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COMO DESENVOLVER A PRÁTICA DA LEITURA A leitura é fundamental em qualquer série do ensino, desde o básico até o nível superior, ou ainda, até o momento em que respiramos, para Marisa Lajolo, ler não é decifrar como em jogo de adivinhações e sim ser capaz de atribuir ao texto um significado. Um leitor competente sabe selecionar, dentre os textos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a suas necessidades, conseguindo estabelecer as estratégias adequadas para abordar tais textos. O leitor competente é capaz de ler as entrelinhas, identificando, a partir do que está escrito, elementos implícitos, estabelecendo relações entre o texto e seus conhecimentos prévios ou entre o texto e outros textos já lidos. (PCN, 1998, p.70). O problema da falta de leitura está refletido nas avaliações recentes do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e do Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento do Estado de São Paulo) em que fica clara a deficiência dos nossos discentes, reafirmando aí o conceito de interferência que há nas interpretações dos textos pela ausência do hábito da leitura. Esse fato é comum no Brasil, de acordo com Carlos Henrique Araújo, diretor de avaliação da educação básica do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), “Interpretar um texto é base para entender outras matérias. Às vezes, o aluno não sabe História porque não sabe ler e como fator comprovado é a falta do hábito de leitura, não apenas entre os alunos, mas também entre os pais e mesmo entre os professores”. A proposta de leitura, do uso do texto na sala de aula encabeçada por Geraldi é importante e de suma importância no desenvolvimento do hábito de leitura. “É preferível até que um aluno diga ao professor que terminou de ler um romance, embora não o tenha lido, do que o professor ‘cobrar’ tal leitura” (GERALDI, 2006, p. 60). Fica claro que, em primeiro momento, não

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COMO DESENVOLVER A PRTICA DA LEITURA

A leitura fundamental em qualquer srie do ensino, desde o bsico at o nvel superior, ou ainda, at o momento em que respiramos, para Marisa Lajolo, ler no decifrar como em jogo de adivinhaes e sim ser capaz de atribuir ao texto um significado.Um leitor competente sabe selecionar, dentre os textos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a suas necessidades, conseguindo estabelecer as estratgias adequadas para abordar tais textos. O leitor competente capaz de ler as entrelinhas, identificando, a partir do que est escrito, elementos implcitos, estabelecendo relaes entre o texto e seus conhecimentos prvios ou entre o texto e outros textos j lidos. (PCN, 1998, p.70).O problema da falta de leitura est refletido nas avaliaes recentes do Enem (Exame Nacional do Ensino Mdio) e do Saresp (Sistema de Avaliao do Rendimento do Estado de So Paulo) em que fica clara a deficincia dos nossos discentes, reafirmando a o conceito de interferncia que h nas interpretaes dos textos pela ausncia do hbito da leitura. Esse fato comum no Brasil, de acordo com Carlos Henrique Arajo, diretor de avaliao da educao bsica do Inep (Instituto Nacional de Estudos e PesquisasEducacionais), Interpretar um texto base para entender outras matrias. s vezes, o aluno no sabe Histria porque no sabe ler e como fator comprovado a falta do hbito de leitura, no apenas entre os alunos, mas tambm entre os pais e mesmo entre os professores.A proposta de leitura, do uso do texto na sala de aula encabeada por Geraldi importante e de suma importncia no desenvolvimento do hbito de leitura. prefervel at que um aluno diga ao professor que terminou de ler um romance, embora no o tenha lido, do que o professor cobrar tal leitura (GERALDI, 2006, p. 60). Fica claro que, em primeiro momento, no se deve cobrar ou fazer uma atividade avaliativa sobre determinado livro recomendado para o discente. importantssimo fazer com que o aluno se apaixone, se encante pelo livro e esse encanto o leve a querer descobrir os mistrios escondidos em cada pgina outrora desprezada e ignorada.A maioria das escolas pblicas dispe de rico acervo bibliogrfico, porque nessa parte o investimento existe e quase que bem macio, embora ainda falte profissional capacitado para cuidar de todos esses ttulos e dar um rumo adequado a eles. Esses livros empilhados e no utilizados podem estar ofuscando o surgimento de muitos leitores em um pas onde dados comprovam que a leitura ainda muito pouca, constatada inclusive essa deficincia entre os alunos de graduao, muitos viraram escravose viciados no famoso copiar e colar.Para tentar reverter essa situao catica, o professor poder utilizar dessas obras disponibilizadas nas unidades escolares, distribu-las aos seus alunos, mas antes apresentar, ou melhor, encenar um breve resumo do livro para a turma. O que no se deve fazer tornar o ato de ler um martrio para o aluno que ao final da leitura ter que preencher fichas, roteiros ou coisas parecidas. Nada disso me parece necessrio (GERALDI, 2006, p. 61). Certamente surgiro muitos interessados em ler o livro.S dizer que o livro bom, que representa o incio de uma escola literria, que ganhou vrios prmios ou que possui uma boa histria no basta, necessrio mostrar efetivamente aos educandos por que determinada obra um cone na literatura e merece ser lida. Quando o aluno percebe que o professor um apaixonado por livros, consegue dizer frases da obra e levando-os a viajar atravs da histria, o interesse passa ser muito maior.Uma idia interessante levar na sala de aula jornais para leitura e em seguida solicitar recortes de noticias atuais e em cima da reportagem fazer uma produo de texto como a elaborao de poesias. O professor deve organizar momentos de leitura livre em que tambm ele prprio leia, criando um circuito de leitura em que se fala sobre o que se leu, trocam sugestes, aprende-se com a experincia do outro (PCN, 1998, p.71).Como mtodo de divulgao, poder enviar os trabalhos e/ou atividades produzidas pelos discentes aos jornais regionais ou at mesmo em blogs (dirios digitais). preciso divulgar os textos dos nossos alunos afinal, qual a graa em escrever um texto que no ser lido por ningum ou que ser lido apenas por uma pessoa (que por sinal corrigir o texto e dar nota para ele?) Assim, para fugir a tal aspecto, proponho aos textos produzidos em aula outro destino.( GERALDI, 2006, p. 65)A divulgao dos textos dos educandos nos meios de comunicao em massa traz uma grande valorizao ao aluno, fazendo-o sentir importante e a criar mais e mais textos atravs da leitura de peridicos. Tais resultados so comprovados em muitas escolas, professores buscam divulgar de forma macia os resultados apresentados em sala, uma forma de tambm divulgar o trabalho que o docente desenvolve e mostrar que realmente a escola est desenvolvendo a capacidade de produo e interpretao dos discentes.O que no falta so atividades ligadas diretamente ao desenvolvimento da prtica de leitura. Em datas especiais como o dia das mes e dia dos pais, o professor pode desenvolver com os alunos a produo de cartas, lembro perfeitamente que meus pais reclamavam que eu no sabia escrever uma carta para algum familiar distante, e, no entanto, estava no colgio (GERALDI, 2006, p. 67). Os gastos sero mnimos, pois existe noBrasil a Carta Social, onde pode ser enviada para qualquer pessoa civil, correspondncia de at dez gramas pelo preo de R$ 0,01, grandes mesmos sero os resultados. Pais recebendo correspondncias de seus filhos em dias to especiais. Tais cartas podero ser escritas em sala de aula, mas o professor no deve corrigi-las (afinal, h um preceito constitucional que chamaria a isso de violao de correspondncia) (GERALDI, 2006, p.68), os alunos precisam ficar livres para expressar seus sentimentos sem a interferncia do professor que deve apenas orientar na organizao das idias e quando solicitado esclarecer dvidas quanto a escrita de algumas palavras, d at para trabalhar algumas regras bsicas se surgir palavras com dvidas de g ou j, x, cs, s, z, concordncia verbal, uma infinidade de contedo a ser trabalhado, no s alunos do sexto ano (quinta srie) gostam de escrever aos pais, os do stimo (sexta), oitavo (stima) e nono ano (oitava srie) tambm tem simpatia na elaborao de cartas aos pais.A leitura deve ser uma atividade constante na vida de qualquer estudante, precisamos entender que um leitor s se forma atravs de uma prtica contnua de leitura, organizada em torno da diversidade de gneros textuais que circulam socialmente.A partir dessa hiptese de que a leitura uma prtica social, entendemos o leitor no como um mero decodificador, mas como algum que assume umpapel atuante na busca de significaes e completa o texto com seus conhecimentos. Por isso, uma mesma pessoa pode atribuir diferentes significados a um mesmo texto, se este for lido em diferentes momentos da vida.Um pas de leitores um pas de vencedores, com mentes abertas e cidados capazes, fortalecidos e engajados nas lutas pelos seus direitos.Literatura infantil

