COMO COMEÇAR 2019 FAZENDO A DIFERENÇA - ACIL - Associação Comercial e...

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ATENDIMENTO E VENDAS

DIVERSOS

PALESTRA MOTIVAÇÃO E VENDAS:

COMO COMEÇAR 2019 FAZENDO A DIFERENÇAMURILO GOMES

17 de Janeiro19h às 21h

• Tendências 2019• Principais desafios comerciais em 2019• Motivação e atitude em vendas – cases, técnicas e

ferramentas práticas • Metodologia didática e criativa focada no resultado

Não associados: R$95,00 Associados e estudantes: R$56,00

COMUNICAÇÃO PARA VENDEDORESCARMEN BENEDETTI

29, 30 e 31 de Janeiro19h às 23h

• A preparação do vendedor de dentro para fora• Como usar a comunicação verbal e não-verbal a seu favor• O corpo fala e a voz conta!• O que é preciso conhecer para ser um bom vendedor?• Três perigos em vendas e como evita-lo!

Não associados: R$222,00Associados e estudantes: R$130,00

VENDAS EXTERNASSIDNEY KAYAMORI

11 e 12 de Fevereiro19h às 23h

• Vendas externas no mercado globalizado• A importância da venda profissionalizada• O uso das mídias sociais nas vendas externas• Planejamento do roteiro de visitas• Prospecção e acompanhamento dos clientes

• Campanhas e promoções de vendas aos clientes• Pós-vendas ou pós atendimento: A venda que inicia após as

vendas

Não associados: R$ 197,00Associados e estudantes: R$ 108,00

PALESTRATRANSFORME SEU ATENDIMENTO

EM VENDASREGINA NAKAYAMA

19 de Fevereiro19h às 21h

• As leis do atendimento ao cliente• Os momentos da verdade• Como criar e manter relacionamentos com clientes

Não associados: R$ 95,00Associados e estudantes: R$ 56,00

MERCADO DE TRABALHO: ESTEJA PRONTO PARA ELE

REGINA MATOS

22 e 23 de Janeiro19h às 22h30

• Visão de Futuro• Mercado de Trabalho• Transição• Carreira Profissional• Condução da Carreira• Empregabilidade• Competências• Marketing Pessoal• Elaboração do Curriculum Vitae• Como se preparar para a Entrevista de Seleção

Não associados: R$ 197,00Associados e estudantes: R$ 108,00

COMO CONSTRUIR EQUIPES COMERCIAISDE ALTA PERFORMANCE

MILTON BETTONI

29, 30 e 31 de Janeiro19h às 23h

• Posicionamento estratégico comercial• Indicadores de performance• Recrutamento de vendedores que dão resultado• A importância de se treinar uma equipe• Estruturando um método de vendas eficaz• Liderança de resultados e estilos de liderança• Técnicas de persuasão utilizados pelos líderes comerciais de

Alta Performance• O alinhamento e engajamento da equipe• Comunicação e administração de conflitos• Como dar e receber feedback• Reuniões eficazes• Como estabelecer prioridades

Não associados: R$ 355,00Associados e estudantes: R$ 295,00

ORATÓRIA: TÉCNICAS PARA FALAR EM PÚBLICO

MARIA CRISTINA CONSALTER

05, 06 e 07 de Fevereiro19h às 23h

• Autoimagem do apresentador• Planejamento da apresentação• Comunicação verbal e não verbal influenciando na qualidade

da apresentação• Controle emocional na apresentação• Técnicas para se comunicar com o público – Modelo do pitch

de apresentação• Utilização de recursos de apoio na arte da oratória

Não associados: R$ 222,00Associados e estudantes: R$ 130,00

PALESTRARESILIÊNCIA E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

GYSELE ROGO

07 de Fevereiro19h às 21h

• Mas o que é resiliência?• Resiliência é inata ou aprendida?• Característica de pessoas resilientes

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FINANÇAS

INTENSIVO EM GESTÃO FINANCEIRA: CONTAS A PAGAR, A RECEBER E TESOURARIA

RONALDO CORDEIRO

23 de Fevereiro08h30 às 17h30

• Conceitos de capital de giro, ciclo operacional e ciclo financeiro

• Índices que refletem na administração do caixa• Normas e procedimentos• Fluxos de processos: responsabilidades e conferências• Administração do contas a pagar: processos de pagamentos,

fluxo operacional, funções do contas a pagar, controle do contas a pagar, ciclos de pagamentos, riscos

• Administração do contas a receber: controle do contas a receber, função da cobrança, processo de cobrança, meios de cobrança

Não associados: R$ 295,00Associados e estudantes: R$ 230,00

GESTÃO DE RH

CHEFIA E LIDERANÇAFILOMENA REGINA STORTI MINETTO

23, 24 e 25 de Janeiro19h às 23h

• A comunicação como fonte de conflito ou produtividade - Feedback e Assertividade

• Liderança gerencial - Características e estilos de liderança• A importância do feedback no processo de gestão de pessoas• O processo de tomar decisões• Delegação de atribuições e autoridade• Como identificar e administrar conflitos na empresa

Não associados: R$ 222,00Associados e estudantes: R$ 130,00

WORKSHOPA IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO

NA LIDERANÇA GYSELE ROGO

21 de Fevereiro19h às 23h

• A importância de um processo de comunicação eficaz para as empresas

• Elementos da comunicação• Barreiras na comunicação • Comunicação Assertiva: conceito, importância e benefícios• Como aprendemos a comportar de modo não assertivo?• Características de pessoas assertivas• Linguagem verbal e não verbal na comunicação• O conteúdo verbal da mensagem• Comportamentos não-verbais• Técnicas de comunicação assertiva para conflitos e relações

interpessoais• Conflitos: Tipos, causas e formas de intervir• A importância da voz na comunicação assertiva• Técnicas de comunicação assertiva• Inteligência emocional

Não associados: R$ 118,00Associados e estudantes: R$ 71,00

• Como lidar com as adversidades• Resiliência atitude proativa e responsabilidade• Superação de pressões e adversidades• Inteligência emocional é gerir emoções?• Competências da Inteligência Emocional• Ator ou protagonista?

Não associados: R$ 95,00Associados e estudantes: R$ 56,00

NEGOCIAÇÃO EM COBRANÇA:COBRAR E RECUPERAR VALORES E CLIENTES

SIVALDO DAL RY

13 e 14 de Fevereiro19h às 23h

• Inadimplência de empresas e consumidores• Regras básicas em cobrança• Legislação e prazos de prescrição• Princípios de negociação• Passo a passo no processo de cobrança• Tipos de clientes inadimplentes e como abordá-los

Não associados: R$ 197,00Associados e estudantes: R$ 108,00

COMO ADMINISTRAR COMPRAS E CONTROLAR ESTOQUES

CHARLES VEZOZZO

25, 26 e 27 de Fevereiro19h às 23h

• Perfil do comprador• Aspectos gerais de compras• Estoque mínimo e máximo• Rotação geral de mercadorias• Custo financeiro do estoque parado• Classificação ABC • Ficha de controle individual do produto • Inventário de estoques

Não associados: R$ 222,00Associados e estudantes: R$ 130,00

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EDITORIAL

Mercado em Foco é uma publicação da Associação Comercial e Industrial de Londrina. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da Associação ou pelo e-mail [email protected]

DIRETORIA DA ACIL – GESTÃO 2016/2019

Fundada em 5 de junho de 1937

Rua Minas Gerais 297 – 1º andarEd. Palácio do ComércioLondrina (PR) – CEP 86010-905Telefone (43) 3374-3000Fax (43) 3374-3060E-mail [email protected]

Claudio Sergio TedeschiPresidenteFernando Maurício de MoraesVice-presidenteFabricio Massi SallaDiretor SecretárioAlexandra de Paula Yusiasu dos Santos2º Diretor SecretárioRodolfo Tramontini ZanluchiDiretor FinanceiroRogério Pena Chineze 2º Diretor Financeiro

Angelo Pamplona da CostaDiretor ComercialMarcus Vinicius GimenesDiretor IndustrialMarcia Regina Vieira Mocelin ManfrinDiretor de ServiçosOlavo Batista JuniorDiretor de Comércio InternacionalAdelino Favoretto JuniorDiretor de ProdutosElias Lombardi de OliveiraDiretor Institucional

Luigi Carrer FilhoDiretor de AgronegóciosMarco Aurélio KumuraDiretor de Tecnologia e InovaçãoRicardo Beraldi RodriguesDiretor Micro e Pequeno EmpresárioAndré Gradia Gomes YuiDiretor Jovem EmpresárioMarisol ChiesaPresidente do CME ACIL

CONSELHO DELIBERATIVOAry Sudan Carlos Alberto Dorotheu MascarenhasDavid ConchonFlávio Montenegro BalanGeorge HiraiwaHerson Rodrigues Figueiredo JúniorJosé Augusto RapchamKatsumi Sérgio OtaguiriNivaldo BenvenhoOswaldo Pitol

Valter Luiz OrsiWeber GuimarãesWilson Geraldo Cavina

CONSELHO FISCALTitularesAdoniro Prieto MathiasMarcus Vinicius Bossa GrassanoRafael de Giovanni NetoSuplentesMario Nei PacagnanMarcelo Quelho FilhoEduardo Ajita

Susan NaimeCoordenaçãoLúcio Flávio MouraEdiçãoLarissa MarigoEstagiária de ComunicaçãoFernando CremonezFotografiaThiago MazzeiProjeto gráfico

Rodrigo GearaSuperintendente Claudia Motta PechinGerente de MercadoBarbara Della LiberaCoordenadora de Marketing

ColaboradoresCelso FelizardoClaudemir ScaloneFernanda Bressan

Francismar LemesJanaína ÁvilaMarco FeltrinRanulfo PedreiroSamara Resenberger

ImpressãoMidiografTiragem8 mil exemplares

2019, O ANO DA ESPERANÇAOitavo ano. A Mercado em Foco é uma

publicação que caiu no gosto da cidade e que, em 2019, vai seguir sua trajetória de sucesso junto à classe empresarial e a todos os interessados em jornalismo de alto nível. A ACIL se orgulha de disseminar informação e análise relevantes neste período e agradece todos os parceiros que ajudaram a manter este projeto vivo.

Na edição 49, mantemos o padrão de excelência. Determinados a provocar reflexões úteis aos leitores, trazemos uma variedade de temas para o debate da sociedade: como o novo governo do Estado vai lidar com as demandas mais urgentes da infraestrutura na região? Como o governo Bolsonaro vai conduzir a economia, retomar a atividade econômica, gerar empregos e diminuir a pobreza? Estaremos vigilantes com estas questões, apoiando as reformas estruturais e as forças políticas locais para efetivamente representar os interesses do

povo londrinense em Curitiba e Brasília.Há muito mais nesta primeira revista do

ano: a história de vida do empresário Nelson Tsukahara, que entende tudo de produtos veterinários, mas também de fazer bons negócios e de praticar a benemerência (é uma grande honra recebê-lo como diretor da nossa gestão); as oportunidades de lucro na mais alegre e festiva das estações; a vitalidade das vias comerciais localizadas longe do centro e da Gleba Palhano; as dicas de como planejar as atividades da sua empresa ao longo do ano; entre tantas reportagens interessantes que preparamos com carinho.

Amigas e amigos, que tenhamos coragem e sabedoria em mais um ano de defesa das ideias e convicções que inspiraram nossos fundadores. Que façamos do associativismo um caminho para melhorar nossas vidas.

Boa leitura!

Fernando Moraes Presidente Interino da ACIL

(gestão 2016-2019)

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 5

BRASILCrescer e gerar empregos: desafios de Bolsonaro ......................................................... 6

OPORTUNIDADESTemperatura e faturamento em alta .................................... 18

ARTIGOExcelência da gestão:uma empresa em constante melhoria ................................ 21

DINHEIRO VIVOA moeda nossa de cada dia ................................................ 28

SUMMIT BRASILTalento para guiar .............................................................. 30

ENTREVISTASPC Brasil/ACIL investe em tecnologiae mira informação qualificada como negócio principal ...................................................... 32

PERFIL‘Tenho uma enorme gratidão por Londrina’ ...................... 34

BEM-ESTARDormir bem, que mal tem? ................................................. 36

COLUNA ACILLondrinatal leva alegria e cultura para as ruas de Londrina ..................................................... 38

ÍNDICE

26

NOVO ANO, NOVAS METASComo fazer o planejamento empresarial de 2019?

10

POLÍTICAObras de infraestrutura são prioridades da região no governo Ratinho Junior

14

COMÉRCIO NOS BAIRROSMais próximo do cliente

ESPECIALBem-vindos a Londrina

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janeiro e fevereiro de 2019 | www.acil.com.br6

Por Claudemir Scalone

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), eleito em outubro de 2018 com 57,8 milhões de votos (55,13%), assumiu o governo no dia 1 de janeiro com dois grandes desafios, segundo analistas consultados pela Mercado em Foco: retomada do crescimento após a maior recessão econômica já enfrentada pelo País na gestão Dilma Rousseff (PT)/Michel Temer (MDB) e a geração de empregos.

Em princípio, não deverá haver uma grande mudança na política econômica. “A política de juros deve permanecer de acordo com as tendências atuais fechando 2019 num patamar pouco superior, devido pressões inflacionárias internas que podem acontecer e modificações na condução da política monetária nos EUA. O sistema de metas de inflação possui parâmetros definidos até 2020 e a política monetária deve ser ajustada para tanto”, avalia Márcio Massaro, coordenador dos cursos de Administração e Ciências Contábeis e da pós-graduação da Faccar em Rolândia.

