamam espontaneamente temperatura ambiente, como por exemplo, o fsforo amarelo, que tem o ponto de ignio aos 30 C. 6.4. PONTO DE EBULIO Temperatura na qual a presso de vapor de um lquido excede ligeiramente a presso da atmosfera logo acima do lquido. Em temperaturas abaixo do ponto de ebulio a evaporao ocorre apenas na superfcie do lquido. Durante a ebulio o vapor se forma dentro do lquido, subindo na forma de bolhas. O exemplo mais tpico o da gua fervendo. Se aumentarmos a presso sobre o lquido, a temperatura que define o Ponto de Ebulio tambm aumenta at um valor mximo chamado Temperatura Crtica. Para a gua, a Temperatura Crtica de 374C, para 217 atmosferas. Quando a presso diminui, o ponto de ebulio tambm cai. A uma presso de 0,006 atm a gua entra em ebulio a 0 C. 6.5. OXIDAO LENTA a energia desprendida na reao, dissipada no meio ambiente sem criar um aumento de temperatura na rea atingida (no ocorre a reao em cadeia). o que ocorre com a ferrugem (oxidao do ferro) ou com o papel, quando fica amarelo, que so oxidaes (ou queimas) muito lentas. A propagao ocorre lentamente, com velocidade praticamente nula. Chama-se oxidao, pois o oxignio que entra em transformao, ajudando a queima das substncias. 6.6. PIRLISE Tambm chamada de carbonizao, uma decomposio qumica por calor na ausncia de oxignio, produzindo mais energia do que consumida. um processo muito usado no tratamento de resduos. 11. Pgina 11 de 78 6.7. LIMITES DE INFLAMABILIDADE Para um gs ou vapor inflamvel queimar necessrio que exista, alm da fonte de ignio, uma mistura chamada ideal entre o ar atmosfrico (oxignio) e o gs combustvel, portanto Mistura Ideal (MI) define-se como a concentrao de combustvel em relao ao ar mais eficiente, que produz uma temperatura mais alta, com uma reao maior e mais rpida. A quantidade de oxignio no ar praticamente constante, em torno de 21% em volume. J a quantidade de gs combustvel necessrio para a queima, varia para cada produto e est dimensionada atravs de duas constantes: o Limite Inferior de Explosividade (LIE) e o Limite Superior de Explosividade (LSE). LIMITE INFERIOR DE EXPLOSIVIDADE: a mnima concentrao do gs ou vapor que, misturada ao ar atmosfrico, capaz de provocar a combusto do produto, a partir do contato com uma fonte de ignio. Concentraes de gs abaixo do LIE no so combustveis, pois, nesta condio, tem-se excesso de oxignio e pequena quantidade do produto para a queima. Esta condio chamada de mistura pobre. LIMITE SUPERIOR DE EXPLOSIVIDADE: a mxima concentrao de gs ou vapor que misturada ao ar atmosfrico capaz de provocar a combusto do produto, a partir de uma fonte de ignio. Concentraes de gs acima do LSE no so combustveis, pois, nesta condio, tem-se excesso de produto e pequena quantidade de oxignio para que a combusto ocorra, a chamada mistura rica. Para cada gs ou vapor h uma concentrao especfica, onde o teor de Gs(ou Vapor)/Oxignio que definir os Limites de Inflamabilidade para que ocorra uma queima. Para um melhor desempenho de combusto de um gs, devem-se conhecer as misturas ideais, que a porcentagem exata da quantidade de cada material para haver uma melhor queima. A seguir alguns Limites de Inflamabilidade: PROPANO 0% 2% 10% 100% mistura pobre faixa de inflamabilidade mistura rica LII LSI Este exemplo mostra que a Faixa de Inflamabilidade para o propano pequena, sendo que a maioria das misturas propano/oxignio no inflamvel. Em uma Mistura Ideal, um gs ou um vapor se queima rapidamente, sendo que num limite desfavorvel (LII ou LSI) o gs apenas se inflama. Abaixo, o grfico mostra o desenvolvimento de acordo com os Limites de Inflamabilidade: MONXIDO DE CARBONO 0% 12% 74% 100% mistura pobre faixa de inflamabilidade mistura rica LII LSI ACETILENO 0% 2% 80% 100% mistura pobre faixa de inflamabilidade mistura rica LII LSI 12. PROPRIEDADES DE DIVERSOS GASES a temperatura de 0 C e 1 atm; Fonte: Gas Engineers Handbook / SINDE Pgina 12 de 78 PROPRIEDADES DE DIVERSOS GASES ( 15 C e 1 atm) b Ar Terico; c Ver tabela a seguir; Fonte: Gas Engineers Handbook / SINDE 13. Pgina 13 de 78 6.8. EXPLOSO um processo onde ocorre uma rpida e violenta liberao de energia, associado a uma expanso de gases acarretando o aumento da presso acima da presso atmosfrica. a queima de gases ou partculas slidas em altssima velocidade, em locais confinados. um fenmeno onde ondas de presso que provocam efeitos destrutivos, capaz de provocar a liberao repentina de uma fora ou grande volume de energia, deslocamento violento de ar ou gs causando um estrondo. Devemos ter um cuidado muito grande com combustveis lquidos armazenados em tanques, pois acima da temperatura de fulgor, liberam vapores que podem explodir (num ambiente fechado) na presena de uma fonte de calor. Outra forma de exploso a reao qumica violenta e instantnea que pode ocorre entre dois produtos qumicos incompatveis, pois esta reao provoca uma presso anormal, ocasionando a exploso. A deflagrao e a detonao podem ser classificadas como dois tipos de exploso, pois nestes dois casos podem ocorrer efeitos destrutivos, quando o ambiente no consegue suportar a presso gerada. A velocidade que ocorre a exploso caracterstica de cada formulao e influenciada pelo dimetro do recipiente, grau de confinamento, tipo de iniciao, presena de gua e outros fatores. 6.9. DEFLAGRAO A velocidade da propagao superior a 1 m/s, mas inferior a 400 m/s, no entanto h uma elevao na presso com valores limitados entre 1 a 10 vezes a presso inicial. Podem ocorrer deflagrao com a plvora, algumas poeiras combustveis e vapores lquidos. 6.10. DETONAO A velocidade de detonao comum em gases esto entre os 1.800 m/s e os 3.000 m/s e em slidos esto entre os 6.000 m/s e os 8.000 m/s. Portanto a velocidade de propagao superior a 400 m/s. Pela descontinuidade das ondas de presso gerada, cria-se uma onda de choque que pode atingir at 10 vezes a presso inicial. Pode ocorrer com explosivos industriais, como a nitroglicerina, e em circunstncias especiais, com a mistura de gases e vapores em espaos confinados. 