Comitê ASAMI Reconstrução e Alongamento Ósseo da SBOTasamifix.com.br/images/Revista02.pdf ·...

16
2

Transcript of Comitê ASAMI Reconstrução e Alongamento Ósseo da SBOTasamifix.com.br/images/Revista02.pdf ·...

2

3

4

Comitê ASAMIReconstrução e Alongamento Ósseo da SBOT

Alameda Lorena, 427 – 14º Andar Jardim PaulistaCEP: 01424-001 - São Paulo – SPTelefone: (11) 2137-5408E-mail: comiteasami�[email protected]

GESTÃO 2015/2016DIRETORIA Presidente: Renato Amorim Vice-presidente: Marcus Aurélio Preti 1º Secretário: Marcelo Back Sternick 2º Secretário: Rodrigo Mota Pacheco Fernandes 1º Tesoureiro: Guilherme Pelosini Gaiarsa 2º Tesoureiro: Daniel de Souza Carvalho

COMISSÃO CIENTÍFICA André Perin ShecairaAyres Fernando RodriguesFábio Lucas Rodrigues Gracielle Silva Cardoso

Edição Jornalista Lena Obst MT/RS 6048

Criação e Diagramação Tiago Barreto - Designer de Conceitos Visuais

04Mensagem da Diretoria

05Cursos Iti nerantes

06Cursos Apoiados pela ASAMI

07SBOT – Cadastro Nacional de Especialistas

08SBOT – CBHPMSBOT – Novo Diretor de Comitês

09Arti go Cientí fi co

10Meu Serviço – Pará

13Além do Consultório Médico

14Agenda

SUMÁRIO / EDITORIAL

03

5

ANO DE DESAFIOS E DE CONQUISTAS

ano já entra no seu último trimestre e a velocidade do reló-gio parece aumentar enquanto os dias passam implacáveis no calendário. É tempo de começar a avaliar os resultados

já obtidos com o trabalho realizado e de pensar sobre o que é pre-ciso melhorar para o próximo ano, que num piscar de olhos deve estar chegando. Certamente 2015 será lembrado como um ano de imensos desa�ios para os brasileiros, nas esferas política, econômica e social. Para os médicos, esse cenário foi ainda maior, diante de um governo que insiste em desrespeitar direitos e colocar a categoria como bode expiatório de uma das mais profundas crises da saúde vividas pela Nação. E se é verdade que a crise é geradora de oportunidades, os pro�issionais da medicina �izeram bem o dever de casa. Numa integração real de forças, a classe conseguiu mostrar que não vai aceitar calada a interferência governamental em prejuízo ainda maior das suas condições de trabalho e da qualidade da assistência da po-pulação. O episódio do Decreto nº 8.497/2015, criando o Cadastro Nacional de Especialistas e modi�icando com perigo a estrutura de formação dos médicos brasileiros foi a demonstração maior da capacidade da ca-tegoria reagir e alcançar a vitória. Através de uma ação integrada das representações médicas nacionais, foi possível obter importante conquista na Câmara Federal, levando o Ministério da Saúde a reescrever o decreto com segurança jurídica para a manutenção do modelo vigente de formação de especialistas, conduzido desde 2002 pela Comissão Mista de Especialidades.

Os ortopedistas brasileiros estiveram juntos nessa luta e colaboraram muito para sustar os efeitos do decreto. Da mesma forma os ortopedistas estão trabalhando na nova CBHPM (Classi�icação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), junto à AMB (Associação Médica Brasileira), visando melhoria na remuneração. O Comitê ASAMI é apoiador de todas essas atividades, ao mesmo tempo em que realiza as suas atribuições especí�icas, também em prol da medicina e da saúde da sociedade. Os Cursos Itinerantes vêm sendo realiza-dos com destacadas respostas e a satisfação dos participantes, que recebem conhecimento atualizado para exercer ainda com mais e�iciência as suas atividades. Ao mesmo tempo, merece destaque a ação de recadas-tramento dos médicos junto à entidade. A atualização dos dados é indispensável para um melhor desenvolvi-mento das atividades, assim como o repasse periódico de informações sobre os assuntos de maior interesse dos especialistas na prática diária da pro�issão.