Reconhecer a importncia da literatura infantil incentivar a formao do hbito de leitura na idade em que todos os hbitos se formam, isto , na infncia. Neste sentido, a literatura infantil um caminho que leva a criana a desenvolver a imaginao, emoes e sentimentos de forma prazerosa e significativa.

Hoje a dimenso de literatura infantil muito mais ampla e importante. Ela proporciona criana um desenvolvimento emocional, social e cognitivo indiscutveis. Segundo Abramovich (1997) quando as crianas ouvem histrias, passam a visualizar de forma mais clara, sentimentos que tm em relao ao mundo. As histrias trabalham problemas existenciais tpicos da infncia, como medos, sentimentos de inveja e de carinho, curiosidade, dor, perda, alm de ensinarem infinitos assuntos. Quanto mais cedo a criana tiver contato com os livros e perceber o prazer que a leitura produz, maior ser a probabilidade dela tornar-se um adulto leitor. Da mesma forma atravs da leitura a criana adquire uma postura crtico-reflexiva,extremamente relevante sua formao cognitiva.Quando a criana ouve ou l uma histria e capaz de comentar, indagar, duvidar ou discutir sobre ela, realiza uma interao verbal, que neste caso, vem ao encontro das noes de linguagem de Bakhtin (1992). Para ele, o confrontamento de idias, de pensamentos emrelao aos textos, tem sempre um carter coletivo, social.O conhecimento adquirido na interlocuo, o qual evolui por meio do confronto, da contrariedade. Assim, a linguagem segundo Bakthin (1992) constitutiva, isto , o sujeito constri o seu pensamento, a partir do pensamento do outro, portanto, uma linguagem dialgica.E partindo desta viso da interao social e do dilogo, que se pretende compreender a relevncia da literatura infantil, que segundo afirma Coelho (2001, p.17), um fenmeno de linguagem resultante de uma experincia existencial, social e cultural.A leitura um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construo do significado do texto. Segundo Coelho (2002) a leitura, no sentido de compreenso do mundo condio bsica do ser humano.A compreenso e sentido daquilo que o cerca inicia-se quando beb, nos primeiros contatos com o mundo. Os sons, os odores, o toque, o paladar, de acordo com Martins (1994) so os primeiros passos para aprender a ler.Ler, no entanto uma atividade que implica no somente a decodificao de smbolos, ela envolve uma srie de estratgias que permite o indivduo compreender o que l. Neste sentido, relata os PCNs (2001, p.54.):

Assim, pode-se observar que a capacidade para aprender est ligada ao contexto pessoal do indivduo. Desta forma, Lajolo (2002) afirma que cada leitor, entrelaa osignificado pessoal de suas leituras de mundo, com os vrios significados que ele encontrou ao longo da histria de um livro, por exemplo.O ato de ler ento, no representa apenas a decodificao, j que esta no est imediatamente ligada a uma experincia, fantasia ou necessidade do indivduo. De acordo com os PCNs (2001) a decodificao apenas uma, das vrias etapas de desenvolvimento da leitura. A compreenso das idias percebidas, a interpretao e a avaliao so as outras etapas que segundo Bamberguerd (2003, p.23) fundem-se no ato da leitura. Desta forma, trabalhar com a diversidade textual, segundo os PCNs (2001), fazendo com que o indivduo desenvolva significativamente as etapas de leitura contribuir para a formao de leitores competentes.