6.11. ELETRICIDADE ESTTICA Todo corpo em atrito com outro produz uma quantidade de eletricidade esttica. Por exemplo: um automvel, ao correr por uma estrada, acumula essa eletricidade pelo prprio atrito com o ar. No caso de um caminho, transportando lquido inflamvel, haver o perigo de uma centelha provocar incndio. Isto ser evitada com a conexo de um fio terra, que descarregue no cho a eletricidade acumulada, motivo pelo qual os caminhes tanques dispem de uma corrente que se arrasta pelo cho. Da mesma forma, em uma indstria, lquidos inflamveis conduzidos no interior de uma tubulao, ou passando de um recipiente para outro, acumularo eletricidade esttica, requerendo sistema de aterramento e cuidados especiais no seu manuseio. 7. EVOLUO DE UM INCNDIO A possibilidade de um foco ou princpio de incndio extinguir ou evoluir para um grande incndio depende basicamente dos seguintes fatores: a) quantidade, volume e espaamento dos materiais combustveis no local; b) tipo de combustvel da queima; c) tipo de ambiente e dimenso do local (fechado, aberto, p direito, paredes, etc.); d) velocidade e direo do vento. 7.1. FASES DE UM INCNDIO Nos edifcios ou construes, contendo incndio confinado, o fogo passar por trs fases: inicial ou incipiente; de produo de chamas ou fase da queima livre; e a fase de combusto lenta. i) FASE INICIAL A primeira fase inicia-se quando se atinge o Ponto de Combusto inicial do material combustvel e caracteriza-se por grandes variaes de temperatura de ponto a ponto, ocasionadas pela inflamao sucessiva dos objetos existentes no recinto, de acordo com a alimentao de ar. A combusto no reduziu o oxignio do ambiente significativamente, h em torno de 20% de oxignio, e o fogo est produzindo vapor de gua, dixido de carbono, monxido de carbono e outros gases. O fogo progride lentamente, uma vez que a maioria do calor que gera est sendo consumido para aquecer o ambiente, que tem a sua temperatura nesta fase em torno de 38C, no entanto produz uma chama com temperatura acima de 537C. Nesta fase, no h um risco muito grande ainda, porm, dependendo do combustvel que est queimando, podem existir fumaa e gases nocivos. Nesta frase muito importante uma ao rpida e eficaz de combate para evitar a propagao do fogo, sendo os primeiros minutos e at segundos muito importantes para o controle. 14. Pgina 14 de 78 ii) FASE DA QUEIMA LIVRE uma fase de grande extenso, vai da fase inicial at a fase da queima lenta, normalmente h necessidade de combate por profissionais (bombeiros) e os prejuzos causados podem ser catastrficos. O ar rico em oxignio atrado pelas chamas, enquanto os gases quentes levam o calor at o teto, formando uma camada de fumaa. Esta fumaa se deposita lateralmente do topo para baixo forando o ar fresco a procurar nveis mais baixos e entrar em contato com a chama, participando da reao qumica. A temperatura do ambiente ir aumentar paulatinamente, at o ponto que, na etapa mais adiantada, a parte superior do ambiente tenha temperatura acima de 700 C. medida que o fogo progride, continua a aquecer o ambiente e a consumir o oxignio, e se no houver ventilao, os gases da combusto no tero como reagir e permanecero no recinto. O fogo ento levado fase da queima lenta e uma ventilao inadequada far com que o fogo volte a arder com grande intensidade ou, at mesmo, explodir o ambiente. iii) FASE DE QUEIMA LENTA Nesta fase a porcentagem de oxignio no ambiente pequena, o que levar a combusto a ter pouca ou nenhuma chama. O ambiente est repleto de produtos da combusto que no se queimaram devido ao baixo nvel de O2, porm esto superaquecidos em decorrncia do calor que foi gerado na fase da queima livre. Os produtos da combusto esto acima de 537C. Com uma ventilao inadequada, estes produtos podero explodir quando entrarem em reao com o oxignio, o que se chama de Backdraft. 7.2. FENMENOS DECORRENTES DE UM INCNDIO 7.2.1. BACKDRAFT i) REDUO DO SUPRIMENTO DE OXIGNIO NO INCNDIO Em geral, os gases quentes gerados no fogo aumentaro rapidamente e haver o arraste de ar para o fogo. Havendo um suprimento de ar adequado, o fogo continuar queimando e crescer de acordo com o combustvel disponvel. Se houver restrio do suprimento de ar no compartimento, o oxignio do ar ser utilizado mais rapidamente do que a sua substituio. O prximo efeito ser a progressiva diminuio da concentrao de oxignio dos gases no compartimento. Possivelmente, combinado com o crescimento da temperatura. Com a reduo da concentrao de oxignio no compartimento, as chamas comearo a diminuir, mas isto no resultar de imediato na reduo da produo de gases inflamveis. Talvez ainda haja chamas, ou elas acabaram totalmente. Neste estgio, dependendo do tamanho relativo do fogo e do compartimento, o gs inflamvel poder ser gerado para a propagao do fogo no local confinado. Isto requer apenas um novo suprimento de O2, causado, por exemplo, pela abertura de uma porta, para formar uma mistura explosiva e letal conseqncia de backdraf. ii) POSSVEIS CENRIOS PARA O BACKDRAFT a) LOGO APS A ABERTURA DE UMA PORTA Se o fogo continua queimando no compartimento quando o bombeiro abre a porta, principalmente se os gases da combusto no esto escapando. O ar que entra pela porta, provavelmente, se mistura com os gases inflamveis formando uma mistura explosiva. Se os gases do compartimento esto suficientemente quentes, eles ento iro gerar uma auto-ignio na entrada da porta, e a chama ir se propagar para dentro do compartimento, juntamente com o suprimento de ar fresco. Isto resultar um rpido crescimento do fogo, mas no necessariamente um Backdraft. Se os gases no compartimento no esto suficientemente quentes, eles podero iniciar a queima quando o oxignio atingir os gases que circundam o fogo. A chama percorrer ao longo do compartimento em direo a porta, resultando a chama lanada em direo a porta, dirigida pela expanso dos gases atrs dela. Isto no fcil de ser previsto quando pode ocorrer ou quanto ir durar, uma vez que a porta tenha sido aberta. Isto depender onde o fogo est no compartimento, da taxa da vazo de ar que entra pela porta e se os gases quentes podem escapar sem a mistura com o ar que entra. b) APS ADENTRAR NO RECINTO A situao mais perigosa pode ocorrer quando o fogo no compartimento estiver praticamente extinto. Quando a porta aberta, a vazo de ar que entra e a mistura explosiva ser gerada, mas nada acontece porque neste momento no h imediata fonte de ignio. Se o bombeiro entra no compartimento, suas atividades, por exemplo, podem gerar uma fonte de ignio, iniciando um Backdraft retardado, porm, nesta situao os bombeiros estaro dentro do compartimento e cercados pelas chamas. 