Como Se Tornar Um Webmaster

7/29/2019 Como Se Tornar Um Webmaster

1/262

Primeiramente queremos agradecer a Deus pois sem ele nada disto seria possvel.Em segundo lugar a todos os alunos e ex-alunos da Top Training Center, pois vemdeles nossa coragem para investir neste livro. No poderamos deixar de agradecerao nosso editor Srgio Martins que nos deu tanto apoio desde o comeo e aChanntropique Phonna Salgado pela reviso tcnica e dedicao durante um pero-do conturbado da chegada de um novo herdeiro.

minha esposa Mria pelos finais de semana nos quais precisei me dedicar aolivro. A meus pais e irmos.

A Ktia e Lourival pela ajuda nos captulos referente a Servidores de Redes e a

linguagem XML.Por fim, gostaria de agradecer a Top Training Center por todo o apoio duranteestes quatro anos em que sou seu funcionrio, uma empresa dedicada no objetivode levar a seus alunos o melhor em treinamento de Informtica.

Felizmente fao parte desta familia.

Agnaldo Lopes MartinsOrganizador


2/262


3/262

Tudo possvel quando as vontadesse unem em torno de um ideal comum.

No incio da dcada de 90, quando comeamos a viabilizar a criao da TopTraining Center, percebemos que teramos de competir com empresas quegozavam de grande prestgio na rea de treinamento em informtica.

Lembro-me muito bem da minha amiga Rijane Montalverne, brilhante profissionalda rea de treinamento e desenvolvimento de pessoas, falando: Gilson, se vocquer ter sucesso nesse mercado, encontre um diferencial.

Pois bem, e qual seria esse diferencial? At ento, curso de informtica era sin-nimo de turmas, carga horria e contedo programtico fixos. Onde poderamosfazer alguma diferena? A grande mudana que estava acontecendo naquela po-ca era o surgimento de turmas com apenas um aluno por micro. Na realidade, amudana no foi metodolgica e sim conseqncia da reduo do preo dos mi-crocomputadores. As aulas continuavam a ser em turmas e com carga horria fixa.Aprendendo ou no, o aluno era dispensado to logo o tempo estabelecido emcontrato fosse atingido.

Como conseqncia desse mtodo ainda hoje utilizado, quantas pessoas no a-prenderam a usar um microcomputador pelo simples fato de no lhes ter sido con-cedido o tempo necessrio para adaptao ao uso de um mouse? Quantas outrasse frustraram, aps participarem de cursos avanados, vtimas do mesmo modelo

de treinamento baseado em turmas e carga horria fixa. Eu mesmo, por mais deuma vez, senti essa desagradvel sensao.

Faltava uma evoluo no ensino da informtica: milhes de pessoas precisariamser treinadas no uso da mquina, exigindo-lhes habilidades que, at ento, sequerexistiam.


4/262

VIII Como se tornar um WEBMASTER

Privilegiados por termos observado que a grandemudana no ensino de informti-ca teria que atender a uma nica exigncia, o respeito individualidade do aluno,abolimos as turmas e flexibilizamos os horrios dos nossos cursos.

Como no dispnhamos na poca de material de leitura que nos ajudasse na con-solidao desse novo mtodo, empreendemos uma pesquisa intensa em sala deaula. Para tal, contamos com o apoio dos nossos milhares de alunos e dos colabo-radores diretos. No foram poucos os que contriburam tanto na metodologiaquanto na elaborao do material didtico que, atualmente, supera vinte e cincocursos entre bsicos e avanados.

A nossa grande misso, nestes oito anos de existncia da Top Training Center,tem sido aperfeioar o mtodo que respeita a individualidade do aluno, permitindoque ele absorva o conhecimento sem se preocupar com a rigidez imposta por umaturma ou carga horria prestabelecidas.

O sucesso tem sido to grande, que conseguimos nos colocar entre as mais con-ceituadas empresas de treinamento em informtica de Belo Horizonte, cidade ber-o dessa nova metodologia.

O mtodo, entretanto, no pra de evoluir. Agora mesmo, uma nova transforma-o se faz presente: estamos consolidando o MINI Mapeamento Individualde Necessidades de Informtica e o PACI Programa Avanado de Capa-citao em Informtica. Com esses dois novos produtos estamos esperanosos

de assumir, mais uma vez, a posio de vanguarda no ensino de informtica. Dei-xamos para trs o conceito de empresa de treinamento em informtica, para nostornarmos um centro de capacitao de pessoas. Maiores detalhes sobre essa novaetapa voc encontra em nosso site www.toptc.com.br ou mediante solicitaoatravs do e-mail: [email protected].

Quanto ao presente livro, smbolo maior da nossa gratido a todos aqueles que nes-ses oito anos confiaram em nosso trabalho, foi criado por ns para suprir a carnciaat ento observada de se encontrar, em um nico volume, praticamente tudo o quese precisa para a criao de um site profissional. O contedo foi organizado porAgnaldo Lopes, com base no nosso material de sala de aula, que, com grande compe-tncia e humildade, como lhe peculiar, foi capaz de organiz-lo, de forma a atenderno s o estudante quanto ao webmaster profissional. A ele, os nossos sinceros

agradecimentos por compartilhar conosco, mais uma vez, um pouco do que sabe.Lembremos, porm, que: indivduo e tecnologia caminham em velocidades diferen-tes. Quando um chega; a outra, fugaz, j se foi.

Gilson Brando ChebleDiretor executivo da Top Training Center


5/262

1

Com a tecnologia disponvel hoje, desenvolver um site ficou to fcil que at umacriana capaz de coloc-lo no ar de um dia para o outro.

A afirmativa acima verdadeira, mas se estivermos falando de um site profissio-nal, no s com a tecnologia que devemos nos preocupar. Diversos fatores pre-cisam ser considerados para que se consiga obter resultado.

Neste captulo, pretendo deixar os aspectos tecnolgicos de lado e abordar a questoda construo de sites sob a tica comportamental. Primeiramente a sua, enquantoWebmaster e em seguida a do seu cliente que, em ltima instncia, deseja um sitepara vender o seu produto ou servio, ou simplesmente divulgar o seu negcio.

Vendendo a si mesmoConceber, projetar, implementar e manter um site exige conhecimentos que trans-cendem os aspectos tcnicos. Daqui para a frente toda e qualquer empresa, enti-dade, organizao, profissional liberal, enfim, a sociedade como um todo necessi-taro estar presentes na Rede. Definir comportamentos sob a tica de quem criaum site e de quem encomenda tornou-se de fundamental importncia.

Comecemos ento por voc. Primeiramente, voc tem que vender a si mesmo edepois o seu servio. Como trabalhar a sua imagem e como vender um servio emque voc ainda no tem experincia? Acompanhe as dicas a seguir:

Fortalea seu currculoV fundo em tudo que voc estudar e se fizer um curso, saiba escolher. Verifiquese a empresa tem credibilidade no mercado, conhea os seus profissionais, o ma-


6/262

2 Como se tornar um WEBMASTER

terial didtico, procure informaes com ex-alunos e acima de tudo se lhe darosuporte aps o curso esclarecendo dvidas que certamente surgiro. No se deixeimpressionar pelo preo. Lembre-se de que treinamento investimento e como taldeve ser tratado. Um curso muito barato nem sempre lhe trar o retorno esperadodo investimento que voc fez. Da mesma forma, um curso caro no sinnimo desucesso garantido. Aja como se voc estivesse investindo um capital e como talavalie as reais possibilidades de retorno. Analise o contedo do curso, acompanheuma aula, converse com as pessoas que iro lhe transmitir os conhecimentos, faacontato com quem j fez o curso e, de forma isenta, avalie a sua opinio.

J presenciei muita frustrao de pessoas que se matricularam em cursos baratos,

mas com contedo ridculo e outros caros, com contedo imenso e muito tcnico,porm incompatveis com a carga horria e nvel de conhecimento do aluno que,ao invs de ajudar a quem estava iniciando, frustraram e encerraram prematura-mente uma carreira. Ao se matricular em um curso mal estruturado, no me preo-cupo se voc ir perder dinheiro ou tempo. Via de regra, o investimento em cursosde informtica no to alto assim que venha a desestabilizar financeiramentealgum. O mximo que pode acontecer voc ficar com uma desagradvel sensa-o de ver o dinheiro que voc suou tanto para ganhar ser desperdiado. No mepreocupo tambm se voc desperdiou tempo porque, no mnimo, voc adquiriuexperincia de como no se deve fazer um curso. O que me preocupa realmente o que pode acontecer com o seu estmulo. Ao se matricular em um curso, so assuas esperanas que esto em jogo e, se algo der errado, existe uma grande

chance de voc abandonar uma idia promissora. Portanto, pesquise cuidadosa-mente antes de se matricular. Com certeza voc saber distinguir os bons estabe-lecimentos de ensino daqueles que tm um comportamento meramente aventurei-ro ou mercantilista.

O fato de voc fazer um curso consistente na rea de desenvolvimento no lhegarante conhecimento eterno. Os cursos de atualizao devem estar em seus pla-nos. Estes cursos, alm de mant-lo atualizado, poupam-lhe tempo. No h dvidade que utilizar um computador, a cada dia que passa, torna-se mais fcil, pormesta facilidade tem estimulado os desenvolvedores de aplicativos a incorporar cadavez mais recursos. Um curso de quinze a vinte horas, muitas vezes realizado emmenos de uma semana, ir poupar-lhe muitas horas de estudo tentando desvendarrecursos que, com uma simples explicao em sala de aula, podem ser repassados

a voc. Lembre-se de que tempo um dos bens mais escassos da nova era e to-dos os recursos devem ser investidos por voc de forma que o mximo do seutempo dedicado ao trabalho seja investido no desenvolvimento dos sites.

Alm dos cursos, adquira o hbito de leitura

Manter-se atualizado o mnimo que qualquer profissional precisa para garantiro seu aperfeioamento. O mercado rico em boas publicaes sobre o assunto e


7/262

Alm da Tecnologia 3

na prpria rede voc ser capaz de encontrar muito material de leitura. Diversifi-que o seu conhecimento. No se prenda s a leitura tcnica. Uma cultura geral necessria para quem se prope a desenvolver sites. Lembre-se tambm de quea concorrncia, em qualquer segmento de negcio, cada vez mais feroz e abatalha se ganha com o conhecimento que se tem. Manter-se atualizado defundamental importncia, pois o conhecimento nessa rea torna-se obsoletomuito rapidamente.

