Como Estudar o Evangelho

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COMO ESTUDAR O EVANGELHO 1 Autor: FEB – Federação Espírita Brasileira 01 – Quem? São os personagens do texto que chegam até nós proporcionando-nos condições de identificá-los ou não em ângulos de nossa personalidade. Por exemplo: fariseus; saduceus; escribas; cegos; paralíticos; surdos; coxos; mortos; ou ainda um Nicodemos; um Zaqueu; ou um jovem rico. Incorporando-nos às figuras do próprio texto, habilitamo-nos a detectar em nós próprios, padrões ou atitudes, de ordem positiva ou negativa que lhe são peculiares, a nos sugerirem implementação de recursos ou mudanças de base, nas profundezas da alma. A partir daí o texto vivifica. Pela auto análise e na aplicação do “conhece-te a ti mesmo” levantamos caracteres peculiares àqueles personagens e que podem ou não estar presentes em nossa intimidades, tais sejam: hipocrisia; extremismo fanatizante; conhecimento não acionado; cegueira; paralisia ou surdez espirituais, ou quem sabe, nossa posição cadaverizada na indiferença ou na cristalização ante a dinâmica da vida. Evidenciam-se, também, o interesse e as inquirições de um “Nicodemos”, a determinação de um “Zaqueu”, em ver Jesus, as mudanças de um “Levi” ou o medo e a insensibilidade do “jovem rico”. 02 – Onde? Lugares e ambientes. O Mestre definia acontecimentos em locais didaticamente escolhidos. Jerusalém; Jericó; Samaria; Galiléia; Tiro e Sidon; Cesaréia de Filipo; Monte; recebedoria; junto do caminho; Tiberíades; vinha…, são “regiões” ou “ambientes” presentes na extensão territorial de nossa alma, a definirem moradas ou estados de espírito, ante a introjeção das citações do texto sob análise. Jerusalém – mente voltada aos padrões superiores da Vida; Jericó – cultivo de interesses materialistas ou transitórios; Samaria – posturas dogmáticas ou intransigências; Galiléia – simplicidade; Tiro e Sidon – desconhecimento dos padrões reeducativos mais avançados; são exemplos de moradas de trânsito ou de maior duração que costumamos escolher nas reencarnações. Monte – eleger momentos de elevação do espírito; Recebedoria – acomodação em pontos de culto ao egoísmo contumaz, utilização viciosa dos serviços dos outros para si; Junto do caminho – próximo, mas ainda fora dos valores espirituais; Tiberíades – equilíbrio, oscilações, empenho de arregimentação de valores no mar da vida. 03 – Quando? Tempo, circunstância. Os momentos em que se operam os fatos, ou as orientações oferecidas pelo Mestre estão sempre envolvendo ângulos relacionados com o tempo, abrindo perspectivas de registros importantes para o espírito. Dia – momento da claridade interior, do discernimento; Noite – às vezes cultivamos a treva da ignorância e nos acomodamos; Tarde – momento em que se completam estágios, períodos, provas, ou tempo concedido; Logo – a decisão e atitudes sem delongas, ao abraçar determinadas indicativas; Naquele dia – momento propício de cada qual em atendimento a tempo certo; Depois disto – sequência de fatos, sem amarras com a retaguarda; Inverno – fases de dificuldades; Sábado – fim de etapa, momento de aferição. 1 ABREU, Honório Onofre. Luz Imperecível. Estudo Interpretativo do Evangelho à Luz da Doutrina Espírita. União Espírita Mineira, 6ª ed. 2009.

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COMO ESTUDAR O EVANGELHO 1

Autor: FEB – Federação Espírita Brasileira

01 – Quem?São os personagens do texto que chegam até nós proporcionando-nos condições de identificá-los ou não em ângulos de nossa personalidade. Por exemplo: fariseus; saduceus; escribas; cegos; paralíticos; surdos; coxos; mortos; ou ainda um Nicodemos; um Zaqueu; ou um jovem rico.Incorporando-nos às figuras do próprio texto, habilitamo-nos a detectar em nós próprios, padrões ou atitudes, de ordem positiva ou negativa que lhe são peculiares, a nos sugerirem implementação de recursos ou mudanças de base, nas profundezas da alma. A partir daí o texto vivifica.Pela auto análise e na aplicação do “conhece-te a ti mesmo” levantamos caracteres peculiares àqueles personagens e que podem ou não estar presentes em nossa intimidades, tais sejam: hipocrisia; extremismo fanatizante; conhecimento não acionado; cegueira; paralisia ou surdez espirituais, ou quem sabe, nossa posição cadaverizada na indiferença ou na cristalização ante a dinâmica da vida.Evidenciam-se, também, o interesse e as inquirições de um “Nicodemos”, a determinação de um “Zaqueu”, em ver Jesus, as mudanças de um “Levi” ou o medo e a insensibilidade do “jovem rico”.

02 – Onde?Lugares e ambientes. O Mestre definia acontecimentos em locais didaticamente escolhidos. Jerusalém; Jericó; Samaria; Galiléia; Tiro e Sidon; Cesaréia de Filipo;Monte; recebedoria; junto do caminho; Tiberíades; vinha…, são “regiões” ou “ambientes” presentes na extensão territorial de nossa alma, a definirem moradas ou estados de espírito, ante a introjeção das citações do texto sob análise.Jerusalém – mente voltada aos padrões superiores da Vida;Jericó – cultivo de interesses materialistas ou transitórios;Samaria – posturas dogmáticas ou intransigências;Galiléia – simplicidade;Tiro e Sidon – desconhecimento dos padrões reeducativos mais avançados; são exemplos de moradas de trânsito ou de maior duração que costumamos escolher nas reencarnações.Monte – eleger momentos de elevação do espírito;Recebedoria – acomodação em pontos de culto ao egoísmo contumaz, utilização viciosa dos serviços dos outros para si;Junto do caminho – próximo, mas ainda fora dos valores espirituais;Tiberíades – equilíbrio, oscilações, empenho de arregimentação de valores no mar da vida.

03 – Quando?Tempo, circunstância. Os momentos em que se operam os fatos, ou as orientações oferecidas pelo Mestre estão sempre envolvendo ângulos relacionados com o tempo, abrindo perspectivas de registros importantes para o espírito.Dia – momento da claridade interior, do discernimento;Noite – às vezes cultivamos a treva da ignorância e nos acomodamos;Tarde – momento em que se completam estágios, períodos, provas, ou tempo concedido;Logo – a decisão e atitudes sem delongas, ao abraçar determinadas indicativas;Naquele dia – momento propício de cada qual em atendimento a tempo certo;Depois disto – sequência de fatos, sem amarras com a retaguarda;Inverno – fases de dificuldades;Sábado – fim de etapa, momento de aferição.

04 – Como?A resposta vem com os verbos do texto, para o que devemos atentar quanto ao tempo, modo, pessoa, a transmitirem a mensagem com exatidão, com propriedade.Saiu, viu, assentado, chegando, subindo, parando, pescar, correndo, caminhando.Posturas operacionais – saindo, vendo, chegando, subindo, parando (para continuar)…Posturas inertes ou indiferentes – quando paramos para analisar quem está assentado, clamando, pedindo.Atitudes, gestos. Residem também nos vocábulos que definem tais posições, inclusive os substantivos, advérbios ou adjetivos, elementos da maior importância que, devidamente dimensionados em seu sentido espiritual, oferecem as mais notórias sugestões para o processo reeducativo.

1 ABREU, Honório Onofre. Luz Imperecível. Estudo Interpretativo do Evangelho à Luz da Doutrina Espírita. União Espírita Mineira, 6ª ed. 2009.