“O governo que está se iniciando encontrará muitos desafios na área econômica. Os analistas em geral projetam um crescimento do PIB para 2019 em torno de 2,5%, mas para que o país possa crescer serão necessárias reformas que não sabemos se o Congresso aprovará. Dependerá de muita habilidade por parte do presidente na condução das

BRASIL

CRESCER E GERAREMPREGOS:DESAFIOS DEBOLSONAROEspecialistas apontam à Mercado em Foco os principais problemas no primeiro ano de gestão do capitão da reserva do Exército

Márcio Massaro, da Faccar em Rolândia: “A simplificação

arrecadatória é urgente no Brasil e tem enorme potencial de acelerar a criação

e legalização de novos negócios”

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REVISTA MERCADO EM FOCO | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2019 WWW.ACIL.COM.BR

Associação Comercial e Industrial de Londrina 7

negociações com o Legislativo”, analisa o economista Laércio Rodrigues de Oliveira, membro do Conselho Regional de Economia do Paraná.

“Bolsonaro deverá adotar uma agenda econômica mais liberal, por conta da presença do economista Paulo Guedes. Essa agenda destoa do intervencionismo característico de Lula e Dilma. Além das questões econômicas, algumas pautas entendidas como mais conservadoras devem vir à tona: flexibilização do estatuto do desarmamento, redução da maioridade penal e o programa escola sem partido, por exemplo. Veremos se no Congresso Nacional esses temas serão votados de acordo com a vontade do novo governo”, avalia o sociólogo e cientista político Rodrigo Augusto Prando, da Universidade Mackenzie (SP).

Massaro vê acerto na criação do superministério da Economia. “A submissão dessas pastas afins, a um só comando, certamente vai gerar agilidade, sincronia e sinergia que facilitarão a realização de objetivos na área econômica”, afirma.

“A criação de um superministério da Economia não será problema se as ações forem bem coordenadas. Neste caso, poderão até facilitar a implementação das medidas econômicas”, observa Oliveira.

“A ideia de um superministério pode ser interessante quando se imagina a eficiência, eficácia e otimização dos recursos dentro da estrutura ministerial. Agora, sempre é uma aposta arriscada, pois se der errado, dará em muitas frentes ao mesmo tempo e que, antes, estavam separadas”, alerta Prando.

Reformas  Quanto às reformas tributária e

da Previdência, consideradas vitais para que Bolsonaro consiga conter os gastos públicos, vai depender muito da capacidade de negociação do presidente com o novo Congresso. “A simplificação arrecadatória é urgente no Brasil e tem enorme potencial de acelerar a criação e legalização de novos negócios e, consequentemente, de empregos

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e crescimento econômico”, afirma Massaro que considera a Previdência o “calcanhar de Aquiles” do novo governo. “O déficit da Previdência e os gastos com pessoal representam pontos críticos a serem resolvidos pelo novo governo. A resolução desse problema fatalmente passa pelo corte de direitos, fato que pode causar prejuízo político ao novo governo.”

Oliveira considera fundamental as reformas para equilibrar as contas públicas. Ele observa ainda que se conseguir o equilíbrio fiscal e reduzir o risco, Bolsonaro fará com que a economia brasileira seja mais atrativa aos investimentos estrangeiros. “Não acredito que haverá redução da carga tributária para 2019, visto que o orçamento da União já foi aprovado pelo Congresso. E existem aspectos legais que envolvem um tributo novo que é princípio da anuidade.”

Prando faz um adendo sobre a reforma da Previdência. “A reforma deverá ser discutida pela sociedade e explicada de uma forma honesta e transparente, sem ser capturada pelos interesses corporativistas. Aí, um ponto: Bolsonaro sempre foi estatizante, intervencionista e corporativista. Veremos se Paulo Guedes conseguiu, mesmo, mudar essa conhecida trajetória do presidente eleito.”

Imbróglio com mundo árabe

Os analistas veem pouco impacto nas exportações brasileiras com o possível boicote do mundo árabe após Bolsonaro afirmar que iria  transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. “O Brasil fornece produtos adaptados para atender costumes de consumo daquela região. Exporta também pedras semipreciosas, que se encontram somente aqui. Creio que se houver qualquer embate comercial, poderá ser resolvido diplomaticamente sem maiores reflexos”, pontua Massaro.

“Certamente, Bolsonaro não tinha a dimensão daquilo que afirmou. Mudar a embaixada seguindo, acriticamente, o que fizeram os EUA é um enorme equívoco e isso se provou com as já apresentadas retaliações diplomáticas e a sinalização de

descontentamento de importantes parceiros comerciais do Brasil”, analisa Prando.

“O comércio exterior deverá ser pautado pela abertura de novos mercados, via acordos bilaterais com a União Europeia e EUA. Estes acordos, se forem bem elaborados, trarão benefícios para a economia brasileira, pois são os grandes mercados que têm os maiores potenciais para consumo de nossos produtos”, afirma Oliveira.

Massaro também acredita que o Brasil continuará mantendo laços comerciais com o mercado europeu, apesar da aproximação de Bolsonaro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “O Brasil já possuiu contenciosos na OMC contra os EUA, por exemplo, em relação à laranja e ao algodão. Tudo leva a crer que ainda que se estabeleçam acordos bilaterais com os EUA, não seria envolvendo produtos que historicamente têm o mercado europeu como destino”, avalia.

“Bolsonaro não é o Trump tropical. O Brasil não pode ser imediatamente linha auxiliar de Trump e dos EUA. Um fato é notório: parece existir simpatia de Trump com Bolsonaro e isso pode facilitar as relações comerciais que, durante os governos petistas, foram desprezadas”, afirma Prando.

Agronegócio

Massaro afirma que o serviço de diplomacia brasileiro, principalmente com a China e países do Oriente Médio, terá papel importante na viabilização do comércio para o agronegócio, em especial para resolver qualquer desentendimento no campo da política de relações. Ele aponta outro fator que deve dar tranquilidade aos produtores rurais. “Parece bem claro que o novo governo irá trabalhar para a garantia da propriedade privada no campo. Esse tipo de ação traz um ambiente de maior tranquilidade, principalmente para o grande latifúndio produtivo e gera maior clareza para o setor como um todo, dinamizando investimentos produtivos na área.”

Oliveira aponta a necessidade de o Brasil aumentar a relação comercial com o Chile que tem uma economia em crescimento

Laércio Rodrigues de Oliveira, do Conselho Regional de Economia do Paraná: “A criação de um

superministério da Economia não será problema se as ações forem bem coordenadas”

Rodrigo Augusto Prando, da Universidade Mackenzie (SP):“A reforma deverá ser discutida pela sociedade e explicada de uma forma honesta e transparente, sem ser capturada pelos interesses corporativistas”

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e um potencial a ser explorado pelas empresas brasileiras. “A China também é uma grande parceira e deve ser incentivada esta relação comercial que favorecerá principalmente o agronegócio, porém deve-se ir além da exportação de commodities, com a inclusão de produtos com maior valor agregado.”

Bolsonaro e o Congresso

Rodrigo Prando prevê que o clima hostil de parte do eleitorado em relação a Bolsonaro continuará neste ano. “Esse clima pode ser amainado quando o presidente eleito entender que acabou a campanha e que ele já ganhou e, para governar, precisa ponderar o tom de suas falas e rever parte de suas ideias. E Bolsonaro já moderou seu discurso.”

O cientista político acredita que o presidente terá uma boa base de apoio no Congresso para emplacar as reformas pretendidas.

“O Congresso Nacional eleito tem um perfil conservador, portanto, bem alinhado com as teses defendidas por Bolsonaro durante a campanha. Contudo, político quer, sempre, poder e influência entre os que ‘têm a caneta’ (poder de distribuir recursos e nomear). Bolsonaro conhece a Câmara dos Deputados, isso é uma vantagem, contudo, sua posição mudou e ele terá que ouvir muito e negociar mais ainda.” Prando aponta que PT, PDT e Rede serão os mais opositores de Bolsonaro. No entanto, ele observa que um grupo ligado à esquerda verbalizou após o pleito que fará “oposição responsável e distante da hegemonia petista”.

Questionado se Bolsonaro conseguirá fugir do “toma lá dá cá”, Prando recorre à campanha eleitoral para responder à pergunta. “Há um fato: ele ganhou a eleição praticamente sozinho. Sem partido, sem recursos, sem alianças e sem tempo de televisão. Com isso, ele chega com força para resistir ao toma lá da cá. Se ele realmente resistirá é o que veremos ao longo do mandato.”

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POLÍTICA

Por Francismar Lemes  Londrina é um exemplo no mapa

brasileiro da necessidade de maior eficiência e dependência do transporte rodoviário, que coloca o Brasil na 55º posição, entre 160  países no ranking do relatório bienal de logística  do Banco Mundial. Porém, lideranças da sociedade, que representam uma região metropolitana de  mais de  1 milhão de habitantes, têm empenhado esforços para cobrar dos governantes, o que deve acontecer também no governo Ratinho Junior, a realização de projetos cruciais como o Contorno Norte, as duplicações da PR-445 e BR-369 e a instalação do ILS no Aeroporto José Richa. 

O último episódio da  demanda  de mais de 20 anos, a obra do Contorno Norte, foi a determinação da Justiça Federal, em novembro, do  início da construção  em 30 dias.  A decisão do juiz Rogério Dantas  Cachichi,  em ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF),  contou com apoio do Governo do Estado, até então comandado por Cida Borghetti.

Em entrevista à Mercado em Foco, o novo governador, Ratinho Junior (PSD), relaciona, sem cravar data, o Contorno Norte entre as ações de infraestrutura de curto, médio e longo prazos para melhorar o escoamento da produção da região para o mercado nacional e internacional.

Justamente a balança comercial é que dimensiona o peso da necessidade de investimentos em infraestrutura e logística, não só nas obras dos 8,5 quilômetros do Lote 2 do Contorno Norte, entre a PR-545 e a PR-445, mas também nas duplicações desta última rodovia até Mauá da Serra e da BR-369 até Cornélio Procópio.  

Em 2016, Londrina exportou  US$ 252,4 milhões de soja, o que representa 38,3% do total exportado pelo município. A principal  commodity  produzida na região percorre  metade  do  trecho de  485  quilômetros para chegar ao Porto de Paranaguá em pista simples, inclusive parte na PR-445. No mesmo ano, a indústria londrinense respondeu por 18,3% do Produto Interno Bruto (PIB), artefatos que chegam a São Paulo, o maior centro consumidor do país, via BR-369.  São duas rodovias com trechos urbanos em Londrina

OBRAS DE INFRAESTRUTURA SÃO PRIORIDADES DA REGIÃO NO GOVERNO RATINHO JUNIOR Entidades de classe se mantêm mobilizadas para cobrar obras como o Contorno Norte e as duplicações da BR-369 e PR-445. Governador Ratinho Junior dá entrevista à Revista Mercado em Foco e fala sobre os planos do governo para as reivindicações

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“O AEROPORTO DE LONDRINA ESTÁ NESSA ENCRENCA DE ILS HÁ DÉCADAS”

Associação Comercial e Industrial de Londrina 11

e que lideram o ranking das federais e estaduais com maior letalidade. 

É difícil ter ideia dos prejuízos  e perdas enfileirados ao longo destes trechos,  mas o Placar do Trânsito, levantamento bimestral divulgado no último mês de novembro pela  Companhia  Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), mostra o que significa em números de vítimas.

No ranking  das  rodovias federais e estaduais  com maior letalidade, a PR-445 está no topo, com 11 casos, seguida da BR-369, com oito episódios.

Ratinho Junior diz que está no radar do seu  governo  investimentos para o crescimento da economia e obras para diminuir o número de acidentes.  “Além da conclusão dos projetos do Contorno Norte e das passarelas da PR-445, em Cambé, e Londrina, do andamento dos projetos de um viaduto na Avenida Angelina  Vezozzo,  em Londrina,  e da Bratislava, em Cambé, deverão ser adiantadas as duplicações prioritárias para a região com a da ligação Londrina – Mauá da Serra, já em andamento, e Mauá da Serra – Pitanga, para facilitar a ligação com a capital e Paranaguá. Também serão objetos  de estudos e projetos outras rodovias que dão acesso a São Paulo e no entorno de Londrina com o objetivo de eliminar gargalos de trânsito e, através de sinalização, diminuir o número de acidentes”, afirma o governador.  No total, a conta do investimento alcança R$ 1 bilhão.

“A gente espera que todas essas medidas,  no início do governo Ratinho

Junior,  sejam  encaminhadas. Tanto as que estão para licitar, como as que faltam concluir os projetos. Que esses projetos sejam acelerados para que, em pouco tempo, tenhamos condições de solicitar os recursos necessários para que essas obras sejam implementadas, se não no primeiro ano,  no segundo ano do governo do estado”, espera o presidente da ACIL até o fechamento desta edição, Claudio  Tedeschi, entidade que faz parte da Comissão de Desenvolvimento e Infraestrutura da Região

de Londrina e que tem cobrado  as  obras essenciais para o município.

Fazem parte ainda  da comissão, a  Sociedade Rural  do Paraná  (SRP), Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (CEAL), Associação Médica de Londrina (AML), Sindicato  da Indústria da Construção Civil do Norte do Paraná (Sinduscon), Sindicato das Indústrias, Metalúrgicas e de Materiais Elétricos do Norte do Paraná (Sindimetal)  e  Sindicato do Comércio Varejista de Londrina e Região (Sincoval).

O  presidente  da SRP, Antônio Sampaio, ressalta que um corredor produtivo e de exportação importante como a região, está com obras de infraestrutura e logística estacionadas há muito tempo.  “É um gargalo importante para a região, inclusive de transporte ferroviário, como a Ferrovia Norte Sul, que foi uma conversa que ficou no ar. Não temos pista dupla nas rodovias para lugar nenhum. O aeroporto de Londrina está nessa encrenca da falta de ILS há décadas. São fatores limitantes para o nosso desenvolvimento. As empresas que vêm se instalar aqui, a primeira coisa que querem saber é sobre a questão logística, se chega rápido, sai rápido, se consegue vir e voltar de avião no mesmo dia. São pontos que toda atividade econômica depende”, aponta Sampaio, lembrando que na fase de campanha eleitoral a comissão entregou para os candidatos ao governo uma carta com as reivindicações da região.

