Como Autismo é Tratado

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O autismo é uma alteração cerebral, uma desordem que compromete o desenvolvimento psiconeurológico e afeta a capacidade da pessoa se comunicar, compreender e falar, afeta seu convivio social. O autismo infantil é um transtorno do desenvolvimento que manifesta-se antes dos 3 anos de idade, e é mais comum em meninos que em meninas e não necessariamente é acompanhado de retardo mental pois existem casos de crianças que apresentam inteligência e fala intactas. Existe também o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) que difere do autismo infantil por evidenciar-se somente depois dos 3 anos de idade, referir-se a um desenvolvimento anormal e prejudicado e não preencher todos os critério de diagnóstico. O autismo atípico surge mais freqüentemente em indivíduos com deficiência mental profunda e em indivíduos com um grave transtorno específico do desenvolvimento da recepção da linguagem. Por ainda não ter uma causa específica definida, é chamado de Síndrome (=conjunto de sintomas) e como em qualquer síndrome o grau de comprometimento pode variar do mais severo ao mais brando e atinge todas as classe sociais, em todo o mundo. Leo Karnner foi o primeiro a classificar o autismo em 1943, logo após em 1944 Hans Asperger pesquisou e classificou a Síndrome de Asperger, um dos espectros mais conhecidos do Autismo. HISTÓRIA - CONCEITO DO AUTISMO Leo Kanner ( Psiquiatra austríaco radicado nos Estados Unidos. Nascido em 13 de junho de 1894, em Klekotow, Áustria e falecido em 4 de abril de 1981 ) e m 1943 publicou a obra que associou seu nome ao autismo "Autistic disturbances of affective contact", na revsta Nervous Children, número 2, páginas 217-250. Nela estudou e descreveu a condição de 11 crianças consideradas especiais, que tinham em comum "um isolamento extremo desde o início da vida e um desejo obsessivo pela preservação da rotina", denominando-as de "autistas". Já existiram muitos questionamentos e hipoteses sobre origem do autismo. Uma delas era de que os pais poderiam ser culpados pelo extremo isom=lamento da criança, Então 1969 durante a primeira assembelia da National Society for Autistic Children (hoje Autism Society of America - ASA) , Leo Kanner absolve publicamente os pais de serem a causa do desenvolvimento da sindrome autistica em seus filhos. Ele continuou a ocupar-se de crianças com autismo por muito tempo, por isso voltou a sua primeira hipotese de que o autismo é um disturbio inato do desenvolvimento.

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O autismo é uma alteração cerebral, uma desordem que compromete o desenvolvimento psiconeurológico e afeta a capacidade da pessoa se comunicar, compreender e falar, afeta seu convivio social.

O autismo infantil é um transtorno do desenvolvimento que manifesta-se antes dos 3 anos de idade, e é mais comum em meninos que em meninas e não necessariamente é acompanhado de retardo mental pois existem casos de crianças que apresentam inteligência e fala intactas.

Existe também o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) que difere do autismo infantil por evidenciar-se somente depois dos 3 anos de idade, referir-se a um desenvolvimento anormal e prejudicado e não preencher todos os critério de diagnóstico. O autismo atípico surge mais freqüentemente em indivíduos com deficiência mental profunda e em indivíduos com um grave transtorno específico do desenvolvimento da recepção da linguagem.

Por ainda não ter uma causa específica definida, é chamado de Síndrome (=conjunto de sintomas) e como em qualquer síndrome o grau de comprometimento pode variar do mais severo ao mais brando e atinge todas as classe sociais, em todo o mundo.

Leo Karnner foi o primeiro a classificar o autismo em 1943, logo após em 1944 Hans Asperger pesquisou e classificou a Síndrome de Asperger, um dos espectros mais conhecidos do Autismo.