Mantenha o foco

Se voc est determinado a ser um Webmaster, no pense que acontecer da

noite para o dia. Muito trabalho ser exigido de voc. Mas isso no diferente dequalquer profisso. Voc j viu engenheiro, mdico, carpinteiro ou serralheiro desucesso, sem esforo? Manter o foco significa concentrar todos os seus esforosnaquilo que voc estabeleceu como meta. O mercado para Webmaster est a, sua disposio e um dos mais promissores e generosos que existem. Voc tantopode ser o responsvel por um site de um profissional liberal como de uma grandeempresa. So milhes de clientes prontos para serem atendidos. Os limites, quemestabelecer ser voc.

Se voc j um profissional de uma outra rea, concilie as duas atividades, pelomenos durante algum tempo. Desenvolva os sites em horrios vagos, aps o ex-pediente e durante os finais de semana. Seja tico, no v desenvolver sites du-rante a sua jornada normal de trabalho, a menos que o site seja para incrementar

o seu prprio negcio, o que, por sinal, ser muito comum daqui para frente: ojornalista que mantm o seu prprio site, sem deixar de ser jornalista, o mesmoacontecendo com advogados, mdicos, engenheiros, dentistas, compradores, ven-dedores, psiclogos e todo tipo de profisso que se possa imaginar.

Crie um crculo de amizades em torno da sua profisso

A Internet bastante democrtica neste aspecto. Ningum sabe tudo e quem sabeadora compartilhar o seu conhecimento com quem possui afinidade com seu sa-ber. So inmeros os fruns de discusso tcnica, cheios de gente querendo trocarinformao. Por mais que se esforce, voc no ser capaz de saber tudo e atravsdesses contatos voc enriquecer o seu conhecimento sem gastar muito, s tro-cando informao. Neste aspecto, seja generoso, compartilhe o mximo que voc

sabe com os outros e descubra que quanto maior for essa sua generosidade maiorser o seu conhecimento. s conferir.

Zele pela sua aparncia

fato que a maioria dos gnios em informtica so meio desleixados. Se voc seenquadra na categoria dos gnios, OK, mantenha o desleixo, porm, se voc esti-ver na categoria dos normais, cuide do seu cabelo, da sua roupa e de tudo o


8/262


mais que contribua de forma positiva na imagem que voc vai passar. No mundodos negcios isso ainda influencia na deciso. E tem mais, ningum ir lhe dizerque no fechou o contrato com voc porque voc apresentava uma aparnciadesleixada. Mil e uma desculpas sero dadas sem que voc desconfie o motivoreal. Agora, no confunda desleixo com simplicidade. Voc pode estar vestido comroupas finas, porm a sua aparncia estar denotando um certo desleixo. Por outrolado, voc pode estar trajando roupas simples e, no entanto, refletindo elegnciano seu visual.

Seja disciplinado

Adquira o hbito de dividir o seu trabalho em trs partes: incio, meio e fim. Socomuns os casos de pessoas que iniciam um trabalho e deixam pela metade. Oucomeam pelo meio, sem considerar aspectos iniciais relevantes para o sucesso dosite.

Documente tudo que puder

Principalmente se o projeto for muito grande. Depois de algum tempo, tanto a suamemria quanto a do seu cliente tendem a falhar e, para evitar conflitos, docu-mente as etapas e tudo o que foi acertado. Com isso, voc evita usar s a mem-ria para saber se algo que no deu certo foi feito por interferncia sua ou do seucliente.

Controle os seus impulsosEm especial quanto ao investimento que ser necessrio para estruturar-se profis-sionalmente. Se voc est pensando em se estabelecer por conta prpria, cuidadopara no comear a investir em coisas inicialmente desnecessrias, como aluguelde sala, constituio de empresa, material de papelaria e coisas do gnero. Paracomear, at mesmo um microcomputador emprestado basta. Se voc est pen-sando em comprar um computador, no fique fascinado por aquele modelo deltima gerao, a menos que voc tenha como pag-lo sem se endividar. Sempreoriento os meus clientes que o melhor computador aquele que se pode pagar.Essa regra infalvel.

Crie uma reserva de capital para os momentos difceis, investimento em hardware,

software e em voc. Lembre-se de que tanto os equipamentos quanto os aplicati-vos que voc usa iro se tornar obsoletos. Voc ter que investir em material deleitura e cursos de aperfeioamento e, como todo negcio, existem meses que somelhores do que outros em volume de servio. Portanto, de toda receita que vocobtiver, separe uma parte para reserva.

Controle as suas despesas. Muito cuidado com dvidas de mdio e longo prazo. Setiver que se endividar, d preferncia por dvidas de curto prazo e que voc tenha


9/262

Alm da Tecnologia 5

previso de caixa para pagar. Cuidado com essas ofertas de capital com carnciapara pagamento. O pequeno empresrio muito suscetvel s variaes do merca-do e qualquer turbulncia capaz de inviabilizar a sua atividade.

Respeite o direito propriedade intelectual de quem criou ossoftwares

Diga no pirataria. Penso que os fabricantes que so os principais responsveispor ela, por praticarem preos de softwares exageradamente altos para a realidadebrasileira. Se tivessem uma poltica de preos razovel, haveria um grande deses-tmulo a essa prtica. Embora eles no faam a parte deles, faa a sua. Mantenha

sempre os seus softwares legais. No deixe, entretanto, de se indignar. Sempreque possvel, manifeste a sua opinio a respeito.

Conhecendo o cliente

Endereo, pessoas responsveis, produtos e servios, principais concorrentes,comportamento do mercado, situao na Internet, etc. Evite o desconforto de, nomomento de oferecer o seu trabalho, perguntar o que a empresa produz. Seja pr-ativo. Ao abordar uma empresa, v com uma proposta de trabalho semipronta.Faa um breve relato sobre a empresa, o mercado, os produtos ou servios, seusconcorrentes, possibilidade de atuao na Internet. Demonstre interesse, isso fardiferena.

Avalie os sites j existentesExplore isso na primeira reunio que tiver com o cliente. Se a grande maioria dossites for ruim, mostre-lhe que ele poder se destacar. Se os sites forem bons, mos-tre-lhe o quanto ele est ficando para trs.

Antes de fornecer qualquer preo, elabore um projeto

O projeto servir no s para que voc dimensione o tamanho do site, dando-lhecondio de fornecer um preo justo, como passar ao seu cliente segurana noseu trabalho. Este projeto deve ser exaustivamente discutido com o seu cliente.No fornea preo ou prazo sem que ele tenha aprovado o projeto. Por outrolado, cuidado para no ser usado. Com um projeto bem elaborado em mos,construir um site fica muito fcil. O perodo de elaborao conjunta do projetodeve servir de motivo para que a execuo do site seja com voc e no com oseu concorrente.

No crie falsas expectativas para seu cliente. Prometer-lhe que, com um site decomrcio eletrnico as suas vendas iro aumentar, isso, via de regra, se no foremimplementadas medidas adicionais, uma grande mentira.


10/262


Seja pontual tanto em reunies que forem marcadas quanto em prazos combina-dos. Lembre-se de que um cliente deve ser para a vida toda e no incomumperd-lo por falta de pontualidade.

Comece por criar o seu prprio site

Ele ser o seu principal carto de visita. No se esquea de mant-lo atualizado.Pior do que um site mal feito um site desatualizado. Seja exageradamente crticoe, se possvel, conte com a ajuda de amigos para avaliar no s o design quanto ocontedo e a funcionalidade do mesmo.

Especialize-seIdentifique um mercado em que voc pretenda atuar. Por exemplo: jornalismo,recursos humanos, medicina, odontologia, advocacia, engenharia, contabilidade,lojas de ferramentas. Esforce-se por tentar conseguir mais de um cliente em umdesses ramos de negcio. Isto transmitir segurana a seu cliente alm de permitirque voc se torne um especialista.

Identifique os melhores sites do mercado

Visite-os e conclua porque so os melhores. Observe a distribuio dos frames, osmenus, as combinaes de cores, tamanho de fontes, figuras. Faa uma cpiapara servir de modelo. Na Internet, a mxima nada se cria tudo se copia bas-

tante vlida. Na minha opinio, pessoas que realmente criam na Internet so pou-cas. A maioria, no fundo, copia a idia de outro. Eu no vejo nada de mal nisso,principalmente se quem estiver copiando for um iniciante.

Identifique tambm os piores sites e tenha conscincia do porqu so os piores.Eles sero teis a voc ajudando a definir as principais regras de como no sedeve fazer um site.

Crie no seu site um portflio dos servios que voc j realizou

Mas e se voc est comeando, colocar o qu no site? Se voc ainda no tem ne-nhum site para apresentar, j est perdendo tempo. Corra atrs. Crie, pelo menosquatro sites, nem que sejam de graa. Voc tem que ter algo para apresentar. O

que no falta cliente. s pesquisar em catlogo telefnico, nos classificados dejornais, comerciantes do bairro onde voc mora, clubes, escolas, amigos, parentes,amigos dos amigos, enfim, s uma questo de correr atrs.

Mas, se mesmo depois de correr atrs voc no arranjou nenhum cliente, faa oseguinte. Lembra daquela dica que eu dei sobre identificar os piores sites? Poisbem, refaa alguns desses sites e apresente para os proprietrios. Provavelmen-te um deles ir lhe contratar. Se mesmo assim voc no conseguiu nenhum cli-


11/262

Alm da Tecnologia 7

ente, ento um parceiro bom de venda lhe ser muito til. possvel que voctenha habilidade para desenvolver sites, mas nenhuma para vendas. Isso bemnormal.

Nos sites que voc criar, tome todo o cuidado com o contedo

No objetivo do presente livro tratar do contedo, porm no existe nada maisterrvel do que um site com um portugus de baixo nvel. Se voc no domina oidioma, trate de arrumar um parceiro que domine.

Voc observou que em pouco tempo j falei de dois parceiros? Parceiro de vendas

e de contedo. V se acostumando com isso. Os bons profissionais da Internettrabalham em parceria. A Rede que em princpio parece ser de computadores, narealidade de gente. Por trs de cada computador conectado na Internet tem, nomnimo, uma pessoa e olha que so milhes de computadores na Rede. Se vocfor habilidoso em alguma coisa, certamente far parte de uma rede restrita deprofissionais que desenvolvem sites no mundo inteiro.

Por falar no mundo inteiro, trate de desenvolver o seu ingls e sem deixar de ladoo espanhol. Internet sem ingls fica muito limitada. O consolo que voc no pre-cisar tanto de fluncia verbal nem de um ouvido muito apurado. Se souber ler eescrever j ajudar bastante.