“Se tivermos rodovias e ferrovias em

Novo governador promete até mais do que já está encaminhado: “Serão objetos de estudos

e projetos outras rodovias que dão acesso a São Paulo com o objetivo de eliminar gargalos de trânsito e, através de sinalização, diminuir o

número de acidentes”

Claudio Tedeschi, presidente da ACIL até o fechamento desta edição, articulou a Comissão de Infraestrutura e faz suas previsões: “Que esses projetos sejam acelerados para que, em pouco tempo, tenhamos condições de solicitar os recursos necessários para que essas obras sejam implementadas, se não no primeiro ano, no segundo ano do governo”

Se tivermos rodovias e ferrovias em condições, a cidade passa a ser analisada por empresários para se instalarem. O município que não tem isso nem entra na análise de viabilidade

Rodrigo Zacaria,

presidente do Sinduscon

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condições, a cidade passa a ser analisada por empresários para se instalarem. O município que não tem isso nem entra na  análise de viabilidade. É preciso ter um bom aeroporto e de preferência internacional, com postos da Polícia Federal, Receita Federal e Anvisa para a liberação de embarque e desembarque de mercadorias e matérias-primas”, reforça o presidente do  Sinduscon, Rodrigo Zacaria.

Sobre o aeroporto londrinense, Ratinho Junior diz que se comprometeu no seu plano de governo a promover gestões junto ao governo federal para as melhorias necessárias, conforme o programa estabelecido pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para viabilizar a ampliação da pista e a instalação de sistemas de aproximação ILS I ou II no José Richa.

“A revisão da tributação de ICMS do combustível de aviação proposta, assim como um programa de redução progressiva de impostos, tem  como objetivo incentivar companhias aéreas, possibilitando a criação de mais voos para Londrina e estimular empresas a se instalarem na região”, acrescenta o governador.

Ratinho ainda afirma que o governo apoiará a implantação do Estatuto da Metrópole, que estabelece funções públicas de interesse da Região Metropolitana de Londrina, citando como exemplo o estabelecimento de consórcios municipais com participação do governo estadual para contratação de projetos de engenharia que possibilitem o levantamento de recursos para a realização de obras. 

O crédito do capital político

Eleito no primeiro turno com 59,99% dos votos, obtendo 61,69% de votação em Londrina, Ratinho passará agora por este crivo, que tem prazo de validade.

O cientista político Clodomiro Bannwart, professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), com estudos voltados à Filosofia do Direito, avalia

como será este período de lua-de-mel do novo governo com o eleitorado.

“Ratinho tem um peso ainda mais acentuado neste começo de mandato”, afirma. “Até porque,  à  medida que começa a colocar determinadas pautas na Assembleia Legislativa e que isso tenha um teor impopular, começa a minar o grau de apoio popular conquistado nas urnas. Por ter sido eleito no primeiro turno direto, está mais do que legitimado para fazer uma gestão com legitimidade popular no início”, avalia o estudioso. “Em relação às entidades de Londrina, elas precisam aproveitar este momento e colocar essas pautas reivindicatórias - até para que tenha um compromisso cada vez mais firmado por parte do eleito  para  a concretização dessas demandas londrinenses”, pondera Bannwart.

O cientista político destaca a importância da população e entidades de classe para a manutenção das cobranças.  “Não podemos esquecer que Ratinho é do mesmo grupo do ex-governador Beto Richa. Foi secretário por quatro anos. Na verdade, temos uma continuidade de um grupo político. Os setores mais representativos da sociedade londrinense têm que ter uma presença maior e, talvez, uma articulação maior da nossa parte, enquanto sociedade para cobrar. Até porque aumentamos apenas um deputado estadual da cidade, o que acho ainda muito pouco em relação à quantidade de cadeiras na Assembleia Legislativa. A impressão que temos é que continuamos com uma sub-representação da nossa região diante da importância que tem no Estado”, lamenta.

Antonio Sampaio, presidente da Rural, avalia a infraestrutura acanhada como um obstáculo: “As

empresas que vêm se instalar aqui, a primeira coisa que querem saber é sobre a questão logística, se chega rápido,

sai rápido, se consegue vir e voltar de avião no mesmo dia. São pontos que toda atividade econômica depende”

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COMÉRCIONOS BAIRROS

MAIS PRÓXIMODO CLIENTELojistas entendem cada vez com mais clareza as vantagens de operar em áreas comerciais longe do centro histórico e da Gleba Palhano

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“O CONSUMIDOR ESTÁ DISPOSTO A PAGAR UM POUCO MAIS PELA CONVENIÊNCIA”

Por Celso Felizardo

Pegar o carro, enfrentar o trânsito, achar um lugar para estacionar e voltar a tempo para cumprir seus compromissos. Se deslocar para fazer compras a cada dia se torna uma maratona que exige tempo e dinheiro. Nesse contexto do inchaço das grandes cidades é que ganha força o comércio de bairro. O fortalecimento dos núcleos comerciais periféricos tornou-se uma tendência mundial. De olho nessa onda, muitos empreendedores apostam neste filão.

De acordo com o consultor do Sebrae em Londrina, Rubens Negrão, uma pesquisa realizada pelo órgão revela que, até pouco tempo atrás, a tomada de decisão da compra estava muito ligada ao preço. Atualmente, o valor do produto aparece em terceiro lugar na lista de prioridades do cliente, atrás da localização do estabelecimento e a qualidade. “O consumidor está disposto a pagar um pouco mais pela conveniência. Ele não quer se deslocar muito longe do seu local de trabalho ou de sua casa”, comenta.

Um exemplo é o comércio estabelecido na região norte da cidade, mais especificamente na Avenida Saul Elkind. “Aqui tem tudo o que precisamos. Conheço pessoas que nasceram aqui e nunca foram ‘pra cidade’”, conta a comerciária Cristina Gomes Marques terminando a frase com a expressão popular usada para se referir à região central. “Moro na zona norte desde os quatro anos de idade. Antes não tinha nada aqui. Tenho muito orgulho do que nosso bairro se tornou”, ressalta.

Outra que carrega o orgulho de suas origens na região e que decidiu apostar na zona norte é a empresária Simone

Carmona, proprietária da Ótica Carmona. Ela e a irmã assumiram há quase um ano o negócio que já funciona no local há nove anos. “Fui criada no Vivi Xavier e conheço muito bem o potencial da região. Resolvi apostar aqui”, relata. Sua primeira mudança foi a quebra de paradigmas. “Existe a falsa sensação que o comércio de bairro precisa trabalhar só com produtos populares. Nós apostamos em produtos de grife e os resultados estão sendo ótimos”, comemora.

Para Simone, os moradores de lá “vivem o bairro”. “Hoje temos grandes redes, franquias. Mas há aquela identificação. As pessoas passam para tomar um café, há uma relação de confiança. Muitas vezes eles vêm aqui só para tomar um café e conversar um pouco.

Acho que este tipo de atendimento é um grande diferencial”, avalia.

A região dos Cinco Conjuntos que começou a se formar há exatos 40 anos tem franquias de grandes redes, agências bancárias, lojas de vestuário, farmácias, supermercados. Roseli Belira Machado, proprietária da Rei dos Carrinhos, especializada em artigos para o público infanto-juvenil, tem duas lojas: uma no centro e outra na Saul. Para ela, apesar de muita gente do bairro comprar ali, muitos ainda preferem se deslocar. “Temos que mudar essa mentalidade e valorizar o comércio de bairro. Vejo gente que sai daqui para comprar na outra loja. Não tem lógica. É o mesmo preço e aqui tenho mais variedade de produtos”, expõe.

A explicação do economista Marcos Rambalducci é que mesmo prestigiando o comércio de bairro, os moradores vão ao centro ou aos shoppings fazer compras como forma de passeio. “Muitas vezes tem aquele produto no bairro dele, mas hoje

as compras se tornaram um atrativo de lazer. Aqueles produtos do dia a dia, esses ainda são comprados no comércio mais próximo”, compara.

Para Negrão, a saída para o comércio de rua é investir para se tornar um “shopping a céu aberto”. “Os comerciantes de uma mesma região devem pensar em soluções conjuntas, como fatores de inclusão, acessibilidade, segurança. O visual das empresas conta muito, manter uma vitrine atrativa. É preciso pensar no conceito de que o comércio precisa ser hoje um centro de entretenimento”.

A necessária sinergia

O consultor do Sebrae destaca ainda que a união dos comerciantes conta muito para o fortalecimento de uma região. “É preciso se organizar de alguma forma, em associações ou até mesmo em grupos de WhatsApp. Fazer campanha de limpeza da rua, por exemplo. Não se pode esperar tudo do poder público. É preciso criar sinergia. O que adianta a minha vitrine estar bonita e a do vizinho não? Não existe

Para a empresária Simone Carmona, da região Norte, amizade prevalece na relação com

clientes: “Muitas vezes eles vêm aqui só para tomar um café e conversar um pouco

Os comerciantes de uma mesma região devem pensar em soluções conjuntas, como fatores de inclusão, acessibilidade, segurança. O visual das empresas conta muito, manter uma vitrine atrativa. É preciso pensar no conceito de que o comércio precisa ser hoje um centro de entretenimento

Rubens Negrão,

consultor do Sebrae

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mais mundo isolado”, alerta.Além da Saul Elkind, Negrão e Rambaducci destacam o comércio da

Avenida Inglaterra, na zona sul da cidade. “É um outro extremo em que o comércio está estabelecido, onde as agências bancárias acompanham as lojas. Essa estrutura é fundamental para o desenvolvimento de uma determinada região”, aponta Rambalducci.

Adilson Abila, proprietário do supermercado que leva o nome da família, está há 40 anos no mesmo ponto. Ele acompanhou o surgimento dos extras e resistiu à concorrência. “O supermercado de bairro tem uma característica diferente. Estamos ‘na cara do gol’. Essa proximidade com o cliente é ótima, mas sabemos que ele não vai comprar tudo conosco. Ele vai optar por itens específicos, uma carne ou uma salada para o almoço”, exemplifica. Para ele, investir na qualidade é essencial para segurar o cliente. “A concorrência hoje é muito forte. Por isso o mercado de bairro tem que ter bons produtos. É um diferencial”, analisa.

O setor de alimentos é o mais consolidado nos bairros, de acordo com Rambalducci. No entanto, outros setores ganham espaço, como o de vestuário e artigos de informática. “Nas pesquisas que fazemos, há uma evidência clara nas vendas de calçados e também em acessórios e serviço de manutenção de celulares”, diz o economista. Luiz Antonio Ferreira, dono da Blue Cell, especializado em artigos para celulares, está há oito meses na zona norte. “Estou gostando bastante. Apesar

de ser um comércio de bairro, uso bastante as redes sociais para fazer publicidade. As pessoas hoje estão muito conectadas. Às vezes, apesar de próximas, estão distantes”, conta.

Além da zona norte e sul, com seus polos comerciais já estabelecidos, outros centros chamam a atenção nas regiões oeste e leste da cidade. Dia de prêmio acumulado, uma grande fila se forma na lotérica do Jardim Bandeirantes, na zona oeste. Ao lado, os vendedores do Bazar Trevo comemoram o movimento. “Aqui no bairro a gente encontra de tudo. Só não compra aqui quem quer manter o ‘status’. Não tenho o que reclamar do comércio local”, diz Odete Rodrigues, atendente.

Corrente que funciona

Segundo ela, a fidelização do cliente é na base da amizade. “Elas [clientes] vêm pra contar a vida. Não tem problema. Se tornam amigas mesmo. Tomam um cafezinho. É assim mesmo”, conta. E tudo funciona como uma rede. “A gente indica vizinhos, eles nos indicam”. A manicure Cleonice Aparecida da Silva Barroso é uma das clientes do bazar. “O comércio aqui é muito importante para o bairro. Tem quase tudo, me viro por aqui mesmo”. Segundo ela, é uma troca. “Temos que dar valor e ajudar quem nos ajuda. Elas são minhas clientes e sou delas. É uma corrente que funciona”.

Na Avenida Arthur Thomas, na mesma região, funciona a Eletro Conduluz, casa de materiais de construção especializada em artigos elétricos. Segundo o gerente Mário Jorge Brito dos Santos, o estabelecimento migrou da Avenida Juscelino Kubitscheck há 20 anos já prevendo a questão do estacionamento. “Se há duas décadas o problema já existia, de lá para cá só aumentou. Aqui temos um espaço amplo para os carros e hoje isso é fundamental. Com esse atrativo, além de toda clientela do bairro, atendemos até de outras cidades”, conta.

O centro comercial da Avenida São João, na zona leste, é outro que se destaca e supre quase todas as necessidades dos moradores da região. Vinícius da Silva Oliveira é proprietário da Max Estofados, estabelecida ali há oito anos. A família tem outra loja na Avenida Winston Churchill, na zona norte. “O comércio de bairro é muito importante. Nós nos adaptamos bem a essa realidade. Oferecendo um bom produto, você ganha a melhor publicidade que existe, a boca a boca”.

Adilson Abila, empresário na região Sul: “O supermercado de bairro tem uma característica

diferente. Estamos na cara do gol”

Odete Rodrigues, empresária na região Oeste: “A gente indica vizinhos, eles nos indicam”

O empresário Vinícius da Silva Oliveira escolheu as regiões Norte e Leste para abrir seu comércio

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OPORTUNIDADES

Por Marco Feltrin

Os termômetros acima dos 30 graus anunciam: o verão deu o ar da graça em Londrina. Época propícia para dar aquela caminhada no Lago Igapó e consumir alimentos mais leves e refrescantes.

E tem empresa que aproveita esta temporada para aumentar o faturamento, compensando, inclusive, a baixa registrada nos meses mais frios do ano. É o caso da Totti Sorvetes, fábrica instalada desde 2001 na cidade e que atualmente conta com duas lojas físicas.