15. Pgina 15 de 78 iii) SINAIS E SINTOMAS DE UM BACKDRAFT O primeiro sinal para a possibilidade de um Backdraft a histria do fogo, se o fogo esta queimando por algum tempo, e tem gerado muita fumaa que passa a sair da edificao, e aparentemente est morto, apagado sem grandes reas com chamas visvel do lado de fora, a possibilidade que est sem oxignio. alta temperatura no interior do ambiente; fumaa escura e densa, mudando de cor para cinza-amarelada, saindo das frestas do ambiente em forma de lufadas; pouca ou nenhuma chama; rudo anormal; e rpido movimento de ar para dentro do ambiente pelas frestas ou por aberturas realizadas (sinais de consumo de oxignio). iv) AES DE PREVENO Uma vez que a porta do compartimento com fogo tenha sido aberta com deficincia de oxignio e ar fresco passou a entrar, h pouca coisa para fazer e prevenir o Backdraft, muito melhor tomar a correta deciso antes de abrir a porta. Quando voc encontra uma porta fechada, e no sabe o que est do lado de dentro, deveremos checar os sinais e sintomas descritos antes de abrir, cobrindo a porta com um esguicho pressurizado, para decidir abrir ou no. Se houver sada de fumaa para parte externa da edificao, a possibilidade de Backdraft pode ser reduzida espalhando esses gases com o esguicho antes de abrir a porta. Caso se abra a porta devemos estar em posio de poder fechar a porta rapidamente, se o Backdraft estiver evidente sua eminncia de ocorrer. Isto talvez no evite o Backdraft, mas direcionara sua fora para o lado oposto ao bombeiro. De qualquer forma o compartimento dever ser inspecionado eventualmente. A prioridade agir seguramente para os bombeiros entrar. Como j foi dito o Backdraft ocorrera somente quando ar fresco entrar no ambiente. possvel o bombeiro combater o fogo em uma atmosfera inflamvel desde que seja assegurado que no haver oportunidade para mudana do cenrio e entrada de ar fresco no local enquanto o bombeiro estiver dentro. difcil estar seguro, os vidros podero quebrar, algum desvairado poder abrir outra porta do compartimento. Seguramente e deciso mais eficaz remover os gases inflamveis do ambiente executando a ventilao. Importante lembrar que para isto a ventilao requer que ar fresco entre dentro do compartimento. Sendo assim pode ocorrer o Backdraft durante a ventilao, por isto decises apropriadas devem ser observadas. 7.2.2. O FENMENO FLASHOVER Com a evoluo do incndio e a oxigenao do ambiente, atravs de portas e janelas, o incndio ganhar mpeto; os materiais passaro a ser aquecidos por conveco e radiao acarretando um momento denominado de inflamao generalizada Flash Over, que se caracteriza pelo envolvimento total do ambiente pelo fogo e pela emisso de gases inflamveis atravs de portas e janelas, que se queimam no exterior do edifcio. Neste momento torna-se impossvel a sobrevivncia no interior do ambiente. O tempo gasto para o incndio alcanar o ponto de Inflamao Generalizada relativamente curto e depende, essencialmente, dos revestimentos e acabamentos utilizados no ambiente de origem, embora as circunstncias em que o fogo comece a se desenvolver exeram grande influncia. Fase anterior ao Flashover: grande desenvolvimento de fumaa e gases, acumulando-se no nvel do teto 16. Pgina 16 de 78 i) FORMAO DO FLASHOVER Uma camada de fumaa subir at o teto quando a mesma ficar confinada em um compartimento, na mesma velocidade com que ela gerada. Contudo, se houver combustvel que ainda no estiver queimando no compartimento, haver um ambiente instvel. Inicialmente, as chamas no alcanaro o teto e a propagao do fogo estar limitada a materiais inflamveis prximos a sua base, que entraro em ignio pela radiao do calor da nuvem de fumaa. A altura da chama aumentar at alcanar o teto. Ela agora comear a se propagar pelo compartimento. Na camada de gs quente com as chamas queimando, junto ao teto, acima da camada de fumaa, onde o ar estiver sendo arrastado e no limite entre a camada de gs quente e ar que no est envolvido na combusto, fazendo com que os gases inflamveis possam reagir com o oxignio. Uma vez que a chama comeou a se propagar no compartimento no nvel do limite entre os gases quentes e o ar do ambiente, isto aumentar a radiao trmica dos produtos quentes da combusto que estiverem ali. Os outros materiais inflamveis no compartimento aumentaro de temperatura rapidamente. Eles no somente sero aquecidos ao lado da nuvem de fumaa, mas tambm sero aquecidos pela parte superior, onde as chamas e os produtos quentes de combusto poderiam estar muito prximos, dependendo da altura do limite (entre o ar e teto). Em grandes compartimentos com tetos mais altos, a chama e os produtos quentes da combusto podem propagar ao nvel do teto sem chegar perto o suficiente de materiais combustveis para iniciar a emanao de gases inflamveis. Contudo, pode ser que, a certa distncia do fogo, com a descontinuidade do teto poder ocorrer que os gases quentes entre em movimentos giratrios a um nvel mais baixo, ou poder haver um acmulo grande de materiais inflamveis. Em qualquer um desses casos, a fonte de radiao trmica tem sido trazida mais prxima do combustvel, o que pode resultar em ignio. Por este mecanismo, a propagao do fogo pode obstruir a rota de fuga. Com a descida da camada de fumaa quente, principalmente se o teto for baixo, todo o material restante contido no compartimento ser aquecido para o estgio que eles comearo a emanar gases inflamveis. uma questo de tempo para que haja uma sbita mudana na dimenso do fogo, caso nenhuma ao seja tomada para prevenir isto, quanto menor o compartimento, mais cedo estas condies sero encontradas com maior facilmente. Uma vez que os gases inflamveis esto sendo emanados pela maioria dos materiais do compartimento, a propagao de um fogo localizado para todo ambiente, pode provocar um fenmeno conhecido como Flashover. ii) DEFINIO DE FLASHOVER Em um incndio compartimentado quando o fogo atingir a fase de queima livre pode haver uma propagao atravs da radiao trmica da nuvem de fumaa, gases quentes e o interior do compartimento aquecido causam a gerao de produtos da pirlise, inflamveis de toda superfcie