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PUB MIMO Festival teve a maior participação de sempre Remodelação do Parque Infantil de Ataíde Colónia de Férias de Verão Gerestudo teve um mês cheio de iniciativas divertidas e educativas SOCIEDADE SOCIEDADE CULTURA Comboios elétricos já circulam em Vila Meã pág. 4 e 5 pág.3 pág.2 pág.3 Edição 225 • agosto 2019 0.60€ Mensário Regional de Formação e Informação Diretor: Cidália Fernandes CAIS DA ESTAÇÃO DE COMBOIOS JÁ É DA TUTELA DA JUNTA DE FREGUESIA DE VILA MEÃ pág.4

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MIMO Festival teve a maiorparticipação de sempre

Remodelação do ParqueInfantil de Ataíde

Colónia de Férias de Verão Gerestudo teve um mês cheio de iniciativasdivertidas e educativas

SOCIEDADE SOCIEDADE CULTURA

Comboios elétricos já circulam em Vila Meãpág. 4 e 5

pág.3pág.2 pág.3

Edição 225 • agosto 2019 • 0.60€Mensário Regional de Formação e Informação

Diretor: Cidália Fernandes

CAIS DA ESTAÇÃODE COMBOIOSJÁ É DA TUTELADA JUNTA DE FREGUESIADE VILA MEÃpág.4

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FICHA TÉCNICAPropriedade e Edição: Associação Empresarial de Vila Meã | Pessoa Colectiva nº: 504 603 949 Urbanização da Cruz - Real 4605-359 Vila Meã | Sede: Urbanização da Cruz - Real 4605-359 Vila Meã | Diretor: Cidália Fernandes | Tlf: 255 735 050 | E-mail: [email protected] | Registo na ERC: 123326 | Depósito Legal: 139555/99 | Redação: Urbanização da Cruz - Real 4605-359 Vila Meã | Colaboradores: Maria Rosário Meneses, Delfina Carvalho, Marta Sousa, Daniel Ribeiro, António José Queiroz | Tiragem média: 1.000 ex. | Impressão: Gráfica de Paredes (Paredes) Praça Capitão Torres Moreira Meireles nº34, 4580-873 Paredes | Preço de capa: 0,60 euros

O Estatuto Editorial pode ser visto em: https://jornalvilamea.pt/estatuto-editorial/

Apesar de o tempo não se apresentar muito favorável nas praias da nossa costa, passar um dia à beira-mar, descontrair ou fazer uma caminhada pelos passadiços de madeira, escutando o bater das ondas tantas vezes zangadas é, para quem ainda não está completamente liberto dos compromissos profis-sionais, uma espécie de preparação para os dias de férias que se avizinham. (Até porque agora, com o “regresso do comboio”, temos mais uma razão para sair de casa.)

Resolvi oferecer a mim própria um dia diferente. Mal chegámos, percebi que não seria fácil deixar o casaco, muito menos tentar molhar os pés na água ou tomar banhos de sol, por causa do nevoeiro denso que se instalara na zona da praia. A única solução seria a bicicleta, por isso, aproveitámos para desbravar território pouco conhecido, o parque da cidade, bastante fre-quentado, dadas as circunstâncias do tempo. Conversávamos animadamen-te depois do almoço, quando fomos abordados por um indivíduo de cerca de quarenta anos que começou educadamente por nos pedir desculpa pela ousadia, mas encontrava-se numa situação muito delicada. Tinha vindo de Portalegre, estava de férias com a família, a mulher e duas filhas, uma delas sofria de asma (e a confirmar trazia na mão um nebulizador) e, na noite an-terior, enquanto foram jantar fora (ainda não disse, mas viajavam, como nós, numa caravana), tinham sido assaltados e tinham ficado sem nada. Rouba-ram documentos, até uma mesa e as cadeiras conseguiram tirar, acrescentou ele. Tinham ficado, pois, sem nada e queria alertar-nos para o facto, porque achava que podia acontecer a qualquer um. Incrédula, e a pensar que vive-mos todos em cima de um vulcão de malvadez que pode explodir a qualquer momento, ainda perguntei como é que tinham entrado. Tinham simples-mente partido o vidro da janela. Disse-nos com precisão o lugar onde se en-contravam: mesmo ao lado de uma caravana espanhola, que curiosamente tínhamos visto no percurso que fizéramos de manhã. Pediu-nos comida para as meninas e algum dinheiro, que devolveria, mal conseguisse levantar di-nheiro; estava sem cartão e já tinha tentado, em vão, ir ao Banco, mas nin-guém lho dava sem documentos. Senti que a situação era tão trágica, até porque estavam incluídas crianças, que não hesitei e entreguei-lhe o que tinha: pão, compota, bolachas, atum. Com o dinheiro numa mão e o saco de mantimentos na outra, que iriam salvar a família por momentos, pensava eu, deu-nos ainda o número de telemóvel para nos mantermos em contacto.

