Como Cuidar

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Quem adquire uma orquídea deve cuidar dela o mais próximo possível de como ela vive ao natural. Portanto, plante-a de um modo que imite as próprias condições do seu habitat. Nossas Orquideas Cattleya amethystoglossa tipo ‘Magna’ por Carlos Keller Rio de Janeiro - RJ [email protected] om.br Uma vez que na C. amethystoglossa existe uma grande variação de cor e forma dentro do tipo, eu nomeei os meus clones com um nome parecido a uma variedade, pois assim facilita a identificação da planta no orquidário. Usei ‘Magna’, portanto, porque as flores desse clone são muito grandes. Elas regulam em tamanho com as flores de uma Cattleya intermedia das grandes! O cacho é enorme.

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Quem adquire uma orquídea deve cuidar dela o mais próximo possível de como ela vive ao natural. Portanto, plante-a de um modo que imite as próprias condições do seu habitat.

Nossas OrquideasCattleya amethystoglossa tipo ‘Magna’

por Carlos Keller Rio de Janeiro - RJ

[email protected]

Uma vez que na C. amethystoglossa existe uma grande variação de cor e forma dentro do tipo, eu nomeei os meus clones com um nome parecido a uma variedade, pois assim facilita a identificação da planta no orquidário. Usei ‘Magna’, portanto, porque as flores desse clone são muito grandes. Elas regulam em tamanho com as flores de uma Cattleya intermedia das grandes! O cacho é enorme. 

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Cattleya amethystoglossa tipo ‘Magna’

foto e cultivo: Carlos Keller  

Há alguns anos atrás eu vi em uma exposição daqui do Rio, uma Cattleya amethystoglossa ‘Orchidglade’ e esse clone é realmente um espetáculo. As flores possuem pétalas largas e são muito redondas, com muita substância. Perturbei tanto o dono da planta, que no fim ele me cedeu uma flor do cacho da ‘Orchidglade’, de onde eu coletei as políneas e polinizei esta planta da foto. Os seedlings já estão grandinhos e espero que ao menos um saia com o tamanho da ‘Magna’ e a forma da ‘Orchidglade’. Apesar da 'Orchidglade' ser conhecida por ter uma flor grande, ela é bem menor do que a ‘Magna’. Agora é esperar a floração, que demorará ainda alguns anos.

  Cattleya amethystoglossa tipo ‘Kika’

Laelia (Hoffmannsegguella)

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por Carlos KellerRio de Janeiro - RJ

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As cattleyas bifoliadas em geral estão adaptadas a ambientes com muita umidade. Os seus pseudobulbos são um reflexo disso. Eles não tiveram a necessidade de engordar ou de se arredondar, apenas encompridaram em busca de mais luz. Em cultivo, não se deve descuidar dessa alta umidade ambiente e também da boa saúde das raízes, pois se a água não é levada pelas raízes para cima, os pseudobulbos desidratam e murcham com facilidade. Pseudobulbos finos como são os das cattleyas bifoliadas, se murcharem um pouco apenas, já comprometem as folhas, pois o pouco que eles afinem no seu diâmetro, já é o suficiente para estrangular a passagem da seiva para cima, comprometendo logo a saúde da planta. A Cattleya amethystoglossa nesse sentido é a mais rústica do grupo, a mais resistente.

 

 

xbertoi por Carlos KellerRio de Janeiro - RJ

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Posso dizer que fui um privilegiado por poder passar uma manhã inteira admirando esta verdadeira jóia da natureza. Esta laelia rupícola é um híbrido natural e a planta pertence ao grande conhecedor desse gênero de orquídea, que é o mineiro Kleber Lacerda. A planta esteve exposta na exposição de inverno da OrquidaRio no Fashion Mall e após o evento, ficou sob meus cuidados por algumas preciosas horas. Não resisti e resolvi fotografar as flores para registrar tamanha beleza.