exposta de combustvel dentro do compartimento. Dada uma, fonte de ignio, esta resultar em sbita e contnua propagao do fogo, crescimento do fogo completamente desenvolvido. Isso chamado Flashover. Diante desta definio, um Backdraft pode ser um caso especial de Flashover. Se o Backdraft resulta em um fogo completamente desenvolvido, um Flashover ocorreu. Contudo, importante sermos capazes de fazer uma distino entre os dois fenmenos devido as implicaes para bombeiros, que so muito diferentes. De uma forma mais objetiva, Flashover um fenmeno apresentado quando, na fase de queima livre de um incndio, o fogo aquece gradualmente todos os combustveis do ambiente. Quando determinados combustveis atingem seu ponto de ignio, simultaneamente, haver uma queima instantnea desses produtos, o que poder acarretar uma exploso ambiental. iii) POSSVEIS CENRIOS PARA O FLASHOVER O primeiro requisito para um Flashover ocorrer que dever ter um significante aumento da radiao trmica por cima. Isto ser sentido pelo rpido aumento na temperatura do compartimento, e a elevao do calor dos gases quentes ao nvel do teto, forando as pessoas dentro do recinto a ficarem abaixados, caso eles consigam ver a cima deles, eles sero capazes de ver lnguas de fogo ocorrendo atravs da camada de gs. Em adio, outros materiais combustveis dentro do compartimento emanaro, fumaa visvel e gases inflamveis. 17. Pgina 17 de 78 iv) AES DE PREVENO A principal razo de um Flashover a radiao dos gases quentes e chamas acima deles, a soluo lgica resfriar esta rea. Isto ter efeito de reduo das chamas e calor radiado, e forando a subida da camada de fumaa. Direcionando o jato neblina para o teto ter este efeito. Contudo, muita gua causar a gerao de grande quantidade de vapor de gua. Muito resfriamento trar a camada de fumaa para baixo, encobrindo tudo. Nestas circunstncias, ser mais efetivo para os bombeiros atacar os gases quentes com jatos intermitentes de neblina, observando seus efeitos, e ento julgando o quanto de gua ser suficiente. Uma vez que o perigo imediato de um Flashover tenha sido eliminado, o prximo passo depende se as condies de Flashover podem ocorrer novamente, antes que o fogo possa ser extinto. Se isto for possvel, importante ventilar o fogo to logo quanto possvel. Se os gases quentes so liberados mais rpidos do que so gerados a camada de fumaa, tambm, reduzir e o risco de Flashover. Aberturas no telhado so designadas para fazer exatamente isto, automaticamente ou quando operado pelo bombeiro. Contudo importante que as aberturas corretas sejam feitas. Quanto mais longe do fogo a abertura estiver mais rpido os gases quentes devem percorrer e haver maior chance do fogo se alastrar. Onde no houver aberturas preexistentes, os bombeiros tm a opo de faz-las. Deve ser lembrado, contudo, que o uso incorreto de ventilao pode resultar em aumento da propagao do fogo pela parte superior, assim como os gases quentes esto direcionados nas reas, eles podem de outro modo levar mais tempo para alcan-las. 7.2.3. FLASHFIRE (INCNDIO EM NUVEM) Incndio de uma nuvem de vapor onde a massa envolvida e o seu grau de confinamento, no so suficientes para atingir o estado de exploso. 7.2.4. INCNDIO DE POA (POOL FIRE) Fenmeno que ocorre quando h a combusto do produto evaporado da camada de lquido inflamvel junto base do fogo. 7.2.5. JET FIRE (JATO DE FOGO) Fenmeno que ocorre quando um gs inflamvel escoa a alta velocidade e encontra uma fonte de ignio prxima ao ponto de vazamento. Ocorre normalmente em algum recipiente pressurizado com gs inflamvel. 7.2.6. BLEVE Original do ingls Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion (exploso do vapor do lquido em expanso). Bleve um fenmeno decorrente da exploso catastrfica de um reservatrio, quando um lquido nele contido atinge uma temperatura bem acima da sua temperatura de ebulio presso atmosfrica com projeo de fragmentos e de expanso adiabtica. Num Bleve ocorre a ruptura de um tanque em duas ou mais partes, que acontece no momento em que o lquido do tanque encontra-se a uma temperatura superior ao seu Ponto de Ebulio a uma presso atmosfrica normal. Se o referido lquido for inflamvel, poder produzir uma grande exploso. Ou numa definio mais simples: a combinao de incndio e exploso, com uma emisso intensa de calor radiante, em um intervalo de tempo muito pequeno. Um Bleve gera uma "Bola de Fogo", que pode causar danos materiais e queimaduras a centenas de metros de distncia, dependendo da quantidade de gs liquefeito envolvida. Exemplo: num tanque no qual um gs liquefeito, como o GLP, mantido sobre presso abaixo de seu ponto de ebulio atmosfrico. Se houver um vazamento instantneo, devido a uma falha estrutural, todo, ou a maior parte de seu contedo, expelido sob a forma de uma mistura turbulenta de gs e lquido, que se expande rapidamente, dispersando-se no ar sob a forma de nuvem. A ignio dessa nuvem gera uma "Bola de Fogo", que pode causar danos materiais e queimaduras a centenas de metros de distncia, dependendo da quantidade de gs liquefeito envolvida uma combinao de incndio e exploso, com uma emisso intensa de calor radiante, em um intervalo de tempo muito pequeno. 18. Pgina 18 de 78 7.2.7. BOIL OVER Traduzindo do ingls podemos dizer que Boil Over significa: ferver at derramar fora. a expulso total ou parcial de petrleo ou outros lquidos, em forma de espuma, de um tanque em chamas, quando o calor atinge a gua acumulada no fundo do tanque. um fenmeno que ocorre devido ao armazenamento de gua no fundo de um recipiente, sob combustveis inflamveis, sendo que a gua empurra o combustvel quente para cima, durante um incndio, espalhando-o e arremessando-o a grandes distncias. Tambm conhecido como expulso do lquido em ebulio, acontece quando um recipiente est em volta com chamas, e em seu interior existem ondas convectivas de calor. Caso este calor chegue gua contida na parte inferior do tanque, pode causar uma rpida e generalizada evaporao desta gua, aumentando assim demasiadamente o volume e a presso dentro do tanque. Conseqentemente todo o contedo do tanque ainda flamejante expulso para fora do mesmo, atingindo uma rea grande ao seu redor. Exemplo: panela de presso. A adoo de tanques de pelcula flutuante para o armazenamento de petrleo faz com que a possibilidade de fogo seja restrita ao espao anular entre o teto flutuante e o costado do tanque. Essa reduzida rea de fogo, aliada facilidade que se tem para extingui-lo, faz com que seja mnima a possibilidade de ocorrer boil over em tanques de petrleo que possuam teto flutuante. 