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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOSRESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
DE FLORIANÓPOLIS
Florianópolis,Dezembro de 2002
Relatório Final
ii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Reitor:
Rodolfo Joaquim Pinto da Luz
Diretor do Centro Tecnológico:
Ariovaldo Bolzan
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA
Diretor da Unidade de Ensino de Florianópolis:
Anésio José Macari
Gerente Educacional da Construção Civil:
Jucélio Gonçalves
TRACTEBEL ENERGIA S.A.
Diretor Presidente:
Manoel Arlindo Zaroni Torres
Diretor de Comercialização e Negócios:
Miroel Makiolke Wolowski
U. O. Tractebel Serviços Industriais:
Carlos Alberto de Verney Gothe
Gerente de Desenvolvimento dos Estudos de Valorização Energética de Lixo Urbano:
José Carlos Carvalho da Cunha
COMPANHIA MELHORAMENTOS DA CAPITAL
Diretor Presidente:
Nelson Amâncio Madalena
Diretor de Operações:
Mário César Silva
Diretora Administrativa-Financeira:
Léia da Silva
REALIZAÇÃO
PARCERIAS
iii
Coordenação Geral:
Engª Flávia Vieira Guimarães Orofino / Assessoria Técnica - COMCAP
Orientação Técnica:Profº Ricardo Reis Maciel / Curso de Saneamento - CEFET
Profª Dra. Sandra Sulamita Nahas Baasch / Depto. Engª Sanitária e Ambiental - UFSC
Equipe Técnica (bolsistas):Francyele Stringhini / Curso de Saneamento - CEFET
Grasiela Breis / Curso de Engª Sanitária e Ambiental - UFSCIsrael Fernandes de Aquino / Curso de Engª Sanitária e Ambiental - UFSC
Sânia Fortunato de Bem / Curso de Engª Sanitária e Ambiental - UFSCViviane Braga Alves / Curso de Engª Sanitária e Ambiental - UFSC
Equipe Operacional:Divisão de Coleta - COMCAP
Paulo da Rocha e Pinho, Luiz Henrique dos Santos,Newton Santos da Silva e Vilson Arnaldo de Oliveira.
Divisão de Destino Final - COMCAPGilberto de Souza, Adevaldo Batista, Adilio Domingos Martins,
Ailton Adelirio Machado, Dalmeci José Machado, Daniel Veiga Pinto,Francisco Sales Moraes Neto, Gilvani Ribeiro, Ivo da Cunha Vieira,Luiz Gustavo Pamplona Neto, Manoel Martins, Maurino Francisco,
Nalzírio Manoel Goldinho, Valmor Cardoso e Valtelino Zeferino Bernardo.
Consultores:Engº Edmar Oliveira Arruda / Assessoria Técnica - COMCAP
Téc. Hélio Vidal / Depto. de Coleta de Resíduos Sólidos - COMCAPProfº Luiz Carlos Cavalheiro / Curso de Saneamento - CEFETEngº Wilson Cancian Lopes / Assessoria Técnica - COMCAP
Colaboradores: Adriana Baldissareli, Bruno Borges Gentil, Carlos Augusto Thives de Carvalho,
Cesare Quinteiro Pica, Denyo Silva, Edson Luiz Guterro, Eliana Bittencourt,Frederico Neiva, Felipe Romanowski, Grícia Grossi, Joaquim de Souza,
José Vilmar Koerich , José Rodrigues da Rocha, Lúcia Tang Vidal,Maria das Dores de Almeida Bastos, Marildo Peixe, Ricardo Souza,
Rovane França, Sérgio Luiz Koerich, Silvia Grando, Walter Menezes eTécnicos da Gerência de Cartografia e Informações do IPUF
Composição Gráfica:
Amaro José Valente
EQUIPE DE TRABALHO
iv
A necessidade de conhecer a composição e a produção dos resíduos sólidos domiciliares
gerados em Florianópolis, fez a Comcap buscar parcerias para desenvolver este projeto de
caracterização do "lixo", dando continuidade à série histórica iniciada em 1988.
Uma pesquisa sobre a caracterização do lixo, cria para o município a possibilidade de
estabelecer planos de gestão integrada, desde a expansão dos serviços de coleta regular
até a viabilidade da implantação da compostagem ou de outras formas de reciclagem. O
resultado do trabalho indica, portanto, futuras especificações de equipamentos e métodos de
coleta na cidade bem como a definição dos sistemas de eliminação dos resíduos. Além
disso apresenta a possibilidade de adotar sistemas de gestão descentralizados,
considerando as características qualitativas e quantitativas dos resíduos sólidos de cada
região analisada.
Em 1988, foi realizada pesquisa de caracterização do lixo de Florianópolis, que deteve-se
sobre a qualidade do lixo produzido na cidade. Em 1995, outro estudo mediu a taxa de
geração per capita de lixo dos moradores da cidade. Desta vez, em 2002, a pesquisa
engloba as duas vertentes: qualidade e quantidade.
Para a realização deste projeto foram estabelecidas parcerias com o Centro Federal de
Educação Tecnológica de Santa Catarina (CEFET) e a Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC).
Convém lembrar as bases sobre as quais foi feito o trabalho. O primeiro desafio a ser
vencido pelo grupo seria o envolvimento, durante um ano e meio, de uma equipe
multidisciplinar professores; técnicos; estagiários; chefes; fiscais; motoristas; garis;
balanceiros; triadores; laboratoristas; que precisavam estar a postos nos momentos certos,
nos lugares certos a bem do resultado da pesquisa científica ser confiável.
Passaram a atuar no planejamento da pesquisa professores dos cursos de Engenharia
Sanitária da UFSC e de Saneamento do CEFET. Estes professores haviam participado de
pesquisas similares em 1988 e 1995. Após 11 meses de trabalho, inseriu-se um novo
parceiro ao projeto: a empresa Tractebel Energia S.A.
Consolidadas as parcerias, o trabalho foi executado com êxito, graças, especialmente, ao
apoio da diretoria e de todos os funcionários da COMCAP envolvidos nas tarefas de coleta,
aferição e destinação dos resíduos. O resultado, por certo, cumpre o objetivo de melhor
conhecer para melhor destinar o lixo, ditado pelos conceitos universais de reduzir, reutilizar e
reciclar as matérias, evitando ou minimizando danos ao ambiente.
Na seqüência, muitas leituras poderão ser feitas, a partir dos números, dado o interesse do
olhar de quem se detiver sobre o produto final desta pesquisa.
APRESENTAÇÃO
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS
v
Capítulo I - Introdução e Objetivos
Capítulo II - Considerações Gerais
Capítulo III - Caracterização Qualitativa do RESUD
1.1. Introdução ..............................................................................................................18
1.2. Objetivos da pesquisa............................................................................................19
1.2.1. Objetivo geral ................................................................................................19
1.2.2. Ojetivos específicos ......................................................................................19
2.1. O Município............................................................................................................20
2.2. Resíduos sólidos....................................................................................................21
2.3. Caracterização dos resíduos sólidos .....................................................................22
2.3.1.Resíduos sólidos de Florianópolis em 1988 ..................................................24
2.3.2. Resíduos sólidos de outros municípios brasileiros .......................................25
3.1 Metodologia ............................................................................................................27
Etapa I - Determinação do universo de pesquisa ...................................................27
Etapa II - Escolha dos roteiros amostrados ............................................................30
Etapa III - Definição dos períodos de amostragem.................................................33
Etapa IV - Definição dos componentes analisados.................................................33
Etapa V - Infra-estrutura..........................................................................................36
Etapa VI - Preparação da amostragem...................................................................37
Etapa VII - Pesquisa de campo...............................................................................37
Etapa VIII - Procedimento de amostragem da composição física ..........................37
Etapa IX - Procedimento de amostragem para análises de umidade.....................38
3.2. Metodologia de tratamento estatístico de dados ...................................................42
3.3. Resultados da caracterização física do RESUD....................................................43
3.3.1. Síntese dos resultados..................................................................................43
3.3.1.1. Comentários sobre a síntese dos resultados.......................................44
3.3.2 Resultados por período..................................................................................46
3.3.2.1. Quadro Geral .......................................................................................46
3.3.2.2. Variação mensal dos componentes analisados...................................47
3.3.2.3. Comentários sobre os resultados por período .....................................53
3.3.3 Resultados por região do munícipio...............................................................54
3.3.3.1. Densidade aparente.............................................................................54
3.3.3.2. Umidade...............................................................................................54
3.3.3.3. Dados médios dos componentes analizados.......................................55
3.3.3.4. Componentes do RESUD - resultados por região ...............................56
3.3.3.5. Variação dos principais componentes amostrados por região.............57
3.3.3.6. Comentários sobre os resultados por região do município..................58
ÍNDICE GERAL
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS
vi
3.3.4. Resultados por roteiro...................................................................................59
3.3.4.1. Quadro geral ........................................................................................59
3.3.4.2. Gráficos dos principais componentes ..................................................60
3.3.4.3. Comentários sobre os resultados por roteiro .......................................62
4.1. Justificativa ............................................................................................................64
4.2. Pesquisa da produção per capita em Florianópolis no ano de 1995 .....................65
4.3. Metodologia ...........................................................................................................66
4.3.1. Determinação da quantidade de RESUD por roteiro (R.S.)..........................67
4.3.2. Determinação da população por Roteiro ......................................................68
Etapa I - Estimativa da população a partir dos dados da SMF .........................68
Etapa II - Estimativa da população a partir dos dados da SHTDS ...................69
Etapa III - Estimativa da população a partir de dados do IBGE (censo 2000)..69
Etapa IV- Estimativa da população na alta temporada .....................................69
4.4. Cálculo da produção per capita nos roteiros amostrados......................................71
4.5.Comentários sobre a produção per capita nos roteiros amostrados ......................72
4.6. Estimativa da produção per capita regional...........................................................73
4.7. Comentários sobre a produção per capita regional ...............................................74
5.1. Influência da coleta seletiva formal e informal na composição do RESUD ...........75
5.1.1. Análise da influência da coleta seletiva formal .............................................75
5.1.2. Análise da influência da coleta seletiva informal...........................................77
5.2. Tipo de ocupação nas regiões dos roteiros amostrados .......................................78
5.3. Situação sócio-econômica na região dos roteiros amostrados .............................80
5.4. Dados sobre o turismo...........................................................................................81
5.5. Dados sobre a população flutuante .......................................................................81
Considerações Finais .........................................................................................................83
Capítulo IV - Caracterização quantitativa do RESUD de Florianópolis - taxa de geração per capita
Capítulo V - Subsídios para interpretação dos dados obtidos
Capítulo VI
Referência bibliográfica
Anexos
....................................................................................................86
...............................................................................................................................87
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - ÍNDICE GERAL
vii
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 01Informações necessárias para o gerenciamento do lixo municipal ....................................23
Quadro 02Composição física dos resíduos sólidos da cidade de Botucatú - SP................................24
Quadro 03Caracterização de resíduos sólidos domiciliáres dos municípios de Criciúma, Içara e Nova
Veneza - SC........................................................................................................................24
Quadro 04Composição característica média do lixo doméstico da cidade de Rio de Janeiro - RJ ....25
Quadro 05Caracterização em peso úmido dos resíduos sólidos da cidade de Porto Alegre - RS ....25
Quadro 06Composição física do lixo de origem comercial e residencial da cidade de Vitória - ES....25
Quadro 07Caracterização dos RSU da região sul do PDRS de Janeiro a Março de 2002.................26
Quadro 08Divisão do município de Florianópolis em regiões .............................................................27
Quadro 09Roteiros amostrados na pesquisa de caracterização em 1988..........................................30
Quadro 10Descrição dos roteiros amostrados em 2002 .....................................................................31
Quadro 11Planejamento das amostragens - mês de análise, freqüência e turno dos roteiros ...........32
Quadro 12Seqüência de coleta das amostras nos roteiros.................................................................33
Quadro 13Componentes analisados nas pesquisas de 1988 e 2001/2 ..............................................35
Quadro 14Umidade e densidade aparente do RESUD de Florianópolis - média geral.......................43
Quadro 15Média mensal dos componentes mês a mês - % em peso ................................................46
Quadro 16Densidade aparente do lixo por região do Município .........................................................54
Quadro 17Umidade do lixo por região do município ...........................................................................54
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS
viii
Quadro 18Quadro comparativo por região do município.....................................................................55
Quadro 19Média geral dos componentes do RESUD por roteiro - % em peso ..................................59
Quadro 20Produção per capita de lixo em Florianópolis no ano de 1995...........................................65
Quadro 21Produção de RESUD..........................................................................................................67
Quadro 22Estimativa do aumento da população na alta temporada por roteiro .................................69
Quadro 23Estimativa da população por roteiro ...................................................................................70
Quadro 24Produção per capita de RESUD nos roteiros amostrados .................................................71
Quadro 25Agrupamentos dos roteiros amostrados por região............................................................73
Quadro 26Produção per capita de RESUD por região........................................................................73
Quadro 27Influência da coleta seletiva sobre a convencional.............................................................76
Quadro 28Coleta seletiva informal por região de Florianópolis ...........................................................78
Quadro 29Tipo de ocupação nas regiões dos roteiros amostrados ....................................................79
3
Quadro 30Situação sócio-econômica dos roteiros amostrados ..........................................................80
Quadro 31Estimativa do fluxo anual de turistas em Florianópolis .......................................................81
Quadro 32Fluxo diário de veículos na Via Expressa (BR 282) em Outubro de 2001..........................81
Quadro 33Movimentação diária de passageiros entre os municípios da região metropolitana de
Florianópolis........................................................................................................................82
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - ÍNDICE DE QUADROS
ix
Gráfico 01Composição do RESUD de florianópolis em 1988 .............................................................24
Gráfico 02Composição do RESUD de Florianópolis - média geral - % em peso................................43
Gráfico 03Composição do RESUD de Florianópolis - principais componentes - % em peso.............43
Gráfico 04Relação entre os diferentes tipos de plásticos - em percentagem - média geral ...............44
Gráfico 05Média mensal de lixo organico ...........................................................................................47
Gráfico 06Média mensal de papel.......................................................................................................47
Gráfico 07Média mensal de papelão...................................................................................................47
Gráfico 08Média mensal de vidro........................................................................................................48
Gráfico 09Média mensal de plástico duro ...........................................................................................48
Gráfico 10Média mensal de plástico mole...........................................................................................48
Gráfico 11Média mensal de lixo sanitário............................................................................................49
Gráfico 12Média mensal de alumínio ..................................................................................................49
Gráfico 13Média mensal de ferro ........................................................................................................49
Gráfico 14Média mensal de outros metais ..........................................................................................50
Gráfico 15Média mensal de lixo multicamadas...................................................................................50
Gráfico 16Média mensal de madeira...................................................................................................50
ÍNDICE DE GRÁFICOS
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS
x
Gráfico 17Média mensal de borracha .................................................................................................51
Gráfico 18Média mensal de lixo infectante..........................................................................................51
Gráfico 19Média mensal de lixo tecnológixo.......................................................................................51
Gráfico 20Média mensal de lixo textil e couro.....................................................................................52
Gráfico 21Média mensal de lixo tóxico................................................................................................52
Gráfico 22Média mensal de lixo inerte ................................................................................................52
Gráfico 23Média mensal de outros materiais ......................................................................................53
Gráfico 24Variação sazonal dos principais componentes analisados.................................................53
Gráfico 25Composição do lixo na região norte de Florianópolis .........................................................56
Gráfico 26Composição do lixo na região sul de Florianópolis ............................................................56
Gráfico 27Composição do lixo na região leste de Florianópolis .........................................................56
Gráfico 28Composição do lixo na região central de Florianópolis ......................................................56
Gráfico 29Composição do lixo na região continental de Florianópolis................................................56
Gráfico 30Organico - média geral por região do município - % em peso ...........................................57
Gráfico 31Papel - média geral por região do município - % em peso.................................................57
Gráfico 32Papelão - média geral por região do município - % em peso.............................................57
Gráfico 33Plástico mole - média geral por região do município - % em peso.....................................57
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - ÍNDICE DE GRÁFICOS
xi
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 34Plástico duro - média geral por região do município - % em peso .....................................57
Gráfico 35Vidro - média geral por região do município - % em peso..................................................58
Gráfico 36Lixo Sanitário - média geral por região do município - % em peso ....................................58
Gráfico 37Orgânico - média por roteiro - % em peso..........................................................................60
Gráfico 38Papel - média por roteiro - % em peso ...............................................................................60
Gráfico 39Papelão - média por roteiro - % em peso ...........................................................................60
Gráfico 40Plástico mole - média por roteiro - % em peso...................................................................61
Gráfico 41Plástico duro - média por roteiro - % em peso....................................................................61
Gráfico 42Lixo sanitário - média por roteiro - % em peso ...................................................................61
Gráfico 43Alumínio - média por roteiro - % em peso ..........................................................................62
Gráfico 44Ferro - média por roteiro - % em peso................................................................................62
xii
ÍNDICE DE FIGURAS
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS
Figura 01Abertura das sacolas ..........................................................................................................39
Figura 02Preparação da amostra 01 (100 l) ......................................................................................39
Figura 03Preparação da amostra 02 (5 l) ..........................................................................................39
Figura 04Homogeneização da amostra 02........................................................................................39
Figura 05Amostra 02 representativa..................................................................................................39
Figura 06Esteira de triagem e recipientes .........................................................................................39
Figura 07Triagem de materiais ..........................................................................................................40
Figura 08Pesagem dos componentes triados ...................................................................................40
Figura 09Auxiliares para pesagem ....................................................................................................40
Figura 10Preparação da amostra para laboratório ............................................................................40
Figura 11Redução do volume da amostra 02....................................................................................40
Figura 12Amostra 02 preparada para análise ...................................................................................41
Figura 13Amostra para análise de umidade ......................................................................................41
Figura 14Pesagem da amostra 03.....................................................................................................41
Figura 15Amostras na estufa .............................................................................................................41
Figura 16Retirada da amostra seca...................................................................................................41
xiii
ÍNDICE DE ANEXOS
Anexo 01Descrição dos componentes do RESUD e suas características ........................................88
Anexo 02Planilha de campo ..............................................................................................................89
Anexo 03Planilha de cronograma de perquisa ..................................................................................90
Anexo 04Planilha de cronograma de descarga .................................................................................91
Anexo 05Análise da influência em % peso, da coletaseletiva na coleta convencional .....................92
Anexo 06Resultado da pesquisa sobre a coleta seletiva informal.....................................................93
Anexo 07Planilha de acompanhamento dos roteiros ........................................................................96
Anexo 08Localização dos roteiros amostrados .................................................................................98
Anexo 09Mapa de localização do roteiro C3DN ................................................................................99
Anexo 10Mapa de localização do roteiro K5V .................................................................................100
Anexo 11Mapa de localização do roteiro K8V .................................................................................101
Anexo 12Mapa de localização do roteiro L4M.................................................................................102
Anexo 13Mapa de localização do roteiro N2M ................................................................................103
Anexo 14Mapa de localização do roteiro B3V .................................................................................104
Anexo 15Mapa de localização do roteiro C1DV ..............................................................................105
Anexo 16Mapa de localização do roteiro C4DN ..............................................................................106
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS
xiv
Anexo 17Mapa de localização do roteiro CS2M..............................................................................107
Anexo 18Mapa de localização do roteiro L5V .................................................................................108
Anexo 19Mapa de localização do roteiro L6M.................................................................................109
Anexo 20Mapa de localização do roteiro N5M.................................................................................110
Anexo 21Mapa de localização do roteiro N9M.................................................................................111
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS
xv
SIGLAS E ABREVIAÇÕES
ABNTAssociação Brasileira de Normas Técnicas
ASTEAssesoria Técnica da COMCAP
A.T.Alta Temporada
B.T.Baixa Temporada
CEMPRECompromisso Empresarial para Reciclagem
CEFET/SCCentro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina
CELESCCentrais Elétricas de Santa Catarina S.A.
CETESBCompanhia de Tecnologia e Saneamento de São Paulo
COMCAPCompanhia Melhoramentos da Capital
CTRESCentro de Transferência de Resíduos Sólidos de Florianópolis
DIEESEDepartamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos
DNERDepartamento Nacional de Estradas e Rodagem
DPCRDepartamento de Coleta de Resíduos Sólidos da COMCAP
DPENDepartamento de Engenharia da COMCAP
ENSEngenharia Sanitária Ambiental
IBGEInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS
xvi
IPTInstituto de Pesquisas Tecnológicas
IPUFInstituto de Planejamento Urbano de Florianópolis
PPCProdução per capita
RESUDConjunto dos Resíduos Sólidos Urbanos Domiciliares, Públicos e Comerciais de uma cidade
SMFSecretaria Municipal de Finanças
ttonelada
UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - SIGLAS E ABREVIAÇÕES
xvii
1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
1.1. INTRODUÇÃO
O crescimento acelerado da população e o uso de um modelo de industrialização que utiliza
a exploração dos recursos naturais para promover a sustentação das suas linhas de
produção de bens materiais são fatores determinantes na geração de resíduos sólidos. Hoje
em dia, o progresso significa produzir mais, induzindo assim, a um consumo cada vez maior
de bens materiais, que, ligados a conceitos de praticidade e facilidade, levaram a
mentalidade do descartável difundir-se rapidamente.
Segundo Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) realizada pelo IBGE em 2000,
são coletados atualmente no Brasil cerca de 228.413 toneladas de resíduos sólidos por dia ,
, sendo que 52,5% destes constituí-se de matéria orgânica (IPT, 2000). As quantidades de
resíduos gerados pelos brasileiros vêm aumentando anualmente, e variam, segundo a
mesma pesquisa, nas cidades com até 200 mil habitantes, entre 450 a 700 gramas por
pessoa. Já nas cidades com mais de 200 mil habitantes, essa quantidade aumenta para a
faixa entre 800 e 1.200 gramas por habitante/dia.
Paralelamente, sua composição também tem se alterado, trazendo novas dificuldades às
administrações. Estas variações ocorrem devido a três fatores básicos:
! nível de renda familiar, pois quanto maior o poder aquisitivo, maior o consumo e
produção de inorgânicos tais como embalagens;
! grau de industrialização dos alimentos que se caracteriza por uma maior quantidade de
embalagens e
! nível de consciência das pessoas sobre a disposição final dos materiais que geram.
Apesar da existência de inúmeras formas de tratamento e disposição final dos resíduos, no
Brasil, em número de municípios, os resultados levantados pela PNSB, 2000 não são
favoráveis pois 63,6% utilizam lixões e 32,2%, aterros adequados (13,8% sanitários e 18,4%
aterros controlados), sendo que 5% não informaram para onde vão seus resíduos.
Comparativamente, em 1989, a pesquisa PNSB mostrava que o percentual de municípios
que destinavam seus resíduos de forma adequada era de apenas 10,7%. Ainda segundo o
IBGE, 2000, os programas de coleta seletiva vem sendo implantados no país desde 1990, e
atualmente dos 5.507 municípios brasileiros, apenas 451 mantêm seus programas em
funcionamento (8,19%).
Em relação ao manejo de resíduos ainda na década de 90, o Brasil ao contrário de outros
países, tinha como principal preocupação, a eficiência na coleta do lixo e destinação final
sanitária adequada, levando em consideração apenas às conseqüências e não as causas
deste problema. Assim, uma das estratégias propostas atualmente, consiste em otimizar o
sistema de gestão através do desenvolvimento de projetos para caracterização de resíduos
possibilitando melhorias no setor, desde sua geração até sua disposição final.
Nesta direção, a Comcap aplicou-se na atualização dos dados através de nova pesquisa de
caracterização produzidos em Florianópolis, de maneira a ter subsídios para avaliar o
sistema de gerenciamento.
CAPÍTULO I
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS
18
1.2. OBJETIVOS DA PESQUISA
1.2.1. GERAL
! Caracterizar quantitativamente e qualitativamente os resíduos sólidos urbanos
domiciliares (RESUD) gerados no município de Florianópolis.
1.2.2. ESPECÍFICOS
! Relacionar os resultados da presente pesquisa com os obtidos nas pesquisas de
Caracterização de Resíduos Sólidos de Florianópolis, realizada em 1988, e de
produção per capita, realizada em 1995, ambas realizadas pela ENS/UFSC em parceria
com a COMCAP, para possíveis projeções no sistema de gestão;
! Subsidiar análises das mudanças ocorridas na geração dos RESUD em função de
padrões de vida e hábitos da população no município;
! Realizar a caracterização quantitativa dos RESUD no município (taxa de geração per
capita);
! Realizar a caracterização qualitativa dos RESUD recolhidos pela coleta convencional e
! Servir de ferramenta na otimização do sistema de gestão integrada do município.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO I
19
2. CONSIDERAÇÕES GERAIS
2.1. O MUNICÍPIO
Florianópolis cresce em média duas vezes mais do que o Brasil. Nos últimos 10 anos, a
Capital do Estado de Santa Catarina registrou um aumento populacional de 3,31% ao ano,
enquanto a média do índice no Brasil é de apenas 1,64%. A população atual é de 342.315
habitantes (IBGE, 2000), quase 100 mil há mais do que no início da década de 90, o que
indica a decorrente explosão na demanda dos serviços públicos.