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Cattleya amethystoglossa tipo ‘Kika’Foto e cultivo: Carlos Keller

No seu habitat, estações muito úmidas se revezam a cada 6 meses do ano com estações secas e muitas das árvores onde essa orquídea cresce, perdem todas as folhas nessa época, deixando essas orquídeas à mercê do sol pleno. Por conta disso as suas folhas são grossas e coriáceas e os seus pseudobulbos que podem chegar a 1 metro de comprimento, chegam a ficar grossos como um cabo de vassoura. As flores possuem muita substância e são muito duráveis, podendo ostentar lindos cachos globosos por até três semanas. Essa espécie está distribuída principalmente no sul da Bahia, mas também pode ser encontrada em Pernambuco, leste de Minas Gerais e possivelmente no norte do Espírito Santo. Embora essa Leia mais...   Slc. Tutankamen ‘Pop’ por Carlos KellerRio de Janeiro - RJ

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Vi pela primeira vez este híbrido numa exposição do Jardim Botânico de São Paulo em 2004. Dali em diante, busquei o meristema em todas as visitas que fiz a orquidários comerciais. Não foi fácil

Laelia (Hoffmannsegguella) xbertoi

foto: Carlos KellerCultivo: Kleber Lacerda

 

Fotografei também o vaso e a parte vegetativa, pois quero mostrar à vocês o tipo de cultivo que o Kleber emprega nas suas plantas.

 

 Vasos da Laelia (Hoffmannsegguella) xberto

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encontrá-lo e o único que vi pertencia ao Orquidário Wenzel e era planta da coleção particular do orquidário. Não estava à venda.

 Slc. Tutankamen ‘Pop’foto e cultivo: Carlos Keller

Por fim, na exposição de Rio Claro em 2006 vi um exemplar bem desenvolvido e pude notar que a planta chega a ficar bem alta e dá várias flores por cacho, assim como um dos seus pais, que é a Cattleya Chocolate Drop. Finalmente ontem, na exposição de inverno da OrquidaRio no Fashion Mall, consegui encontrar este exemplar à venda. A flor é muito escura, como se pode ver, mas o mais interessante dela é que se tem a impressão que ela é artificial, feita de cetim de seda, tal é a intensidade do brilho das pétalas e sépalas. O labelo amarelo faz um lindo contraste com a cor escura da flor e o labelo vermelho aveludado arremata com

Muita gente entende as palavras “orquídea rupícola” ao pé da letra e as planta sobre pedras. Acontece que pedra não nutre nenhuma planta na natureza e as orquídeas, portanto, não vivem sobre as pedras. Elas na verdade crescem em vãos ou ranhuras das pedras, enraizando no material orgânico lá acumulado e essas fendasLeia mais...   Cattleya trianaei amesiana ‘It’ por Carlos KellerRio de Janeiro - RJ

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A variedade amesiana cai muito bem na Cattleya trianaei. O branco fica cintilante e o rosado lavanda do labelo é bem demarcado. O amarelo é mais forte do que nas outras espécies, o que dá um belo contraste com o rosa. Apesar desta trianaei não ter uma ótima forma, eu gosto dela mesmo assim, pois a suavidade da sua cor combina bem com as bordas serrilhadas das pétalas e do labelo.

 

 

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sofisticação todo o conjunto. Este é um cruzamento entre Cattleya Chocolate Drop e Slc. Mae Hawkins e o híbrido foi registrado pelo orquidófilo R. M. Capen em 1982.  

 

Cattleya trianaei amesiana ‘It’foto e cultivo: Carlos Keller

 

Estou, no entanto, à procura de uma realmente boa para representar essa variedade na minha coleção e até agora só as encontrei no Caliman e no Wenzel. Não são plantas baratas e nem sempre se consegue divisões disponíveis. O jeito é ter paciência e esperar por uma boa oportunidade. Até lá, esta aqui me agrada bastante com a sua suave beleza.