Como fazer um eletrocardiograma

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Como fazer um eletrocardiograma Claudia Teles

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Como fazer um eletrocardiograma

Claudia Teles

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Introdução

• O coração atua como bomba hidráulica - envia o sangue oxigenado aos tecidos para cobrir as necessidades metabólicas e recolhe o sangue rico em CO2 com os produtos do metabolismo celular para que sejam eliminados do organismo.

• A sincronicidade das contrações das fibras musculares cardíacas é que resulta na eficácia da bomba

• A fonte de energia para esta atividade contrátil é a energia elétrica, e cada fibra cardíaca se comporta como um gerador elétrico - transforma a energia química gerada pelas trocas de íons na membrana celular em energia elétrica que é transformada em energia mecânica usada na contração celular.

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Célula cardíaca• Sarcolema é a membrana que envolve a célula

cardíaca e que pode estar em estado de repouso elétrico ou polarizada, ou em estadode despolarização. Entre essas duas fases há a repolarização

+ + + + + + + + + + + +

+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +

Repouso Despolarizada

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Célula cardíaca

• A diferença de voltagem entre as superfícies interna e externa da membrana cujo valor é de -90 mV em repouso chega a +30 mV na fase de despolarização. Essas alterações se dão graças à movimentação de íons potássio e sódio, e formam o chamado potencial de ação celular

• O somatório dos potenciais de ação formam vetores elétricos, que são usados na representação gráfica do eletrocardiograma.

• O processo de repolarização ventricular dirige-se do epicárdio para o endocárdio, perpendicularmente à parede ventricular.

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Vetores Cardíacos

• Vetor 1 septo médio – força resultante das despolarizações da região média do septo interventricular – vai da esquerda para a direita, de trás para frente e de cima para baixo. Ocorre a 10 ms do inicio da despolarização ventricular

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Vetores cardíacos

• Vetor 2 Septo baixo – resultante das despolarizações da região baixa do SIV, vai da direita para a esquerda, de trás para frente e de cima para baixo. Ocorre a 20 ms do início da despolarização ventricular

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Vetores cardíacos

• Vetor 3 - Ventrículo esquerdo – resultante das despolarizações simultaneas das paredes livres do VE e VD. Como a massa muscular do VE se sobrepõe à do VD, o vetor resultante dirige-se da direita para a esquerda e de frente para trás. Ocorre a 40 ms do inicio da despolarização ventricular

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Vetores cardíacos

• Vetor 4 – Póstero-basal – representa a resultante das despolarizações das regióes altas do SIV e das paredes livres dos ventrículos; vai para cima, para trás e algo para a direita. Ocorre a 60 ms do início da despolarização ventricular.

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Vetores

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Derivações precordiais ou horizontais

• V1 – quarto espaço intercostal direito na linha paraesternal

• V2 – quarto espaço intercostal esquerdo na linha paraesternal

• V3 – entre V2 e V4• V4 – quinto espaço intercostal esquerdo na linha

hemiclavicular• V5- quinto espaço intercostal esquerdo na linha axilar

anterior• V6 – quinto espaço intercostal esquerdo na linha axilar

média.

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Derivações que vêem a parede dorsal

• V7 – quinto espaço intercostal esquerdo na linha axilar posterior

• V8 – ponta da escápula esquerda • São usadas quando há presença de alterações

isquêmicas em D2,D3 e aVF para investigar infarto dorsal.

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Derivações que vêem o ventrículo D

• V3R – correspondente a V3 do lado direito do tórax

• V4R – quinto espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular.

• Usadas em vigencia de alterações isquêmicas em D2, D3 e aVF ou em condições clínicas de IVD aguda para pesquisar infarto de VD.

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Derivações frontais ou periféricas

• O plano frontal é um corte elétrico do coração no sentido vertical. Consta de três derivações bipolares (D1-D2-D3) e três derivações unipolares (aVR-aVL-aVF) sendo então identificável a direção do vetor cardíaco, para direita ou para esquerda e para cima ou para baixo.

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Localização das derivações periféricas

• D1 – mede a diferença de potencial entre dois eletrodos (pinças) colocados um em cada braço sendo o eletrodo + à esquerda. O pólo + de D1 é a esquerda

• D2 - mede a DDP entre dois entre dois eletrodos colocados na perna E e braço D sendo o + na perna. O polo + de D2 é em baixo.

• D3 – mede a DDP entre dois eletrodos colocados na perna E e no braço E, sendo o + na perna.O polo + de D3 é em baixo.

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Localização das derivações periféricas

• aVR – mede o potencial absoluto através do eletrodo + no braço direito. O + de aVR é à direita.

• aVL – mede o potencial absoluto através do ena pereletrodo + colocado no braço E. O + de aVL é à esquerda.

• aVF – mede o potencial absoluto através do eletrodo + colocado na perna E. O + de aVF é embaixo.

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Através dos vetores encontramos o Eixo Elétrico Cardíaco

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Deflexões do ECG e interespaços

Onda P- despolarização atrial, complexo QRS -despolarização ventricular, segmento ST e onda T -repolarização ventricular

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Calibração

• Coloca-se o aparelho em N e na posição cal aperta-se a tecla correspondente, para dar referência à amplitude das ondas.

N

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Corrente de lesão

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Hipertrofia ventricular

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Considerações

• Todo ECG deve ter calibração, deve ser identificado, conter a idade e sexo do paciente, bem como a data de sua realização.

• O paciente deve ficar deitado em posição totalmente relaxada, com o tórax desnudo, e todos os objetos metálicos devem ser retirados do paciente.

• O paciente deve ser limpo ao término do procedimento caso seja necessário uso de gel específico.

• O aparelho do ECG deve ser bem aterrado.