Crtica

Mediante problematizao do movimento histrico de constituio da lite- ratura infantil como campo de conhecimento e a partir da hiptese de que a superao de sua condio de menoridade encontra-se diretamente relacionada com a assuno, por parte dos pesquisadores interessados, de uma atitude interdisicplinar decorrente das inexorveis relaes entre a produo de literatura infantil e a situao de formao (escolar) do leitor previsto, o objetivo destas notas apresentar uma proposta de leitu- ra crtica dos textos do gnero, como contribuio para o desenvolvimento de pesqui- sasacadmicas que visem construo da identidade especfica desse campo de co- nhecimento e conquista do reconhecimento da legitimidade de seu estatuto acadmico cientfico.

As origens da literatura infantil brasileira encontram-se sobretudo na literatura didtica/escolar, que, entre o final do sculo XIX e incio deste, comeou a ser produzida de maneira sistemtica por professores brasileiros, com a finalidade de ensinar s nossas crianas, de maneira agradvel, valores morais e sociais assim como padres de conduta relacionados com o engendramento de uma cultura escolar urbana e necessrios do ponto de vista de um modelo republicano de instruo do povo. Esse pecado original somente comeou a ser enfrentado na dcada de 1920, com a produo do escritor Monteiro Lobato e especialmente com a publicao, em 1921, de Narizinho arrebitado, quando, articuladamente expanso e solidificao do mercado editorial, tem incio um processo de autonomizao da literatura infantil em relao a suas origens didticas/escolares, mediante a priorizao programtica de seu efeito esttico e sua funo de deleitar. Sobretudo a partir dos anos de 1970, com o chamado boom da produo de livros para crianas e jovens, tem-se a despeito da persistncia da literatura infantil de carter pedagogizante e de qualidade questionvel a consolidao dessa tendncia esteticizante daliteratura infantil brasileira.As origens da literatura infantil brasileira encontram-se sobretudo na literatura didtica/escolar, que, entre o final do sculo XIX e incio deste, comeou a ser produzida de maneira sistemtica por professores brasileiros, com a finalidade de ensinar s nossas crianas, de maneira agradvel, valores morais e sociais assim como padres de conduta relacionados com o engendramento de uma cultura escolar urbana e necessrios do ponto de vista de um modelo republicano de instruo do povo. Esse pecado original somente comeou a ser enfrentado na dcada de 1920, com a produo do escritor Monteiro Lobato e especialmente com a publicao, em 1921, de Narizinho arrebitado, quando, articuladamente expanso e solidificao do mercado editorial, tem incio um processo de autonomizao da literatura infantil em relao a suas origens didticas/escolares, mediante a priorizao programtica de seu efeito esttico e sua funo de deleitar. Sobretudo a partir dos anos de 1970, com o chamado boom da produo de livros para crianas e jovens, tem-se a despeito da persistncia da literatura infantil de carter pedagogizante e de qualidade questionvel a consolidao dessa tendncia esteticizante da literatura infantil brasileira.

A importncia do trabalho educativo com ilustraes de livrosAtualmente com a modernidade da tecnologiaassim como televiso, vdeo-game, computadores e Internet, as crianas afastam se da leitura de livros de literatura infantil, agentes importantes na formao de leitores ativos no processo de leitura e escrita, contribuindo para a no formao de crianas leitoras.Dentro dessa perspectiva, as ilustraes de livros de literatura infantil e o projeto grfico de livros de literatura infantil so de grande importncia para ajudar a atrair a ateno da criana para o livro e possivelmente sua leitura, auxiliando na formao de leitores e contribuindo no processo de aquisio da leitura e escrita por parte das crianas. Os investimentos tm ocorrido em projetos grficos de livros de literatura infantil cada vez mais modernos, com ilustraes cada vez mais ricas em contedos que, em alguns casos, chegam a dispensar a linguagem escrita, como nos livros de imagens. Mas, hoje, o tema A Ilustrao nos livros de literatura infantil ainda pouco estudado no meio cientfico, como afirmam Faria (2004), Lins (2002) e Camargo (1995), apesar de sua importncia. As produes com relao a essa temtica comearam a aparecer com mais intensidade recentemente, apesar de ainda serem poucas, visto a dificuldade que tive, no incio dessa pesquisa, de encontrar material quando realizei o levantamento bibliogrfico. Os trabalhos a esse respeito que encontrei datavam dos anos 80 e90, apenas alguns eram mais recentes como o de Maria Alice Faria, de 2004. O livro de literatura infantil no deve ser encarado como um simples objeto do mundo infantil, mas um recurso indispensvel no processo de aquisio da linguagem oral e escrita por parte da criana, na medida que possibilita diferentes leituras e interpretaes, desperta variados conhecimentos e instiga a criana no universo mgico do ato de ler. portador de inmeros recursos, dos quais a ilustrao caracteriza-se como um dos principais, ao passo que est mais relacionada ao ldico e o universo infantil, e no deve, de maneira alguma ser ignorada ou tratada com menor valor por parte de professores e estudiosos da educao, pois, Nos bons livros infantis ilustrados, o texto e a imagem se articulam de tal modo que ambos concorrem para a boa compreenso da narrativa (FARIA, 2004, p. 39).Pode-se concluir que hoje h a disposio do professor inmeros materiais e recursos simples e fceis de serem encontrados, mas que, muitas vezes no so percebidos ou so menosprezados. necessrio um olhar mais atento do professor no s a estes materiais e recursos, mas principalmente a seus alunos de modo a conhec-los e juntos contrarem seus conhecimentos. Afinal, a criana de hoje ser o adulto da sociedade de amanh, cabe a ns professores pensarmos, qual a sociedade que almejamos formar.