Por tudo isso, é certo que além dos seus desa�ios, 2015 será também lembrado como um ano de muito tra-balho e de conquistas. Ainda precisamos ir atrás de várias respostas para o exercício cada vez mais digno da medicina. O caminho, nós já sabemos, passa obrigatoriamente pela união. Vamos juntos.

...os pro�issionais da medicina �izeram bem o dever de casa.“

O

Renato Amorim - Presidente

MENSAGEM DA DIRETORIA

04

6

CURSOS INTINERANTES PARA A QUALIFICAÇÃO DOS ORTOPEDISTAS BRASILEIROS

Os Cursos Iti nerantes da ASAMI são importantes instrumentos de repasse de conhecimento e atualização dos ortopedistas brasileiros que atuam na área do alongamento e reconstrução óssea em todo o país. Durante o primeiro semestre do ano, foram realizados Cursos Iti nerantes nas cidades de Ribeirão Preto/SP (dia 28 de março), Florianópolis (dia 30 de abril), Goiânia (dia 30 de maio) e Natal (dia 27 de junho),

c o m destacados resultados e a sati sfação dos parti cipantes.

Para o ano de 2016 também já foram defi nidas as cidades que serão sedes dos cursos: Rio de Janeiro (fevereiro), Curiti ba (abril), Santo André (maio) e Belo Horizonte (agosto). O primeiro curso terá como objeti vo a preparação dos R3 para o TEOT, que será realizado no mês de março, e será um curso piloto para outros nos anos subsequen-tes.

Na realização dos Cursos, o Comitê ASAMI conta com a importante colaboração dos patrocinadores Baumer e Othofi x, parceiros a quem a enti dade faz um agradecimento especial.

“Os cursos itinerantes promovidos pelo Comitê ASAMI são de fundamental importância por-que padronizam as técnicas hoje preconizadas e propiciam a capacitação desses métodos de ensino desde o residente até a renovação de conhecimento dos pro�issionais mais experien-tes e sempre de maneira prática e objetiva. Eu gostei mais especi�icamente da parte prática com a montagem dos �ixadores. Com certeza convidaria os colegas a participar. Gostaria de ressaltar a importância de cursos como esses para a minha formação, pois possibilita o intercâmbio de grandes pro�issionais de diversos serviços ensinando, compartilhando um pouco da sua experiência”.Francisco Marcondes Penha - Médico Residente

“O curso é de fundamental importância levando em consideração a relevância do assunto em nossa formação como ortopedista geral, independentemente da su-bespecialidade escolhida. O conteúdo foi bem amplo, abordando os temas mais importantes que devemos ter como conhecimento básico para aplicarmos em nosso dia a dia no plantão de traumatologia. A parte prática foi a mais interessan-te com os instrutores disponíveis em cada bancada e material para realizar ativa-mente as tarefas propostas em cada apresentação. Certamente penso que deve haver outros cursos semelhantes, inclusive comentei com alguns colegas que o curso foi muito proveitoso e a maneira com que foi apresentado. Deveriam existir mais cursos sobre o tema pois acredito ser um tema pouco abordado e difundido levando em consideração toda a sua importância”.Douglas Moraes - Ortopedista de Curitiba