Aqui chegados, apetece-me criar algum suspense e dizer que a Literatu-ra, ao longo dos séculos, tem alimentado a existência de opostos, através da simbologia dos dois caminhos, que representam o bem e o mal. Também os Videojogos se servem desta técnica, criando, desta forma, uma dinâmica de intervenção e de decisão no jogador. João Sem Medo, personagem principal do livro “As aventuras de João Sem Medo”, de José Gomes Ferreira, depois de saltar o muro que separava a sua humilde aldeia do resto do mundo, depara-

-se com esse mesmo arquétipo: um caminho cheio de pedras e silvas e outro limpíssimo e facilitador do percurso.

Voltemos à história, que passa apenas a ser história, depois de contada, mas que se baseia num facto verídico, verificável e presenciável. O amigo leitor estará a pensar: mas afinal o que é que aconteceu a seguir?

Pois bem, têm razão todos aqueles que pensaram, exatamente como nós, que ainda é possível encontrar a humanidade, a franqueza, a honestidade e a bondade; considero que é importante continuar a acreditar, pois ficou pro-vado que ela de facto existe. No entanto, têm razão também (e não estou a contradizer-me) aqueles que pensaram que não passou de uma mentira; que fomos enganados em pleno dia; que não houve assalto nenhum, etc, etc. Na verdade, a nossa pesquisa no terreno revelou que não havia nenhuma cara-vana assaltada e nenhuma ocorrência fora comunicada à polícia.

Bom, valeu-nos mais um passeio de bicicleta!

Professora Cidália Fernandes

EDITORIAL

Investimento rondou os 15.000 €

Ano letivo terminou em clima de festa

Com vários anos de existência, o Parque Infantil de Ataíde, localizado no largo da feira, foi alvo de inter-venções.

Este foi um investimento que rondou os 15.000 €.Para a Junta de Freguesia de Vila Meã, esta foi

uma intervenção necessária por questões de segu-rança.

O Parque Infantil já está apto e pronto a ser uti-lizado.

No passado mês de julho decorreram nas instalações do Externato de Vila Meã a apresentação das Provas de Aptidão Final e Profissional dos Cursos de Educa-ção e Formação e dos Cursos Técnicos.

Em três dias diferentes, três cursos, Geraldino Oliveira, presidente da AEVM (Associação Empresa-rial de Vila Meã) participou mais uma vez, na avalia-ção da apresentação das provas de aptidão.

Geraldino Oliveira, jovem empresário de Vila Meã, inquirido pelo Jornal de Vila Meã, refere, que apesar do tempo despendido, retirado à sua ativi-dade profissional, sai sempre com o coração cheio de esperança. “É surpreendente, o valor das ideias apresentadas pelos alunos, bem como acompanha-mento do Externato de Vila Meã neste processo de preparação”, sublinha.

Fechou-se mais um ciclo com o culminar do ano letivo 2018/19 para os jardins de infância e escolas da freguesia de Vila Meã. Um ciclo que terminou em festa e com alegria para os alunos, pais e outros res-ponsáveis presentes.

A festa de final de ano do jardim de infância de Ataíde teve lugar no dia 19 de junho no Cineteatro Raimundo Magalhães, onde pais e filhos foram pro-

REMODELAÇÃO DO PARQUEINFANTIL DE ATAÍDE

AEVM FOI JURISTADE AVALIAÇÃONAS PROVAS DE APTIDÃODO EXTERNATO DE VILA MEÃ

TÉRMINO DO ANO LETIVO NOS JARDINS DE INFÂNCIA E ESCOLAS DE VILA MEÃ

SOCIEDADE SOCIEDADE

SOCIEDADE

tagonistas, ao representarem momentos lúdicos. No dia 21 de junho, foi a vez de se celebrar na Es-

cola Básica de Santa Comba e respetivo jardim de in-fância, em Real. O clima de alegria que se vivia com os momentos apresentados pelos alunos contagiou todos os presentes.

Estas foram iniciativas que contaram com o apoio da Junta de Freguesia de Vila Meã.

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JORNAL DE VILA MEÃ • Edição 225 • agosto 2019 • 3

CADERNO DE APONTAMENTOS

ANTÓNIO JOSÉ QUEIROZ

antigos. Ele era triste mas discreto como se nos afigurava António Nobre. Ele era insinuante e delicado – bom exemplar, em suma, da tristeza portuguesa…”.

A Arte poética de Alfredo Brochado, no di-zer do poeta António de Sousa, era “poentina, cristianíssima, cheia de Vago”. Mas o jovem vate amarantino persistia na sua atitude de discrição e recolhimento. Como dizia Pascoaes,

“escrevia e escondia… ou medroso de si mesmo, ou vítima de um desânimo inato ou consti-tucional da sua índole delicadíssima”. Com o decorrer dos anos, porém, esses seus versos fo-ram sendo publicados em jornais e em revistas.