O território da Capital é de 450 quilômetros quadrados, sendo que 97% da área fica na
parte insular e o restante na parte continental. A mancha de expansão e concentração
urbana foi demarcada no final da década de 90 pelo Instituto de Planejamento Urbano de
Florianópolis (IPUF). A intensificação é notória especialmente na porção continental, que
apesar do território ínfimo concentra 25% da população florianopolitana. Inclusive para
determinar-se visualmente o limite municipal é muito complicado, pois há um adensamento
homogêneo que ultrapassa os limites legais, formando áreas conurbadas.
O principal núcleo urbano, contudo, permanece sendo aquele da porção insular, a partir das
cabeceiras das pontes Hercílio Luz (sem tráfego), Pedro Ivo Campos e Colombo Salles.
Entre o mar e a montanha, espreme-se o centro urbano de Florianópolis, que sofre um
adensamento caracterizado pela verticalização massiva.
Nesta maior fração territorial - da Ilha de Santa Catarina - localizam-se as 43 belas praias,
que atraem grande fluxo turístico. Há um aumento significativo da população nos meses de
verão. Em conseqüência, a produção de lixo, que durante o ano fica em torno de 355 t/dia,
aumenta para 431 t/dia nos meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro.
Nas últimas décadas, o fenômeno turístico foi também um dos principais responsáveis pelo
quadro de expansão populacional. Além do fato de ser Capital do Estado e do Mercosul,
Florianópolis é considerada a melhor cidade em qualidade de vida do Brasil. Esta exposição
na mídia agregada à realidade de crescente êxodo rural no Estado e de migrações para
fora das metrópoles brasileiras causou o crescimento desenfreado também dos balneários,
favorecendo ainda mais as ocupações irregulares e exterminando, quase por completo as
áreas tradicionalmente agrícolas da Capital. Em decorrência, ocorreu o parcelamento da
pequena propriedade rural que existia no município e o surgimento de áreas carentes, como
nas encostas.
Hoje, contudo, cerca de 95% dos moradores da cidade beneficiam-se do sistema de coleta
de lixo convencional porta a porta, e o restante utiliza-se de lixeiras comunitárias, pois
moram em locais de difícil acesso aos caminhões coletores.
Os serviços de limpeza pública, tanto na área continental quanto insular, são de
responsabilidade da Companhia Melhoramentos da Capital (COMCAP), empresa de
economia mista cuja acionista majoritária é a Prefeitura Municipal de Florianópolis. A
quantidade de lixo coletado em Florianópolis, entre o lixo convencional e seletivo, fica em
torno de 10.500 t/mês, sendo 10 mil t/mês para a convencional e 500 t/mês para o seletivo
(soma da coleta formal feita pela PMF, por meio da COMCAP, e informal pelos catadores).
CAPÍTULO II
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS
20
A estrutura organizacional da Comcap é composta de três diretorias, cinco departamentos,
sendo dois nas áreas administrativas e três nas áreas operacionais. Trabalham
aproximadamente nas áreas de limpeza e coleta de lixo, 151 garis, 50 motoristas, 200
varredores, 210 na capinação e na raspagem de ruas, 50 na manutenção e 180 servidores
nos setores administrativos e técnicos.
Os tipos de resíduos coletados pela COMCAP são: doméstico, público, dos postos de saúde
e comercial.
Todo o lixo coletado em Florianópolis, é levado para Centro de Transferência de Resíduos
Sólidos (CTReS - localizado no antigo lixão do Itacorubi), para ser devidamente pesado e
conduzido a três destinos: centros de triagem, aterro sanitário de Biguaçu e aterro de
inertes.
No CTReS estão instalados 2 galpões de triagem do material da coleta seletiva e também a
Estação de Transbordo para transferência do lixo convencional para o aterro sanitário. O
aterro sanitário é de propriedade particular e encontra-se no município vizinho, Biguaçu,
distante aproximadamente 40 quilômetros do CTReS.
2.2. RESÍDUOS SÓLIDOS
A palavra lixo deriva do termo latim lix, que significa cinza, e segundo dicionário (Michaelis,
1987) é definida como sujeira, imundice, escória. Na linguagem técnica é sinônimo de
resíduos sólidos e é representado por materiais descartados pelas atividades humanas, os
quais podem ser reciclados e parcialmente utilizados, tendo entre outros benefícios,
proteção a saúde pública, economia de divisas e recursos naturais.
Em decorrência das mudanças ocorridas no panorama mundial em relação à
conscientização da necessidade de reaproveitamento desses resíduos, estes materiais
passaram a ser vistos com um valor econômico agregado.
Atualmente, os resíduos sólidos urbanos não se limitam mais a vida doméstica, englobando
também as atividades da cidade como as comerciais, as de varrição de praças e
logradouros.
Em função da origem, os resíduos sólidos podem ser classificados segundo IPT 2000, em:
! Domiciliares: Gerados nas residências e constituídos por restos de alimentos,
materiais potencialmente recicláveis, como metal, plástico, vidro, papéis em geral, além
de lixo sanitário e tóxico.
! Comerciais: Provenientes das atividades comerciais e de serviços, tais como
supermercados, bancos, lojas, bares e restaurantes.
! Público: Resíduos originados dos serviços de limpeza pública urbana, tais como
varrição de vias, praias, galerias, córregos e restos de podas de árvores e animais e
áreas de feiras livres.
! Serviços de Saúde e Hospitalar: Constituem-se em resíduos sépticos como agulhas,
seringas, gazes, órgãos e tecidos removidos, luvas, remédios com validade vencida e
materiais de raio-X. Os resíduos assépticos são semelhantes aos resíduos domiciliares
e devem ser coletados de forma segregada.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO II
21
! Portos e Terminais Rodoviários e Ferroviários: Constituídos basicamente por
materiais de higiene e asseio pessoal e restos de alimentos. Estes materiais podem
conter germes patogênicos provenientes de outras cidades, estados e países.
! Industrial: Este resíduo varia conforme a atividade da indústria, incluindo nesta
categoria a grande maioria do lixo considerado tóxico.
! Agrícola: Resultado das atividades pecuarista e agrícola, contém embalagens de
fertilizantes e defensivos agrícolas geralmente tóxicos.
! Entulho: Resíduos da construção civil, como materiais de demolição e restos de obras.
Geralmente são classificados como inertes, mas podem conter diversos tipos de
materiais que podem ser tóxicos (tintas, solventes, amianto).
Em função da periculosidade dos resíduos, os mesmos podem ser classificados segundo a
NBR n° 10.004 -ABNT 1997, em 3 categorias:
! Classe I - Perigosos, pois apresentam riscos à saúde e ao meio ambiente visto que
apresentam certas propriedades tais como corrosividade, inflamabilidade, reatividade,
toxidade e patogenicidade.
! Classe II - Resíduos não inertes, que não se enquadram nas classes I e III, mas que
podem conter propriedades como combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade
em água.
! Classe III - Resíduos inertes, cujos constituintes solubilizados não possuem
concentração inferior ao padrão de potabilidade de água.
Na presente pesquisa, realizaremos a caracterização do RESUD de Florianópolis, que inclui
os resíduos domiciliares, comerciais e públicos, coletados em conjunto pela coleta
convencional e classificados como Classe II.
2.3. CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
A gestão dos resíduos sólidos urbanos envolve diversas dificuldades, e muitas são geradas
pelo desconhecimento da natureza dos resíduos decorrentes do desenvolvimento urbano,
econômico e tecnológico.
A composição tanto qualitativa quanto quantitativa é variável e até certo ponto imprevisível
quando não há um controle sistemático da mesma, já que variam de local para local e
inclusive entre os diversos bairros de uma mesma cidade. Esta variação é função dos
diferentes hábitos e costumes da população, da atividade econômica dominante, dos
padrões de vida, do clima, das estações do ano e outras condições locais variáveis ao
decorrer dos anos.
De um modo geral, estas características podem ser físicas, químicas e biológicas e estão
diretamente relacionadas à composição do lixo.
Caracterizar os diversos componentes dos resíduos sólidos subsidia a elaboração de planos
de gestão que abrangem a expansão de serviços de coleta regular, a viabilidade de
implantação de coleta seletiva e compostagem, além de especificação de equipamentos e
definição de sistemas de eliminação. O quadro abaixo apresenta uma relação de
informações necessárias ao planejamento da gestão dos resíduos sólidos.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO II
22
O exame das características do lixo é um fator de equacionamento para uma solução
adequada de tratamento e destinação final dos mesmos. Estas análises de caracterização
podem ser físicas, químicas e biológicas, sendo que para esta pesquisa foi estudada apenas
a caracterização através de sua composição física, umidade, densidade específica aparente
e taxa de geração de resíduos por habitante.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO II
Quadro 01 - Informações necessárias para o gerenciamento do lixo municipal
.
Importância
Fundamental para o planejamento de todo o sistema de gerenciamento de
lixo, principalmente no dimensionamento de instalações
e equipamentos
Ponto de partida para estudos deaproveitamento das diversas frações,
inclusive, compostagem
Necessário para determinação dacapacidade volumétrica dos meios de
coleta, transporte, tratamento edisposição final
Para definição de tecnologia detratamento e equipamentos de coleta,
influenciando no poder calorífico,densidade e outros
Informa juntamente com a umidade,as propriedades de combustibilidade
dos resíduos
Avaliação para instalações deincineração
Estudos de formas de tratamento edisposição final, catalisadores e
inibidores de degradação.
Parâmetro
Taxa de geração porhabitante
(Kg/hab.dia)
Composição física
Densidade Aparente
Umidade
Teor de materiaiscombustíveis eincombustíveis
Poder Calorífico
Composição química
Teor deMatéria Orgânica
Descrição
Quantidade de lixo gerada por habitante num período de tempo especificado; refere-se aos volumes
efetivamente coletados e à população atendida
Porcentagens das várias frações dolixo, tais como: papel, papelão, matéria
orgânica, borracha e outros.
Relação entre a massa e o volume do lixo. É calculada para as
diversas fases dogerenciamento do lixo
Quantidade de água contidana massa do lixo
Material para incineração e materiais inertes
Quantidade de calor liberada nacombustão de 1 kg de lixo misto
Análises de N, P ,K, S, C, relação C/N,ph e sólidos voláteis
Quantidade de matéria orgânicacontida no lixo, incluindo não
putrescível (papel, papelão, etc.) eputrescível (verduras, etc.)
Estudos para utilização no processode compostagem e estágio deestabilização do lixo aterrado.
Fonte: Manual de Gerenciamento Integrado, IPT, 2000
23
2.3.1. CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE FLORIANÓPOLIS EM 1988.
No ano de 1988, a Universidade Federal de Santa Catarina através do seu Depto. de
Engenharia Sanitária em parceria com a COMCAP, desenvolveram a primeira
caracterização dos resíduos sólidos de Florianópolis, dando início à série histórica da
composição do lixo do município. A pesquisa utilizou a metodologia descrita por Ruocco Jr e
foi realizada durante 11 meses, em 8 roteiros de coleta amostrados mês a mês. Os
resultados são descritos no Gráfico abaixo:
2.3.2. CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS EM OUTROS MUNICÍPIOS BRASILEIROS
Com o objetivo de ilustrar o presente trabalho, a seguir apresentamos a composição dos
resíduos sólidos de algumas cidades brasileiras. É importante salientar que não está
apresentada a metodologia utilizada em cada município para obtenção dos referidos dados
e que nem sempre as frações analisadas são iguais em cada pesquisa.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO II
Gráfico 01 - Composição do RESUD de Florianópolis em 1988
25,01
6,89
2,14
6,74
1,953,35
0,36 1,15 2,58 0,14 0,19 0,49 0,08 0,19 0,009 1,40
47,33
Org
ânico
Plástico
Dur
o
Plástico
Mole
Papel
Papelão
Vidro
Ferro
Mat
erial n
ão fe
rroso
Mad
eira
Trap
o
Cou
ro
Louç
a
Borra
cha
Cer
âmica
Terra
e sim
ilare
s
Oss
os
Perda
s0
10
20
30
40
% 50
Fonte: BAASCH, SSN e Philipp, LS ENS/UFSC, 1988
Quadro 02 - Composição física dos resíduos sólidos da cidade de Botucatu - SP
74,11
7,61
8,37
1,99
3,53
0,32
1,84
0,82
1,35
COMPONENTE ( % )
Matéria Orgânica
Papel/Papelão
Plástico
Vidro
Alumínio
Outros
Aço
Téxteis e couro
Emb. longa vida
Faculdade de Ciências Agronômicas, Unesp, 1997
Quadro 03 - Caracterização de resíduossólidos domiciliares dos municípios de
Criciúma, Içara e Nova Veneza – SC
45,22
( % )
21,06
17,13
2,11
3,25
0,59
Matéria Orgânica
COMPONENTE
Papel/Papelão
Plástico
Vidro
Madeira
Borracha
Outros
Metal ferroso e não ferroso
Téxteis e couro 6,67
0,05
4,07
UNESC, 2000
24
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO II
Quadro 06 - Composição física do lixo urbano de origem comercial e residencial
da cidade de Vitória - ES
51,10
( % )
24,50
10,90
3,15
3,80
2,30
Matéria Orgânica
COMPONENTE
Papel/Papelão
Plástico
Vidro
Madeira, Borracha e couro
Outros
Téxteis
Metais
1,40
3,20
Universidade do Espírito Santo, 2001
( % )COMPONENTE
Quadro 04 - Composição característica média do lixo doméstico da cidade
de Rio de Janeiro - RJ
44,00
23,00
12,00
2,00
4,00
2,00
3,00
3,00
1,00
1,00
3,00
1,00
1,00
Matéria Orgânica
Papel/Papelão
Plástico
Vidro
Texteis
Metal ferroso
Emb. longa vida
Outros
Borracha e couro
Madeira
Inertes
Metais
Fralda
Fundacentro, 1993
Quadro 05 - Caracterização em peso úmidodos resíduos da cidade de Porto Alegre - RS
52,10
15,01
12,41
1,91
2,78
0,46
2,00
1,27
11,00
0,05
0,87
0,07
0,07
Matéria Orgânica
Papel/Papelão
Plástico
Vidro
Texteis e couro
Alumínio
Metal ferroso
Emb. longa vida
Outros
Borracha
Madeira
Louça
Outros Metais
COMPONENTE ( % )
DMLU, 1997 - Não Publicado
25
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO II
Quadro 07 - Síntese da caracterização dos RSU da região sul do PDRS, Janeiro a Março 2002
MUNICÍPIOS CATARINENSES - PERCENTUAL EM PESO (%)
BOMBINHASBALNEÁRIOCAMBORIÚ BLUMENAU SÃO JOSÉ NAVEGANTES ÁGUAS
MORNASSÃO JOÃOBATISTA
GASPAR RANCHOQUEIMADO
47,2 44,4 42,5 41,7 40,1 36,7 34,3 33,3 24,0
11,5 14,7 11,7 14,1 11,7 6,7 18,5 12,0 10,8
17,7 21,5 14,1 20,1 16,7 18,2
1,0
1,0
14,1 17,2 23,3
1,8 1,1 0,0 2,2 1,9 1,3 1,9 2,3
5,1 3,8 4,2 3,2 5,0 2,2 4,2 4,8 8,4
2,0 1,5 5,8 2,9 3,3 10,7 5,7 2,9
3,8 2,2 2,7 3,0 4,4 1,7 3,3 4,8 6,8
0,4 0,4 0,6 0,2 2,0 2,3 0,4 0,4
9,7 7,9 24,8 8,6 10,0 8,8 9,6 12,3 20,2
0,2 0,3 0,5 0,4 0,3 0,4 2,2 0,2 0,5
9,4 8,3 0,0 10,8 14,1 27,2 7,1 17,0 16,8
ITAJAÍ
50,3
13,2
14,6
1,3
2,5
2,7
2,1
0,1
5,8
0,5
11,4
1,3 0,9 1,9 18,0 2,5 0,6 4,8 2,1 2,7 3,2
Papel/Papelão
Plástico
Emb. Longa Vida
Vidro
Têxteis e Couro
Metais
Borracha
Inertes
Madeira
Sanitários
Outros Inertes
COMPONENTES
Orgânico
0,0
Fonte: Plano Diretor Regional de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos no Estado de Santa Catarina: Relatório Parcial R3. CODESC, BURGEAP, ENGEBIO. Florianópolis, 2002.
26
3. CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA DO RESUD
3.1. METODOLOGIA
A metodologia utilizada teve como base o método aplicado na Pesquisa de Caracterização
dos Resíduos Sólidos do Município de Florianópolis realizada em 1988, e a metodologia
para Caracterização de Resíduos Sólidos proposta pela CETESB,1997, sendo necessárias
algumas adaptações.
Decidiu-se, à exemplo da pesquisa de 1988, realizar a amostragem no período de um ano,
buscando conhecer as variações nas características dos RESUD gerados principalmente na
baixa e alta temporada. Esta pesquisa foi realizada no período de abril de 2001 a março de
2002, sob o aspecto qualitativo e quantitativo através de análises físicas. Análises químicas
e biológicas não foram realizadas devido à inexistência em Florianópolis de um laboratório
especializado em análise de resíduos sólidos.
Para melhor entendimento, a apresentação da metodologia foi dividida em etapas que serão
descritas no decorrer do trabalho.
ETAPA I - DETERMINAÇÃO DO UNIVERSO DE PESQUISA
Inicialmente, definiu-se que o município seria subdividido em cinco regiões, sendo uma na
área Continental da cidade, e as outras quatro na Ilha de Santa Catarina, dividida em
Centro, Norte, Sul e Leste. Utilizou-se o mesmo critério da Pesquisa de 1988 para divisão
do município, sendo que o principal fator de influência foi a posição geográfica. A seguir
serão apresentadas algumas características destas regiões, segundo informações obtidas
junto ao IPUF, Agenda 21 do município, e ainda no Guia Floripa.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS
CAPÍTULO III
Quadro 08 - Divisão do Município de Florianópolis em Regiões
ILHA DESANTA CATARINA
BAÍA SUL
BAÍA NORTE
OCEANOATLÂNTICO
LEGENDA
LESTE
CENTRO
CONTINENTE
SUL
NORTE
27
REGIÃO NORTE
A região Norte é caracterizada principalmente como sendo um pólo turístico, devido às suas
belas praias, recebendo durante os meses de verão, um fluxo de turistas superior à
população do município, devido ao fácil acesso à região, ao clima e à qualidade das praias e
temperatura da águas. A característica sócio-econômica desses turistas é
predominantemente de alta classe, que tem à sua disposição um grande número de hotéis,
restaurantes e clubes, aliados a inúmeros centros de prestação de serviços e de lazer.
Nas demais épocas do ano, essa região é ocupada por um número bem reduzido de
pessoas, comparado aos meses de verão, com características sócio-econômicas variáveis
entre os bairros que a compõe. A pesca, a agricultura a pecuária e o artesanato, ainda são
atividades presentes em algumas comunidades desta região.
É uma das regiões do município que apresentou uma alta taxa de crescimento populacional
na última década, devendo manter esta tendência face à disponibilidade de expansão e
adensamento, principalmente no Distrito de Ingleses e São João do Rio Vermelho.
! População: 48445 habitantes (IBGE, 2000)
! Total de Resíduos Coletados: 1351,53 t/mês (DPCR/Comcap, 2001)
REGIÃO SUL
A região Sul possui diversos atrativos naturais, possuindo uma grande quantidade de áreas
de preservação permanente, formadas por manguezais, dunas, e encostas de morros, além
de suas praias. Por isso, há comunidades em evolução turística que refletem
predominantemente uma ocupação populacional esparsa por núcleos de pescadores e
residências de baixa e média renda. Já em outras áreas da região, a população está
inserida no contexto sócio-econômico do setor terciário, ou seja, comércio e serviços em
geral. O fluxo turístico é de menor intensidade, comparado a região norte, devido
principalmente ao acesso do centro da cidade até a região sul. Porém há um fluxo de
turistas suficiente para alterar as atividades econômicas da região nos meses de verão.
Essas características dão à maioria dos bairros do Sul da Ilha, um aspecto bucólico.
Quanto ao nível de planejamento da região, há uma perspectiva de aprovação de um Plano
de Desenvolvimento da Planície Entremares abrangendo a região que vai do Porto da Lagoa
da Conceição ao Morro das Pedras, Carianos e Alto Ribeirão, totalizando cerca de 50 km² ,
que, se aprovado, deflagrará um processo intensivo de urbanização com forte impacto no
crescimento populacional nos próximos anos. Há também a possibilidade desse processo de
urbanização ocorrer na região do Pântano do Sul (IPUF, 2002).
! População: 53749 habitantes (IBGE, 2000)
! Total de Resíduos Coletados: 1191,95 t/mês (DPCR/Comcap, 2001)
REGIÃO LESTE
A região leste de Florianópolis devido as suas características naturais e culturais, promove
as atividades de pesca e de artesanato, bem como as turísticas, que juntas servem de base
para a economia da região. São suas belezas naturais, formadas por praias, lagoas, dunas e
morros, que atraem turistas e novos moradores. A região possui grande número de
restaurantes, pousadas, bares, mercados, lojas, bancos e outros serviços, que dão
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
28
autonomia para seus moradores e turistas. Há um forte incremento populacional nos meses
de verão, porém é constante a presença de turistas durante todo o ano, devido
principalmente as paisagens, restaurantes e bares da região. Como a população atual
divide-se entre nativos, compostos por pescadores, e os novos moradores, gerou-se
aglomerados populacionais com características sócio-econômicas que variam de classe
baixa a classe alta.
! População: 19280 habitantes (IBGE, 2000)
! Total de Resíduos Coletados : 762,80 t/mês (DPCR/Comcap, 2001)
REGIÃO CENTRAL
A região central abriga a maior densidade populacional do município, com a maior
concentração de construções verticalizadas e ocupação das encostas. É significativo o fluxo
constante de pessoas que vêm de outras regiões da cidade, bem como das cidades
vizinhas, principalmente para trabalhar, estudar, comprar e utilizar os serviços públicos
localizados nessa região. Nos meses de verão há um aumento considerável do número de
turistas na região, devido aos diversos pontos turísticos, ao turismo de negócios, às
convenções e aos centros de compras. A situação sócio-econômica da região é bem
variada, considerando-se as áreas ocupadas por favelas e as áreas ocupadas por edifícios
luxuosos. Há uma perspectiva mediata de incremento comercial na região, se viabilizados
três novos shoppings centers em fase de projeto, que certamente fomentarão o fluxo de
turistas e consumidores de outras regiões .
! População: 108698 habitantes (IBGE, 2000)
! Total de Resíduos Coletados : 2669,68 t/mês (DPCR/Comcap, 2001)
REGIÃO CONTINENTAL
Esta região possui características urbanas predominantemente residenciais, possuindo
algumas zonas comerciais. A característica sócio-econômica é predominantemente de
classe média, porém há bairros de classe muito baixa. A densidade populacional é alta e
pouco variável durante o ano, devido ao baixo fluxo de turistas. Além do comércio local, as
pessoas trabalham em algumas repartições públicas localizadas nessa região, porém um
grande número de pessoas desenvolve suas atividades econômicas na Ilha de Santa
Catarina, e em especial na região central.
A região continental é a fronteira imediata de adensamento populacional intra-urbano,
devido à saturação da região central e às potencialidades programadas pelo Plano Diretor.
Há previsão de expansão da zona comercial e implantação de um shopping center que
certamente incrementará o fluxo de turistas e consumidores da região.
! População: 88926 habitantes (IBGE, 2000)
! Total de Resíduos Coletados: 1803,47 t/mês (DPCR/Comcap, 2001)
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
29
ETAPA II - ESCOLHA DE ROTEIROS AMOSTRADOS
O recolhimento do RESUD é organizado na forma de roteiros de coleta. Cada roteiro
abrange uma região ou bairro da cidade, resultando assim, numa rota, com freqüência e
turnos pré definidos. Para efetuar o completo recolhimento do RESUD, freqüentemente são
necessárias mais de uma viagem em cada roteiro de coleta. Em função das características
da cidade, alguns roteiros, principalmente os dos balneários, sofrem uma alteração na
freqüência da coleta dos resíduos em função do aumento de produção de lixo na alta
temporada.
O município de Florianópolis possui 47 roteiros utilizados pela coleta convencional, dos
quais foram selecionados 18 para serem amostrados nesta pesquisa. O Quadro 10
apresenta a relação dos roteiros amostrados e suas respectivas regiões.
A seleção dos roteiros considerou os bairros pesquisados em 1988 (Quadro 09), bem como
critérios subjetivos de avaliação a partir da experiência prática do corpo técnico da
COMCAP.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Os critérios para seleção dos roteiros foram definidos a partir das atividades econômicas,
dos tipos de habitação, características das edificações, grau de ocupação do solo, poder
aquisitivo, costumes da população, regiões de praias e pólos turísticos. Estes aspectos
físicos, sociais, econômicos e ambientais foram adotados pois influenciam direta e
indiretamente a qualidade e quantidade de resíduos sólidos produzidos no município.