Esquea da carteira de trabalho

Se nas demais reas est cada dia mais difcil o empresrio manter pessoas naempresa com carteira assinada, na Internet nem se fala. Lembre-se de que asempresas so cada vez mais virtuais. Sem escritrios, gerncias, subordinao ecoisas desse tipo. Eu sei que muito difcil para voc, leitor, ouvir isso. A maioriadas pessoas que comprou esse livro o fez na esperana de se tornar um Webmas-ter e, em seguida, arrumar um emprego bem seguro. S que no estou aqui parailudir voc. Uma nova ordem mundial se estabeleceu e o Brasil no tem como ficarfora dela. Haver abundncia de trabalho e escassez de emprego. Na Internettudo surge to rpido quanto desaparece. assim que as coisas acontecem. Tra-balhar para um cliente localizado a milhares de quilmetros bem natural. Trata-se de um mundo virtual e sem fronteiras.

Mas se voc da turma que pretende arranjar um emprego, no esquea de ela-borar um currculo bem feito. Muita gente j perdeu boas oportunidades por falhana apresentao do currculo. Se voc no sabe elaborar um, consiga algum paraajudar. Outra dica a prpria Rede. Existem diversos sites onde voc pode secadastrar oferecendo os seus servios.


12/262


No abandone o seu cliente

H uma tendncia muito grande de, uma vez realizado o servio, esquecer o clien-te e partir em busca de outro. A falta de assistncia, alm de deixar o caminhoaberto para o seu concorrente, trar prejuzo para voc mesmo. O site vai ficandodesatualizado, voc no poder indic-lo como referncia, alm de perder a opor-tunidade de ter uma receita mensal fixa para mant-lo. Embora seja do seu clien-te, trate o site como seu. Nunca o abandone. Pense nele como se fosse seu filho.

Esforce-se por criar e manter uma carteira de

clientesNo fique como um louco correndo atrs de novos clientes enquanto abandona osque voc j conquistou. Estudos j provaram que manter um cliente muito maisbarato do que conquistar um novo e pior do que isso saber que um cliente seufoi conquistado por outro no pela competncia dele, mas porque voc no seesforou para mant-lo.

Desenvolvimento sob a tica do clienteVamos falar agora sobre o desenvolvimento do site sob a tica do seu cliente.Como j frisamos anteriormente, Internet ainda no algo que esteja muito claro

na cabea da maioria dos empresrios. Alguns tm um site simplesmente por ter,outros, mais ousados, devido esperana de que vo aumentar as suas vendas.Saber orientar o seu cliente fundamental. Se ele for mal sucedido possivelmentevoc estar perdendo um cliente alm de ser atribuda a voc parte do insucessodele. Lembre-se de que se ele o est contratando porque acredita que voc capaz de orient-lo da melhor forma possvel. A nossa abordagem ser para pes-soas que esto comeando e que, de um modo geral, tero acesso a oportunida-des que surgiro em pequenos negcios.

A maioria dos empresrios no tem ainda a real dimenso de onde a Internet este onde ir chegar. Via de regra, um site no tratado como algo que deve estarinserido no planejamento estratgico da empresa: muitas tm um site porque,hoje em dia todo mundo tem que ter. Quebre esse paradigma. O seu cliente

deve estar convencido de que o site deve ser to importante quanto a abertura deuma filial, uma campanha publicitria, etc. Em um site ele poder organizar infor-maes que estaro disposio de clientes, fornecedores, colaboradores, vinte equatro horas por dia.

Um dos grandes mercados da Internet dos profissionais liberais e a grande maio-ria deles no se d conta do quanto um site seria importante para eles. Informa-


13/262

Alm da Tecnologia 9

es sobre o seu currculo, fotos do seu consultrio, principais trabalhos realizados,dicas para seus clientes so coisas que fazem a diferena e, se bem trabalhadas,no custam caro colocar no ar.

Ao iniciar um trabalho, o seu cliente ter que definir se o projeto ser de uma Intra-net, Extranet ou Internet. Intranet quando o site exclusivo para uso da empresa,onde ela ir veicular informaes que interessam s a seu pblico interno. Extranet uma Intranet que a empresa disponibiliza para clientes, fornecedores e demais par-ceiros de negcio que tero acesso mediante senha. A Internet j de amplitudemaior. Qualquer um que esteja conectado Internet tem acesso. O fato de se teracesso ao site, no significa que se ter acesso a todas as informaes disponveis.

Para aquelas que forem de uso restrito, basta implementar senhas de acesso.Site institucional ou de comrcio eletrnico

Institucional o site que s vai veicular informaes. No haver transao comer-cial. Estamos falando de mais de noventa por cento dos sites, portanto, um exce-lente negcio. Obrigatoriamente dever conter informaes histricas sobre a em-presa, localizao, endereos e telefones, produtos ou servios comercializados,fotos, relao de clientes e demais informaes significativas.

No caso de um site de comrcio eletrnico, alm dos aspectos institucionais, deve-r ser levado em considerao: a segurana da transao, os meios de pagamen-to, os direitos e deveres das partes, a logstica de estoque e entrega dos produtos.

recomendvel que a empresa primeiro desenvolva o seu site institucional para sdepois entrar na rea de comrcio eletrnico. Com isto ela estar priorizando mu-danas culturais antes das estruturais. Ao passar a vender pela Internet, na reali-dade, tanto a estrutura interna quanto a externa estaro sendo alteradas. Estarecomendao vlida tambm para voc. Comece por desenvolver sites institu-cionais. No v assumir um compromisso com a construo de uma loja na Inter-net sem experincia. Se surgir uma oportunidade, consiga um parceiro experienteque, alm da transferncia da tecnologia, ser capaz de transmitir a voc a segu-rana necessria para dar os primeiros passos.

Desmistifique a venda de produtos ou servios pela

InternetNo tudo que pode ser vendido pela Rede, principalmente no Brasil. importan-te lembrar que estamos num pas abaixo do equador. Acompanhe o meu racioc-nio: imagine que voc mora l nos confins do mundo, tipo Finlndia, inverno,temperatura 20 abaixo de zero. Neste caso, uma Internet at que vai bem. Voc,de dentro do seu quarto, escolhe confortavelmente um livro da sua preferncia,


14/262


paga com o seu carto de crdito e aguarda a chegada. Pense agora em termosde Brasil, pas tropical, corpos morenos, sarados, temperatura sempre agradvelem qualquer estao do ano. Existe coisa mais gostosa do que sair de casa, entrarnuma livraria, conversar com os vendedores, folhear os livros de sua preferncia,antes de voltar para casa aproveitar para tomar um chope ou um refrigerante e sedepois de tudo isso voc se lembrar, ainda comprar o livro que voc estava procu-rando? No interprete com isso que sou de opinio que no Brasil a venda de livrospela Internet no dar certo. No bem assim. Dar certo se for possvel agregarvalor venda, se houver diversificao de produtos e se for bem analisado onde omercado consumidor estiver localizado. Muitas das compras atuais pela Internetso movidas pela curiosidade e outras pela vaidade de dizer que fez a compra pelaRede. Quando a compra estiver sendo realizada por necessidade, a a venda vaideslanchar.

Antes de se iniciar o projeto de venda pela Internet deve-se considerar o potencialde venda dos produtos ou servios, onde est localizado o mercado comprador,quais os hbitos de consumo, se o cliente alvo consumidor final, revenda ou am-bos. As respostas a essas perguntas que definiro o sucesso ou no do comrcioeletrnico. Voc compraria sapatos pela Internet? Se for para seu uso pessoal talvezno, mas se voc fosse dono de uma sapataria provavelmente sim. Voc comprariapizza pela Internet? Provavelmente no. to fcil pegar o telefone e ser atendidopor uma pessoa do outro lado da linha. A Internet s ser concorrente do telefonena venda de pizza quando as pizzarias colocarem o atendimento automtico: para

uma pizza calabresa disque 1, para uma pizza de frango disque 2...Em termos de Brasil, por enquanto, os mercados promissores de comrcio eletr-nico ficaro restritos venda entre empresas, o chamado B2B, pelo fato de que asempresas tm mais facilidade de padronizao de produtos. No caso da vendadireta ao consumidor, o chamado B2C, a divulgao de informaes sobre produ-tos e servios que permitam ao cliente conhecer previamente o que ser adquirido,como os pacotes tursticos, representam os principais mercados.

E este mercado imenso. Voc j parou para pensar o quanto as empresas podemdisponibilizar de informao na Rede sobre os produtos ou servios que vendem, aum custo quase insignificante se comparado a outros meios de divulgao? maisinteressante usar as tecnologias disponveis no para efetivar a venda e sim para

apoi-la, permitindo tanto a troca preliminar quanto posterior de informaes acer-ca da transao comercial. O grande negcio ser usar a Internet para substituirou complementar os canais de venda existentes, deixando a venda efetiva na modo vendedor. Nenhum computador, por mais evoludo que seja, ter a capacidadede convencimento de um vendedor. Isto acontece com o telefone, com o jornal,com a televiso. Com a Internet no ser diferente. Um anncio no jornal despertao interesse do comprador que usa o telefone para obter informaes. Se do outrolado da linha no houver um profissional preparado para fechar a venda, no ser


15/262

Alm da Tecnologia 11

o anncio ou o telefone que faro. Fique atento porque esse foi e sempre ser ogrande negcio da Rede: divulgar informao. A venda propriamente dita, deixepor conta de algum.

Mas existem tantas histrias de empresas que esto vendendo no mundo inteiroutilizando a Internet. Voc pode estar fazendo este questionamento e temos queadmitir que verdade. S que o propsito do presente livro, como j afirmamosanteriormente, no analisar esta realidade por ser muito distante de algum queainda est buscando conhecimento de como se tornar um Webmaster. Esta reali-dade est restrita a estruturas gigantescas, que envolvem milhes de dlares eque funcionam no por elas e sim por uma mquina poderosa que est por trs.

Para a realidade de quem est comeando, tenha uma viso globalizada da Inter-net, porm implemente solues locais. Vou contar-lhe uma histria: H uma mar-ca de perfume italiano que muito me agrada. Certa vez procurei este perfume emlojas tradicionais e como o preo era alto, coloquei o desafio de compr-lo via In-ternet. Num primeiro momento pesquisei em sites nacionais e verifiquei que novalia a pena a compra porque o preo estava igual ao das lojas tradicionais. Penseiento em adquiri-lo no exterior. As minhas pesquisas, a princpio, se deram emsites da Itlia, porm a compra no foi possvel por que no faziam vendas para oBrasil. Comecei ento a pesquisar sites nos Estados Unidos. Depois de muita pes-quisa, cheguei a um site do jeito que eu queria: tinha o perfume, vendia por cartode crdito, entregava no Brasil e o mais importante, o preo era a metade do queeu havia visto no Brasil. Que sensao agradvel de vitria. S que eu no contavacom uma coisa, o preo do frete. Ao incluir o frete, o perfume saa por trs vezes opreo do que eu encontrei no Brasil. Concluso: adianta ter um produto vendana Internet dessa forma? claro que no. Voc deve estar curioso para saber seeu comprei o perfume, ou no, e onde. Pois bem, um dia eu conto o final dessahistria. Por ora o importante que voc perceba a importncia de se ter visolocal, no se esquea disso.