1APRESENTAOEste trabalho tem como objetivo relatar minha experincia de prtica pedaggica reflexivo, a partir de uma vivencia pedaggica de contao de histria com crianas de quatro anos da educao infantil.Atravs deste trabalho realizei minha primeira experincia prtica de contao de histria. Vivenciei este fato no Centro Municipal de Educao Infantil Cinderela. Contei a histria do patinho feio para crianas do quarto perodo da Educao Infantil, esta histria foi escrita por Roberto Belli.Escolhi esta histria pelo fato de conhecer o histricodos pequenos e j ter presenciado alguns atos de preconceito contra duas destas crianas, dentro da instituio.Alguns professores se convertem em agressores devido postura de autoritarismo que utilizam um exemplo clssico centra-se na maneira de chamar a ateno e corrigir o comportamento dos alunos depreciando-os frente aos colegas discriminando, mostrando preferncia, ameaando, perseguindo e intimidando (Fante, 2003.p.71).

RELATO DE PRTICA PEDAGGICAEste relato inicia-se numa manh de quinta-feira no Centro de Educao Infantil de Angicos de Minas municpio de Braslia de Minas (MG) onde, bati na porta e pedi licena a Viviane professora do quarto perodo da Educao Infantil, para contar uma histria para seus cinco alunos presentes na sala de aula. Como eu j tinha marcado horrio, as crianas estavam terminando suas atividades. No foi preciso me apresentar porque trabalho na instituio como ajudante de servios gerais, e todos j conhecem a tia Nomia.De acordo com Piaget, as crianas adquirem valores morais no s por internaliz-los ou observ-los de fora, mas por constru-los interiormente atravs da interao com o meio ambiente. Nesta fase ouvir histrias (principalmente os contos), entre outras atividades possibilidade real de desenvolvimento e aprendizagem. Assim que as crianas guardaram seus materiais, eu as convidei para que se sentassem no cho e em crculo, quatro deles se sentaram e eu fiquei surpresa quando convidei Rafael parase juntar aos outros e logo o seu colega Luan falou deixa ele, ele atentado, insisti, conversei com ele com carinho, pedi para que se sentasse perto de mim, no mesmo instante ele veio e se sentou no meu colo.Portanto, uma conversa serve de ponte entre os sentidos de ser dos aprendizes por isso, aprender tambm uma prtica afetiva, e no apenas uma questo cognitiva. Como j foi relatado anteriormente, contei a histria do patinho feio, nesta histria pode-se perceber um retrospecto dos diferentes momentos histricos do preconceito em relao s diferenas. O patinho por ter nascido diferente do resto da ninhada, excludo, pois est fora da categorizao esperada, no possuindo os atributos comuns e naturais dos membros de sua categoria e, por este motivo, rejeitado e abandonado.Contei a histria com entusiasmo e muita nfase, sem ser interrompida, assim ao trmino eu pde experimentar diferentes sensaes como; satisfao por estar de alguma forma ajudando no aprendizado daquelas crianas e ao mesmo tempo aprendendo com elas. Sabemos que hoje imprescindvel que o educador infantil saiba que a aprendizagem um processo contnuo de trocas onde o educador ensina, mas ao mesmo tempo aprende, e o aluno enquanto aprende ao mesmo tempo ensina.Iniciei uma conversa com as crianas explicando que o cisne nasceu num ninho de patos, como ele era diferente era considerado feio e era infeliz. Mostrei as gravuras e conversei com os pequenos indagando-lhes sobre a histria. Essa histria podecontribuir significativamente para que cada criana aprenda a importncia da aceitao e prossiga desenvolvendo suas noes de especialidade e lugar, relacionando no meio em que vive.De fato, os pequenos se interessaram pela conversa e comearam a fazer perguntas como: por que o pato ficou triste?, por que a me dele o deixou sozinho?, por que o pato no voou com os outros patos?. Feitas as perguntas e dadas s respostas, pedi para que mudassem o final da histria e a aluna Lygia me respondeu: se mudar, o pato no vira cisne, e ele no vai achar a sua famlia.Assim pedi para que eles recontassem a histria e Lygia de imediato me pediu o livro e recontou toda a histria lendo as gravuras. Depois pude presenciar seqncias de fatos que me deixaram frustrada e com uma tremenda sensao de impotncia, foi quando o aluno Jos Arnaldo falou: tia me deixa contar e Lygia o repreendeu voc no sabe ler, ele insistia, eu sei ele pegou o livro e, por mais que eu pedia pra ela ouvir seu colega, ela repetia: voc no sabe, voc lerdo.Quando finalmente eu consegui que a turminha ficasse em silncio, Jos Arnaldo me olhou com aqueles olhinhos tristes e falou: eu no sei tia. Tentei convenc-lo afirmando que ele muito inteligente e que ele capaz sim, mas ele j tinha desistido de tentar. Perguntei Rafael se ele queria recontar, no entanto, ele me respondeu distrado apontando as gravuras no livro e s falava: contou, contou, contou.... Desta vez foi Caroline que disse: ele no sabe por que ele s sabeatentar.De acordo com a pesquisadora Nice Terze, quando a criana no est bem, ela no pode aprender. Pode haver uma situao difcil fora, mas preciso que todos os dias a criana encontre um educador que faa sentir-se bem isso pode ser construdo efetivamente na creche. evidente que a identidade construda pela criana poder ser melhor se ela tiver boas relaes fora da creche. Mas o nosso educador precisa ter a intencionalidade de fazer com que ao menos ali, na creche a criana esteja bem, pois este um direito dela. CONSIDERAES FINAIS