8. FORMAS DE PROPAGAO DO FOGO A propagao do fogo acontece normalmente por contato direto da chama com os materiais combustveis atravs do deslocamento de partculas incandescentes, as quais se desprendem de outros materiais j em combusto e pela ao do calor. O calor uma forma de energia produzida pela combusto ou originada do atrito dos corpos e se propaga por trs processos de transmisso: conduo, conveco e irradiao. 8.1. CONDUO a transferncia de calor atravs de um corpo slido de molcula a molcula ou de corpo a corpo. Quando dois ou mais corpos esto em contato, o calor conduzido atravs deles como se fosse um s corpo. Ex.: uma viga de metal usada como suporte de telhado de um compartimento, onde mantido estoque de um material, a ocorrncia de um incndio (primrio) prximo a uma das extremidades da viga pode provocar nesta um aquecimento capaz de, por conduo, transmitir o incndio (secundrio) para os materiais que estiverem prximos dela. 8.2. CONVECO a transferncia de calor pelo prprio movimento ascendente e, s vezes, descendente, de massas de gases ou lquido, ou seja, um processo de transmisso de calor que se faz atravs da circulao dum meio transmissor: gs ou lquido. A massa de ar aquecida que se deslocam de um ambiente para outro, levando calor suficiente para incendiar corpos combustveis com os quais entra em contato noutro ambiente. Durante um incndio, a conveco responsvel pelo seu alastramento muitas vezes a compartimentos distantes do local de origem do fogo. As aberturas verticais, tais como: poos de elevadores, dutos de ar condicionado e lixeiras, funcionam como uma verdadeira chamin, onde se propaga a massa de ar aquecida. Exemplos: o ar quente projetado pelo secador de cabelo; um incndio localizado nos andares baixos (ou poro) de um prdio: os gases aquecidos sobem pelas aberturas verticais e, atingindo combustveis dos locais elevados do prdio, iro provocar seu aquecimento conseqente focos de incndio. 8.3. IRRADIAO a transmisso de calor de um corpo para o outro por meio de raios ou ondas calorficas atravs de espaos intermedirios, da mesma forma que a luz transmitida pelos raios solares. dessa forma que o calor do sol chega at ns. A exemplo da luz, o calor irradiado caminha atravs do espao em uma linha reta at se encontrar com um objeto opaco, onde absorvido e prossegue atravs do objeto por conduo. Um exemplo desse mtodo de transmisso de calor quando nos aproximamos de um incndio; o calor que sentimos a distncia o calor radiante. a forma de transmisso de calor por raios, sem auxlio de substncia material. O calor irradiado no percebido a olho nu. Exemplos: a sensao quente que sentimos, quando nos aproximamos de um fogo; a sensao de calor produzida por uma lmpada eltrica acesa. Assim sendo podemos exemplificar as trs forma com o exemplo da barra metlica: Uma barra metlica aquecida diretamente pela chama transmite calor em direo s suas extremidades por Conduo. A outra barra localizada na direo dos gases aquecidos, acima da chama recebe calor por Conveco desses gases e uma parte tambm por Radiao. As superfcies localizadas junto s laterais da chama, por sua vez, recebem calor inteiramente por Radiao. 19. Pgina 19 de 78 9. CLASSES DE INCNDIO Normalmente os incndios so classificados em: A, B, C e D. Essa Classificao foi elaborada pela NFPA Associao Nacional de Proteo a Incndios / EUA, e adotada pelas: IFSTA Associao Internacional para o Treinamento de Bombeiros / EUA, ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas / BR e Corpos de Bombeiros / BR. Esta classificao vai de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como a situao em que se encontram e determina a necessidade do agente extintor adequado. 9.1. CLASSE A So os incndios em combustveis que queimam em razo de seu volume, isto , queimam em superfcie e profundidade, deixando resduos, como cinzas e brasas, normalmente so os materiais slidos. Ex:. madeira, papel, borracha, tecido, algodo, etc. A sua extino d-se por resfriamento, ou seja, a eliminao ou reduo do calor, que feito normalmente com o uso de gua ou espuma. 9.2. CLASSE B So os incndios em lquidos ou gases inflamveis, queimam somente na superfcie e no deixam resduos ou cinzas. A extino normalmente d-se por abafamento: retirada do oxignio, ou seja, o agente extintor cobre a superfcie inflamada, com uma camada que isola o oxignio, abafando o fogo. 9.3. CLASSE C So os incndios em equipamentos ou instalaes eltricas energizadas. A extino d-se por abafamento. importante observar que um incndio num equipamento eltrico desenergizado. Ou seja, sem nenhuma fonte de alimentao eltrica ou sem a haver a menor possibilidade de passar corrente eltrica, pode ser considerado como incndio de classe A, pois neste caso, pode-se usar um extintor de gua sem haver risco de choque eltrico. No entanto deve-se levar em conta que o uso da gua num equipamento ou instalao eltrica, mesmo desenergizado, pode danificar permanentemente o equipamento ou instalao, por isso o uso de gua num equipamento/instalao eltrica nunca recomendado. 9.4. CLASSE D Alguns metais tm caractersticas combustveis e exigem o emprego de tcnicas especiais de combate. A Classe D so os que envolvem os metais pirofricos, metais que queimam. Normalmente alcalinos e alcalinos terrosos. So caracterizados pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns principalmente os de gua. Ex.: magnsio, potssio, selnio, antimnio, ltio, potssio, alumnio fragmentado, zinco, titnio, sdio e zircnio. 