No so poucos os fracassos de visionrios que implementaramshopping center na Internet e se deram mal

E por que isso aconteceu? Porque pensaram que bastaria construir uma estruturade lojas, captar os lojistas, colocar os produtos nas lojas e divulgar o shopping,porm esqueceram do mais importante: colocar vendedores nas lojas. Quebraram,e salvo rarssimas excees, quebraro todos os que se lanarem nesse tipo deaventura. Sou radicalmente contra esse negcio de achar que Internet faz milagreno mundo dos negcios. No faz! Ponha na cabea do seu cliente que quem vende vendedor. Se ele quiser colocar um shopping center na Internet pode contar comvoc, mas antes ter que apresentar-lhe um estudo de como ser a estrutura devendas e de onde viro os recursos para bancar os custos de manter a loja no ar.


16/262


No existe site perfeito ou ideal

O seu cliente deve ser conscientizado disso, at mesmo porque o design, por maisbonito que seja, acaba cansando. O refinamento sucessivo do site deve estar bemclaro para o seu cliente. Alerte-o sobre a importncia de manter o site atualizado.Existe coisa mais desagradvel do que um site veicular uma tabela de preos oupromoo com data de validade de trs meses atrs ou um banner anunciando umevento realizado no ano passado? Lembre-se de que site atualizado importanteno s para ele como para voc. A atualizao exigir a prestao de servios e claro, se voc realizou um bom trabalho, este servio ser prestado por voc.

O design tambm precisa ser atualizadoPelo menos a cada seis meses, proponha a seu cliente mudana no visual do site.Compare com uma capa de revista, que a cada edio tem mudanas sem perdera sua identidade. No espere que ele o chame para realizar a mudana. Antecipe-se regularmente, apresentando-lhe sugestes. Se voc fizer esse trabalho comcompetncia e regularidade voc adquire a confiana do seu cliente e transforma-oem um cliente cativo. Quer coisa melhor do que isso?

Alerte o seu cliente de que um site no um fim em si mesmo e to dinmicoquanto a sua prpria empresa. Uma vez pronto, no se pode ter a sensao demisso cumprida, muito pelo contrrio, para que d resultado precisar de aten-o permanente. No admita aquela famosa frase em construo nem mesmo

para link. Est ou no construdo. Se no estiver no faa nem meno. O mxi-mo admissvel um link a uma pgina com pouco contedo. Por exemplo: vocpretende colocar um mapa bem detalhado mostrando onde a empresa est loca-lizada. Enquanto voc no consegue esse mapa, pode descrever como chegarat a empresa.

No adianta nada fazer um site e no divulg-lo

como colocar um escritrio em uma sala no vigsimo andar de um prdio e nocriar nenhum mecanismo de divulgao. Algum vai saber que ele existe? claroque no. Com o site a mesma coisa. A divulgao deve ser feita atravs de maladireta para os clientes, em catlogos telefnicos, nos papis de carta, em jornais,em outdoor, atravs de vendedores e em tudo o mais que possa fazer com que o

site se torne conhecido, lembrando que a Rede por si s j um grande veculo dedivulgao.

Entretanto, essa divulgao pela Rede j est ficando saturada. No seu incio atque era fcil encontrar alguma coisa atravs de sites de busca. S que hoje estarealidade j no bem assim. Devido ao seu crescimento j existem casos espan-tosos de ao se fazer uma busca aparecerem duzentos mil endereos.


17/262

Alm da Tecnologia 13

Estimulando o visitante

O pblico interno da empresa deve ser estimulado a visitar o site regularmente e aapresentar sugestes para melhor-lo. Eles, por estarem em contato direto com ocliente e por conhecerem a realidade da empresa, podem contribuir de forma con-sistente para o aprimoramento do site. O outro aspecto importante cultural. Aoestimular a visita ao site, estamos trabalhando a cultura interna da empresa quecomea a ser alterada para se adaptar a essa nova realidade.

Voc j viu alguma loja sem gerente?

O site no diferente. O seu cliente deve definir quem ser o Gerente responsvelpelo site. Alm de voc ter na empresa um canal aberto com quem conversar, oseu cliente ter de quem cobrar resultados internamente.

Quando o seu cliente quiser saber quanto vai custar o site,conduza-o a pensar quanto ser o Investimento

Um site no deve ser considerado como um custo e sim como investimento. Na rea-lidade, um site deve ser comparado a uma Unidade de Negcio. Atravs dele serorealizados negcios. Ao se pensar numa Unidade de Negcio deve-se estabelecer umplano de metas, avaliar o quanto ser necessrio investir para a sua implantao,quais os seus custos de manuteno e qual o retorno esperado. Com um site nodeve ser diferente. Todas essas etapas devem ser levadas em considerao.

Uma das grandes dificuldades ser colocar preo nos seus servios

bom lembrar que nessa rea tem preo para tudo que gosto. At mesmo por-que o preo depender do nmero de pginas, quantidade de figuras, recursos aserem implementados. O que voc no pode perder de vista que se voc estiniciando, o seu preo no poder ser superior ao de uma empresa j conhecida nomercado. Passada essa fase inicial, no tenha dvida de que voc encontrar umpreo justo que remunere o seu trabalho.

Estabelea um cronograma fsico financeiro

Defina alguns marcos onde sero estabelecidas metas que voc ter que atingir eque, em contrapartida, o seu cliente ter que fazer desembolso correspondente

para remunerar o seu servio. De um modo geral os pagamentos so efetuadosem trs vezes. Um no incio dos trabalhos, outro quando o site entrar no ar e oltimo trinta dias aps.

Segurana nas transaes

No vou me estender nesse assunto, pois ele ser abordado nos captulos que seseguem, entretanto, podemos tecer alguns comentrios: a cada dia que passa a


18/262


segurana aumenta e se forem tomadas algumas precaues, essa segurana absoluta tanto para o comprador quanto para o vendedor. As estimativas de vendapela Internet alcanam cifras astronmicas estando por trs grandes organizaesque tm todo o interesse em que a transao d certo. Se por trs da transaohouver um site seguro, uma operadora de carto de crdito ou uma instituiobancria forte, v sem medo. Havendo algum problema, eles assumem toda res-ponsabilidade, pois no tm nenhum interesse em divulgar falhas no sistema.

Hora de seguir

As recomendaes anteriores no so tudo, mas j indicam um bom caminho para

quem est iniciando. A sua absoro se dar com o tempo e medida que vocadquire experincia. Recomendo a releitura do presente trabalho em momentosdiferentes da sua vida profissional. Com isso, voc se tornar um campo experi-mental para a maioria dos comentrios feitos.


19/262

15

Agora que j falamos bastante sobre o funcionamento da Internet como uma fer-ramenta de apoio s empresas, passaremos a um outro aspecto: os servidoresonde nossas aplicaes sero executadas.

Daremos nfase prtica a dois sistemas operacionais: Windows 98 (com o PersonalWeb Server) e Windows 2000 Server (com o Internet Information Server). Iremoslhe apresentar como instalar os aplicativos que transformam o seu computadornum servidor Web. Provavelmente voc j deve estar familiarizado com algumdeles (ou com os dois), e nossas explicaes iro partir do princpio de que voc jpossui um dos dois instalado em seu computador.

Os sistemas propostos no livro (Loja virtual e Controle de estoque) foram escritosna plataforma ASP (Active Server Pages), com isto, voc ir precisar do WindowsNT (2000) ou Windows 98 (Me) para executar os cdigos com sucesso. No entan-to, como o desenvolvimento da informtica muito veloz, talvez, durante o desen-volvimento deste livro, outros sistemas operacionais provavelmente j executemcdigos em ASP.

Introduo aos servidoresServidores de rede j so velhos conhecidos no mundo da informtica. At certotempo atrs eles eram vistos como verdadeiros monumentos da empresa, ficavamem salas geladas, com acesso restrito e paredes revestidas em chumbo (no pense

que exagero). Porm, recentemente, eles comearam a ganhar terreno atmesmo em nossas mesas de trabalho. Como um dos principais fatores desta mu-dana radical est o fato de que desktops atuais possuem um grau de potnciainimaginvel h at bem pouco tempo.


20/262


Um dos tipos de servidores mais disseminados no mundo da informtica so osservidores de arquivos e bando de dados. Atravs deles podemos ter um alto graude concentrao do processamento que envolva armazenamento e recuperao deinformaes. Um outro exemplo tpico so os servidores de impresso, apesar deestarem perdendo terreno no mercado (vamos acabar com os papis?) ainda somuito utilizados.

Uma nova modalidade de servidor est surgindo com extrema velocidade. So osservidores de Intranet. Provavelmente voc j deve ter ouvido falar sobre eles. Atarefa aqui prover a rede interna da empresa de recursos vistos apenas na Inter-net. Atravs deles podemos executar scripts, acessar endereos na web (proxy),

ler nossos correios entre outros diversos recursos.Vrias so as caractersticas dos equipamentos que podem executar as tarefasdesignadas a um servidor de Intranet, tudo ir depender de qual performance requerida pela rede. Um equipamento Pentium100, 32Mb e winchester de 1Gb,juntamente com o sistema operacional LINUX pode ser um bom comeo. Masquando estivermos falando em um ambiente empresarial (como um provedor deacesso) precisaremos de algo bem mais robusto.

Nos prximos tpicos explicaremos o funcionamento dos sistemas operacionaisWindows 98 e 2000 Server. Tentaremos ser o menos parcial possvel pois nossoobjetivo aqui no avaliar e sim capacitar voc a tomar a melhor deciso poss-vel para o seu caso em especial. Tentaremos lhe repassar todo o conhecimento

necessrio para, por exemplo, decidir por um provedor em detrimento de outro.Outro detalhe sobre este captulo que no ensinaremos como utilizar todo osistema operacional, mostraremos apenas o necessrio para que voc executesuas pginas.

Estrutura do funcionamento das pginasdinmicas ASPPginas dinmicas (ASP/CGI, etc.) esto se tornando to comuns como as em puroHTML. Atualmente as empresas necessitam de sites que possam ser atualizados,se possvel, diariamente.

A estrutura interna de funcionamento das pginas dinmicas em ASP pode sercompreendida pelo esquema da Figura 2.1.


21/262

Configurando um Servidor de Internet 17

Figura 2.1

Como podemos ver no esquema da Figura 2.1, o servidor recebe uma solicitaode pgina para que seja enviada ao cliente, se a pgina contiver a extenso .asp,ela ser processada pelo servidor, que envia apenas o resultado do processa-mento.