Os primeiros livros para crianas surgem somente no final do sculo XVII escritos por professores e pedagogos. Estavam diretamente relacionados a uma funo utilitrio-pedaggica e, por isso foi sempre considerados uma forma literria menor. A produo para a infncia surgiu com o objetivo de ensinar valores, ajudar a enfrentar realidade social e propiciar a adoo de hbitos. Ainda podemos encontrar esses objetivos na produo infantil contempornea.Os adultos tm o privilgio de acompanhar as crianas e auxili-las em seu processo de letramento. A escola insere-se neste contexto como instrumento hbil a implementar a leitura na Educao Infantil e sries iniciais motivando os jovens leitores atravs de uma mudana de concepo, ou seja, transformando a leitura como algo agradvel, fonte no apenas de informao,mas principalmente de lazer.O texto literrio no chega at as crianas sem a mediao do adulto e, muito menos, sem as intenes educativas envolvidas nessa mediao. Ler livros deimagens, narrativas, poesias ou poemas narrativos as crianas que ainda no dominam o cdigo escrito significa atravs da vocalidade do adulto contador, descortinar para elas o potencial do potico (no sentido de que a poesia uma arte da linguagem humana, independente dos seus modos de concretizao, e fundamentada em estruturas antropolgicas mais profundas), para a construo da autonomia oral da criana, o que no acontece a partir de qualquer leitura. A leitura de viva voz considera o valor das pausas; da alterao da voz, do jogo do ritmo e das sensaes que esses elementos podem provocar no corpo da criana que ouve (Fronckowiak e Richter, 2005, p.101).Os primeiros contatos infantis com a literatura ocorrem com histrias de contos de fada, contada pelos pais, despertando o interesse das crianas pelas histrias infantis. Os livros que trazem a literatura devem estar sempre presentes na vida dessas crianas. No processo da aquisio da leitura e da escrita a literatura infantil tem uma grande importncia, pois nos anos iniciais da educao formal, a criana est na fase dos sonhos e adora ouvir, histrias que envolvem um mundo imaginrio.Conclui-se, portanto, que a boa literatura facilita o desenvolvimento da inteligncia e fonte de divertimento e prazer. Assim sendo, a literatura infantil pode parecer brincadeira, mas na realidade o marco inicial de uma cultura e, por isso fundamental fazer parte da prtica pedaggica do professor nas sries iniciais.1-INTRODUOO acesso ao aprendizado da leitura apresenta-se como um dos mltiplos desafios da escola e, talvez, como o mais valorizado e exigido pela sociedade. Ao ler, o indivduo constri os seus prprios significados, elabora suas prprias questes e rejeita, confirma e/ou reelabora as suas prprias respostas. ele quem inscreve ou reinscreve o significado do escrito a partir de sua prpria histria. J a leitura aquela que vai em busca desses pontos de vista, verificando-os, questionando-os e investigando os meios de sua elaborao. S a leitura, entendida como uma atividade social e reflexiva pode propiciar uma relao criativa, crtica e libertadora com a escrita, mostrando-se como um desafio para qualquer processo de democratizao e mudana social coletiva.Pensando nisso apresenta-se neste trabalho de pesquisa um tema desafiador no processo de ensino de leitura na educao infantil: A Importncia dos Gneros Literrios no processo de formao do aluno leitor nas sries iniciais, abordada em marcos referenciais desafiadores, delineados nos seguintes tpicos: O surgimento da Literatura Infantil; A relao Literatura x Escola; Literatura Infantil no desenvolvimento cognitivo; Atuao do professor nas fases de desenvolvimento do leitor; O papel do professor na seleo das histrias infantis;A importncia das narrativas; Os Contos de Fadas e o seu poder em formar bons leitores; Porque introduzir valores humanos atravs das Fbulas e a LiteraturaInfantil e a sua funo formadora.Espera-se com essa proposta contribuir com o educador levando-o a identificar a importncia de se trabalhar a Literatura Infantil, permitindo ao leitor aprimorar cada vez mais os seus conhecimentos diante dos textos literrios.1.1- REFERENCIAL TRICOI- O surgimento da Literatura InfantilO primeiro marco referencial para essa pesquisa abordar o surgimento da Literatura Infantil delineada a partir do sculo XVIII, onde a criana passou a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e caractersticas prprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma educao especial, que a prepare para a vida adulta.Para Cunha (1998) o aparecimento da Literatura Infantil tem caractersticas especficas, procedendo da ascenso da famlia burguesa, do novo status conferido infncia na sociedade e da reorganizao da escola. Seu nascimento e emergncia deveram-se, primeiramente, sua associao com a pedagogia, assumindo os educadores da poca a importncia da criao de uma literatura para crianas e jovens.O conceito de Literatura Infantil extremamente discutido entre os estudiosos, pois h defensores que a literatura o objeto escolhido pelo prprio leitor e outros que objeto de formao de um agente transformador da sociedade.A literatura, e em especial a infantil, tem uma tarefa fundamental a cumprir nesta sociedade em transformao a de servir como agente de formao, seja noespontneo convvio leitor / livro, seja no dilogo leitor/texto estimulado pela escola. (Coelho, 2000, p. 16).Os primeiros livros infantis foram escritos por pedagogos e professores, objetivando oestabelecimento de padres comportamentais determinados pela sociedade burguesa que se estabelecia. Quando falamos em literatura infantil, imaginam-se belos livros coloridos, destinados ao pblico infantil para que eles possam l-los, folhe-los ou ouvir sua histria contada por algum. Devido a este fato a Literatura Infantil foi tratada, at pouco tempo, pela cultura oficial como um gnero menor. A relao entre escola e literatura intensa desde o incio at hoje. Diversos estudiosos defendem a utilizao do livro em sala visando transmitir os valores da sociedade e propiciar uma nova viso da realidade.A escola um espao privilegiado para lanar bases slidas para a formao do indivduo. E se neste espao for valorizado os estudos literrios, de maneira mais abrangente do que quaisquer outros, sero estimulados o exerccio da mente, alm contribuir para o conhecimento da lngua.A leitura um excelente instrumento de aprendizagem, pois atravs dela que a criana adquire conhecimentos, desenvolve suas habilidades e aprende cada vez mais. Por isso, o incentivo leitura deve comear desde cedo, partindo da famlia, que ir incentivar a criana a ler. Assim, a escola dar continuidade, mostrando ao aluno, de forma prazerosa e clara, os benefcios que aleitura traz para a sua formao enquanto cidado.No perodo dos primeiros anos de escola fundamental trabalhar a literatura, pois o momento oportuno para criar vnculos entre a criana e o livro. Nessa faixa etria, os livros de literatura devem ser oferecidos criana, enquanto forma de prazer e diverso para que favorea o gosto pela literatura.Para Coelho: [...] a importncia bacilar da Literatura destinada s crianas: o meio ideal para auxili-las no s a desenvolver suas potencialidades naturais, como tambm auxili-las nas vrias etapas de amadurecimento que medeiam entre a infncia e a idade adulta. Dessa forma, a literatura infantil tem funo formadora e, a inteno na forma como trabalhada, influencia na oportunidade do desenvolvimento do leitor crtico e competente, capaz de captar o que est subjacente mensagem apresentada. (Coelho 991, p. 38)A Literatura Infantil, no que tange ao desenvolvimento cognitivo, proporciona meios s crianas para desenvolver habilidades que atuam como facilitadores dos processos de aprendizagem, podendo ser observadas no crescimento do vocabulrio, nas referncias textuais, na interpretao de textos, na ampliao do repertrio lingstico, na reflexo, na criticidade e na criatividade, as quais propiciaro, no momento de novas leituras, a possibilidade de o leitor fazer interferncias e novas leituras, apresentando-se como facilitadores do processo ensino-aprendizagem da Lngua Portuguesa e deoutras reas do currculo. Assim, trabalhada dessa maneira passa a ser vista como orientadora do pensamento crtico tornando-se ponte de ligao entre informao, entretenimento e lazer sem alienao.II- A Literatura Infantil e a sua funo formadora.A literatura tem funo formadora e propicia ao leitor capacidade de compreender o mundo e investig-lo, desencadeia tambm uma postura reflexiva do leitor perante a realidade que o cerca.A literatura reflete uma realidade vivida pelo leitor no dia a dia por meio da fico, permitindo um dilogo com ele, colaborando para a formao de leitores crticos que materializem a transformao da nossa sociedade, pois este o objetivo da literatura infantil.O uso da literatura tanto em sala de aula quanto em outro cenrio alarga os horizontes cognitivos do leitor, pois agente de conhecimento por que propicia o questionamento dos valores em circulao na sociedade.[...] a leitura exige um grau maior de conscincia e ateno, uma participao efetiva do recebedor-leitor. Seria, pois, muito importante que a escola procurasse desenvolver no aluno formas ativas de lazer aquelas que tornam o indivduo e criativo, mais consciente e produtivo. A literatura teria papel relevante nesse aspecto. (Cunha, 1998, p. 47)