CONHECIMENTO E INTERCÂMBIO

O

CURSOS INTINERANTES

05

7

Curso Teórico Práti co de Fixação Externa da Escola Paulista de MedicinaO Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Escola Pau-lista de Medicina (Unifesp), através do seu Grupo de Reconstru-ção e Alongamento Ósseo promoveu, dias 28 e 29 de maio, o curso anual Teórico Práti co de Fixação Externa. O evento já está na sua quinta edição e prioriza o preparo dos candidatos para a prova do TEOT, mas também é aberto a outros profi ssionais da ortopedia. De acordo com o idealizador e coordenador do curso, Hilário Boato, chefe do Grupo de Reconstrução e Alongamento Ósseo da Unifesp, a programação tem como objeti vo abordar temas relacionados aos princípios básicos da fi xação externa. Da mesma forma, visa demonstrar em workshops a montagem de fi xadores, além de apresentar noções mais avançadas e apli-cação geral desses fi xadores externos, tanto na traumatologia como na ortopedia geral. “Em cada curso o número de vagas é limitado a 80 parti cipantes, devido à difi culdade de realizar workshops com um número muito grande de pessoas”.Segundo o médico, os resultados obti dos são animadores. O su-cesso do evento tem sido demonstrado pelo número de interessados, que aumenta a cada ano, e pelo conteúdo apresentado aos residentes, que é importante não só para a realização da prova da SBOT, mas também para o dia a dia do futuro ortopedista, que adquire e sedimenta conhecimentos na fi xação externa que nortearão suas condutas no atendimento a pacientes. “Além da fi xação, planejamento de correções de deformidades, alongamento ósseo, a programação compreen-de tratamento de urgências, politraumati zados e doenças con-gênitas”.

Curso Ilizarov – Insti tuto de Ortopedia e Traumatologia Hospital das Clínicas FMUSPOs chamados traumas de alta energia estão cada dia mais fre-quentes nas emergências dos grandes hospitais do país. Para atender essa crescente demanda que uti liza fi xadores externos circulares, como método de osteossíntese, em patologias diver-sas (traumáti cas, adquiridas ou congênitas), torna-se indispen-sável o conhecimento de como e quando uti lizar a tecnologia. “Essa necessidade acabou nos levando a promover cursos para o conhecimento básico e a uti lização correta dos fi xadores cir-

culares em situações corriqueiras. Assim, o grupo de Trauma e o grupo de Reconstrução e Alongamento Ósseo do Insti tuto de Ortopedia e Traumatologia Hospital das Clínicas – IOT-HCFMUSP desenvolveu uma série com quatro cursos anuais de Fixação Ex-terna Circular. O público alvo são os médicos ortopedistas não residentes, já familiarizados com essas patologias, mas que ne-cessitam de treinamento de fi xação óssea”, explica Paulo dos Reis, coordenador dos eventos e ex-presidente do Comitê ASA-MI. Segundo ele, os cursos são realizados desde 2013, e têm re-cebido boas avaliações de seus parti cipantes, que vêm de várias regiões do país e até da América do Sul (Argenti nos, Bolivianos e Venezuelanos). “O Comitê Asami vem dando o seu apoio, tanto na execução quanto na divulgação, contribuindo com o sucesso de cada evento”, elogia o médico.

Curso Sul-Brasileiro de Planejamento Pré-OperatórioTreinar cirurgiões ortopedistas e residentes em ortopedia e traumatologia interessados em estudar conceitos em cirurgia de reconstrução e alongamento ósseo, em nível básico e avan-çado e incenti var a aplicação desses mesmos conceitos também por parte de ortopedistas especialistas em outras áreas. Estes são alguns dos objeti vos do Sulbrafi x - Curso Sul-Brasileiro de Planejamento Pré-Operatório para Correção de Deformidades Ósseas e Alongamento de Membros, realizado no Hospital Vita, em Curiti ba, de março a dezembro de 2015. São convidados profi ssionais de Curiti ba e de outras cidades do país, como Por-to Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas. “Desde a pri-meira edição, o Sulbrafi x já treinou mais de 800 médicos dos 23 estados brasileiros e do Distrito Federal, além de médicos do Chile, Colômbia, Costa Rica, Argenti na e Uruguai”, explica Dr. Richard Luzzi, ortopedista responsável pelo evento. “Este ano, decidimos realizar mais módulos, nove no total, sendo que al-guns deles são repeti dos, e com um número limitado a 20 parti -cipantes, com pelo menos quatro instrutores por módulo”.