Os 18 roteiros selecionados foram divididos em fixos (06) e alternados (12). A freqüência
para análise dos roteiros fixos foi mensal, ou seja foram realizadas no total 12 amostras para
cada roteiro. Já para os alternados, as análises foram realizadas uma vez a cada três
meses, ou seja 04 amostras para cada roteiro. Portanto houveram 120 amostras no total.
Fonte: Philippi, L.S. e Silveira, S.S.B. ENS/ UFSC, 1988
ROTEIRO1988
Roteiro 1
Roteiro 5
Roteiro 7
Roteiro 8
Roteiro 14
Roteiro 15
Roteiro 24
Roteiro 16
QUANTIDADE DERESÍDUOS
COLETADOS (1987)
19 t/dia
13 t/dia
13 t/dia
18 t/dia
14 t/dia
19 t/dia
10 t/dia
10 t/dia
Diária - Noturna
Diária - Noturna
Diária - Diurna
Alternada - Noturna
Diária - Noturna
Alternada - Diurna
Diária - Noturna
Alternada - Diurna
.
.
.
.
.
.
.
.
ABRANGÊNCIA
Centro de Florianópolis
Bairros Prainha, Saco dos Limões, Pantanal e Trindade
Servidões
Bairros Saco Grande I e II, Daniela,Jurerê, Canasvieiras - SC 401
Bairros do Continente (Estreito)
Bairros Continente ( Coqueiros e Itaguaçu)
Mercado Público Municipal
Bairros Saco dos Limões (rua Itaguaçú), Rio Tavares,Campeche, Morro da Pedras, Armação, Pântano do Sul,
Ribeirão da Ilha, Barra do Sul, Tapera e Base Aérea
Quadro 09 - Roteiros amostrados na pesquisa de caracterização em 1988
FREQÜÊNCIA E TURNO DE
COLETA
30
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Fonte: DPCR/ COMCAP
Quadro 10 - Descrição dos roteiros amostrados em 2002
ROTEIROS FIXOS
ROTEIROS ALTERNADOS
01CB
CS2M
Rio Tavares
B3V
Armação
L4M
Campeche
K8V
K5V
L6M
C1DV
N5M
Caeira B.Sul
L5V
N9M
C4DN
ROTEIROS
ROTEIROS
C3DN
N2M
Rua do Ipês, Bairro Chico Mendes
Servidão Mauro Ramos, Agronômica e Trindade até o Morro da Penitenciária
Geral do Rio Tavares até Canto da Lagoa, Cachoeira do Rio Tavares,Costeira, Saco dos Limões (até Armazém Vieira)
Santa Mônica, Anchieta e Córrego Grande
Caminhão 1- Armação, Geral do Pântano do Sul, Açores e geral do Morrodas Pedras, Caminhão 2- Servidões
Canasvieiras
Barra da Lagoa
Todo Campeche
Capoeiras e Vila São João
Balneário Estreito e parte do Figueirense
Ruas centrais da Lagoa da Conceição, Rendeiras e Joaquina
Centro - Calçadão
Balneário dos Ingleses
Caeira da Barra Sul e rua geral a Tapera
Rio Vermelho (Muquém)
Sítio Capivari de Baixo, Muquém
.
.
.
.
ABRANGÊNCIA
ABRANGÊNCIA
Centro (região residencial - Av. Mauro Ramos)
Beira Mar (Hotel Baía Norte até rótula da Agronômica), Rua AlmiranteLamego, Bocaiúva, Heitor Luz, Frei caneca, Othon Gama D'eça, Arno
Hoeshel e Duarte Schutel.
Continente
Centro
Sul
Centro
Sul
Leste
Sul
Continente
Continente
Leste
Centro
Norte
Sul
Leste
Norte
Centro
REGIÃO
REGIÃO
Centro
Norte
Centro
31
* Para caracterização da região da Armação, amostrou-se em meses diferentes os dois roteiros daquela área.
.
ROTEIROS FIXOS
ALTA TEMPORADA
ALTA TEMPORADA
BAIXA TEMPORADA
BAIXA TEMPORADA
Quadro 11 - Planejamento das amostragens - mês de análise, freqüência e turno dos roteiros
Abril/01
Julho/01
Outubro/01
Janeiro/02
Maio/01
Agosto/01
Novembro/01
Fevereiro/02
MESESANÁLISADOS
abr/01 a mar/02
abr/01 a mar/02
abr/01 a mar/02
abr/01 a mar/02
abr/01 a mar/02
abr/01 a mar/02
Junho/01
Setembro/01
Dezembro/01
Março/02
HORA DE INÍCIO HORA DE INÍCIO
21:00 hs
7:00 hs
19:00 hs
19:00 hs
7:00 hs
7:00 hs
7:00 hs
7:00 hs
7:00 hs
21:00 hs
13:00 hs
7:00 hs
7:00 hs
15:00 hs
15:00 hs
15:00 hs
15:20 hs
15:00 hs
15:00 hs
21:00 hs
19:00 hs
7:00 hs
7:00 hs
21:00 hs
13:00 hs
7:00 hs
7:00 hs
7:00 hs
7:00 hs
7:00 hs
7:00 hs
7:00 hs
15:20 hs
15:00 hs
15:00 hs
15:00 hs
15:00 hs
15:00 hs
N2MD* e N2MDR
B3V
CS2M
01CB
Rio Tavares
Caeira B.S
N5MD
C1DV
Campeche
L6M
ROTEIRO
C3DN
K8V
L4MD
K5V
L5V
N9M
C4DN
Armação
3ª, 5ª e Sábado
3ª, 5ª e Sábado
.
.
DIAS
Domingo a 6ª
Domingo a 6ª
Domingo a 6ª
Domingo a 6ª
Domingo a 6ª
2ª a Sábado
2ª, 4ª e 6ª
2ª, 4ª e 6ª
2ªa 6ª
2ª, 4ª e 6ª
2ª, 4ª e 6ª
Sábado
3ª, 5ª e Sábado
3ª, 5ª e Sábado
3ª, 5ª e Sábado
2ª a Sábado
2ª a Sábado
3ª, 5ª e Sábado
3ª, 5ª e Sábado
3ª, 5ª e Sábado
3ª, 5ª e Sábado
3ª, 5ª e Sábado
DIAS
Domingo a 6ª f.
Domingo a 6ª
2ª, 4ª e 6ª f.
2ª, 4ª e 6ª
2ª, 4ª e 6ª
2ª, 4ª e 6ª
2ª, 4ª e 6ª
2ªa 6ª
2ª, 4ª e 6ª f.
2ª, 4ª e 6ª f.
Sábado
3ª, 5ª e Sábado
3ª, 5ª e Sábado
2ª a Sábado
ROTEIROS ALTERADOS
MÊSHORA DE INÍCIO HORA DE INÍCIO
ROTEIRO.DIASDIAS
Os roteiros K8V, em março; C3DN, em abril; Rio Tavares, em maio; não foram amostrados
conforme programação devido à falhas de comunicação, mas recuperados em outros
meses.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Conforme apresentado no Quadro abaixo, procurou-se distribuir os roteiros alternados de
forma que as amostragens de cada roteiro fossem realizadas em todas as épocas do ano.
32
ETAPA III - DEFINIÇÃO DOS PERÍODOS DE AMOSTRAGEM
As amostragens foram realizadas durante uma semana em cada mês. A primeira semana
escolhida para análise, foi definida de forma aleatória, e nos meses seguintes, buscou-se
alternar a semana de amostragem. Por exemplo: no mês de Março, analisou-se a 1ª
semana, em Abril a 2ª semana e assim por diante.
Para reduzir os prováveis riscos de analisar apenas uma parte do roteiro, alternou-se o
ponto de coleta da amostragem mensalmente, ou seja, quando o roteiro era composto por
mais de uma viagem, buscava-se analisar amostras de viagens diferentes.
ETAPA IV - DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES ANALISADOS
A relação dos componentes analisados foi baseada na pesquisa de 1988 e em critérios que
representassem as mudanças ocorridas neste intervalo de tempo no mercado de consumo,
dando assim, subsídios ao gerenciamento de resíduos. O contém a tabela
detalhando cada componente analisado na presente pesquisa e os componentes analisados
na pesquisa de 1988 comparados com a atual encontram-se no .
Os critérios para inclusão de componentes incluí o potencial de reciclagem, a toxidade, a
infectabilidade, quantidade e tipologia dos materiais. Após a definição dos componentes a
serem separados, confeccionou-se uma planilha de trabalho utilizada nas atividades
desenvolvidas em campo. Esta planilha de campo, era formada de colunas descrevendo o
tipo de material, peso, roteiro e outras observações ( )
Após o primeiro mês de análises, durante reunião de avaliação, a equipe coordenadora da
pesquisa decidiu pesquisar mais alguns componentes como sanitários e inertes, haja visto o
grande impacto no item "outros", para onde esses materiais eram encaminhados. Passou-se
também a analisar mais detalhadamente os tipos de plásticos. Assim, os dados analisados
no primeiro mês da pesquisa - Março de 2001, foram descartados e a pesquisa foi estendida
até Março de 2002.
Anexo 01
Quadro 13
Anexo 02
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Quadro 12 - Seqüência de coleta das amostras nos roteiros
Início Fim
1º Viagem
Amostra1º mês
2º Viagem
Amostra2º mês
3º Viagem
Amostra3º mês
33
Devido a grande variedade dos tipos de plásticos presentes no mercado, houve a
necessidade de conhecer o maior número possível desse material subdividindo-o em 14
tipos e separados entre duro e mole. Além disso, foram distintos quanto ao potencial para
reciclagem tais como: PET, PVC, PEAD, PEBD, PP e PS. Dos materiais não recicláveis,
cita-se os metalizados, por sua grande presença no mercado atual através da sua utilização
em embalagens de alimentos e ao potencial de impacto causado no meio. Os plásticos cuja
composição não foi possível identificar, incluíram-se no item "outros plásticos".
O isopor também ganhou destaque por ser um material até então não reciclável em nossa
região, e por ter uma grande utilização no comércio. Em relação as garrafas de água
mineral, as mesmas tornaram-se alvo de grande procura no mercado de reciclagem por
possuírem atualmente um valor econômico considerável.
Ao componente "Multicamada" é dado destaque, já que sua entrada no mercado de
consumo, mudou significativamente o setor de embalagens de leite, sucos, iogurtes, etc.
C o m o n ã o h a v i a e s t e t i p o d e m a t e r i a l e m 1 9 8 8 , p r o c u r o u - s e o b s e r v a r s u a
representatividade na composição atual do lixo.
O item metais foi segregado em ferro, alumínio e outros, devido ao grande valor econômico
do alumínio.
A inclusão do item tóxicos teve o intuito de estimar sua presença no total de resíduos, assim
como os materiais infectantes.
O lixo sanitário, com o passar do tempo, tornou-se mais diversificado tendo em vista o
aumento significativo no uso de absorventes higiênicos e principalmente o de fraldas
descartáveis. Buscou-se portanto, estimar a sua significância através da inclusão deste
item.
O item tecnológico, contém componentes que atualmente utilizam materiais diversos e de
d i f íc i l recuperação. Ass im, a t í tu lo de cur ios idade, procurou-se conhecer sua
representatividade no total de materiais analisados.
Os componentes restantes foram os mesmos caracterizados na Pesquisa realizada em
1988, quais sejam, orgânico, papel, papelão, vidro, madeira, têxteis/couro, louça e borracha.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
34
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Quadro 13 - Componentes analisados nas pesquisas de 1988 e 2001/02
Matéria Orgânica Resíduos Orgânicos
Papel Papel
Papelão Papelão
Plásticos Moles
Plá
stic
os
PEAD (2)
Plásticos Duros PVC (3)
Vidro PEBD (4) – colorido
Metal Ferroso PEBD (4) – transparente
Metal Não-Ferroso PP (5)
Madeira PS (6) - isopor
Trapo Sacos Metalizados
Couro Outros Moles
Louça PET (1)
Borracha PEAD (2)
Cerâmica PVC (3)
Terra e similares PEBD (4)
Osso PP (5)
Perdas PP (5) – garrafa azul
PS (6)
Outros Duros
Vidro
Multicamadas (Tetra Pak)
Alumínio
Ferro
Meta
is
Outros Metais
Inertes
Infectantes
Madeira
Têxtil, couro
Sanitário
Borracha
Tóxico
Tecnológico
Outros
COMPONENTES ANALISADOS EM 1988 COMPONENTES ANALISADOS EM 2001/02
Mole
sD
uro
s
35
ETAPA V - INFRA-ESTRUTURA
Para o desenvolvimento da pesquisa, houve a necessidade de preparar uma infra-estrutura
adequada para a realização da triagem, análise laboratorial e elaboração dos dados.
LOCAIS DE REALIZAÇÃO DA PESQUISA:
! Pesquisa de Campo: CTReS - Centro de Transferência dos Resíduos Sólidos de
Florianópolis;
! Análise da Umidade: Laboratório de Engenharia da COMCAP;
! Elaboração e tratamento de dados: Sede administrativa da COMCAP-ASTE.
EQUIPE PARA DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA:
! 4 estagiários (20 horas/semana);
! 4 auxiliares operacionais (uma semana por mês, 4 horas/dia).
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS:
a) Na Triagem CTReS/Comcap:
! 4 latões com volume de 100 litros cada;
! Esteira de separação;
! Balança;
! 30 recipientes de diversos tamanhos;
! 1 Pá;
! 1 Balde de 5 litros;
! Sacos plásticos de 5 litros;
! Luvas e máscaras;
b) No Laboratório DPEN/COMCAP:
! Luvas e máscaras;
! 1Facão;
! 2 Tesouras;
! Luvas e máscaras;
! Etiquetas;
! Estufa;
! Balança.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
36
ETAPA VI - PREPARAÇÃO DA AMOSTRAGEM
Após estabelecer o cronograma de amostragens (Anexo 3), o setor de coleta da COMCAP
foi mobilizado, instruído e inserido na operacionalização de forma a garantir a dinâmica
necessária ao sucesso da pesquisa. Essa operação abrange desde a saída dos veículos
coletores da garagem até a descarga do lixo coletado, em local pré-determinado. Esta
sistemática iniciava-se quando o cronograma de descarga de caminhões da semana
pesquisada era encaminhado ao chefe de coleta e deste para os fiscais de coleta, que
repassavam aos motoristas dos roteiros específicos a orientação necessária. Também se
entregava ao balanceiro a planilha de descarga, diminuindo as chances de falha de
comunicação. Nesta planilha ( ), era informado o código do roteiro a ser analisado,
com as respectivas datas e o número da viagem, bem como o nome do fiscal responsável.
No local de realização da pesquisa de campo, o CTReS, o gerente também recebia o
cronograma, o qual informava com antecedência ao balanceiro e manobrista, os dias e
turnos de descarga dos veículos coletores dos roteiros analisados. A partir daí, o gerente
providenciava os operários auxiliares dos estagiários.
A parte operacional pode ser considerada a mais trabalhosa, pois além de contar com a
participação de várias pessoas, existe a necessidade de garantir o entendimento quanto à
comunicação entre elas.
ETAPA VII - PESQUISA DE CAMPO
No CTReS, os veículos coletores eram recebidos e após sua pesagem eram encaminhados
até a plataforma de descarga da Estação de Transbordo para dispor os resíduos em um
monte para amostragem. O método de quarteamento, descrito no item a seguir, foi utilizado
para a preparação das amostras representativas de cada roteiro. Após esta etapa, as
amostras eram encaminhadas através de um veículo (Tobata) para o Galpão de Triagem da
Coleta Seletiva, onde eram separadas em função dos componentes escolhidos. No galpão
havia à disposição da pesquisa uma esteira para triagem do lixo, uma mesa para separação
dos plásticos, uma balança, e recipientes para efetuar a separação. O procedimento
metodológico para as amostragens será detalhado a seguir.
ETAPA VIII - PROCEDIMENTO DE AMOSTRAGEM DA COMPOSIÇÃO FÍSICA
a) Após descarga do material, iniciava-se o procedimento de quarteamento, ou seja, em 4
pontos distintos da base do monte os operários rasgam as sacolas que acondicionam o lixo,
formando 4 montes menores. Com o auxílio de uma pá ou garfo cada monte é misturado
deixando os resíduos mais homogêneos possível;
b) Assim, duas amostras eram formadas. A amostra 1 utilizava-se para segregação e
quantificação dos materiais, e era formada por 400 litros de resíduos, sendo esse valor a
soma de 4 recipientes de 100 litros. Cada recipiente era utilizado para retirar os resíduos de
um determinado monte preparado na etapa anterior. Já a amostra 2, destinava-se às
análises de laboratório, e era obtida através da retirada de 5 litros de cada monte preparado
na primeira etapa, seguida de homogeneização desses quatro montes e posterior
quarteamento do monte formado. Assim formava-se uma única amostra representativa com
5 litros em média;
Anexo 4
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
37
c) Para posterior obtenção da densidade aparente pesava-se os resíduos, contidos nos 4
recipientes de 100 litros, que formavam a amostra 1;
d) O conteúdo dos quatro recipientes era colocado na esteira dando início a triagem dos
materiais realizada por 2 estagiários com o auxílio de 4 operários.;
e) A fração de plásticos era transferida para outra mesa de triagem, onde realizava-se a
separação dos mesmos em função das suas características. Após a triagem completa,
pesava-se cada tipo de material e anotava-se na planilha de campo ( );
f) Realização do cálculo da densidade aparente através da fórmula:
Anexo 2
Fonte: Lixo Municipal, Manual de Gerenciamento Integrado / IPT
g) Na semana seguinte à amostragem, os dados da planilha eram digitados no banco de
dados para posterior tratamento dos mesmos e definição do percentual dos resíduos em
relação ao total.
ETAPA IX - PROCEDIMENTO DE AMOSTRAGEM PARA ANÁLISES DE UMIDADE
a) Seguindo paralelamente ao procedimento anterior, um estagiário dispunha a amostra 2
numa mesa e com auxílio de machadinha ou tesoura reduzia um pouco o volume da
amostra para ser novamente quarteada. Com isto, juntava-se 2 partes opostas e procedia-se
assim repetidamente, até obter um volume entre 1,0 e 2,0 litros;
b) Este material que constitui a amostra 3 é posteriormente embalada, etiquetada enviada
ao laboratório para a realização da análise de umidade
c) No laboratório amostra 3 era colocada numa forma de alumínio previamente etiquetada e
pesada. A amostra 3 era então pesada e anotado seu valor na planilha utilizada e em
seguida levada á estufa.
d) A estufa era previamente aquecida na temperatura de 95ºC (+/-5) e a amostra 3 ficava
retida até obter um peso constante. Essa observação foi feita diariamente e quando o peso
tornou-se constante, este valor era anotado na planilha;
e) A umidade foi obtida através da fórmula:
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
onde:r - Densidade Específica Aparente (Kg/m³)V - Volume (m³)m - Massa (Kg)
Vm=r
a - baUmidade (%) =
onde:a - peso da amostra antes da secagemb - peso da amostra após a secagem
( ).100
38
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Figura 01 - Abertura das sacolas Figura 02 - Preparação da Amostra 01 ( 100 l)
Figura 03 - Preparação da amostra 02 (5 l) Figura 04 - Homogeneização da amostra 02
Figura 06 - Esteira de triagem e recipientesFigura 05 - Amostra 02 representativa
39
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Figura 07 - Triagem de materiais Figura 08 - Pesagem dos componentes triados
Figura 09 - Auxiliares para pesagem
Figura 10 - Preparação amostra para laboratório
Figura 11 - Redução do volume da amostra 02
40
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Figura 12 - Amostra 02 preparada para análise
Figura 13 - Amostra para análise de umidade
Figura 14 - Pesagem da Amostra 03
Figura 15 - Amostras na estufa Figura 16 - Retirada da amostra seca
41
3.2. METODOLOGIA DE TRATAMENTO ESTATÍSTICO DOS DADOS
Análises estatísticas possibilitam conhecer os intervalos de confiança para as estimativas
das médias resultantes de métodos de caracterização realizados nesse trabalho. O intervalo
de confiança significa a faixa de valores, tendo a média estimada como valor central, que
com um determinado nível de confiança está incluída a média verdadeira. Nesse trabalho foi
adotado um nível de confiança de 95%. Em outras palavras, pode-se afirmar com 95% de
confiança que a média verdadeira estará dentro da faixa de valores obtida.
Em consulta ao Guia para a Expressão da Incerteza de Medição, constatou-se que o cálculo
do intervalo de confiança é feito a partir do número de amostras (n), utilizadas para a
estimativa da média (xm), do desvio padrão (dp), que é o valor que representa a dispersão
dos dados obtidos das amostras, e do valor t da distribuição t de Student para 95% de
confiança (t95%).
A formula para obter o intervalo de confiança está apresentada abaixo:
Nesse trabalho, análises estatísticas foram realizadas com os dados de três formas distintas
de apresentação dos resultados da caracterização, a saber:
1) Média mensal total para cada componente
2) Média total por roteiro para cada componente
3) Média total por região para cada componente
As análises estatísticas possuem diversas funções. A principal é garantir a confiabilidade
dos resultados. Outra função muito importante é possibilitar avaliações na metodologia
utilizada na caracterização, como: número de amostras, definição de roteiros, procedimentos e
materiais utilizados para o levantamento dos dados, periodicidade de avaliação, definição dos
componentes. Além disso, esse tipo de análise permite conhecer a própria natureza do sistema
caracterizado. Por exemplo, nas análises estatísticas realizadas com as médias mensais totais
por componente, o intervalo de confiança, além de "erros" inerentes aos métodos e materiais
utilizados, mostra uma variação da quantidade de um certo componente, entre os diferentes
roteiros, para um determinado mês. Um outro exemplo é quando analisamos a média total por
roteiro, que mostra a variação da quantidade do componente ao longo dos meses.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
xm - t * dp = xm = xm + t * dp95% 95%
42
3.3. RESULTADOS DA CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DO RESUD
Os resultados obtidos na pesquisa serão apresentados à seguir e estão organizados da
seguinte forma:
! Síntese dos Resultados;
! Resultados por Período;
! Resultados por Região;
! Resultados por Roteiro.
3.3.1. SÍNTESE DOS RESULTADOS
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Gráfico 03 - Principais componentes do RESUD de Florianópolis - média geral - % em peso
Plástico Duro
Plástico Mole
Papel
Sanitários
Vidro
Texteis e Couro
Papelão
Metais
Outros
Orgânico
46%
5%10%
11%
9%
4%
4%
3%
3%5%
Gráfico 02 - Composição do RESUD de Florianópolis - média geral - % em peso
9,94
4,98
10,93
3,29 4,10 3,68
8,87
1,96 1,890,94 0,90 0,76 0,56 0,35 0,35 0,06 0,05 0,02
% 50
45
40
35
30
25
20
15
10
05
00
46,35
Org
ânico
Plástico
Dur
o
Plástico
Mole
Papel
Papelão
Vidro
Texteis e
Cou
ros
Sanitá
rios
Ferro
Out
ros
Multic
amad
a
Mad
eira
s
Iner
tes
Alum
ínio
Borra
cha
Tóxicos
Tecn
ológ
ico
Out
ros M
etais
Infe
ctan
te
Quadro 14 - Umidade e Densidade Aparente do RESUD de Florianópolis - média geral
UMIDADE
55 %
DENSIDADE APARENTE
131,00 Kg/m³
43
3.3.1.1. COMENTÁRIOS SOBRE A SÍNTESE DOS RESULTADOS
Observa-se na composição gravimétrica que a fração orgânica é a mais significativa, como
nas demais cidades brasileiras ou seja 46,35 %. Este valor está pouco abaixo da média
nacional que é de 52,5 % (IPT, 2000). A grande quantidade de resíduos orgânicos que ainda
vem sendo recolhida de forma misturada pela coleta convencional, propicia a ocorrência dos
principais impactos ambientais a serem minimizados no aterro sanitário. A matéria orgânica
em meio anaeróbio gera líquidos e gases ácidos, que juntamente com a água que percola
pelo aterro vai carreando os compostos tóxicos, como metais pesados, presentes em
embalagens plásticas, papeis, pilhas, e etc. Assim, esse líquido poluente se não tratado,
pode facilmente contaminar as águas superficiais e subterrâneas. Outros impactos
relacionados aos resíduos orgânicos são a proliferação de vetores de doenças e o mau
cheiro.