Eram versos “duma simplicidade tão lím-pida de quem até nos subterrâneos com teias de aranha só encontra pureza”. E “suficientes” para que, durante muitos anos, se ouvissem

“os sinais dos seus passos na Terra”. Assim o pensava e dizia o poeta José Gomes Ferreira. Não se podia, pois, deixar que Alfredo Brocha-do se apagasse “na morte como ele próprio se

LEMBRANÇA DE ALFREDO BROCHADO

apagou na vida, discreto, recolhido e subtil”.Em 1949, os poemas que andavam dis-

persos em publicações periódicas foram reco-lhidos parcialmente num volume intitulado

“Bosque Sagrado”. Por essa altura, por razões que nunca saberemos, mas a que não deverá ter sido alheio o ambiente político-cultural que sufocava o país (recorde-se que Alfredo Brochado era democrata e republicano), viver tornara-se para ele “uma ideia insuportável”. Por isso, como lembrou Manuel Mendes, “nada o podia salvar, se a desventura que o minava era insinuante e calada”.

Na noite de 16 de Maio, Alfredo Brochado, “violentamente, pôs termo ao seu sofrer”. Tal-vez tenha sido “uma sensação de fadiga insu-portável” que fez com que esse “homem meigo e doce”, de “espírito generoso e afável”, não tivesse “piedade de si”, acabando “com o tor-mento surdo que o desesperava”. Assim o disse Manuel Mendes. Também eu creio ser essa a chave do triste fim de Alfredo Brochado.

Cumpriu-se, no passado mês de Maio, o 70.º aniversário da morte do notável poeta ama-rantino Alfredo Brochado. Nascera na fregue-sia de S. Gonçalo, a 3 de Fevereiro de 1897. For-mado em Direito, na Universidade de Coimbra, passou grande parte da sua vida adulta em Lis-boa. À data do seu suicídio exercia funções na Procuradoria-Geral da República.

Nos dias que correm, Alfredo Brochado é pou-co mais do que a sombra de um nome há muito perdido nas densas névoas do Tâmega. A sua modéstia e a sua timidez contribuíram forte-mente para esse injusto apagamento.

Em 1918, numa época em que, incógnito estudante de Direito, raros eram ainda os poe-mas que dera a conhecer, o seu conterrâneo e amigo Teixeira de Pascoaes dele dizia ser “uma destas almas, eleitas das Musas ou da Dor, que nascem sem pele protectora contra os ásperos contactos do mundo”.

Para Manuel Mendes, outro dos seus mais estremecidos amigos, Alfredo Brochado “foi uma espécie de boémio enamorado da triste-za”. O retrato, físico e moral, que dele nos dei-xou Vitorino Nemésio, que ainda o conheceu nos seus tempos de Coimbra, confirmam esse inapagável traço do seu carácter, ao descrevê-

-lo assim:“Tinha o condão pessoal de exumar os

tempos idos. Ele era magro como os rapazes

Emídio Monteiro, Presidente da Associação Empresarial de Felgueiras (AEF), é o novo Pre-sidente da Direção do Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa (CETS) – entidade que agrega 12 associações empresariais da Região. O di-rigente sucede, assim, de forma programada a Paulo Portela, ex-Presidente da Associação Empresarial de Baião (AEB). Neste IV Mandato, o cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral passa a ser ocupado por Maria Miguel Correia, atual Presidente da AEB.

Segundo os princípios estruturantes do CETS, o ato eleitoral previsto nos estatutos conduziu à eleição, em lista única, do Presi-dente da AEF, o qual passa não só a dirigir o destino do CETS como a garantir a prossecu-ção de uma política de alternância nos órgãos da estrutura associativa - condição esta pré-fi-xada à constituição do Conselho Empresarial.

Na sua primeira intervenção pública após as eleições, o novo Presidente endereçou um especial agradecimento aos seus antecessores

– Luís Miguel Ribeiro, Nuno Martins da Fon-seca e Paulo Portela, assim como aos órgãos diretivos: “O trabalho desenvolvido por todos

Desde 24 de junho, na EB1 Santa Comba em Vila Meã, a APAER (Associação de Pais e Amigos da Escola de Real), em parceria com a Gerestudo, proporciona iniciativas exclusiva-mente destinadas a crianças e jovens com ida-des compreendidas entre os 4 e os 15 anos. Esta iniciativa oferece-lhes um programa organiza-do, de carácter educativo, cultural, desportivo ou meramente recreativo.

Cerca de um mês depois, além das ativida-des direcionadas para as crianças, foi também dada oportunidade a outras pessoas de inte-grarem algumas funções na colónia, desta-cando-se a participação da professora Andreia Ribeiro, que acabou a sua licenciatura em Edu-cação Básica na Escola Superior de Educação do Porto; partilhou as dificuldades de apren-

O Festival MIMO, que valoriza e contempla várias artes, regressou a Amarante, a cidade que o acolheu pela primeira vez, em 2016.

Com uma programação rica e diversifica-da, passaram pelo palco principal do MIMO nomes como Salif Keita, Criolo, Samuel Úria, Rubel, Stereossauro e Mayra Andrade.