HISTÓRIA - CONCEITO DO AUTISMO

 Leo Kanner ( Psiquiatra austríaco radicado nos Estados Unidos. Nascido em 13 de junho de 1894, em Klekotow, Áustria e falecido em 4 de abril de 1981 ) e m 1943 publicou a obra que associou seu nome ao autismo "Autistic disturbances of affective contact", na revsta Nervous Children, número 2, páginas 217-250. Nela estudou e descreveu a condição de 11 crianças consideradas especiais, que tinham em comum "um isolamento extremo desde o início da vida e um desejo obsessivo pela preservação da rotina", denominando-as de "autistas".

Já existiram muitos questionamentos e hipoteses sobre origem do autismo. Uma delas era de que os pais poderiam ser culpados pelo extremo isom=lamento da criança, Então 1969 durante a primeira assembelia da National Society for Autistic Children (hoje Autism Society of America - ASA) , Leo Kanner absolve publicamente os pais de serem a causa do desenvolvimento da sindrome autistica em seus filhos. Ele continuou a ocupar-se de crianças com autismo por muito tempo, por isso voltou a sua primeira hipotese de que o autismo é um disturbio inato do desenvolvimento.

Em 1972 nos Estados Unidos é reconhecido o programa TEACCH – The Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children ( em português: Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados com a Comunicação) criado por Eric Schopler Professor de psicologia e diretor desse programa da Universidade da Carolina do Norte até 1994. Um dos pontos principais desse método é a colaboração entre equipe educadora e a família.

A partir de 1980 com a 3ª edicão do Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM III) é introduzido o capitulo dedicado a Distúrbio Generalizado do Desenvolvimento no qual o autismo passa a estar.

 

SINTOMAS COMUNS

Conforme - ASA ( Autism Society of American). A maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança variando em intensidade de mais severo a mais brando.

1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças

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2. Riso inapropriado

3. Pouco ou nenhum contato visual

4. Não quer ser tocado

5. Isolamento; modos arredios

6. Gira objetos

7. Cheira ou lambe os brinquedos, Inapropriada fixação em objetos

8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade

9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino

10. Aparente insensibilidade à dor

11. Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente

 

12. Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determina maneira os alisares)

13. Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal)

14. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina

15. Age como se estivesse surdo

16. Dificuldade de comunicação em expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras

17. Não tem real noção do perigo

18. Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos

    COMPORTAMENTOS DO INDIVÍDUO COM AUTISMO   (Segundo a ASA)

USA AS PESSOAS COMO

FERRAMENTAS

RESISTE A MUDANÇAS DE

ROTINA

NÃO SE MISTURA COM OUTRAS CRIANÇAS

APEGO NÃO APROPRIADO A

OBJETOS        

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NÃO MANTÉM CONTATO VISUAL

AGE COMO SE FOSSE SURDO

RESISTE AO APRENDIZADO

NÃO DEMONSTRA MEDO DE PERIGOS

       

RISOS E MOVIMENTOS NÃO

APROPRIADOS

RESISTE AO CONTATO FÍSICO

ACENTUADA HIPERATIVIDADE FÍSICA

GIRA OBJETOS DE MANEIRA BIZARRA E

PECULIAR        

   

  ÀS VEZES É

AGRESSIVO E DESTRUTIVO

MODO E COMPORTAMENTO

INDIFERENTE E ARREDIO  

 

ALGUNS ESPECTROS DO AUTISMO

 Ao conjunto de determinadas variações, chamamos de Espectro do Autismo, pois somam-se as características autísticas, outras específicas de cada grupo de outros sintomas.

Distúrbio Abrangente do Desenvolvimento  

Autism - High Functioning, Asperger's Syndrome, PDD, PDD-NOS.\

 

CAUSAS DO AUTISMO

A causa específica, ainda é desconhecida mais há várias suspeitas de que pode compreender alguns desses fatores:

Influência Genética Vírus

Toxinas e poluição.

desordenes metabólicos

Intolerância inmunologica

Infecções virais e grandes doses de antibioticos nos primeiros 3 anos.