Isto permite que, por exemplo, a pgina em ASP faa um acesso a um banco dedados, realize uma consulta, e envie o resultado para a tela do usurio cliente.

Nos computadores com Windows 98 este processo conseguido atravs da insta-lao do Personal Web Server (o qual ser mostrado mais adiante). J no WindowsNT ou 2000, voc precisar instalar o Internet Information Server.

A grande vantagem de se utilizar o ASP que ele torna simples o desenvolvimento

de aplicativos completos para a Web. Isto possvel porque o prprio PWS umaDLL a qual permite que novos recursos sejam criados e instalados sobre a formade componentes.

A utilizao de componentes prontos uma idia antiga na computao. No entan-to ela s foi possvel graas ao desenvolvimento de um novo paradigma conhecidocomo Orientao a Objetos. Atravs dos objetos foi possvel aos desenvolvedorescriarem componentes com uma infinidade de funes, os quais podem ser disponi-bilizados para outros programadores em forma de DLLs para serem utilizadas jun-tamente com o programa principal.

Este o grande trunfo do ASP. Quando voc comear o captulo sobre ASP,ver que em sua base de funcionamento esto os componentes, os quais so

instalados no servidor (por exemplo, o seu provedor). As suas pginas em ASPiro acessar estes componentes prontos, e atravs deles poderemos: acessarbanco de dados, enviar e-mail, obter informaes sobre o servidor, e dezenasde outras funcionalidades as quais s dependem do desenvolvimento de novoscomponentes.

Cliente solicita pginasASP

Servidor devolve pgina em

HTML (processada)


22/262


Desenvolvimento de novos componentesUma rea crescente no universo Windows o desenvolvimento de componentespara serem utilizados com o servidor web. Atravs destes novos componentes osprogramadores podem dar recursos inimaginveis aos desenvolvedores ASP. Paraque voc possa criar seus prprios componentes, voc precisar investir em lin-guagens de desenvolvimento como Visual Basic ou Delphi.

Windows 98/MilleniumUma das principais caractersticas deste produto a sua simplicidade de utilizao(apesar de sua complexidade interior). Ou seja, qualquer usurio com um poucomais de facilidade no trato com a informtica poder tirar proveito dos seus in-meros recursos.

Voc que ir trabalhar como Webmaster possivelmente utilizar o Windows 98para testar suas pginas. Todos os cdigos que apresentamos neste livro socompatveis tanto com o Windows 2000 Server quanto com o Windows 98. Naverdade, uma Intranet com este sistema operacional extremamente fcil de sermontada. Voc poder utiliz-lo para sua fase de testes antes da implantao finalde outro sistema operacional.

Conexo com a InternetUm dos novos recursos do Windows 98 a sua capacidade de compartilhar umaconexo com a Internet. Atravs dele voc poder, por exemplo, com apenas umaconexo, disponibilizar o acesso com todos com computadores da rede. Se a sualinha for ISDN ou utilizar qualquer outra tecnologia de Banda larga, voc ter exce-lentes resultados.

Instalando o PWSOutro recurso interessante a possibilidade de transformar o seu Windows 98em um servidor de Intranet. Isto possvel graas a um programa chamado PWS

(Personal Web Server), o qual acompanha o CD do Windows. Com ele voc po-der testar todas as suas pginas (inclusive as ASP) antes de envi-las para oprovedor.

A seguir, temos os passos para que voc instale o PWS em seu computador comWindows 98. Ser necessrio que voc possua o CD-ROM original que contm apasta add-ons com o PWS dentro dela.


23/262


Figura 2.2 Insira o CD do Windows 98, clique no boto Iniciar e v at a opoExecutar. Digite a linha de comando como mostrado.(Substitua a letra E: pela letra da sua unidade de CD)

Aps iniciada a instalao, voc ter uma tela semelhante mostrada na Figura 2.3.

Figura 2.3 Nesta tela inicial voc pode ver quais so os recursos includos no PWS.Clique emAvanar.

Figura 2.4 Clique em Tpica e em seguida emAvanar.


24/262


Agora temos o passo mais importante. Voc dever informar o nome da pasta queconter os seus arquivos de pginas, ou seja, nem todo o computador estar dis-ponvel para ser acessado via HTTP, mas apenas a pasta informada aqui. No nossoexemplo utilizaremos C:\ASP, a qual ser criada no seu winchester.

Figura 2.5 Informe o nome da pasta que funcionar com o servio de www.Ela ser de grande importncia para que nossos arquivos em ASP sejam executados.

Figura 2.6 Aps alguns instantes clique em Concluir e seu computador jestar pronto para executar o servidor www.


25/262


Configurando o Personal Web ServerAps reiniciar, o computador j estar pronto para executar suas pginas.

Figura 2.7 Este o cone que mostra que o PWS est em execuo e pode serencontrado prximo ao display do relgio.

Figura 2.8 Clicando duas vezes sobre o cone do PWS ele ser mostrado em execuo.Aqui voc j pode ver a pasta onde voc ir armazenar os seus arquivos e o endereo a ser

chamado no navegador.

Perceba que temos o endereo http://Desenvolvimento que ser utilizado paraacesso s pginas que esto dentro de C:\ASP. Ou seja, aps salvar suas pginasdentro da pasta C:\ASP, basta digitar o endereo no browser que ela serexecutada.

No entanto, uma alterao ser necessria. Precisamos informar que os cdigosem ASP devero ser executados (e no simplesmente lidos). Para fazer isto siga os

passos adiante: Clique emAvanado Em seguida em Editar Propriedades Marque a opo Executar

Caso voc queira trocar o nome do seu servidor, basta acessar o cone de Redeno painel de controle, entrar em Identificao e informar o nome desejado.


26/262


Figura 2.9 Trocando o nome do servidor.

Este nome do computador ser utilizado quando voc for testar suas pginas.

Testando o servidor

Aps a instalao voc poder testar o funcionamento. Abra o navegador e digite onome do seuservidor. Veja no exemplo:

Figura 2.10 Caso a pgina seja carregada, o seu servidor est pronto para executar suaspginas. (Voc no precisar estar conectado Internet).


27/262


Criando subpastasNos captulos sobre programao e ferramentas, muitos cdigos devero ser cria-dos. Talvez o ideal seja voc criar subpastas dentro da pasta principal do PWS.Com isto voc conseguir organizar de maneira eficiente os testes a serem realiza-dos.

Para acessar os cdigos dentro da subpasta voc poder utilizar o seguinte cami-nho: http://desenvolvimento/subpasta/nomedoprograma.asp

Onde desenvolvimento dever ser substitudo pelo nome que voc deu ao seu

servidor e subpasta pelo nome da pasta que voc criou.No Windows 98 isto tudo o que voc ir precisar para executar suas pginas.Vamos ao Windows 2000 Server.

Windows 2000 ServerAgora estamos realmente falando em um ambiente srio para o trabalho corporati-vo. Na verdade no Windows 98 temos uma maior simplicidade no desenvolvimentoe teste das nossas pginas, mas quando precisamos de performance, no temjeito, temos que partir para o servidor Windows 2000, ferramenta prpria paragerenciar grandes volumes de transaes.

A verso anterior ao Windows 2000 foi o Windows NT 4.0 a qual ficou durantevrios anos no mercado. No entanto, o ambiente NT precisava realmente de algu-mas melhorias. Alguns recursos presentes at mesmo no Windows 98 no estavamincorporados ao NT 4.0, como por exemplo: acesso a parties FAT32, compatibi-lidade com hardware Plug-and-play, entre outros.

Existem no mercado verses diferentes deste ambiente. Cada uma com caracters-ticas distintas. No nosso caso preferimos utilizar o Windows 2000 Server pela suapotncia, sem no entanto, requerer absurdos de hardware.

Da mesma forma que fizemos no Windows 98, apresentaremos a instalao e con-figurao do Internet Information Server (IIS), o qual permitir que os clientes da

rede acessem o servidor de pginas. Na verdade, aps a configurao do IIS, seuservidor j estar pronto para executar scripts em ASP propostos pelo livro.

Veja na tabela a seguir as verses disponveis e seus requisitos:


28/262


Professional Server Advanced Datacenter

Pblico DesktopsNotebooks

ArquivosImpressoIntranetsRedes

e-commerce Aplicativoscrticos

CPU(Max) 2 4 8 32

RAM(Max) 4Gb 4Gb 8Gb 64Gb

Requisitos

mnimos

Pentium 133 ou

superior64Mb1Gb de HD

Pentium 133 ou


Pentium 133 ou


Ainda no

divulgado

Uma das grandes vantagens em se utilizar o Windows 2000 o seu ambiente mul-tipropsito, ou seja, com apenas um sistema voc poder ter um servidor de e-mails, servidor de Intranet, servidor de arquivos, entre outros. Logicamente, casovoc tenha grandes necessidades de processamento, estes servidores deveroestar em sistemas diferentes. Isto justamente o que acontece nos provedores deacesso.

CaractersticasUma das principais caractersticas do Windows 2000 Server o fato de que cadaaplicativo seja executado em espao separado de memria. Com isto o sistemaconsegue impedir que um aplicativo travado interrompa todo o sistema.

Um outro recurso a recuperao automtica de arquivos de sistema que estejamdanificados ou que sejam excludos. Isto possvel graas a um cache que se en-carrega de manter uma cpia original dos principais arquivos do sistema, fazendocom que este continue a funcionar como se nada tivesse acontecido.

O Microsoft Instaler (MSI) um novo recurso que visa a auto-recuperao de DLLscom problemas ou que tenham sido trocadas por verses mais antigas. Com o MSI

elas sero armazenadas em pastas diferentes evitando-se a sobreposio.A Microsoft procurou reduzir sensivelmente o nmero de reinicializaes do siste-ma. Agora, quando voc instala um novo aplicativo ou hardware, o sistema entraautomaticamente em funcionamento sem a necessidade de reinicializar todo oequipamento. Este recurso est disponvel para todos os drivers que sejam certifi-cados pela Microsoft.


29/262


O Windows 2000 est mais confivel graas a grandes mudanas no gerenciamen-to do Kernel. O Windows 2000 Advanced Server inclui recursos de balanceamentode carga, o que ajuda a implementar aplicaes em ambiente multicamadas.

Configurando o servio IISBem, vamos partir para o que realmente interessa. Daremos incio instalao econfigurao do IIS para que voc possa transformar o servidor 2000 em um ser-vidor de Intranet.

Nosso objetivo aqui no analisar toda a funcionalidade do IIS visto que ele objetivo de vrios livros da rea. Para entender bem o funcionamento do IIS vocprecisar possuir bons conhecimentos em TCP/IP, segurana, protocolos e do pr-prio Windows 2000 Server. No entanto, o ideal que voc o conhea porque pro-vavelmente o seu provedor dever estar utilizando-o para hospedar seus cdigosem ASP.