Grupo de Reconstruçãoe Alongamento Ósseo

da Escola Paulista de Medicina (Unifesp)

Grupo de Reconstrução

Ortopedistas não residentes parti cipam dos cursos

para treinamento de fi xação óssea

CURSOS APOIADOS PELA ASAMI

06

8

FORÇA DA ORTOPEDIA BRASILEIRA

o dia 05/08/2015 foi editado pelo Governo Fe-deral o Decreto 8497 que dentre outras medi-das tirava das Sociedades de Especialidade a

prerrogativa de dar o título de especialista e não consi-derava a Residência Médica como o único instrumento para esta especialização.Indignados com o teor do Decreto, julgamos que a SBOT deveria participar ativamente nessa luta de toda a clas-se médica. Ainda naquele dia, entramos em contato com o Dr. Florentino Cardoso, presidente da AMB nos colo-cando à disposição para qualquer ação conjunta com a AMB. Ouvimos dele que a AMB contava com a SBOT e com todas as Sociedades de Especialidade.Imediatamente lançamos um comunicado nos posicio-nando contra o Decreto e demonstrando nossa preocu-pação com a formação e com a capacidade de atendi-mento do especialista médico a partir dele.Atendendo à convocação da AMB, no dia 12/08/2015 a SBOT se fez presente em reunião na sede da AMB em Brasília, juntamente com as Associações Médicas dos Estados, as Sociedades de Especialidade e o CFM, que se reuniram com o deputado Mandetta e o senador Caiado para traçar estratégias de luta contra o decreto 8497. Todo o grupo partiu junto para o Congresso Nacional, com o objetivo de solicitar ao Presidente da Câmara Eduardo Cunha que apoiasse o movimento da classe médica, colocando na pauta de urgência o Projeto de lei do Deputado Mandetta que anulava as medidas do De-creto 8497. Com o apoio do presidente da Câmara, ini-

ciou-se em plenário a votação, pelos líderes das banca-das, do projeto de lei, naquele mesmo dia. Porém, como se vislumbrava um possível acordo, o Deputado Cunha propôs um adiamento da votação por 15 dias, nomean-do comissão para avaliar as alterações no Decreto.Mais uma vez, as entidades médicas se agigantaram – o contato corpo a corpo com todos os deputados e a participação nas redes sociais culminou com o apoio da maioria dos deputados da comissão à nossa causa e com a aprovação de um acordo que devolveu à AMB e às Sociedades de Especialidade o direito de dar o título de especialista.Esse documento foi assinado pela comissão e pelos presidentes das Sociedades de Especialidades reunidos mais uma vez em Brasília. A SBOT se sente orgulhosa de ter participado dessa luta tão importante.Esse foi um capítulo marcante para a classe médica, que mostrou sua força e sua capacidade de união.Que nos sirva de exemplo: juntos nós somos muitofortes!

A SBOT e o Decreto 8497

Marco Percope - Presidente da SBOT

N

Vitória das Entidades MédicasFoi publicado no Diário O�icial da União de 11 de setembro, o Decreto nº 8.516, que revoga o Decreto nº 8.497 (5/8/2015), no qual o governo federal criava o Cadastro Nacional de Especialistas e interferia de forma unilateral na formação dos médicos com especialidades no Brasil.A conquista teve a participação ativa das lideranças das entidades da categoria de todo o país em favor da quali-dade da assistência à saúde da população e na defesa do modelo vigente de formação de especialistas, conduzido com resultados de sucesso desde 2002 pela Comissão Mista de Especialidades.Depois de muito debate provocado pelas representações da classe, foi anunciado um pedido de urgência para votação de um Projeto de Decreto Legislativo do deputado Luiz Henrique Mandetta, que sustaria os efeitos do de-creto 8.497. Diante da polêmica e das fortes reações, o governo recuou e aceitou editar novo decreto, rati�icando os principais eixos do modelo vigente na formação dos pro�issionais do setor.