Os plásticos representam a segunda parcela mais significativa, ou seja, 14,92 % dos
resíduos recolhidos na cidade e destinados ao aterro sanitário. Este resultado é semelhante
à composição do RESUD de outras cidades brasileiras, em especial aos resultados
encontrados em pesquisas mais recentes. A grande maioria do item plásticos é constituído
por embalagens, como sacolas, garrafas de refrigerante, etc. Dentre os tipos de plásticos
destacam-se entre os moles, o PEAD, que representa 38,27 % do total de plásticos, e o
PEBD, que representa 17,92 %, sendo o primeiro ítem composto principalmente por sacolas
plásticas, e o segundo por embalagens de produtos alimentícios. Entre os plásticos duros
destacam-se o PET, que representa 9,66 %, do total de plásticos e o PEAD, que representa
5,75 %, sendo o primeiro ítem composto principalmente por embalagem de refrigerante, e o
segundo por embalagens de produtos de limpeza.
Acredita-se que o resultado obtido para os componentes papel e papelão, 14,22 %, seria
mais alto caso não houvesse as coletas seletiva formais e informais, principalmente a dos
catadores, evitando assim que esses resíduos sejam recolhidos pela coleta convencional. O
mesmo pode ser dito em relação ao alumínio, que representa somente 0,56 % do RESUD
de Florianópolis.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Gráfico 04 - Relação entre os diferentes tipos de plásticos - em percentagem peso - média geral
1,53
10,567,36
3,661,48 2,20 1,51
% 40
35
30
25
20
15
10
05
00
38,27
PEAD
PEBD C
olor
ido
PVC
PEBD T
rans
pare
nte
PP
PS Isop
or
Met
alizad
o
Out
ros
PET
PEADPVC
PEBD PP
PP Gar
rafa
azu
lPS
Out
ros
9,66
5,75
0,89 0,232,68 3,44 3,51
7,25
Plástico Mole
Plástico Duro
44
O ítem "sanitários", composto por fraldas descartáveis, papel higiênico, papel toalha, e
absorventes, representa uma fração considerável do RESUD de Florianópolis, 8,87 %,
sendo este ítem pouco usual em pesquisas de caracterização do RESUD.
O baixo valor obtido do componente "infectantes" no RESUD, 0,02 %, pode ser um indicador
de eficiência da coleta dos resíduos dos serviços de saúde realizada em Florianópolis.
O ítem "tóxicos", constituído principalmente por pilhas, aerossóis, embalagens de remédios
e tintas, representam pouco em percentagem peso, porém possuem um potencial relevante
de contaminação da massa do RESUD, o que poderá acarretar danos ao meio ambiente.
O valor da densidade aparente, 131 Kg/m³, é um valor muito baixo devido ao grande volume
que atualmente o RESUD ocupam, que é conseqüência da expressiva quantidade de
embalagens descartáveis encontradas no lixo, em especial as embalagens de plástico
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
45
3.3.2. RESULTADOS POR PERÍODO
3.3.2.1. QUADRO GERAL
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Quadro 15 - Média mensal dos componentes - % em peso
COMPONENTES Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/01 Fev/01 Mar/01
44,28 47,65 49,22 50,62 48,12 45,02 47,28 45,05 44,45 42,46 45,90 45,57
5,95 4,21 4,26 3,69 4,15 4,86 3,90 4,82 6,17 5,90 5,64 6,41
8,28 8,95 9,85 9,47 9,49 9,90 10,42 9,95 10,42 12,35 9,91 10,64
8,53 9,43 12,98 10,00 10,68 12,80 12,23 12,20 8,87 11,64 11,99 10,28
1,12 10,49 7,98 12,69 10,71 10,26 9,50 7,22 9,12 7,64 10,38 7,70
4,19 4,34 4,03 4,28 5,24 3,61 3,53 3,56 4,00 4,42 2,71 5,57
4,77 2,11 3,13 1,47 3,12 2,61 3,38 3,71 3,46 4,49 3,23 4,17
3,25 4,06 2,85 2,75 3,36 2,38 2,82 6,30 5,76 3,44 4,38 2,29
2,69 2,70 1,79 1,82 1,80 2,25 1,22 1,85 2,29 2,37 1,57 1,51
0,14 0,22 0,14 0,19 0,21 0,25 1,07 0,31 0,24 0,19 0,15 0,95
1,10 1,03 0,86 0,90 1,12 1,16 1,18 0,81 0,63 0,85 0,78 0,92
0,39 1,81 0,45 0,39 0,65 2,30 0,67 0,95 0,76 0,00 0,08 0,82
13,36 0,79 0,55 0,51 0,38 1,13 0,89 1,66 1,04 0,66 1,37 1,21
0,62 0,46 0,46 0,76 0,40 0,42 0,59 0,38 0,48 1,17 0,41 0,67
0,69 1,03 1,30 0,20 0,41 0,30 0,85 0,96 1,77 1,35 0,88 0,96
0,63 0,41 0,08 0,25 0,09 0,65 0,25 0,24 0,12 0,95 0,35 0,33
0,00 0,16 0,02 0,01 0,01 0,02 0,12 0,01 0,15 0,02 0,19 0,00
0,00 0,01 0,00 0,00 0,05 0,04 0,06 0,00 0,02 0,00 0,09 0,00
0,00 0,14 0,05 0,00 0,00 0,04 0,05 0,01 0,24 0,09 0,01 0,00
Orgânico
Plástico duro
Papel
Sanitários
Vidro
Papelão
Texteis e Couro
Ferro
Tóxicos
Multicamada
Inertes
Outros
Alumínio
Madeira
Borracha
Tecnológico
Infectante
Outros metais
Plástico Mole
46
3.3.2.2. VARIAÇÃO MENSAL DOS COMPONENTES ANALISADOS
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Gráfico 06 - Média mensal de papel
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
% 20
8,539,43
10,0010,68
12,8012,23 12,20
8,87
11,64 11,99
10,28
12,98
Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
Gráfico 07 - Média mensal de papelão
4,77
2,11
3,13
1,47
3,12
2,61
3,383,71
3,46
4,49
3,23
4,17
0
1
2
3
4
5
% 6
Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
Gráfico 05 - Média mensal de lixo orgânico
44,2847,65
49,22 50,6248,12
45,0247,28
45,05 44,4542,46
45,90 45,57
0
10
20
30
40
50
% 60
Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
47
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Gráfico 09 - Média mensal de plástico duro
5,95
4,21 4,263,69
4,154,86
3,90
4,82
6,175,00
5,64
6,41
0
1
2
5
6
8
% 10
Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
9
7
4
3
Gráfico 08 - Média mensal de vidro
4,19 4,344,03
4,28
5,24
3,61 3,53 3,56
4,00
4,42
2,71
5,57
0
1
2
3
4
5
6
% 7
Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
Gráfico 10 - Média mensal de plástico mole
8,288,95
9,47 9,49 9,9010,42
9,95 10,42
12,35
9,9110,64
0
3
6
9
12
% 15
Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
9,85
48
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Gráfico 11 - Média mensal de lixo sanitário
1,12
10,49
7,98
12,69
10,71 10,269,50
7,22
9,12
7,64
10,38
7,70
0
3
6
9
12
% 15
Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
Gráfico 12 - Média mensal de alumínio
% 2
1
0Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
0,62
0,46 0,46
0,76
0,40 0,42
0,59
0,380,48
1,17
0,41
0,67
2,69 2,70
1,79 1,82 1,80
2,25
1,22
1,85
2,29 2,37
1,57 1,51
0
1
2
3
4
% 5
Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
Gráfico 13 - Média mensal de ferro
49
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Gráfico 14 - Média mensal de outros metais
% 1
0Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
0,00
0,14
0,050,00 0,00
0,04 0,050,01
0,24
0,09
0,01 0,00
1,101,03
0,86 0,90
1,121,16 1,18
0,81
0,63
0,850,78
0,92
0
1
% 2
Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
Gráfico 15 - Média mensal de lixo multicamada
Gráfico 16 - Média mensal de madeira
% 3
0Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
0,69
1,03
1,30
0,20
0,410,30
0,850,96
1,77
1,351,35
0,880,880,960,96
22
11
50
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Gráfico 17 - Média mensal de borracha
0
1
% 2
Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
0,63
0,41
0,08
0,25
0,09
0,65
0,25 0,240,12
0,95
0,35 0,33
Gráfico 18 - Média mensal do lixo infectante
Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
0,00 0,010,00 0,00
0,05
0,04
0,06
0,00
0,02
0,00
0,09
0,00
0,00
0,05
% 0,10
Gráfico 19 - Média mensal de lixo tecnológico
0
% 1
Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
0,00
0,16
0,02 0,01 0,01 0,02
0,12
0,01
0,15
0,02
0,19
0,00
51
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Gráfico 21 - Média mensal de lixo tóxico
0,140,22
0,140,19 0,21 0,25
1,07
0,310,24
0,190,15
0,95
% 1,4
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
Gráfico 22 - Média mensal de lixo inerte
0,39
1,81
0,45 0,390,65
2,30
0,67
0,950,76
0,00 0,08
0,82
Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/020
1
2
% 3
Gráfico 20 - Média mensal de lixo têxtil e couro
Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/020
1
2
3
4
5
6
7
% 8
3,25
4,06
2,85 2,753,36
2,382,82
6,305,76
3,44
4,38
2,29
52
3.3.2.3. COMENTÁRIOS SOBRE OS RESULTADOS POR PERÍODO
Dentre os principais itens analisados (orgânicos, plásticos moles, plásticos duros, papel,
papelão, têxteis e couro, sanitários, vidros e metais), poucos possuem uma variação
expressiva, em percentagem peso, no decorrer do ano. Isso é confirmado no gráfico da
variação entre a baixa e alta temporada.
O item orgânico possui maiores valores em percentagem peso nos meses mais frios,
acredita-se que devido ao maior consumo de alimentos nessa época do ano.
Já com os plásticos duros verifica-se um aumento nos meses quentes (4,45 % na baixa
temporada e 6,03 % na alta temporada) devido ao aumento no descarte de embalagens de
bebidas, em especial refrigerantes e água mineral.
O mesmo acontece com o alumínio, que em janeiro possui um grande aumento (média
anual com 0,56% e janeiro com 1,17 %) devido ao descarte de embalagens de refrigerantes,
cervejas e sucos enlatados. Deve-se porém considerar que estes valores são baixos em
função da ação dos catadores, que recolhem esse material pelo seu alto valor de mercado.
O item papelão tem um leve aumento na alta temporada, provavelmente em função do maior
movimento no comércio da cidade para atendimento das festas de final de ano e dos
turistas, apesar da forte atuação dos catadores
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Gráfico 23 - Média mensal de outros materiais
0
2
4
6
8
10
12
14
% 16
Abr/01 Mai/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02
13,36
0,79 0,55 0,51 0,381,13 0,89
1,661,04 0,66
1,37 1,21
Gráfico 24 - Variação sazonal dos principais componentes analisados
44,67
6,034,02
8,77
4,15 2,674,473,80
10,6510,77
5,692,544,08
8,76
3,513,03
11,099,53
4,45
47,32
0
10
20
30
40
% 50
Org
ânico
Plástico
Dur
o
Plástico
Mole
Papel
Papelão
Vidro
Sanitá
rio
Texte
is e
Cou
ro
Met
ais
Out
ros
Baixa Temporada
Alta Temporada
53
Os gráficos da fração “sanitários” e “outros”, no mês de abril apresentam-se fora da média
dos demais meses, em função de que neste mês, os materiais sanitários eram
encaminhados à fração “outros”.
3.3.3. RESULTADOS POR REGIÃO DO MUNICÍPIO
3.3.3.1. DENSIDADE APARENTE
A densidade aparente do lixo foi menor na alta temporada em quase todas as regiões, ou
seja, o lixo ocupa um maior volume, "está mais leve", nos meses de dezembro a março. Isto
se deve possivelmente à grande presença de embalagens descartáveis de refrigerantes e
água (PET e PP).
3.3.3.2. UMIDADE
Podemos observar uma variação significativa entre os valores da umidade em todas as
regiões amostradas entre a baixa e alta temporada, sendo que em todos os casos os
valores foram maiores na baixa temporada, ou seja o percentual de umidade é maior nos
meses de abril a novembro. Isto pode ser explicado pela maior quantidade de resíduos
orgânicos presentes no lixo nestes meses e/ou pela menor perda de umidade dos RESUD
quando o ambiente possui temperaturas mais baixas.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Baixa Temporada 120 145138
136
131
Alta Temporada 109 131122
141
124
Média 116 140132 138128
3Quadro 16 - Densidade Aparente do lixo por região do município (kg/m )
NORTE SUL LESTE
REGIÃO
CENTRO CONTINENTE
Baixa Temporada
Alta Temporada
Média
63 5553 5964
51 4551 3648
59 5553 5964
Quadro 17 - Umidade do lixo por região do município (%)
NORTE SUL LESTE
REGIÃO
CENTRO CONTINENTE
54
3.3.3.3. DADOS MÉDIOS DOS COMPONENTES ANALISADOS
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Plástico Mole
Plástico Duro
Papel
Papelão
Vidro
Têxteis e Couro
Sanitários
Ferro
Outros
Multicamada
Madeira
Inertes
Alumínio
Borracha
Tóxicos
Tecnológico
Outros metais
Infectante
10,31
5,56
10,42
3,08
5,50
2,74
7,85
1,61
1,05
0,79
0,54
0,95
0,57
0,46
0,12
0,01
0,06
0,00
10,59
5,28
10,60
2,68
4,38
2,91
10,40
2,41
3,73
1,21
0,78
0,39
0,66
0,34
0,20
0,01
0,06
0,02
10,26
4,42
11,25
4,07
4,62
3,58
7,84
1,72
1,77
1,04
0,90
0,37
0,64
0,29
0,52
0,07
0,02
0,03
10,51
5,00
12,73
3,26
4,29
2,12
10,76
1,64
0,81
0,94
0,54
1,06
0,70
0,16
0,70
0,08
0,01
0,06
8,55
4,79
9,84
3,42
2,41
6,22
7,56
2,29
1,94
0,74
1,53
0,96
0,32
0,48
0,22
0,13
0,10
0,01
Quadro 18 - Quadro Comparativo por Região do Município (%)
COMPONENTESNORTE SUL LESTE
REGIÃO
CENTRO CONTINENTE
Orgânico 48,38 43,35 46,58 44,64 48,50
55
3.3.3.4. COMPONENTES DO RESUD - RESULTADOS POR REGIÃO DO MUNICÍPIO
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Legenda
Plástico Duro
Plástico Mole
Papel
Sanitários
Vidro
Texteis e Couro
Papelão
Metais
Outros
Orgânico
Gráfico 27 - região Leste
47%
4%10%
11%
4%
4%
5%
8%
2%5%
48%
6%10%
10%
2%3%
3%
6%
8%
4%
Gráfico 25 - região Norte Gráfico 26 - região Sul
43%
11%
11%
3%
3%
4%
10%
3%
5%
7%
Gráfico 29 - região Continental
48%
5%9%
10%
2%
3%
8%
6%
3%6%
Gráfico 28 - região Central
45%
5%11%
13%
2%
3%
4%
11%
2% 4%
56
3.3.3.5. VARIAÇÃO DOS PRINCIPAIS COMPONENTES AMOSTRADOS POR REGIÃO DO MUNICÍPIO
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Gráfico 31 - Papel - média geral por região - % em peso
10,42 10,6011,25
12,73
9,84
0
2
4
6
8
10
12
% 14
Norte Sul Leste Centro Continente
Gráfico 33 - Plástico mole - média geral por região - % em peso
10,31 10,59 10,26 10,51
8,55
0
2
4
6
8
10
% 12
Norte Sul Leste Centro Continente
Gráfico 30 - Orgânico - média geral por região - % em peso
48,38
43,35
46,58
44,64
48,50
40
41
42
43
44
45
46
47
48
% 49
Norte Sul Leste Centro Continente
Gráfico 32 - Papelão - média geral por região - % em peso
3,082,68
4,07
3,26 3,42
0
1
2
3
4
% 5
Norte Sul Leste Centro Continente
Gráfico 34 - Plástico duro - média geral por região - % em peso
5,565,28
4,425,00 4,79
0
1
2
3
4
5
% 6
Norte Sul Leste Centro Continente
57
3.3.3.6. COMENTÁRIOS SOBRE OS RESULTADOS POR REGIÃO DO MUNICIPIO
A variação da composição física do RESUD entre as regiões, de modo geral é pouco
significativa. As diferenças porém são mais significativas entre os roteiros, como pode ser
verificado a seguir.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Gráfico 36 - lixo sanitário - média geral por região - % em peso
7,85
10,40
7,84
10,76
7,56
0
2
5
6
8
10
% 12
Norte Sul Leste Centro Continente
Gráfico 35 - Vidro - média geral por região - % em peso
5,50
4,384,62
4,29
2,41
0
1
2
3
4
5
% 6
Norte Sul Leste Centro Continente
58
3.3.4 RESULTADOS POR ROTEIRO
3.3.4.1. QUADRO GERAL
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
COMPONENTESRio TavaresC3DN N2M K8V L4M K5V N9M Armação
Rotriros
C4DN L5V B3V 01 CB CS2M L6 M C1 DV N5M CB SULCampeche
Quadro 19 - Média Geral dos Componentes do RESUD por Roteiro - % em peso
Plástico Mole
Plástico Duro
Papel
Papelão
Vidro
Sanitários
Ferro
Madeira
Outtros
Inertes
Multicamada
Alumínio
Tóxicos
Borracha
Outros metais
Tecnológico
Infectante
Orgânico 45,37 48,73 43,78 48,82 48,50 48,61 44,59 43,07 43,13 48,34 49,06 43,58 43,98 37,50 49,36 46,91 38,3240,90
10,53
4,52
13,80
2,72
1,92
3,53
1,51
0,68
0,86
0,88
0,95
0,84
1,00
0,21
0,02
0,18
0,07
10,59
5,23
10,09
4,02
2,42
5,27
1,71
0,63
0,48
1,37
0,77
0,64
0,07
0,05
0,10
0,01
0,00
9,99
5,80
9,44
3,30
2,78
4,80
2,81
0,71
1,26
0,59
1,49
0,43
0,25
0,39
0,06
0,01
0,00
9,37
4,12
13,69
2,13
4,85
1,95
1,89
0,39
2,25
0,78
0,94
0,35
0,20
0,84
0,03
0,02
0,01
8,94
5,25
10,52
3,85
3,86
4,54
1,86
0,95
1,81
0,42
1,16
0,62
0,70
0,30
0,01
0,09
0,03
9,65
4,52
11,18
2,09
3,93
3,20
2,29
1,75
1,72
1,14
0,80
0,37
0,29
0,24
0,22
0,02
0,02
11,27
6,50
10,85
4,18
2,54
5,01
1,96
0,52
2,75
0,69
1,03
0,63
0,05
2,38
0,00
0,01
0,00
9,61
3,52
5,89
5,15
1,79
3,17
1,47
0,66
12,91
0,22
1,30
1,13
0,08
0,02
0,00
0,02
0,00
9,67
4,82
17,27
1,88
1,93
6,60
1,69
0,22
0,25
0,00
1,01
1,14
0,70
0,21
0,00
0,00
0,03
12,37
4,08
9,91
5,70
3,89
4,80
1,53
0,99
2,79
0,13
0,71
0,45
0,26
0,10
0,04
0,00
0,00
9,02
3,69
16,85
0,57
1,02
3,01
1,66
0,06
0,35
3,15
0,86
0,39
0,40
0,13
0,00
0,00
0,11
6,25
5,07
5,09
1,61
13,24
1,82
3,09
3,24
1,84
0,97
0,29
0,20
0,12
0,29
0,02
0,51
0,00
10,46
4,72
6,83
4,44
4,07
6,91
2,51
1,09
1,64
0,06
1,06
0,38
0,02
0,06
0,00
0,00
0,00
11,84
4,65
11,41
3,87
2,29
4,83
1,40
0,62
0,58
0,41
0,96
0,95
0,13
0,43
0,04
0,07
0,07
13,22
7,57
16,65
4,64
1,85
2,16
0,83
0,30
0,78
1,49
0,70
0,37
0,79
0,08
0,00
0,01
0,09
9,80
5,40
10,51
2,14
3,95
6,84
1,13
0,32
1,35
0,07
0,71
0,35
0,32
0,10
0,00
0,00
0,00
9,47
5,13
8,21
6,19
3,92
3,66
2,25
1,20
2,25
0,14
0,59
0,88
0,29
0,34
0,09
0,00
0,00
12,90
6,85
11,01
4,95
3,90
5,45
10,43 7,84 12,10 7,38 6,59 7,98 8,72 8,49 9,52 9,11 10,39 7,30 12,16 11,46 10,98 7,64 8,48 9,83
2,61
0,76
0,82
0,27
0,88
0,52
0,09
0,61
0,10
0,01
0,12
Têxteis e Couro
59
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
3.3.4.2. GRÁFICOS DOS PRINCIPAIS COMPONENTES
Gráfico 38 - Papel - média por roteiro - % em peso
C3D
NN2M
Cam
pech
eK8V L4
MK5V
N9M
Armaç
ão
C4D
NL5
VB3V
01CB
CS2M L6
M
C1D
VN5M
CB S
UL
Rio Tav
ares
ROTEIROS
13,80
10,099,44
13,69
10,5211,18 10,85
5,89
17,27
9,91
16,85
5,09
6,83
11,41
16,65
10,51
8,21
11,01
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0
Gráfico 39 - Papelão - média por roteiro - % em peso
C3D
NN2M
Cam
pech
eK8V L4
MK5V
N9M
Armaç
ão
C4D
NL5
VB3V
01CB
CS2M L6
M
C1D
VN5M
CB S
UL
Rio Tav
ares
ROTEIROS
2,72
4,02
3,30
2,13
3,85
2,09
4,18
5,15
1,88
5,70
0,57
1,61
4,44
3,87
4,64
2,14
6,19
4,95
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
% 7,0
Gráfico 37 - Orgânico - média por roteiro - % em peso
C3D
NN2M
Cam
pech
eK8V L4
MK5V
N9M
Armaç
ão
C4D
NL5
VB3V
01CB
CS2M L6
M
C1D
VN5M
CB S
UL
Rio Tav
ares
ROTEIROS
45,37
0
10
20
30
40
% 5048,73
43,78
48,82 48,50 48,61
40,90
44,5943,07 43,13
48,34 49,06
43,58 43,98
37,50
49,3646,91
38,32
60
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Gráfico 41 - Plástico duro - média por roteiro - % em peso
C3D
NN2M
Cam
pech
eK8V L4
MK5V
N9M
Armaç
ão
C4D
NL5
VB3V
01CB
CS2M L6
M
C1D
VN5M
CB S
UL
Rio Tav
ares
ROTEIROS
4,52
5,235,80
4,12
5,25
4,52
6,50
3,52
4,82
4,083,69
5,074,72 4,65
7,57
5,405,13
6,85
0
1
2
3
4
5
6
7
% 8
Gráfico 40 - Plástico mole - média por roteiro - % em peso
10,53 10,599,99
9,378,94
9,65
11,27
9,61 9,67
12,37
9,02
6,25
10,46
11,84
13,22
9,80 9,47
12,90
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
% 14,0
C3D
NN2M
Cam
peche
K8V L4M K
5VN9M
Arm
ação
C4D
NL5V
B3V
01CB
CS2M L6M
C1D
VN5M
CB S
UL
Rio
Tav
ares
ROTEIROS
Gráfico 42 - Lixo sanitário - média por roteiro - % em peso
C3D
NN2M
Cam
pech
eK8V L4
MK5V
N9M
Armaç
ão
C4D
NL5
VB3V
01CB
CS2M L6
M
C1D
VN5M
CB S
UL
Rio Tav
ares
ROTEIROS
10,4
7,8
12,1
7,46,6
8,08,7 8,5
9,5 9,1
10,4
7,3
12,211,5
11,0
7,68,5
9,8
0
2
4
6
8
10
12
% 14
61
3.3.4.3. COMENTÁRIOS SOBRE OS RESULTADOS POR ROTEIRO
Serão apresentados a seguir alguns comentários, que não se esgotam neste documento
pois os dados apresentados permitem muitas análises, conforme o interesse do usuário das
informações.
Vários fatores influenciam na maior representatividade da fração orgânica no total dos
resíduos, como o grande número de restaurantes, lanchonetes e casas de suco, é o caso do
roteiro L4M, (48,50%). Outros fatores são as podas, provenientes da manutenção de jardins
bem como o hábito de realizar as refeições em casa, como é o caso dos roteiros K8V,
(48,82%), K5V, (48,61%) e B3V, (48,34%), que localizam-se em bairros residenciais. Média
orgânico em Fpolis = 46,35%.
