Como você pode conhecer a vontade de Deus - Conhecendo a...

Como você pode conhecer a vontade de Deus - Conhecendo a vontade de Deus - Kenneth E. Hagin - KRC.indd 116/10/2019 12:24:35

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Capítulo 1

O HOMEM INTERIOR:O VERDADEIRO “EU”

O autor do livro de Provérbios afirma: O espírito do homem é a lâmpada do Senhor (Pv 20.27 – NVI). Em outras palavras, Deus nos ilumina e guia por meio do nosso espírito.

Nós, contudo, buscamos orientação em muitos meios, exceto por intermédio do Pai. Usamos os nossos sentidos, embora Ele não tenha dito que nos guiaria por meio deles. Também procuramos usar a nossa perspectiva intelectual, mas o Altíssimo nos disse: O espírito do homem é a lâmpada do Senhor. Sendo assim, Ele age em nosso espírito para nos guiar.

Somos seres espirituais – apesar de termos uma alma e vivermos em um corpo –, pois fomos feitos à semelhança do Criador, cujo próprio Filho afirmou que Deus é Espírito.


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Como você pode conhecer a vontade de Deus

Mesmo depois de ter o corpo morto e ser sepultado, o homem vive. Quanto à morte física, afirmou Paulo: Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor (Fp 1.23). Ele continuou: Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne (v. 24). O apóstolo quis dizer que, quando partisse desse mundo, estaria com o Senhor.

Existe um homem exterior – não o representando de fato, mas sendo apenas uma “casa” (corpo) onde ele vive – e um interior, onde reside o verdadeiro “eu”.

Devemos entender o que é o nosso espírito antes de compreender como Deus nos guia por meio dele. O homem interior – ou, como disse Pedro, o homem encoberto no coração (1 Pe 3.4a) – é o espírito de um indivíduo, a quem a Bíblia alude toda vez que se refere ao coração. Esse é o verdadeiro ser humano. Ao dizer: Assim que, se alguém está em Cristo,


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nova criatura é (2 Co 5.17), Paulo se referiu ao “eu” interior, ao verdadeiro ser humano. Nós não recebemos um corpo novo quando renascemos, porém o nosso “eu” verdadeiro foi renovado em Cristo.

Algumas descrições são vagas e confusas a ponto de ser mais apropriado apenas repetir o que diz a Bíblia. Paulo orou assim pela igreja de Tessalônica: E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Ts 5.23). Nesse versículo, ele transitou do homem interior para o homem exterior. Todavia, quase sempre, as pessoas com mais consciência física do que espiritual citam esse verso de modo errado, colocando o corpo antes do espírito. É preciso reverter a ordem e ser mais consciente espiritualmente.

Não é possível entender o que Deus fala ao nosso espírito se não temos uma consciência

O homem interior: o verdadeiro “eu”


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espiritual. As coisas espirituais são incompre-ensíveis aos olhos humanos; portanto, quanto mais conscientes do espírito nos tornamos, mais real a liderança do Senhor será para nós. Para alcançarmos isso, precisamos, primeira-mente, enxergar-nos como um ser espiritual que tem uma alma e habita em um corpo.

Alguns estudiosos da Bíblia ficam assustados quando lhes pergunto qual é a diferença entre alma e espírito e respondem não haver distinção entre os dois. Seguindo essa linha de pensamento, muitos pregado-res usam ambos os termos indiscriminada-mente, fazendo-nos crer que têm o mesmo significado. Eles não consideram que: A palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais pene-trante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão DA ALMA, E DO ESPÍRITO (Hb 4.12a).

Segundo Paulo, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento


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fica sem fruto (1 Co 14.14). A razão é parte da alma. O apóstolo disse: “O meu entendimento fica infrutífero; a oração não vem da minha mente, do meu intelecto ou minha alma, pois ela não ora”. Ele completou: Se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem.

Particularmente, gosto deste versículo: O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, e vas-culha cada parte do seu ser (Pv 20.27 – NVI). Jesus disse: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isso disse ele do Espírito, que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado (Jo 7.37b-39). Como resultado do recebimen-to do Espírito Santo, rios de água viva correm em nosso interior.

A oração em línguas vem do íntimo: Porque, se eu orar em línguas estranhas, o meu espírito, de fato, estará orando (1 Co 14.14 – NTLH).



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Renovando a menteO homem espiritual – o homem interior,

o verdadeiro “eu” – recebe a vida eterna e é uma nova criatura. Porém, ele ainda precisa lidar com o razão e as emoções que compõem a alma, os quais não são nascidos de novo, mas podem ser renovados.

Paulo fala sobre a renovação da mente em sua carta aos Romanos: E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento (Rm 12.2a). Renovar o intelecto é um processo. Embora tenha sido escrita para cristãos, a epístola de Tiago ensina: Recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar a vossa alma (Tg 1.21b).

Jesus afirmou: O que é nascido do Espírito é espírito ( Jo 3.6b). O nosso espírito é nascido de novo. Do mesmo modo, a razão pode ser renovada, restaurada, pela Palavra de Deus.


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O mundo espiritual é acessado pelo espírito; o racional, pela mente; o físico, pelo corpo.

É comum ouvirmos a expressão “morrer para si mesmo”. Entretanto, nós não desejamos isso, mas, sim, crucificar a nossa carne. Essa é uma atribuição pessoal, e o Senhor não a fará por nós.

Paulo nos exortou: Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional (Rm 12.1). Ele não disse “morrer para si mesmo ou para a carne”, e sim nos deu orientações quanto ao que fazer com o nosso corpo.

Na primeira parte de Romanos 6.13, o apóstolo alerta: Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade. Mesmo após nascer de novo, o corpo insiste em continuar



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com os mesmos hábitos, por isso Paulo nos alertou a não permitirmos isso. Em Cristo, o homem interior se faz nova criatura e deve dominar o homem exterior.

Muitas pessoas têm um conceito errado acerca da alma e do espírito, porque não compreenderam o novo nascimento. Por meio dele, nós nos tornamos uma nova criatura em Cristo.

O verdadeiro “eu” – o homem espiritual com quem o Senhor Se relaciona – é uma nova criatura. Nele, as particularidades do velho homem, como a morte espiritual, a natureza maligna, o ódio e a mentira já não habitam mais. Agora, restam o amor e a natureza divina. É justamente esse verdadeiro “eu” que deve dominar o nosso ser e a quem devemos ouvir, pois Deus nos guia por intermédio dele – do nosso espírito.


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