SBOT - CADASTRO NACIONA DE ESPECIALISTAS

07

9

Principais conquistas da nova redação publicada

*Art. 2º. Parágrafo único: Para �ins do disposto neste Decreto, o título de especialista de que tratam os § 3º e § 4º do art. 1º da Lei nº 6.932, de 1981, é aquele concedido pelas sociedades de especialidade, por meio da Associação Médica Brasileira - AMB, ou pelos programas de residência médica credenciados;

*Art. 4º.: Fica estabelecida a Comissão Mista de Especialidades, vinculada ao CFM, a qual compete de�inir, por consenso, as especialidades médicas no País.

A partir deste ano, o Comitê ASAMI tem um representante na “Comissão de Tabelas e Honorários da SBOT”. É o ortopedista José Luiz Zabeu, que fala sobre a importância da sua presença na Comissão. “A ortope-dia brasileira sempre participou de modo tímido na elaboração e aper-feiçoamento das tabelas de honorá-rios médicos criadas pela Associa-

ção Médica Brasileira (AMB), que é a entidade a qual se submetem to-das as sociedades de especialidade, incluindo a SBOT. Deste modo, te-mos visto desde as antigas ‘Tabelas da AMB’ até a mais atual, a CBHPM (Classi�icação Brasileira Hierarqui-zada de Procedimentos Médicos), uma grande defasagem entre os valores pagos aos procedimentos ortopédicos quando comparados às cirurgias de porte semelhantes de outras especialidades. Agora es-tamos tendo a chance de sugerir à AMB uma tabela mais completa e atualizada, com remuneração mais próxima do que acreditamos ser justo”.Para o médico, a honra de participar deste processo importante vem jun-to com uma grande responsabilida-de, “visto que alterações na tabela que se mostrem tecnicamente em-basadas e que sejam efetivamente

incorporadas pela AMB irão afetar diretamente a todos os ortopedistas que têm seus honorários balizados pela tabela”. O ortopedista lembra também que a presença da ASAMI dentro da Comissão de Tabelas e Honorários da SBOT é fundamental para fazer valer o ponto de vista dos cirurgiões da �ixação externa, corre-ção de deformidades e alongamento ósseo. “Há necessidade da introdu-ção de procedimentos hoje ignora-dos, como a �ixação de fraturas na urgência (controle de danos), sem excluir a possibilidade de cirurgias de�initivas em segundo tempo. Tam-bém, especi�icamente no interesse da ASAMI, deve-se deixar claro que os procedimentos que envolvem a �ixação externa com reconstrução óssea são sempre de alta comple-xidade e que precisam ser correta-mente valorizados”.

REPRESENTANTE ASAMI NA COMISSÃO DE TABELAS E HONORÁRIOS DA SBOT

José Luiz Zabeu

SBOT - CBHPM

08

A Diretoria de Comitês da SBOT tem à frente o ortope-dista Rubens Fichelli, ex-presidente da ASAMI. “Assumo a função pronto para ouvir com empatia, tentando dis-cutir e propor a nossa necessidade de Integração”. Se-gundo o novo diretor, os comitês cresceram bastante, mas ainda têm grandes diferenças entre eles, por isso a

intenção é conseguir integrá-los sem que percam a au-tonomia conquistada.Ao ser convidado pelo presidente da SBOT, Marco Per-cope, ele declarou-se honrado para a grande respon-sabilidade de assumir o cargo de Diretor da SBOT Na-cional. “Acredito que este espaço na atual Diretoria