O festival percorreu um pouco toda a ci-dade, nomeadamente o Parque Ribeirinho, o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, a Igreja de São Gonçalo e a Igreja de São Pedro. Para além da música, focou-se em atividades ligadas ao cinema, à realização de workshops, fóruns de ideias, roteiros culturais e uma chu-va de poesia. À semelhança do ano anterior, houve mais uma aposta na arte com a expo-sição “Abstração – Arte Partilhada Coleção Millenium BCP” a ser inaugurada durante o fim de semana e que se estará patente no Mu-seu Municipal até 27 de outubro.

Este ano houve uma novidade, com a cria-ção do Prémio MIMO de música, entregue a Chico da Tina e a nomeação de RUSSA como artista revelação.

Após os três dias de programação intensa, os números revelam que, de ano para ano, o festival cresce e cria um laço ainda mais forte com a cidade, facto que permite atrair cada vez mais gente.

O MIMO festival regressa a Amarante, em 2020.

MARTA SOUSA

EMÍDIO MONTEIRO ASSUME A PRESIDÊNCIA DO CONSELHO EMPRESARIAL DO TÂMEGA E SOUSA

COLÓNIA DE FÉRIAS DE VERÃO GERESTUDO TEVE UM MÊS CHEIO DE INICIATIVAS DIVERTIDAS E EDUCATIVAS

MIMO FESTIVALTEVE A MAIORPARTICIPAÇÃODE SEMPRE

ECONOMIA

SOCIEDADE

CULTURA

foi notável em prol de uma organização que contando ainda com poucos anos de existência tem-se afirmado no panorama associativo e no apoio às empresas da Região. A sua disponibi-lidade e determinação foram fulcrais em todo o processo”. Emídio Monteiro reiterou ainda que o foco da

Da esquerda para a direita: Rui Carneiro - Presidente do Conselho Fiscal do CETS e Presidente da Associação Empresarial de Paços de Ferreira; Emídio Monteiro - Presidente da Direção do CETS e Presidente da Associação Empresarial de Felgueiras; Maria Miguel Correia - Presidente da Mesa da Assembleia Geral e Presidente da Associação Empresarial de Baião; Geraldino Oliveira - Vice-Presidente da Direção do CETS e Presidente da Associação Empresarial de Vila Meã; António Novais - Vice-Pre-sidente da Direção do CETS e Vice-Presidente da Associação Comercial e Industrial de Castelo de Paiva

estratégia da instituição que agora lidera as-senta na “Continuidade, Consolidação e Coo-peração Associativa e Territorial”, essenciais para reforçar a “proximidade com os Empre-sários da Região e apoiar processos de interna-cionalização, qualificação, empreendedorismo e inovação”.

dizagem e do dia-a-dia devido à surdez que a acompanha desde nascença e, no final, ensi-nou o abecedário em língua gestual a todas as crianças.

Além desta iniciativa, foram realizadas vá-rias visitas a parques aquáticos, houve aulas de

surf, música promovida pela Germusica, uma visita a Kidzania e a instituições; além disso, realizaram-se vários tipos de workshops desde a cozinha à produção de sabonetes.

Durante este tempo, a Gerestudo rece-beu três estagiárias do Centro de Emprego para integrar a equipa desta Colónia de Férias de Verão, criando, assim, oportunidades de aprendizagem e de se mostrarem no mercado de trabalho.

Devido ao trabalho desenvolvido pelos profissionais da Gerestudo, os encarregados de educação pediram o prolongamento da co-lónia de ferias até dia 14 de agosto.

Esta colónia de férias contou também com o apoio da Junta de Freguesia de Vila Meã e da Câmara Municipal de Amarante.

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4 • agosto 2019 • Edição 225 • JORNAL DE VILA MEÃ

Como o Jornal de Vila Meã anteriormente ti-nha apurado, a Junta de Freguesia de Vila Meã encontrava-se em negociações com a REFER para recuperar o cais da estação de mercado-rias da estação ferroviária de Vila Meã.

O auto de cedência foi assinado no passa-do dia 29 de julho, pelo Presidente da Junta de Freguesia de Vila Meã, Sr. Lino Macedo, e pela representante da IP Património, SA. Com este protocolo, procedeu-se à entrega das chaves de acesso ao cais, à Junta de Freguesia de Vila Meã.

As viagens de comboio de Vila Meã para o Por-to tornaram-se mais cómodas, a partir do dia 14 de julho, dia em que os comboios elétricos começaram a circular de Porto – São Bento com destino a Marco de Canaveses e com pa-ragem na estação ferroviária de Vila Meã e no apeadeiro de Oliveira.

Existem, por dia, 23 comboios de ida e 20 de volta, para servir os seus utentes. Este é um grande passo dado e ambicionado desde sem-pre pela comunidade local, para esta região, tornando-se, assim, num extraordinário con-tributo para o crescimento e desenvolvimento de Vila Meã.