A literatura tem funo formadora e propicia ao leitor capacidade de compreender o mundo e investig-lo, desencadeia tambm uma postura reflexiva do leitor perante a realidade que o cerca. Ela reflete umarealidade vivida pelo leitor no dia a dia por meio da fico, permitindo um dilogo com ele, colaborando para a formao de leitores crticos que materializem a transformao da nossa sociedade, pois este o objetivo da literatura infantil.1.1-A Linguagem Potica e sua Importncia na Formao do Leitor.O mundo infantil cheio de imagens, como o campo da poesia, pois comum compararmos a criana e o poeta. A fantasia e a sensibilidade caracterizam a ambos. Em todos os instantes surpreendemos nas crianas falas altamentes poticas. O predomnio da linguagem afetiva existe na poesia e na criana.Para Cunha:A poesia, fruto da sensibilidade, visa sensibilidade do leitor, a emoo, a pura beleza. De todos os gneros, deve ser o menos comprometido com aspectos morais ou instrutivos. [...] Para levar poemas criana, seria ideal se a professora tivesse mo os recursos adequados a cada um: msica sugestiva, boa ilustrao, slides, gravao do poema por um grande intrprete etc. Como no so essas as nossas condies de trabalho, vejamos o que seria capaz de motivar, prender o aluno ao poema: leitura expressiva. A professora deve preparar cuidadosamente essa leitura. Nunca dever ser feita primeira vista [...], nem pelo aluno nem pelo professor (Cunha 1998, p. 121).O ritmo, elemento essencial a toda arte e a poesia, dever ser fortemente marcado no poema para crianas. A rima, que naturalmente um acessrio na poesia, agrada-lhes muito. Esses elementosmarcam mais uma vez o objetivo ldico da criana, diante, sobretudo da poesia. Os autores usam rimas simples do cotidiano infantil e um ritmo que apresente musicalidade ao texto, visando despertar o interesse do pequeno leitor, a fixao das idias e uma melhor compreenso.1.2- A importncia das narrativas para as crianasSegundo Coelho:Contar histrias uma arte, por conseguinte requer certa tendncia inata [...] o contador de histrias precisa estar consciente de que a histria que importante. Ele apenas o transmissor, conta o que aconteceu e o faz com naturalidade, sem afetao, deixando as palavras flurem [...] as emoes se transmitem pela voz, principal instrumento do narrador (Coelho 2002, p.50).Quem l para uma criana transmite o contedo da histria, possibilita adquirir um modelo de leitor e o desenvolvimento do prazer de ler e a valorizao do livro. preciso ler histrias para crianas sempre, pois so escutando-as que se podem vivenciar emoes importantes, como raiva, a alegria, a tristeza, o bem-estar, o medo, a irritao, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam no ouvinte.Anarrativa chega cedo vida da criana, j em seus primeiros anos de vida. O contato inicial da criana com um texto feito de forma oral, por meio da voz da me, do pai ou at mesmo dos avs, contando contos de fadas, histrias inventadas, atravs do padro musical, que como as histrias, se abrem e fechamnitidamente, contendo em si um mundo particular. Chega atravs das letras das cantigas que tantas vezes contam histrias, como Ciranda Cirandinha, O Cravo e a Rosa e Atirei o pau no gato. Chega atravs das canes que marcaram a infncia e a juventude1.2.1- Os Contos de Fadas e o seu poder em formar bons leitoresOs contos de fadas possuem uma funo de transmitir valores e costumes, e ajudam a elaborar a prpria vida atravs das situaes conflitantes e fantsticas. O modelo de narrativa presente nos contos de fadas fechado, e por esta razo as personagens so marcadamente tipos que representam uma funo j reconhecida na realidade. Em certos momentos, os textos no promovem uma caracterizao mais acurada da personagem, apenas apresentando-a como uma caricatura, delineada por um mnimo de atributos. Assim a fada, sempre boa e capaz de solucionar situaes de conflito, e a bruxa m e sempre pronta a produzir malvadezas.Segundo Betteheim:Explicar para uma criana por que um conto de fadas to cativante para ela, destri, acima de tudo, o encantamento da histria, que depende, em grau considervel, de a criana no saber absolutamente porque est maravilhada. E ao lado do confisco deste poder de encantar vai tambm uma perda do potencial da histria em ajudar a criana a lutar por si s e dominar exclusivamente por si s o problema que fez a estimulante para ela [...] (Betteheimapud Abramovich, 1995, p. 122)).Os contos so gneros textuais que no servemapenas para divertir, servem tambm para instruir e ajudar as crianas a resolver seus conflitos.1.2.2- Por que introduzir valores humanos atravs das Fbulas.As fbulas constituem-se como narrativa curta, onde as personagens so animais quese colocam em uma situao humana e exemplar, representam algo do contexto social, trata-se de certas atitudes humanas, como a disputa entre fortes e fracos, a esperteza, a ganncia e a gratido.A peculiaridade que distingue a fbula das demais espcies metafricas ou simblicas a presena do animal, colocado em uma situao humana e exemplar. Suas personagens so sempre smbolos, isto , representam algo num contexto universal (por exemplo: o leo, smbolo da fora, majestade, poder; a raposa, smbolo da astcia; o lobo, do poder desptico; etc.). (Coelho, 1991, p.148).Um dos motivos de se trabalhar valores atravs das fbulas o fato de serem curtas e diretas, e tambm por ser impossvel falar de educao sem trabalhar valores com os alunos. As fbulas so fortes aliadas na transmisso e formao de valores em virtude de possibilitarem melhor relacionamento social.A funo social das fbulas preservar a moral dos povos, vinculando o ensinamento ministrado na escola s circunstncias da vida, construindo uma conscincia da tica e da esttica do bem, integrando o conhecimento, a famlia, a escola e a vida em sociedade.III- Atuao do professor nas fases de desenvolvimento do leitor.A formao do pequenoleitor deve comear bem cedo e ir se aprofundando gradativamente at o final de seu ciclo de estudo na escola. Disso, depende que o seu convvio com o livro seja necessrio para sua formao educativa.[Segundo Coelho (1991, p. 28):Para que o convvio do leitor com a literatura resulte efetivo, nessa aventura espiritual, que a leitura, muitos so os fatores em jogo. Entre os mais importantes, est a necessria adequao dos textos s diversas etapas do desenvolvimento infantil/juvenil. [...] Assim, a incluso do leitor em determinada categoria depende no apenas de sua faixa etria, mas principalmente da inter-relao existente entre sua idade cronolgica, nvel de amadurecimento biopsquico-afetivo-intelectual e grau ou nvel de conhecimento/domnio do mecanismo da leitura. Da que as indicaes de livros para determinadas faixas etrias sejam sempre aproximativas (Coelho 1991, p. 28).Diante desse processo sero apontadas no trabalho de monografia as fases relacionadas ao desenvolvimento do leitor s quais so: (3.1-Pr-Leitor [Primeira Infncia de 15/17 meses aos 03 anos]; 3.2- Pr-Leitor [Segunda Infncia de 03 aos 06 anos]; 3.3- Leitor-Iniciante [A partir dos 06 aos 07 anos]; 3.4- Leitor em Processo [A partir dos 08 aos 09 anos]; 3.5- Leitor-Fluente [A partir dos 10 aos 11 anos] e 3.6- Leitor-Crtico [A partir dos 12 aos 13 anos] 3.7- O papel do professor na seleo das histrias infantis. imprescindvel que o professor adote uma metodologiaagradvel, capaz de instigar e despertar a ateno, pois nessa fase so timas as oportunidades para se principiar o gosto pela leitura, haja vista as crianas vem o livro como algo fascinante e mgico, aflorando-se o mundo encantando da imaginao e o despertar da curiosidade. O professor deve trabalhar de modo a despertar o gosto pela leitura, bem como, oportunizar o desenvolvimento da imaginao, dos sentimentos, da emoo, da expresso e movimento por meio de uma aprendizagem prazerosa.A criana pode ser estimulada a se manifestar, a participar, questionar, comentar acerca de sua interpretao oral atravs da leitura de histrias pelo professor, levando-a a conhecer o fascinante mundo da Literatura Infantil. Antes de contar uma histria, o professor precisa saber se a mesma trata de um assunto interessante, bem trabalhado, se original, se demonstra riqueza de imaginao e se consegue agradar s crianas.Segundo Zilberman:A manipulao de tcnicas e mtodos de ensino que socorram e auxiliem o mestre no processo de incremento e estmulo leitura. Isto significa, por parte do professor, o reconhecimento de que a leitura uma atividade decisiva na vida dos alunos, na medida em que, como se viu, permite a eles um discernimento do mundo e um posicionamento a realidade [...] (Zilberman 1998, p. 27).Assim como importante que o professor selecione as histrias que pretende apresentar aos seus alunos, necessrio se faz que ele atente tambm para outrofator no menos relevante: o tipo de leitor que se pretende formar. Segundo Cagneti (1986 p. 35-36): O educador vai precisar usar toda sua sensibilidade tendo em mente que cada situao e ocasio tm aspectos muito particulares.Talvez no seja fcil formar bons leitores, pelo fato de que, a escola exige do estudante, em diversas situaes, determinados tipos de tarefas como deveres, lies, trabalhos e provas que acabam por refletir nesse aluno a ideia de que o ato de ler mais uma atribuio que no o estimula, acarretando talvez o desinteresse pela leitura. (Freire, 2004)