No inverno, as vendas caem até 70%, fazendo com que o planejamento da empresa seja diferente de outros segmentos. “Temos uma parada em junho, julho, agosto. É o nosso período de férias para os funcionários e de fazer o planejamento, preparar os lançamentos para o verão. Aí na época de outubro até fevereiro temos até um

TEMPERATURA E FATURAMENTO EM ALTAEmpresas aproveitam o verão para alavancar vendas e conquistar clientes para o ano inteiro

aumento no quadro de funcionários para dar conta da demanda. Para nós, quanto mais calor, melhor”, aponta o empresário Maicon Totti.

Mas e quando o calor não dá as caras? Como a empresa sobrevive? Segundo Maicon, a estratégia é apostar na diversificação. “No inverno, testamos algumas alternativas como sobremesas com chocolate quente, sabores mais incrementados como doce de leite, Ferrero Rocher, tortas de sorvete. A repercussão é boa, mas nada que se compare ao verão. Dia quente é sinônimo de loja lotada”, enfatiza. E público não falta, já que o consumo per capita de sorvete dos brasileiros é de 5,4 litros por ano, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (Abis).

Vai uma saladinha aí?

O forte calor também nos obriga a escolher comidas mais leves. Foi apostando nisso que Helder Kasuya decidiu largar a vida de bancário para investir na Akko Saladas, que oferece uma variedade de verduras, legumes e hortaliças frescas que chegam em casa já cortadas, higienizadas e divididas em porções. Tudo orgânico e colhido aqui na região. Para participar, o cliente adere a uma espécie de assinatura com planos mensais individuais, para casais ou famílias com entregas semanais.

“É mais qualidade dentro do processo orgânico. Além da

Maicon Totti, da Totti Sorvetes: “Dia quente é sinônimo de loja

lotada”

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 19

alimentação saudável, tem a praticidade de chegar em casa, abrir, temperar e comer. Para quem não dispõe de muito tempo, é o ideal”, afirma Kasuya, ressaltando o crescimento de 70% no faturamento no último ano.

A receita de sucesso faz com que, até mesmo no inverno, as vendas sejam boas. Mas, no auge do verão, a alta demanda faz com que exista até uma fila de espera. “Optamos por manter um padrão de qualidade e, com isto, não é possível atender a todos. Trabalhamos com uma tecnologia de Israel nas telas e estufas, com isso o produto fica mais protegido neste período de muito calor e chuvas”, explica o proprietário.

Outro aliado da Akko Saladas é a tecnologia. A empresa é extremamente ativa nas redes sociais, e Helder tem até um canal no Youtube no qual apresenta os benefícios dos produtos orgânicos. Toda terça-feira ele faz uma live com convidados como nutricionistas e esteticistas.

A empresa também conta há três meses com um aplicativo onde o cliente pode personalizar as entregas. “É um comunicador à parte, um canal direto em que ele consegue alterar o que vai receber em casa. Isso ajuda a variar o cardápio e não enjoar. Foi outra forma que encontramos de fidelizar o cliente”.

Cuidados com o corpo

Quando o verão se aproxima, cresce também a preocupação em manter o corpo em boa forma. Se a viagem para a praia está garantida, muita gente corre atrás do prejuízo para

Helder Kasuya, da Akko Saladas: comidas mais leves são principais opções durante o calor

Camila Ambrósio, biomédica: “O movimento é ainda maior nos

meses de novembro e dezembro, ficando aquecido até o Carnaval”

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eliminar os quilos extras e não fazer feio nas areias e piscinas.Há quatro anos, a biomédica Camila Ambrósio mantém

uma clínica de estética na Gleba Palhano. Neste período, já virou tradição a correria de fim de ano, quando o movimento aumenta em até 50%.

“A partir de setembro, já começa a procura por tratamentos corporais, principalmente de mulheres atrás da redução de gordura e celulite. Elas ficam desesperadas porque vão viajar e querem estar com tudo em dia. O movimento é ainda maior nos meses de novembro e dezembro, ficando aquecido até o Carnaval”, explica a biomédica, que dobra o período de trabalho nesta época. Tratamentos como o de congelamento de gordura através de ultrassom e radiofrequência são os mais procurados.

Além de faturar mais, o verão traz ainda o desafio de garantir que as clientes continuem usando os serviços da clínica no restante do ano. Para isto, Camila aposta em promoções com pacotes de desconto para um tratamento contínuo.

“Estes pacientes que vêm o ano inteiro conseguem um resultado muito melhor. Quem vem só no fim do ano, com dois, três meses, não atinge o ideal, o resultado que espera. Sem falar que é um trabalho que precisa vir acompanhado de uma boa nutrição, atividade física”, complementa.

E se mexer o corpo é fundamental para fazer bonito no verão, as academias também comemoram as altas temperaturas. O Centro de Treinamento Flashover tem um aumento de até 30% nas matrículas nesta época do ano. “No frio é mais difícil sair de casa para praticar exercícios. No calor, as pessoas têm mais disposição e força de vontade, sem falar no horário de verão que também é um incentivo”, compara o proprietário da academia, Leonardo Grosso.

Apesar do aumento de matrículas nos últimos meses do ano, Leonardo diz que o perfil da academia não está voltado necessariamente para quem busca o corpo perfeito. “Nosso foco é a saúde para o ano inteiro, mostrar para as pessoas o benefício que o exercício traz em termos de autoestima e bem-estar para a vida, não apenas para uma temporada”, afirma, lembrando que a academia oferece exercícios não tão puxados quanto o Crossfit e nem tão leves quanto o funcional.

Para convencer os clientes da importância de cuidar do corpo o ano inteiro, a academia aproveitou o mês de novembro, tradicional pelos descontos da Black Friday, e ofereceu uma promoção dobrando a periodicidade do plano contratado. Quem se matriculava por três meses, ganhava seis de atividades. “Demora um certo tempo para ter resultado. Quem nunca treinou chega no verão e quer tudo imediato. Aí desanima, fala que o treino não funciona. É só aliar o treino correto por um prazo mais longo a uma alimentação balanceada que o resultado aparece”, orienta.

Com que roupa?

De nada adianta o corpo estar em ordem na estação mais quente do ano se a roupa também não ajudar. Por isso, o calor também é motivo de boas expectativas para lojas que trabalham com o segmento de moda praia. Na GS Store, que atua há 20 anos em Londrina, o verão começa muito antes da data oficial, no fim de dezembro.

“A coleção chega já no fim de junho. E nosso melhor mês é mesmo dezembro. Dobra o volume de vendas em relação a novembro, equivale a seis meses de faturamento da loja”, estima a empresária Giorgia Marrone, que também aponta o horário estendido do comércio nas semanas que antecedem o Natal como fator determinante para o resultado. “Biquínis e maiôs são um excelente presente de amigo secreto, Natal. E com o comércio abrindo depois das seis da tarde as clientes conseguem vir com mais calma na loja”.

Para dar conta da demanda, a GS Store sempre contrata mais duas funcionárias nesta época, e os dez provadores muitas vezes acabam não sendo suficientes. Para não prejudicar o atendimento, a estratégia é apostar na disposição de peças por numeração e dar autonomia para que as clientes escolham os produtos que mais agradam. E não são só as vestimentas de piscina que acabam sendo procuradas. “A cliente não quer só um maiô ou biquíni. Ela chega procurando pelo look completo, com saída de praia, bolsa, calçado. Quer curtir o verão com tudo novo”.

Leonardo Grosso, da Centro de Treinamento Flashover: “No calor, as pessoas têm mais disposição e força de vontade,

sem falar no horário de verão que também é um incentivo”

Giorgia Marrone, da GS Store: dezembro equivale a seis meses de faturamento da loja

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ARTIGO

Por Cleufe de Almeida

Ao contrário do que se pensa, excelência não é a perfeição ou algo que se conquiste e se mantenha ao logo dos tempos. O que seria Excelência da Gestão em minha visão? Melhoria contínua, constante partido de informações, dados, pesquisas, metas e indicadores.

Onde é possível melhorar na empresa? Em todos os setores, todos os segmentos independente do porte da empresa, do número de colaboradores e do tempo de mercado. O que distingue uma empresa que assume um compromisso com uma gestão de excelência das outras são as ações, o interesse e a prática. Desta forma o importante é ter uma visão holística dentro de uma cultura do Pensamento Sistêmico.

Mas, o que seria ter uma visão holística? Ter um olhar amplo para toda a estrutura, processos e organização, entendendo que todos têm uma interdependência para um propósito comum. A relação de interdependência é o Pensamento Sistêmico e nada mais é que: todos são responsáveis ou co responsáveis pelos resultados. Estabelecendo uma cultura do pensamento sistêmico não se acha culpados, criamos uma dinâmica onde todos são responsáveis pelo que fazem e entregam, levando em consideração as necessidades e expectativas dos clientes.

EXCELÊNCIA DA GESTÃO: UMA EMPRESA EM CONSTANTE MELHORIA

O que é percebido nas organizações é a dissociação entre os setores. Isto ocorre quando temos uma visão pontual dos acontecimentos/problemas e buscamos soluções sem analisar o todo. A solução fica restrita a um problema que pode ter influência de outros setores, processos, pessoas que podem ter outras intercorrências associadas. Isso conduzirá a conflitos internos, onde pessoas se acusam, afetando a imagem da empresa, pois o cliente não quer saber quem errou, não se trata do cliente do Setor X ou Setor Y, mas sim o cliente da empresa.

Uma gestão de excelência se dá de forma continua e crescente, baseada no fundamento do aprendizado organizacional e inovação. É necessário ter características tangíveis mensuráveis quantitativa ou qualitativa por meio de processos e seus respectivos resultados dentro da sistemática PDCL (Plan, Do, Check, Learn) - planejar, executar, verificar e aprender.

Um questionamento que todos os empresários devem fazer é: Qual é o padrão da minha empresa? Este padrão está documentado, escrito e disponível aos colaboradores? Todos têm clareza do padrão e seguem o mesmo? Existe um controle deste padrão? A empresa pesquisa seus resultados?

Na prática, as pessoas que fazem parte da empresa precisam ter e saber

informações necessárias para que façam o seu melhor e alcancem o objetivo e o resultado esperado tanto para o seu setor quanto para a empresa como um todo. Fazer uma Gestão de Excelência é conduzir pessoas através de dados e informações, melhorando continuamente em uma busca constante onde a responsabilidade passa a ser de todos. A excelência como referência passa a ser um caminho sustentável no crescimento da empresa, consolidada em planejamento e organização, seguindo o propósito, a visão e valores.

Fazer uma Gestão de Excelência deve ser uma premissa para o Líder/Gestor de pessoas, das ferramentas, dos processos, dos dados e dos resultados, criando o engajamento através da participação e envolvimento de todos.

Resumindo, Gestão da Excelência é: gerenciar, conduzir, orientar setores (administrativos, técnicos e operacionais), através de dados, informações, pessoas e processos. Existe a necessidade de uma abertura das empresas para fazer a diferença em sua gestão para que isto se torne um hábito.

Cleufe de Almeida é administradora de empresas, socioterapeuta, consultora

especialista na Excelência da Gestão e Comportamento Empreendedor,

Coordenadora de Dinâmica dos Grupos e Avaliadora Voluntária MPE Brasil - FNQ.

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ESPECIAL

BEM-VINDOS A LONDRINACidade mantém a fama de ser acolhedora e retribui com atrações turísticas e indicadores que provam

que ficar por aqui pode valer a pena

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 23

Por Janaína Ávila

Existem, pelo menos, duas maneiras de falar bem de Londrina: com base nos números e estatísticas ou dando a palavra a quem faz do 43 o seu prefixo telefônico. Cidade jovem, que acolhe gente de todo canto desde a sua fundação, Londrina parece sentir-se pronta para fazer novas conquistas. Armas de sedução nunca lhe faltaram.

A ex-atleta Natália Falavigna, hoje com 34 anos, só nasceu em Maringá para agradar o tio doutor. “Fiquei três dias e depois já vim pra Londrina”, conta. A história da Natália é uma daquelas que fazem o londrinense encher o peito de orgulho: é dela a primeira medalha olímpica do Brasil no Taekwondo, em Pequim 2008. “Minha vida sempre foi em Londrina, todos os meus laços foram criados aqui: infância,

amigos, universidade, carreira… Em alguns momentos eu saía para treinar ou trabalhar, mas sempre acabava voltando”, conta.

Natália já passou temporadas no Rio de Janeiro, Campinas e Estados Unidos e sempre foi Londrina o seu ponto de referência e a cidade escolhida para receber a academia de taekwondo que leva o seu nome. “Não é querer sempre comparar a minha cidade com as outras, mas aqui foi moldado o meu caráter e toda a minha concepção de cidade. Muitas pessoas

com quem sempre tive contato e que foram importantes para mim estão aqui até hoje: a família, professores, amigos, treinadores”, diz.

Formada pela Unopar em Educação Física e com MBA em gestão de pessoas, ela avisa que tem um grande plano para o futuro. “Quem sabe um dia trabalhar na minha especialidade, gerenciar um grande projeto esportivo aqui. Seria uma honra pode contribuir com o município onde eu cresci, que comecei, onde conheço todo mundo”.

Turismo e negócios

O trabalho que leva Natália a deixar Londrina de tempos em tempos é o mesmo que atrai pessoas dispostas a começar do zero. Foi o que aconteceu com o casal Pablo Piola e Juliana Bueno, que há pouco menos de um ano decidiu deixar o ABC Paulista para buscar, no norte do Paraná, a sonhada qualidade de vida. Ele, publicitário de Marília, conheceu Londrina antes de conhecer a companheira, em 1995, quando veio se apresentar no FILO com o grupo de teatro. “Londrina não me decepcionou, nem com toda a expectativa criada com aquele Festival. Já nos pegamos convidando os amigos de São Paulo

Pablo Piola, Juliana Bueno e Patrizia Cartella, do Tre3 House: o trio buscou em Londrina qualidade de vida para

iniciar um novo negócio

Natália Falavigna, ex-atleta: “Não é querer sempre comparar a minha

cidade com as outras, mas aqui foi moldado o meu caráter e toda a minha

concepção de cidade”

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a virem pra cá, fazendo propaganda da cidade”, confessa Piola. Juliana nasceu em Bela Vista do Paraíso, mas sempre estava por aqui por causa da família; mudou com os pais para São Bernardo do Campo e voltou para Londrina para estudar Design na Unopar, onde conheceu a terceira personagem desta historia, a também designer Patrizia Cartella. Juliana voltou para o estado de Sao Paulo, encontrou com Pablo, casaram.