Em conversa com o Jornal de Vila Meã, o Presidente da Junta de Freguesia de Vila Meã, Sr. Lino Macedo revelou que “A chegada do comboio a Vila Meã constitui uma mais-

-valia para o desenvolvimento e o cresci-mento da nossa terra. As pessoas têm ago-

CAIS DA ESTAÇÃO DE COMBOIOSJÁ É DA TUTELA DA JUNTADE FREGUESIA DE VILA MEÃ

COMBOIOS ELÉTRICOSJÁ CIRCULAM EM VILA MEÃ

ECONOMIA

SOCIEDADE

AGENDA PÚBLICA | JULHOASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE VILA MEÃ

• DIA 1

1. Preparação e distribuição do Jornal de Vila Meã de julho 2019

2. Atualização durante o mês de julho do site e rede social do jornal

3. Realização de entrevistas à comunidade local

• DIA 4

1. Participação no Plenário do Conselho local de Ação Social(CLAS)

• DIA 9

1. Representação da AEVM no júri de Ava-liação da Prova de Aptidão Final - Curso do Externato de Vila Meã-Operador de Logística-9ºCEF

2. AEVM assume cargo de direção nos novos Orgãos Sociais do Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa(CETS), sede em Felgueiras

• DIA 10

1. Sessão de Esclarecimento organizada pela AEVM-Linha do Comércio e Comércio Digi-tal em Amarante

• DIA 15

1. Presença da AEVM na primeira reunião da nova direção do CETS-em Vila Meã

• DIA 16

1. Apresentação do Projeto Micro-Coveuse Rural-Oficina do Empreendedor - 3ª edição - em Vila Meã

• DIA 17

1. Representação da AEVM no júri de Avalia-ção da Prova de Aptidão Profissional - Curso do Externato de Vila Meã - Instalações Elétricas - 12º6

• DIA 22

1. Terminou a “Toalha do Amor”-Parceria MB DECOR/AEVM-Projeto de apoio a Institui-ções de Solidariedade Social

• DIA 23

1. Reunião com empresa de recrutamento para o exterior na área da eletricidade

• DIA 24

1. Representação da AEVM no júri de Avalia-ção da Prova de Aptidão Profissional - Curso do Externato de Vila Meã - Técnicos de Eletrónica, Automação e Comando - 12º5

• DIA 25

1. Participação da AEVM na sessão de apre-sentação pública do MIMO

• DIA 26

1. Preparação do Projeto JVM nas escolas

• DIA 27

1. Participação na reunião da rede de Embai-xadores, em Amarante

• DIA 30

1. Sessão de apresentação de Ofertas de Emprego do IEFP, em Vila Meã

• DIA 31

1. Participação do grupo de formandos de Costura AEVM/MBDECOR na apresentação do do projeto ENXOVAL – Tempo e Espaço e Resistência, promovido pela Associação Pele e do qual o Município de Amarante é parceiro, em Amarante

Para o Presidente da Junta de Freguesia de Vila Meã, foi dado mais um passo para a valoriza-ção deste espaço, que há muito se encontra afastado das suas funções. Pretende-se que este seja um lugar de todos e que possam ser criadas iniciativas que o valorizem, à seme-lhança do que aconteceu em grande parte dos cais de estação que se encontravam abandona-dos pelo país fora e que são atualmente exce-lentes locais de lazer.

MARTA SOUSA

ra um transporte público à porta que lhes permite chegar com maior facilidade ao centro do Porto.”

Acrescentou ainda: “Nota-se sem dúvida um aumento de passageiros a entrar na es-tação de Vila Meã, facto pelo qual se torna urgente a concretização de um parque de estacionamento. A introdução do Passe CIM Tâmega e Sousa veio reforçar a ideia de que cada vez mais este é um transporte público que deve ser utilizado pelos passa-geiros.”

Recorde- se que no dia 1 de julho entrou em vigor o Passe CP CIM Tâmega e Sousa para os utentes deste transporte público, na área geográfica da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa.

Consulte os horários disponíveis em Com-boios Urbano: www.cp.pt

MARTA SOUSA

Respondendo à dinâmica e crescente pro-cura turística verificada, Amarante tem já disponível para turistas (e residentes) a App

“Amarante Tourism”, um guia turístico para smartphones com sistemas operativos An-droid e IOS, e cujo download pode ser feito, gratuitamente.

Funcionando com base em tecnologia bluetooth, a aplicação interage com beacons, pequenos emissores de sinal detetável que comunicam com os smartphones dos utili-zadores, fornecendo informação de natureza turística (e outra de interesse geral).

Assim, a “Amarante Tourism” permite o acesso a notícias, a informação sobre eventos, pontos de interesse, percursos turísticos e rotas, conteúdos que podem ser consultados off-line, com o respetivo descarregamento, de forma automática, quando existir ligação à Internet. Os pontos de interesse podem ser explorados através de mapa, ou com recurso a realidade aumentada, com o uso da câmara do dispositivo do utilizador.