As frações papel e papelão apresentaram uma grande variação entre os roteiros, sendo que
os roteiros com maior percentual da fração papel foram C4DN, (17,27%), B3V, (16,85%), e
C1DV, (16,65%) o que aponta em quais regiões deva receber uma maior atenção quanto à
educação ambiental para redução na geração e recolhimento de forma seletiva deste
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
Gráfico 43 - Alumínio - média por roteiro - % em peso
0,84
0,64
0,430,35
0,62
0,37
0,63
1,13 1,14
0,450,39
0,20
0,38
0,95
0,37 0,35
0,88
0,52
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
% 1,4
C3D
NN2M
Cam
pech
eK8V L4
MK5V
N9M
Armaç
ão
C4D
NL5
VB3V
01CB
CS2M L6
M
C1D
VN5M
CB S
UL
Rio Tav
ares
ROTEIROS
Gráfico 44 - Ferro - média por roteiro - % em peso
C3D
NN2M
Cam
pech
eK8V L4
MK5V
N9M
Armaç
ão
C4D
NL5
VB3V
01CB
CS2M L6
M
C1D
VN5M
CB S
UL
Rio Tav
ares
ROTEIROS
1,511,71
2,81
1,89 1,86
2,29
1,96
1,471,69
1,531,66
3,09
2,51
1,40
0,83
1,13
2,25
2,61
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
% 4,0
62
material. Média papel Fpolis = 10,93%. Em geral os valores do item papelão são mais altos
nas regiões mais afastadas do centro, provavelmente em função da menor atividade dos
catadores nestas localidades, como por exemplo CB-SUL, (6,19%), L5V, (5,70%), Armação,
(5,15%) e Rio Tavares, (4,95%). Média papelão Fpolis = 3,29 %.
O item vidros é mais alto nas regiões C4DN, (6,60%), CS2M, (6,91%), N5M, (6,84%) o que
aponta em quais regiões deva receber um maior investimento para coletar seletivamente
este material. Média vidro Fpolis = 4,10%.
A fração plástico duro é mais significativa nos roteiros C1DV, (7,57%), Rio Tavares, (6,85%)
e N9M, (6,50%). Média plástico duro Fpolis = 4,98%.
Apesar da quantidade de pessoas catando alumínio ter aumentado nos últimos anos e se
espalhado por toda a cidade, ainda existem regiões com potencial deste material a ser
recolhido de forma seletiva, pela coleta formal ou informal, sendo necessário um trabalho de
educação ambiental, como por exemplo nos roteiros da C4DN, (1,14%), Armação, (1,13%) e
L6M, (0,95%). Média alumínio Fpolis = 0,56 %.
O roteiro 01-CB como já detalhado anteriormente é um roteiro especial, operado por um
conjunto de micro trator com carreta acoplada e caixas estacionárias, localizado em área de
baixa renda. Observamos que o percentual de resíduos orgânicos presentes neste roteiro
está acima da média da cidade, (49,06%), muito provavelmente em função da "catação" que
muitos moradores fazem nas frutas e verduras descartadas pelo CEASA, feiras e
supermercados da região e que acabam gerando uma segunda "escolha" em casa e
aumentando assim a quantidade desta fração. O item têxteis e couro chamou a atenção
neste roteiro, (13,24%), muito acima da média da cidade que é de 3,18%; durante a
pesquisa verificou-se quantidade expressiva de roupas velhas descartadas, provavelmente
os moradores da região recebem muitas doações de roupas usadas. A fração madeira
também ficou bem acima da média da cidade (3,24%), (média Fpolis = 0,90%)
provavelmente em função de ser uma caixa estacionária aberta, facilitando o descarte deste
material, o mesmo podendo ter acontecido com o item tecnológico, que é o mais alto entre
os roteiros amostrados, (0,51%). As frações papel e papelão apresentaram os valores mais
baixos entre os roteiros amostrados, (5,09% e 1,61%), bem como o alumínio (0,20%), em
função de nesta região residirem muitas pessoas que sobrevivem da catação de materiais
recicláveis (c/ valor comercial atraente) presentes no lixo. Os itens multicamada
(embalagens de leite, suco, ...) e o plástico mole, também apresentaram os valores mais
baixos de todos os roteiros, (0,29% e 6,25% respectivamente). Estes valores refletem a
realidade dos moradores daquela região, que não consomem determinados materiais devido
ao baixo poder aquisitivo.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO III
63
4. CARACTERIZAÇÃO QUANTITATIVA DO RESUD - TAXA DE GERAÇÃO per capita
4.1. JUSTIFICATIVA
A caracterização quantitativa do RESUD em um município é de extrema importância em um
sistema de gerenciamento, pois permite o dimensionamento de instalações e equipamentos,
redimensionamento de roteiros, e pode-se ainda, em conjunto com o estudo qualitativo,
estimar o potencial de recuperação do RESUD, através da reciclagem e da compostagem.
De uma forma simplificada calcula-se regularmente na COMCAP a produção per capita de
RESUD, dividindo-se a quantidade produzida pela população residente no município. No
período de julho/01 a junho/02, a quantidade média diária de RESUD produzida no
município foi de 332.219 t/dia, sendo a população de 342.315 habitantes (IBGE, 2000),
resultando assim em uma estimativa de produção per capita neste período de 0,97
kg/hab.dia .
Como no município localiza-se a sede administrativa do Estado, um setor de prestação de
serviços considerável, e uma grande rede de ensino, além do grande fluxo de turistas no
verão, entendemos que 0,97 kg/hab.dia não retrata a produção per capita da população da
cidade, e sim um valor ampliado, devido à influência da população flutuante (entrada de
turistas e pessoas das cidades vizinhas em Florianópolis principalmente para trabalhar,
estudar, passear, etc).
Procurando obter resultados mais significativos, optou-se por realizar este estudo de
caracterização quantitativa de forma regionalizada, através de roteiros da coleta
convencional, considerando as variações de baixa e alta temporada. Assim, a metodologia
utilizada apresenta a vantagem de estimar a produção per capita de cada região da cidade
através de seus roteiros mais representativos, diminuindo assim a influência da população
não residente sobre o resultado da taxa de geração de RESUD por habitante.
Mesmo existindo coleta seletiva no município, não se incluiu dados referentes à mesma no
cálculo da produção per capita, devido a sua pequena participação no peso total, que fica
em torno de 1,98%, não contabilizando a quantidade de resíduos retirada pelos catadores
de materiais recicláveis. Considerou-se também, a dificuldade de estimar a quantidade de
resíduos retirada pela coleta seletiva da região de um determinado roteiro da coleta
convencional.
Foi considerado que a cobertura de coleta de RESUD no município é de 100%.
4.2. PESQUISA DA PRODUÇÃO per capita EM FLORIANÓPOLIS NO ANO DE 1995
De Agosto/94 a Julho/95, a Universidade Federal de Santa Catarina através do seu
Departamento de Engenharia Sanitária em parceria com a COMCAP, desenvolveram o
primeiro estudo sobre a produção per capita dos resíduos sólidos de Florianópolis, dando
início à série histórica do RESUD do município. A pesquisa utilizou uma metodologia
semelhante a da pesquisa atual, analisando por roteiro de coleta. Também caracterizou-se
os períodos de alta temporada, compreendendo os meses dez/94, jan/95 e fev/95, e de
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS
CAPÍTULO IV
64
4.3. METODOLOGIA
Para a determinação da produção per capita de resíduos sólidos são necessárias duas
informações básicas: quanto é produzido de resíduos sólidos numa determinada região (RS)
e quantas pessoas habitam a região em questão (P).
baixa temporada, compreendendo os demais meses da pesquisa. A diferença de
metodologia entre as duas pesquisas, consiste na fonte de dados sobre a população, onde
na primeira pesquisa obteve-se o número de habitantes por roteiro, através do número de
ligações elétricas, cedidos pela Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A - CELESC, e a
segunda com base nos dados da Secretaria de Finanças do Município. Os resultados são
descritos a seguir:
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO IV
No presente estudo, os roteiros escolhidos foram os mesmos definidos para a
caracterização qualitativa dos RESUD, por entender-se que estes englobam as diferentes
características sociais, econômicas e ambientais da cidade (Capítulo III - )
Utilizaram-se informações de população e geração de RESUD compreendidos entre os anos
de 2000 e 2002, conforme a disponibilidade de dados. Nem sempre foi possível a
coincidência dos períodos de produção de RESUD e dados de população, mas
consideramos que utilizando o espaço de tempo descrito, a diferença no resultado final seria
pouco significativa.
Quadro 10
Produção per capita = Quantidade de lixo
População
per capita = RSP
Quadro 20 - Produção per capita de RESUD em Florianópolis no ano de 1995
Centro Comercial 0,33 0,33
Centro / Beira Mar Alto Poder Aquisitivo 0,53 0,64
Trindade / UFSC Diversas Classes Sociais
Diversas Classes Sociais
0,49 0,43
Centro / Servidões 0,46 0,60
Canasvieiras Polo Turístico 0,78 1,26
Estreito Residencial Classe Média 0,44 0,47
Coqueiros Residencial / Centro Gastronômico 0,12 0,13
Pântano do Sul Colônia de Pescadores 0,60 0,65
Jardim Atlântico 0,14 0,15
0,43 0,52
Fonte: BAASCH, Sandra S.S., DUARTE, Márcio Silveira. ENS/ UFSC,1995
PROD. PER CAPITA ( Kg/Hab.dia)
1
3
5
7
8
14
15
16
20
MÉDIA
ROTEIRO REGIÃO PRINCIPAL CARACTERÍSTICABAIXA TEMPORADA ALTA TEMPORADA
Diversas Classes Sociais
65
4.3.1. DETERMINAÇÃO DA QUANTIDADE DE RESUD POR ROTEIRO (R.S)
Junto ao Departamento de Coleta de Resíduos Sólidos da COMCAP, obtivemos os dados de
produção de RESUD por roteiro amostrado.
Buscando considerar a influência do turismo de veraneio que acontece fortemente em
Florianópolis, determinou-se duas épocas para a pesquisa: alta temporada como sendo o
período de 01/12/01 a 15/03/02, com um total de 105 dias, e baixa temporada como sendo
os períodos de 01/07/01 a 30/11/01 e 16/03/02 a 30/06/02, e um total de 259 dias.
A exceção aconteceu somente no roteiro 01-CB, onde utilizou-se os dados de produção de
janeiro/02 e fevereiro/02 para alta temporada, e de maio/02 e junho/02 para baixa
temporada, somando respectivamente 43 e 53 dias cada período.
Foram considerados esses períodos de produção menores para o 01-CB, devido a
dificuldade de trabalhar os dados desse roteiro e ao tipo de coleta realizada na região deste
roteiro, onde um veículo de menor porte (tobata) recolhe os resíduos das casas e os
descarrega em uma caixa (conteiner), onde também outras pessoas depositam diretamente
seus RESUD. Como o caminhão que recolhe a caixa 01-CB, também recolhe caixas de
outras regiões da cidade e os pesos de cada caixa não estão discriminados no banco de
dados informatizado da COMCAP. Foi preciso obter os pesos das caixas diretamente na
ficha de coleta, o que dificultou o processo de cálculo da produção diária. Para estimativa da
produção per capita da região onde se localiza o roteiro 01-CB, foi necessário também
considerar o peso dos RESUD das caixas ACMC e 01-AC, pela difícil quantificação do
número de pessoas que depositam seus resíduos na caixa 01-CB, em separado dessas
outras caixas. Esse procedimento será justificado na descrição da determinação da
população por roteiro.
No Sul da Ilha, a coleta de RESUD no período da pesquisa era realizada por empresa
privada, que não disponibilizou os mapas dos roteiros amostrados. Devido a esta
dificuldade foi necessário considerar o valor total de RESUD coletado diariamente em toda
região sul, pois esta informação estava disponível no banco de dados da COMCAP.
Com os dados de produção por roteiro no período considerado, calculou-se a produção
diária de RESUD com a seguinte fórmula:
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO IV
RS = Somatório da produção de lixo no período considerado
Número de dias do período considerado
onde: RS - produção diária de resíduos sólidos por roteiro
66
4.3.2. DETERMINAÇÃO DA POPULAÇÃO POR ROTEIRO (P)
Após uma pesquisa dos possíveis bancos de dados que poderiam ser utilizados para
estimar o número de habitantes atendidos por roteiro de coleta, adotou-se como principal
banco a Secretaria Municipal de Finanças. Outras fontes de dados foram utilizadas, como:
Secretaria Municipal de Habitação, Trabalho e Desenvolvimento Social, IBGE e CELESC
para suprir a falta de dados e complementos necessários, conforme será descrito no
decorrer do trabalho.
A utilização de diferentes fontes de dados ocorreu devido à indisponibilidade dos dados do
Censo IBGE 2000 durante a maior parte do período de atividade da pesquisa, bem como
pelas demais fontes de informação não possuírem dados completos de todas as regiões
amostradas e ainda pela falta de mapeamento de alguns roteiros.
ETAPA I - ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO A PARTIR DOS DADOS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS
A Secretaria Municipal de Finanças possui um cadastro atualizado anualmente para efeito
de emissão de carnês de IPTU, o qual servil como base para a estimativa da população dos
roteiros de coleta N2M, N5M, N9M, L4M, L5V, L6M, C1DV, CS2M, C3DN, C4DN, K5V, K8V,
A tabela abaixo apresenta os resultados da produção diária de RESUD por roteiro:
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO IV
Quadro 21 - Produção* de RESUD ( Kg/dia)
* Produção diária entre junho de 2001 e julho de 2002
ROTEIRO BAIXA TEMPORADA ALTA TEMPORADA
C1DV 9.199 9.545
C3DN 12.520 11.601
C4DN 14.791 14.998
CS2M 4.153 4.692
B3V 5.112 5.603
N2M 6.191 16.539
N5M 2.782 5.975
N9M 2.948 3.802
L4M 5.290 8.251
L5V 3.295 5.844
L6M 4.073 5.908
K5V 6.309 6.598
K8V 6.600 7.192
01-CB 3.002 4.358
Sul da Ilha 36.658 48.143
TOTAL 122.922 159.047
67
B3V (A descrição destes roteiros encontra-se no capítulo III, ). Abaixo descreve-
se o procedimento adotado:
1. Comparação dos mapas dos roteiros de coleta com as plantas cadastrais de imóveis
do IPUF - Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis;
2. Obtenção, através das plantas cadastrais, dos códigos das ruas ou das quadras que
estão compreendidas em cada roteiro de coleta;
3. Envio dos códigos das ruas ou das quadras compreendidas em cada roteiro à
Secretaria de Finanças, que então disponibilizou o número de estabelecimentos
residenciais e comerciais em cada roteiro;
4. Obtenção do número de habitantes por residência em cada bairro, sendo estes dados
disponibilizados pelo IBGE (Censo-2000);
5. Multiplicação do número de habitantes por residência do bairro que abrange o roteiro
em questão, pela quantidade de residências de cada roteiro, estimando-se assim a
população do mesmo.
ETAPA II - ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO A PARTIR DOS DADOS DA SECRETARIA DE HABITAÇÃO, TRABALHO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL
O roteiro de coleta 01-CB atende parte do bairro Chico Mendes que é uma região de
ocupação irregular e, portanto não possui cadastro de imóveis junto à Secretaria de
Finanças, bem como mapeamento no IPUF. Em função disto foi feita uma consulta à
Secretaria de Habitação que recentemente realizou um cadastramento na região e forneceu
os dados de população da mesma, englobando as comunidades Novo Horizonte, Nossa
Senhora da Graça e Chico Mendes. Considerou-se essas comunidades juntas para poder
estimar o número de pessoas que depositam seus resíduos nas caixas estacionárias dos
roteiros 01-CB, ACMC e 01-AC.
ETAPA III - ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO A PARTIR DE DADOS DO IBGE (CENSO 2000)
Conforme já mencionado, a coleta de RESUD no sul da ilha no período da pesquisa, era
realizada por empresa privada, que não disponibilizou os mapas dos roteiros amostrados.
Devido a esta dificuldade, a metodologia utilizada com os dados da Secretaria de Finanças
não pode ser aplicada nesta região. Utilizou-se então os dados do Censo 2000, por estes já
estarem disponíveis e principalmente pela coincidência do agrupamento dos roteiros do sul
da ilha, com agrupamento dos bairros que constituem essa região.
Estimou-se a população da região sul realizando o somatório dos dados de população por
bairro, disponibilizados pelo IBGE ( 2000).
ETAPA IV- ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO NA ALTA TEMPORADA
Para determinação da população de veraneio na estimativa da população dos roteiros
amostrados, considerou-se o dado de Número de Ligações Elétricas para consumidores
residenciais (ocupados durante todo o ano) e de veraneio (ocupados somente na alta
temporada), que foram disponibilizados pela CELESC, Julho/02, e estão organizados
conforme o quadro a seguir:
Quadro 10
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO IV
68
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO IV
Para os roteiros onde se calculou a população com base no número de residências (N2M,
N5M, N9M, L4M, L5V, L6M, C1DV, CS2M, C3DN, C4DN, K5V, K8V, B3V), considerou-se
uma diminuição da população na baixa temporada. Ao multiplicar essa população pela
proporção do número de ligações elétricas para consumidores residenciais em relação à
soma do número de ligações elétricas para consumidores residenciais e de veraneio. Dessa
forma na baixa temporada são contabilizadas somente as populações residentes,
considerando assim um aumento populacional na alta temporada.
Já nos roteiros onde se fez a contagem direta da população (Sul da Ilha e 01-CB), fixou-se à
população na baixa temporada e considerou-se um aumento populacional na alta temporada
como sendo proporcional a relação entre o número de ligações elétricas para veranistas e a
soma do número de ligações elétricas para consumidores residenciais e de veraneio.
Como os dados da CELESC estão disponíveis por Rota de Leitura (correspondente a
bairro), relacionou-se cada roteiro com a Rota de Leitura em que está localizado. Já para a
região sul considerou-se o número de ligações elétricas para consumidores residenciais e
de veraneio de todos os bairros que compõem essa região. É importante salientar que os
roteiros de coleta nem sempre coincidem com os limites dos bairros oficiais da cidade. Em
LIGAÇÕESVERANISTAS
BAIRRO
Fonte: Celesc, 2002
6.596
9.615
2.847
2.230
2.847
2.116
2.862
5.519
2.799
21.253
12.291
12.291
12.291
12.2915
0
2.825
2.764
78
305
78
147
1
1
0
1.727
5
5
5
19.286
716 716
3.771
6.851
2.769
1.925
2.769
1.969
2.861
5.518
1.312 431 1.743
2.909 249 3.158
2.249 18 2.267
3.520 326 3.846
2.799
19.526
19.286
19.286
19.286
Centro
Santa Mônica
Canasvieiras
Ingleses
Rio Vermelho
Barra da Lagoa
Rio Vermelho
Lagoa da Conceição
Estreito
Capoeiras
Monte Cristo
-
Centro
Centro
Centro
CS2M
B3V
N2M
N5M
N9M
L4M
L5V
L6M
K5V
K8V
Armação Armação
Caeira B. Sul Caeira / Tapera
Campeche Campeche
Rio Tavares Rio Tavares
01-CB
C1DV
C3DN
C4DN
Sul da Ilha *
Quadro 22 - Estimativa de aumento da população na alta temporada por roteiro
ROTEIRO LIGAÇÕESRESIDENCIAIS
TOTAL DE LIGAÇÕES
%POPULAÇÃORESIDENCIAL
% POPULAÇÃOVERANISTA
100
100
100
100
100
100
92
75
92
92
100
99
100
57
97
86
97
93
71
0
0
0
0
0
0
8
25
8
8
0
1
0
43
3
3
7
14
29
69
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO IV
função disso considerou-se o aumento ou a diminuição homogênea da população em todo
bairro e aplicou-se este valor para a estimativa da população na baixa ou alta temporada.
A partir dos resultados de população por roteiros obtidos através das metodologias citadas
nas Etapas I, II, III e IV, foi possível montar a quadro 38, com os resultados para baixa e alta
temporada, conforme apresentado a seguir:
Quadro 23 - Estimativa da Populaçãopor Roteiro (Número de Habitantes)
ROTEIRO
C1DV
C3DN
C4DN
CS2M
B3V
N2M
N5M
N9M
L4M
L5V
L6M
K5V
K8V
01-CB
Sul da Ilha*
TOTAL
BAIXA TEMPORADA ALTA TEMPORADA
6.261 6.262
21.339 21.345
17.802 17.806
4.994 4.996
8.765 8.765
8.041 14.134
6.527 9.160
3.351 3.446
4.465 5.172
6.185 6.359
5.154 5.539
7.091 7.093
11.806 11.809
5.217 5.217
51.827 55.973
168.865 183.076
* Para a estimativa do aumento da população na região sul, considerou-se
os dados das rotas de leitura Alto Ribeirão, Armação do Pântano do Sul,
Base Aérea, Caiacanga Sul, Caieira da Barra do Sul, Campeche,
Carianos, Costeira, Morro das Pedras, Pântano do Sul, Praia dos Açores,
Freguesia do Ribeirão, Rio Tavares e Tapera.
70
4.4. CÁLCULO DA PRODUÇÃO per capita NOS ROTEIROS AMOSTRADOS
O quadro a seguir apresenta os resultados das estimativas de produção per capita por
roteiro amostrado, para alta e baixa temporada, bem como sua média anual:
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO IV
Para a estimativa da produção per capita anual, fez-se a média ponderada considerando-se
os períodos de alta temporada (3,5 meses) e de baixa temporada (8,5 meses), através do
seguinte cálculo:
0,54
0,84
0,94
0,64
1.17
0,65
1,10
1,60
0,92
1.07
0,93
0,61
0,84
0,86
0,87
0,57
0,83
0,86
0,60
0,88
0,49
0,94
1,30
0,65
0,87
0,90
0,57
0,65
0,75
0,77
21.345
17.806
4.996
8.765
14.134
9.160
3.446
5.172
6.359
5.539
7.093
11.809
5.217
55.973
183.076
11.601
14.998
4.692
5.603
16.539
5.975
3.802
8.251
5.844
5.908
6.598
7.192
4.358
48.143
159.047
1,47
0,59
0,83
0,83
0,58
0,77
0,43
0,88
1,18
0,53
0,79
0,89
0,56
0,58
0,71
0,73
21.339
17.802
4.994
8.765
8.081
6.527
3.351
4.465
6.185
5.154
7.091
11.806
5.217
51.827
168.865
per capita(Kg/hab.dia)
População(hab.)
Produção(Kg/dia)
per capita(Kg/hab.dia)
per capita(Kg/hab.dia)
População(hab.)
Produção(Kg/dia)
12.520
14.791
4.153
5.112
6.191
2.782
2.948
5.290
3.295
4.073
6.309
6.600
3.002
36.658
122.922
ROTEIRO
C1DV
C3DN
C4DN
CS2M
B3V
N2M
N5M
N9M
L4M
L5V
L6M
K5V
K8V
01-CB
Sul da Ilha
TOTAL
BAIXA TEMPORADA ALTA TEMPORADA ANUAL
1,52 1,496.2629.5456.2619.199
Quadro 24 - Produção per capita de RESUD nos roteiros amostrados
onde: PPC - produção per capita de lixo
(3,5 . PPC alta tempotada) + (8,5 . PPC baixa temporada)PPC média anual =
12
71
4.5. COMENTÁRIOS SOBRE A PRODUÇÃO per capita NOS ROTEIROS AMOSTRADOS
Nos roteiros localizados em regiões de praias (N2M, N5M, N9M, L4M, L5V, L6M e sul da
ilha) há um aumento da taxa de geração per capita na alta temporada, provavelmente
devido ao fluxo de turistas.
Os roteiros L4M (Barra da Lagoa) e L6M (Lagoa da Conceição) além de possuírem valores
altos de produção per capita na alta temporada, também possuem valores elevados na
baixa temporada, provavelmente por abrangerem pontos turísticos muito procurados
principalmente pela várias opções gastronômicas e de lazer noturno. Também se considera
o alto padrão de vida dos moradores desses roteiros.
O roteiro C1DV (Centro - calçadão) possuí um valor alto de taxa de geração per capita, por
ser uma região predominantemente comercial e de prestação de serviços, recebendo
diariamente muitas pessoas de outros bairros da cidade e de municípios vizinhos. Não foi
possível considerar no cálculo da produção per capita o verdadeiro número de pessoas que
geraram a quantidade de resíduos sólidos domiciliares, comerciais e públicos coletada,
somente utilizou-se os dados da população residente na região.
O roteiro K5V (Balneário Estreito) é um roteiro predominantemente residencial. Não se
encontrou outra explicação para o alto valor da taxa de geração per capita além do padrão
de classe alta das residências dessa região.
No roteiro C3DN (Centro Av. Mauro Ramos) houve uma redução da produção per capita na
alta temporada devido à queda na produção de resíduos. Talvez isso se deva ao
deslocamento de moradores desse roteiro para as praias da cidade, que vão passar o dia ou
mesmo as férias em casas de veraneio. No roteiro C4DN (Centro Beira Mar Norte), apesar
de possuir características semelhantes ao C3DN não se repetiu esta situação.
Os roteiros CS2M (centro - servidões) e N9M (Balneário dos Ingleses) apesar de
abrangerem regiões de classes baixas, possuem alto valor de taxa de geração per capita,
provavelmente devido à grande quantidade de residências irregulares (não cadastradas na
Secretaria de Finanças), e conseqüentemente baixo número estimado de habitantes, o que
interferiu no cálculo da taxa.
O roteiro 01-CB (Comunidade Chico Mendes) abrange uma região de classe muito baixa e
possuí um valor de taxa de geração per capita alto, principalmente na alta temporada.