SOBRE METAIS PESADOS - Uma das possíveis causas

Os seres vivos necessitam de pequenas quantidades de alguns desses metais, incluindo cobalto, cobre, manganês, molibdênio, vanádio, estrôncio, e zinco, para a realização de funções vitais no organismo.

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Porém níveis excessivos desses elementos podem ser extremamente tóxicos. Outros metais pesados como o chumbo e cádmio e o mercúrio já citado antes, não possuem nenhuma função dentro dos organismos e a sua acumulação pode provocar graves doenças, sobretudo nos mamíferos.

Quando lançados como resíduos industriais, na água, no solo ou no ar, esses elementos podem ser absorvidos pelos vegetais e animais das proximidades, provocando graves intoxicações ao longo da cadeia alimentar.

A ingestão, inalação ou absorção pela pele, de metais pesados ou substâncias que componham o mesmo, pode resultar em situações como o autismo, atraso mental, doenças, cansaço ou o sindroma do Golfo.

Porém ainda que sendo apenas uma hipotése , ela não deixa de ter boas bases científicas e hoje os laboratórios começam a abandonar o uso do mercúrio como conservante, em parte devido à pressão da opinião pública.

Mesmo que esse seja o motivo para o autismo não é o único. Existem diversas substâncias que estamos a acostumados de certo modo e algumas nos são impostas no convívio social como tabaco, poluição (sobretudo os gases de escape dos automóveis e fábricas), álcool, vemos que estamos vivendo num mundo demasiado poluído e que pode agravar toda esta situação.

A Medicina Alternatica Complementar (CAM), portanto, pode ajudar pessoas com autismo. Ao verificar qual foi o dano causado no organismo (seja no sistema imunológico, alérgias ou outros problemas) e trabalhar na busca de uma solução, existem dietas, tratamentos farmacológicos e terapias que em conjunto podem auxiliar a solucionar ou amenizar situações graves. E todo e qualquer tratamento iniciado precocemente terá melhores resultados.

Como Autismo é Tratado

Nós da Inspirados pelo Autismo temos visto que as famílias que são capazes de facilitar os mais altos níveis de crescimento em suas crianças tendem a optar por uma abordagem abrangente ao autismo. Isto é, elas vêem o autismo como parte de sua criança ao invés de um inimigo a ser combatido, e procuram auxiliar a criança adaptando o seu ambiente físico, promovendo uma educação social diferenciada, tratamentos de integração sensorial e tratamentos biológicos. Estas famílias estão conscientes de que o cérebro/sistema neurológico e metabolismo de sua criança tem se desenvolvido de forma diferente e procuram maneiras de se relacionar com a criança levando em conta estas diferenças, ao mesmo tempo em que acreditam profundamente na capacidade de sua criança para aprender e se adaptar.

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Autismo não é o inimigo. Os pais que adotam o ponto de vista do autismo como inimigo e tentam eliminar o autismo como se fosse um invasor de sua criança tendem a vivenciar uma grande quantidade de estresse e desconforto, o que , por sua vez, afeta suas interações com a criança. Isto não facilita a formação entre pais e filhos de interações mutualmente prazerosas, interações estas que temos visto serem tão essenciais na promoção do desenvolvimento global de qualquer criança – inclusive aquelas com autismo.

Assim, acreditamos que o primeiro passo dentro do tratamento do autismo é a ACEITAÇÃO. Por ACEITAÇÃO não queremos dizer “desistir” ou “fazer nada”, e sim, não resistir ou julgar a criança ou o autismo. Muitas pessoas com autismo recebem a mensagem diária de que quase tudo o que fazem é errado, podendo levá-las à perspectiva de que elas "são" erradas. Em uma perspectiva de aceitação, a pessoa com autismo não é errada, é diferente. Podemos dizer: “Estamos bem. Sim, eu quero ajudar minha criança a aprender a ser mais social, mas ela está bem neste momento.” Esta é uma simples afirmação, mas uma que tem o poder de influenciar profundamente o relacionamento dos pais (e profissionais) com a criança. E a partir desta perspectiva de aceitação, os pais e profissionais podem buscar auxiliar suas criancas!