A primeira coisa que voc dever fazer criar uma pasta a qual conter todos osarquivos HTML e ASP que iremos criar. Vamos padronizar esta pasta como o no-me de: C:\ASP, estando os exemplos do livro baseados neste nome.

Estamos utilizando o Windows 2000 Server em ingls. Se voc possui a verso emportugus no ser difcil acompanhar, pois as posies das opes so idnticasao ingls.

A segunda coisa a fazer ir at o painel de controle e acessar o cone Adicionar ouRemover Programas (Add/Remove Programs).

Figura 2.11 Nesta tela clique sobre a opoAdd/Remove Windows components.Em seguida clique no boto Components.


30/262


A tela a seguir ser apresentada.

Figura 2.12 Localize o item Internet Information Services (IIS) e marque-o.Em seguida clique em Next (avanar)

Dependendo do tipo de instalao que realizou, voc ser solicitado a inserir o CDdo Windows 2000 Server.

Figura 2.13 Terminada a instalao, v at o menuAdministrative tools(Ferramentas administrativas) e acesse o aplicativo Internet Services Manager


31/262


Agora vamos criar o diretrio virtual para receber nossas pginas. Na verdade oque iremos fazer informar ao IIS que a pasta c:\ASP conter os arquivos a se-rem disponibilizados via HTTP.

Figura 2.14 Clique com o boto direito sobre Default Web site (site da web padro),escolha a opo New,Virtual direct (diretrio virtual)

Voc ser acompanhado pelo assistente.

Figura 2.15 Informe um nome para a pasta virtual. No nosso caso escolhemosdesenvolvimento para ficar igual ao PWS que configuramos no Windows 98.

Clique em Next.


32/262


Figura 2.16 Agora selecione a pasta C:\ASP que conter os arquivos.Em seguida clique em Next.

Na prxima tela deixe tudo como est, em seguida clique em Finish. Uma novapasta virtual chamada desenvolvimento foi criada.

Figura 2.17 Voc poder acessar as suas propriedades clicando com o boto direitosobre elas e acessando a opo properties.

Vamos agora testar o nosso servidor. Feche todas as janelas, abra o bloco de no-tas e digite a linha mostrada a seguir:

BEM VINDO AO SISTEMA


33/262


Salve-a na pasta C:\ASP com o nome de index.HTML. Para isto voc deverescolher a opo All files (Todos os arquivos), caso contrrio ele no assumir aextenso HTML.

Figura 2.18 muito importante escolher a opoAll files (todos os arquivos).

Testando o servidorChegou a hora do teste final. Agora precisamos nos certificar da funcionalidade do

servidor IIS. Para isto vamos executar a pgina index.html que acabamos de criar.Abra o Internet Explorer e digite o endereo como mostrado na Figura 2.19:

Figura 2.19 Substitua o home pelo nome do seu computador(informado na configurao da rede).


34/262


Caso a pgina tenha sido carregada como na Figura 2.19, ento o servidor j estpronto para ser utilizado. Se algo der errado, refaa os passos com mais atenoaos detalhes.

Voc poder criar tantas pastas virtuais quanto forem necessrias aos seus testes.Procure criar subpastas dentro da pasta C:\ASP para receber suas pginas, con-forme a aplicao. Se seu computador estiver fazendo parte de uma rede, os mi-cros clientes podero acessar o site que voc acabou de disponibilizar.

O procedimento que voc realizou o mesmo que o provedor far. No entanto, eledetm conhecimento suficiente para alterar as configuraes da pasta virtual de

forma a utilizar todos os recursos disponveis no IIS.Para voc que est apenas comeando, isto o suficiente para disponibilizar pgi-nas na Intranet ou apenas para testar seus cdigos.


35/262

31

Vamos entrar agora em uma parte importante para quem vai precisar disponibilizarinformaes on-line. Atravs da utilizao de banco de dados podemos fazer comque pessoas externas tenham acesso aos dados que voc dispuser na rede.

Esta tarefa, aparentemente simples, torna-se complicada medida que os siste-mas se tornam vulnerveis a ataques quando disponibilizados na Internet. No en-tanto, crescente o nmero de empresas dispostas a colocar informaes paraclientes e fornecedores acessveis durante 24 horas nos 7 dias da semana.

Neste captulo voc aprender a tecnologia utilizada nos bancos de dados atuais ever, na prtica, como criar e disponibilizar um banco de dados utilizando o Micro-

soft Access.

Banco de dadosSem dvida voc j deve ter ouvido falar muito sobre os bancos de dados. Simpli-ficadamente, este termo designa um local onde ficaro armazenados todos osdados referentes a um determinado assunto e as relaes entre eles.

Vamos a um exemplo: se voc usurio de uma biblioteca, perceber que todasas informaes sobre os usurios esto armazenadas em um sistema (caso estejainformatizada), ou mesmo em um controle manual. No importa como os dadosso manipulados (manual, mecnico ou eletrnico), a finalidade de um sistema de

banco de dados a mesma desde muito tempo. Com o avano na informatizao,o que se percebe que a captura e a anlise das informaes presentes no siste-ma est cada dia mais veloz e eficaz. Hoje possvel realizar consultas em base dedados com bilhes de informaes em poucos segundos. Ao chegar na biblioteca(por exemplo) voc poder ser recepcionado por um sistema que lhe permite con-sultar todo o acervo a partir de uma palavra chave. Os dados so preparados e


36/262


armazenados sempre de forma a tornar a busca por informaes o mais eficientepossvel. Hoje j possvel ter acesso a toda a histria mundial atravs de bancosde dados distribudos pela Internet.

No entanto, a idia por trs de um banco de dados simples. Basta olhar ao seuredor que voc ver que existem dezenas de coisas sobre as quais necessitamosarmazenar dados. Algumas so bem fceis de implementar, como por exemplo,um controle de receitas, sua agenda pessoal, sua coleo de livros ou CDs, etc.Todos os itens possuem dados que podem ser armazenados e, o mais importante,relacionados entre si.

Os relacionamentos definem o mundo. Isso mesmo, voc pode at no perceber,mas tudo o que existe no mundo possui algo com o que se relacionar. A rvorecom a terra, o pai com o filho, o autor com o livro, os peixes com o rio e assiminfinitamente.

Essa idia deu origem ao que conhecemos hoje como banco de dados relacionais.

Banco de dados relacionaisExiste no mercado um grande nmero de sistemas gerenciadores de banco dedados. Cada um deles com caractersticas que os diferenciam uns dos outros. Noentanto, uma coisa eles tm em comum: o fato de serem relacionais. Este nome dado aos softwares de banco de dados que trabalham com tabelas e relaciona-mentos entre elas atravs de campos chaves.

Vamos a um exemplo para que fique mais claro. No caso da biblioteca, cada livropossui diversas informaes como nome, assunto, data da compra, nmero depginas e autor. Perceba que pode haver uma nova gama de informaes apenassobre o autor, como: nome, gnero literrio, data de nascimento, estado ondenasceu. Neste caso podemos perceber que existe uma relao entre cada autor eos vrios livros que ele escreveu. Por outro lado, um livro tambm ter o mesmotipo de relao com o seu autor.

Assim podemos perceber os relacionamentos. Veja pelo diagrama a seguir comopodemos montar os relacionamentos entre produtos e fornecedores.

Perceba que temos trs tabelas. Uma delas est armazenando os produtos de umaloja, em outra tabela os fornecedores, e na tabela do meio a relao entre umproduto e o seu fornecedor. Esta tabela intermediria chamada de ligao.


37/262

Fundamentos sobre Banco de Dados 33

Produtos

Cod_prod Descrio

001 Monitor002 Winchester

003 Teclado

Produtos do fornecedor

Cod_prod Cod_forn

001 001

002 001003 002

Fornecedor

Cod_forn Nome

001 Samsumg002 VTC

003 Epson

A idia de relacionamentos surgiu da matemtica e pode ser toda provada atravs

da teoria de conjuntos. Ela foi citada pela primeira vez pelo cientista Dr. Codd,pesquisador da IBM. Em seu livro, Dr. Codd determinou as 12 caractersticas prin-cipais para que um sistema de banco de dados seja dito como relacional, mtodomais utilizado nos dias atuais.

SGBDs (Sistemas Gerenciadores de Banco deDados)Agora que voc j conhece o funcionamento bsico dos bancos de dados relacio-nais, vamos conhecer como a estrutura de um sistema que ir controlar os dadosde um banco de dados, e que chamado de SGBD (Sistema Gerenciador de Banco

de Dados). Trata-se de um aplicativo especfico para a criao, manipulao egerenciamento das tabelas que sero criadas.

Exemplos de SGBDs so: SQLServer, ORACLE, MySQL, etc. Existem diversos pro-dutos disponveis no mercado, mas alguns deles, como o SQLServer e o ORACLEjuntos dominam mais de 70% do mercado brasileiro.


38/262


Geralmente as caractersticas fundamentais dos bancos de dados, como criao emanuteno de tabelas, so semelhantes. A principal diferena entre os diversosprodutos do mercado (e a mais importante) a performance que cada um apre-senta em uma determinada situao. Este , na maioria das vezes, o principal cri-trio de desempate quando uma empresa precisa resolver sobre a aquisio de umsistema para gerenciar seus dados.

Existem SGBDs para as mais variadas aplicaes (e custos). Voc poder adquirir umgerenciador que pode custar milhares de dlares (como o ORACLE) ou simplesmentebaix-lo da Internet gratuitamente (como o MySQL). Logicamente que as diferenassero muitas, mas se voc no puder gastar muito, no vai pensar duas vezes.

Nas aplicaes prticas deste livro (Loja virtual e Controle de estoques) iremosutilizar o Access. Ele pode ser considerado um SGBD de pequeno porte, pormmuito utilizado por pequenas e mdias empresas. Seu grande atrativo a facilida-de de operao e a total integrao com os demais produtos da famlia Office.

Banco de dados como parte do sistemaApesar de tudo que falamos at agora sobre banco de dados, uma coisa vale des-tacar: o banco de dados a ser utilizado somente uma parte do sistema. Ele irfazer parte de uma estrutura maior que passa desde quesitos como segurana atchegar a regra de negcio de quem ir utiliz-lo.