Patrizia também foi morar fora de Londrina depois de formada. Anos depois, o trio se juntou para começar a escrever a história da Tre3 House, uma marmitaria na Rua Humaitá, esquina com a Monte Castelo. “Cansamos da loucura de São Paulo, do custo de vida alto, da dificuldade de manter o negócio. O desejo era poder dar uma melhor qualidade de vida para o nosso filho pequeno”, conta Juliana. Logo depois da mudança, Pablo já começou a fazer um curso de panificação no Senai para completar a cadeia de produção artesanal dessa nova proposta gastronômica.“Somos parceiros”, pontua Patrizia. “Esse é o primeiro grande investimento da minha vida”, continua ela, de volta a Londrina depois de uma experiência de dez anos vivendo em Milão. “Essa idéia de fazer comida foi do meu pai, ele cozinhava em casa e ficava me mandando as fotos. Quando voltei, a gente pensou em fazer isso para vender. Arrumei trabalho, cozinhando, em alguns lugares ao longo desses dois anos, adquiri confiança, descobri uma paixão e decidi iniciar um novo negócio. Fui procurar parceiros, o ponto e assim as coisas foram acontecendo”, conta.

Indicadores positivos para Londrina não faltam. A cidade figura entre as melhores para empreender de acordo com o último Índice de Cidades Empreendedoras (ICE/Endeavor), com um honroso 13º lugar. Também aparece entre as cem cidades mais desenvolvidas do Brasil e entre as melhores para se viver e para investir, segundo pesquisa da revista Exame. O site americano Expedia, especializado em turismo, classificou Londrina como a nona melhor cidade do sul do País. Reconhecimento que não causa espanto a Denise

Fertonani de Araújo e João Gouveia Cezar, dois dos sócios da Sonho Lindo Turismo Regional, que há três anos tratam os atrativos turísticos de Londrina como produtos, com uma ótima aceitação no mercado. “Londrina tem atrativos, tem turismo, tem coisas que estão, de certa forma, escondidas. O londrinense precisa aprender a apreciar o que ele tem, mostrar isso com orgulho para quem vem de fora”, diz Denise.

A Sonho Lindo oferece roteiros personalizados em Londrina e região, levando turistas para descobrir o que, para os londrinenses, pode ser banal como uma vitamina com pastel na Rua Sergipe ou a arquitetura de grandes nomes. “Turismo é desenvolvimento econômico. Estamos vivendo um bom momento, trabalhando em parcerias com instituições, governo e iniciativa privada. Começa a existir uma comunicaçao entre todos os setores”, diz João Cezar. “Nosso maior desafio é despertar a curiosidade no londrinense, fazer ele perceber que vive numa cidade turística”, completa Denise, londrinense, filha de pioneiros. “O sentimento de amor por Londrina faz a diferença na hora de acolher o turista, a convencer que ficar aqui vale a pena. Somos uma cidade moderna, que se renova o tempo todo”, completa a empresária.

Denise Fertonani de Araújo e João Gouveia Cezar, da Sonho Lindo Turismo Regional, oferecem aos

visitantes roteiros personalizados para mostrar os atrativos de Londrina

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Associação Comercial e Industrial de Londrina

“SOMOS UMA CIDADE MODERNA, QUE SE RENOVA O TEMPO TODO”

Unidos pela diversidade

Os irmãos Leila e Nenê Jeolás sentem a história da família se misturar à história de Londrina e a de um dos seus principais símbolos: a UEL. Em setembro do ano passado, o World University Ranking, realizado pela consultoria Times Higher Education, colocou a Universidade Estadual de Londrina como a primeira universidade pública estadual do Paraná e a quarta melhor universidade estadual do Brasil. Leila Jeolás, antropóloga, nasceu em Niterói (RJ). Veio pra Londrina com cinco anos (o pai, médico, foi um dos pioneiros do curso de medicina), foi professora na UEL por 34 anos e mesmo já aposentada, continua ali, como professora voluntária na pós-graduação. “A minha relação com a cidade passa pela UEL e a define, principalmente, através dos projetos de extensão junto às populações carentes”, diz. “Londrina, sem a UEL, seria uma cidade provinciana. Imagina a cidade sem o HU, sem o

escritório jurídico, a clínica de odontologia, sem os Festivais de Teatro, Música? Difícil de imaginar uma sem a outra”, afirma. O irmão caçula, Nenê (Luiz Carlos, como o pai), brinca dizendo que nasceu na Higienópolis, ainda lembra das peladas de futebol na Concha Acústica e de andar de bicicleta na Hugo Cabral sem prédios. “A UEL me permite conviver com uma meninada que ainda vê a cidade com olhos que me encantam. Os projetos de extensão aproximam todos os marcadores de raça, cor e gênero, faz a academia circular pela periferia e traz essas pessoas pra dentro da UEL”, afirma. Hoje, Nenê Jeolás - professor do Departamento de Artes Visuais, diz ter uma relação um pouco conflituosa com a cidade. “Muitas vezes me sinto agredido, às vezes, vivo num oásis. Como londrinense, me preocupo e preciso conviver com as várias Londrinas desiguais que co-existem. Não quero me fechar na minha bolha. Tenho claro que muito precisa ser feito para que Londrina seja uma cidade mais humana”, continua. “Uma cidade tão jovem, com gente de tantos lugares, parece um lugar perfeito para se contemplar a diversidade, mas isso nem sempre acontece e sei que não é um privilegio nosso”, acrescenta. Mesmo com duas possibilidade tentadoras para sair de Londrina, ele preferiu ficar. “Acredito que, mesmo com toda a dificuldade, posso fazer muito mais aqui do que em outras cidades. Eu me sinto parte, não só da UEL, mas do caminho que eu faço pra chegar aqui e dos bairros onde trabalhamos com os projetos. Eu nasci, cresci aqui, faz parte de mim, tenho um compromisso com o trabalho social, com a minha própria memória afetiva. É um suporte emocional que me dá forças”, analisa.

Arnaldo Falanca, paulistano, é o atual presidente do Londrina Convention Bureau, uma associação sem fins lucrativos que busca o desenvolvimento de Londrina e região por meio do turismo. Conheceu Londrina num Carnaval no início dos anos 70, foi embora e voltou para a Cidade em 2000, quando a Cidade recebeu o Pré-Olímpico. Nunca mais quis sair daqui. “Essa cidade tem uma aura maravilhosa. Tem muito verde, muitas praças, tem história, bairros interessantes, tem arquitetura, cultura patrimonial. Fui conquistado pelas pessoas e pela cidade em si”, confessa. Hoje, o seu trabalho é vender Londrina, atraindo eventos. “É uma cidade fácil de vender, não passamos vergonha”, brinca. Um dos instrumentos de promoção do Convention - o primeiro do Paraná - é um showcase, um catalogo com números e toda a infra-estrutura que a cidade oferece para a realização de grandes eventos. “São sete mil leitos nos hotéis, temos restaurantes, parques e um aeroporto dentro da Cidade, tudo é perto”, diz. Além dos números, Falanca destaca o potencial cultural e algumas marcas importante como aquela deixada pela cultura cafeeira, a ligação com Londres, o futuro como Cidade Digital. “Fechamos 2018 com mais de 30 eventos apoiados ou captados pelo Convention”, diz. Um próximo passo seria a criação de um Observatório do Turismo, para a coleta e organização de dados atualizados do setor. “Londrina é movida pelas pessoas, o cidadão tem brio, tem caráter, é crítico em relação à cidade e sabe cobrar”, analisa.

Nenê Jeolás, professor da UEL: “Eu nasci, cresci aqui, faz parte de mim, tenho um compromisso com o trabalho

social, com a minha própria memória afetiva. É um suporte emocional que me dá forças”

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NOVO ANO,NOVAS METAS

Por Samara Rosenberger

Cada ano que se inicia requer planejamento e organização. Seja no âmbito pessoal ou profissional, é preciso saber aonde se quer chegar para escolher o caminho mais adequado a seguir. E quando o assunto é a saúde e crescimento da sua empresa, a tarefa é obrigatória.

O planejamento empresarial consiste na definição de metas e objetivos a serem alcançados e nas etapas necessárias a serem cumpridas. É o conjunto de estratégias elaborado pelo empresário, equipe de trabalho ou consultor contratado. É parte indispensável dentro de qualquer negócio, independente do ramo de atividade, tempo de vida ou porte.

Do micro ao grande empresário, a ferramenta está no topo das checklists de Ano Novo. Isso porque o cenário externo e as oscilações do mercado exigem a reavaliação periódica das estratégias. Toda empresa

COMO FAZER O

PLANEJAMENTO EMPRESARIALDE 2019?Consultora elenca os principais pilares para a elaboração de um projeto estratégico para o seu negócio

deve estar preparada para novos episódios e consciente para fazer os ajustes necessários.

A falta de projeção pode colocar o negócio em área de risco e ameaçar sua sobrevivência. Esse é um dos motivos elencados para seu insucesso ou falência. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 60% das empresas fecham as portas com apenas cinco anos de vida.

Para que você esteja preparado para os próximos 365 dias, conversamos com a consultora de empresas Regina Nakayama, que explica o passo a passo de um bom planejamento empresarial.

1 - Avalie o que deu errado

“Antes de classificar o desempenho do seu negócio como ótimo, regular ou péssimo, faça a seguinte pergunta: em relação a quê?”, orienta. De acordo com ela, é preciso estabelecer parâmetros para uma

análise assertiva. “A régua de medição é definir, por exemplo, o que o empresário queria no início de 2018 e o que conseguiu ao seu final. Por isso, a importância de elaborar o planejamento a cada ano. Resgate o que foi colocado como meta e faça o comparativo: o que faltou?”, ensina.

Sem métricas pré-estabelecidas, há risco de cair no “achismo”. “Opiniões não têm referenciais concretos. Quando os indicadores são poucos ou simplesmente não existem, não há números suficientes para construir um comparativo. Se não tenho nada, como vou avaliar?”, questiona.

Levantar o número de clientes novos, produtos vendidos, serviços prestados é uma boa dica para começar.

2 - Cuide das suas finanças

“Quando falamos em finanças, falamos em saúde do negócio”, aponta Regina. Para ela, o administrador deve avaliar não só os números, mas a representatividade deles. “Atendo empresas que ficam focadas no valor de venda diária, por exemplo, mas não pensam no que aquele dado significa para o futuro. Ou seja, quanto preciso vender a mais neste mês para construir o cenário que desejo para 2019?”, questiona.

As finanças estão diretamente relacionadas às vendas da empresa. Por isso, os gestores da área comercial precisam se atentar às pesquisas e análises de resultados qualitativos. “Se a empresa tem uma média semanal de vendas, devo me perguntar: o que está por trás desse valor? Quantos clientes novos esse dado representa para mim?”, exemplifica.

Ter metas de vendas claras e reais é imprescindível para manter uma equipe motivada a alcançar os objetivos esperados. “As metas têm dois pilares fundamentais: a quantidade e o prazo. Não adianta falar apenas que se quer mais, sem estipular o quanto se quer. Esse número, no entanto, precisa ser possível de alcance, do contrário, pode culminar na frustração da equipe de vendas”, alerta.

Outra métrica importante é analisar a taxa de conversão, levantando a quantidade de orçamentos emitidos versus orçamentos fechados. “Quando um cliente sai da loja sem comprar nada, pergunte-se: ‘Por qual motivo isso aconteceu? Está ocorrendo de forma recorrente?’ Se sim, há falhas a serem descobertas”.

3 - Marketing é assunto para especialista

Segundo a consultora de planejamento, estar presente nas mídias sociais é preocupação da maioria dos administradores. Antes, porém, é vital estar internamente presente.

“Muitas vezes, os colaboradores não estão alinhados com o compromisso, valor e missão da empresa. Antes de investir em um anúncio, evento ou qualquer outra ação de marketing, toda a equipe deve ter conhecimento sobre o produto ou serviço que será divulgado. Essa movimentação é anterior à exposição”, pontua.

Nenhum plano de ação pode dar certo se a equipe não estiver totalmente envolvida e preparada. Quando os funcionários aceitam e acreditam no que lhes é apresentado, a chance de sucesso é ainda maior.

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“O CLIENTE DE HOJE NÃO DÁ UMA SEGUNDA CHANCE”

Regina Nakayama, consultora de empresas: “A régua de medição é definir,

por exemplo, o que o empresário queria no início de 2018 e o que conseguiu ao seu

final. Por isso, a importância de elaborar o planejamento a cada ano. Resgate o que foi colocado como meta e faça o comparativo:

o que faltou?”

Feito isso, o próximo passo é contratar um profissional ou empresa especializada no ramo. Um dos grandes erros dos empresários, conforme a consultora, é delegar a tarefa a um colaborador que tem afinidade com as mídias sociais, mas não possui técnicas e conhecimento estratégico para utilizá-las da melhor maneira.

“Há gestores que ainda acreditam que aproveitar um grupo de pessoas dentro do seu negócio para fazer esse tipo de serviço vai surtir um ótimo efeito. De fato, o trabalho aparente pode ser bom, mas na maioria dos casos falta sustentação por uma série de fatores, como ausência de cronograma, acompanhamento de resultados e objetivos”, elenca.