Depois que a ACEITAÇÃO é genuinamente alcançada, encontramos quatro áreas de ações que consideramos cruciais dentro de uma abordagem de tratamento ao autismo.

1. A criação de um constante ambiente de aprendizagem otimizado. Devido a conexões diferentes nos cérebros de crianças com autismo, elas percebem seu meio-ambiente de forma diferenciada em relação a uma criança neurotípica. Ao adaptarmos o ambiente físico e social de uma criança nós podemos criar condições que possibilitem a ela um maior nível de conforto, interatividade social e concentração.

2. A criação de interações sociais estimulantes e dinâmicas, elaboradas a partir das metas de desenvolvimento da criança, com o objetivo de promover o desenvolvimento emocional, social e de comunicação. Estas sessões beneficiam-se do ambiente de aprendizagem otimizado para estabelecer um programa de educação social individualizado para sua criança.

3. A facilitação da reorganização cerebral e integração sensorial através de jogos/brincadeiras e tecnologias apropriadas. Beneficiando-se dos avanços da moderna neurociência, estes métodos podem auxiliar na superação de desafios sensório-perceptuais vivenciados por muitas crianças e adultos com autismo.

4. A adoção de um tratamento biológico para abordar desequilíbrios bioquímicos internos. As necessidades biológicas dentro do espectro do autismo variam dramaticamente desde dietas relativamente simples até complexos protocolos médicos.

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Consideração fundamental para o efetivo tratamento do autismo é a da plasticidade do cérebro. Ou seja, que o cérebro é capaz de se modificar em termos de estrutura e funcionalidade em resposta às mudanças do ambiente e aos estímulos sensoriais. Até a década de 70, a plasticidade cerebral não era reconhecida pela maioria dos médicos e neurocientistas. A crença generalizada daquele período era a de que o cérebro de uma criança tinha plasticidade apenas nos primeiros anos de vida, e que após 3 ou 4 anos de idade o crescimento neurológico era interrompido e o cérebro tornava-se uma estrutura rígida. Durante os últimos 10 anos, uma grande quantidade de pesquisas têm descartado a idéia da rigidez cerebral e apontado para a presença da plasticidade cerebral durante toda a vida do indivíduo. Por exemplo, utilizando moderna tecnologia de imagens cerebrais, pesquisadores do Semel Institute of Neuroscience and Human Behavior da universidade americana UCLA, em conjunto com pesquisadores da Mount Sinai School of Medicine, recentemente publicaram um estudo no General Arquives of Psychiatry. Eles ensinaram crianças dentro do Espectro do Autismo a prestar maior atenção a alguns estímulos sociais (como a expressão facial e de voz) e constataram que as regiões cerebrais que haviam previamente apresentado baixa atividade em resposta àqueles estímulos, passaram a apresentar níveis normais de atividade após o treinamento. Isto significa que os cérebros destas crianças transformaram-se em resposta à mudança dos estímulos do ambiente.

“Acreditar na ilimitada capacidade humana!”