Função importante disponibilizada pela aplicação é a da geolocalização, através da qual é fornecida ao utilizador informação referente ao local onde se encontra; sobre eventos programados para a área e pontos de interesse existentes nas imediações. Refira-

-se, também, que a App “Amarante Tourism” é multilingue, sendo o idioma a apresentar determinado automaticamente em função do idioma do dispositivo móvel detetado, poden-do, no entanto, o utilizador alterar esta con-figuração.

Saliente-se, ainda, que todos os conteú-dos de texto (referentes a notícias, eventos ou POI) poderão ser automaticamente converti-dos em áudio (textto speech), utilizando-se os mecanismos disponibilizados pelo próprio dispositivo móvel.

A apresentação de “Amarante Tourism” decorreu durante uma reunião com operado-res e animadores turísticos locais, perante os quais foi também feito o balanço de um ano de aplicação do Plano Estratégico e de Marke-ting para o Turismo de Amarante.

A App “Amarante Tourism” pode ser des-carregada através do seguinte link: https://www.amarante.smiity.com/

MUNICÍPIOAPRESENTOU APP

“AMARANTE TOURISM”

SOCIEDADE

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JORNAL DE VILA MEÃ • Edição 225 • agosto 2019 • 5

MANHÃ

MANHÃ

TARDE

TARDE

HO

RÁRI

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6 • agosto 2019 • Edição 225 • JORNAL DE VILA MEÃ

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COACHING

JOSÉ CASTROCOACH

cura dos serviços ou produtos da organização?Os prazos para colaboradores marcarem as

suas férias são devidamente conhecidos?A gestão de topo conhece o historial de fé-

rias de cada trabalhador e tenta ajustar nesse sentido?

As tarefas dos trabalhadores ausentes ficam eficazmente assegurados por outros colabora-dores motivados e previamente preparados?

A organização é sensível à vida familiar do trabalhador, quer o casal trabalhe ou não na mesma organização?

O acumular do “trabalho” foi devidamente evitado no sentido de não sobrecarregar os res-tantes colaboradores a um (di)stress extremo?

Aos colaboradores que aceitam fazer horas ex-traordinárias, estas são efetivamente renume-radas conforme a legislação laboral?

A organização participa ativamente na integração, cooperação, convívio dos colabo-radores e seus familiares na criação de algum evento periódico da Organização?

(…)Através da Prática do Coaching Organi-

zacional procura-se a otimização de todos os procedimentos da organização, levando a uma participação e cooperação responsável por to-dos os colaboradores no sentido de ambas as partes (colaboradores e organização) saírem ganhadoras.

Chegado o Verão é natural que os trabalhado-res da sua organização estejam já a reclamar pelas férias. Planear o “mapa de férias” da or-ganização não é tarefa fácil, pois há que gerir possíveis incompatibilidades, a vida pessoal dos trabalhadores, a rotatividade no trabalho, os períodos de maior atividade laboral, etc.

Sempre que um trabalhador se sente por alguma razão injustiçado quanto ao seu perío-do de férias existe elevada probabilidade de no regresso surgirem conflitos laborais, desmoti-vação, etc.

As organizações devem interrogar-se:É conhecida por parte de todos os colabora-

dores a Política de Férias de Organização?São conhecidos os períodos de maior pro-

Muitos trabalhadores já começaram a planear as suas férias e certamente que alguns pergun-tarão: tenho direito a quantos dias de férias?

O artigo 59º da Constituição da República Portuguesa consagra que todos os trabalha-dores têm direito a férias periódicas pagas. E o

CONSULTÓRIO JURÍDICO

GONÇALO CAETANOADVOGADO

e-mail: [email protected]

lho contempla um conjunto de regras especiais que devem ser aplicadas em situações excecio-nais. Vejamos alguns casos em que são aplicá-veis regras especiais de duração do período de férias:

1. No ano da admissão e, bem assim, no ano de cessação de impedimento prolon-gado iniciado em ano anterior (por exem-plo, baixa médica), o trabalhador tem di-reito a um período de férias corresponde a dois dias úteis de férias por cada mês de duração do contrato de trabalho, até vinte dias, cujo gozo pode ter lugar após seis me-ses completos de execução do contrato de trabalho. No caso de o ano civil terminar antes de decorridos os seis meses, as férias são gozadas até ao dia trinta de junho do ano subsequente. Porém, não pode resul-tar o gozo, no mesmo ano civil, de mais de trinta dias úteis de férias;

2. Em caso de cessação do contrato de tra-balho o trabalhador tem direito a receber a

retribuição de férias e o respetivo subsídio de férias correspondentes às férias venci-das e não gozadas (reportadas ao ano civil anterior) e ainda os proporcionais ao tem-po de serviço prestado no ano da cessação do contrato de trabalho na medida de dois dias úteis de férias por cada mês de dura-ção do contrato de trabalho);

3. No caso de contratos de trabalho com uma duração inferior a seis meses o traba-lhador tem direito a um período de férias correspondente a dois dias úteis por cada mês completo de duração do contrato de trabalho, contando-se, para o efeito, todos os dias seguidos ou interpolados de pres-tação de trabalho. Salvo acordo das partes, estas férias são gozadas imediatamente antes da cessação do contrato de trabalho;

Assim, importará analisar, caso a caso, a quantos dias de férias é que um determinado trabalhador tem direito a gozar em cada ano civil.