Observou-se que vários moradores desta comunidade recebem doações de roupas e
calçados, bem como realizam catação de frutas e verduras no centro de distribuição de
hortifrutigranjeiro localizado próximo ao bairro e de materiais recicláveis nos bairros vizinhos.
Após uma seleção em casa "do que é bom", os rejeitos são descartados. Outra causa pode
ser a forma de coleta dos resíduos sólidos domiciliares, comerciais e públicos nessa região,
feita através de caixas coletoras, facilitando o descarte de "lixo pesado" (restos de
construção, fogões, geladeiras...) pelos moradores.
Os roteiros B3V (Bairro Santa Mônica) e K8V (Jardim Atlântico) apesar de abrangerem
regiões de classe alta não apresentaram valores altos da taxa de geração per capita. talvez
por essas regiões estarem mais afastadas do centro da cidade, fazendo com que as
pessoas que trabalham e estudam nessa área central acabem gerando resíduos sólidos
domiciliares, comerciais e públicos fora de suas residências.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO IV
72
Para essas regiões o procedimento de cálculo da produção per capita adotado foi o
seguinte:
1. Identificação dos roteiros que são compreendidos em cada região;
2. Somatório da produção diária dos roteiros compreendidos em cada região, considerando
separadamente a alta e a baixa temporada;
3. Somatório do número de habitantes dos roteiros compreendidos em cada região,
considerando separadamente a alta e a baixa temporada;
4. Cálculo da produção per capita na alta e na baixa temporada, através da divisão do
somatório da produção de RESUD, pelo somatório do número de habitantes, dos roteiros
que são compreendidos em cada região.
Para estimativa da produção per capita da região sul dividiu-se o valor da quantidade diária
de RESUD pela população dessa região. Tanto para os dados de produção como para os de
população, considerou-se separadamente a alta e a baixa temporada.
A tabela abaixo apresenta os resultados das estimativas de produção per capita
regionalizada, para alta e baixa temporada, calculando-se também a média anual:
4.6 ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO per capita REGIONAL
Para estimar a produção per capita das regiões Norte, Leste, Centro e Continente da cidade,
considerou-se os dados de produção diária de RESUD, bem como a estimativa do número
de habitantes, dos roteiros que são compreendidos em cada região, de acordo com o
quadro abaixo:
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO IV
Quadro 26 - Produção per capita de RESUD por região
per capita(Kg/hab.dia)
População(hab.)
Produção(Kg/dia)
per capita(Kg/hab.dia)
per capita(Kg/hab.dia)
População(hab.)
Produção(Kg/dia)
ROTEIRO
BAIXA TEMPORADA ALTA TEMPORADA ANUAL
Norte 11.920 17.959 0,66 26.315 26.740 0,98 0,76
Sul 36.658 51.827 0,71 48.143 55.973 0,86 0,75
Leste 12.658 15.804 0,80 20.003 17.070 1,17 0,91
Centro 45.775 59.161 0,77 46.439 59.174 0,78 0,78
Continente 15.912 24.114 0,66 18.147 24.119 0,75 0,69
TOTAL 122.922 168.865 0,73 159.047 183.076 0,87 0,77
Quadro 25 - Agrupamentos dos roteiros amostrados por região
AGRUPAMENTO ROTEIROS
Norte N2M / N5M / N9M
Leste L4M / L5M / L6M
Centro C1DV / C3DN / C4DN / CS2M / B3V
K5V / K8V / 01-CBContinente
73
4.7. COMENTÁRIOS SOBRE A PRODUÇÃO per capita REGIONAL
Os resultados da produção per capita nas regiões estão relacionados com os resultados dos
roteiros amostrados em cada uma das regiões.
Nas regiões norte, sul e leste há um aumento significativo da produção per capita na alta
temporada devido a estas regiões possuírem um fluxo de turistas bastante intenso nessa
época do ano, por causa principalmente de suas praias.
A região leste apresentou a maior taxa de geração per capita, provavelmente devido ao
turismo que ocorre durante o ano todo, pois lá se encontra um pólo gastronômico, lazer
noturno, esportes náuticos além de uma população residente com alto poder aquisitivo.
Na região centro o valor da produção per capita na baixa temporada é elevado
principalmente por causa da influência do roteiro C1DN, que possui um valor bastante
elevado.
Na região continente o aumento da produção per capita na alta temporada não se justifica
pelo fluxo de turistas, pois não há praias nem atrativos turísticos que justifiquem um forte
movimento de turistas. Esse aumento é reflexo do resultado obtido para o roteiro 01-CB, já
comentado no item 4.5.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO IV
74
5. SUBSÍDIOS PARA INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS
5.1. INFLUÊNCIA DA COLETA SELETIVA FORMAL E INFORMAL NA COMPOSIÇÃO DO RESUD
Com o objetivo de avaliar a influência da coleta seletiva no resultado da caracterização do
RESUD de Florianópolis, buscou-se conhecer o funcionamento da coleta seletiva formal
(realizada pela prefeitura/COMCAP) e da coleta seletiva informal (realizada por pessoas
conhecidas como "Catadores") nos roteiros amostrados. Este estudo não pretende ser
conclusivo e sim servir de subsídio nas discussões dos resultados da caracterização do
RESUD de Florianópolis.
A coleta seletiva formal é do tipo porta a porta, possuindo roteiros, dias e horários pré -
definidos e com acompanhamento de dados em cada roteiro (quantidade recolhida,
distância percorrida, etc...).
Já a coleta informal, na maioria dos casos é realizada sem critérios pelos "catadores", que
utilizam carrinhos manuais, carroças com tração animal, bicicleta e veículos automotivos.
Sendo assim, há poucos dados disponíveis sobre a quantidade de material recolhido.
Devido a esse problema, analisou-se separadamente a influência da coleta seletiva formal e
informal, utilizando metodologias diferentes, e expressando os resultados também de forma
diferenciada.
A análise aconteceu em todos os roteiros amostrado, analisando-se também como um todo
a região sul.
5.1.1. ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA COLETA SELETIVA FORMAL
Para a estimativa da influência da coleta seletiva formal, utilizou-se os valores da quantidade
de resíduos recolhidos pela coleta seletiva e convencional, considerando a produção do
período de 01/07/01 a 30/06/02. O procedimento adotado para chegarmos à estimativa da
influência em percentagem de peso foi a seguinte:
1. Identificação do roteiro da coleta seletiva que atua na mesma área de abrangência do
roteiro da coleta convencional;
2. Avaliação da área de abrangência do roteiro da coleta seletiva em relação ao roteiro
da convencional, com o auxílio do chefe da divisão de coleta; um roteiro da coleta
seletiva pode abranger mais de um roteiro de coleta convencional;
3. Consideração da participação da comunidade, naquela região, na coleta seletiva
(informação subjetiva com base na experiência do chefe da coleta);
4. Determinação do percentual de influência da coleta seletiva na coleta convencional
considerando os dados obtidos nos passos 2º e 3º (com o auxílio do chefe da divisão de
coleta);
5. Coleta dos dados de quantidade de material recolhido pela coleta seletiva e pela
coleta convencional, através da consulta ao banco de dados da COMCAP;
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS
CAPÍTULO V
75
6. Cálculo da quantidade de material retirado pela coleta seletiva no roteiro da coleta
convencional em questão (multiplicando o percentual de influência da coleta seletiva - 4º
passo - pela quantidade de material recolhido pela coleta seletiva - 5ºpasso);
7. Cálculo da quantidade de RESUD total na área em questão, através da soma da
quantidade de resíduos retirada pela coleta convencional com a quantidade retirada pela
coleta seletiva da área em questão;
8. Estimativa da influência da coleta seletiva em percentagem peso, através da divisão
da quantidade recolhida pela coleta seletiva na área em questão, pela quantidade de
RESUD total.
O anexo 05 contém todos os passos para se fazer a estimativa da influência da coleta
seletiva formal na composição dos RESUD. Os resultados obtidos estão na tabela abaixo:
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO V
ROTEIRO INFLUÊNCIA EM % DO PESO
N2M 0,48
N5M 0,90
N9M 0,00
0,00
0,00
L4M 2,86
L5V 1,30
L6M 4,15
B3V 6,81
C1DV* 26,91
CS2M
C3DN 1,69
C4DN 0,65
K5V 1,81
K8V 1,42
01-CB
Sul da Ilha 1,32
Quadro 27 - Influência da coleta seletiva sobre a convencional
* Para o roteiro C1DV considerou-se apenas o recolhimento de materiais recicláveis
executado pela Associação de Coletores de Materiais Recicláveis, desconsiderando-se
a quantidade da coleta seletiva formal, devido a sua baixa produção nesse roteiro.
Como a associação atua principalmente em dois roteiros, sendo que há uma maior
atuação no roteiro C1DV, considerou-se que 66 % dos
76
5.1.2. ANÁLISE DA INFLUÊNCIA COLETA SELETIVA INFORMAL
A análise da influência da coleta seletiva informal no resultado da caracterização do RESUD,
limitou-se apenas a averiguação da presença de catadores nos roteiros amostrados. A
principal dificuldade foi a de quantificar o material recolhido pelos catadores. Isto se dá em
função da indefinição do número de catadores, bem como da quantidade recolhida por cada
um. A exceção ocorreu no roteiro C1DV, que faz a coleta na parte central/comercial da
cidade, onde foi possível estimar a quantidade de material seletivo retirado, devido à forte
atuação dos catadores organizados na Associação dos Coletores de Materiais Recicláveis,
que possui algum controle sobre a quantidade de material recolhido pelos seus associados.
Através das observações de campo, que ocorreram durante o acompanhamento dos roteiros
de coleta amostrados e de alguns roteiros da coleta seletiva, bem como através de
questionários respondidos pelos motoristas da coleta seletiva e convencional, contabilizou-
se os catadores encontrados durante a coleta. Porém os números levantados provavelmente
não englobam a quantidade real de catadores, pois estes passam recolhendo os materiais
recicláveis antes do caminhão de coleta, tanto o da seletiva, quanto o da convencional e
nem sempre há encontro das equipes de coleta com os mesmos. Buscou-se também
observar quando possível, os tipos de materiais recolhidos e os equipamentos utilizados
pelos mesmos.
A partir das informações coletadas, definiu-se um critério para classificar a atuação dos
catadores em cada roteiro:
! fraca: Observação de 1 catador com ou sem carroças / carrinhos / bicicletas;
! média: observação de 2 ou 3 catadores com carroças / carrinhos / bicicletas / carrinhos
de mão ou 1 veículo motorizado;
! forte: observação acima de 3 catadores, com carroças / veículos automotivos /
carrinhos / bicicletas.
O resultado da pesquisa sobre a coleta seletiva informal, na baixa temporada (BT) e na alta
temporada (AT) está exposto na tabela a seguir, já as tabelas contendo todos os dados
levantados encontram-se no Anexo 06.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO V
77
Obs.: É importante salientar que de modo geral há o aumento de catadores na alta
temporada na cidade como um todo. Essa informação é constatada na comparação das
observações do acompanhamento dos roteiros realizado na alta temporada, com os
resultados dos questionários e acompanhamentos realizados na baixa temporada. Em
entrevistas a compradores de sucata, confirmou-se essa conclusão.
5.2 TIPO DE OCUPAÇÃO NAS REGIÕES DOS ROTEIROS AMOSTRADOS
Para a caracterização dos roteiros amostrados quanto ao tipo de ocupação, levou-se em
consideração as residências e os estabelecimentos comerciais, bem como a utilização como
bairro de veraneio.
Obteve-se o número de estabelecimentos residenciais e comerciais de cada roteiro, junto a
Secretaria Municipal de Finanças (SMF).
Para a avaliação da região do roteiro amostrado quanto à sua utilização como bairro de
veraneio, utilizou-se as informações de produção de RESUD na alta e baixa temporada
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO V
Quadro 28 - Coleta seletiva informal por região de Florianópolis
INFLUÊNCIA SOBRE A COLETA CONVENCIONALROTEIRO
ALTA TEMPORADABAIXA TEMPORADA
N2M Fraca Forte
N5M Média Forte
N9M Média -
L4M Forte Forte
L5V Média -
L6M Forte Forte
C1DV -
-
-
-
CS2M -
C3DN -
C4DN
B3V
-
-
Fraca
Forte
Forte
Forte
MédiaRio Tavares
MédiaCampeche
Fraca
-
-
-
-
FracaCaeira da Barra do Sul
FracaArmação
FracaOutros Bairros
Média
Média -
AltaK5V
K8V
01-CB
REGIÃO
Norte e Leste
Centro
Sul
Continente
78
(ítem 4.3.1, ) observando se que o aumento era considerável. Também se
observou a programação de serviços da Operação Verão da COMCAP, que aumenta a
freqüência de coleta ou divide aqueles roteiros que tem um grande aumento na produção de
RESUD.
A tabela abaixo apresenta os resultados obtidos:
Quadro 21
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO V
Quadro 29 – Tipo de ocupação nas regiões dos roteiros amostrados
Fonte: Base de dados SMF 2001/2002
QUANTIDADE DE ESTABELECIMENTOS
%
RESIDENCIAL COMERCIAL RESIDENCIAL COMERCIAL
B3V 2.483 82 96,80 3,20 Não
C1DV 2.152 4.204 33,86 66,14 Não
C4DN 6.119 1.745 77,81 22,19 Não
K5V 2.318 439 84,08 15,92 Não
L4M 1.642 184 89,92 10,08 Misto*
L6M 1.834 236 88,60 11,40 Misto*
N2M 4.589 390 92,17 7,83 Sim
N5M 3.307 252 92,92 7,08 Sim
C3DN 7.335 1.706 81,13 18,87 Não
CS2M 1.566 20 98,74 1,26 Não
K8V 3.859 354 91,60 8,40 Não
N9M 1.041 15 98,58 1,42 Misto*
01-CB - - - - Não
Armação - - - - Misto*
- - - - Misto*
Campeche - - - - Misto*
* Uso Residencial e de veraneio
Rio Tavares - - - - Não
Caeira da Barra do Sul
ROTEIROUTILIZAÇÃO
PARAVERANEIO
L5V 1.927 77 96,16 3,84 Misto*
Não foi feita a caracterização dos estabelecimentos quanto ao uso comercial e residencial nos roteiros
localizados na região Sul da Ilha e no roteiro 01-CB, devido a indisponibilidade de mapas desses roteiros.
79
5.3. SITUAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA NA REGIÃO DOS ROTEIROS AMOSTRADOS
Apresentamos alguns comentários da equipe de pesquisa, sobre a situação sócio-
econômica nas regiões dos roteiros amostrados. É importante salientar o caráter subjetivo
destes comentários, pois após várias pesquisas junto ao IBGE e DIEESE, não obtivemos
elementos que pudessem auxiliar na caracterização sócio-econômica dos roteiros
amostrados, então partimos para campo munidos da técnica da Observação Participante.
Os pesquisadores realizaram observações através do acompanhamento da coleta nos
roteiros amostrados. Em reunião preparatória da equipe, após várias discussões para
buscar um padrão de entendimento que caracteriza os elementos a serem observados,
elaborou-se uma planilha ( ) com as informações que deveriam ser coletadas na
saída de campo, em cada rua, entre elas: padrão das residências, em função do tipo de
construção: alvenaria, madeira, tamanho, acabamento, condições de manutenção, jardim e
dos bens, como veículos, etc.
Dividiu-se os comentários quanto à situação sócio-econômica em três categorias: Média-
Alta, Baixa ou Mista. Conseqüentemente através da avaliação em cada rua, realizou-se a
caracterização dos roteiros, entendendo-se as classes definidas da seguinte maneira:
a. Alta-Média - estabelecimentos residenciais e comerciais com padrão médio ou alto;
b. Baixa - estabelecimentos residenciais e comerciais com padrão baixo e miserável;
c. Misto - engloba estabelecimentos residenciais e comerciais tanto de classe Alta-
Média como os de classe baixa.
O resumo das observações nas regiões dos roteiros amostrados encontram-se a seguir:
Anexo 07
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO V
Quadro 30 - Situação sócio-econômica dos roteiros amostrados
ROTEIRO SITUAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA
N2M Média-Alta
N5M Média-Alta
N9M Baixa
L4M Mista
L5V Mista
L6M Média-Alta
B3V Média-Alta
C1DV Média-Alta
C3DN Média-Alta
C4DN Média-Alta
CS2M Baixa
K5V Mista
K8V Mista
01-CB Baixa
Armação Média-Alta
Caeira da Barra do Sul Média-Alta
Campeche Mista
Rio Tavares Mista
80
5.4. DADOS SOBRE O TURISMO
Devido à influência do turismo no aumento da produção de RESUD, principalmente nos
meses de verão, procuramos encontrar dados relativos ao fluxo turístico na cidade. O único
setor que possui estimativa oficial a este respeito é a Secretaria Municipal de Turismo,
Cultura e Esportes. Com base em dados dos Censos 99 e 2000 do IBGE, bem como em
dados do setor hoteleiro e de restaurantes, a Secretaria forneceu os resultados descritos na
tabela abaixo:
5.5. DADOS SOBRE A POPULAÇÃO FLUTUANTE
Como Florianópolis recebe muitas pessoas de cidades vizinhas, que vem principalmente
trabalhar, estudar e utilizar serviços na cidade, procurou-se dados relacionados a essa
população, com o objetivo de avaliar sua influência nos resultados da pesquisa. Os dados
encontrados foram cedidos por duas fontes:
a) Levantamento realizado pela Polícia Rodoviária Federal e DNER, que durante 10
dias de outubro de 2001, fizeram a contagem do número de veículos que entram e saem
da Ilha de Santa Catarina. Essa contagem foi realizada em dois pontos diferentes da Via
Expressa (BR 282), sendo um no Km 2 (próximo à cabeceira da Ponte Pedro Ivo
Campos) e outro no Km 5 (próximo ao estacionamento do Shopping Center Itaguaçu).
Os resultados estão descritos abaixo:
b) Levantamento realizado pelo DETER, do número de passageiros que se deslocam
diariamente entre os municípios da Região Metropolitana e Florianópolis (nos dois
sentidos - ida + volta) tabela 15. Estes dados fazem parte do relatório parcial do Estudo
do Sistema Integrado de Transporte Público de passageiros da Região Metropolitana de
Florianópolis, de junho de 2002.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO V
Quadro 31 - Estimativa do fluxo anual de turistas em Florianópolis
ANO POPUL. RESIDENTE POPUL. VERANISTA POPUL. TURISTAS
1999 315.479 435.490 119.989
2000 341.781 506.241 154.460
2001 341.781 552.888 211.107
Fonte: Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esportes, Julho/2002
Quadro 32 - Fluxo diário de veículos na Via Expressa (BR 282) em Outubro de 2001
SENTIDO
Ilha – Continente 39.257 41.608
Continente – Ilha 39.211 45.757
Fonte: Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal, Julho/2002
KM 02 KM 05
81
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CAPÍTULO V
MUNICÍPIO PASSAGEIROS/DIA
26.390Biguaçu
Gov. Celso Ramos
Antônio Carlos
São José
Santo Amaro da Imperatriz
Águas Mornas
Palhoça
São Pedro de Alcântara
TOTAL
Quadro 33 - Movimentação diária de passageirosentre os municípios da região metropolitana de Florianópolis
(nos dois sentidos - ida + volta)
5.893
627
85.525
8.084
1.214
6.339
160.841
26.769
Fonte: DETER, Relatório parcial do Estudo do Sistema Integrado de Transporte Público de passageiros da Região Metropolitana de Florianópolis, junho de 2002.
82
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da caracterização qualitativa e quantitativa do conjunto de resíduos sólidos urbanos
domiciliares, públicos e comerciais - RESUD, recolhidos pela coleta convencional na cidade
de Florianópolis, obteve-se informações sobre o potencial de valorização desses resíduos,
entre outros resultados.
Constatou-se que 46% em peso, é composto pela fração orgânica, passível de ser tratada
(reciclada) pelo processo de compostagem. Pode-se apontar muitas vantagens em optar
pela compostagem dos resíduos orgânicos: ganho econômico, em especial para a cidade de
Florianópolis, que paga pelo transporte e disposição dos resíduos em aterro sanitário
localizado na cidade vizinha de Biguaçu (um sistema de compostagem pode reduzir em
muito a quantidade de resíduos a ser destinada ao aterro sanitário, diminuindo
conseqüentemente os custos com esse serviço); ganho socioeconômico através da
possibilidade de geração de trabalho e renda com a produção e utilização do composto
(jardins, hortas escolares, cultivo de plantas medicinais); ganho ambiental pois os resíduos
orgânicos colaboram para a ocorrência dos principais impactos ambientais a serem
minimizados no aterro sanitário, pois a matéria orgânica em meio anaeróbio gera líquidos e
gases ácidos, que juntamente com a água que percola pelo aterro vai carreando os
compostos tóxicos, como metais pesados, presentes em embalagens plásticas, papeis,
pilhas, e etc.
Verificou-se que 38% dos resíduos recolhidos e enviados ao aterro sanitário tem potencial
para serem reciclados. Ao destinar materiais recicláveis para os aterros temos um
desperdício de matéria prima e energia, sem considerar o trabalho e a renda que seriam
propiciados por um sistema de reciclagem.
A partir das considerações acima, podemos dizer que 84% dos resíduos recolhidos em
Florianópolis tem potencial de reciclagem (orgânicos + recicláveis), ou seja apenas 16% das
332.219 t/dia de RESUD geradas na cidade precisariam ser aterradas. Sabe-se que
nenhuma cidade brasileira ou mesmo americana ou européia chegou a este nível de
aproveitamento dos resíduos, mas a partir destes dados pode-se estabelecer metas mais
ousadas que as atuais.
Comparando-se os resultados da caracterização de 1988 com a atual, percebe-se uma
produção de resíduos orgânicos praticamente constante, um aumento de 68 % em peso na
coleta de plásticos, um acréscimo de 110% em peso na coleta de vidro e uma queda de 55%
em peso na coleta de papel e papelão. Podemos concluir a partir destes dados que a
presença de embalagens de produtos manufaturados no RESUD vem crescendo nos
últimos anos, devendo então ser estabelecido o princípio do "poluidor pagador", onde as
empresas devem responsabilizar-se por todo ciclo de vida do seu produto, desde a origem
até o seu descarte. Outra conclusão é que a diminuição do papel e papelão na composição
CAPÍTULO VI
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS
83
do RESUD não está relacionada ao consumo desses materiais, mas à presença forte dos
catadores na cidade, sendo observado sua atuação durante a pesquisa bem como ao
grande número de empresas e instituições que possuem programas de coleta seletiva de
papel.
Na caracterização de 2002 incluiu-se itens que não constavam na pesquisa de 1988 devido
a sua inexistência no RESUD, como é o caso do multicamada, do tecnológico e do PET , o
que evidencia mudança na constituição dos resíduos sólidos. Outra fração também incluída
na atual pesquisa é o item sanitário, composto principalmente por papel higiênico e fraldas,
representando 8,87% em peso na composição do RESUD. Atualmente, devido à grande
oferta de sacolas plásticas, os resíduos do banheiro geralmente são embalados
separadamente nas residências, permitindo sua triagem, o que não aconteceu na pesquisa
de 1988, onde os resíduos eram colocados todos juntos em um recipiente para ser coletado.
Isso fazia com que os materiais fossem bem homogeneizados, dificultando a triagem deste
item. Conforme Guadagnin e Bianchini, 2000, as fraldas estão fortemente presentes devido
à entrada no mercado dos produtos importados, o que facilitou o acesso de outras classes
sociais a este tipo de bem de consumo, e devido ao aumento do poder aquisitivo das
classes mais baixas.
Devido principalmente ao aumento da quantidade de plásticos na composição dos resíduos,
a densidade aparente diminuiu 53%. Isso aumenta o custo de coleta e transporte dos
resíduos sólidos, pois os mesmos ocupam maiores espaços nos caminhões. Outro problema
causado e o aumento do espaço ocupado nos aterros sanitários, diminuindo assim o tempo
de vida útil do mesmo.
A umidade também diminuiu nesta última pesquisa, tendo uma queda de 24%. O provável
motivo, além do aumento das embalagens, está no elevado valor obtido em 1988 devido aos
vários dias chuvosos durante o período da pesquisa daquele ano. Além disso, com a
grande oferta de sacolas plásticas, a maioria das pessoas não dispõe mais os resíduos para
coleta em latas, à granel, aumentando a exposição desses materiais à chuva, como era
hábito há anos atrás.
Com relação à variação entre baixa e alta temporada, poucos são os materiais que possuem
variação expressiva, sendo eles o alumínio (aumento de 30% em peso), o papelão (aumento
de 25% em peso), os plásticos (aumento de 20% em peso) e o multicamada (aumento de
20% em peso). Esses valores indicam que uma maior quantidade de materiais recicláveis
estão disponíveis nos resíduos no verão, alertando para a necessidade de programas
especiais de recolhimento de recicláveis neste período.