Vou contar uma historinha para ilustrar como deve funcionar a estrutura. Certa vezuma empresa contratou dois analistas e dois programadores para informatizar o seudepartamento financeiro. Aps vrios meses de trabalho o sistema estava quasepronto, faltando apenas um detalhe: funcionar de maneira adequada. Aps outrostrs meses de muito trabalho na adequao, o projeto foi abandonado. Motivo: osanalistas fizeram o sistema da maneira como eles achavam que deveria ser. Este omaior erro. Um sistema deve estar de acordo com as expectativas do usurio. De-vem ser realizadas entrevistas e questionrios que iro levantar quais so as neces-sidades operacionais da empresa. Nenhum sistema deve ser desenvolvido sem quehaja participao efetiva dos maiores interessados: os usurios.

Aps resolver sobre o que ser informatizado vem a segunda etapa: como ser

esta informatizao. Nesta segunda etapa ser definido o banco de dados a serutilizado, quais os nveis de performance necessrios, quais os requisitos de segu-rana, entre diversos outros fatores.


39/262


Entidades, atributos e relacionamentosExistem diversos objetos importantes em um sistema de banco de dados. Exem-plos so: procedimentos armazenados, gatilhos, regras, visualizaes e diversosoutros que podem variar em cada banco de dados.

No entanto trs deles esto presentes em qualquer banco de dados relacional. Soeles:

Entidades (Tabelas)Entidades so os objetos que contm os dados. Elas podem armazenar diversostipos de dados tais como: valores, datas, textos, figuras, etc. Elas sero definidasno momento da anlise do sistema de banco de dados a ser criado. Geralmente astabelas armazenam uma coleo de dados sobre um determinado objeto ou assun-to. Por exemplo: produtos, clientes, fornecedores, livros, computadores, etc.

AtributosAtributos so a parte da tabela onde os dados esto armazenados. Eles contm ascaractersticas que definem uma determinada entidade. Uma tabela de produtosir conter atributos como: cdigo, descrio, preo de venda, preo de compra,

data de compra, etc.

RelacionamentosComo j foi dito no incio deste captulo, os relacionamentos so parte fundamentalde um banco de dados. Eles so responsveis por manter a relao existente entreas diversas tabelas do sistema. Por exemplo: uma tabela de fornecedor ter rela-es com uma de produtos. Uma tabela de produtos ter relao com uma outrade matria prima.

Para que o relacionamento seja estabelecido necessrio identificar pelo menosum atributo idntico entre as tabelas. Geralmente este atributo o cdigo queidentifica cada registro dentro dela.

ndicesCom certeza voc j ouviu falar em ndices. Eles so facilmente encontrados noslivros e revistas e servem para que voc encontre a informao desejada, de umaforma mais rpida. Com base na pesquisa realizada no ndice voc ser capaz de irat a posio correta do que precisa encontrar.


40/262


Nos bancos de dados os ndices possuem funo semelhante. Eles estaro em umarquivo separado da tabela principal e serviro apenas para manter em ordem osdados para que a busca de registros seja facilitada. Ao encontrar o registro natabela de ndice, o sistema pode fazer referncia imediata ao registro na tabelaprincipal. A tabela de ndice conter apenas o campo de ordenao (por exemplo,o cdigo) e a posio fsica do registro dentro da tabela principal a qual no estordenada e geralmente mantm a ordem original com que os registros foram ca-dastrados. Veja como funciona pelo diagrama a seguir:

Tabela: ndice_de_produtosCodigo Posio

001 3002 1003 2004 4

Perceba que para encontrar um produto ordenado por cdigo (ndice de cdigo) osistema realizar um busca bastante simples e, ao encontrar o cdigo, ter a posi-o exata na tabela onde o produto foi armazenado.

Tabela: ProdutosPosio Cdigo Descrio

1 002 Computador XPY2 003 Teclado Matrix3 001 Mouse Serial4 004 Monitor 14

Aqui os produtos esto armazenados na ordem natural com que foram digitados. Abusca por um cdigo em especfico seria bastante complicado, pois o produto tan-to poderia ser o primeiro como o ltimo. Utilizando o ndice consegue-se uma bus-ca mais eficiente (como nos livros).

Integridade referencial

Um assunto muito interessante quando tratamos de banco de dados a integridadereferencial. A integridade referencial ir tratar da manuteno dos relacionamentos entreos elementos de duas ou mais tabelas. Vamos a um exemplo prtico para que fique maisfcil compreender. Suponha a existncia de duas tabelas; em uma delas sero mantidasinformaes sobre os funcionrios de uma empresa e uma outra armazenar informa-es sobre os dependentes destes funcionrios. Imagine que um dia ser necessriodeletar o registro do funcionrio. O que ir acontecer com seus dependendes? Ficaram


41/262


rfos! O ideal que uma rotina apague tambm todos os dependentes, esta rotina necessria para que se mantenha a integridade referencial das informaes.

Tanto o Access quanto o SQLServer possuem rotinas para manter a integridadereferencial em alguns casos (como no caso citado: excluso). Mas algumas vezes oprprio sistema que voc est desenvolvendo dever conter rotinas para evitarperda de informaes pela falta de integridade.

O AccessO banco de dados Access talvez seja o mais simples e o mais acessvel (custo Xbenefcio) entre os banco de dados disponveis para o ambiente Windows. O pro-duto possui uma boa aceitao no mercado brasileiro, o que o faz ser o banco dedados mais utilizado em pequenas e mdias organizaes.

O Access est disponvel em conjunto com o pacote Microsoft Office mas pode seradquirido separadamente. O principal atrativo a sua simplicidade de uso aliado aum bom desempenho (para ambientes que no necessitem de alto processamento).

Neste livro iremos utilizar o Access para os sistemas de Loja Virtual e o Controle deestoques. Cada um deles estar em arquivos diferentes (cuja extenso .mdb) osquais sero acessados pelo aplicativo ASP que iremos desenvolver.

Criando tabelas no AccessVamos comear a criar nossas tabelas no banco de dados Microsoft Access. Para onosso caso iremos utiliz-lo para armazenar as tabelas dos nossos sistemas deLoja Virtual e Controle de Estoque. Nesta seo voc ir aprender como criar tabe-las no Access, definir os tipos dos campos e suas caractersticas.

Ao abrir o Access voc ter uma tela como a mostrada na Figura 3.1, atravs delapodemos Criar um banco de dados vazio , utilizar um assistente ou abrir umbanco de dados existente.


42/262


Figura 3.1 Tela inicial do Microsoft Access.

No nosso caso escolha a opo Banco de dados vazio do Access e clique emOK.

Agora voc ir criar uma pequena tabela apenas para fins didticos. Ela servir de

base para que voc crie as tabelas solicitadas nos captulos sobre ASP. L vocaprender a criar pginas que acessam informaes dentro das tabelas do Access.

A estrutura da pequena tabela que iremos criar est definida a seguir:

Nome do campo Tipo de dado

Codigo NmeroNome TextoPreo Moeda

DataCompra Data/Hora


43/262


Figura 3.2 Nesta tela voc dever informar o nome para o banco de dadose a pasta onde ele ser armazenado.

Quando for criar as pginas sobre ASP nos Captulos 10 e 11, salve seu banco de

dados na mesma pasta onde ficaro seus arquivos em ASP da Loja Virtual e do Con-trole de Estoques. Esta pasta foi criada quando da instalao do PWS ou do IIS.


44/262


Figura 3.3 Agora voc j est pronto para criar todas as tabelasque se fizerem necessrias.

Clique duas vezes sobre Criar tabela no modo Estrutura. A janela da Figura 3.4 aparecer.

Figura 3.4 Informe todos os campos conforme a tabela definida anteriormente. Percebaque o tipo de dado a ser armazenado dever estar de acordo com o contedo de cada

linha: Cdigo=Nmero; Nome=Texto; Preo=Moeda; Datacompra=Data/hora.

Aps digitar todos os campos, salve seu trabalho. Ao ser solicitado sobre a criaode uma chave primria, responda No.


45/262


Figura 3.5 Aps terminar voc ter um banco de dados com a tabela criada.Para criar novas tabelas basta repetir o processo.

Viu como fcil? Todos os sistemas que conhecemos possuem tabelas. Elas devemser definidas pelo analista de sistemas o qual ir estudar todo o ambiente do usuriopara poder definir quais sero os campos e tipos de campos de cada tabela.

Por hora recomendamos a voc que procure conhecer bem os banco de dados poiseles so a base de qualquer sistema on-line. Lgico que para ter a habilidade deum analista so anos de estudo e prtica, no entanto, j est na hora de voccomear a dar seus primeiros passos.

Neste momento tente criar novas tabelas sobre objetos que voc possui em casaou no escritrio. Exemplos destes objetos so: livros, CDs, receitas, agenda, entreoutros. Lembre-se de que s a prtica leva perfeio.

No Access criamos nossa base de dados. Agora vamos ver como nosso sistema emASP ir acessar estes dados.

Fundamento do acesso a dadosAcessar banco de dados uma das atividades mais realizadas pelo Webmaster.Com a facilidade criada pelos objetos que podem ser utilizados no ASP, ficou fcildesenvolver sistemas para serem acessados via browser.


46/262


O desenvolvimento de novos mtodos de acesso, por empresas como a Microsoft,tirou do programador a rdua tarefa de desenvolver rotinas inteiras para acessarinformaes nos bancos de dados. Atualmente este recurso j se encontra embuti-do no servidor e para o desenvolvedor basta conhecer como este acesso realiza-do. Vamos tentar entender o mtodo de acesso via ADO utilizado pelos sistemasapresentados no livro.

VC++ VB ASP JAVA

ADO

OLEDB

RDBMS E-MAIL DIRECTORYSERVICES

OUTROS

Aqui podemos perceber como realizado o acesso desde o aplicativo(VC++/VB/ASP/JAVA, etc.) at o acesso aos dados na ltima camada.

O acesso aos dados realizado pela camada de software conhecida como OLEDB.

No entanto ela no foi projetada para ser utilizada com alguns aplicativos comoASP ou Visual Basic. Por isto, temos a camada ADO que fornece uma interfaceentre o aplicativo e os dados.

Um outro motivo para se utilizar ADO que ele ir simplificar o acesso aos dadosat mesmo por linguagens que no necessitam dela como o Java ou o VC++.

Na prtica, voc ver que nossos sistemas utilizaro uma linha como a mostrada aseguir para invocar o acesso aos dados via ADO.

Set vConexao = Server.CreateObject("ADODB.Connection")

No entanto, voc no deve se preocupar com toda esta teoria, pois voc ver quena prtica tudo muito transparente. Voc digita a linha de comando mostrada

antes e l est a conexo prontinha para ser usada via comandos em SQL.

Linguagem SQLA linguagem SQL foi criada com o intuito de padronizar a forma com que se realizao acesso aos dados das tabelas armazenadas nos banco de dados. Essa padroniza-o facilita muito quando for necessria a manuteno no sistema.