O amadorismo gera resultados amargos. “O mercado é cruel. O cliente de hoje não dá uma segunda chance. Qualquer mensagem mal elaborada ou publicação não condizente com seus valores pode colocar tudo a perder”.

4 - Cuide das pessoas

Muito se ouve falar sobre as diferenças entre chefes e líderes. Chefe é aquele que impõe ordens, é autoritário, centralizador e preocupado em resultados e lucros. Líder é conhecido por ser um inspirador e motivador de pessoas. Mais do que delinear o caminho, acompanha seus liderados. Não é à toa que são extremamente respeitados.

“Um dos pilares mais importantes dentro de uma empresa é o relacionamento entre líderes e liderados”, avalia Regina. Por isso, o verdadeiro líder reconhece e elogia o funcionário sempre que uma meta é cumprida ou um resultado alcançado. “Infelizmente, ainda existe a cultura de muita cobrança e pouca valorização”.

Muitos gestores acreditam que a cobrança gera mais produtividade que elogios, mas a realidade mostra o contrário. “Quando você parabeniza alguém, enaltece suas qualidades e o fortalece para as próximas atividades”. Fazer do reconhecimento parte essencial do estilo de liderança garante uma equipe mais feliz e produtiva.

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DINHEIRO VIVO

Por Ranulfo Pedreiro

Ele está nos bolsos, cofrinhos, embaixo do colchão, em latas de bolacha, bancos, porta-luvas, pastas executivas, meias, malas, carteiras, moedeiros e chegou ao mundo virtual, transformando bits em valores.

O dinheiro diz muito sobre um povo. Sua circulação revela hábitos, manias, medos, crendices e preconceitos. Especialmente em um país cujo nome foi herdado de sua primeira moeda: o pau-brasil.

Desgastada pelo uso no dia a dia, a moeda esconde a tecnologia na riqueza de detalhes. Basta que o leitor dê uma olhada nos trocados que tem no bolso. A moeda de R$ 1, por exemplo, tem o núcleo de aço inoxidável cercado por anel de cobre, pesa 7 gramas, mede 1,95 milímetros de espessura, 27 milímetros de diâmetro e tem borda serrilhada intermitente. Na frente, traz o valor e a data entre grafismos marajoaras, com o Cruzeiro do Sul representando o Pavilhão Nacional. O verso mostra a efígie da República.

Sim, a moeda circulante - seja metal ou cédula - é uma fonte de informação. Não apenas de valores, mas de história. A efígie da República, por exemplo, está em todas as cédulas do Real. E marca nosso dinheiro desde a proclamação, em 1889.

Mas as moedas passaram a circular no Brasil em grande quantidade com a união das coroas de Portugal e Espanha, em 1580, atraindo o Real espanhol, o Cruzado de ouro de D. João III e o Vintém de prata de D. Manuel I, entre outras.

A MOEDA NOSSA DE CADA DIAMesmo com tantas tecnologias e novas formas de pagamento, o brasileiro ainda prefere as cédulas de Real para cumprir suas obrigações – ou extravagâncias – do dia a dia, aponta pesquisa do Banco Central. Mas os comerciantes de Londrina reclamam que o dinheiro sumiu da praça

Aos poucos, substituíram o pau-brasil, nossa primeira moeda-mercadoria, seguida pelo zimbo (espécie de concha), açúcar, pano de algodão e fumo, como ensina a cartilha Dinheiro no Brasil, disponível gratuitamente no site do Banco Central (www.bcb.gov.br).

De lá para cá, o dinheiro acompanhou a evolução histórica do país, sendo alterado, carimbado, fundido, falsificado, desvalorizado,

renomeado, manchado, revalorizado e recriado até chegarmos à atualidade, quando o Real permanece razoavelmente estável diante das moedas estrangeiras.

Esta complexa relação da moeda e seu valor passa por três princípios. Primeiro, o dinheiro permite a troca, possibilitando pagamentos e recebimentos. Também, por si só, é uma reserva de valor, embora desvantajosa porque não apresenta os juros dos investimentos - ou seja, dinheiro parado desvaloriza. E, por fim, a moeda é também um padrão, uma unidade para medir o valor de outros bens. Com tantos interesses envolvidos, é comum que o dinheiro flutue sujeito a interferências como crises financeiras, planos de governo, operações de mercado e até mesmo guerras.

Com quanto você anda na carteira?

Uma coisa, porém, é certa. O brasileiro sempre anda com um dinheirinho no

bolso, mesmo quando afirma o contrário aos vendedores do semáforo. Afinal, 34% da população anda por aí com até R$ 20. Outros 34% carregam de R$ 20 a R$ 50, enquanto 17% têm nos bolsos entre R$

Formas de pagamento usados pela população

Cédulas e moedas 96%

Cartão de débito 52%

Cartão de crédito 46%

Débito automático 23%

Transferência bancária 16%

Vale Alimentação 11%

Afinal, quanto de dinheiro você anda no bolso?

Até R$ 20 34%

De R$ 20 a 50 34%

De R$ 50 a 100 17%

Mais de R$ 100 10%Fonte: Banco Central

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CUIDAR BEM DAS CÉDULAS É, TAMBÉM, ECONOMIZAR DINHEIRO

50 e R$ 100. Bom mesmo é estar entre os 10% que passam por nós com mais de R$ 100 na carteira. Os dados são da pesquisa O brasileiro e sua relação com o dinheiro (2018), publicada pelo Banco Central (BC) em julho.

Muita gente imagina que os cartões de débito e crédito ocuparam de vez o lugar do dinheiro físico. Mas a pesquisa do Banco Central revela o oposto: 96% da população utiliza cédulas e moedas para pagar contas e fazer compras. O cartão de débito vem em segundo lugar, sendo utilizado por 52% da população. Em terceiro está o cartão de crédito, com 46%, seguido pelo débito automático (23%), transferência eletrônica (16%), vale refeição ou alimentação (11%) e outros meios (não especificado), com 7%. A pesquisa leva em conta que uma mesma pessoa utiliza diferentes meios de pagamento.

Quanto às moedas, 54% da população anda com algumas no bolso para fazer pequenas compras e facilitar o troco, mas 26% guardam em casa ou no trabalho, ou deixam no carro (10%). Para outros 4% da população, as moedas simplesmente desaparecem.

Esta é, por sinal, a percepção do comércio. Na prática, o dinheiro parece ter sumido de circulação. “Este ano teve um aumento muito grande do uso do cartão de débito e crédito. Eu não tinha a opção do vale alimentação, e tive que ir atrás porque a procura estava muito grande. Está faltando dinheiro”, revela Kedma Oliveira Carvalho, proprietária do Estação Gente Boa, uma cafeteria no Calçadão de Londrina.

A opinião é compartilhada por Patrícia Santos, funcionária da floricultura Violin, também no Calçadão. “As pessoas estão usando muito o cartão de débito e de crédito”, explica, acrescentando que, quando o pagamento ocorre em dinheiro, faltam moedas para o troco. Não é para menos: 53% dos estabelecimentos comerciais recorrem aos vizinhos para conseguir trocados.

Nem todas as lojas oferecem diversas opções de pagamento. Por exemplo: 99% do comércio aceitam pagamentos em dinheiro; 76% recebem pelo cartão de débito e 74% pelo cartão de crédito. A recepção de vale-alimentação chega a 17% dos estabelecimentos. É maior que a do cheque, aceito hoje em dia por apenas 16% do comércio, segundo a pesquisa do Banco Central.

Gato por lebre

Para quem usa o dinheiro físico, o maior temor é receber uma nota falsa. É o que está ocorrendo com 23% da população em 2018, número que em 2013 era maior: 28%. A melhor forma para evitar o problema é aprender como reconhecer uma nota falsa.

Felizmente, nosso dinheiro apresenta uma série de características facilmente identificáveis. Nas cédulas, a marca d’água com a figura do animal e o valor correspondente à nota aparecem contra a luz. As notas de R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100 apresentam um fio de segurança que também é visível contra a luz. A própria tessitura da nota apresenta variações de relevo. É o que mostra o folheto Aprenda a identificar se o seu dinheiro é real, também disponível no site do Banco Central.

Se algum elemento da verificação não bater, a nota é falsa. É importante, então, seguir a orientação do BC: “O cidadão não deve aceitar notas ou moedas metálicas suspeitas de falsificação, pois são produtos de ação criminosa. É importante sempre verificar o dinheiro e seus elementos de segurança e, se não identificar algum elemento de segurança, recuse receber a cédula ou moeda”.

Atenção: se você aceitar dinheiro falso, perderá o valor, pois a nota falsa não pode ser ressarcida. E repassá-la adiante, sabendo que é falsa, configura crime previsto no Artigo 289 do Código Penal, prevendo prisão de seis meses a dois anos, além de multa.

Recuse notas manchadas

A onda de assaltos a bancos 24 horas também é motivo de preocupação. Os caixas eletrônicos têm um dispositivo que automaticamente mancha as notas para invalidá-las. A tinta, geralmente rosa, indica que a cédula pode ser fruto de roubo. Essa dica é séria: recuse qualquer nota manchada.

Mas o próprio caixa eletrônico pode, acidentalmente, liberar notas manchadas durante o saque. Aí vale outra recomendação do Banco Central: “Se o cidadão sacou uma cédula manchada de rosa no caixa ou em um terminal de autoatendimento, ele deve procurar qualquer agência do banco do qual é correntista e apresentar a nota manchada. O banco é obrigado a trocar o dinheiro manchado imediatamente”.

Falsificações não são novidade no Brasil. No começo do século XIX, várias casas de fundição fabricavam moedas de cobre, especialmente na Bahia. Lá, para barrar as falsificações, o governo trocou as moedas de cobre por cédulas do Tesouro Nacional. Foram as primeiras cédulas brasileiras.

Cuidar bem das cédulas é, também, economizar dinheiro. Para imprimir mil cédulas de R$ 2, o Banco Central gasta R$ 265,06, na expectativa de que elas durem, em média, apenas 14 meses. Já a de R$ 100 tem um custo de produção de R$ 322, 26 (mil cédulas), com expectativa de vida útil de 36 meses.

Na floricultura, Patrícia Santos diz que faltam moedas para o troco quando o pagamento ocorre em dinheiro

Kedma Oliveira Carvalho precisou providenciar uma máquina de

cartões para a cafeteria: “Este ano teve um aumento muito grande do uso do cartão de débito e crédito”

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Por Susan Naime

Imagine poder aprimorar conhecimento com profissionais renomados dos Estados Unidos, sem sair de Londrina? Esse é o propósito do Summit Brasil, o maior evento de liderança do mundo que acontece de forma presencial em Chicago, todo mês de agosto.

A conferência tem sido realizada desde 1995 pela Willow Creek Community Church e entre outubro e março do ano seguinte é transmitida em vídeo de alta definição para mais de 135 países (o conteúdo tem tradução simultânea).

No Brasil, o Summit atua em 18 estados e marcará presença em Londrina pelo terceiro ano. O evento será realizado nos dias 22 e 23 de fevereiro, em parceria com a ACIL.

“Através de transmissão em vídeo, os participantes têm a oportunidade de conhecer histórias de sucesso com o objetivo de fortalecer seus negócios”, ressalta Carlos Alexandre Oliveira, responsável pela hospedagem do Summit em Londrina.

“É um evento que combina visão, inspiração e habilidades práticas que podem ser aplicadas imediatamente. O tema que sempre estará em torno das palestras é liderança a servir”, explica. “É importante entender como você está cuidando da sua vida como líder, como está cuidando das pessoas

TALENTO PARA GUIARMaior evento de liderança do mundo é realizado todos os anos em Chicago (EUA) e já alcançou mais de 130 países. Em Londrina, palestras serão transmitidas nos dias 22 e 23 de fevereiro

Degustação do Summit reuniu na ACIL empresários de diversos segmentos

que estão à sua volta, no trabalho, na família, o que você faz enquanto constrói sua empresa, enquanto você vende”.

A programação contará com líderes renomados das mais diversas áreas, convidados a compartilhar experiências ou testemunhos altamente relevantes para o desenvolvimento pessoal e gerencial dos participantes. “Os palestrantes são sempre nomes que estão em evidência na área de liderança em nível mundial, pessoas que realmente estão fazendo a diferença e são inspirações no mundo todo”, garante. “É uma tendência que tem dado certo, a resposta das pessoas que participam é muito positiva, o conteúdo é avaliado como extraordinário e inspirador, já que são histórias de gente comum fazendo muita diferença, como também a qualidade dos preletores que dividem suas experiências e bagagens com o próximo”, afirma Oliveira.

Em pesquisa conduzida pela Excellence in Giving com base nos dados dos participantes do Global Leadeship Summit, pode-se constatar que 87% desse público sentem que sua vida tem mais significado, melhorando a satisfação pessoal e profissional no dia a dia; 83% apresentam melhor desempenho no trabalho em equipe, satisfação no trabalho e aumento de produtividade; e 81% citam maneiras concretas e reconhecem como o seu “chefe” se tornou um líder melhor por causa do Summit.

Degustação

Para apresentar uma prévia de como será inspirador o evento dos dias 22 e 23 de fevereiro, a ACIL foi palco de uma degustação do Summit no mês de dezembro. A palestra foi transmitida a dezenas de empresários de diversos segmentos da cidade.

“Uma das funções da liderança é criar um futuro melhor. Com a mudança do mercado, a exigência das empresas e dos próprios consumidores, sabemos que hoje em dia é impossível fazer tudo sozinho e com excelência”, explica o superintendente da ACIL, Rodrigo Geara. “O líder precisa ter sua visão sobre valores transformada e ampliada para ser capaz de também transformar sua empresa e seus colaboradores, além de proporcionar impactos positivos na sociedade como um todo”.