As variações na composição do RESUD entre as regiões são pouco significativas, não se
justificando com base na composição dos resíduos um maior investimento em coleta seletiva
e/ou compostagem em determinada região. Porém a variação entre roteiros é muito
expressiva, justificando algumas ações específicas em determinados roteiros, como por
exemplo o roteiro C4DN, que compreende a região da Av. Beira-Mar Norte.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CONCLUSÃO
84
A previsão de obter-se um valor de produção per capita menor que 0,97 Kg/hab.dia, valor
obtido através da divisão da produção de RESUD da cidade pela população residente da
mesma, quando calcula-se a produção per capita a nível de roteiro de coleta foi confirmada,
atingindo o valor de 0,77 Kg/hab.dia. Essa diferença já era esperada, pois ao calcular-se a
produção per capita considerando apenas a população residente da cidade e ignorando as
pessoas das cidades vizinhas que vem principalmente trabalhar, estudar, passear e fazer
compras em Florianópolis, esse cálculo torna-se superestimado. Ao calcular-se a produção
per capita em nível de roteiro de coleta, diminuiu-se muito a influência da população
flutuante, dando dessa forma um resultado mais representativo sobre a quantidade de
RESUD que um florianopolitano produz diariamente.
O aumento da produção per capita na alta temporada (0,87 Kg/hab.dia), com relação à baixa
temporada (0,73 Kg/hab.dia), considerando a média anual, pode ser causa da imprecisão na
determinação do aumento populacional no verão, conforme descrito na etapa IV do item
4.3.2. Essa imprecisão justifica-se devido a variação do número de usuários de uma ligação
elétrica, que não necessariamente é uma residência, mas sim pode ser uma pousada ou
hotel por exemplo. Também se deixou de contabilizar aquelas pessoas que somente passam
o dia em determinada região, sem estar necessariamente residindo temporariamente na
mesma. Outra causa possível do aumento da produção per capita é o aumento na geração
de RESUD, devido ao maior poder de compra dos turistas.
Com relação à taxa de geração per capita de lixo na baixa temporada, constatou-se um
aumento de 60% em comparação com a pesquisa realizada no ano de 1995. Isso indica a
responsabilidade com que o assunto deve ser tratado não apenas pelo poder público, mas
por toda a sociedade, incluindo especialmente os fabricantes de manufaturados. É
necessário rever nossos padrões de consumo, investir mais em educação, principalmente
em programas que visem a Redução na geração de resíduos. É de se ressaltar que em
continentes como a Europa, já está formalizado o compromisso da indústria com a
destinação das embalagens produzidas. No Brasil, existem neste sentido algumas
resoluções para poucos materiais, como pneus, pilhas e baterias, estando ainda em fase de
Projeto de Lei o estabelecimento de uma Política Nacional de gestão de resíduos com este
enfoque.
Enfim, a presente pesquisa caracterizou quantitativa e qualitativamente o RESUD de
Florianópolis, apontando as mudanças ocorridas na composição dos resíduos em relação a
1988, bem como o aumento da geração de resíduos em comparação a 1995. Assim os
dados obtidos servem de base para otimização do sistema de gerenciamento do RESUD
bem como disponibiliza subsídios à elaboração da política de resíduos sólidos.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - CONCLUSÃO
85
Agenda 21Local do Município de Florianópolis: Meio Ambiente Quem Faz é a Gente.
Prefeitura Municipal de Florianópolis, 2000.
Apostilas Ambientais. CETESB. São Paulo, 1997.
BAASCH, Sandra S.S., DUARTE, Márcio S. Produção per capita de Lixo Domiciliar no
Município de Florianópolis. ENS /UFSC. Florianópolis, SC. Julho/1995.
BAASCH, Sandra S.S., PHILLIPPI, L.S. Caracterização dos Resíduos Sólidos do Município
de Florianópolis. ENS /UFSC. Florianópolis, SC. Agosto/1988.
BAPTISTA, Fernando Rodrigues da Matta. Caracterização Física e Comercial do Lixo
Urbano de Vitória E/S, em Função da Classe Social da População Geradora. UFES. Vitória,
ES. 2001.
BIPM, IEC, IFCC, ISO, IUPAC, IUPAP, OIML, Guia para a Expressão da Incerteza de
Medição, Segunda Edição Brasileira, 1998.
Cadernos Técnicos: A caracterização dos Resíduos Sólidos. LIPOR. Portugal, 2000.
Censo 2000. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. WWW.IBGE.GOV.BR.
DE OLIVEIRA, Selene. Gerenciamento e Caracterização Física dos Resíduos Sólidos
Urbanos de Botucatu / Sp. Botucatu, 1997. 127p. Tese (Mestrado em Agronomia Energia na
Agricultura) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista.
GUADAGNIN, Mário Ricardo et all. Caracterização de Resíduos Sólidos Domiciliares dos
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Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC, Criciúma, SC, 2002.
Guia de Ruas Florianópolis; EDEME; IPUF Florianópolis, SC. 1999
Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado 2º ed.São Paulo: IPT/CEMPRE, 2000.
MANRICH, Sati; FRANTINNI, Gustavo; ROSALINI, Antonio Carlos. Identificação dos
Plásticos: Uma ferramenta para reciclagem. São Carlos. EDUFSCar, 1997.
Plano Diretor Regional de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos no Estado d e
Santa Catarina: Relatório Parcial R3. CODESC, BURGEAP, ENGEBIO. Florianópolis, 2002.
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Urbano de Florianópolis.
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
86
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - ANEXOS
Resíduos Orgânicos
Papel
Papelão
Plá
stic
os
PEAD (2)
PVC (3)
PEBD (4) – colorido
PEBD (4) – transparente
PP (5)
PS (6) - isopor
Sacos Metalizados
EXEMPLOSCOMPONENTES
Todos os tipos; inclusive fotos e sacos de cimento exceto papel carbono;
Duas folhas lisas com recheio ondulado;
Sacola de supermercado, saco para frutas;
Envólucro de cigarro, filme para embalar alimentos;
Saco de leite, lona, saco de açúcar;
Embalagem para fardo de refrigerante;
Pacote de bolacha, embalagem de picolé;
Todos os tipos de isopor
Pacote de salgadinho e café;
Misturas ou material de difícil identificação
Embalagens de refrigerante, óleo e bolo ;
Frasco de detergente e de água sanitária;
Canos de água, garrafa de desinfetante e adoçante;
Frasco para desodorante;
Pote de margarina,
Garrafa de água mineral;
Copo descartável, copo de iogurte transparente;
Brinquedos, mistura de vários plásticos, corda;
Todos os tipos; inclusive vidro de tintas, remédios e esmalte vazios, lâmpadas incandescentes;
Embalagens de alimentos congelados e longa vida;
Todos objetos inclusive lacre de embalagens;
Todos os objetos imantados;
Bijuterias, fios de cobre e outro objetos não distinguível;
Cerâmicas, louças, porcelanas, entulho, areia;
Seringas, curativos, luvas, laminas, gases;
Todos os tipos; inclusive lápis, carvão, caixa de fósforo, brinquedos;
Todos os tipos;
Papel higiênico, fraldas descartáveis, absorventes,camisinhas, lenços umidecidos;
Todos os tipos;
Tintas, solventes, pigmentos, vernizes, venenos, pesticidas, herbicidas, inseticidas, baterias, óleo lubrificante, fluído de freio, pilhas, frascos aerossóis,lâmpadas fluorescentes, remédios;
Equipamentos para informática, cds, fitas K7 e VHS;
Espuma, materiais de difícil classificação devido a mistura de materiais.
Todo tipo de alimentos, restos de poda, animais mortos,ossos, papel toalha muito sujos.
Outros Moles
PET (1)
PEAD (2)
PVC (3)
PEBD (4)
PP (5)
PP (5) – garrafa azul
PS (6)
Outros Duros
Vidro
Multicamadas (Tetra Pak)
Alumínio
Ferro
Me
tais
Outros Metais
Inertes
Infectantes
Madeira
Têxtil, couro
Sanitário
Borracha
Tóxico
Tecnológico
Outros
Mo
les
Du
ros
Os plásticos são classificados conforme os procedimentos mencionados em bibliografia.
Anexo 01 - Descrição dos componentes do RESUD e suas características
88
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - ANEXOS
CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE FLORIANÓPOLIS - 1
Mês: INFORMAÇÕES SOBRE A AMOSTRA
Roteiro: Nº Amostra Abrangência
PBT (ton): Tara (ton): Nº Coletor:
Período: Marca Eq. Peso Liq.:
Condição Tempo: Nº da Viagem Data:
Produto Sub-Produto Peso Percentual total Percentual parcial
Resíduo Orgânico
Papel
Papelão
Plásticos
PEAD (2)
PVC (3)
Mole
PEBD (4)colorido
PEBD (4) transparente
PP (5)
PS (6) isopor
Sacos Metalizados
Outros
Subtotal
PET (1)
PEAD (2)
Duro
PVC (3)
PEBD (4)
PP (5)
PP (5)Garrafa azul
PS (6)
Outros
Subtotal
Vidro
Multicamada
Metais
Alumínio
Ferro
Outros
Subtotal
Madeira
Texteis, Trapo, Couro
Tóxicos Pilhas,Bat,Aera...
Infectantes
Fraldas e Lixo Sanitário
Inertes
Borracha
Tecnológico
Outros
Total
Peso Específico (Kg/m³):
Densidade Aparente -(Lab.)- (Kg/m³):
Umidade (%):
COMPONENTES FÍSICOS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS:
Anexo 02 - Planilha de Campo
89
Estagiários e auxiliares operacionais
Mês SemanaDia da
Semana / mêsRoteiro /
Nº da viagemPeríodo dapesquisa
Estagiários
Matutino2ª feira /
Vespertino
Matutino3ª feira /
Vespertino
Matutino4ª feira /
Vespertino
Matutino5ª feira /
Vespertino
Matutino6ª feira /
Vespertino
Anexo 03 - Planilha cronograma de pesquisa
90
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - ANEXOS
Fiscais de Coleta e Balanceiro
Mês SemanaDia da
Semana / mêsRoteiro /
Nº da viagemPeríodo daDescarga
Fiscais
Matutino2ª feira /
Vespertino
Matutino3ª feira /
Vespertino
Matutino4ª feira /
Vespertino
Matutino5ª feira /
Vespertino
Matutino6ª feira /
Vespertino
Anexo 04 - Planilha Cronograma de descarga
91
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - ANEXOS
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - ANEXOS
Anexo 05 - Análise da Influência em % Peso da Coleta Seletiva na Coleta Convencional
- O periodo considerado para os dados de produção de resíduos são de 01/07/01 a 30/06/02.
- Para o roteiro C1DV considerou-se apenas os materiais papelão, papel misto e papel branco recolhidos pela Associação de Coletores de Materiais Recicláveis - ASCOMARE.
ROTEIRO DA CONVENCIONAL
ROTEIRO DASELETIVA
PESO TOTALSELETIVA (Kg)
% INFLUÊNCIA SEL. NA CONV.
PESO DA SELETIvAINFLUENTE (Kg)
PESO DA CONV.(Kg)
PESO DA CONV. +SEL. INFL. (KG)
INFLUÊNCIA EM% PESO
N2M S5-04 53200 30 15960 3340064 3356024 0,48
N5M S4-03 121725 10 12173 1338617 1350790 0,90
N9M Sem Coleta 0 0 0 0 0 0
L4M S5-07 65905 100 65905 2236375 2302280 2,86
L5V S4-03 121725 10 12173 922607 934780 1,30
L6M S5-06 72545 100 72545 1675247 1747792 4,15
B3V S2-01 139855 100 139855 1912323 2052178 6,81
C1DV ASCOMARE 1888095 66 1246143 3384766 4630909 26,91
CS2M Sem Coleta 0 0 0 0 0 0
C3DN S7-02 76730 100 76730 4460785 4537515 1,69
C4DN S7-03 70270 50 35135 5405659 5440794 0,65
K5V S2-04 85665 50 42833 2326821 2369654 1,81
K8V S3-06 71250 50 35625 2464560 2500185 1,42
01-CB Sem Coleta 0 0 0 0 0 0
Sul da Ilha CASVIG 194550 100 194550 14549380 14743930 1,32
92
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - ANEXOS
NFLUÊNCIAROTEIRO DADOS LEVANTADOS
A.T. B.T.
N2M FRACA FORTE
No dia 20/01/01 foram encontrados dois catadores utilizando
carrinhos para transportar papelão e garrafas e o motorista
comentou que normalmente há mais dois catadores
trabalhando na região. No dia 14/10/02 o motorista da coleta
seletiva relatou ter encontrado apenas um catador que
recolhe todo tipo de material com um carrinho.
MÉDIA FORTEN5M
No dia 06/09/01 foram encontrados um homem recolhendo
com auxílio de bicicleta todo tipo de material, uma mulher
recolhendo papel/papelão utilizando carrinho, e ainda uma
mulher e uma criança recolhendo à pé, latas de alumínio. O
motorista comentou que é normalmente é encontrado mais
um catador na região. Durante o acompanhamento da coleta
seletiva no dia 28/02/01, encontrou-se dois catadores com
carrinhos e um com caminhonete, porém o motorista afirmou
que havia mais catadores. No dia 14/10/02 o motorista da
seletiva falou que encontra um catador com carrinho
recolhendo papelão.
N9M MÉDIA -
No dia 02/08/01 não foi encontrado nenhum catador, porém
o motorista comentou que há um homem que utiliza uma
caminhonete para recolher materiais tanto da coleta seletiva
quanto da convencional.
L4M FORTE FORTE
No dia 08/03/01 encontrou-se 2 homens trabalhando com
um veículo tipo furgão (kombi), recolhendo papelão em
grande quantidade. No dia 14/10/02 o motorista da coleta
seletiva falou que encontra catadores com carroça, carrinho,
veículo e a pé, porém não sabe quantificar.
L5V MÉDIA -
No dia 19/07/01 foi encontrado um homem que recolhia
alumínio e ferro, com o auxílio de um carrinho acoplado a
uma bicicleta. O motorista da coleta convencional falou no
dia 09/10/02, que ele encontra esporadicamente três
catadores com carrinho, recolhendo todo tipo de material.
No dia 14/10/02 o motorista da seletiva falou que encontra
um catador que recolhe papelão com um carrinho.
L6M FORTE FORTE
Não foi encontrado nenhum catador no dia 18/07/01
provavelmente devido a chuva. Porém no dia 14/10/02 o
motorista da coleta seletiva falou que encontra catadores
com carroça, carrinho, veículo e a pé, mas ele não pode
quantificar o número de catadores.
C1DV - -Nesse roteiro trabalham os catadores da associação dos
coletores de materiais recicláveis, sendo esta produção
considerada nos cálculos da coleta seletiva formal
Não foi encontrado catadores no dia 02/12/01, e de acordo
com o motorista não há catadores na regiãoCS2M - FRACA
Anexo 06 - Resultado da pesquisa sobre a coleta seletiva informal
93
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - ANEXOS
C4DN FORTE -
B3V FORTE -
FRACA -
FRACA -
MÉDIA -
FRACA FRACA
No roteiro do rio tavares não encontrou-se catadores no dia
25/10/01, porém o motorista comentou que há 3 catadores
que atuam na região. O motorista, no dia 10/10/02,
respondeu no questionário que ele encontra um catador que
recolhe papelão com um veículo tipo furgão (kombi), e um
catador a pé coletando latas de alumínio.
MÉDIA -
SUL DAILHA
Foi encontrado 1 catador recolhendo todo tipo de material
com um carrinho no dia 31/10/01, e segundo relatos do
motorista, normalmente encontram-se 3 desses catadores no
roteiro. No dia 14/10/02 o motorista da seletiva encontrou 5
catadores recolhendo todo tipo de material com um carrinho.
C3DN FORTE -
Encontrou-se no dia 23/01/01 durante o acompanhamento
do roteiro, três catadores que recolhiam a pé latas de
alumínio. No dia 09/10/02 o motorista da coleta convencional
falou que encontra 2 catadores com carrinho recolhendo
todo tipo de material, três catadores de latas de alumínio,
recolhendo esse material a pé, e ainda um catador que
utiliza uma caminhonete para recolher todo tipo de material.
Não encontrou-se catadores durante o acompanhamento do
roteiro no dia 25/10/01. Porém no dia 14/10/02, o motorista da
coleta seletiva falou que encontra um catador com carrinho e
dois catadores com carroças, recolhendo papelão, e ainda um
catador com bicicleta recolhendo latas de alumínio
No roteiro da Caieira da Barra do Sul, dia 24/10/01, foi
encontrada uma mulher com uma criança recolhendo latas de
alumínio com um carrinho de mão. O motorista e os garis
comentaram que há mais 2 catadores que trabalham na região.
O motorista da coleta convencional falou, no dia 10/10/02, que
encontrou um catador recolhendo a pé, latas de alumínio.
No roteiro da armação não se encontrou catadores durante o
acompanhamento do roteiro no dia 26/07/02. Uma moradora
falou no dia 18/10/02 que há um casal no pântano do sul
recolhendo todo tipo de material, e também um caminhão
comprador de materiais recicláveis que freqüenta a região.
Com relação ao recolhimento de latas de alumínio, a moradora
falou que as pessoas da própria comunidade as recolhem.
No roteiro do campeche não encontrou-se catadores no dia
21/07/02, mas o motorista falou sobre a presença de 6
catadores, homens e mulheres acima de 30 anos, que recolhem
todo tipo de material com auxílio de carroça e bicicleta. No dia
18/10/02 uma moradora da região comentou que trabalham no
bairro campeche um catador com carrinho recolhendo papel,
papelão, latas de alumínio e garrafas pet, e um casal com
carroça recolhendo papel, papelão e latas de alumínio.
Nas demais regiões do sul da ilha, os motoristas da coleta
convencional falaram que eles não encontram catadores.
94
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - ANEXOS
No dia 17/10/01 encontrou-se um sucateiro que possui uma caminhonete e um galpão de tamanho considerável nessa região.
K5V MÉDIA ALTA
K8V MÉDIA MÉDIA
01-CB FRACA FRACA
No dia 11/01/01 encontrou-se dois catadores durante o acompanhamento da coleta convencional. Em
acompanhamento da coleta seletiva, no dia 19/02/01, encontrou-se quatro catadores com carrinhos de mão, quatro
com carrinho e outros a pé coletando latas de alumínio. O motorista também comentou que um veículo motorizado
também atua na região. Já no dia 09/10/02 o motorista da coleta convencional respondeu no questionário que encontra
um catador que recolhe todo tipo de material com um carrinho. O motorista da coleta seletiva falou no dia 14/10/02 que ele encontra dois catadores com carroças, recolhendo
todo tipo de material.
Foram encontrados no dia 18/07/01 um casal de catadores utilizando carrinho e um catador a pé utilizando sacos, coletando
todo tipo de material. Durante o acompanhamento da coleta seletiva no dia 02/03/01, encontrou-se um catador de bicicleta , e dois utilizando carrinhos, recolhendo todo tipo de material. No dia 09/10/02 o motorista falou que encontra um catador recolhendo
todo tipo de material com carrinho. Já o motorista da coleta seletiva falou no dia 14/10/02 que ele encontra dois catadores
recolhendo papelão com carrinhos de mão.
Obs.: é importante salientar que de modo geral há o aumento de catadores na alta temporada na cidade como um todo. Essa informação é constatada na comparação das observações do
acompanhamento dos roteiros realizado na alta temporada, com os resultados dos questionários e acompanhamentos realizados na baixa temporada. Em entrevistas a compradores de sucata,
confirmou-se essa conclusão.
95
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - ANEXOS
Anexo 07 - Planilha de acompanhamento dos roteiros
ACOMPANHAMENTO DOS ROTEIROS:
Nº do roteiro: Data:
Abrangência: Motorista
Estagiário: Peso Líquido:
Distância: Horário (Início- Fim):
SITUAÇÃO SÓCIO ECONÔMICA DA REGIÃO (Nº DE RUAS COM EDIFICAÇÕES DE):
Baixa renda:
Misto ( baixa e média - alta) renda:
Média e alta renda:
CONDIÇÕES DAS VIAS DE ACESSO:
Ruas não pavimentadas:
Ruas estreitas:
Ruas bem inclinadas:
Ruas não pavimentada e bem inclinada:
CONDIÇÕES DE MANOBRA PARA O CAMINHÃO:
Rua sem saída e/ou precisa ir de ré:
Grande movimento de veículos:
Estacionamentos que dificultam a coleta:
Servidões / esquina com lixeiras comunitárias:
PRESENÇA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA:
Mercearia, padaria , mini-mercado:
Estofaria:
Oficina mecânica:
Restaurantes:
Fabriquetas :
Postos de gasolina:
Lanchonete / bares:
Lojinhas:
Clínicas/ farmácias/ hospitais:
Cabelereiro:
TIPO DE LIXO GERADO PELO COMÉRCIO, ALGUM LIXO ESPECIAL:
DISPOSIÇÃO DO LIXO:
Lixeira:
Contentor:
Chão:
Lixeira e chão:
Sacolas de supermecados:
Outros:
96
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - ANEXOS
PONTOS SUJOS:
Endereços:
CATADORES:
INDIVÍDUOOU GRUPO
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
HOMEM MULHER CRIANÇA TIPO DE MATERIALCOLETADO
EQUIPAMENTOUTILIZADO
SUCATEIROS:
Endereços:
OUTRAS OBSERVAÇÕES:
97
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE FLORIANÓPOLIS - ANEXOS
Anexo 08 - Localização dos roteiros amostrados
ILHA DESANTA CATARINA
BAÍA NORTE
BAÍA SUL
OCEANOATLÂNTICO
ILHA DESANTA CATARINA
N2M N5M
N9M
L5V
L4M
L6MB3V
C3DNC1DVC4DNCS2M
K5V
K8V
PÂNTANO DO SUL
RIBEIRÃODA ILHA
LAGOA DO PERI
CAMPECHE
CAIEIRA DABARRADO SUL
LAGOADA
CONCEIÇÃO
BARRA DALAGOA
JOAQUINA
SÃO JOÃO DORIO VERMELHO
CANASVIEIRAS
INGLESES
STO ANTÔNIODE LISBOA
ARMAÇÃO
RIOTAVARES
LEGENDA
LESTE
CENTRO
CONTINENTE
SUL
NORTE
01CB
98
ILHA DESANTA CATARINA
BAÍA SUL
BAÍA NORTE
OCEANOATLÂNTICO
RUAS ATENDIDAS PELO ROTEIRO C3DN
DEMAIS RUAS DA REGIÃO
Peso Específico: 121,94 Kg/m³
Produção per capita (Kg/hab.dia):
Hospitais, farmácias e padarias
Umidade: 56,11 %
Baixa Temp.: 0,59 Alta Temp.:0,54
Sanitário - 10,43
Outros - 6,75
Vidros - 3,53
Metais - 2,37
Plástico Duro - 4,52
Nº DE AMOSTRAS
COMPOSIÇÃO FÍSICA (%)
11(Roteiro Fixo)
ROTEIRO C3DN
Principais Atividades de Serviço:
Situação Sócio-econômica: Média - alta
Produção Mensal: 376 toneladas
Influência da Seletiva Formal (peso): 1,69%
Ocupação: 81,13% resid. e 18,87% comerc.
DIAS E TURNO DE COLETA
Baixa Temp.: diário - noturnoAlta Temp.: diário - noturno
Papel - 13,80
Papelão - 2,72
Orgânico - 45,37
Plástico Mole - 10,53
BAIRROS ATENDIDOS
CARACTERÍSTICAS E DADOS DO ROTEIRORESULTADOS DA PESQUISA
Centro (Av Mauro Ramos)
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO ROTEIRO C3DN
FOLHAESCALADATA
01/13Dezembro/2002
Pesquisa de Caracterização dos ResíduosSólidos Urbanos Domiciliares de Florianópolis
REALIZAÇÃO PARCERIAS
sem escala
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R. FERNANDO MACHADO
R. MJ. JOSÉ A. FARIA
R. FELICIANO NUNES PIRES
R. DR. CID GONZAGAR. BULCÃO VIANA
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R. MONS. TOPP.
R. CRISPIM MIRA
HOSPITAL DE
CARIDADE
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R. PRES. COUTINHO
AV. HERCILIO LUZ
OCEANOATLÂNTICO
RUAS ATENDIDAS PELO ROTEIRO K5V
DEMAIS RUAS DA REGIÃO
ILHA DESANTA CATARINA
BAÍA SUL
BAÍA NORTE
Peso Específico: 128,91 Kg/m³
Produção per capita (Kg/hab.dia):
Mercearias, padarias e Bares
Umidade: 56,17 %
Baixa Temp.: 0,89 Alta Temp.:0,93
Sanitário - 7,98
Outros - 9,91
Vidros - 3,20
Metais - 2,88
Plástico Duro - 4,52
Nº DE AMOSTRAS
COMPOSIÇÃO FÍSICA (%)
12(Roteiro Fixo)
ROTEIRO K5V
Principais Atividades de Serviço:
Situação Sócio-econômica: Mista
Produção Mensal: 189 toneladas
Influência da Seletiva Formal (peso): 1,81%
Ocupação: 84,08% resid. e 15,92% comerc.