9.5. CLASSE E Consiste de materiais radioativos e requerem tcnicas especiais para o combate, a depender do tipo de material radioativo. H uma necessidade toda especial para a proteo do combatente. Para ser feita a extino deste fogo deve ser aplicado um p qumico especial. A proteo do combatente deste incndio deve ser feita com EPI especiais para radioatividade. Exemplos: urnio, cobalto, csio, rdio, etc. 9.6. CLASSE K Ultimamente os fabricantes de extintores tm referenciado a Classe de Incndio K, para fogo em leo e gordura em cozinhas. Os agentes extintores desta classe possuem efeito de resfriamento por vapor dgua e de inertizao resultante da formao de vapor. Estes agentes extinguem o fogo interrompendo a reao qumica e a combusto. Ex.: gorduras, leos lubrificantes, leo preto, etc. 20. Pgina 20 de 78 10. TCNICAS DE EXTINO Partindo do princpio que para haver fogo so necessrios o combustvel, o comburente e o calor, que formam o tringulo do fogo, ento, para o extinguirmos, basta eliminarmos um desses elementos, a partir de uma das seguintes tcnicas. 10.1. RESFRIAMENTO: EXTINO POR RETIRADA DO CALOR o mtodo mais utilizado, consiste em diminuir a temperatura do material combustvel que esta queimando at um ponto determinado, abaixo do qual ele no queima ou no emite mais gases ou vapores inflamveis. Este processo no se mostra eficiente em lquidos e gases com ponto de fulgor abaixo de 38C ou quando a temperatura da gua maior que o seu ponto de fulgor. A tcnica de resfriamento altamente utilizada e eficaz, por termos a gua como principal agente extintor para uso e ter excelentes propriedades de resfriamento. 10.2. ABAFAMENTO: EXTINO POR RETIRADA DO COMBURENTE Consiste em impedir ou diminuir o contato do comburente com o material combustvel, evitando-se que o oxignio contido no ar se misture com os vapores gerados pelo combustvel formando uma mistura inflamvel. A eliminao do oxignio para a extino da combusto no precisa ser total, basta diminuir sua porcentagem na atmosfera, visto que para a combusto ser sustentada necessrio uma atmosfera com porcentagem superior 13% de oxignio, e, no mnimo, 8% para que a chama se mantenha. O abafamento um processo muito eficiente se corretamente utilizado. Quando a gua evapora, o vapor dgua gerado desloca o ar da superfcie do material em chamas. Sendo assim o processo de abafamento muito eficaz em lquidos, cujo ponto de fulgor menor que 38C, no solveis em gua, com densidade especfica no maior que 1,1 g/cm 3 . Exemplo: quando colocamos um copo emborcado, de modo que o oxignio no penetre no seu interior e tivermos uma vela acesa dentro dele, notaremos aps alguns segundos quando o fogo consumir todo o oxignio dentro do copo, que ele se apagar por falta de comburente. Regra bsica para extino por retirada do O2: 18% a 21% o fogo se mantm; 8% a 17% o fogo quase se apaga; 0% a 7% o fogo no se mantm. 10.3. ISOLAMENTO: EXTINO POR RETIRADA DO MATERIAL COMBUSTVEL a retirada do combustvel, evitando que o fogo seja alimentado e tenha um campo de propagao, no tendo o que queimar no haver mais fogo. Ex.: ao encontrar um fardo de algodo queimando e outro prximo, mas ainda no atingido, voc pode afastar este outro fardo e controlar o fogo at sua extino, ou seja, isolar o combustvel e eliminar. o mtodo de extino mais simples, pois executado com a fora fsica e com os meios disponveis, no exigindo aparelhos especializados, pois consiste na retirada, diminuio ou interrupo, com suficiente margem de segurana do campo de propagao do fogo, do material ainda no atingido pelo incndio. Na tcnica de isolamento muito importante o conceito de distncia segura, principalmente no caso de lquidos inflamveis. 10.4. EXTINO QUMICA: EXTINO POR EVITAR A REAO QUMICA EM CADEIA Consiste na utilizao de certos componentes qumicos, que lanados sobre o fogo, interrompem a reao em cadeia. Sabemos que o combustvel sob a ao do calor gera gases ou vapores que ao se combinarem com o comburente, formam uma mistura inflamvel, quando lanamos determinados agentes extintores ao fogo, suas molculas se dissociam, pela ao do calor, e se combinam com a mistura inflamvel (gs ou vapor mais comburente), formando outra mistura no-inflamvel. Alguns produtos qumicos secos extinguem efetivamente o fogo por essa combinao de mtodos. 21. Pgina 21 de 78 11. AGENTES EXTINTORES So certas substncias slidas, lquidas ou gasosas, que so utilizadas na extino de incndios quer por abafamento, resfriamento ou ainda usando os dois processos. Os agentes extintores devem ser aplicados conforme a classe de incndio, pois em alguns casos, srias conseqncias podero ocorrer, quando utilizados inadequadamente. Normalmente os agentes extintores esto dispostos em aparelhos portteis de utilizao imediata (extintores), conjuntos hidrulicos (hidrantes) e dispositivos especiais (sprinklers, sistemas fixos de CO2, etc). Em suma podemos dizer que agentes extintores so todas as substncias capazes de interromper uma combusto, quer por resfriamento, abafamento, extino qumica ou utilizao simultnea desses processos. A seguir alguns dos principais agentes extintores utilizados. 11.1. GUA o principal agente extintor muito em funo de sua disponibilidade e compatibilidade com os produtos envolvidos num incndio. Uma das razes tcnicas o volume de vapor gerado pela gua, que aumenta em torno de 1.700 vezes, quando ocorre sua vaporizao, proporcionando um grande deslocamento do ar ambiente, impedindo que o oxignio entre em contato com os materiais e inibindo o processo de combusto. No entanto, em edificaes o uso da gua para combate a incndios deve ser feito com o cuidado de desligamento da corrente eltrica, que normalmente j a primeira ao a ser feita. Sua ao de extino o resfriamento, nas formas de jato compacto e chuveiro, mas na forma de neblina, sua ao tambm a de abafamento. A gua ainda pode ser utilizada no estado gasoso, em forma de vapor. Um cuidado muito importante que se deve tomar com o uso da gua, como agente extintor, pelo fato da gua ser condutora de corrente eltrica e gerar um risco, s vezes, maior que o prprio sinistro que o de choque eltrico. No deve ser lanada sob forma de jato pleno em incndios que envolvam lquidos combustveis, pois pode transformar um incndio de pequenas propores em incndio de grandes propores. Somente dever ser aplicada na forma de neblina ou vapor. bastante eficiente na extino de incndio de derivados de petrleo de alto ponto de fulgor (tais como leo combustvel, leo lubrificante), pois reduzir a taxa de vaporizao de maneira suficiente a extinguir o incndio. Para incndios em lquidos inflamveis (baixo ponto de fulgor), tem sua capacidade extintora limitada, sendo eficaz apenas para pequenos focos de fogo. Em incndios deste tipo o agente extintor mais adequado a espuma