47/262


Vejamos alguns exemplos da sintaxe SQL. No se preocupe em entender todos oscdigos, pois voc ver o funcionamento de cada um deles no captulo sobre ossistemas on-line.

Inserindo dados em uma tabelaINSERT into [NOMETABELA] (campo1,campo2) VALUES (valor1,valor2)

Permite que sejam inseridos dados na [NOMETABELA] nos respectivos campos(campo1,campo2) os valores contidos nas variveis (valor1,valor2).

Consultando dadosSELECT * FROM [NOMETABELA] WHERE salario>1000

Exemplo de uma consulta tabela [NOMETABELA] mas apenas dos registros ondeo campo salrio seja > que 1000.

Removendo dadosDELETE * FROM [NOMETABELA] WHERE codigo=1

Apaga todos os registros da tabela [NOMETABELA] onde o cdigo seja igual a 1.

Voc poder encontrar resumos sobre a sintaxe SQL em livros ou at mesmo dis-ponveis na Internet. Vale a pena entender bem do assunto.

Criando relacionamentosComo voc j pode conferir no incio deste captulo, os relacionamentos so partefundamental dos bancos de dados. Para dizer a verdade, sem os relacionamentosno aproveitamos quase nada dos dados armazenados. Por mais incrvel que possaparecer, quando relacionamos os dados a que temos a verdadeira informao.

Vamos a um exemplo. Suponhamos a existncia de duas tabelas em um banco dedados sobre vendas: pedidos e itens_de_pedidos. As informaes contidas emcada uma delas separadamente nos diz muito pouco, mas quando juntamos os

dados de uma com os da outra podemos extrair uma srie de informaes. Umaconsulta tabela de itens_de_pedidos no ir representar nada se no soubermosde qual pedido cada item se refere, e isto s ser possvel se criarmos um relacio-namento entre elas.

Logicamente que, para retirar todo o potencial da linguagem SQL, voc poder utili-zar os vrios livros sobre o assunto disponveis nas livrarias. Este livro seria pequenopara que pudssemos apresentar todas as caractersticas de seus comandos.


48/262


Segurana das informaesarmazenadas no banco de dadosUm dos grandes problemas enfrentados (principalmente pelas pequenas aplicaesque precisam ser disponibilizadas on-line) a segurana dos dados armazenadosno banco de dados que, quase sempre, estar no provedor.

um dilema pois os dados precisam estar on-line e, no entanto, isto deixa umabrecha para que, em ataques ao provedor, pessoas tenham acesso indevidamente.Este fato se agrava quando precisamos armazenar informaes confidenciais comosenhas e nmero de cartes de crdito.

O que acontece que na maioria das vezes no podemos contar com um sistemade segurana s para nossos dados, eles so planejados para toda a estrutura doprovedor. Por outro lado, fazer um contrato com o provedor para que este forneaum tratamento diferenciado para nossa base de dados pode representar um au-mento nos custos.

Alguns bancos de dados contam com recursos de criptografia, o que pode ser usa-do contra a utilizao indevida das informaes armazenadas. No entanto, emsoftwares de menor porte este recurso no est disponvel.

Futuro dos bancos de dadosApesar de todo desenvolvimento atual, muito ainda existe para ser feito em termostecnolgicos da computao. Com os bancos de dados no poderia ser diferente.Apesar de extremamente rpidos, os bancos de dados atuais esto sendo subme-tidos a quantidades de dados jamais vistas. No raro, por exemplo, um banco dedados com vrios gigabytes ou at terabytes. Algoritmos cada vez melhores irodesafiar os pesquisadores da rea.

Trazendo para um campo mais atual, os banco de dados orientados a objetos co-meam a aparecer no mercado mundial. Eles trazem na bagagem uma mudanaradical que ir marcar para sempre o futuro dos sistemas gerenciadores de bancosde dados.

Para ns simples mortais, resta utilizar a tecnologia comercialmente disponvel, damelhor maneira possvel, passando por uma anlise cuidadosa dos dados e rela-cionamentos entre eles, o que independe do banco de dados a ser utilizado.


49/262


ResumindoEste captulo possui dois objetivos. O primeiro levar ao seu conhecimento aenorme quantidade de coisas que precisamos conhecer sobre banco de dados. Osegundo fornecer informaes sobre como podemos criar e acessar informaescontidas em um banco de dados do Access.

Logicamente a abordagem feita simples se comparada com a vasta literaturadisponvel sobre banco de dados. Cabe a voc sempre buscar mais e mais informa-es a respeito.

Nos captulos sobre a Loja Virtual e Controle de Estoques iremos novamente utili-zar o Access. Voc ir criar novos banco de dados com novas tabelas que seromanipuladas pelos sistemas.


50/262

46

Bem, j est na hora de voc iniciar a parte prtica de seus estudos sobre desen-volvimento para a Web. Neste captulo voc aprender a principal linguagem dedesenvolvimento para Web. Se voc ainda no possui experincia com linguagensde programao, ver que o HTML excelente para quem est comeando.

No entanto, mesmo para quem j desenvolve em outras linguagens, um entendi-mento da programao para Web de extrema importncia.

Diferentemente do que aconteceu nos anos passados, o desenvolvimento paraInternet exige que o Webmaster conhea pelo menos um pouco de vrias lingua-gens. J foi o tempo em que um programador trabalhava apenas com uma sintaxe

de programao.

HTMLA primeira linguagem que iremos aprender a mais simples e fcil de todas. Tal-vez nem possa ser classificada como uma linguagem e sim como estruturas demarcaes para serem interpretadas por um navegador.

Apesar de to criticada por sua limitao, o HTML ainda a linguagem mais utili-zada no desenvolvimento para Internet. Suas limitaes so facilmente ultrapassa-das com a utilizao de recursos vindos de outras linguagens. Por exemplo: quan-do voc preenche um formulrio na Internet, o programador no consegue validar

um determinado campo para que o mesmo no contenha um valor invlido (um e-mail sem @ por exemplo), isto precisar ser feito com a utilizao de recursoscomo o JavaScript ou VBScript.

Para desenvolver em HTML voc precisar de duas coisas:


51/262

Linguagens para Desenvolvimento na Web HTML 47

Um editor de textos com possibilidade de salvar em formato texto. Um navegador para interpretar os cdigos em HTML.

No nosso exemplo iremos utilizar o bloco de notas, no entanto, voc poder utilizaroutro editor como quiser.

Vamos a um primeiro exemplo:

Abra o bloco de notas e digite o cdigo seguinte:

1: 2:

3: 4:

5: 6: TOP TRAINING CENTER

7: 8:

Aps digit-lo, crie uma pasta, por exemplo com o nome de Curso HTML e salveeste arquivo com o nome de index.html. Se voc estiver digitando no bloco denotas, precisar alterar o tipo do arquivo para Todos os arquivos no momentode salv-lo.

Este arquivo ser a base de toda nossa etapa em HTML. Ou seja, nas pginas se-guintes voc dever fazer apenas alteraes neste primeiro arquivo.

Abrindo uma pgina local no navegadorAgora que j temos a pgina criada, chegou a hora de carreg-la para que sejainterpretada pelo navegador. Voc no precisar de nenhuma configurao adicio-nal para executar esta tarefa, simplesmente abra o browser e digite o endereo dapgina. Veja na Figura 4.1.

Os comandos em HTMLTodos os comandos em HTML so conhecidos como tags, ou seja, marcaes quedeterminam ao browser o que ele dever executar.

Quase sempre as tags aparecem em pares como (negrito) seguido de .Mas existem algumas excees que, como no caso da tag

, significam umsalto de pargrafo.


52/262


Figura 4.1 Aqui o browser carregou a pgina que voc digitou. Para qualqueralterao feita no arquivo original basta que voc pressione o boto atualizar (Refresh).

Tags bsicas

Existem algumas marcaes bsicas em um documento HTML. Uma delas o no incio do documento. Ele servir para informar ao browser o tipo dedocumento que est sendo carregado. Outra tag importante a que especifica ottulo do documento. A tag utilizada . Altere o documento anterior paraque aparea o ttulo: TOPTC.COM.BR.

1: 2:

3: TOPTC.COM.BR4:

5:

6: TOP TRAINING CENTER 7: 8:

Voc dever alterar apenas a linha linha 3 do documento anterior para que fiquecomo mostrado antes e em seguida salve-o. Abra novamente a pgina no navega-dor (ou atualize-a) e veja que aparecer o ttulo no alto do browser.


53/262


Criando cabealhos

Os cabealhos iro aparecer no corpo do documento e possuem 6 nveis. Eles apa-recero em negrito e seu tamanho depender do nvel informado. A tag utilizadapara criar cabealhos a onde a varivel x poder variar de 1 at 6.

Vamos continuar alterando nossa pgina. Perceba que j temos um cabealho comnvel1. Agora iremos colocar mais dois nveis.

1: 2:

3: TOPTC.COM.BR4:


7: Cursos de Informtica8: Atendimento individualizado

9: 10:

Aps salvar as alteraes, carregue a pgina e veja o novo layout.

Figura 4.2 Voc poder acrescentar diferentes nveis de cabealhos em suas pginas.


54/262


Saltando pargrafos

Para se criar um pargrafo em HTML no adiantar simplesmente teclar ENTER nofinal da linha. Para isto existe a tag

que criar um novo pargrafo automati-camente.

Voc ver exemplos de pargrafos na seqncia do livro.

Saltando linhas

Quando voc precisar apenas saltar uma linha, dever utilizar a tag
. Altere apgina index.html para que fique como mostrado adiante e, em seguida abra-ano browser e veja a diferena.

1:

2:

3: TOPTC.COM.BR

4:

5:

6: TOP TRAINING CENTER

7: Cursos de Informtica

8: Atendimento individualizado

9: 10:

11: Horrios flexveis

12: Apio extra curso

13: Certificado ao final do curso

14:

15:

16:

Hiperlinks

Os links so muito utilizados em documentos HTML. Na verdade sem eles a Inter-net no teria graa nenhuma. Criar um hiperlink em um documento muito sim-ples. Basta voc digitar a tag seguida do endereo a ser encontrado caso ousurio clique sobre o link, em seguida digite o texto que ir aparecer para o usu-rio e para terminar feche a tag com .


55/262


Veja no exemplo:

1: 2:

3: TOPTC.COM.BR4:


7: Cursos de Informtica8: Atendimento individualizado

9:

10: 11: Horrios flexveis

12: Apio extra curso
13: Certificado ao final do curso

14:

site oficial da TOP 15:

16: 17:

Criao de listas

As listas so velhas conhecidas e fceis de serem criadas no Word, por exemplo.Na seqncia voc ter um ex

Como Se Tornar Um Webmaster

Documents

Transcript of Como Se Tornar Um Webmaster