SUMMIT BRASIL

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Summit Brasil

Data: 22/0213h20 – Credenciamento14h – Abertura17h30 às 19h – Intervalo22h – Encerramento

Data: 23/029h – Abertura12h30 às 14h – Intervalo17h – Encerramento

Local: Avenida JK, 3130Informações: (43) 3323-6717Inscrições: www.acil.com.br

Confira os palestrantes do Summit 2019:

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ENTREVISTA

Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil: “Constatamos que o crédito é muito mais do que liberar recursos para uma operação ou transação financeira ou mercantil. Crédito é acreditar.

Quando as pessoas têm confiança nas relações, todo o ambiente de negócios melhora”

SPC BRASIL/ACIL INVESTE EM TECNOLOGIA EMIRA INFORMAÇÃO QUALIFICADA COMO NEGÓCIO PRINCIPAL

Em entrevista exclusiva, o presidente do SPC Brasil Roque Pellizzaro Junior fala sobre a nova fase do serviço, que inclui fortalecimento do Big Data e um laboratório de inovação

Por Lúcio Flávio Moura

O mundo dos negócios nunca se transformou tanto em tão pouco tempo e como se adaptar a este turbilhão de novas oportunidades é uma discussão que está movimentando todas as corporações. Algumas estão procurando o caminho, outras já estão colhendo os frutos da reinvenção. O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, se orgulha de estar no segundo grupo e de ser o maestro da implantação de um novo modelo para o serviço. Sai de cena o bureau de crédito e entra em campo o bureau de informação.

Para curto, médio e longo prazos, um laboratório de inovação com dezenas de profissionais tentam se antecipar às necessidades futuras dos clientes SPC Brasil/ACIL. Com a reação do mercado em 2019, quase um consenso entre os analistas, a máquina de novidades deve girar mais rápido e com alguns rumos já definidos. “Temos muito espaço para expansão no business to business”, diz Pellizzaro.

Confira abaixo a entrevista completa deste catarinense de Curitibanos (SC), um gestor que saiu do associativismo – comandou por sete anos a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas - e é reconhecido por sua capacidade de dialogar com a mesma desenvoltura com as entidades e com o mercado.

Mercado em Foco - O SPC Brasil está passando por uma profunda reformulação em sua base tecnológica. Quais são as novidades?

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“SERÁ POSSÍVEL COMPREENDER MELHOR O CONSUMIDOR”

Associação Comercial e Industrial de Londrina 33

Roque Pellizzaro - Estamos reestruturando e transformando o SPC Brasil. De um bureau de crédito para um bureau de informações. Vamos atuar em vários segmentos relacionados ao ambiente de negócios. Constatamos que o crédito é muito mais do que liberar recursos para uma operação ou transação financeira ou mercantil. Crédito é acreditar. Quando as pessoas têm confiança nas relações, todo o ambiente de negócios melhora. Estamos desenvolvendo toda uma estrutura de big data para gerar respostas para o mercado em relação a todas as transações. Implantamos o Projeto Inova, que conta com um laboratório fora do SPC justamente buscando ampliar nossa área de inovação. Este projeto já conta com 48 colaboradores desenvolvendo novas áreas de informação para os associados das entidades.

MF - Quais os ganhos dos clientes e da empresa com estes investimentos?

RP - Será possível compreender melhor o consumidor. Por exemplo, vai ajudar a estruturar um portfólio de uma loja, na escolha de um novo ponto de atendimento, oferecer não apenas crédito, mas o melhor crédito, que entra a análise de muitos fatores. E também se inserir com mais efetividade na política de cadastro positivo.

MF - O que vai marcar o plano de investimentos do SPC Brasil para os próximos anos?

RP - Estamos investindo fortemente em mão de obra qualificada. Temos uma equipe de quase 50 colaboradores na nova estrutura com nível de mestrado ou doutorado. Todos se dedicando a projetos que vão nos impactar no futuro. O mundo está cada vez mais sedento de informação. Os grandes clientes acabam conseguindo fazer isso sozinho, porém, os pequenos e médios não. Estes ou usam a estrutura associativa ou não têm acesso a este perfil de produto, que é um mundo novo. Ou seja, o escopo que era só de crédito passa a ser de acesso à informação qualificada.

MF - Como o senhor avalia o mercado de análise de crédito no Brasil?

RP - Estamos retomando o patamar na relação crédito/PIB que vivíamos antes da recessão, em 2014. Estamos vivendo uma expectativa de uma expansão importante nos próximos três ou quatro anos. A ideia de termos um governo liberal animou muito o mercado. No bureau de análise de crédito, temos um volume de serviço decorrente deste volume crescente da relação crédito/PIB. A nossa operação business to business (relações comerciais entre empresas) tem muito espaço para expandir. E estamos nos preparando para isso, juntamente com as entidades que operam conosco, como é o caso da ACIL.

MF - Quais são as perspectivas para a economia em 2019, na avaliação do SPC?

RP - Nossa previsão é que o Brasil deve crescer em 2019 o dobro que cresceu em 2018, que deve ser em torno de 1,5%. Era um ano que se esperava muito mais, mas que alguns fatores atrapalharam muito, como a incerteza política e a greve dos caminhoneiros. Ao final, tivemos um índice muito aquém do desejado. Em 2019, existem duas perspectivas. Se o novo governo iniciar realmente a implantação das reformas, tanto da previdência quanto a tributária, que são promessas de campanha, este crescimento pode, inclusive, ultrapassar os 3%. Caso este pontapé inicial não se dê em 2019, poderemos ter nossas expectativas frustradas. A inflação acreditamos estar controlada. Em termos de juros básicos, trabalhamos com a possibilidade de uma taxa ligeiramente menor. Já os juros na ponta do consumo vai depender muito do avanço no ambiente de negócio. A inadimplência está bastante alta e sem que haja uma retomada na geração de emprego a situação não vai mudar.

MF - Nesta edição, especialistas ouvidos pela revista afirmam que o maior desafio do governo Bolsonaro será a geração de empregos formais? Vocês imaginam que haverá melhora no quadro já este ano?

RP - Além de consolidar os avanços que ocorreram na legislação trabalhista, precisamos aprofundá-los. Mas o principal é o ambiente de negócio. Se não houver uma retomada do consumo no mercado interno e ampliarmos nossa participação no mercado externo, não vamos ter o resultado desejado. Devemos lembrar ainda que tanto a indústria quanto os serviços estão com uma capacidade ociosa muito grande, o que significa que podemos crescer a produção sem a necessidade de ampliar os investimentos. O investimento deve crescer do segundo semestre pra frente. Mas o mercado está ciente de que não é porque está entrando um novo governo que uma varinha mágica vai solucionar todos os problemas.

MF - Como o desemprego afeta a operação do SPC?

RP - Ele é importante porque para você ter uma melhora no índice de recuperação de crédito, ou seja, para as pessoas pagarem as dívidas velhas, as famílias precisam ter um dinheiro novo. Você não paga uma conta velha sem dinheiro novo. Se não melhora o índice de mão de obra empregada, a renda não melhora e não diminui o contingente registrado em bureaus de crédito, que hoje alcança cerca de 63 milhões de consumidores.

MF - Nas últimas eleições presidenciais, os serviços de proteção ao crédito estiveram no centro do debate. Na opinião do senhor, a restrição de crédito deveria ser tratada como uma questão social?

RP - Você não cura a febre quebrando o termômetro. A febre vai continuar. Você tem que tratar a origem da febre. E a origem desta febre é o desemprego e a baixa renda do brasileiro. Se isso não for resolvido pelo ambiente de negócios, o número de registros nos bureaus permanecerá alto. As outras pretensas soluções não passam de paliativo. E diria mais: a visão simplista de tratar o sintoma é perigosa. Porque você mascara os sintomas sem atacar a origem, agrava a doença e pode até matar o paciente, no caso, o mercado brasileiro. Repito, não adianta quebrar o termômetro.

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PERFIL

Por Fernanda Bressan

São 66 anos de vida, 47 deles dedicados ao mercado de produtos veterinários. Proprietário da Londrivet, Nelson Tsukahara é um paranaense com raízes fincadas na terra vermelha. Nascido em Assaí, ele veio para Londrina em 1960 com a família. Seu pai veio para trabalhar na unidade da extinta Cooperativa Agrícola de Cotia e trouxe na bagagem a esposa e os oito filhos. Desde então, ele fez sua vida na terrinha. “Aqui estudei, me formei em administração de empresas, fiz minha família, criei meus filhos”, resume.

Hoje, a Londrivet atua na comercialização e distribuição de mais

‘TENHO UMA ENORME GRATIDÃO POR LONDRINA’Nascido em Assaí, o empresário Nelson Tsukahara veio ainda criança para Londrina

e aqui estudou, constituiu família e abriu a empresa da qual é proprietário

Nelson Tsukahara: “Hoje é fundamental ter qualidade no atendimento, você não perde cliente por preço, perde por mau atendimento”

de 2,2 mil itens de produtos veterinários no sul do país, emprega cerca de 80 pessoas, entre funcionários e representantes. Os produtos comercializados vêm dos principais laboratórios veterinários do país e do exterior, como Zoetis (Pfizer), MSD, Ouro Fino, Ceva e Dispec. Mas esta história começou bem mais modesta e há quase cinco décadas.

“Minha irmã era caixa na empresa Waldomiro Gross (antiga distribuidora de produtos veterinários) e soube que eles estavam precisando de um estoquista. Foi quando entrei na empresa, em 1968”, lembra Tsukahara. Por lá ele foi estoquista, comprador e alcançou o posto de diretor. Foram 22 anos de trabalho e dedicação. Passado esse tempo, ele se desligou da empresa e abriu a Londrivet. “Começamos

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“QUERO DEVOLVER UM POUCO PARA A CIDADE QUE ME DEU TANTO”

pequenos, um ‘gato pingado’ com cinco funcionários”, recorda. Algum tempo depois, a Waldomiro Gross foi saindo do mercado e

o empresário teve a oportunidade de adquirir uma parte da empresa. Com uma filosofia pé no chão, a Londrivet foi ganhando mercado e, hoje, 25 anos depois do pontapé inicial, é reconhecidamente uma das principais distribuidoras de produtos veterinários do país. 70% deles estão voltados para grandes animais (bovinos e equinos) e os outros 30% são de produtos para PETs. “Atendemos todas as lojas agropecuárias, cooperativas e petshops do estado do Paraná, Santa Catarina e agora avançamos para o Rio Grande do Sul”, celebra o empresário.

Para ele, há pilares importantes da empresa na base de toda essa conquista. “Somos uma empresa séria e organizada, que promete e cumpre; temos um controle eficiente, equipe qualificada, logística forte e qualidade no atendimento. Hoje é fundamental ter qualidade no atendimento, você não perde cliente por preço, perde por mau atendimento, se ele for mal atendido, não volta! Por preço ele pode até pontualmente comprar com outro, mas depois retorna para a sua empresa; ele jamais retorna se não for bem atendido”, destaca. É impossível falar de atendimento sem lembrar da atuação de pessoas. “O crescimento da Londrivet se deve a muito trabalho, dedicação, competência, estratégias de melhoramento continuo e resiliência. É um trabalho com equipe de gestores, funcionários e colaboradores comprometidos, bem preparados, alinhados com os valores e objetivos da Londrivet”, acrescenta o empresário.

Tanta organização fez a empresa crescer com bases sólidas. O cliente não fica sem resposta. “Você já precisou ligar no 0800 de alguma empresa? Não funciona! O nosso 0800 sempre tem a solução para o problema, o cliente não pode ficar sem resposta, não pode ficar esperando”, ensina.

Com essa qualidade, ele garante que o menor preço nunca foi o objetivo da Londrivet. “Nossa política não é de preço, é de qualidade de atendimento, é um trabalho de competência, somos rigorosos, trabalhamos com pé no chão, evitamos desperdício, usamos a frente e o verso da folha sulfite, por exemplo. Pode parecer pouco, mas ao longo do ano isso representa uma economia”, diz.

Retribuição

Depois de 25 anos dedicados à empresa, o fundador diz que hoje trabalha mais na parte estratégica, passa uma vez por

semana por lá e já pensa em novos trabalhos. Ele integrará a próxima diretoria da ACIL (2019/2021), será diretor de Micro e Pequenas Empresas. “Já fiz a sucessão da empresa. Tenho dois filhos trabalhando aqui, um funcionário com 24 anos de casa, que começou como office-boy, e um executivo que veio para a empresa. Eu disse a eles que trouxe a Londrivet até os 25 anos e quero que eles levem até os 50 anos, depois não estarei mais aqui”, brinca o empresário.

Para ele, atuar em uma entidade como a ACIL é uma forma de retribuição. “Tenho uma enorme gratidão por Londrina, meu pai chegou aqui com os oito filhos e por aqui estudei, me formei, fui executivo e dono de empresa. Quero devolver um pouco para a cidade que me deu tanto, quero ajudar a melhorar o ambiente dos negócios, tenho ideias que quero colocar em prática”, antecipa.

Cuidar do centro da cidade é uma das ações em foco. “Se você vai para outros países, para a Europa, a parte antiga das cidades é a mais visitada. Precisamos cuidar do nosso Calçadão, revitalizar o centro, se não ele morre”, pontua.

O trabalho sem remuneração, como o desenvolvido pelos diretores da ACIL, não é novidade para ele. “Sou presidente da creche Irmãs de Bethânia há muitos anos, é um trabalho beneficente, destes que ninguém quer. A prefeitura arca com 50% dos custos e os outros 50% a gente tem que correr atrás, fazer bingo, vender pizza. Mas é fundamental investir nisso. Acredito que só podemos transformar a sociedade se investirmos em educação, estamos ficando para traz pela falta desse incentivo, o país precisa de educação”, declara.

Há outras frentes de trabalho no que se refere à educação. Tsukahara também está no projeto do Colégio Navegantes, que hoje tem 100 crianças matriculadas. “Lá não é filantrópico, é uma escola com mensalidade competitiva que tem um projeto pedagógico espanhol muito forte. Junto com outros empresários, estamos bancando inicialmente, compramos uma sede e seremos reconhecidos daqui uns anos entre as melhores escolas da cidade. O projeto é ser uma escola com 800 alunos, uma escola forte para nossos filhos e netos”, descreve.