mecnica. A gua tambm de importncia fundamental para resfriamento dos equipamentos prximos ao incndio, evitando a sua propagao. Em suma a gua normalmente utilizada nos incndios de Classe A e tem o efeito principal de resfriamento e secundrio de abafamento. A gua tambm pode ser utilizada em incndios de Classe B, na ao de resfriamento de um recipiente contendo um lquido em chamas, por exemplo, mas no deve ser utilizada diretamente neste lquido, salvo numa tcnica especial de saturao, mas que requer um conhecimento apurado do seu uso. 11.2. ESPUMA Sua principal ao de extino de abafamento e, secundariamente, de resfriamento. Por utilizar razovel quantidade de gua na sua formao, conduz corrente eltrica, portanto nunca deve ser utilizada em incndios de Classe C, normalmente utilizado em combate a incndios de Classes A e B. Existem dois tipos bsicos de formao de espuma. A espuma qumica que pode ser obtida atravs de uma reao qumica de sulfato de alumnio com bicarbonato de sdio mais um agente estabilizador da espuma. E a espuma mecnica que pode ser obtida por um processo de batimento de uma mistura de gua com um agente espumante (extrato) e a aspirao simultnea de ar atmosfrico em um esguicho prprio. A espuma mecnica pode ser de baixa, mdia ou alta expanso. A espuma mecnica para combate a incndios um agregado de bolhas cheias de ar, gerada por meios puramente mecnicos que incorporam o ar, a uma soluo de gua com pequena proporo de extrato (lquido gerador de espuma). A espuma o agente extintor indicado para combate a incndios em lquidos combustveis ou inflamveis, devendo ser aplicada preferencialmente em um anteparo junto ao fogo ou suavemente nas superfcies inflamadas. Como sua densidade menor que a dos lquidos combustveis ou inflamveis forma um lenol de espuma sobre o lquido extinguindo o fogo por abafamento. Secundariamente age por resfriamento, devido grande quantidade de gua que contm. A espuma por ser uma soluo aquosa condutora de eletricidade, portanto no deve ser usada para combate a incndios em equipamentos eltricos energizados. 22. Pgina 22 de 78 11.3. GASES INERTES So os casos de alguns gases, tais como: dixido de carbono, nitrognio e os hidrocarbonetos halogenados, que no conduzem correntes eltricas e extinguem o fogo por abafamento, devido, principalmente, a sua ao de expulsar o oxignio da atmosfera a nveis menores de 18%, devendo, por isso, ter muito cuidado com o uso desta tcnica em ambientes fechados, pois pode causar asfixia aos ocupantes ou mesmo aos combatentes. O mais comum deles o dixido de carbono (CO2), que alm de ser um gs incombustvel, inodoro, incolor, no txico e no conduz corrente eltrica, sendo, portanto o agente extintor mais utilizado para combate a incndio envolvendo equipamentos eltricos energizados. O CO2 mais pesado que o ar, impedindo que o oxignio alimente a combusto, agindo por abafamento. Em virtude de sua baixa temperatura ao vaporizar- se age, secundariamente, por resfriamento. Pode tambm ser utilizado no combate a incndios em lquidos combustveis ou inflamveis. Embora no seja txico o CO2 asfixiante, e no devemos aplic-lo em recinto fechado, sem ventilao com pessoas no seu interior. 11.4. P QUMICO SECO Constitudo basicamente por bicarbonato de sdio ou sulfato de potssio. Sua principal ao extintora por quebra da reao em cadeia e secundariamente por abafamento. Tem a caracterstica de no ser condutor de eletricidade. Normalmente utilizado nos incndios de Classes B e C, no caso de seu uso na Classe D, deve-se utilizar um tipo de p qumico especial, com uma composio qumica diferente da apresentada. 11.5. OUTROS AGENTES Tambm podemos considerar como agentes extintores terra, areia, cal, talco, etc, que podem ser usados dependendo do fogo, das caractersticas do combustvel e do ambiente. Ainda em situaes especiais de ao de combate podem ser usados como agentes extintores alguns lquidos volteis: tetracloreteno de carbono, clorobromometrano, brometo de metila. 11.6. TABELAS DE USO DO AGENTE EXTINTOR CONFORME A CLASSE DE INCNDIO CLASSES DE INCNDIO GUA ESPUMA PQS CO2 A Materiais Slidos SIM Excelente SIM Regular S na superfcie S na superfcie B Lquidos Inflamveis NO SIM Excelente SIM Excelente SIM Bom C Equipamentos Eltricos NO NO SIM Bom SIM Excelente D Metais Pirofricos NO NO PQS Especial NO UNIDADE EXTINTORA 10 litros 9 litros 4 kg 6 kg ALCANCE MDIO DO JATO 10 m 5 m 5 m 1 a 2,5 m TEMPO DE DESCARGA 60 seg 60 seg 15 seg 25 seg TCNICA DE EXTINO Resfria Resfria e Abafa Abafa Abafa e Resfria 23. Pgina 23 de 78 12. APARELHOS EXTINTORES DE INCNDIO O extintor de incndio ou simplesmente de extintor, como popularmente chamado, deve ser utilizado para combater o fogo, quando ainda em sua fase inicial, evitando um incndio em grandes propores. Por serem feitos para utilizao rpida, sua eficcia ficar condicionada ao fcil acesso, perfeito servio de manuteno e conhecimento do operador das tcnicas de extino do fogo e da prpria operao dos extintores. As previses desses equipamentos nas edificaes decorrem da necessidade de se efetuar o combate ao princpio de incndio, logo aps a sua deteco, ainda em sua origem, enquanto so pequenos focos. Esses equipamentos primam pela facilidade de manuseio, de forma a serem utilizados por homens e mulheres, contando unicamente com um treinamento bsico. Alm disso, os preparativos necessrios para o seu manuseio no consomem um tempo significativo e, conseqentemente, no inviabilizam sua eficcia em funo do crescimento do incndio. De um modo geral, os extintores so constitudos por um recipiente de ao, cobre, lato ou material metlico equivalente, contendo em seu interior o agente extintor. Quanto sua nomenclatura, normalmente recebem o nome do agente que acondicionam em seu interior. Exemplos: extintores de gua, extintores de dixido de carbono (CO2), extintores de espuma, extintores de p qumico seco (PQS). Quanto ao tamanho, os extintores podem ser: portteis (at 10 litros para espuma, carga lquida e gua pressurizada, at 06 kg para CO2 e at 12 kg para PQS) e rebocveis (carretas) para tamanhos maiores. Os extintores no devem ser considerados como substitutos de sistemas de extino mais complexos, mas sim como equipamento adicional ou para um primeiro combate. Para a operao do extintor necessria