FÉRIAS: A QUANTOS DIASTENHO DIREITO?

artigo 237º, nº 1 do Código do Trabalho, dispõe que o trabalhador tem direito, em cada ano ci-vil, a um período de férias retribuídas, que se vence em 1 de janeiro. Assim, o trabalhador tem o direito a gozar um período de férias re-tribuídas, tal como se estivesse a trabalhar. Além da retribuição correspondente ao perío-do de férias, o trabalhador tem ainda direito a receber o subsídio de férias (o chamado “13º mês”).

Regra geral, o direito a férias reporta-se ao trabalho prestado no ano civil anterior (as férias que o trabalhador gozar em 2020 repor-tam-se ao trabalho que prestar em 2019), em-bora não esteja condicionado à assiduidade ou efetividade de serviço pelo trabalhador. O di-reito a férias é irrenunciável e, em regra, o seu gozo não pode ser substituído, ainda que com o acordo do trabalhador, por qualquer com-pensação, económica ou de outra natureza.

De acordo com o disposto no artigo 238º, nº 1 do Código do Trabalho, o período anual de férias tem a duração mínima de 22 dias úteis. Esta é a regra geral. Pois, o Código do Traba-

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JORNAL DE VILA MEÃ • Edição 225 • agosto 2019 • 7

DISTRIBUIÇÃO | JORNAL DE VILA MEÃ

VILA MEÃ

Sede da Junta

Café VillaSalão Andreia BessaLoja dos 300Pastelaria EstrelaCafé Pozzi Café Art de RuaPizzaria ModernaCafé Sem StressRestaurante o CaisRestaurante XandocaCafé Convívio ao lado da GNRBiblioteca CaféCasa do PortoPontapé de Saída - Largo da Feira

Loja dos 300 ao lado da GNRBiblioteca de Vila MeãCafé Santa RitaPizzaria Cruz RealRestaurante RodriguesCasa do BenficaCafé Estádio - PrédioPastelaria ao lado do EstádioCafé Atletico Club de Vila MeãCafé VilameanenseCafé BelinhaCafé SampaioEspaço 7Café MigueisCafé St. AntónioCineTeatro Raimundo Magalhães

MANCELOSSede da JuntaPastelaria Arca de ÁguaCafé Ventura 2Churrasqueira O CantinhoCafé Benvinda e RolandaPastelaria MilleniumCafé MosteiroCafé CentralAdega Regional NogueirinhasCafé XicoTasquinha de PidreCafé Sully - ManhufeToca da Raposa - PidreCafé Central PidreCafé Lusco Fusco - PidreCafé Lucas - Pidre

Café EscorpiãoCafé Luxemburgo

TRAVANCASede da JuntaRestaurante O FuturoRestaurante Ti’AnaCafé O LeãoCasa LemosCafé CoelhoCafé ForneloCafé PintoEstrada RealCafé GonçalvesMoreira e MoreiraCafé Sto. IldefonsoCafé 100%

Café Belos AresCafé Moderna 2

VILA CAIZSede da JuntaAgoeiroBelo HorizonteCafé EmigranteCafé Live CaféPastelaria A MotinhaChurrasqueira CentralPão Quente São Miguel

LOUREDOSede da JuntaCafé Boa ViagemCafé Panorama

Pastelaria Bem Estar

FREGIMSede da JuntaCafé Bom GostoRestaurante AmarantinhoCafé Cala o BicoPastelaria NascenteCafé dos MaltesesCafé do Arrebenta

AMARANTECâmara Municipal de AmaranteBiblioteca Municipal Albano SardoeiraCafé Bar S. GonçaloCafé PardalCafé Principe

Pastelaria SearaCafé Praça dos Táxis - St. LuziaTasquinha da EstaçãoChurrasqueira Machado 2Café Pardal - FinançasCafé O MoinhoCafé O Moinho ArquinhoCafé & Duas de LetraSurviariaRestaurante AviãoRestaurante ReisPastelaria Lailai

ATIVIDADES | AGOSTO

• DIA 9 A 10 .EM CLAUSTROS CPN - CENTRO PORTUGUÊS DE NYCHELHARPA Mosteiro do Salvador de Travanca | 15h00m

• DIA 10 .SUNSET PARTY VILA CAIZ 2019 JUNTA DE FREGUESIA DE VILA CAIZ Largo da Sr. da Graça | 21h30m

• DIA 10 .HÁ FEST | IGUALDADE EM PALAVRAS MUNICÍPIO DE AMARANTE Parque de Lazer de Odres | 16h00m