2- JUSTIFICATIVADurante a Idade Mdia as crianas eram vistas como um adulto em miniatura. No havia um sentimento de cuidado e nem um vnculo afetivo. O sculo XX o sculo da criana. o sculo do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA, 1990), da Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (1996), e do Dia Internacional do Brincar (ltimo fim de semana do ms de maio).No Brasil, a infncia comea a ganhar importncia em 1875, quando surgem, no Rio de Janeiro, e So Paulo, os primeiros jardins de infncia. A sociedade civil e rgos governamentais fizeram um movimento para o atendimento s crianas de zero a seis anos fosse amplamente reconhecido na Constituio de 1988 (Brasil, 1988), culminando no reconhecimento da Educao Infantil como um direito da criana, e no mais da me ou pai trabalhadores. A partir da, a Educao Infantil em creches e pr-escolas passou a ser um dever do estado e direito da criana (artigo 208, inciso IV). Neste sculo necessrio que toda criana tenha tambm o direito de conhecer a literatura infantil na sua diversidade de gneros, produzida historicamente a elas e para o mundo. No entanto, o tema proposto nessa pesquisa: A Importncia dos Gneros Literrios no processo de formao do aluno leitor nas sries iniciais vem propor a quebra de vrios paradigmas educacionais que ainda resistem em propor um ensino de leitura repetitivo, mecanizado e descontextualizado da realidade cultural dos nossos alunos.Nota-se que h vrias dcadas atrs no se dava o merecido respeito para a Educao Infantil e para as crianas, por este motivo a ignorncia dos adultos, nada mais porque no lhes foi despertado o amor pela literatura quando criana (Monteiro Lobato)Atualmente percebe-se que a Educao Infantil ainda est relacionada a uma educao ineficaz nas demais faixas etrias no que diz respeito leitura de gneros. A maioria dos alunos no conhecem histrias de gneros como contos, fbulas e parlendas. Por este motivo toma-secomo base temtica como elemento norteador dessa pesquisa: os contedos de literatura infantil das reas de ensino na educao da criana na escola em estudo. Portanto, o interesse em realizar est pesquisa nesta rea est relacionado a entender porque to importante desenvolver leituras de obras literrias infantis com as crianas pequenas. Mas, no s isso,pretende-se mencionar que quando a criana ouve histrias e reconta-as, j est vivenciando o mundo da leitura e da escrita. Fator importantssimo para o seu futuro escolar.Este trabalho ser importante em especial para os educadores da Educao Infantil, pois se espera demonstrar aos mesmos a importncia das leituras de gneros literrios no desenvolvimento das crianas, e tambm contribuir no desenvolvimento das prticas pedaggicas desses educadores.3- OBJETIVOS3.1- OBJETIVO GERALMelhorar a qualidade do Ensino-Aprendizagem atravs da leitura de obras literrias infantis, visando formar alunos crticos, reflexivos, participativos capazes de atender as habilidades e competncias exigidas na educao bsica.3.2- OBJETIVOS ESPECFICOSIncentivar a formao de leitores, atravs da contao e reconto de histrias literrias infantis;Mostrar como devem ser trabalhados os mecanismos de interpretao, tendo como finalidade oportunizar o desenvolvimento de leitores crticos e reflexivos;Identificar as contribuies para a formao de educadores no que se refere ao planejamento das prticas pedaggicas que poderiam subsidiar a elaborao de atividades a serem desenvolvidas com os alunos que apresentam dificuldades de se socializar e tambm de compreenso das leituras.