apenas uma pessoa e seu tempo de utilizao, varia de acordo com o agente extintor e a capacidade do recipiente, mas pode passar at de um minuto. Para cada classe de incndio existem um ou mais extintores prprios para combat-la. Todos os extintores possuem em seu corpo um rtulo de acordo com o sistema internacional de identificao, no qual constaro as classes de incndio para as quais so indicados. No Brasil, o sistema de classificao baseado em estudos e normas elaborados pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), reconhecida em todo o territrio nacional como frum nacional de normalizao e membro do Conselho Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial do Ministrio da Indstria e Comrcio. O manmetro que acompanha alguns extintores, alm de indicar a presso do aparelho (quantidade de gs existente), serve tambm como vlvula de segurana, que se rompe automaticamente com o excesso de presso, fora dos limites de segurana, garantindo assim a segurana do usurio. Para isto importante, durante a operao manter sempre livre do rosto e outras partes do corpo acima desta vlvula. Para a sua melhor utilizao os extintores devem: estar dimensionados ao risco existente no local; possuir condies operacionais de uso; estar estrategicamente localizado; possuir pessoas treinadas no seu manuseio. Os riscos especiais, como casa de medidores, cabinas de fora, depsitos de gases inflamveis e caldeiras, devem ser protegidos por extintores, independentemente de outros sistemas de proteo, que cubram a rea onde se encontram os demais riscos. Os extintores que ficarem expostos a intempries devero ficar guardados em armrios (ou cabines) especiais. 12.1. TIPOS DE EXTINTORES 12.1.1. EXTINTORES DE GUA CAPACIDADE: 10 e 75 litros (neste ltimo usado em extintor sobre rodas). APLICAO: Classe A. MTODO DE EXTINO: resfriamento. TIPOS: pressurizado e presso injetada. FUNCIONAMENTO: a gua expelida pela mangueira, atravs de um gs inerte. VANTAGENS e RESTRIES: a gua tem inmeras vantagens sobre a espuma, dado o seu poder de penetrao nos combustveis slidos com combusto lenta. No entanto contra-indicado em incndios de classe B e C. No primeiro caso, por aumentar o volume do lquido em combusto, alm de, com a fora do jato, espalhar mais fogo. No caso de fogo em eletricidade, pelo fato de conduzir corrente eltrica e por em risco vida do operador, alm de danos irreparveis nas instalaes eltricas. Tambm no devem ser utilizados em incndios de classe D (materiais pirofricos), como o magnsio, p de alumnio, carbonato de potssio, ps metlicos, ou metais alcalinos, pois em contato com a gua eles reagem de forma violenta. 24. Pgina 24 de 78 i) EXTINTOR DE GUA PRESSURIZADA AP O agente extintor, neste caso a gua pressurizada AP contido em seu cilindro de ao e mantido sob presso durante o tempo todo. Essa presso, que pode ser ar comprimido ou CO2, controlada atravs de manmetros. O aparelho operado mediante a retirada do pino de proteo e acionamento da vlvula, sendo o jato guiado por mangueira nele contida. Dentro do cilindro existe um gs junto com a gua sob presso, quando acionado o gatilho, a gua expelida resfriando o material em combusto, tornando a temperatura inferior ao ponto de ignio. PROCEDIMENTO DE OPERAO: 1 retire-o do seu suporte; 2 dirija-se a um local seguro; 3 solte a trava de segurana; 4 empunhe o gatilho e a pega da mangueira; 5 faa o teste de funcionamento, acionando o gatilho para um local seguro; 6 conduza o extintor at as proximidades do fogo; 7 coloque-se a uma distncia segura; 8 acione o gatilho e ataque o fogo dirigindo o jato para a base do fogo. ii) EXTINTOR DE GUA A GS AG Tambm chamado de Extintor de gua de Presso Injetada ou de Extintor de gua a Pressurizar. Seu uso equivalente ao de gua pressurizada, diferindo-se apenas externamente pelo pequeno cilindro contendo o gs propelente, cuja vlvula deve ser aberta no ato de sua utilizao, a fim de pressurizar o recipiente que contm o agente extintor, permitindo o seu funcionamento. O agente propulsor (propelente) normalmente o dixido de carbnico (CO2). PROCEDIMENTO DE OPERAO: 1 retire-o do seu suporte; 2 dirija-se a um local seguro; 3 solte a trava de segurana; 4 empunhe o gatilho e a pega da mangueira; 5 faa o teste de funcionamento, abrindo a vlvula do cilindro (ampola) do gs propelente; 6 conduza o extintor at as proximidades do fogo; 7 coloque-se a uma distncia segura; 8 acione o gatilho e ataque o fogo dirigindo o jato para a base do fogo. 12.1.2. EXTINTORES DE ESPUMA i) EXTINTOR DE ESPUMA MECNICA PRESSURIZADO EP A espuma gerada pelo batimento da gua com o lquido gerador de espuma e ar (a mistura da gua e do lquido gerador de espuma est sob presso, sendo expelida ao acionamento do gatilho, juntando-se ento ao arrastamento do ar atmosfrico em sua passagem pelo esguicho). Ser usado em princpios de incndio das classes A e B. PROCEDIMENTO DE OPERAO: idntico ao extintor de AP. ii) EXTINTOR DE ESPUMA MECNICA A GS EG Tambm chamado de extintor de espuma mecnica a pressurizar. Tem as mesmas caractersticas do pressurizado, mas mantendo a ampola externa para a pressurizao no instante do uso. PROCEDIMENTO DE OPERAO: idntico ao extintor de AG. iii) EXTINTOR DE ESPUMA QUMICA Embora no seja mais fabricado, ainda possvel encontr-lo em algumas edificaes. Seu funcionamento possvel devido colocao do mesmo de cabea para baixo, formando a reao de solues aquosas de sulfato de alumnio e bicarbonato de sdio. Depois de iniciado o funcionamento, no possvel a interrupo da descarga. Deve ser usado em princpios de incndio das classes A e B. PROCEDIMENTOS PARA OPERAO: 1 retire-o do seu suporte; 2 no deite ou vire o extintor antes de chegar ao local do fogo; 3 prximo do local, num local seguro, inverter a posio do cilindro, e ir se aproximando rapidamente; 4 direcione a espuma sobre o fogo. 25. Pgina 25 de 78 12.1.3. EXTINTOR DE P QUMICO SECO (PQS) TIPO BC Os compostos qumicos mais utilizados, como agentes extintores, so bicarbonato de sdio (o mais utilizado), bicarbonato de potssio e cloreto de potssio, mas tambm so encontrados agentes extintores a base de bicarbonato de potssio com uria e fosfato de monoamonia. J o agente propulsor mais empregado nos extintores o dixido de carbono e o nitrognio, sendo este ltimo mais utilizado