Ex-presidente da ASAMI assume diretoria de Comitês da SBOT

10

deu-se pela repercussão do trabalho que todos os membros do Comitê ASAMI desenvolveram junto comigo durante o período em que estive na Presi-dência do Comitê, tornando-o mais pujante, repre-sentativo e reconhecido”. De acordo com Fichelli o novo cargo representa a opor-tunidade de trabalhar no intuito de fortalecer e integrar os membros SBOT com ética e através da educação.“Estou ávido pelo trabalho produtivo e participativo. Nossa Diretoria tem a função de coordenar os 13 Comi-tês e propor alinhamento de atividades, principalmen-te cientí�icas”. O médico acredita que sua presença na Diretoria pode estimular a integração e fortalecimento dos Comitês, por estar sempre aberto a novas perspec-tivas e propostas. “A Diretoria do Comitê de Reconstrução e Alongamento Ósseo é extremamente pró ativa e comprometida, tendo no seu presidente, Renato Amorim, um parceiro incon-dicional”, declara. Entre as propostas de trabalho para 2015 o diretor destaca: a integração SBOT/Comitês,

fortalecendo a autonomia conquistada; Integração en-tre comitês/Regionais; construção de uma linha de base sólida entre os Comitês e a SBOT; Programações cientí�icas dos Congressos, realizada praticamente pe-los comitês; Promoção de agenda cientí�ica não com-petitiva entre SBOT/Regionais/Comitês; Participação ativa, junto à Comissão de Defesa Pro�issional.

Rubens Fichelli

. Comparison of treatment of fracture midshaft clavicle in adults by external �ixator with conservative treatment . Ajay Shukla, Skand Sinha, Gopal Yadav, Sandeep Beniwal . Department of Orthopaedics, PGIMER and DR RML Hospi-tal, New Delhi 110001, India . Journal of Clinical Orthopaedics and Trauma 5 (2014) 123e128

Realizaram estudo prospectivo tipo caso controle com 50 adultos portadores de fratura dia�isá ria cominutas ou com desvio maior que 15 mm da clavícula, compa-rando dois tipos de tratamento: conservador com tipoia por 6 semanas ou cirúrgico com �ixador externo em for-ma de S, �ixado com dois pinos proximais e dois distais de 3,5 mm. O seguimento foi de 6 meses e foram avalia-dos com tempo de consolidação, escore de Constant e Murley e complicações.Como resultados obtiveram consolidação em todos os casos de �ixador, em menor tempo, com mínimo desvio. No grupo conservador 80% evoluíram com consolida-ção viciosa e 8% de pseudartrose. Houve uma diferen-

ça estatística de melhor resultado funcional nos casos operados.Os autores discutem que a redução percutânea foi atin-gida com facilidade, principalmente nas fraturas comi-nutas, onde o método de estabilidade relativa é o ideal e o �ixador mostrou-se estável para manter a redução ate a consolidação. Outro ponto levantado foi a facili-dade de retirada da síntese, cirurgia frequente quando a fratura é tratada com placa, que leva a grande cica-triz e por vezes di�iculdades técnicas com aderências e quebra. Chamou a atenção a grande diferença funcional com 6 meses de evolução. As complicações no grupo conservador foram dor e relacionadas a consolidação, e suas consequências. O grupo �ixador levou di�iculdade na vestimenta para os doentes.Concluem que a �ixação externa para fraturas de claví-cula é uma técnica simples, que mostrou melhores re-sultados radiográ�icos e funcionais quando comparado com tratamento conservador. Sugerem novos estudos na mesma linha para aumentar a casuística.