4- PROBLEMATIZAOAs dificuldades que os alunos apresentam no processo Ensino-Aprendizagem esto relacionados a falta de interesse pela leitura?

5- HIPTESESO estudo pretende demonstrarque imprescindvel mostrar a todos os alfabetizadores o quanto importante adotar uma metodologia agradvel, que chame a ateno do aluno leitor, atravs da seleo das histrias que pretende apresentar a seus alunos, pois elas devem ser um elemento facilitador que instigue e auxilie no desenvolvimento da capacidade de leitura e interpretao. Ciente da importncia da leitura para a criana necessrio oferecer inmeras oportunidades e momentos que possibilitem a ela elaborar o mundo em que esto inseridas. Com isso, garante-se que suas potencialidades e sua autonomia se harmonizem. Atravs da leitura sua inteligncia, sensibilidade, habilidades, a mente e a criatividade esto sendo desenvolvidas, alm de aprender a socializar-se com o mundo ao seu redor.

6- METODOLOGIAO desenvolver deste trabalho ser por meio de fontes bibliogrficas e de pesquisa de campo com abordagem em carter qualitativa descritiva na Escola Municipal Jardim de Infncia Edivalda Bonfim no municpio de Miranda do Norte-MA, com a realizao de entrevistas com educadoras de crianas de 03 aos 06 anos de idade, abordando a problemtica em questo, bem como o acompanhamento e a anlises dos resultados de aprendizagem das crianas durante atividades de leituras de histrias literrias infantis realizadas pelas professoras em suas salas de aulas. Com efeito, diagnosticar e avaliar as prticas pedaggicas das educadoras em seu trabalho docente no ensino de leitura com gnerosliterrios infantis. 7- EXTRUTURA DA PESQUISAPrimeiramente o trabalho apresenta a Introduo, trazendo o tema da pesquisa e sua abordagem relacionada as dificuldades no ensino da leitura atravs da Literatura Infantil e seus efeitos positivos na vida da criana, bem como a justificativa, o problema, as hipteses, os objetivos gerais e especficos, a metodologia empregada e a organizao estrutural do trabalho No Primeiro Captulo aborda-se O Surgimento da Literatura Infantil no Cenrio Mundial, bem como abordando seu real conceito.No Segundo Captulo aborda-se a Literatura Infantil e a sua Funo Formadora com nfase na Linguagem Potica e sua Importncia na Formao do Leitor; A importncia das narrativas para as crianas; Os Contos de Fadas e o seu poder em formar bons leitores e Por que introduzir valores humanos atravs das Fbulas.No Terceiro Captulo aborda-se a Atuao do professor nas fases de desenvolvimento do leitor, bem como o seu papel do professor na seleo das histrias infantis em cada fase.

8- CRONOGRAMA ETAPAS DA MONOGRAIFAMAIOJUNHOJULHOAGOSTOPesquisa bibliogrficaX

Pesquisa de campo

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Anlise dos dados

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|MetodologiaX

Elaborao do trabalho

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Reviso gramatical e ortogrfica

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Reviso final

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|Entrega monografia