• DIA 13 A 15 .FESTA EM HONRA DE STª MARIA DE FREGIM COMISSÃO DE FESTAS DE FREGIM Parque da Igreja de Fregim | 20h30m

• DIA 14 .HÁ FEST | STAND UP COMEDY MUNICÍPIO DE AMARANTE Largo de S. Gonçalo | 22h00m

• DIA 15 .HÁ FEST | DANCE IT MUNICÍPIO DE AMARANTE Largo de S. Gonçalo | 20h30m

• DIA 16 .HÁ FEST | ÀS OITO NA PONTE MUNICÍPIO DE AMARANTE Ponte de S. Gonçalo | 20h00m

• DIA 17 .HÁ FEST | CONCERTO NOBLE MUNICÍPIO DE AMARANTE Largo de S. Gonçalo | 22h00m

• DIA 18 .HÁ FEST | AMARANTE NIGHT RUN 2019 MUNICÍPIO DE AMARANTE Município de Amarante | 20h30m

• DIA 23 A 24 .FESTA DO DIVINO SALVADOR RAIMUNDO COMISSÃO DE FESTAS DIVINO SALVADOR REAL Largo da Igreja | 20h00m

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Num serão de sábado, como é habitual, está-vamos reunidos em família, eu e os meus dois filhos a conversar. Um dos temas da conversa foi a carta ao Pai Natal e o que eles gostariam de receber neste Natal.

Num determinado momento, o meu filho mais novo, com 10 anos de idade, perguntou-me:

– Mãe, lembras-te de teres ido comigo à uma instituição de solidariedade?

Respondi afirmativamente.Ele, com a sua voz delicada e em tom preo-

cupado, questionou-me novamente:– Será que aqueles meninos também vão

ter algo diferente neste Natal?Esta pergunta deixou-me sem palavras.E continuou a questionar-me:

– Achas que um dia eles vão encontrar uma mãe como tu? Uma mãe que lhes dê tan-to amor como tu me dás.

Mais uma vez não tive coragem para res-ponder.

Chegada a hora de dormir, foi para a cama e fui dar-lhe um beijo de boa noite. Questio-nou-me novamente:

– Será que consegues fazer alguma coisa para que se sintam mais felizes?

Esta pergunta ficou-me na cabeça e no dia seguinte fui para o ateliê com este pensamen-

TOALHA DO AMOR

SOCIEDADE

to. Olhei à minha volta, analisei os vários te-cidos que ali se encontravam e quando peguei num tecido de linho, surgiu-me uma ideia: fazer uma toalha em linho com 3 metros de comprimento e 2 de largura, para uma mesa de sala de jantar.

Durante algumas semanas, fiz a bainha e fui pensando no tipo de bordado que deveria abrilhantar a toalha. Decidi bordá-la em pon-to de cruz que é uma arte que eu tanto preser-vo e que me foi transmitida pela minha avó. Como queria que fosse uma peça única, idea-lizei um gráfico, harmonizei as cores e outros elementos de decoração.

Quando comecei a bordá-la apercebi-me que era muito grande e que sozinha não con-seguiria terminar o trabalho tão rápido como eu desejava. Decidi, então, pedir ajuda à as-sociação “A Teia+” e pedir a colaboração de

algumas senhoras que se prontificaram a vir ao meu ateliê para me ajudar a bordar.

No centro da toalha estão bordadas duas flores que vão ao encontro uma da outra. Es-tas flores significam a capacidade de sonhar e de amar e o amor que um dia aqueles meninos irão, com certeza, encontrar.

O Gabriel, o meu filho mais novo, tem acompanhado todo este processo e questio-na-me se vou conseguir um evento para lei-loar a toalha. Esta é mais uma pergunta para a qual eu não tenho uma resposta concreta, pelo que respondi:

– Não sei, mas por ti, pelas senhoras que ajudaram a bordar e principalmente por aqueles meninos, vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para conseguir.

Mas durante o processo de bordar a toa-lha, terminou o tempo do projeto da associa-ção “A Teia+”, e por isso a toalha, ficou por um tempo de lado, e o que me fez pensar se iria conseguir acabar a toalha e, cumprir o pedido do meu filho, Gabriel.

Devido a esse contratempo, eu tive de pu-xar pela cabeça e tentar arranjar uma forma de concluir a toalha, e então pensei apresen-tar o projeto à Associação Empresarial de Vila Meã (AEVM), que mostrou um grande inte-

resse e se disponibilizou prontamente para ajudar no projeto.

E recentemente, graças a uma parceria feita com a AEVM, a toalha foi finalmente acabada pelas minhas formandas, na forma-ção de costura/bordados, e está pronta para ser adquirida para quem estiver disposta a ajudar quem mais precisa.

MARIANA BASTO

Page 8: Comboios elétricos já circulam em Vila Me〦 · EDITORIAL Investimento rondou os 15.000 € Ano letivo terminou em clima de festa Com vários anos de existência, o Parque Infantil

8 • agosto 2019 • Edição 225 • JORNAL DE VILA MEÃ