ESPAÇO CIENTÍFICOSUGESTÃO E LEITURA - Fábio Lucas Rodrigues

SBOT - NOVO DIRETOR DE COMITÊS / ARTIGO CIENTÍFICO

09

11

HOSPITAL GALILEU – 1º NO ESTADO DO PARÁO Pará é a segunda maior área territorial do país, o estado mais populoso da região norte, com 8 milhões de habitantes. Em abril deste ano inaugurou o primei-ro Serviço de Reconstrução e Alongamento Ósseo do Pará (SRAO-PA). A unidade funciona junto ao Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), no município de Ana-nindeua, ligado a Belém. “O Serviço, aguardado há três anos, é de muita importância, porque é grande a de-manda de pacientes para Reconstrução e Alongamento Ósseo (pseudartrose, osteomielites crônicas, deformi-dades congênitas, sequelas de trauma e outros), resul-tando numa imensa lista de espera para tratamento em todo o Pará, gerando sérios transtornos sociais, psico-lógicos e econômicos ao estado e ao país”, ressalta o fundador e Coordenador do SRAO-PARÁ, Marcus Auré-lio Preti, vice-presidente do Comitê ASAMI de Recons-trução e Alongamento Ósseo da SBOT e vice-presidente da SBOT-PARÁ.“O SRAO-PA, adotou o modelo de três períodos cirúr-gicos semanais, visita médica ortopédica diária com integração da clínica médica, cardiologia, �isioterapia, enfermagem, psicologia, fonoaudiologia, assistência so-cial, terapeuta ocupacional e nutricionista. Conta com 1 ambulatório de pré e pós-operatório e realiza uma média de 25 cirurgias e 110 consultas ao mês”, explica Preti. Graças à parceria com os Serviços de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia da Universidade Estadual do Pará com Hospital Porto Dias (UEPA-HPD) e com o Hospital Metropolitano de Urgência Emergên-

cia, o SRAO-PA conta com a participação de residen-tes nas atividades ambulatoriais e cirúrgicas. “Existe a previsão, para o início do ano de 2016, da abertura de uma vaga para R4 em Reconstrução e Alongamento Ós-seo, seguindo os critérios do Comitê ASAMI da SBOT”, adianta.O médico destaca que o objetivo do SRAO-PA, junta-mente com o apoio do Comitê ASAMI, é divulgar a ci-rurgia reconstrutora como princípio de correções de deformidades graves e enfermidades de�inidas como intratáveis. São metas prioritárias do serviço também melhorar a qualidade de vida dos pacientes e diminuir as indicações de amputações, como também melhorar a Ortopedia e Traumatologia no estado e, consequen-temente, no país. “O SRAO do Pará fundamenta-se em critérios éticos, morais e humanos em busca de manter a dignidade e os direitos à saúde. Pacientes que ante-riormente não disponibilizavam deste recurso no esta-do, eram encaminhados principalmente para São Pau-lo, Rio de Janeiro e Minas Gerais por TFD, o que gerava um custo elevado ao tratamento quando comparado hoje com a existência desse serviço”, avalia. “O Comitê ASAMI de Reconstrução e Alongamento Ósseo da SBOT, com ênfase na medicina continuada, tem conhecimento da necessidade e importância de pro�issionais e de ser-viços credenciados com a subespecialidade em todos os Estados do nosso país, visando o aperfeiçoamento da Reconstrução em geral e principalmente da �ixação externa”.

A unidade funciona junto ao Hospital Público Estadual Ga-lileu (HPEG), no município de Ananindeua, ligado a Belém

Diretoria do HPEG comemora a chegada do serviço: Hélio Franco, Saulo Mengarda (Diretor Administrativo Financeiro), Rogério

Kuntz (Diretor Geral do Hospital Metropolitano), Paulo Czrnkak ((diretor regional da Pró-Saúde do Pará)), Marcus Preti, Vice-Governador Zequinha Marinho, Lucas Geralde (Diretor

Técnico do Hospital) e Ivanete Roberti (Diretora Assistencial)