MÉTODO DOMAN

A forma de trabalhar uma criança pode seguir muitos métodos distintos. O método adequado depende muito do terapeuta e também das condições e capacitação da criança.Uma observação inicial que pode ser feita é que assim como a flor nasce, o peixe nada e o pássaro canta, a criança deve engatinhar, andar e falar, nesta sequência. São seus impulsos naturais. Quando ela falha no desenvolvimento esta também deve ser a sequência a ser seguida no seu trabalho terapêutico, segundo apreciação do Dr. Doman, notável especialista americano, autor do livro O que fazer pela Criança de Cérebro Lesado.   É importante se obervar que o Dr. Doman chegou ao seu método depois de uma longa "viagem através do fracasso". Depois de trabalhar, durante anos, com crianças deficientes, segundo os métodos então tradicionais, chegou a uma "conclusão absolutamente espantosa: As crianças que tinham permanecido sem tratamento estavam imcomparavelmente melhores do que as tratadas por nós". Buscando razões deste fracasso, através da observação, que as mães que não lhe deram ensejo de imobilizar os fihlos pelo tratamento, levaram-nos para casa, puseram-nos no chão e permitira que eles fizessem o que lhes aprouvesse. Estas crianças, por instinto, passaram a rastejar, engatinhar, obtendo melhoras consideráveis. O seu método nasceu daí e visa estimular a evolução natural da criança.O método do Dr. Doman, que tem muitos seguidores no Brasil, prevê um programa de exercícios que chega a ser extenuante, mas que tem se revelado eficaz e está descrito na obra acima citada, que indicamos para leitura.

HOLDING TERAPYTERAPIA DO ABRAÇO

A terapia do abraço vem sendo empregada e defendida com crescente entusiasmo por um grupo bastante numeroso. A revista Communication da National Autistic Society de junho 89 apresentou um artigo de Michele Zappella (Psiquiatra) e John Richer (Pediatra) que resumimos a seguir.O holding é uma forma de intervenção intrusiva cujo objetivo é reduzir o isolamento social, aumentar a comunicabilidade e desenvolver laços de união. O holding deve ser sempre parte de um pacote maior de terapias, mas parece

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ser uma eficinete de desenvolver as condições da maioria das crianças autistas e de remover comportamentos indesejáveis. Welch desenvolveu esta forma de terapia como parte de uma ampla abordagem.

Ainda não está claro como a holding atua, porque a eficácia depende de quem a aplica e qual a interrelação com as demais terapias aplicadas simultaneamente. O fato é que se obtém resultados, independente de gravidade do autismo. Vamos dar um exemplo:

"Uma criança com 1 1/2 ano foi diagnosticada como autista e colocado em um programa de um hospital escola, onde ficava a maior parte do dia com outras crianças autistas. Depois de dois anos ela se apresentava seriamente retardada e com comportamento fortemente autístico, com péssimo prognóstico. Foi submetida então a tratamento envolvendo interações físicas acentuadas, com Michele Zappella. Depois de 6 meses o comportamento social da criança estava dentro da faixa normal da idade. Este exemplo é uma ilustração e não pode, evidentemente, ser apresentado como evidência."Deve ser lembrado, inicialmente, que existem muitas variações de terapia do abraço. De um modo geral porém são elementos comuns:

O adulto mantém a criança abraçada mesmo que ela se oponha e lute para se livrar, até que ela se acalme e relaxe.

O adulto deve manter o controle da criança.

     Uma sessão atípica apresenta os seguintes passos:

Inicialmente a criança pode ficar quieta, mas a seguir começa a se debater. Os pais continuam a abraçá-la.

A criança se debate mais e mais e ocasionalmente começa a gritar. Os pais mantém o abraço. Os ciclos de luta, gritos e aquietamentos podem se estender até por mais de uma hora.

Durante, em especial, as sessões iniciais, a criança se enraivece mais, então soluça, depois relaxa e se amolda ao corpo dos pais. A partir de então a criança se torna mais comunicativa, acochegante e aberta . A insistência em confrontar a criança é uma importante característica do holding. A intervenção é realizada mantendo a criança em contato estreito, fixando-lhe o olhar, beijando-a e falando com ela (Alguns usam um fundo musical) .

Zapella aplicou a terapia a 50 crianças autistas, com idades de 3 a 15 anos, envolvendo a família e tendo como base a terapia do abraço. Ela registra que 12% se normalizaram após dois anos, 18% perderam o comportamento autístico, 44% apresentaram progressos moderados e 26% não demonstraram resultados. J. Prekop, na Alemanha reportou resultados similares. Ela também comparou o desenvolvimento destas crianças com outras que não tinham sido submetidas ao holding, concluindo que, relativamente, fizeram maior progresso.