Centrado no que faz e com muita dedicação, Nelson fez sua história na cidade e quer deixar nela um pouco do que aprendeu e viveu, plantando sementes de prosperidade, educação e respeito. “Sou muito grato por tudo”, finaliza.

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BEM-ESTAR

Da Redação

Mesmo parecendo ser algo comum, não são todas as pessoas que conseguem dormir as 7 ou 8 horas de sono, recomendadas por especialistas da área de saúde. Vários problemas como estresse e ansiedade podem ser prejudiciais, causando as temíveis insônias. Para alguns, conseguir “desligar” os pensamentos na hora de dormir não é tão simples quanto parece. A mente não consegue parar de pensar no trabalho que precisa ser terminado, na reunião com o chefe no próximo dia ou até mesmo nos problemas familiares.

Para o neurologista Gustavo Fróes, esses quadros, quando não tratados, podem evoluir para algo mais sério. “A insônia é um sintoma causado pelo estresse ou ansiedade, que quando não tratado pode levar a um comprometimento cognitivo devido a falta de sono adequado”, afirma.

Segundo Fróes, enrolar para levantar, assistir televisão ou jogar videogame na cama, por exemplo, são atitudes que “ensinam” o nosso organismo que a cama não é um lugar exclusivo para dormir

DORMIR BEM, QUE MAL TEM?O mundo está cada vez mais acelerado e para acompanhá-lo as pessoas destinam mais do seu tempo para os compromissos, muitas vezes se esquecendo da hora de darem uma pausa e descansarem. Ter uma noite de sono de qualidade é essencial para acordar com disposição no outro dia e ser produtivo. Tudo está conectado

e descansar. Se esses hábitos já prejudicam a qualidade do sono de uma pessoa sem insônia, para alguém que sofre com esse problema, prolongar o tempo sem necessidade na cama pode causar ainda mais ansiedade.

Algumas dicas podem ajudar a superar a ansiedade noturna. É o caso da meditação, que ajuda a esquecer as preocupações do dia a dia; técnicas de respiração, onde a expiração está ligada ao lado calmante do sistema nervoso, diminuindo a ansiedade. Mas caso não consiga dormir em vinte ou trinta minutos, o ideal é se levantar e ir para outro cômodo, assim o corpo não associará ficar na cama a estar acordado.

Se pensar nos problemas for inevitável, lide com eles. Levante e comece a escrever tudo aquilo que lhe incomoda e depois jogue fora o papel, assim toda a tensão será liberada. Por mais simples que pareçam, quando essas dicas se tornam hábitos, podem melhorar significativamente a qualidade do sono. Mas vale lembrar que nesses

casos a melhor medida é procurar um profissional da área para fazer um acompanhamento.

O mais importante é ter uma rotina, da mesma maneira que temos uma rotina com o nosso trabalho, devemos ter com o nosso sono. É preciso entender que quando chegamos em casa, é o momento de descansar

Gustavo Fróes,neurologista

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“É PRECISO ENTENDER QUE QUANDO CHEGAMOS EM CASA, É O MOMENTO DE DESCANSAR”

Sono x Produtividade

Ter uma boa noite de sono, além de reparar nossas energias e preparar o organismo para o próximo dia, tem vários outros benefícios como a liberação do hormônio GH (hormônio do crescimento), que ocorre durante o sono mais profundo (REM).

Quando há privação do sono, os níveis de cortisol (hormônio do estresse) e grelina (hormônio da fome) aumentam e, por outro lado, os níveis de leptina (hormônio da saciedade) diminuem, o que causa uma desordem na saúde da pessoa.

“É importante ter um ambiente adequado para o sono, escuro e silencioso, evitar comer, beber e fazer exercícios

Respeite o horário de ir dormir: tente dormir e acordar sempre na mesma hora, assim seu corpo irá se programar com esses horários.

Temperatura: A temperatura ideal para um sono de qualidade fica entre 16° e 20° C. Temperaturas muito altas causam um sono agitado.

Ambiente escuro: A melatonina (hormônio do sono) só é produzida quando estamos em ambientes escuros e nos induz ao sono. Quando estamos deitados para dormir e ficamos no celular, notebook ou tablet, nosso cérebro interpreta como se ainda fosse dia e não começa o processo para descansar (produção de melatonina), atrapalhando o sono. Portanto, crie um ambiente totalmente escuro para que o cérebro entenda que é hora de dormir.

Evite bebidas estimulantes depois das 17 horas: A partir das 17 horas tenha preferência por bebidas que favoreçam o sono como um copo de leite morno ou uma taça de vinho tinto.

Planeje suas tarefas: Antes de dormir, planeje o que precisará ser feito, assim dormirá mais tranquilo e melhorará sua produtividade tendo um roteiro para seguir.

Evite o botão soneca: Programar sonecas de minutos em minutos, faz com que levantar da cama se torne mais difícil, o que atrapalha a disposição e suga todas as energias. Quando o despertador tocar, levante.

Tome banho: Tomar um bom banho assim que acordar ajuda o corpo a despertar com mais facilidade, preparando-o para todas as suas atividades diárias.

Pratique atividades físicas: Praticar atividade física mantém o corpo e a mente acordados, então praticá-los pela manhã é uma boa maneira de melhorar a disposição, além de ajudar a acelerar o metabolismo.

Defina uma meta: As metas são sempre bem-vindas. Elas propõem um desafio e por consequência aumentam a produtividade.

uma hora antes de dormir. São conselhos que todos deveriam seguir para ter uma melhor qualidade de sono”, recomenda o neurologista Gustavo Fróes.

O especialista lembra que passar o dia todo cansado, sem ânimo e sem energia pode dificultar o cumprimento de prazos no trabalho, encontros com amigos, relações familiares e desempenho acadêmico, e tudo isso tem uma causa, o sono. Ou melhor, a falta dele. “Quando não temos uma noite de sono reparador e essa situação se prolonga, a falta de disposição vai comprometer o nosso dia a dia, afetando nossa produtividade. O mais importante é ter uma rotina, da mesma maneira que temos uma rotina com o nosso trabalho, devemos ter com o nosso sono. É preciso entender que quando chegamos em casa, é o momento de descansar”.

Confira algumas dicas para melhorar a qualidade do sono e a disposição no dia a dia:

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COLUNAACIL

Londrinatal leva alegriae cultura para as ruasde Londrina

A cidade viveu um clima contagiante durante o mês de dezembro. O Festival Londrinatal levou às ruas uma programação cultural voltada a todos os tipos de públicos. As atrações musicais ocuparam o Calçadão e a Concha Acústica (região central), e também a avenida Saul Elkind (Zona Norte). As festividades foram abertas com a Carreata do Papai Noel e Cantata Natalina com o Coro da UEL e embaladas com o repertório de Derico & Grande Elenco, Jazz Band Orquestra, Bloco Bafo Quente & Plantão Sorriso, Tonho Costa & Aduba, Allice Tirolla & Grupo Chorus, sem falar da emocionante Cantata Encanto de Natal Sicoob.

Paranaense na CONAJO empresário Marcelo Quelho Filho, de Londrina, é o novo presidente da Confederação Nacional de Jovens

Empresário (CONAJE). É a primeira vez que um paranaense assume o cargo. Marcelo Quelho fundou e presidiu o Conjove da ACIL, já foi presidente da Faciap Jovem e atualmente exercia o cargo de diretor de negócios da CONAJE. Segundo ele, os jovens empresários têm criatividade para solucionar problemas e converter essas soluções em negócios.

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 39

CME comemoraano de 2018

O Jantar de Fim de Ano do Conselho da Mulher Empresária (CME) da ACIL expressou todo o bom ambiente que dominou o grupo ao longo de 2018. Na noite de muita alegria no Empório Guimarães, o então presidente da ACIL, Claudio Tedeschi, e a presidente do CME, Marisol Chiesa, ressaltaram a temporada de intensas atividades, sempre com o objetivo de mudar para melhor o ambiente empresarial e o desenvolvimento de Londrina como um todo, além da importância da cidade de contar com um conselho de mulheres empreendedoras cada vez mais atuante.

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 41

NOVOSASSOCIADOS

CONFECÇÕESMMartanRod. Celso Garcia Cid – Km 377 – Catuaí Shopping Center – Sala A10/A11

MATERIAIS ELÉTRICOSArt e LuzAv. Maringá – 1848

ARMARINHOS EM GERALEstar Bem CosméticosAv. Maringá – 457

ARTIGOS MÉDICOS E ORTOPÉDICOSTotalli TecnologiaRua Mandaguaçu – 294 – Loja 01 Pinhais – PR

MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃODepósito Brasil SulAv. Esperança – 2730 – Cambé – PR

PRODUTOS ALIMENTÍCIOSDiflexAv. Sargento Maurício Agostinho Pereira – 310

COM. VAREJISTA DO VESTUÁRIO Lexa Comércio de Confecções Rua Senador Souza Naves – 2161

Eunice ReisRua Pio XII – 112 – Loja 03

Paty AcessóriosAv. Tiradentes – 2200 – Loja 03

ÓTICAS, JOIAS E RELÓGIOSÓtica CarmonaAv. Saul Elkind – 1433 – Sala 21

BICICLETASPB BikeAv. Arcebispo Dom Geraldo Fernandes – 770

MÓVEISPremium MóveisAv. Duque de Caxias – 1726 – Loja 03

UTILIDADES DOMÉSTICASHomefixAv. Ayrton Senna Da Silva – 400 – Aurora Shopping – Piso Térreo – Loja 23

EQUIPAMENTOS ELETROELETRÔNICOSDuque Componentes EletrônicosAv. Duque de Caxias – 3551

BIJUTERIAS E SEMIJOIASEmpório da Pedra SabãoRua Professor Samuel Moura – 710 APTO 302

MEDICAMENTOS E PRODUTOS HOSPITALARESLondricirAv. Tiradentes – 7100 – Galpão 03 Módulo 06/07

POSTO DE MOLASPosto de Molas LondrinaRua Messias Wilmar de Souza – 570

LOCAÇÃO DE TRAJESPrincesinha NoivasAv. Saul Elkind – 4210

PAISAGISMOOriental Garden PaisagismoRua Otaviano Felix – 50

SOM, ÁUDIO E VÍDEOJozzolino Áudio DesignRua Jonathas Serrano – 309 – FDS

TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTOFascinaRua Rotary Clube – 25 – Ibiporã – PR

ATIVIDADES DE COBRANÇA E INFORMAÇÕES CADASTRAISLima e SantosRua Ruy Virmond Carnascialli – 803

Isodoro e Correia Rua Ernani Lacerda de Athayde – 350 Loja 405

SERVIÇOS ADVOCATÍCIOSSisti e Scoralick Advogados Associados Rua Mato Grosso – 1847

COMÉRCIO

SERVIÇOS

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janeiro e fevereiro de 2019 | www.acil.com.br42

COM. VAREJISTADE PEÇAS DE AUTOAlinhacar Auto CenterAv. Guilherme de Almeida – 505

AGÊNCIA DE TURISMO E CÂMBIOCriattiva TurismoAv. Adhemar Pereira de Barros – 1515 Sala 02

IMOBILIÁRIAS E CORRETORASHigh NegóciosRua Santos – 1040 – APTO 601

Investimento Negócios ImobiliáriosRua Santa Catarina – 50 – Sala 17

Camponesa ImóveisAv. Paraná – 297 – 7° Andar – Sala 71

EDUCAÇÃO E ENSINOL L F Cursos Av. Expedicionários – 80 – Rolândia – PR

CONSULTORIAVliet, Negrão e Achoa Consultoria EmpresarialRua Ricardo Antonio Ferro – 94

AGÊNCIA DIGITALMegalu ComunicaçõesRua Bruno Prospero Parolari – 146

SERVIÇOS AUTOMOTIVOSPremec Direção HidráulicaRua Tibagi – 305

FOTOGRAFIASJéssica Pizza Fotografia e ComunicaçãoRua Tereza Zanette Lopes – 203 – Torre 01 APTO 1103

SISTEMAS PARA COMPUTADORESNovatec SoluçõesAv. Paraná – 297 – Sala 91

CABELEIREIROSBrincabelaria Salão de Beleza Infantil Av. Maringá – 1289

INFORMÁTICAMicrocampRua Quintino Bocaiuva – 379

FACTORINGFort Fomento ComercialAv. Ayrton Senna Da Silva – 500 – Sala 2604

MADEIREIRAMadeireira CBPRua Tapuias – 415

TAPEÇARIATapetexRua Otavio Santamaria – 52

COOPERATIVACredcrea Florianópolis Rua Hermann Blumenau – 215 – Florianópolis – SC

Cresol Londrina Av. Duque de Caxias – 1860

EQUIP. E ACESSÓRIOS PARA SEGURANÇA PESSOAL E PROFISSIONALAgrovestRua Rio Paraná – 117 – Cambé – PR

ODONTOLOGIAAngelusRua Waldir Landgraf – 101

PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS G A DieselRua Walter Bussadori – 155

PRODUTOS ALIMENTÍCIOSFrigocenter AlimentosRua InhambuXororó – 116

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOSCasa dos RolamentosAv. Arcebispo Dom Geraldo Fernandes – 2770 – Sala 16

Mult Grill ExpressRua Francisca Hosken de Farias Castro – 300

BEBIDASMocó 49Av. Arcebispo Dom Geraldo Fernandes – 2770 – Sala 19

CONFECÇÕESNKF ConfecçõesRua Cadeal – 177

ARTEFATOS PLÁSTICOSPlasmoldeRua José Carlos Muffato – 200 – Cambé – PR

IND/COM

INDÚSTRIA

COM/SERVIÇOS

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Baixe o app REALIDADE AUMENTADA BRASIL e aponte o celular para a imagem.

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