MEU SERVIÇO - PARÁ

10

12

13

14

ORTOPEDISTA TRIATLETA

Mais que prescrever ati vidades fí sicas para seus pacien-tes, o médico ortopedista Daniel Carvalho dá o exemplo. E que belo exemplo! Ele parti cipa ati vamente daquele que é considerado o maior desafi o de resistência e de supera-ção em termos de esporte: o Iron Man. É uma prova de triatlo que leva o competi dor ao seu limite extremo, num dia inteiro de puxadas ati vidades. Inicia com 3,8 km de na-tação, seguida por 180 km de ciclismo e 42,2 km de corri-da. Os competi dores têm até a meia noite para completar a prova que começa às 7h. De fato, não é para qualquer um. “Sou triatleta há 7 anos. Fiz meu primeiro Ironman em 2010, mas tenho no meu ‘currículo’ seis maratonas, cinco ultramaratonas de 84 km, uma ultramaratona em trilhas de 102km, oito meios ironman, quatro ironmans e estou inscrito para mais uma prova ano que vem. Creio que eu mesmo tenha sido meu maior incenti vador, pela minha teimosia e necessidade de querer ser melhor sem-pre”, declara.O primeiro contato com o triatlo foi em 1991, quando Da-niel começou a prati car mountain bike, uma modalidade do ciclismo. “Nós treinávamos o pedal junto com triatle-tas e ti ve a curiosidade de ver como eram as competi ções. Me deparei com esta prova inusitada, que era realizada anualmente em Kona, no Hawaii, chamada Ironman. Achei sensacional não apenas pelo fato da brutalidade da prova, mas por termos uma brasileira nos representando dentre as melhores do mundo, a Fernanda Keller. Na época, eu com 13 anos de idade achava algo desumano, inati ngível”.Quando o Ironman veio para Floripa, em 2001, Daniel fi -

cou impressionado não apenas com o nível dos amadores, mas também com a torcida e com a organização. “Parti -cipar de um Ironman signifi ca um misto indescrití vel de emoções. É usar seu corpo no limite durante um período de 11h ou 12 horas (no meu caso) administrando todas possíveis intercorrências desde um pneu furado a um afo-gamento ou desidratação severa. Ironman é superação pessoal”, revela.PREPARAÇÃO A preparação pro Iron é constante, afi rma o médico des-porti sta. “Existem treinos de base que duram um ano todo. A gente está sempre treinando, mas durante a base o ritmo semanal é mais leve. Cerca de duas a três horas de natação, de seis a 10 horas de ciclismo e cinco horas de corrida por semana. Encaixados nos intervalos do traba-lho, à noite e nos fi ns de semana. Ás vezes saio pra correr 15km as 5h da manhã e emendo com 12 horas de traba-lho. Na fase específi ca, que corresponde a quatro meses antes do Iron, aumento a intensidade e o volume de forma piramidal semana a semana, até cerca de 3 semanas antes da prova. A semana de pico nadamos 10 a 12 km, pedala-mos 300 a 400km e corremos 70 a 80km”, relata.DEPOIS DA CORRIDA“Além das dores normais pelo corpo todo o senti mento de cruzar o pórti co de chegada é indescrití vel. É sensação de poder, de superação pessoal! Algo que consigo, de cer-ta forma canalizar pra minha vida pessoal, melhorar meu rendimento no trabalho, relacionamentos, enfrentar si-tuações adversas e problemas do dia-a-dia. Superar um Ironman me dá mais forças para encarar a vida”. Mas, o Iron Man é, sem dúvidas, uma competi ção muito desgas-tante. Mas com os anos e provas subsequentes, os atletas vão adquirindo um ‘bom lastro’. “Este ano, 2015, comple-tei o Iron dia 31 de maio, no dia 2 de junho já estava dando uma corridinha pra soltar o corpo”. TREINOS COMPLEMENTARES Além da corrida, ciclismo e natação, Daniel Carvalho ain-da encontra tempo para treinos complementares de mus-culação e crossfi t (somados pelo menos mais cinco horas semanais). “Dedico pelo menos de 15 a 20 horas semanais para ati vidades fí sicas. De segunda a sexta em torno de duas a três horas (divididas em períodos) e sábados e do-mingos quase que todas as manhãs são dedicadas a trei-nos mais longos de quatro a seis horas (em período pré--competi ti vo)”.

Ortopedista compete nas provas de ciclismo e corrida

ALÉM DO CONSULTÓRIO

13

15

AGENDA CIENTÍFICA

Maiores Informações:www.cbot2015.com.br

[email protected]

AGENDA

14

16

16

17