DIAS E TURNO DE COLETA
Baixa Temp.: 3ª, 5ª e sábado - vespertinoAlta Temp.: 3ª, 5ª e sábado - vespertino
Papel - 11,18
Papelão - 2,09
Orgânico - 48,61
Plástico Mole - 9,65
BAIRROS ATENDIDOS
Balneário Estreito e parte do Figueirense
CARACTERÍSTICAS E DADOS DO ROTEIRORESULTADOS DA PESQUISA
R. JOSÉ A
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PRAIA DO MATADOURO
PONTA DO LEAL
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO ROTEIRO K5V
FOLHAESCALADATA
02/13Dezembro/2002
Pesquisa de Caracterização dos ResíduosSólidos Urbanos Domiciliares de Florianópolis
REALIZAÇÃO PARCERIAS
sem escala
ILHA DESANTA CATARINA
BAÍA SUL
BAÍA NORTE
OCEANOATLÂNTICO
RUAS ATENDIDAS PELO ROTEIRO K8V
DEMAIS RUAS DA REGIÃO
Peso Específico: 141,26 Kg/m³
Produção per capita (Kg/hab.dia):
Mercearias, Padarias, Bares e Cabelereiros
Umidade: 44,95 %
Baixa Temp.: 0,56 Alta Temp.: 0,61
Sanitário - 7,38
Outros - 10,28
Vidros - 1,95
Metais - 2,27
Plástico Duro - 4,12
Nº DE AMOSTRAS
COMPOSIÇÃO FÍSICA (%)
12(Roteiro Fixo)
ROTEIRO K8V
Principais Atividades de Serviço:
Situação Sócio-econômica: Mista
Produção Mensal: 198 toneladas
Influência da Seletiva Formal (peso): 1,42%
Ocupação: 91,60% resid. e 8,40% comerc.
DIAS E TURNO DE COLETA
Baixa Temp.: 2ª, 4ª e 6ª - vespertinoAlta Temp.: 2ª, 4ª e 6ª - vespertino
Papel - 13,69
Papelão - 2,13
Orgânico - 48,82
Plástico Mole - 9,37
BAIRROS ATENDIDOS
Parte de Capoeiras e Vila S. João
CARACTERÍSTICAS E DADOS DO ROTEIRORESULTADOS DA PESQUISA
R. GUSTAVO BARROSO
R. JORN. H. M. FILHO
R. PROF. ORLANDO BRASIL
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R. NANEM J. CURI
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R. FELIPE NEVES
R. FELIPE NEVES
R. FELIPE NEVES
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO ROTEIRO K8V
FOLHAESCALADATA
03/13Dezembro/2002
Pesquisa de Caracterização dos ResíduosSólidos Urbanos Domiciliares de Florianópolis
REALIZAÇÃO PARCERIAS
sem escala
ILHA DESANTA CATARINA
BAÍA SUL
BAÍA NORTE
OCEANOATLÂNTICO
RUAS ATENDIDAS PELO ROTEIRO L4M
DEMAIS RUAS DA REGIÃO
Peso Específico: 149,19 Kg/m³
Produção per capita (Kg/hab.dia):
Mercearias, Padarias, Bares,Restaurantes e Pousadas
Umidade: 48,01 %
Baixa Temp.: 1,18 Alta Temp.: 1,60Sanitário - 6,59
Outros - 9,32
Vidros - 4,54
Metais - 2,49
Plástico Duro - 5,25
Nº DE AMOSTRAS
COMPOSIÇÃO FÍSICA (%)
12(Roteiro Fixo)
ROTEIRO L4M
Principais Atividades de Serviço:
Situação Sócio-econômica: Mista
Produção Mensal: 159 toneladas
Influência da Seletiva Formal (peso): 2,86%
Ocupação: 89,92% resid. e 10,08% comerc.
DIAS E TURNO DE COLETA
Baixa Temp.: 2ª, 4ª e 6ª - vespertinoAlta Temp.: 2ª, 4ª e 6ª - vespertino
Papel - 10,52
Papelão - 3,85
Orgânico - 48,50
Plástico Mole - 8,94
BAIRROS ATENDIDOS
Barra da Lagoa
CARACTERÍSTICAS E DADOS DO ROTEIRORESULTADOS DA PESQUISA
PRAIA DA BARRA DA LAG
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MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO ROTEIRO L4M
FOLHAESCALADATA
04/13Dezembro/2002
Pesquisa de Caracterização dos ResíduosSólidos Urbanos Domiciliares de Florianópolis
REALIZAÇÃO PARCERIAS
sem escala
ILHA DESANTA CATARINA
BAÍA SUL
BAÍA NORTE
OCEANOATLÂNTICO
RUAS ATENDIDAS PELO ROTEIRO N2M
DEMAIS RUAS DA REGIÃO
R. DR. JOÃO DE OLIVEIRA
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R. MADRE MARIA VILLAC
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Peso Específico: 129,99 Kg/m³
Produção per capita (Kg/hab.dia):
Não registrado
Umidade: 46,51%
Baixa Temp.: 0,77 Alta Temp.: 1,17
Sanitário - 7,84
Outros - 5,80
Vidros - 5,27
Metais - 2,45
Plástico Duro - 5,23
Nº DE AMOSTRAS
COMPOSIÇÃO FÍSICA (%)
12(Roteiro Fixo)
ROTEIRO N2M
Principais Atividades de Serviço:
Situação Sócio-econômica: Média - alta
Produção Mensal: 186 toneladas
Influência da Seletiva Formal (peso): 0,48%
Ocupação: 92,17% resid. e 7,83% comerc.
DIAS E TURNO DE COLETA
Baixa Temp.: 2ª, 4ª e 6ª - matutinoAlta Temp.: diário - matutino
Papel - 10,09
Papelão - 4,02
Orgânico - 48,73
Plástico Mole - 10,59
BAIRROS ATENDIDOS
Canasvieiras
CARACTERÍSTICAS E DADOS DO ROTEIRORESULTADOS DA PESQUISA
MAR
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO ROTEIRO N2M
FOLHAESCALADATA
05/13Dezembro/2002
Pesquisa de Caracterização dos ResíduosSólidos Urbanos Domiciliares de Florianópolis
REALIZAÇÃO PARCERIAS
sem escala
ILHA DESANTA CATARINA
BAÍA SUL
BAÍA NORTE
OCEANOATLÂNTICO
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AV. MADRE BENVENUTA
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Peso Específico: 115,75 Kg/m³
Produção per capita (Kg/hab.dia):
Supermercados, padarias e mercearias.
Umidade: 59,89 %
Baixa Temp.: 0,58 Alta Temp.:0,64
Sanitário - 10,39
Outros - 6,88
Vidros - 3,01
Metais - 2,05
Plástico Duro - 3,69
Nº DE AMOSTRAS
COMPOSIÇÃO FÍSICA (%)
04(Roteiro Alternado)
ROTEIRO B3V
Principais Atividades de Serviço:
Situação Sócio-econômica: Média - alta
Produção Mensal: 153 toneladas
Influência da Seletiva Formal (peso): 6,81%
Ocupação: 96,80% resid. e 3,20% comerc.
DIAS E TURNO DE COLETA
Baixa Temp.: 3ª, 5ª e sábado - vespertinoAlta Temp.: 3ª, 5ª e sábado - vespertino
Papel - 16,85
Papelão - 0,57
Orgânico - 48,34
Plástico Mole - 9,02
BAIRROS ATENDIDOS
Santa Mônica, Jardim Anchieta e Córrego Grande
CARACTERÍSTICAS E DADOS DO ROTEIRORESULTADOS DA PESQUISA
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO ROTEIRO B3V
FOLHAESCALADATA
06/13Dezembro/2002
Pesquisa de Caracterização dos ResíduosSólidos Urbanos Domiciliares de Florianópolis
REALIZAÇÃO PARCERIAS
sem escala
RUAS ATENDIDAS PELO ROTEIRO B3V
DEMAIS RUAS DA REGIÃO
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PONTE. GOV. PEDRO IVO CAMPOS
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R. ALMIRANTE LAMEGO
PÇA GOV. CELSO RAMOS
AV. DA SAUDADE
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Peso Específico: 102,47 Kg/m³
Produção per capita (Kg/hab.dia):
Restaurantes, Lanchonetes, Lojas de roupas,móveis, calçados e eletrodomésticos.
Umidade: 56,93%
Baixa Temp.: 1,47 Alta Temp.: 1,52Sanitário - 10,98
Outros - 6,09
Vidros - 2,16
Metais - 1,20
Plástico Duro - 7,57
Nº DE AMOSTRAS
COMPOSIÇÃO FÍSICA (%)
04(Roteiro Alternado)
ROTEIRO C1DV
Principais Atividades de Serviço:
Situação Sócio-econômica: Média - alta
Produção Mensal: 276 toneladas
Influência da Seletiva Formal (peso): 26,91%
Ocupação: 33,86% resid. e 66,14% comerc.
DIAS E TURNO DE COLETA
Baixa Temp.: diário - noturnoAlta Temp.: diário - noturno
Papel - 16,65
Papelão - 4,64
Orgânico - 37,50
Plástico Mole - 13,22
BAIRROS ATENDIDOS
Centro (”calçadão” e área comercial)
CARACTERÍSTICAS E DADOS DO ROTEIRORESULTADOS DA PESQUISA
PONTA DOCORAL
AV. JORN. RUBENS DE ARRUDA RAMOS
R. CONS. MAFRA
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO ROTEIRO C1DV
FOLHAESCALADATA
07/13Dezembro/2002
Pesquisa de Caracterização dos ResíduosSólidos Urbanos Domiciliares de Florianópolis
REALIZAÇÃO PARCERIAS
sem escala
RUAS ATENDIDAS PELO ROTEIRO C1DV
DEMAIS RUAS DA REGIÃO
ILHA DESANTA CATARINA
BAÍA SUL
BAÍA NORTE
OCEANOATLÂNTICO
ILHA DESANTA CATARINA
BAÍA SUL
BAÍA NORTE
OCEANOATLÂNTICO
RUAS ATENDIDAS PELO ROTEIRO C4DN
DEMAIS RUAS DA REGIÃO
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO ROTEIRO C4DN
FOLHAESCALADATA
Pesquisa de Caracterização dos ResíduosSólidos Urbanos Domiciliares de Florianópolis
REALIZAÇÃO PARCERIAS
sem escala
Peso Específico: 116,65 Kg/m³
Produção per capita (Kg/hab.dia):
Padarias, Restaurantes, Bares e Lojas
Umidade: 57,72 %
Baixa Temp.: 0,83 Alta Temp.:0,84
Sanitário - 9,52
Outros - 4,35
Vidros - 6,60
Metais - 2,83
Plástico Duro - 4,82
Nº DE AMOSTRAS
COMPOSIÇÃO FÍSICA (%)
04(Roteiro Alternado)
ROTEIRO C4DN
Principais Atividades de Serviço:
Situação Sócio-econômica: Alta
Produção Mensal: 444 toneladas
Influência da Seletiva Formal (peso): 0,65%
Ocupação: 77,81% resid. e 22,19% comerc.
DIAS E TURNO DE COLETA
Baixa Temp.: diário - noturnoAlta Temp.: diário - noturno
Papel - 17,27
Papelão - 1,88
Orgânico - 43,07
Plástico Mole - 9,67
BAIRROS ATENDIDOS
Centro ( Beira Mar Norte)
CARACTERÍSTICAS E DADOS DO ROTEIRORESULTADOS DA PESQUISA
R. BOCAIU
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08/13Dezembro/2002
ILHA DESANTA CATARINA
BAÍA SUL
BAÍA NORTE
OCEANOATLÂNTICO
RUAS ATENDIDAS PELO ROTEIRO CS2M
DEMAIS RUAS DA REGIÃO
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Servidões da Av..Mauro Ramos e parte da Agronômica
ROTEIRO CS2M
R. JOÃO CARVALHO
R. DES. NELSON NUNES
R. ERNESTO STODIECKR. JAIRO CALLADO
R. ALLAN KARDEC
R. CRUZ E SOUZA
AV. DO ANTÃO
R. JOÃO CARVALHO
R. EMB. EDMUNDO DA LUZ PINTO
R. DA PALESTINA
R. DR. AUGUSTO FAUSTO DE SOUZA
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R. S. LUIZ GONZAGA
R. PE. SCHRADER
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R. ARISTIDES LOBO
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Peso Específico: 115,75 Kg/m³
Produção per capita (Kg/hab.dia):
Mercearias. e bares
Umidade: 69,03 %
Baixa Temp.: 0,83 Alta Temp.:0,94
Sanitário - 12,16
Outros - 8,00
Vidros - 6,91
Metais - 2,89
Plástico Duro - 4,72
Nº DE AMOSTRAS
COMPOSIÇÃO FÍSICA (%)
04(Roteiro Alternado)
Principais Atividades de Serviço:
Situação Sócio-econômica: Baixa
Produção Mensal: 125 toneladas
Influência da Seletiva Formal (peso): 0%
Ocupação: 98,74% resid. e 1,26% comerc.
DIAS E TURNO DE COLETA
Baixa Temp.: 2ª, 4ª e 6ª - matutinoAlta Temp.: 2ª, 4ª e 6ª - matutino
Papel - 6,83
Papelão - 4,44
Orgânico - 43,58
Plástico Mole - 10,46
BAIRROS ATENDIDOS
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO ROTEIRO CS2M
FOLHAESCALADATA
Pesquisa de Caracterização dos ResíduosSólidos Urbanos Domiciliares de Florianópolis
REALIZAÇÃO PARCERIAS
sem escala
CARACTERÍSTICAS E DADOS DO ROTEIRORESULTADOS DA PESQUISA
09/13Dezembro/2002
R. A
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R. PROF. ANACLETO DAMIANI
ILHA DESANTA CATARINA
BAÍA SUL
BAÍA NORTE
OCEANOATLÂNTICO
RUAS ATENDIDAS PELO ROTEIRO L5V
DEMAIS RUAS DA REGIÃO
Peso Específico: 124,30 Kg/m³
Produção per capita (Kg/hab.dia):
Mercados, Padarias e Bares.
Umidade: 57,17 %
Baixa Temp.: 0,53 Alta Temp.: 0,92
Sanitário - 9,11
Outros - 8,87
Vidros - 4,80
Metais - 2,02
Plástico Duro - 4,08
Nº DE AMOSTRAS
COMPOSIÇÃO FÍSICA (%)
04(Roteiro Alternado)
ROTEIRO L5V
Principais Atividades de Serviço:
Situação Sócio-econômica: Mista
Produção Mensal: 69 toneladas
Influência da Seletiva Formal (peso): 1,30%
Ocupação: 96,16% resid. e 3,84% comerc.
DIAS E TURNO DE COLETA
Baixa Temp.: 3ª, 5ª e sábado - vespertinoAlta Temp.: 3ª, 5ª e sábado - vespertino
Papel - 9,91
Papelão - 5,70
Orgânico - 43,13
Plástico Mole - 12,37
BAIRROS ATENDIDOS
Rio Vermelho, exceto Muquém
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO ROTEIRO L5V
FOLHAESCALADATA
Pesquisa de Caracterização dos ResíduosSólidos Urbanos Domiciliares de Florianópolis
REALIZAÇÃO PARCERIAS
sem escala
CARACTERÍSTICAS E DADOS DO ROTEIRORESULTADOS DA PESQUISA
RO
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SERV. MERENTINA SANTOS
SERV. VALDEMIRO F. SENABIO
R. DO LOTEAMENTO MOÇAMBIQUE
SERV. PAULISTA
PARQUE FLORESTALDO RIO VERMELHO
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SERV. ERNESTO LUCAS
SERV. DUARTE
SERV. PAPATERRA
SERV. JOSÉ ERNESTO LUCAS
SERV. ROSALINA AMÉLIA
R. ALZIRA ROSA AGUIAR
SERV. JOÃO G. SOARES
SERV. RIO PONCHE
R. MAURA ABREU NUNES
SERV. DOMINGOS TERTULIANO NUNES
SERV. ANA CARDOSO
SERV. NATALINA
R. DA INTEDÊNCIA
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SERV. ALAYDE F. OLIVEIRA
PARQUE FLORESTALDO RIO VERMELHO
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PARQUE FLORESTALDO RIO VERMELHO
PARQUE FLORESTALDO RIO VERMELHO
PARQUE FLORESTALDO RIO VERMELHO
PARQUE FLORESTALDO RIO VERMELHO
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PARQUE FLORESTALDO RIO VERMELHO
PARQUE FLORESTALDO RIO VERMELHO
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LAGOA DACONCEIÇÃO
MAR
10/13Dezembro/2002
BAÍA SUL
BAÍA NORTE
OCEANOATLÂNTICO
Peso Específico: 116,96 Kg/m³
Produção per capita (Kg/hab.dia):
Restaurantes, Lanchonetes, Mercearias,Padarias e Bares.
Umidade: 62,33 %
Baixa Temp.: 0,74 Alta Temp.:0,99Sanitário - 11,46
Outros - 5,56
Vidros - 4,83
Metais - 2,39
Plástico Duro - 4,65
Nº DE AMOSTRAS
COMPOSIÇÃO FÍSICA (%)
04(Roteiro Alternado)
ROTEIRO L6M
Principais Atividades de Serviço:
Situação Sócio-econômica: Média - alta
Produção Mensal: 122 toneladas
Influência da Seletiva Formal (peso): 4,15%
Ocupação: 88,60% resid. e 11,40% comerc.
DIAS E TURNO DE COLETA
Baixa Temp.: 2ª, 4ª e 6ª - matutinoAlta Temp.: diário - matutino
Papel - 11,41
Papelão - 3,87
Orgânico - 43,98
Plástico Mole - 11,84
BAIRROS ATENDIDOS
Região da Lagoa da Conceição
CARACTERÍSTICAS E DADOS DO ROTEIRORESULTADOS DA PESQUISA
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R. JOÃO PACHECO DA COSTA
R. FRANCIS
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AV. AFONSO DELAMBERT NETO
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LAGOA DA CONCEIÇÃO
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R. LAURINDO J. DA SILVEIRA
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LAGOA DA CONCEIÇÃO
ESTRADA DA BARRA DA LAGOA
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PRAIA DA JOAQUINA
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO ROTEIRO L6M
FOLHAESCALADATA
Pesquisa de Caracterização dos ResíduosSólidos Urbanos Domiciliares de Florianópolis
REALIZAÇÃO PARCERIAS
sem escala
MAR
ILHA DESANTA CATARINA
RUAS ATENDIDAS PELO ROTEIRO N2M
DEMAIS RUAS DA REGIÃO 11/13Dezembro/2002
ILHA DESANTA CATARINA
BAÍA SUL
BAÍA NORTE
OCEANOATLÂNTICO
RUAS ATENDIDAS PELO ROTEIRO N5M
DEMAIS RUAS DA REGIÃO
Peso Específico: 145,78 Kg/m³
Produção per capita (Kg/hab.dia):
Hotéis, Pousadas, Supermercados, Padarias, Bares e Restaurantes
Umidade: 51,59 %
Baixa Temp.: 0,43 Alta Temp.: 0,65Sanitário - 7,64
Outros - 6,82
Vidros - 6,84
Metais - 1,48
Plástico Duro - 5,40
Nº DE AMOSTRAS
COMPOSIÇÃO FÍSICA (%)
03(Roteiro Alternado)
ROTEIRO N5M
CARACTERÍSTICAS E DADOS DO ROTEIRO(RESULTADOS DA PESQUISA)
Principais Atividades de Serviço:
Situação Sócio-econômica: Média - alta
Produção Mensal: 75 toneladas
Influência da Seletiva Formal (peso): 0,90%
Ocupação: 92,92% resid. e 7,08% comerc.
DIAS E TURNO DE COLETA
Baixa Temp.: 3ª, 5ª e sábado - matutinoAlta Temp.: diário - matutino
Papel - 10,51
Papelão - 2,14
Orgânico - 49,36
Plástico Mole - 9,18
BAIRROS ATENDIDOS
Balneário dos Ingleses
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO ROTEIRO N5M
FOLHAESCALADATA
12/13Dezembro/2002
Pesquisa de Caracterização dos ResíduosSólidos Urbanos Domiciliares de Florianópolis
REALIZAÇÃO PARCERIAS
sem escala
R. MARIA BASILICIA
COND. CAMINHO DO MARISCO
COND. COSTA NORTE
COND. UNIÃO
R. D
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R. DAS ORQUÍDEAS
R. JOSÉ C. DA SILVA
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SERV. FLAMINGO
R. BOTAFOGO
ROD. SC - 401
R. ARNALDO LUZ
R. OSVALDO R. BRAGA
R. DOS CANUDOS
R. DR. V. COLAÇO
SERV. RICARDO NEVES
R. INTEND. JOÃO NUNES VIEIRA
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ROD. SC - 401
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COND. INGLESES
R. DANTE DE PATTA
COND. ATLÂNTICO SUL
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COND. MIRANI B. LIMA
R. JORN. MARIA INÁ VAZ
R. DOS PESCADORES
RUA MARTINHO
R. ANTILHAS
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R. DAS GAIVO
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RUA MARTINHO
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ILHA DESANTA CATARINA
BAÍA SUL
BAÍA NORTE
OCEANOATLÂNTICO
RUAS ATENDIDAS PELO ROTEIRO N9M
DEMAIS RUAS DA REGIÃO
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO ROTEIRO N9M
FOLHAESCALADATA
Pesquisa de Caracterização dos ResíduosSólidos Urbanos Domiciliares de Florianópolis
REALIZAÇÃO PARCERIAS
sem escala
Peso Específico: 125,00 Kg/m³
Produção per capita (Kg/hab.dia):
Padarias, mercearias, oficinas mecânicas,farmácias,bares,.fabriquetas, carpintarias elojas de roupas
Umidade: 54,90 %
Baixa Temp.: 0,88 Alta Temp.:1,10Sanitário - 2,72
Outros - 9,92
Vidros - 5,01
Metais - 2,59
Plástico Duro - 6,50
Nº DE AMOSTRAS
COMPOSIÇÃO FÍSICA (%)
04(Roteiro Alternado)
ROTEIRO N9M
Principais Atividades de Serviço:
Situação Sócio-econômica: Baixa
Produção Mensal: 88 toneladas
Influência da Seletiva Formal (peso): 0 %
Ocupação: 98,58 % resid. e 1,42 % comerc.
DIAS E TURNO DE COLETA
Baixa Temp.: 3ª, 5ª e sábado - vespertinoAlta Temp.: 3ª, 5ª e sábado - vespertino
Papel - 10,85
Papelão - 4,18
Orgânico - 40,90
Plástico Mole - 11,27
BAIRROS ATENDIDOS
Sítio Capivari de Baixo e Muquém
SERV AMOR PERFEITO
R. ALBATROZ
SERV. MAIORCA
RUA MARIA LUIZA GARCIA
SERV. EDGAR DA COSTA
R. MARIA CONCEIÇÃO
EST. DÁRIO MANOEL CARDOSO
SERV. ANTÔNIO DOS SANTOS LISBOA
SERV. LUIZ FLÔR FRANCISCO
TRAV. COXA BRANCA
SERV. ALPHAVILLE
SERV. AUROPA
SERV. DA FLÔR
R. OLINDA ROSA DA CONCEIÇÃO
SERV. ANTÔNIO AGAPITO
SERV. SANTA FÉ
SERV. EDUARDO MARQUES DA ROSA
SERV. EDUARDO MARQUES DA NATIVIDADE
SERV. LUIZ ROQUE DA CUNHA
SERV. PEDRO SANTOS FILHO
SERV. IPANEMA
SERV. LEONARDO DA VINCI
SERV. DOS LÍRIOSSERV. DAS CARAVELAS
R. Dª. PAULINA
R. Dª PAULINA
R. MERGULHÃO
R. QUADRANGULAR
SERV. VALENTIM JOSÉ DA SILVA
SERV. DERCIDES M. SAGAS
SERV. LAUREANO PEREIRA DOS SANTOS
TRAV. NILDO NEPONOCENO FERNANDES
R. AMBRÓSIO MARQUES DA ROSA
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SERV. JOÃO L. SOUTO
CAMINHO DAS ALAMANDAS
RODOVIA SC - 401
RUA INTEND. JOÃO NUNES VIEIRA
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R. NUNES VIEIRA
SERV. GUARAPUVU
RUA TATUÍRA
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R. CAM. DO SOL
SERV. CAPIVARI
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R. MERCÚRIO
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R. PÉRICLES REIS
R. NIVALDO ALFREDO SILVA (NIVALDINO)
RUA MARINHO
RUA DOS PINHEIROS
SERV. AYRTON SENNA
SERV. ME. PAULINA
SERV. ESTRELA DO MAR
SERV. NETUNO
SERV. HARMONIA
SERV. DOS IRMÃOS
CARACTERÍSTICAS E DADOS DO ROTEIRORESULTADOS DA PESQUISA
13/13Dezembro/2002